Finalização Do TCC 2 - (Ias e Ellen)
Finalização Do TCC 2 - (Ias e Ellen)
Finalização Do TCC 2 - (Ias e Ellen)
ELLEN DO NASCIMENTO
IASMIN CARVALHO PINTO
CUIABÁ – MT
2022/2
ELLEN DO NASCIMENTO
IASMIN CARVALHO PINTO
CUIABÁ – MT
2022/2
Último nome, Taffarel Eloi de (1° autor)
59f.:
_____________________________
Ellen do Nascimento
_____________________________
Iasmin Carvalho Pinto
Apresentado em: / / .
_____________________________________________
Orientador(a) Prof.ª. XXXXXXXXXXXXXX
_____________________________________________
1º Examinador Prof. Titulação. Nome
_____________________________________________
2° Examinador Prof. Titulação. Nome
____________________________________________
Coordenadora Prof.ª. Ma. Cinthya Cardozo da Silva Sposito
DEDICATÓRIA (ELLEN)
Dedico este trabalho a Deus, pois sem ele nada seria possível. Posteriormente, agradeço ao
meu irmão Murilo (in memoriam), que me ensinou como se reeguer diante das adversidades
da vida, visto que a sua passagem pela terra foi resiliência e de perdão. Também quero
dedicar este trabalho a minha amiga, Gleice (in memoriam), a qual durante a nossa jornada de
estudos deu apoio e auxílio nos meus trabalhos acadêmicos, mesmo sem ela saber que eu es-
tava em dia ruim, ela estendia a mão e conversava comigo todos os dias, me tirando daquele
lugar de esgotamento emocional. Sendo assim, sou eternamente grata.
DEDICATÓRIA(IASMIN)
Dedico este trabalho ao Deus da minha vida, sem ele jamais iria conseguir. Tenho a minha
eterna gratidão a amiga Gleice (in memoriam), pelo amor dedicado a mim. Agradeço a minha
parceira de trabalho, Ellen, por ser a minha inspiração, aos meus familiares e amigos e, em
especial, ao meu namorado pelo incentivo.
AGRADECIMENTOS (ELLEN)
Primeiramente а Deus, pоr ser essencial еm minha vida, autor dе mеυ destino, mеυ guia, so-
corro presente nа hora dа angústia, o maior mestre que existe.
A minha mãе Jacinta е аоs meus irmãos, “in memoriam”, Murilo, meu marido Paulo Marcos,
meus filhos Evillin, Paulo Filho e Hadassah e toda a minha família tios, sobrinhos e cunhados
(as) que fizeram de tudo para me ajudar a obter o diploma dos meus sonhos com tanto amor e
apoio.
Agradeço ao meu coordenador, Professor e orientador Pedro Ribeiro pela grande atenção
dispensada que se tornou indispensável para que o nosso projeto fosse concluído.
Agradeço à professora Elisangela por estar conosco do início ao fim durante a construção
deste projeto. Obrigado pela disponibilidade, sabedoria, as pontuais críticas e todo apoio e
incentivo necessários para conduzir e continuar este projeto.
Expresso minha gratidão a universidade FAUC/UNIFACC, pelo ambiente amigável e
flexível, que proporcionou experiências satisfatória, a todo corpo docente do curso de
psicologia, Carlos Damasceno, Maria de jesus, Leôncio, Carlos Balbino, Maria Helena
figueiredo, Danieli Gurka, Sabrina, me forneceram todas as bases necessárias para a
realização deste trabalho, profunda admiração pelo profissionalismo.
Ao Curso dе psicologia, е aos novos colegas cоm quem convivi nessa etapa ао longo desses
anos. foram experiências incriveis para minha formação acadêmica.
As minhas queridas amigas, Haellem Cruz e Iasmim quero agradecer pelo incentivo, força,
amor e assistência inabalável, Obrigado por todos os conselhos úteis e orientaçoes foram
palavras que me motivaram, as risadas, choros que compartilhei com voces durante esse mo-
mento difícil de vida academica, também me proporcionaram momentos unicos, Obrigado por
tudo. Este TCC também é de vocês anjas.
AGRADECIMENTOS(IASMIN)
Agradeço primeiramente a Deus, por ser o centro de minha vida e a luz que me guia.
Pois, é Ele quem me sustenta e me dá forças para superar as dificuldades. E a Virgem Maria
por ter me guiado até aqui, e por todas as graças recebidas durante esses anos.
