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7. Estudos Epidemiológicos

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ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Profa Dra Juliana Martins Aguiar


Objetivo

O que são Estudos


Epidemiológicos?
Como são classificados os Estudos
Epidemiológicos?
Introdução
O que são Estudos
Epidemiológicos?
 Estudos Populacionais cuja finalidade é
descrever/caracterizar o processo
saúde-doença
Saudável Doente
Introdução
Como são classificados os Estudos
Epidemiológicos?

 I – Observacionais Auxilia no
◦ Descritivos levantamento
de hipóteses
◦ Analíticos através da
 Estudo de Coorte (Prospectivo
investigação
) das
 Estudo de Caso-controle (Retrospectivodos
frequências )
 Estudo Transversal (Seccionaleventos
)
 Ecológico estudados

 II - Experimentais
Introdução
Como são classificados os Estudos
Epidemiológicos?

 I – Observacionais
◦ Descritivos
Testa as
hipóteses –
◦ Analíticos importante
 Estudo de Coorte (Prospectivo)
utilizar um
 Estudo de Caso-controle (Retrospectivo )
grupo-controle
 Estudo Transversal (Seccional)
 Ecológico

 II - Experimentais
Introdução

 Estudo Observacionais
◦ Pesquisador não interfere no curso da pesquisa,
participa como observador.

 Estudos Experimentais
◦ Pesquisador interfere no curso da doença.
I - Observacionais Descritivos
Observacionais Descritivos
 Relato de caso/serie de casos

◦ Avaliação inicial de problemas ainda mal


conhecidos e cujas variações naturais não foram
convenientemente detalhadas.

• Observar um ou poucos
indivíduos com uma mesma
doença ou evento.

• Traçar um perfil das principais


características.
Observacionais Descritivos
 Podem informar sobre a distribuição de um
evento na população em termos quantitativos
(incidência e prevalência).

 Utiliza dados primários.

 Não há formação de grupo-controle.

 Auxiliam na elaboração de uma base de dados.

 São base para prosseguimento dos estudos, de


modo analítico.
Relato de caso/serie de casos

Observacionais Descritivos

Questões básicas de Epidemiologia descritiva:


Quem, onde, quando, como?

Quais pessoas/animais foram atingidas pelo dano?


(QUEM)
Sexo, idade, ocupação...

Em que local foram atingidas pelo dano? (ONDE)


Estado, bairro....

Em que época ela foram atingidas pelo dano?


(QUANDO)
Ano, mês, semana....
Relato de caso/serie de casos

Observacionais Descritivos
 Um Estudo Observacional Descritivo consiste
tão somente em observar e descrever, sem que
exista qualquer interferência do pesquisador.

 Pode ser elaborado por profissionais das


diferentes áreas, sendo especialmente comum
aos profissionais da Saúde.

 Se dará a partir do momento em que surge, por


exemplo, uma doença ou epidemia,
repentinamente, sobre a qual ainda não existam
dados tabulados, em determinado local.
Relato de caso/serie de casos

Observacionais Descritivos
Relato de caso/serie de casos
Relato de caso/serie de casos

Observacionais Descritivos
• Fácil realização e baixo custo.

• Enfoque qualitativo exploratório.

• Observação intensiva de cada caso.

• Fonte de pesquisas de incidência

• Indivíduos selecionados – situações


incomuns/evolução atípica.

• Falta de indivíduos-controle para


comparação de resultados.
I - Observacionais Analíticos
Observacionais Analíticos
 Testar hipótese sobre causa-efeito
◦ Analisam existência de associação!

Obesidade Diabetes
Vacina Prevenção
Medicamento Cura
Fumo Câncer
Observacionais Analíticos

Dois grupos: expostos e não-expostos


(controle)
1-Estudo de Coorte
Causa Efeito
(Exposição) (Doença)
2-Estudo de
Caso-controle
Dois grupos: doentes (caso) e não-
doentes (controle)

3-Estudo
Exposição Transversal
e doença investigados
simultaneamente
1-ESTUDO DE COORTE
Observacionais Analíticos
 1- Estudo de Coorte

◦ Prospectivo

◦ Identifica os FATORES DE EXPOSIÇÃO de uma


determinada doença!!!
 Analisa-se se a causa está relacionada ao efeito

◦ Identifica-se a população em estudo com base na exposição.


◦ Classifica-se a população em expostos e não-expostos.
◦ Acompanha-se os dois grupos até aparecer o efeito.
◦ Calcula-se o Risco Relativo.

