Biologia - Sistama RH
Biologia - Sistama RH
Biologia - Sistama RH
O médico austríaco Karl Landsteiner (1868- 1943) e sua equipe descobriram, no início do século
XX, o Sistema ABO de Grupos Sanguíneos, e na década de 40 esse mesmo médico, auxiliado pelo
médico Alex Wiener, descobriu um novo sistema de grupos sanguíneos na espécie humana, que foi
denominado de Sistema Rh.
Esse novo sistema de grupos sanguíneos foi descoberto a partir do sangue de macacos do
gênero Rhesus. Eles observaram que ao injetarem o sangue desse macaco em cobaias,
desencadeava, nelas, a produção de anticorpos que combatiam as hemácias introduzidas no corpo da
cobaia. Esse anticorpo foi chamado de anti-Rh, e ao ser colocado na presença de sangue humano
provocava a aglutinação das hemácias em cerca de 85% das pessoas.
O sangue das pessoas cujas hemácias foram aglutinadas pelos anticorpos anti-Rh foi chamado
de Rh positivo (Rh+), indicando que suas hemácias têm um antígeno semelhante ao dos macacos. O
sangue das pessoas cujas hemácias não reagiram à presença do anticorpo anti-Rh foi chamado de Rh
negativo (Rh-), indicando a ausência do fator Rh em suas hemácias.
Rh+ Fator Rh -
Rh- - -
Quando fazer o exame para determinação do Fator Rh?
O exame do fator Rh é solicitado pelo médico em algumas situações como:
• Gravidez confirmada.
Além disso, esse exame é realizado em todo o sangue doado para transfusão sanguínea, para
garantir que não exista incompatibilidade do sangue do doador e da pessoa que irá receber a
transfusão.
Os grupos sanguíneos do sistema Rh são condicionados pelos alelos R e r. Pessoas que possuem um
dos alelos dominante, com genótipos RR ou Rr, apresentam o fator Rh em suas hemácias, tendo
então fenótipo Rh+. Pessoas homozigóticas recessivas (rr) não têm o fator Rh, e portanto têm fenótipo
Rh-.
Fenótipos Genótipos
RH+ RR ou Rr
Rh- Rr
Em casos de transfusão de sangue, não podemos observar apenas o sistema ABO, o fator Rh
também é fundamental para que seja realizado o procedimento de maneira correta. Quando uma
pessoa Rh- recebe sangue Rh+, seu corpo imediatamente inicia a produção de anticorpos anti-Rh. Se
ocorrer outra transfusão com Rh+, os anticorpos atacarão as hemácias, fazendo com que elas se
rompam. A hemólise pode desencadear a morte.
Essa condição de incompatibilidade pode levar à morte da mãe ou do bebê, além de também
representar importante causa de incapacidade prolongada, como danos cerebrais e insuficiência
hepática.
Quando o grau de sensibilização da mãe é pequeno, os problemas manifestam-se apenas após
o nascimento da criança. Nesses casos, substitui-se todo o sangue do recém-nascido por sangue Rh-.
Deste modo, os anticorpos presentes no organismo da criança não terão hemácias para aglutinar. Uma
vez que estas células apresentam uma meia-vida de três meses, as hemácias transferidas são
gradualmente substituídas por outras geradas pela própria criança. Quando completa-se a substituição
total, já não estarão mais presentes anticorpos maternos anti-Rh na circulação do filho.
A prevenção pode ser feita com o uso de anti soros anti-Rh (+). Neste caso, sempre que a mãe
apresentar sangue Rh-, é importante conhecer o tipo sanguíneo do pai.
Para prevenir a ocorrência da eritroblastose fetal numa segunda gestação, quando a mãe é Rh-
e o parceiro desta é Rh+, recomenda-se a administração endovenosa de gamaglobulina anti-Rh, por
conseguinte ao nascimento do primeiro bebê Rh+. Essa substância irá causar o bloqueio do processo
que sintetiza anticorpos contra o sangue Rh+ do feto. A mãe recebe uma dose passiva temporária de
anticorpos que eliminam as encontradas na corrente sanguínea que sejam Rh+, impossibilitando, deste
modo, que a mãe produza anticorpos permanentes