Agradeço ao melhor orientador e professor Pedro Ribeiro, que foi importantíssimo
durante este período de elaboração do projeto, dando todo o auxílio necessário para ter um
melhor desempenho no meu processo de formação profissional e pessoal. Este trabalho não
seria possível sem ele, cuja dedicação, disposição e tamanho conhecimento, foram fundamen-
tais para a conclusão deste projeto.
Agradeço a professora Elisangela por estar conosco do início ao fim, durante a
construção desse projeto. Agradeço pela disponibilidade, inteligência, criticas, por todo apoio
e incentive que foram necessários para realizar e prosseguir essa pesquisa.
A todos os meus professores do curso de Psicologia da Fauc/Unifacc-MT por
transmitir grandes ensinamentos que me permitiram aprender, e se desenvolver
intelectualmente.
Aos meus pais, Edmundo e Rugina, quero agradecer por toda ajuda prestada, pela
confiança no meu progresso e pelo apoio emocional que serviram de alicerce para as minhas
realizações.
A minha irmã, Camila, a minha sobrinha, Rafaela, e meu cunhado, Rafael, que
sempre estiveram ao meu lado, me dando toda assistência, amor e alegria.
A minha querida avô Marly, e meu querido avô Raimundo (in memoriam), que
sempre me apoiaram em qualquer decisão, e me ensinaram valores importantes para toda a
vida.
Ao meu amigo e namorado, por sua paciência e cumplicidade em meus momentos de
desespero, por segurar a minha mão, por me manter firme em minha meta e me lembrar todos
os dias que eu sou capaz. Obrigada por todas as vezes em que contribuiu para a realização dos
meus sonhos, e esteve presente em todos eles.
Agradeço ao meu amigo Willian, pela amizade linda, por toda força e coragem que tem me
proporcionado dado nesses últimos meses.
As minhas amigas, Ellen, Jaqueline e Camila, com quem divido minhas alegrias e
angústias. Agradeço por vocês estarem sempre presente em todos os momentos da minha
vida, e por serem pessoas maravilhosas, que me incentiva, me dá forças e ensina a ser uma
pessoa melhor.
Á minha querida amiga, Gleice (in memoriam), que foi uma pessoa que me inspirou, me
ensinou sempre a ver ao lado bom da vida, e foi uma excelente amiga, que vou levar pra
sempre.
Enfim, agradeço minha família e meus amigos, por todo o carinho, força e
companheirismo ao longo deste percurso.
E o amor se esfriará, de quase todos (MT. 24.2)
Bruno Tavares
RESUMO
O desenvolvimento da tecnologia tem proporcionado novas realidades, novas formas de ser e
se comportar, além de influenciar as práticas de consumo. A nova era digital se expandiu e
tornou-se cada vez mais necessário e presente na vida dos usuários, tornando-se uma
ferramenta única para fins de comunicação, entretenimento e relações sociais. Percebe-se que
a dependência digital é um dos impactos dos efeitos negativos do uso excessivo das redes
sociais. Já é possível constatar que o uso compulsivo dessa plataforma ocasiona mudanças em
toda sociedade, fazendo que seja necessário observar quais fatores contribuem para essas
alterações, preferencialmente os danos psicológicos e comportamentais. O presente trabalho
tem como objetivo geral identificar quais os impactos que as redes sociais têm sobre a saúde
mental das pessoas, e como isso pode afetar a vida do sujeito no decorrer do seu cotidiano. Os
objetivos específicos são: a) Analisar sobre os impactos das redes sociais na saúde mental: b)
Discutir sobre a importância do uso consciente da internet; c) Compreender o que é
dependência tecnológica. A abordagem mais utilizada como padrão totalmente eficaz para o
tratamento da dependência tecnológica tem sido a Abordagem Terapia Cognitivo
Comportamental (TCC). Dessa forma, a importância desta pesquisa permite analisar o que
tem ocorrido na sociedade e seu comportamento diante das redes sociais, fazendo com que o
leitor reflita sobre o assunto e de que maneira isso ocorre no próprio ambiente onde convive,
de modo que isso não venha causar danos à saúde psíquica. O método utilizado na pesquisa
foi a qualitativa, de natureza exploratória.
Palavras-chave: redes sociais, uso excessivo, dependência tecnológica, saúde mental, psicologia.
