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Angiospermicas Michella PDF

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Angiospermas

Índice
1. Introdução ....................................................................................................................2
2. As angiospermas ...........................................................................................................3
2.1. Características gerais .............................................................................................3
2.1.1. Raíz...............................................................................................................3
2.1.2. Folhas............................................................................................................3
2.1.3. Caule .............................................................................................................4
2.1.4. Flor ...............................................................................................................4
2.1.5. Frutos ............................................................................................................7
2.2. Habitat ..................................................................................................................7
2.3. Divisão das angiospermicas....................................................................................8
2.3.1. Monocotinedôneas ...............................................................................................8
2.3.2. Dicotiledônias......................................................................................................9
2.4. Ciclo de Vida e Reprodução ................................................................................. 10
2.5. Classificação científica da angiospermicas ............................................................ 11
2.5.1. Classificaçao cientifica da monocotiledónea. ....................................................... 11
2.5.2. Classificaçao cientifica da dicotiledónea .............................................................. 11
2.5.3. Comparação ...................................................................................................... 11
2.5. Polinização.......................................................................................................... 12
2.6. Fecundação ......................................................................................................... 13
2.7. Formação do Fruto............................................................................................... 15
2.8. Origem da semente .............................................................................................. 16
2.8.1. Constituição ...................................................................................................... 16
2.8.2. Germinação das sementes ................................................................................... 17
3. Conclusão................................................................................................................... 19
4. Bibliografia ................................................................................................................ 20

Biologia, 11 ͣ Classe Page 1


Angiospermas

1. Introdução

Neste trabalho abordaremos sobre as angiospermas, onde perceberemos as suas


características gerais, sua classificação, seu habitat, seu ciclo de vida, sua reprodução, e
falaremos também sobre a divisão dos seus grupos monocotiledôneas e dicotelrdôneas.
Falaremos sobre a sua fecundação, polinização, origem do fruto e da semente, como
também da sua respectiva germinação e comparação das suas características.

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Angiospermas

2. As angiospermas
2.1. Características gerais
A palavra angiosperma vem do grego angeios, que significa 'bolsa', e sperma, 'semente'.
Essas plantas representam o grupo mais variado em número de espécies entre os
componentes do reino Plantae ou Metaphyta

São plantas que possuem sementes protegidas por frutos. Estas plantas também
apresentam flores.

A presença de flores e frutos é fundamental para o desenvolvimento das angiosper mas.


Estas flores possuem cores vivas, nectar e cheiros que atraem passaros e insectos que
serviram de ajuda no processo de polinizaçao. Já os frutos são importantes para proteger
as sementes das plantas.

2.1.1. Raíz
As angiospermas apresentam diversos tipos de raízes, como pivotantes, fasciculadas,
tuberosas, tubulares, pneumatóforos e sugadoras.

Figura 1: A figura ilustra a raíz de uma angiosperma.

2.1.2. Folhas
As folhas estão envolvidas com os processos de fotossíntese, respiração e transpiração.
As plantas angiospermas apresentam folhas com diversos formatos e tamanhos.

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Angiospermas

Figura 2: A figura ilustra as folhas de uma angiosperma.


2.1.3. Caule
Os principais tipos de caules aéreos das angiospermas são: tronco lenhoso (árvores), haste
(herbáceas), estipe (palmeiras), colmo (bambu) e suculento (cactos).

Figura 3: A figura ilustra o caule de uma angiosperma e a sua respectiva descriçao


legendada.
2.1.4. Flor
A flor é considerada a estrutura reprodutiva da planta.

As flores são formadas por folhas modificadas e especializadas. Elas são compostas por
quatro tipos de estruturas: sépalas, pétalas, estames e carpelos.

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Sépalas: Normalmente de coloração verde, localizam-se abaixo das pétalas. Elas


protegem a flor imatura, envolvendo-a e formando o botão floral. Em conjunto formam o
cálice.

Pétalas: Porção colorida com a função de atrair os polinizadores. Em conjunto formam a


corola.

Estame: Estrutura masculina da flor. Apresenta uma porção alongada, o filete e uma
porção terminal, a antera. A antera apresenta 4 sacos polínicos, os microsporângios, onde
são produzidos os grãos de pólen. O conjunto forma o androceu.