Causa Efeito
1 - Estudo de Coorte

Observacionais Analíticos

 Risco Relativo (RR)


◦ Razão entre o risco em um grupo exposto e o
risco em um grupo não exposto.

 Razão entre duas probabilidades.

◦ Exemplo:
◦ Fumante x não-fumante (Causa)
◦ Câncer de pulmão (Efeito)
1 - Estudo de Coorte

Observacionais Analíticos
 Risco Relativo (RR)

 IE = Incidência dos expostos


 INE = Incidência dos não-expostos
1 2
1 - Estudo de Coorte

Observacionais Analíticos
 Exemplo: Sedentarismo (causa) x Coronariopatia
(efeito)

 Secretários de uma secretaria de saúde são


convidados a preencher um questionário sobre os seus
hábitos de vida, entre os quais inclui-se o
detalhamento das atividades físicas no trabalho e nas
horas de lazer. Dois grupos, então, formados: um, de 5
mil sedentários, e outro, composto pelos 2 mil
funcionários que se exercitam regularmente.
Decorridos dez anos, observou-se que a atividade
física estava inversamente relacionada ao risco de
adquirir a doença.
1 - Estudo de Coorte

Observacionais Analíticos

 Exemplo: associação entre sedentarismo (causa) e coronariopatia


(efeito)

Risco relativo (RR) = 80/40 = 2


O risco de um paciente sedentário desenvolver a
coronariopatia é duas vezes maior do que um
paciente não-sedentário.
1 - Estudo de Coorte

Observacionais Analíticos
 Interpretação (RR):

 RR = 1 Risco nos dois grupos é igual.


◦ O risco da doença na população exposta é o mesmo que na
população não exposta - Indica não haver associação entre a
exposição e a doença.

 RR < 1 Fator de proteção.


 O risco da doença é menor em indivíduos expostos do que nos não

expostos.

 RR > 1 Fator de risco.


 O risco da doença é maior em indivíduos expostos do que nos não

expostos - Indica uma associação entre a exposição e a


doença.
1 - Estudo de Coorte
1 - Estudo de Coorte
1 - Estudo de Coorte

Observacionais Analíticos

• Permite cálculo direto da medida de


incidência (casos novos naquele período de
tempo).
• Acompanha a história natural da doença –
evolução.
• Forte relação temporal de causalidade.
• Vários desfechos analisados.

• Alto custo.
• Demanda muito tempo.
• Perda de dados (desistência
do estudo).
• Ruim para doenças raras
(baixa prevalência).
2-ESTUDO DE CASO-CONTROLE
Observacionais Analíticos
 2-Estudo de Caso-controle

 Retrospectivo.

 Investiga a etiologia retrospectiva da doença


◦ Escolhe a população a partir do efeito.
◦ Estuda o passado da população – fator de exposição.

 Identifica-se indivíduos com e sem a


doença/agravo.
Causa Efeito
2-Estudo de Caso-controle

Observacionais Analíticos

 Determina-se a ‘Odds Ratio’ da exposição entre


casos e controles.

◦ Razão entre a chance de um evento ocorrer e chance


de não ocorrer.

 Para existir associação, espera-se que a ‘Odds


Ratio’ seja maior nos casos do que nos controles.
Observacionais Analíticos

2 1
2-Estudo de Caso-controle

Observacionais Analíticos
 Odds Ratio (razão de chances)
2-Estudo de Caso-controle

Observacionais Analíticos

 Todas as 300 crianças em uma comunidade em que


é feito o diagnóstico de deficiência intelectual, em
um determinado período, são incluídas na
investigação, à medida que o diagnóstico é
confirmado. Elas são submetidas a teste sorológico
para a toxoplasmose, no intuito de inferir se tiveram
ou não infecção prévia pelo T. gondii. O mesmo
exame é realizado em igual número de crianças sem
deficiência intelectual, de mesmo sexo e idade, que
funcionam como caso- controle. Os resultados
mostram que 45 dos casos e 15 dos controles
apresentam sorologia reativa para toxoplasmose.
2-Estudo de Caso-controle

Observacionais Analíticos
 Exemplo: Investigação sobre a associação entre toxoplasma e
deficiência intelectual.

intelectual

Risco
estimado
pela
OR=3,34

A chance de uma criança com deficiência intelectual ser


sorologicamente positiva para toxoplasmose é 3 vezes maior do que
uma criança que não tem a deficiência intelectual.
2-Estudo de Caso-controle

Observacionais Analíticos
 Odds Ratio (razão de chances)

 Odds ratio = 1
◦ Chance de o exposto ter a doença é igual à chance de o
não exposto ter a doença.