ABSTRACT
The development of technology has provided new realities, new ways of being and behaving,
in addition to influencing consumption practices. The new digital age has expanded and has
become increasingly necessary and present in the lives of users, becoming a unique tool for
communication, entertainment and social relationships. It is noticed that digital dependence is
one of the impacts of the negative effects of excessive use of social networks. It is already
possible to see that the compulsive use of this platform causes changes throughout society,
making it necessary to observe which factors contribute to these changes, preferably
psychological and behavioral damage. The present work has as general objective to identify
the impacts that social networks have on people's mental health, and how this can affect the
subject's life in the course of his daily life. The specific objectives are: a) To analyze the
impacts of social networks on mental health: b) To discuss the importance of conscious use of
the internet; c) Understand what is technological dependence. The approach most used as a
fully effective standard for the treatment of technological dependence has been the Cognitive
Behavioral Therapy (TCC) Approach. In this way, the importance of this research allows
analyzing what has been happening in society and its behavior in the face of social networks,
making the reader reflect on the subject and in what way this occurs in the very environment
where they live, so that this does not happen. cause damage to mental health. The method
used in the research was qualitative, of an exploratory nature.
1.INTRODUÇÃO.......................................................................................................................7
2. METODOLOGIA...................................................................................................................9
3. DISCUSSÃO E
RESULTADOS...........................................................................................11
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................30
6. REFERÊNCIAS....................................................................................................................32
7
1. INTRODUÇÃO
As redes sociais são uma série de plataformas digitais que permitem a ligação e
interação entre diferentes pessoas, bem como a disseminação ilimitada de informação. Musso
(2006, p.34) define rede social como “uma das formas de representação dos relacionamentos
afetivos, interações profissionais dos seres humanos entre si ou entre seus agrupamentos de
interesses mútuos.” Diante disso, pode-se complementar que é uma estrutura formada por
pessoas que visam estabelecer relacionamentos e se aproximarem com base em seus
interesses comuns, nesse sentido podem operar em diversos níveis, como entretenimento,
relacionamento e profissional. Através de redes sociais é possível realizar diversas ações.
Uma delas é o envio de mensagens instantâneas, ou seja, a comunicação em tempo real, e
também a divulgação de informações com aqueles que são “amigos” ou “seguidores”. Isto
dependerá da rede social específica e das suas características.
Algumas das redes sociais mais populares são Facebook, TikTok, Twitter e Instagram,
todas têm recursos exclusivos, mas a maioria conta também com elementos
semelhantes. Baseiam-se no acesso à Internet, que é uma rede de conexões globais que
permite o compartilhamento instantâneo de dados entre dispositivos eletrônicos. O número
de usuários ativos (os que acessam a rede regularmente) no mundo se aproximou da marca de
5 bilhões de pessoas em janeiro, de acordo com o Estudo Digital 2022: Global Overview
Report, publicado pelo site Datareportal. Isso representa quase 63% da população do mundo.
Segundo o estudo, somente no ano passado, 192 milhões de pessoas se tornaram usuários da
internet, um aumento de 4% em relação ao ano anterior. O relatório ressalva, porém, que esse
número pode ter sido maior ainda, considerando as restrições impostas pela pandemia da
covid-19. Os dados compilados pelo relatório apontam que um usuário típico de internet gasta
atualmente quase 7 horas por dia online. De acordo com os dados compilados pelo relatório, o
Brasil é um dos países onde as pessoas passam mais tempo na internet: 10 horas e 19 minutos
por dia.
esquecidos e até narcisistas. É por isso que os especialistas estão questionando a dependência
da sociedade da tecnologia (KHAZAAL et al., 2012).
Independentemente de idade, sexo, etnia ou situação econômica, a maioria das pessoas
são usuários de smartphones. Cerca de 56% de toda a população mundial possuem um
smartphone. E esses equipamentos são usados em todos os lugares. É por isso que as pessoas
sentem tanta ansiedade quando os telefones são perdidos, danificados ou estejam fora de
alcance por alguns minutos. As tecnologias tornaram-se tão essenciais para a vida moderna
que muitos dependem delas para tudo (KING; DELFABBRO, 2014).
O uso tecnológico das redes sociais é muito útil e traz muitos benefícios para a
população, com fácil acesso à troca de informações de forma imediata. Contudo, o uso de
forma descontrolada, de acordo com Sá (2012), pode trazer prejuízos à vida afetiva do sujeito,
pois faz com que não consiga se desligar do mundo virtual, estimulando o isolamento social e
possíveis dificuldades no estabelecimento de um relacionamento.
Segundo Abjaude (2020) o uso excessivo para entretenimento por horas, e o tipo de
conteúdo publicado pode influenciar a vida social do sujeito, afetando seu comportamento,
sua socialização, suas emoções, o que acaba impactando a sua saúde mental e física, com o
aumento da prevalência de alguns transtornos psiquiátricos, incluindo sintomas depressivos,
ansiedade e baixa autoestima.
