Lei Organica 1 1990 Passo Fundo RS
Lei Organica 1 1990 Passo Fundo RS
Lei Organica 1 1990 Passo Fundo RS
LEI ORGÂNICA
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
II - pela eleição direta dos Vereadores, que compõem Poder Legislativo Municipal;
III - pela administração própria, no que diz respeito ao seu peculiar interesse.
Art. 3º A soberania será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
igual valor para todos e, também, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 4º É mantido o atual território do Município, cujos limites só podem ser alterados nos
termos da legislação estadual.
Art. 5ºA sede do Município dá-lhe o nome, tem a categoria de cidade e nela são sediados os
poderes.
Art. 6ºPara fins administrativos, o território do Município poderá ser dividido em Distritos e
Sub-Distritos, criados, organizados e extintos por lei municipal, observada a legislação própria.
Parágrafo Único - O Distrito terá o nome da respectiva sede e sua categoria de vila.
Art. 9ºConstituem bens do Município todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações que
a qualquer título lhe pertençam.
CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO
Seção I
Da Competência Privativa
Art. 10 Ao Município compete prover tudo quanto diga respeito ao seu peculiar interesse e ao
bem-estar de sua população, cabendo-lhe, privativamente, dentre outras, as seguintes
atribuições:
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar as rendas
municipais, sem prejuízo da obrigatoriedade da prestação de contas e da publicação dos
balancetes, nos prazos fixados em lei;
VII - desapropriar por necessidade ou utilidade pública, ou ainda por interesse social, nos
casos previstos em lei;
XVII - conceder, permitir ou participar dos serviços de transporte coletivo, táxis, fixando
suas tarifas, determinando o itinerário e os pontos de parada dos transportes coletivos, os
pontos de parada de táxis e estacionamento de veículos;
XXV - regular a disposição, o traçado e as demais condições dos bens públicos de uso
comum;
XXIX - fiscalizar, nos locais de venda, o peso, as mediadas e as condições sanitárias dos
gêneros alimentícios e das instalações;
Seção II
Da Competência Comum
I - zelar pela guarda da constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar
o patrimônio público;
VI - proteger a juventude contra a exploração, bem como contra os fatores que possam
conduzi-la ao abandono físico, moral e intelectual;
VIII - incentivar a prática esportiva; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº
25/2007)
XXI - regulamentar e exercer outras atribuições não vedadas pelas constituições federal
e estadual;
§ 2º Pode, ainda, o Município, por meio de convênio ou consórcio com outros Municípios,
criar entidades intermunicipais para a realização de obras, atividades ou serviços específicos
de interesse comum, devendo os mesmos serem aprovados por leis dos município que deles
participem.
Seção III
Da Competência Suplementar
Art. 12Ao Município compete suplementar a legislação federal e estadual no que couber e
naquilo que se referir ao seu peculiar interesse.
Parágrafo Único - A competência prevista neste artigo será exercida visando adaptar a
legislação federal e estadual à realidade local.
CAPÍTULO III
DAS VEDAÇÕES
Parágrafo Único - O disposto no inciso IX, alínea "a", é extensivo às autarquias, no que
se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou
delas decorrentes; mas não se estende aos serviços públicos concedidos, nem exonera o
promitente comprador da obrigação de pagar o imposto que incidir sobre imóvel objeto da
promessa de compra e venda.