 Odds ratio < 1


◦ Chance de o exposto ter a doença é menor que a chance
de o não exposto ter a doença.

 Odds ratio > 1


◦ Chance de o exposto ter a doença é maior que a chance
de o não exposto ter a doença.
2-Estudo de Caso-controle
2-Estudo de Caso-controle
2-Estudo de Caso-controle

Observacionais Analíticos

• Rápido.
• Baixo custo.
• Doenças raras (baixa incidência) – avalia
direto a doença.

• Sujeito a viés de memória


(lembrança, registro de informação).
• Relação temporal pouco preciso.
3 - ESTUDO TRANSVERSAL
Observacionais Analíticos
 3-Estudo transversal

 Seccional.
 Exposição e condição de saúde são avaliados
simultaneamente – naquele mesmo momento!
 ESTUDO DE PREVALÊNCIA.

Estudo epidemiológico que se caracteriza pela


observação direta da população em estudo em
uma única oportunidade

Causa Efeito
3-Estudo transversal

Observacionais Analíticos

Pontual.
Exposição e desfecho ao
mesmo tempo.
3-Estudo transversal

Observacionais Analíticos

 Exemplo: Prevalência de infecção por Clamídia


em mulheres e sua relação com o uso de
anticoncepcionais orais.

 Em amostra aleatória de 200 mulheres atendidas


num determinado Serviço de Ginecologia de um
Hospital Central de uma cidade, foi encontrado
que 30 eram positivas para Clamídia. Exames
ginecológicos mostraram que a doença era mais
frequente nas mulheres que faziam uso de
anticoncepcionais orais.
3-Estudo transversal

Observacionais Analíticos
 200 mulheres atendidas num determinado Serviço de
Ginecologia de um Hospital Central.
 Avaliaram o uso de anticoncepcionais orais.

 Realizou swab vaginal para posterior exame microbiológico.

 100 - história de uso de anticoncepcionais - 20 delas


exames de cultura para Clamídia positivo.

 100 - sem história de uso de anticoncepcionais orais - 10


delas exames de cultura positivos.
3-Estudo transversal

Observacionais Analíticos

a b
Risco
c d
estimado
pela
OR=2,25

Odds Ratio: expressa naquela população e no momento da coleta de


dados, a existência de duas vezes mais clamidiose nas mulheres que
fazem o uso do anticoncepcional.
Uso do anticoncepcional = falta preservativos = DST
3-Estudo transversal

Observacionais Analíticos

• Rápido e prático.
• Baixo custo.
• Útil como estudo inicial para levantamento
de hipóteses.
• Estudo de prevalência.

• Não mostra relação temporal entre variáveis


(O que veio primeiro?).
• Ruim para doenças raras – baixa prevalência
4- ESTUDO ECOLÓGICO
Observacionais Analíticos
 4- Estudo Ecológico

 Grupo de indivíduos - população

 Estuda a população de forma indireta, sem


questionamento!
◦ Datasus, IBGE
◦ Analisa variáveis
◦ Formulação de hipóteses
Estudo Ecológico
Estudo Ecológico
Estudo Ecológico
Observacionais Analíticos
 4- Estudo Ecológico

• Facilidade.
 Baixo custo.
 Simplicidade.
 Geração de hipóteses.

 Baixo poder analítico.


 Difícil análise
 Falácia ecológica (associação observada em nível
agregado não representa uma associação que existe em
nível individual)
II – Experimentais
Estudos experimentais
Causa Efeito

 Ensaio clínico ou de intervenção.


 Investigador determina quem é exposto e quem
não é (grupo controle e experimental).
 Relação causa-efeito determinada pela
comparação estatística entre os grupos.
II - Estudos experimentais
II - Estudos experimentais
Estudos experimentais

• Alta credibilidade.
• Facilidade???
• Determina-se a cronologia dos eventos.
• Simplicidade de interpretação.

• Ética.
• Perdas e
recusas.
• Custo elevado.
Modelo do Estudo
 A definição do modelo do estudo é essencial
para o protocolo da pesquisa, o qual permite
que o investigador converta a hipótese
conceitual para a hipótese operacional.

 A pergunta da pesquisa determina a escolha


do modelo do estudo.

 Objetivos do estudo, prevalência da doença,


conhecimento existente, habilidades do
pesquisador, tempo disponível e recursos de
materiais.

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