Há muitos impactos observados na relação entre redes sociais e saúde mental,
causados principalmente pela dependência das redes sociais. De acordo com Spritzer (2009) a
dependência de internet (DI) é um conceito relativamente novo na psiquiatria, caracterizado
principalmente pela incapacidade de controlar o próprio uso da Internet, que ocasiona ao
indivíduo um sofrimento intenso e/ou prejuízo significativo em diversas áreas da vida.
Os sujeitos que demonstram abuso no uso das tecnologias, enfrentam problemas
principalmente em longo prazo. Esses indivíduos colocam em risco várias áreas da vida com
uma série de sintomas cognitivos e comportamentais que resultam de sua dependência
(LEMOS; SANTANA, 2012). Nesse sentido, alguns autores dentro da abordagem da Terapia
Cognitivo Comportamental (TCC) mostram-se muito eficazes no tratamento de alguns
transtornos no que tange o tratamento da dependência tecnológica.
Assim, o presente trabalho tem como objetivo geral identificar quais os impactos que
as redes sociais têm sobre a saúde mental das pessoas, e como isso pode afetar a vida do
sujeito no decorrer do seu cotidiano, visto que o uso dessas plataformas tem gerado um hábito
comum, mas que pode acabar desencadeando a dependência e outros transtornos
psiquiátricos. E os objetivos específicos são: a) Analisar sobre os impactos das redes sociais
9
2. METODOLOGIA
O início do estudo foi executado com a formação teórica sobre o tema, iniciando-se
por uma pesquisa bibliográfica, de cunho qualitativo a respeito do fenômeno social das redes
sociais e seus impactos na saúde mental. Partindo de referências bibliográficas que buscam
abordar conceitos históricos e dados estatísticos anteriores e atuais.
Trata-se de uma pesquisa exploratória que segundo Gil (2017), estas tendem a ser
mais flexíveis em seu planejamento, pois pretendem observar e compreender os mais variados
aspectos relativos ao fenômeno estudado pelo pesquisador.
Ainda segundo Gil (2017), as pesquisas exploratórias mais comuns são os
levantamentos bibliográficos, porém, em algum momento, a maioria das pesquisas científicas
passam por uma etapa exploratória, visto que o pesquisador busca familiarizar-se com o
fenômeno que pretende estudar.
O estudo foi realizado e fundamentado através de fontes bibliográficas constituído por
meio de leitura em obras de conhecimentos científicos e técnicos, artigos, revistas, livros e em
sites sobre o tema com bases de dados tais como: Scielo, Pepsico, Lilacs, Biblioteca Virtual
DeCs Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), entre outros, no qual, trouxesse um melhor
apoio ao assunto abordado, viabilizando o acesso a um maior número possível de
informações.
Foram utilizados como critérios de inclusão e exclusão, onde no primeiro são
informadas as características essenciais para que o material seja incluído, e no segundo, as
10
características que fazem com que o material encontrado seja excluído. Dentro dos critérios
de inclusão, foram utilizados textos dispostos online para download e visualização de forma
gratuita, de maneira integral, em formato artigo, com idioma em língua portuguesa, tendo sido
publicados entre os anos 2007-2022. Para critérios de exclusão, foram dispensados os textos
que tivessem em língua estrangeira e, que não tivesse acesso liberado nas plataformas de
pesquisa utilizadas, que não atenderam aos critérios acima mencionados e nem relação com o
tema proposto. O Quadro 1 exibe os critérios de seleção utilizados nesta pesquisa.
A coleta foi realizada entre os meses de junho a outubro de 2022 nas bases acima
mencionadas. A procura nas bases de dados ocorreu a partir do cruzamento dos Descritores
em Ciências da Saúde (DeCS). Os descritores utilizados para a pesquisa foram: redes sociais,
uso excessivo, dependência tecnológica, saúde mental e a palavra-chave: psicologia.
Durante a pesquisa foram encontrados 6.400 trabalhos (artigos, dissertações,
monografias, teses etc. Foi necessário dividir a fase de seleção em 2 etapas. Na primeira etapa,
os materiais foram selecionados por título e palavras-chaves, e alguns dos critérios de inclusão
e exclusão. Na segunda etapa os materiais foram separados pelos resumos, e foi possível
aplicar os critérios de seleção. O resultado desta etapa foi de 44 trabalhos elegidos. Este texto
foi elaborado com base na sistematização das informações em um esquema de tópicos, que
organiza a discussão e encaminha uma linha de pensamento para guiar o leitor a entender
melhor o assunto. O resultado final visa responder ao problema proposto sobre o uso
excessivo das redes sociais e seus impactos na saúde mental, dentro da revisão da literatura.
