Aula 3 - Genética Médica
Aula 3 - Genética Médica
Aula 3 - Genética Médica
Sistema
ABO e
Fator Rh
?
Você sabe qual é seu
tipo sanguíneo?
Qual o da sua mãe e
pai?
Na sua opinião, essa
informação é
importante? Por quê?
Tipo sanguíneo na população brasileira
sistema abo/fator rH/sangue
SISTEMA ABO
Recebe de todos
Doa para todos
Recebe de O
O gene que determina
o tipo sanguíneo Dominância: IA > i, IB > i,
possui três alelos IA e IB (codominância)
(polialelia): IA, IB, i
Pais com sangue
tipo A (IA i) e AB
(IA IB) podem ter
filhos com quais
fenótipos?
Pais com fenótipo A
e AB
Genótipos
IA IB e IAi
Filhos com sangue
tipo AB, A, B
sistema abo/fator rH/sangue
FATOR RH Rhesus
Trata-se de outro sistema de tipagem
sanguínea, baseado na presença ou
ausência de uma outra proteína na
membrana da hemácia:
Controlado por dois genes ‒ RHD e O FATOR Rh.
RHCE ‒ localizados em loci e
intimamente relacionados, no braço Indivíduos RR ou Rr produzem o fator,
curto do cromossoma. sendo, portanto, Rh+. Não produzem
anticorpos anti-Rh.
Indivíduos rr, não produzem o fator, sendo,
portanto, Rh-. Produzirão anticorpos anti-
Rh, se sensibilizados.
sistema abo/fator rH/sangue
FATOR RH
Controlado por dois genes do sistema Rh (RHD e RHCE) estão localizados no
braço curto do cromossomo 1, lócus 34-36.
São genes altamente homólogos (93,8%), contendo cada um 10 éxons
(sequência transcrita e traduzida), com uma sequência total de
aproximadamente 60.000 pb.
A maior diferença está no íntron 4, em que o RHD contém uma deleção de 600
pb em relação ao RHCE.
Eles estão em orientação opostas pelos terminais 3' e separados por uma
sequência de 30.000pb.
Tipo sanguíneo na população brasileira
Doença hemolítica
perinatal-DHPN
FEMINA 2020;48(6): 369-74
Esse anticorpo não cruza barreira placentária e, portanto, não agride o feto. Em
uma subsequente exposição da mãe ao antígeno Rh, rápidas respostas celular e
humoral deflagram-se, com produção especificamente de anticorpos anti-Rh do
tipo IgG, que são moléculas pequenas com peso molecular de 160.000 e
coeficiente de sedimentação 7S, que cruzam a placenta, indo aderir à membrana
do eritrócito Rh+ e causando hemólise fetal.
fisiopatologia
Alcançada a circulação fetal, os anticorpos ficam adsorvidos à superfície das
hemácias portadoras de seu antígeno específico. Os monócitos do sistema
retículo endotelial, através dos receptores Fc, reconhecem as hemácias assim
sensibilizadas, e o complexo antígeno-anticorpo é, então, eritrofagocitado,
principalmente no baço. O feto procura compensar a destruição de suas
hemácias pelo incremento na eritropoiese medular e, mais tardiamente, pelo
aparecimento de focos extramedulares de eritropoiese no fígado, baço,
rins e placenta. Isso leva à hepatoesplenomegalia e ao aparecimento de células
imaturas, principalmente reticulócitos e eritroblastos, circulando no sangue
periférico, por isso, justificando o termo “eritroblastose fetal”.
RESUMO
Situs inversus totalis é uma anormalidade congênita autossômica recessiva rara
em que os órgãos mediastinais e abdominais encontram-se em posição
espelhada em relação à topografia habitual. A literatura relata alguns casos de
concomitância do Situs inversus totalis com outras condições: anomalias
espinhais, malformações cardíacas e doenças hematológicas, como púrpura
trombocitopênica idiopática, que é uma doença autoimune com plaquetopenia,
devido à destruição dos trombócitos ou supressão da sua produção.
Esse artigo teve o objetivo de relatar coexistência de situs inversus totalis e
púrpura trombocitopênica idiopática.
Situs inversus totalis (SIT)
Anormalidade congênita autossômica recessiva rara em que
todos os órgãos mediastinais e abdominais encontram-se em
posição espelhada em relação à topografia habitual.
Acredita-se que um defeito no braço longo do cromossomo 14
é responsável por essa transposição dos órgãos.
É uma condição compatível com a vida, que pode ser
assintomática.
A incidência é estimada em 1/8.000 a 1/25.000 em nascidos
vivos.
Anormalidades no SIT podem ser reconhecidas, primeiro,
usando radiografia ou ultrassonografia, sendo a tomografia
computadorizada o exame preferido.
Concomitância do SIT com uma diversidade de outras
anomalias genéticas identificadas no sequenciamento
completo do exoma.
Púrpura trombocitopênica
idiopática (PTI)
Distúrbio hematológico autoimune caracterizado por
plaquetopenia devido à destruição dos trombócitos
ou supressão de sua produção, por meio de uma
reação imune contra autoantígenos na membrana
das plaquetas.
O quadro clínico pode apresentar-se como
situações críticas, com sangramento cutâneo e
mucoso até hemorragias volumosas, o que torna o
diagnóstico rápido e a intervenção terapêutica
obrigatórios.
Estima-se que sua incidência seja de 1,6 a 2,7 casos
por 100 mil pessoas/ano, e a prevalência de 9,5 a
23,6 casos por 100 mil pessoas, com predominância
no sexo feminino.
contatos
juliana.mendes@soufits.com.br
profa.julianamendes