Relatório Sobre Biodiesel
Relatório Sobre Biodiesel
Relatório Sobre Biodiesel
Chapa de aquecimento
Barra magnética
Óleo de semente de uva
Proveta
Hidróxido de potássio
Metanol
Béquer
Funil
Termômetro
Funil de decantação
Ácido clorídrico
Viscosímetro
Banho cinemático
Chiller com Etilenoglicol
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Para dar início a prática foi escolhido qual óleo seria usado para fazer o
biodiesel, e se iria utilizar metanol ou etanol. Assim escolheu-se o óleo de semente
de uva e o mon-álcool de cadeia curta escolhido, foi o metanol. Após escolher as
matérias primas que iram ser utilizadas, a pratica sucedeu-se em etapas, sendo a
primeira a criação de uma solução de metanol com hidróxido de potássio. Foi
pesado então 0,7016 g de hidróxido de potássio (KOH) em um béquer de 100 mL e
após fazer a pesagem, adicionou-se 35 mL de metanol, com auxílio de agitação até
completa dissolução do KOH. Nesta etapa, ocorre a formação de uma solução de
metóxido de potássio:
RESULTADO E DISCUSSÕES
Após a conclusão do procedimento experimental para a produção de biodiesel a
partir do óleo de semente de uva, foram obtidos os seguintes resultados e
observações:
Formação da solução de metóxido de potássio: A adição de 0,7016 g de
hidróxido de potássio (KOH) em 35 mL de metanol resultou na formação de uma
solução de metóxido de potássio. Essa solução atua como catalisador na reação de
transesterificação, permitindo a quebra dos triglicerídeos presentes no óleo de
semente de uva.
Transesterificação e separação de fases: Após a adição da solução de
metóxido de potássio ao óleo de semente de uva aquecido, ocorreu a reação de
transesterificação, resultando na formação de ésteres metílicos (biodiesel) e
glicerina. A mistura reacional foi então transferida para um funil de separação, onde
ocorreu a separação em duas fases distintas. A fase superior contém o biodiesel,
enquanto a fase inferior contém a glicerina.
Lavagem com ácido clorídrico: O biodiesel obtido apresentou um pH básico
devido à presença do catalisador hidróxido de potássio. Para neutralizar o biodiesel
e remover possíveis impurezas, foi realizada uma lavagem com 10 mL de ácido
clorídrico, agitando o funil de decantação com cuidado para evitar a formação de
sabão. Esse processo de lavagem foi repetido duas vezes, verificando o pH até que
o biodiesel se tornasse neutro.
Secagem do biodiesel: Após a lavagem, o biodiesel foi submetido ao
processo de secagem. O biodiesel foi aquecido em uma chapa de aquecimento até
atingir uma temperatura entre 80°C e 90°C, o que permitiu a remoção dos resíduos
de álcool presentes no biodiesel. Esse processo resultou em um biodiesel com
aspecto límpido e uma coloração amarelada.
Ao analisar os resultados obtidos, é possível observar que o procedimento
experimental seguido permitiu a obtenção de biodiesel a partir do óleo de semente
de uva. A transesterificação ocorreu efetivamente, convertendo os triglicerídeos em
ésteres metílicos (biodiesel) e glicerina. A separação das fases e a lavagem com
ácido clorídrico foram eficazes na remoção de impurezas e na neutralização do
biodiesel. O processo de secagem resultou em um biodiesel com características
desejáveis, como aspecto límpido e coloração amarelada.
No entanto, é importante ressaltar que a qualidade do biodiesel produzido
pode ser influenciada por diversos fatores, como a qualidade da matéria-prima, o
teor de água presente nos reagentes, a eficiência do catalisador utilizado e as
condições de reação. Portanto, para obter um biodiesel de alta qualidade, é
fundamental realizar análises adicionais, como determinação do teor de ésteres, teor
de glicerina residual, perfil de ácidos graxos, entre outros.
Além disso, vale destacar que o processo descrito é apenas um exemplo de
produção de biodiesel, e existem outras metodologias e variações que podem ser
exploradas para otimizar a produção e a qualidade do biodiesel.
No final da pratica foi realizado dois testes de qualidade de viscosidade e o
ponto de fluidez. Para fazer o teste de viscosidade foi usado o banho cinemático a
40°C com um capilar de 100, foi posto 8 mL do biodiesel nesse capilar e foi feito a
cronometragem três vezes. para pegar e fazer uma média para multiplicar com a
constante do capilar, esse cálculo deu 4,7576, ou seja, está de acordo com a norma
de especificação da ANP.
Já o ponto de fluidez, que é a temperatura mais baixa na qual um fluido, como
o biodiesel, começa a apresentar dificuldade em fluir devido ao aumento da
viscosidade. É uma propriedade importante a ser considerada, pois afeta
diretamente a capacidade de uso do fluido em baixas temperaturas, principalmente
em aplicações como combustíveis para veículos e climas frios. Nesse teste foi
utilizado um chiller com etilenoglicol dentro para chegar em temperaturas negativas,
foi mergulhado o biodiesel no etilenoglicol três vezes contando três minutos, foi
observado então que no primeiro mergulho o biodiesel chegou a -10°C e continuava
a fluir, na segunda vezes o biodiesel chegou a -11°C ainda fluindo e na terceira e
última vez o biodiesel parou de fluir em -12°C, ou seja, seu ponto de fluidez está
entre -10° e -11°C, assim estando de acordo com a ANP também.
REFERENCIAS:
https://www2.ufpel.edu.br/enpos/2012/anais/pdf/CE/CE_00270.pdf
Rossi, E. de, & Santos, K. G. dos. (2014). Óleo de uva para produção de
biodiesel. Revista Monografias Ambientais, 13(2), 3139–3145.
https://doi.org/10.5902/2236130812288