Como As Democracias Morrem
Como As Democracias Morrem
Como As Democracias Morrem
RESUMO DO LIVRO:
COMO AS DEMOCRACIAS MORREM
RECIFE/2023
1BM
COMO AS DEMOCRACIAS MORREM
RECIFE/2023
INTRODUÇÃO
A democracia norte- americana está em perigo? Esta é uma pergunta
que nunca pensamos em fazer. Assim como a América latina nos anos
de1970seráqueestamos caminhando para a morte de nossa democracia? A
tentativa de nos tranquilizar só nos causa uma cegueira seletiva para o que
está acontecendo em nossa nação apesar de termos a nossa gloriosa
constituição, nosso credo nacional de liberdade e igualdade, nossa classe
média, saúde e educação em ótimos níveis e nosso setor privado bem
estruturado, tudo isso deveria nos proteger contra o tipo de colapso
democrático que aconteceu em outros paises. Mas, apesar disso todos nós
cidadãos nos encontramos amedrontados, pois diversos políticos dizem não
aceitar os resultados das eleições, tratam-se de maneira não saudável como
inimigos dentre outras coisas que nos faz pensar se nossa democracia já não
está em risco.
Em 2016 com a eleição de Donald Trump um homem o qual não tinha
experiência alguma com cargos públicos e com aparente descompromisso para
com a constituição, dono de claras ideias autoritárias, foi eleito. O que nos faz
pensar se o declínio de nossa democracia já não é uma ideia tão remota assim.
Ao analisarmos quedas democráticas pelo mundo observamos inúmeras
maneiras de serem realizadas maneiras essas que muitas vezes nos enganam,
elegemos pessoas com determinadas promessas, mas ao longo de seus
mandatos elas vão se revelando, mas já é tarde os cabrestos já foram postos
na maioria da população. No Chile a democracia caiu de forma violenta com
conflitos, mas isso se tornou um tanto ‘’ultrapassado’’ assim como golpes de
estados realizados em países como Brasil, Argentina, Turquia dentre outros e
também os golpes militares. Em todos esses casos, a democracia se desfez,
através do poder e da coerção. Porém, àquela maneira mais sutil, por assim
dizer, de tomar o poder e desfazer a democracia em um país políticos eleitos
pelo povo que se passam por apoiadores do regime em
questão, mas, na verdade, não são. Podemos usar como exemplo Hugo
Chávez um populista que se lançou para candidatura com várias propostas
para uma revolução democrática no país conseguindo assim o apoio popular,
porém houve uma tentativa de golpe militar, mas foi falho e Chávez voltou ao
poder a partir de 2006 o governo dele se fez mais repressivo que foi quando
ele começou a fechar emissoras de TV, prendendo e exilando políticos com
justificativas bastante duvidosas anos se passaram e Chávez já no leito de sua
morte foi reeleito por votos populares, mas não foi uma eleição justa já que o
Chavismo comandava a Venezuela com foco na sua mídia. Chávez morre de
câncer em 2013 e seu sucessor Nicolás Maduro assume o poder.
Maduro ganhou as eleições de maneira questionável e em seu governo foi
preso um dos principais líderes das oposições. Em 2017 a Venezuela foi
reconhecida como um país de regime autoritário. São essas as formas da
queda de uma democracia o que nos faz pensar em até que ponto a
democracia norte-americana é frágil para cair em uma dessas formas de
controle e como poderíamos evitar que chegasse a tal ponto ler manchetes e
plantões de notícia, tirar lições das experiências de outras democracias desta
forma obtendo o máximo de informações possíveis podemos aprender a ver
melhor nossas fraquezas e aprender a usá las ao nosso favor. Com base nas
experiências de outros países, aprendemos a evitar esse tipo de colapso no
nosso país. Temos que fazer com que se torne cada vez mais difícil a
candidatura de pessoas com ideias antidemocráticas, um dos primeiros passos
são os partidos políticos não endossar a candidatura de tais pessoas,
mantendo os mesmos fora de sua chapa.