Carpelo: Estrutura feminina da flor. É formado pelo estigma e ovário. O estigma é local
que recebe o grão de pólen e no ovário encontram-se um ou mais óvulos. Cada óvulo
contém um megasporângio. Uma flor pode ter mais de um carpelo, separados ou fundidos.
Quando estão fundidos formam o pistilo. Todas as estruturas do carpelo formam o
gineceu.

Figura 4: A figura ilustra uma flor angiosperma.

a) Órgãos de protecção

Órgãos que envolvem as peças reprodutoras propriamente ditas, protegendo-as e


ajudando a atrair animais polinizadores. O conjunto dos órgãos de protecção designa-
se perianto. Uma flor sem perianto diz-se nua.

 cálice – conjunto de sépalas, as peças florais mais parecidas com folhas, pois
geralmente são verdes. A sua função é proteger a flor quando em botão. A flor
sem sépalas diz-se assépala. Se todo o perianto apresentar o mesmo aspecto
(tépalas), e for semelhante a sépalas diz-se sepaloide. Neste caso diz-se que o
perianto é indiferenciado.

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 corola – conjunto de pétalas, peças florais geralmente coloridas e perfumadas,


com glândulas produtoras de néctar na sua base, para atrair animais. A flor sem
pétalas diz-se apétala. Se todo o perianto for igual (tépalas), e for semelhante a
pétalas diz-se petaloide. Também neste caso, o perianto se designa indiferenciado.

b) Órgãos de reprodução

Folhas férteis modificadas, localizadas mais ao centro da flor e designadas esporófilos.


As folhas férteis masculinas formam o anel mais externo e as folhas férteis femininas o
interno.

 androceu – parte masculina da flor, é o conjunto dos estames. Os estames são


folhas modificadas, ou esporófilos, pois sustentam esporângios. São constituídas
por um filete (corresponde ao pecíolo da folha) e pela antera (corresponde ao
limbo da folha);

 gineceu – parte feminina da flor, é o conjunto de carpelos. Cada carpelo, ou


esporófilo feminino, é constituído por uma zona alargada oca inferior designada
ovário, local que contém óvulos. Após a fecundação, as paredes do ovário formam
o fruto. O carpelo prolonga-se por uma zona estreita, o estilete, e termina numa
zona alargada que recebe os grãos de pólen, designada estigma. Geralmente
o estigma é mais alto que as anteras, de modo a dificultar a autopolinização.

Figura 5: A figura ilustra o orgão reprodutor e outros componentes da angiosperma.

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2.1.5. Frutos
O fruto é uma estrutura exclusiva das angiospermas. É uma porção carnosa que
desenvolve-se a partir do ovário, após a fecundação.

Todas as partes do fruto são derivadas da flor. O fruto é resultado do desenvolvimento do


ovário e a semente do desenvolvimento do óvulo depois da fecundação. Por isso, se um
fruto apresenta uma semente é porque o ovário tinha apenas um óvulo. E se o ovário tiver
mais de um óvulo, o fruto terá mais de uma semente.

Os frutos contêm e protegem as sementes e auxiliam na dispersão na natureza. Muitas


vezes eles são coloridos, suculentos e atraem animais diversos, que os utiliza como
alimento. As sementes engolidas pelos animais costumam atravessar o tubo digestivo
intactas e são eliminadas no ambiente com as fezes, em geral em locais distantes da
planta-mãe, pelo vento, por exemplo. Isso favorece a espécie na conquista de novos
territórios.

As funções do fruto são a propagação da espécie e a protecção da semente.

Figura 6: A figura ilustra partes de um fruto originario de uma angiosperma.


2.2. Habitat
Angiospermas é um grupo de plantas de mais ampla distribuição que ocorre em diversos
habitats. Elas são encontradas em uma grande variedade de biomas como diversos tipos
de florestas terrestres (tropicais, subtropicais, temperadas estando presente inclusive nas
quais as gimnospermas são o grupo dominante),vegetação de ambientes áridos, savanas,
campos, mangues, além de compor a vegetação de lagos e rios.

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Exemplos de angiospermicas

 Acanto grego (acanthus mollis)

 Junto-vermelha (aphelandra longiflora)

 Camarão-coral (aphelandra tetrágona)

 Ruélia-prateada (varleria albostellata)

 Crossandra (crossandra infundibuliformis)

 Flor-do-bode (dyschoriste thumbergiflora)

 Salva-azul (eranthemum pulchellum)

2.3. Divisão das angiospermicas


As angiospermicas podem ser divididas em dois grupos:

2.3.1. Monocotinedôneas

Figura 7: Ilustra uma monocotiledónea.