11
Quanto aos aspectos éticos, a pesquisa foi realizada respeitando todos os preceitos
éticos contidos na resolução 466/2012 e 510/2016 do Conselho Nacional de Pesquisa, que
determina os padrões a serem utilizados em pesquisa que de alguma forma envolva seres
humanos a Lei nº 9610/98 que regula os direitos autorais.
Para melhor demonstração e análise dos resultados encontrados será construído um
quadro sinóptico a fim de realçar/apresentar os autores, título, revista, e ano de publicação. O
quadro será composto com todos os artigos que se caracterizarem com os critérios de inclusão
e não estejam, de maneira concomitante, com os critérios de exclusão.
3. DISCUSSÃO E RESULTADOS
Em relação aos dados bibliográficos, apresentamos uma síntese dos dados obtidos.
Nessa síntese, buscamos agrupar os conceitos, objetivos em comum e convergência dos
estudos em relação ao impacto das redes socias na saúde mental.
Finalmente, desta revisão, resulta o encontro de cinco etapas: redes sociais e saúde mental,
uso excessivo das redes sociais, dependência de internet, como detectar problemas na saúde
mental através de postagens e comportamento na rede, e a terapia cognitivo comportamental
aplicada a dependência tecnológica.
O fato é que em casos de dependência tecnológica são marcados pelo uso frequente e
excessivo, muitas vezes há interação grupal, refletindo em sintomas cognitivos. Outro ponto
de congruência detectado por Abreu (2013) é que sujeitos com distúrbio de tecnologia
empregam parcela significativa de seu tempo utilizando esses equipamentos tecnológicos,
muitas vezes, conectados com a internet. Tratam-se de 8 a 10 horas diariamente, totalizando
mais de 30 horas semanais. Tal comportamento tende a afetar negativamente a execução de
outras funções, dentre elas, a manutenção do sono, a alimentação, o labor e a dedicação à
família.
Um estudo feito na Holanda, mostrou que 902 pessoas de 14 a 81 anos tem
prevalência de uso prejudicial de tecnologia, denominada pelos autores de tecnologia
problemática, era de 1,3% da amostra total. A prevalência foi de 3,3% entre adolescentes e
adultos jovens. Também se constatou que as pessoas que permanecem online passam mais
tempo nessa atividade do que outros usuários de tecnologias sem internet. Além disso, os
autores enfatizaram que os jogadores adolescentes do sexo masculino são mais vulneráveis ao
desenvolvimento de hábitos problemáticos de tecnologia (KHAZAAL,Y et al., 2012).
O pensamento catastrófico pode contribuir para o uso compulsivo da Internet ao
fornecer um mecanismo de escape psicológico para evitar problemas reais ou percebidos.
Estudos revelaram cognições desadaptativas específicas, como generalização ou
catastrofização excessiva e crenças centrais negativas que contribuem para o uso compulsivo
da tecnologia (CARVALHO; COSTA, 2014).
A exposição de jovens e adolescentes nas redes sociais exige uma série de cuidados e
limites dos pais e responsáveis. Segundo o Ambulatório Integrado dos Transtornos do
Impulso, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, o uso excessivo da
internet funciona como forma de aliviar a tensão e a depressão. É comum os dependentes
apresentarem autoestima rebaixada, timidez, baixa confiança em si mesmo e baixa pró-
atividade, ele começa a ter dificuldades de controlar o uso ou envolvimento com a rede e
passa a comprometer outras áreas de sua vida.
Em um artigo escrito para o The Atlantic, Jean Twenge (2017), professora de
psicologia da Universidade Estadual de San Diego, nos EUA, destaca que a taxa de suicídio
entre adolescentes é agora mais alta. Para a professora, a “geração dos iPhones 9” está à beira
da pior crise de saúde mental das últimas décadas e, no referido artigo, ela relaciona o uso
excessivo das redes sociais com a depressão. Essa necessidade de estar conectado às redes
sociais, muitas vezes leva a danos emocionais e físicos. Ansiedade, taquicardia, problemas
posturais e até distúrbios alimentares são algumas consequências físicas do vício, é o que
22
Conforme Young (1996), o termo dependência de internet (DI) foi pesquisado pela
primeira vez em 1996, sendo um estudo com mais de 600 casos de usuários que apresentaram
sinais clínicos de dependência por meio da versão adaptada dos critérios do DSM-IV para o
jogo de azar patológico. Dessa forma, os primeiros trabalhos para o desenvolvimento de
critérios de diagnósticos para a dependência de internet ou uso problemático com a internet
são introduzidos por três abordagens conceituais: vício comportamental por Griffiths (1999);
o modelo cognitivo e comportamental por Davis (2001) a qual relaciona com os impactos dos
pensamentos de um indivíduo em desenvolvimento de desadaptativos, sendo a dependência
das redes de computadores como generalizada; e o modelo de transtorno de impulsos por
Shapira et. al. (2003).
