Apostila Bateria
Apostila Bateria
Apostila Bateria
APRESENTAÇÃO
Este projeto foi idealizado por João Graciano Silva Filho, com a finalidade de preparar
pessoas que gostem de música e querem fazer parte da equipe de louvor da Igreja,
ensinando o básico sobre um instrumento, de forma rápida e objetiva.
Esta apostila reúne uma compilação de estudos embasados nas devidas referências
bibliográficas, notações complementares e exercícios práticos criados.
Esta apostila reúne uma compilação de estudos embasados nas devidas referências
bibliográficas, notações complementares e exercícios práticos criados.
Esta apostila foi criada exclusivamente para o projeto “novos levitas” desenvolvido na
IGREJA PRESBITERIANA BETEL – Vila Maria – Rio Verde – Go.
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Iniciação à Bateria – Módulo I
SUMÁRIO
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Iniciação à Bateria – Módulo I
Quando se fala em matéria de música, para a pessoa que se dispõe ou tem interesse em
aprender algum instrumento, é recomendado que se tenha condições de dedicar ao
aprendizado, independente do grau da sua musicalidade.
Se a pessoa, por exemplo, tem interesse em fazer parte de uma banda musical, fazer
apresentações musicais para o público ou ainda apenas para curtir e se divertir
individualmente, esta pessoa precisa ter pelo menos um mínimo de conhecimento para
começar a ensaiar as músicas que gosta. Ela deve ainda ter disponibilidade e disposição
para “pegar” no instrumento regularmente, praticar bastante para se desenvolver.
A capacitação é muito importante para que a pessoa obtenha êxito na execução das
músicas preferidas, mesmo que apenas para o próprio deleite.
Este projeto tem como objetivo ensinar os primeiros passos no aprendizado da bateria. Por
ser um projeto vinculado à Igreja Presbiteriana Betel, a forma de aprendizado será
vinculada às músicas tocadas na igreja.
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Iniciação à Bateria – Módulo I
Você que está iniciando este curso, com certeza, para aprender fundamentos de bateria
em 12 aulas. Talvez desenvolva mais, talvez menos, mas não importa a quantidade, o
interessante é aproveitar a bênção que está à sua disposição.
Muito já se falou “ser abençoado” e, talvez, para muita gente, conseguir participar de um
curso assim, é realmente uma benção. Esse tempo de aprendizado não é tão grande, mas
é suficiente para que muita coisa boa possa acontecer na sua vida.
Na bíblia são narrados vários episódios onde as pessoas recebem dádivas e milagres da
parte de Jesus e, um dos que mais me impressiona pela atitude do coadjuvante, é o
episódio da multiplicação dos pães, narrado por João. Alguém que não é muito comentado
nesse episódio é o menino que entregou os pães e peixes para Jesus multiplicar.
Vamos visualizar a cena: Aquela multidão no deserto, num lugar ermo, distante das aldeias
mais próximas. Nessa hora, nem Filipe, nem André e nem os outros discípulos lembraram
que quem estava ali era Jesus e que Jesus é Deus e pode operar milagres. A parte mais
interessante foi que André chegou e disse para Jesus: “Está aqui um rapaz que tem cinco
pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos?” (João 6:9).
Primeiro detalhe: O garoto provavelmente estava ali bem perto, bem junto à Jesus. Se ele
tivesse afastado, talvez não ouvisse o pessoal comentando sobre a necessidade de
alimento.
Segundo detalhe: O garoto poderia ter negado que tinha comida, ou podia ter se negado
a entregar seus cinco pães e seus dois peixinhos pequeninos, mas não fez nada disso. Ele
entregou tudo o que tinha a Jesus e através dessa atitude, tanto ele quanto uma multidão
foi abençoada. Uma multidão de cinco mil homens, fora mulheres e crianças.
Você quer ver a bênção que vai ser esse curso na sua vida? A primeira coisa a ser feita é
ficar bem perto de Jesus. Juntinho. Igual ao garoto. Caso contrário, você não irá ouvir ele
comentar que seu talento será aumentado, multiplicado, igual aos pães e peixes. A segunda
coisa a ser feita é entregar tudo nas mãos de Deus. A sua vida, o seu tempo, o seu proceder.
Viver junto de Deus é a chave para que as bênçãos cheguem em abundância.
Aquele rapaz estava bem perto de Jesus e também entregou tudo o que tinha para Jesus
sem questionar. A atitude dele abençoou uma multidão. Você, agindo como esse garoto,
além de receber a benção do aprendizado, poderá abençoar outras pessoas levando a elas
a música que você irá aprender aqui.
O menino jamais tinha visto alguém multiplicar pães e peixes, mas mesmo assim, ofereceu
tudo o que tinha para Jesus e viu grandes bênçãos serem derramadas através da sua
pequena oferta. E você? Esteja bem perto de Cristo, entregue tudo a ele e veja o que irá
acontecer!
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Iniciação à Bateria – Módulo I
PRIMEIRA AULA
A partir desta página, daremos início ao Curso Básico de Bateria, onde teremos o imenso
prazer em abordar assuntos históricos, teóricos, técnicos e práticos, a partir da iniciação,
seguindo uma ordem progressiva de desenvolvimento, voltado a esse instrumento
maravilhoso e contagiante, “a bateria”.