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Características:

 Apresentam apenas um cotiledone na semente;


 Possuem flores trímeras, ou seja, múltiplas de três;
 Apresentam raízes finas e de tamanho pequeno, logo possuem vida curta;
 Possuem crescimento primário;
 Sementes com um cotilédone (primeiras folhas que surgem dos embriões);
 Nervuras paralelas nas folhas.

Exemplos de plantas angiospermas monocotiledôneas: milho, centeio, trigo,


gramíneas, palmeiras, arroz,cana,palmeiras, etc.
2.3.2. Dicotiledônias

Figura 8: Ilustra uma dicotiledónea.

Carctrísticas:

 Apresentam dois cotiledones na semente;


 Apresentam raízes profundas;
 Possuem folhas com presença de nervuras;
 Sementes com dois cotilédones;
 Crescimento secundário;
 Possuem ciclo de vida maior dos que as monocotiledôneas;
 Algumas espécies apresentam caule lenhoso;
 Possuem flores múltiplas de quatro ou cinco;
 Raizes fasciculadas;
 Podem apresentar caule lenhoso.
Exemplos: ipê, jacarandá, rosas, feijão, vagem, leguminosas,soja,ervilha, etc.

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2.4. Ciclo de Vida e Reprodução


A reprodução das angiospermas inicia com a polinização. A polinização é o transporte do
grão de pólen da antera até o estigma, onde se forma o tubo polínico.

Ao se instalar no estigma, o grão de pólen germina e forma o tubo polínico. Este cresce,
através do estilete, até atingir o óvulo, no ovário.

O óvulo apresenta dois tegumentos e uma grande célula-mãe de megásporo (2n) que sofre
meiose e origina quatro células (n), das quais três se degeneram e uma forma o megásporo
funcional (n).

O megásporo funcional sofre mitose e origina o saco embrionário com as seguintes


células: uma oosfera, duas sinérgides, três antípodas e uma célula central com dois
núcleos polares.

Enquanto isso, no interior do tubo polínico podem ser encontrados três núcleos: dois são
núcleos espermáticos (gametas) e o outro é o núcleo do tubo que controla o seu
crescimento.

Quando atinge o óvulo, o tubo polínico libera os seus dois núcleos espermáticos. Um
núcleo espermático (n) fecunda a oosfera (gameta feminino - n) e forma um zigoto (2n)
que dará ao embrião.

O outro núcleo espermático se une aos dois núcleos polares do óvulo, formando um
núcleo triploide, que dará origem ao endosperma secundário que irá nutrir o embrião.
Após a fecundação, o saco embrionário é chamado de endosperma secundário.

Como vimos, ocorrem duas fecundações. Por isso, as angiosper mas


apresentam fecundação dupla, uma característica exclusiva desse grupo.

Enquanto ocorre a dupla fecundação, os tegumentos do óvulo formam uma casca, que
contendo o endosperma secundário e o embrião, formam a semente. Os hormônios
produzidos pelo embrião, estimulam o desenvolvimento do fruto a partir do ovário.

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2.5. Classificação científica da angiospermicas

Reino: Plantae

Superdivisão: Spermatophyta

Divisão: Magnoliophyta ou Angiospermae

2.5.1. Classificaçao cientifica da monocotiledónea.


Domínio: Eukaryota

Reino: Plantae

Clado: angiospérmicas

Clado: monocotiledóneas

2.5.2. Classificaçao cientifica da dicotiledónea


Reino: Plantae

Divisão:Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsida

2.5.3. Comparação
As flores monocotiledóneas e dicotinedoneas distinguem –se por certas caracteristicas.

Nas flores monocotiledónias a quantidade de cada peça floral é um multiplo de três (flores
trímeras). As flores dicotiledóneas tem cinco pétalas, cinco sepalas e dez estames, isto é,
a quantidade de cada peça floral é um multiplo de cinco (flores pentámeras). Raramente
as dicotiledóneas podem ter flores tetrámeras.

As folhas paralelinérveas possuem nervuras dispostas lado a lado e são tipicas para as
plantas monocotiledóneas. As dicotiledóneas possuem folhas reticulinérveas, ou seja,
apresentam uma nervura central e ramificações evidentes.