Atualmente, a literatura não tem um consenso sobre a terminologia apropriada para a
condição ou o comportamento do uso excessivo da internet, visto que Starcevic (2010)
23
com Flisher (2010), posterior as primeiras clínicas de atendimentos aos dependentes das redes
computacionais, outros consultórios especializados surgiram nos Estados Unidos, na Holanda,
na China e Coréia do Sul.
Dessa forma, Silva (2020) afirma que os usuários das redes sociais com dependência
de tecnologia demonstram um uso persistente e repetitivo de tecnologias, como efeito,
acarreta uma angústia entre os dependentes. Em um pequeno intervalo de tempo, os
dependentes de internet apresentam os seguintes sintomas: preocupações exageradas com as
redes sociais e meios de comunicação; a tecnologia é parte integrante da vida cotidiana; sinais
de abstinência ocasionadas por interrupções no uso de tecnologias; ocorrências de frustração,
ansiedade ou tristeza; falhas na tentativa de controlar a dependência tecnológica; falta de
interesse em atividades que não utilizam as ferramentas tecnológicas. Logo, Abreu et al.
(2013) afirmam que a tecnologia realiza um processo de desligamento dos indivíduos com
dependência desta ferramenta com os relacionamentos sociais, por exemplo, o trabalho e a
educação.
Vale destacar que a principal diferença entre o vício em internet com os vícios
psicoativos é a recompensa mínima e imediata que a inteligência computacional oferta, com a
mimetização e a estimulação em drogas ilícitas e licitas (SILVA, 2020). Sendo assim,
Ungerer (2013) comenta que a impulsividade é um fator de risco para o desenvolvimento da
dependência da internet, por trazer uma sensação prazerosa ao ser humano viciado.
Dessa maneira, Lemos e Gomes (2015) argumentam que a dependência em tecnologia
relaciona com os transtornos de controle de impulsos ou em comportamento viciante. Posto
isso, os distúrbios aditivos, conforme Pirocca (2012), assemelham-se as propriedades
neurobiológicas referentes as substâncias destinadas a tolerância, a abstinência e as
dificuldades em reduzir ou abandonar o uso exagerado de tecnologias. Para Alcântara (2013),
os indivíduos com pouca competência social estão ansiosos com as interações sociais, ou seja,
estas pessoas são atraídas pelo anonimato da tecnologia e as oportunidades ofertadas nos
relacionamentos virtuais através de circunstâncias menos ameaçadoras em comparação com
as relações presenciais.
O cérebro de um indivíduo dependente recebe estímulos decorrentes do excesso de uso
da tecnologia, automaticamente, o corpo cria substâncias similares aos viciados de substâncias
químicas (SILVA, 2020). Em conformidade com Chaput et al. (2011), as alterações nos
neurotransmissores da dopamina acarretam no aumento da atividade cerebral no lobo frontal,
ou seja, as mudanças cerebrais afetam o emocional dos usuários devido as funções do lobo
frontal em impedir pensamentos, distrações e emoções negativas. Consequentemente,
25
salienta-se que o distúrbio associa nas experiências e nos fatores situacionais desenvolvidos
pelo vício.
Com isso, Gama (2013) comenta que os indivíduos com problemas pessoais ou
mudanças drásticas da vida, por exemplo, um divórcio, uma perda de um familiar ou algo
semelhante, são mais propensos a absorver o mundo virtual repleto de fantasias e realidades
irreais. Desse modo, Youg e Abreu (2011) evidenciam que o aumento dos níveis de dopamina
no ciclo de dependência de tecnologia causa compulsões nos indivíduos.
Após a leitura dos trabalhos que faziam alguma de menção a esta questão, foram obtidos os
resultados exibidos no Quadro III.
Interage só via web; pode começar a desenvolver esquizofrenia por viver isolado. 2
Elevados problemas emocionais, usa a internet para regular o humor, ganhar apoio
4
social e liberar emoções.
