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Rela Es Ecol Gicas - Resumo 3 ANO

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE


COLÉGIO DE APLICAÇÃO

Av. Marechal Rondon S/N, Rosa Elze. CEP: 49100-000


(79) 3194-6930/6931 – direcao.codap@gmail.com –

Aluno(a):_________________________________________________________________________
Atividade/Disciplina: Apostila de Biologia Professor: Rodolfo
Data: ____/____/____ Série/Turma: 3º Ano Ens. Médio
1. Introdução à Ecologia:

RELAÇÕES ECOLÓGICAS

1. Definição

Relações ecológicas são as interações que ocorrem entre os seres vivos. Essas relações podem
ocorrer entre indivíduos de uma mesma espécie ou de espécies diferentes.

2. Classificação

As relações podem ocorrer entre indivíduos de uma mesma espécie, sendo classificadas
como relações intraespecíficas, ou de espécies diferentes, como relações interespecíficas. Além
dessa classificação, as relações ecológicas podem ser tidas como harmônicas ou desarmônicas.
 Relações harmônicas: quando traz benefícios a todos os envolvidos, ou traz benefício
a um, mas sem causar prejuízo ao outro organismo envolvido na relação; é também
conhecida como positiva.
 Relações desarmônicas: quando causa prejuízo para algum dos envolvidos; é
também conhecida como negativa.

3. Tipos de relações ecológicas

→ Relações intraespecíficas

• Sociedade
Nesse tipo de relação, os indivíduos de uma mesma espécie vivem juntos, sem união física, e
apresentam uma divisão de trabalhos entre eles. Tal tipo traz benefícios a todos os envolvidos,
sendo classificado como relação harmônica. São exemplos as sociedades das formigas,
abelhas e cupins.

• Colônia
Nesse tipo de relação, os indivíduos de uma mesma espécie vivem juntos, havendo inclusive
uma união anatômica entre os seres. No entanto, podem apresentar ou não divisão de
trabalho. Tal tipo traz benefícios a todos os envolvidos, sendo classificado também
como relação harmônica. São exemplos as caravelas (há divisão de trabalho) e colônia de
bactérias (não há divisão de trabalho).

• Competição
Nesse tipo de relação, os indivíduos de uma mesma espécie podem entrar em disputa por
recursos que são limitados, como alimento, território e parceria para reprodução.
A competição é uma relação desarmônica. Um exemplo dessa relação é a competição por
território, que acontece entre alguns animais, por exemplo, aves. Uma forma que as aves
utilizam para delimitar seu território é por meio do canto. Com este, elas sinalizam aos demais
que aquele território está ocupado.
• Canibalismo
Nesse tipo de relação, um indivíduo alimenta-se de outro da mesma espécie, tratando-se de
uma relação desarmônica. O canibalismo ocorre, por exemplo, entre filhotes de tubarões de
algumas espécies, como o tubarão-cinza, enquanto ainda estão no útero.

→ Relações interespecíficas

• Mutualismo (obrigatório)
Os indivíduos de espécies diferentes vivem associados, sendo dependentes dessa associação.
Nela os dois são beneficiados, sendo assim uma relação harmônica. Um exemplo
de mutualismo obrigatório é a associação de algumas espécies
de algas ou cianobactérias e fungos, formando líquens. As algas ou cianobactérias
fazem fotossíntese e fornecem aos fungos a matéria orgânica produzida que servirá a eles
como alimento. Já os fungos retêm água e sais minerais, além de conferirem certa proteção às
algas.

• Protocooperação (Mutualismo facultativo)


Nesse tipo de relação, indivíduos de espécies diferentes vivem associados, porém não são
dependentes dessa associação. Um exemplo ocorre entre o caranguejo-paguro e a anêmona.
Aquele vive dentro de conchas vazias, em que algumas destas fixam-se. Com o deslocamento
do caranguejo, a área de alimentação da anêmona que vive fixa aumenta. Já esta confere
proteção àquele afastando predadores, devido à presença de substâncias urticantes em seus
tentáculos.

• Comensalismo
Tipo de relação onde apenas uma das espécies é beneficiada, mas sem causar prejuízo à
outra. Essa relação é classificada como harmônica. Um exemplo de comensalismo ocorre entre
o tubarão e a rêmora. Esta se fixa na superfície ventral daquele por meio de ventosas e assim
é transportada (tal relação é também conhecida como inquilinismo), além de utilizar-se de
restos alimentares do tubarão para sua alimentação.
Um outro exemplo de comensalismo é a relação entre algumas plantas epífitas, como
orquídeas e bromélias, que vivem sobre o tronco de plantas maiores em florestas, utilizando-as
apenas como suporte em busca de uma maior disponibilidade de luz. Essa relação é também
conhecida como epifitismo.

• Amensalismo
Nesse tipo de relação, um indivíduo secreta substâncias que inibem ou impedem o
desenvolvimento de outro. Essa é uma relação desarmônica, pois é prejudicial a um dos
envolvidos. Um exemplo de amensalismo ocorre com alguns fungos que secretam substâncias
que causam a morte de bactérias.

• Parasitismo
Nesse tipo de relação, um dos indivíduos (parasita) retira do organismo de outro (hospedeiro)
nutrientes para sua sobrevivência. Tal relação pode debilitar o indivíduo hospedeiro e até
mesmo levá-lo à óbito. Trata-se de uma relação desarmônica. Um exemplo
de parasitismo ocorre entre o ser humano (hospedeiro) e alguns vermes, como a lombriga
(parasita).

• Predação
Nesse tipo de relação, um indivíduo mata o de outra espécie para alimentar-se. Essa relação é
classificada como desarmônica, já que apenas um indivíduo é beneficiado. Um exemplo de
predação pode ser observado em leões que se alimentam de animais como a zebra.

• Competição
Nesse tipo de relação, os indivíduos de espécies diferentes podem entrar em disputa por
recursos que são limitados, como alimento ou território. A competição é uma relação
desarmônica. Um exemplo é a competição entre plantas de espécies diferentes, em uma
floresta densa, pela disponibilidade luminosa.
OBS.: Princípio de Gause (ou Princípio da Exclusão Competitiva)
Quando espécies de uma mesma comunidade biológica exploram nichos ecológicos muito parecidos,
é instituída entre elas uma competição por recursos menos disponíveis no meio. É comum, por
exemplo, que espécies vegetais cujas raízes utilizam a mesma porção do solo compitam por água,
minerais e outros recursos.
Tendo conhecimento disso, o biólogo russo Georgyi Frantsevich Gause formulou o princípio de
Gause, ou princípio de exclusão competitiva, teoria segunda a qual os nichos ecológicos são
exclusivos para cada espécie, e para que duas ou mais delas coexistam num mesmo habitat, é
necessário que os seus nichos tenham características diferentes e suficientes.
Gause propôs essa teoria baseando-se em diversas observações que o levaram a concluir que, se
duas ou mais espécies exploram exatamente o mesmo nicho ecológico, a competição estabelecida
entre elas é tão brusca que a convivência se torna impossível. Assim, a competição entre as espécies
no mesmo nicho pode dar origem a 3 situações diferentes:
1. A escassez de recursos leva uma das espécies à extinção (daí a expressão princípio de exclusão
competitiva).
2. Uma das espécies é expulsa daquele habitat e migra para outro território em busca de recursos
que garantam sua sobrevivência.
3. Uma ou todas as espécies modificam seu nicho ecológico, de maneira que deixem de competir por
recursos limitados.

Fontes:
https://www.biologianet.com/ecologia/relacoes-ecologicas.htm
https://www.infoescola.com/ecologia/principio-de-gause/

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