CAPÍTULO IV
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção I
Disposições Gerais
III - o prazo de validade do concurso será de dois anos, prorrogável, uma vez, por igual
período;
a) por livre nomeação do Prefeito Municipal, sem preferência por servidores ocupantes de
cargo de carreira técnica ou profissionais;
b) preferencialmente, na estrutura inicial ou intermediária, por ocupantes de cargo de
carreira;
VII - os acréscimos pecuniários percebidos pelos servidores não serão computados nem
acumulados para fins de concessão de acréscimo ulterior, sob o mesmo título ou idêntico
fundamento;
IX - além dos requisitos mencionados no inciso anterior, o órgão licitante deverá, nos
processos licitatórios, estabelecer o preço máximo das obras, serviços, compras e alienação a
serem contratados;
a) Os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça
Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo de
apuração de abuso do poder econômico ou político, desde a decisão até o transcurso do
prazo de 8 (oito) anos;
b) Os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão
judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o
cumprimento da pena, pelos crimes:
1. Contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio
público;
2. Contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos
na lei que regula a falência;
3. Contra o meio ambiente e a saúde pública;
4. Eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade;
5. De abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à
inabilitação para o exercício de função pública;
6. De lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores;
7. De tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos;
8. De redução à condição análoga à de escravo;
9. Contra a vida e a dignidade sexual; e
10. Praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando;
11. Previstos na Lei Federal nº 11.340, de 07 de agosto de 2006 - Lei Maria da Penha.
(Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 34/2016)
c) Os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis, pelo prazo
de 8 (oito) anos;
d) Os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas
rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa,
e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou
anulada pelo Poder Judiciário, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição
Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houverem
agido nessa condição, desde a decisão até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos;
e) Os detentores de cargo na administração pública direta, indireta ou fundacional, que
beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político, que forem
condenados em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde
a decisão até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos;
§ 3º A vedação prevista na alínea b do inciso XI, deste artigo não se aplica aos crimes
culposos e àqueles definidos em Lei como de menor potencial ofensivo, nem aos crimes de
ação penal privada.
Art. 16 Os cargos públicos municipais serão criados por lei que fixará suas denominações, os
padrões de vencimentos, as condições de provimento, e indicará os recursos pelos quais
correrão as despesas.
Art. 17Antes de assumir ou deixar o exercício de suas funções ou cargos públicos, o Prefeito,
o Vice-Prefeito, os secretários Municipais, o Chefe de Gabinete, o Procurador Geral do
Município e os Vereadores deverão fazer a declaração de bens perante à Câmara Municipal.
Art. 18 A publicidade dos atos, programas, obras e serviços, e as campanhas dos órgãos e
entidades da administração pública, ainda que não custeadas diretamente por esta, deverão
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, não podendo apresentar símbolos,
expressões, nomes ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridade ou
servidores públicos.
Seção II
Dos Servidores Públicos
Art. 20 São servidores do Município todos quantos percebam remuneração dos cofres
públicos.
Art. 21 A lei assegurará aos servidores da administração direta isonomia de vencimentos, por
cargos de atribuições iguais ou assemelhadas, do mesmo, poder ou entre servidores dos
poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas
à natureza ou local de trabalho.
Art. 22 São direitos e garantias dos servidores públicos todos aqueles previstos no artigo 29,
incisos I a XV, da Constituição Estadual, além dos constantes nesta Lei Orgânica.
Art. 23São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em virtude
de concurso público.
julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.
§ 2º Se a demissão de servidor estável for invalidada por sentença judicial, será ele
reintegrado e o eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito à
indenização.
§ 3º Uma vez extinto o cargo ou declarada a sua inutilidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade remunerada, até seu adequado reaproveitamento pela administração pública.
Art. 29 Serão dispensados de cumprir o horário de trabalho, nos órgãos em que estejam
lotados, os servidores municipais que estiverem exercendo a presidência e a secretaria de
suas entidades de assistência, representação ou previdência, com as restrições que a lei
estabelecer.
I - por invalidez permanente, com proventos integrais, quando a mesma for decorrente de
acidente em serviço ou de modéstia grave ou contagiosa especificada em lei; e com proventos
proporcionais nos demais casos, ficando o servidor sujeito a perícia médica periódica durante
os cinco anos imediatamente subseqüentes;
III - voluntariamente:
a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta, se mulher, com proventos
integrais;
b) aos trinta anos de efetivo exercício em função de magistério, se professor; e vinte e
cinco, se professora, com proventos integrais;
c) aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com proventos
proporcionais a esse tempo;
d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta, se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de serviço.