No caule das dicotiledóneas a disposição é difusa, isto é, os feixes vasculares é regular,


formando um anel, no das monocotiledóneas, a disposição é difusa, isto é, os feixes estão
dispersos pelo caule. Nas dicotiledóneas,o parênquima interno aos feixes chama-se

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medula e o externo é denominado córtex . nas monovotiledóneas, não se destingue m


córtex e medula. Nos feixes de dicotiledóneas, entre xilema e floema, há uma faixa de
câmbio formador de vasos condutores. As monocotiledóneas não tem cambio vascular.
Nas plantas que crescem sem espessura, como no caso das dicotiledóneas, a estrutura
primária do caule é substituída pela estrutura secundária.

As raízes da maioria das plantas dicotiledóneas apresentam estrutura secundária, em


que se observam:

- Formação de um cilindro central interno, delimitado pelo periciclo, com perda da


disposição alternada dos vasos do xilema e floema.

- Substituição da epiderme pelo periderme.

A observaçao externa das raízes mostra que as manocotiledóneas possuem numerosas


raízes que partem do caule, todas com praticamente o mesmo comprimento e de igual
espessura. Trata-se de um sistema radicular fasciculado. Já a raíz de dicotiledóneas é
constituida por uma raíz principal á qual se ligam muitas raízes laterais menores.
2.5. Polinização
A polinização pode acontecer pela acção do vento, sendo que, na maioria das vezes, são
por insetos ou outros animais que se alimentam do néctar da planta, o que torna a
fecundação independente da água e, além disso, a probabilidade do grão de pólen ser
levado para uma planta da mesma espécie é maior já que cada planta possui atrativos
como tamanho da flor, cor ou cheiro que atraem certos tipos de polinizadores.

Algumas angiospermas que não possuem essas flores atrativas, como é o caso das
gramíneas (capim, trigo, entre outros), possuem adaptações para que consigam ser
polinizadas pelo vento. Estas possuem como adaptação, estigmas grandes, bem expostos
e com ramificações em forma de plumas para facilitar a interceptação do grão de pólen.

Quando a polinização acontece pela ação do vento, esta é chamada de anemofilia, por
insetos é a entomofilia, por aves é ornitofilia e por morcegos, quiropterofilia.

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Figura 9: Ilustra os diversos tipos de polinização.

Geralmente há uma relação de mutualismo entre a planta e o animal, com benefícios para
ambos. Para a planta, a vantagem é a realização de seu processo reprodutivo, formando
descendentes para as futuras gerações. Já para o animal, a vantagem é a aquisição de
alimento, que pode ser o néctar ou o pólen.

Figura 10: Ilustra uma tabela com as respectivas polinizações.

2.6. Fecundação
Nas angiospermas ocorre a dupla fecundação, sendo que uma célula espermática fusiona -
se com a oosfera, e a outra funde-se com os núcleos polares.

O órgão reprodutivo das angiospermas é a flor, um ramo com crescimento determinado


onde são encontradas as folhas que produzem os esporângios. Para que ocorra a

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reprodução, é necessário que essa flor seja polinizada, ou seja, o pólen deve ser
transportado da antera para o estigma.

O grão de pólen (microgametófito imaturo) é formado por duas células: a célula do tubo
e uma célula geradora. Durante ou após a dispersão, essa última divide-se e forma duas
células espermáticas, que são os gametas masculinos.

O gametófito feminino é o saco embrionário, que possui oito núcleos e sete células
quando maduro. Três núcleos ficam na região próxima à micrópila (abertura no óvulo),
as duas laterais são chamadas de sinérgides e a central é chamada de oosfera. Esses três
núcleos formam o chamado aparelho oosférico. No centro, encontram-se dois núcleos que
são chamados de núcleos polares, e na região oposta à micrópila estão localizados os
outros três núcleos, que são chamados de antípodas.

Ao encostar no estigma, o grão de pólen começa a absorver água e germina, formando o


tubo polínico. As duas células espermáticas são levadas através desse tubo até o
gametófito feminino.

Diversas modificações ocorrem no estigma e no estilete após o contato com o grão de


pólen, favorecendo, assim, a penetração do tubo polínico. O tubo entra no óvulo pela
micrópila e penetra em uma das sinérgides, liberando as células espermáticas e o núcleo
da célula do tubo. Uma das células espermáticas une-se com os núcleos polares, e a outra,
com a oosfera. Esse processo é chamado de dupla fecundação.