Não consegue se desligar das redes sociais mesmo offline; o tempo dedicado à
4
ferramenta aumenta e o nível de controle que se tem sobre ela diminui.
Ansiedade por likes e comentários; fazem postagens sem pensar primeiro;
4
impaciência quando ficam sem acesso à Internet; apresenta abstinência e seus
efeitos; angústia e desconforto quando há impossibilidade de uso.
26
Uso compulsivo de internet; necessidade de estar conectado 24h por dia; são
4
obcecados e compelidos a checar constantemente o telefone; buscar rapidamente
conectar-se à Internet em qualquer lugar.
Maior dificuldade em superar desafios; são agressivos e socialmente dominantes. 4
Ter poucos ou nenhum amigo real; ver a comunicação on-line mais segura e menos
5
ameaçadora; se esconder no anonimato do cyberespaço.
Descrever métodos específicos de suicídio dentro do contexto de outros temas. 9
exemplo, se o paciente ficar online assim que chegar em casa do trabalho e permanecer online
até a hora de dormir, o psicólogo pode sugerir que ele faça uma pausa para jantar, assistir ao
noticiário e apenas em seguida, volte para o computador (ABREU, 2011).
King e Delfabbro (2014) observam aspectos cognitivos, comportamentais, emocionais
e motivacionais distintos para indivíduos com problemas associados ao uso de tecnologias. Os
autores englobam essas peculiaridades na tentativa de construir um modelo cognitivo-
comportamental para o uso nocivo de tecnologias. Ao analisar vários estudos, destacaram
uma percepção particular dos distúrbios das tecnologias.
Também é possível efetivar bloqueios externos, os sujeitos podem usar eventos ou
atividades reais para solicitar que façam o logoff. Por exemplo, o uso de um despertador para
funcionar como um aviso ao indivíduo de que é hora de desligar o computador e realizar
alguma outra atividade offline, como ir ao trabalho ou à escola (ABREU; GÓES, 2011). Para
isso, é preciso estabelecer metas específicas em relação ao tempo gasto online. Outro
exemplo, se o paciente permanece usando tecnologia o dia todo, aos sábados e domingos, uma
programação com breves sessões de uso seguidas de breves, embora frequentes, interrupções
podem ser planejadas.
King e Delfabbro (2014) aborda que para dependentes de tecnologias existe a crença
sobre recompensas e materialidade da tecnologia, nestes aspectos são inclusas percepções
relacionadas ao valor das recompensas e materialidade da tecnologia, relacionamentos
amorosos virtuais e obsessão pela tecnologia. Dessa forma, o indivíduo valoriza
indevidamente os itens e recompensas da tecnologia, até o ponto de reconhecê-los como mais
óbvios e mais importantes do que qualquer outra atividade em sua vida. Também é comum ao
dependente de tecnologia nutrir uma forte conexão emocional com seu aparelho ou meio de
acesso à tecnologia, percebendo-o como um amigo ou parte de si mesmo. Além disso, para
estes usuários é muito comum encontrar-se preocupados com o próximo acesso.
Também pode ocorrer a presença de abstinência de certas fontes de interação digital,
sendo estimulada a abstinência apenas daquelas tecnologias que o sujeito não consegue
controlar o uso. Isso significa que os indivíduos devem parar de navegar em determinados
sites ou mesmo em certos aplicativos que são mais atraentes para eles, interrompendo o uso
de tempos em tempos, mudando para formas alternativas, como enviar e receber e-mails,
pesquisa de notícias, fontes bibliográficas de seus trabalhos escolares e assim por diante
(ABREU, 2013).
King e Delfabbro (2014) também retratam as regras mal adaptativas e inflexíveis sobre
tecnologia, trata-se de justificativas que os indivíduos usam para continuar acessando seus
29
aparelhos, mesmo quando estão cientes do uso prejudicial de seu comportamento e os danos
que podem ser causados. Neste aspecto, frequentemente o uso exagerado da tecnologia é
justificado pelo fato de terem se empenhado muitos esforços para adquiri-la. Faz-se comum a
presença de tensão para o usuário quando este não se encontra em pleno acesso, crescendo um
sentimento de que algo esteja atrasado ou que o indivíduo é incapaz de alcançar seus
objetivos, metas e realizações na tecnologia.