Nesta página vamos conhecer um pouco melhor o instrumento, sua história, suas peças, e
sua principal ferramenta. Vamos ela:
A BATERIA
É um instrumento de percussão, constituídos por
várias peças (tambores e pratos) de timbres e
tamanhos diferentes, tocados por uma só pessoa.
A palavra "bateria" refere-se a um conjunto de
instrumentos de percussão de uma orquestra (ou de
uma escola de samba, por exemplo) tocados por
várias pessoas. Com base nisso, foi atribuído o
mesmo nome ao conjunto de instrumento tocado por
uma só pessoa, a BATERIA.
HISTÓRIA
Inspirada nos tambores africanos, a bateria surgiu com a invenção do pedal de bumbo e do
tripé de sustentação da caixa, pois com isso tornou-se possível agrupar várias peças em
um único instrumento. Isso foi nos Estados Unidos, em meados de 1900. Naquela época,
usava-se bumbo, caixa, ton-ton e prato. O chimbal só foi introduzido a bateria por volta de
1930.
Naquela época, a bateria tinha pouca posição de destaque, o máximo que podia fazer era
marcar o tempo! Essa concepção só foi mudada, graças a um baterista chamado Gene
Krupa, que inovou a forma de se tocar bateria.
PEÇAS DA BATERIA
A bateria é um instrumento modular, podendo conter
vários tambores e pratos, além de outros acessórios
(agogô, carrilhão, etc). Recomenda-se ao iniciante,
uma bateria somente com as peças básicas. Aqui
temos uma figura de uma bateria, com o respectivo
nome de cada peça.
A bateria é basicamente composta por pratos
(ataque, chimbal e condução) e por tambores (caixa,
ton 1, ton 2, surdo e bumbo).
Existem ainda outros tipos de pratos e tambores, mas geralmente se tratam de acessórios.
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Iniciação à Bateria – Módulo I
AS BAQUETAS
São aqueles dois "pauzinhos" que utilizamos para tocar bateria. Elas são as principais
ferramentas do baterista. Quando tocamos, as baquetas são como se fosse nossas próprias
mãos, ou seja, ela será uma continuação dos braços.
Existem vários tipos de baquetas, variando em seu tamanho, peso, espessura. Cada tipo
geralmente é indicado a um determinado estilo musical. Mas os tipos de baquetas também
podem ser escolhidos, levando em conta o gosto pessoal.
As baquetas modelo 5A são as mais utilizadas, não são nem pesadas nem leves. São
muitos indicados para iniciantes, e a estilos musicais não muito pesado (pop, rock, country,
samba, reggae, etc).
Já o modelo 5B é um pouco mais pesado. São indicados para práticas de exercícios
técnicos e a estilos de música um pouco mais pesada (hard-rock, heavymetal, etc).
As baquetas podem ter pontas de nylon ou ponta de madeira. As baquetas com ponta de
nylon tem um som mais brilhante, agudo". Já a baquetas com ponto de madeira tem um
som mais "macio, aveludado", principalmente quando tocamos nos pratos. A escolha é uma
questão de gosto, leva-se em conta também, o fato das baquetas com ponta de nylon
durarem mais, além de conservar o instrumento.
A propósito, se você ainda não tem um par de baquetas, já vá providenciando um, mesmo
que ainda não tenha bateria.
Até a próxima parte!!!
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Iniciação à Bateria – Módulo I
E aí, já estão com as baquetas em mãos? AINDA NÃO??!! Pois então vamos IMPROVISAR
uma! Sem essa de caneta, lápis, etc... Peque um cabo de vassoura (infantil) e faça um par
de baquetas com 40 cm de comprimento, e pronto! Mãos a obra! (ou melhor, compre um
par, não é tão caro assim, até em loja de cds você acha).
Já com as baquetas EM MÃOS...
Nessa página vamos observar atentamente a forma correta de segurá-las e manuseá-las,
utilizando a pegada moderna (onde ambas as mãos seguram a baqueta da mesma forma).
Vale a pena lembrar que existem outros tipos de pegada (como a pegada tradicional), mas
não recomendo aos iniciantes, pois cada mão segura a baqueta de forma diferente,
dificultando assim a assimilação.
Para melhor exemplificar, vamos dividir os dedos da mão em duas partes:
uma delas é o que chamamos de “pinça” (dedo indicador e polegar), e a
outra chamamos de “mola” (dedo médio, anular e mínimo).
Veja nas figuras 1 e 2, a forma correta de segurar a baqueta. Note que o
polegar e o indicador (pinça) estão na mesma altura, pressionando
relaxadamente a baqueta, enquanto os outros dedos (mola) apóiam a
baqueta como se fosse um único dedo.
Observe também que a baqueta não sai da mão, ela vai somente até a
linha do pulso, e fica alinhada com o antebraço (como se fosse uma
continuação dele). Isso vale para ambas as mãos.
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Iniciação à Bateria – Módulo I
APLICAÇÃO PRÁTICA
Agora vamos tentar colocar em prática, o que vimos até aqui, executando alguns toques na
“caixa da bateria, ou em uma borracha de estudo*”, visando desenvolver a coordenação
entre as mãos, a qualidade, e a desenvoltura dos movimentos.
* Caso não possua “caixa”, nem “borracha de estudo”, pratique estes exercícios em casa ou lugar. Utilize qualquer
superfície plana (ex.: uma cadeira com uma toalha de rosto em cima).
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