A célula espermática que penetrou na oosfera dá origem ao zigoto diploide, que


posteriormente formará o embrião. Já a outra célula espermática dá origem a um núcleo
triploide, que, posteriormente, após várias divisões, formará o endosperma, responsável
por fornecer nutrientes ao embrião.

Após o processo de dupla fecundação, a sinérgide restante e as antípodas sofrem


degeneração, o embrião começa a desenvolver-se dentro do saco embrionário, forma- se
o endosperma, o tegumento do óvulo forma o envoltório da semente e as paredes do
ovário com outras estruturas formam o fruto.

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Figura 11: Ilustra a fecundaçao.

2.7. Formação do Fruto


A semente em formação libera hormônios que induzem o desenvolvimento da parede do
ovário, originando o fruto. Este contém, em seu interior, uma ou mais sementes, os frutos
contribuem para sua dispersão, isto é, para que elas se espalhem no ambiente. Os frutos
de muitas espécies de plantas são extremamente leves e apresentam expansões em forma
de asas (frutos alados), que permitem seu transporte pelo vento. Outras espécies possuem
frutos dotados de ganchos, que se emaranham nos pêlos ou nas pernas de animais, sendo
por eles carregados. Certos frutos, por serem vistosos e saborosos, são devorados por
pássaros e outros herbívoros, que eliminam as sementes em locais distantes da planta que
as produziu. Um exemplo interessante de adaptação à dispersão da semente é o fruto do
coco-da-baía, que possui um envoltório fibroso que permite a flutuação. Desse modo, o
coco é transportado pelas correntes marinhas até as praias onde possa germinar.

Fruto é o Ovário fecundado e desenvolvido, formado por três paredes (Epicarpo,


Mesocarpo e Endocarpo) que recebem o nome de Pericarpo. Há diversos tipos de Frutos
os Secos Deiscentes que se abrem, e Indeiscentes não se abrem. Frutos Carnosos Drupa
– semente envolvida pelo endocarpo, exemplo Abacate ,com várias sementes, exemplo
Mamão, Tomate.

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2.8. Origem da semente


As sementes são estruturas extremamente importantes para a sobrevivência das plantas
no ambiente terrestre. Elas são responsáveis por proteger o embrião, além de garantir a
dispersão das espécies pelo ambiente. O surgimento das sementes conferiu vantagem
evolutiva para muitas espécies, uma vez que elas são mais resistentes que os esporos das
espécies ancestrais. As sementes podem ficar dormentes por um período de tempo
superior ao dos esporos, além de apresentarem um suprimento nutricional que
proporciona ao embrião a energia necessária para sobreviver em condições adversas.

Figura 12: Ilustra a germinaçao de uma semente.


2.8.1. Constituição
A semente é o óvulo desenvolvido e fecundado, ou seja, contém o embrião. Ela é formada
basicamente por três partes básicas: embrião, suprimento nutricional e revestime nto
protetor.

Nas angiospermas, o processo de fecundação é mais complexo. O zigoto origina o


embrião; o núcleo primário do endosperma origina, após várias mitoses, o endosperma
(tecido que acumula reservas); por fim, os tegumentos do óvulo formam o revestime nto
protetor da semente (testa da semente). O embrião maduro dessas plantas é formado por
um eixo e cotilédones, que podem apresentar-se em número de dois (eudicotiledôneas)
ou apenas um (monocotiledônea)

Pode-se perceber, portanto, que a semente das gimnospermas e a da angiosper mas


diferenciam-se em razão da origem do material nutritivo. Nas gimnospermas, a reserva é
proveniente do gametófito feminino; nas angiospermas, sua origem é do endosperma.

As sementes são as unidades de dispersão das plantas e, para exercerem seu papel, contam
com uma variada gama de estratégias. Algumas sementes, por exemplo, são transportadas

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pelo vento; outras, pela água ou por organismos vivos. Existem ainda aquelas que são
literalmente lançadas para fora do fruto por meio de processos explosivos.

As sementes transportadas pelo vento são leves e normalmente possuem estruturas que
auxiliam o voo, tais como as alas. As sementes que são levadas pela água possuem tecidos
que armazenam ar, permitindo assim a flutuação e impedindo que essa substância cause
danos ao embrião. As sementes que são transportadas por animais podem ter estruturas
que facilitam a adesão (nos pelos, por exemplo) ou ainda contar com frutos deliciosos que
servem de alimento para algumas espécies.