§ 3º No período de licença que trata o § 2º deste artigo, o servidor terá direito à totalidade
da remuneração, computando-se o tempo como de efetivo exercício para todos os efeitos
legais. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 13/1997)
Art. 31A filiação ao órgão de previdência adotado pelo Município, através de lei ordinária, é
compulsória, qualquer que seja a natureza do provimento do cargo, e a ausência de inscrição
não prejudicará o direito dos dependentes obrigatórios, na ordem legal, em caso de morte.
Art. 33A lei ordinária poderá criar cargo de provimento efetivo isolado, quando o número, no
respectivo quadro, não comportar a organização em carreira.
Art. 34 Os cargos em comissão serão criados por lei ordinária com número e remuneração
certa, e com atribuições definidas de chefia, assistência ou assessoramento, sendo de livre
nomeação e exoneração, observados os demais requisitos desta lei.
comissão.
Art. 36 Ao servidor público é assegurado, nos termos da lei, abono familiar, gratificações
adicionais por tempo de serviço, avanços trienais, e licença prêmio de três meses por
qüinqüênio ininterrupto de serviço, a qual, não gozada, poderá ser averbada como tempo de
serviço em dobro para fins de aposentadoria ou convertida em dinheiro.
Art. 38 As obrigações pecuniárias dos órgãos da administração direta e indireta para com os
seus servidores ativos e inativos, e para com os pensionistas, que não forem cumpridas até o
último dia útil do mês de aquisição do direito, deverão ser liquidadas com valores atualizados
pelos índices aplicados para a revisão geral da remuneração dos servidores públicos do
Município.
Art. 39Ao servidor público quando adotante, ficam estendidos os direitos que assistem ao pai
e a mãe naturais.
Art. 40O Município instituirá, por lei ordinária, a prestação de atendimento gratuito aos filhos
e dependentes legais dos servidores, de zero a seis anos, em creches e pré-escolas.
Art. 41 O Município criará, através de lei ordinária, centros de recreação e alimentação aos
seus servidores.
Art. 42 O servidor público que responder a processo legal, em razão de ato praticado no
exercício regular de suas funções, terá direito à assistência judiciária gratuita prestada pela
Procuradoria-Geral do Município.
Art. 43 O servidor público guindado a mandato eletivo deverá optar pela remuneração que lhe
convier, não se aplicando essa norma aos inativos, que poderão ainda exercer cargo em
comissão ou sob a forma de contrato de prestação de serviços técnicos ou especializados.
Art. 46O Município poderá instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio,
em benefício destes, de sistemas de providência e assistência.
Seção III
Da Segurança Municipal
CAPÍTULO V
DOS BENS MUNICIPAIS
Art. 48O patrimônio público municipal de Passo Fundo compreende todas as coisas móveis
e imóveis, direitos e ações que tenham qualquer interesse à administração do Município ou à
sua população.
legislativa e licitação.
§ 1º A avaliação e licitação poderão ser dispensadas quando se tratar de doação para fim
específico.
Art. 53A venda aos proprietários lindeiros de imóveis remanescentes, resultantes de obras
públicas ou de modificações de alinhamento, inaproveitáveis para edificações, dependerá de
prévia avaliação e autorização legislativa.
Art. 54 A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta, dependerá de prévia avaliação
e autorização legislativa.
Art. 55O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão,
permissão ou autorização, quando houver interesse público devidamente justificado.
§ 3º A autorização, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será outorgada para
atividades específicas e transitórias, pelo prazo máximo de sessenta dias, quando inexistir lei
específica que disponha de outra forma, quanto à transitoriedade e ao prazo. (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 10/1997)
§ 5º Fica proibida a doação e venda de qualquer fração dos parques, praças, jardins,
ruas e logradouros públicos e especialmente das chamadas áreas verdes do Município, cuja
desafetação é expressamente proibida. A concessão de uso em qualquer dos casos
especificados neste parágrafo, deve ser aprovada por dois terços dos membros da Câmara
Municipal, mantida a condição expressa no artigo 64, para os demais casos. (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 15/1998)
§ 6º Das áreas verdes resultantes de loteamentos criados a partir desta data e daqueles
cujos processos de aprovação estejam em andamento, o Executivo Municipal poderá
desafetar o equivalente a 15% e dividi-lo em lotes, para o fim específico de implantação de
equipamentos comunitários, mantendo-se, quanto aos restantes 85%, a restrição contida no
parágrafo anterior. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 15/1998)
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
Seção I
Das Disposições Gerais
Parágrafo Único - Cada legislatura terá a duração de quatro anos, compreendendo cada
ano uma sessão legislativa.