Os Estados Unidos da América falharam quanto a deixar de fora de seus
partidos um candidato com ideias antidemocráticas em 2016 Donald Trump foi
eleito por votação popular o que nos traz aquele medo novamente de ‘’será que
a democracia norte-americana está em perigo?’’ apesar do país já ter
enfrentado inúmeras guerras… uma bactéria havia se instaurado mais próximo
ao coração trazendo uma ameaça de infecção mais evidente, porém não seria
de tão fácil penetração. Existem, sim, razões para o alarde da população, não
podem simplesmente fechar os olhos e achar que está tudo bem quando, na
verdade, existe uma ameaça iminente ali e isso equivale não somente para os
norte-americanos. Nós temos que ver como os cidadãos se ergueram perante
essas ameaças,não podem cometer os mesmos erros do passado, devem
aprender com eles e saber usá-los favorecendo-os. Devemos assim achar
essas rachaduras em nossa democracia e consertar antes que seja tarde
demais.
Capítulo 1- Como as democracias morrem
A primeira parte do capítulo trata-se basicamente da chegada de
Benito Mussolini a Roma, no ano de 1922, foi convidado pelo rei para o
cargo de ministro da Itália com o intuito de neutralizar toda a agitação
fascista, palavras do próprio rei Vítor Emanuel III (terceiro) “em
Mussolini há uma estrela política ascendente.”. Mostra
também a ascensão de Adolf Hitler em 1933 e toda a história antes dele
conquistar o poder que teve, cita a prisão de Hitler em 1923 onde ele
escreveu seu infame testamento “minha luta” e quando ele assumiu
publicamente seu compromisso de chegar ao poder, via eleições. Nos
parágrafos seguintes tratam-se das experiências italianas e alemãs e seus
tipos de alianças fatídicas que frequentemente elevam autoritários ao poder.
Compara também a democracia e o regime autoritário, ele cita que em
qualquer democracia, os políticos irão enfrentar diversos desafios graves,
como: insatisfação popular, crises econômicas e declínio dos partidos
políticos. Afirmam também que, após testes, os políticos outsider (pessoas
que não pertencem a um grupo determinado) são mais propensos a serem
autoritários e que para se elegerem chegam como um “bom moço”,
“salvador”, e usam um discurso de que estão com o povo e no final quando
já estão com o poder tendem a fazer o contrário do que pregava. Outra
definição de outsider é “demagogo” (que são os líderes que exploram a
emoção do povo) eles citam como demagogos Mussolini, Hitler e Chavéz.
Citam o comentário do ex presidente da Venezuela Rafael Caldera do erro
que foi, após Hitler se tornar chanceler: “Acabei de cometer a maior
estupidez da minha vida; aliei-me ao maior demagogo da história mundial.”,
Mas nem todas as democracias caíram nessa armadilha, como: A grã-
bretanha, Finlândia, Costa Rica e Bélgica, enfrentaram a ameaça de
demagogos, mas conseguiram mantê-los fora do poder. O livro explica como
isso aconteceu, essa resistência, e eles definem que essa sobrevivência
esteja enraizada na sensatez coletiva dos eleitores e que talvez os belgas e
costa-riquenhos fossem simplesmente mais democráticos que alemães e
italianos. O livro também ensina como identificar o autoritarismo em políticos
que não têm um histórico antidemocrático através do estudo de um cientista
político alemão chamado Juan Linz, que já passou por diversas situações de
perder a democracia, ele foi professor em Yale, no estado de Connecticut,
ele dedicou grande parte de sua carreira tentando entender como as
democracias morrem.
Sendo assim, baseado nos trabalhos de Juan Linz, foram desenvolvidos
um conjunto de quatro sinais de alerta que podem nos ajudar a reconhecer um
autoritário. 18 Nós devemos nos preocupar quando políticos: 1) rejeitam, em
palavras ou ações, as regras democráticas do jogo; 2) negam a legitimidade de
oponentes; 3) toleram e encorajam a violência; e 4) dão indicações de
disposição para restringir liberdades civis de oponentes, inclusive a mídia.
Capítulo 7-
Portanto, em uma visão otimista de futuro, Trump não seria reeleito por
enfraquecimento político e público. Assim seria tomado de lição os seus erros,
que seriam ensinados em escolas através de estudos, onde a democracia foi
salva. Por outro lado, em outro cenário. Donald Trump poderia se popularizar
fazendo política de extrema-direita para poder beneficiar minorias no senado e
ter ascensão com o público republicano e continuar enfraquecendo a
democracia. E em outro cenário, existe a possibilidade de polarização eleitoral
dos partidos políticos trazendo guerras institucionais. Trump, poderia não
vencer essa guerra, porém o sentimento autocrático continuaria forte nas ações
e pensamentos trazendo divisão à nação.