Uma semente está constituída pelo tegumento e amêndoa. O tegumento é a estrutura de


revestimento de uma semente e, geralmente, é formado por duas camadas: a testa, que é
externa, e o tégmen, que é interno. O primeiro deriva da primina do óvulo e o segundo da
secundina.

A amêndoa está constituída pelo embrião e suas reservas nutritivas, que podem estar
contidas em estruturas como o abúlmen, cotilédones ou perisprema.

No tegumento de algumas sementes encontram-se o que se denomina cicatrizes e anexos.


Ambos são vestígios das estruturas do óvulo que persistem na semente. As cicatrizes
podem ser: Hilo (local de inserção do óvulo no ovário), Rafe (oriunda do funículo) e
Micrópila. Os anexos são o Arilo (expansão do tegumento formada a nível de funículo) e
Carúncula (expansão dos bordos da micrópila).

2.8.2. Germinação das sementes


Chama-se germinação ao conjunto de fenômenos que ocorrem na semente, para dar
origem a um novo vegetal.

Deste processo, resulta a formação de uma nova planta, da mesma espécie. Por exemplo,
da germinação da semente do limão, resulta um novo limoeiro.

Na germinação da semente, interferem fatores que são divididos em dois grupos: factores
externos ou extrínsecos e fatores internos ou intrínsecos.

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a) Factores externos ou extrínsecos

São os que dependem do meio onde a semente foi colocada. Os mais importantes são:
umidade, oxigênio e temperatura.

 umidade: é muito importante para a germinação, pois a água dissolve os


alimentos contidos no albúmen, permitindo assim, o seu aproveitamento. Além
disso a água é responsável pelo intumescimento da semente, o que facilita o
rompimento do tegumento, que é importante para o desenvolvimento do embrião.
 oxigênio: é indispensável para a vida; como todos os seres vivos necessitam de
oxigênio para viver, é óbvio que também uma semente em germinação, dele
necessite, pois esta nada mais é do que um ser vivo no início de seu
desenvolvimento.
 temperatura: embora não tenha a importância dos precedentes, deve ser levada
em consideração. A cada vegetal corresponde um limite máximo e um mínimo de
temperatura, acima ou abaixo dos quais a germinação é impossível. A temperatura
na qual a germinação em dada semente melhor se processa chama-se temperatura
ótima de germinação.
b) Factores internos ou intrínsecos

São os que dependem unicamente da semente:

 a semente deve estar viva: naturalmente está é uma condição primordial e


indiscutível.
 a semente deve estar completa: se eventualmente a semente vem a carecer de
alguma de suas estruturas, não se observa o fenômeno de germinação.
 a semente deve estar madura: em geral, o amadurecimento da semente se coincide
com o do fruto. Há casos, porém, que constituem exceções. Por exemplo, a
semente do pêssego amadurece muitos meses depois do amadurecimento do fruto;
com o feijão acontece o contrário, isto é, a semente amadurece antes do fruto.

Quando satisfeitas condições extrínsecas e intrínsecas, a semente germina. Na


germinação há inicialmente um aumento de volume da semente devido à entrada de água.
Depois, o tegumento se rompe, ao mesmo tempo, a radícula se desenvolve, procurando
fixar-se, o caulículo desenvolve-se na mesma direção da raiz, mas em sentido oposto (a
radícula para baixo e o caulículo para cima). Enquanto isso acontece, a gêmula inicia o
seu desenvolvimento para dar origem ao caule e às folhas.

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Angiospermas

3. Conclusão
Com o trabalho realizado podemos concluir que as angiospermas são o grupo de plantas
dominantes no planeta, vivem em mais variados ambientes e são classificadas em dois
grupos:

 As monocotiledôneas, que são características de possuir a presença de um


cotiledóne, pólen monossucado, folhas com nervuras normalmente paralelas,
flores usualmente trímeras, crescimento secundário normalmente ausente;
 As dicotiledôneas, que diferentes das monocotiledôneas apresentam dois
cotiledónes, pólen tricolpado e outras variações, folhas com nervuras
normalmente recticuladas, flores usalmente tetrâmeras e pentâmeras, crescimento
secundário normalmente presente.

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Angiospermas

4. Bibliografia

 Livro da Dinâme. 11 ͣ Classe


 Livro Texto Editores, 11 ͣ Classe
 Livro Longman, 11 ͣ Classe
 www.todabiologia.com
 www.wikipedia.com

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