Podem-se empregar também cartões de lembrete, como dicas visíveis que lembrem os
sujeitos dos custos de seu vício na tecnologia e os benefícios de quebrar o vício. Por exemplo,
um cartão contendo os cinco principais problemas causados pelo vício em tecnologia, bem
como, os cinco principais benefícios de reduzir o uso deve ser listado. Para tanto, é preciso
reconhecer os benefícios de abandonar o hábito, mostrando-lhes todas as atividades que
praticavam ou para as quais não encontram tempo por causa do vício em tecnologia. Outro
meio bastante empregado pela TCC são os grupos de apoio que são úteis porque muitos
dependentes em tecnologia usam-nas para compensar a falta de apoio social (YOUNG;
ABREU, 2011).
Os autores apontam que adiar ou priorizar o uso compulsivo de meios tecnológicos em
detrimento de outras atividades é muito comum. King e Delfabbro (2014) vincularam esse
grupo de cognições aos distúrbios de tecnologia. Também é comum o envolvimento excessivo
em tecnologias para atender às necessidades de auto-estima, nestes casos já são percebidos
sintomas de abstinência quando os meios de acesso ao mundo digital são retirados. Tais
sintomas de abstinência à tecnologia são descritos como irritabilidade, ansiedade e tristeza,
mas não há sinais físicos.
Aos usuários que buscam a tecnologia como fonte de auto-estima, é frequente a
presença de orgulho por si mesmo durante o uso de seus aparelhos. Inclusive, esses indivíduos
acreditam que experiências positivas são obtidas apenas através do acesso a mídias digitais, e
experiências negativas estão associadas à falta deste acesso. Existe a crença de se adquirir
autonomia através da tecnologia, além da sensação de que apenas o mundo virtual é seguro
(SILVA; TING, 2013).
Frequentemente, os indivíduos apresentam engajamento nas tecnologias como forma
de aceitação social, refere-se à crença de que as tecnologias dão a sensação de pertencimento
a uma comunidade online e superestimam seu relacionamento com o mundo real. As
percepções específicas que se enquadram nesse nível são o conceito individual de que apenas
as tecnologias ou pessoas envolvidas nelas podem entendê-lo. Em casos de jogadores online,
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estes acreditam que a melhoria de seu status ou nível no ranking atenderá às suas necessidades
sociais (KING; DELFRABBO, 2014).
Vive-se em uma era em que há um envolvimento consistente com a tecnologia,
culminando em uma dependência gradual dela. Há momentos em que é necessário usar a
tecnologia de maneiras significativas e produtivas, mas isso geralmente confunde a linha entre
a necessidade e o vício.
Young e Abreu (2011) também apontam a importância de questionar ao paciente sobre
o papel da tecnologia em sua vida pessoal e os motivos ocultos que o levaram ao vício. Além
disso, o terapeuta deve investigar a relação entre o dependente e seus laços sociais para
entender o papel desses laços. Em essência, a estratégia proposta fornece uma base terapêutica
que corrobora com o modelo proposto de comportamento cognitivo. Porque eles agem por
motivos individuais de mudança, buscando à modificação de pensamentos e crenças
desadaptativos associados ao comportamento obsessivo-compulsivo. Assim, a TCC usa
métodos para monitorar e controlar o comportamento e o uso da tecnologia a partir do
momento em que a situação é interpretada de maneira diferente.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho aborda as causas e os efeitos do uso excessivo das redes sociais, por meio de
levantamentos bibliográficos acerca do tema para compor a fundamentação teórica, a qual
analisa-se a frequência em que elas são utilizadas, além e depois, de padrões de
comportamento, com a inclusão dos aplicativos de mensagens instantâneas que
hipoteticamente pode se chegar a criar sérias dependências com respectivos danos:
irritabilidade, isolamento, ansiedade, distanciamento da sua vida real e a falta de controle e
entre outros. A fim de adiantar-se a um parâmetro sobre como esses recursos digitais afetam o
cotidiano e a vida social das pessoas.
Alguns dos impactos negativos mais comuns incluem os danos psicológicos como,
solidão, ansiedade e redução da autoestima, bem como a exposição a softwares maliciosos.
Atualmente, investigam-se fatores que influenciam o vício em mídias sociais e as estratégias
que as pessoas usam para regular seu comportamento. Essa realidade já ocasionou uma reação
nos desenvolvedores do Instagram, que em 2019, decidiram ocultar para terceiros o número
de likes em publicações. Eles entenderam que geraria uma certa comparação e competição
entre os usuários do Instagram. A plataforma entende que esse tipo de mudança poderia
ajudar as pessoas a focar menos nas curtidas e mais em contar suas histórias.
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6. REFERÊNCIAS
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