Art. 58 No primeiro ano de cada legislatura, cuja duração coincide com o mandato dos
vereadores, a Câmara Municipal reunir-se-á no dia 1º de janeiro, sob a presidência do
Vereador mais idoso dentre os presentes, para a posse de seus membros, eleição da Mesa,
das Comissões Representativas e Permanentes, e para dar posse ao Prefeito e Vice-Prefeito,
§ 3º O Vereador que não tomar posse na sessão prevista no parágrafo anterior deverá
fazê-lo dentro do prazo de quinze dias, sob pena de perda do mandato, salvo motivo justo,
aceito pela maioria absoluta dos membros da Câmara.
§ 4º Inexistindo o número legal ou não havendo eleição da Mesa, o Vereador mais idoso
dentre os presentes permanecerá na presidência e convocará sessões diárias até que a Mesa
seja eleita.
Parágrafo Único - As sessões solenes e especiais poderão ser realizadas fora da sede da
Câmara Municipal de Vereadores.
Art. 61 Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído da mesma, pelo voto de dois
terços dos membros da Câmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de
suas atribuições regimentais, elegendo-se outro Vereador para a complementação do
mandato e assegurando-se ao acusado ampla defesa.
Seção II
Das Atribuições e do Funcionamento da Câmara Municipal
Art. 62 A Câmara funcionará com a presença de, pelo menos, um terço de seus membros, no
expediente; e com a presença da maioria absoluta de seus membros na ordem do dia, salvo
na votação de orçamento, de empréstimos ou de interesses particulares, quando será exigido
o quórum mínimo de dois terços.
Art. 63 As deliberações, salvo os casos previstos nesta Lei Orgânica, serão tomadas por
maioria simples de votos, observando-se:
I - não poderá votar o Vereador que tiver, ele próprio ou parente afim ou consangüíneo
até o 3º grau, interesse manifesto na deliberação, sob pena de nulidade da votação quando o
voto for decisivo;
VI - contrair empréstimos;
IX - autorizar desapropriações.
Art. 65 As sessões da Câmara Municipal serão públicas e nas suas deliberações o voto será
aberto, salvo disposição em contrário prevista nesta Lei Orgânica Municipal. (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 18/2002)
Art. 66Na composição da Mesa e das Comissões será assegurada, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da
Câmara.
§ 1º Três dias úteis antes do comparecimento, deverá ser enviada à Câmara exposição
acerca das informações solicitadas.
Art. 71 Observado o disposto nesta Lei Orgânica, compete à Câmara Municipal elaborar seu
Regimento Interno, dispondo sobre sua organização, política e provimento de cargos e
serviços, e especialmente sobre:
IV - número de reuniões;
V - comissões;
VI - sessões;
Art. 72À Câmara Municipal cabe legislar, com a sanção do Prefeito, sobre as matérias da
competência do Município, e especialmente:
VII - autorizar a aquisição de propriedade imóvel, salvo quando se tratar de doação sem
encargo, ou desapropriação por utilidade pública ou interesse social, desde que haja verbas
orçamentárias;
Parágrafo Único - Quando a escolha incidir sobre nomes de pessoas, somente será
admitida após um ano de seu falecimento.
XII - aprovar convênios com o Estado e a União, consórcios com outros municípios e
contratos em que seja parte o Município; (Inciso XII declarado inconstitucional pelo Tribunal de
Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, conforme ADIN nº 70013552476)
II - eleger, a cada dois anos, a sua Mesa, para os dois próximos mandatos com duração
de um ano cada, bem como destituí-la na forma regimental; (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 34/2016)
§ 1º Decorrido o prazo de sessenta dias a que se refere o inciso XIII, sem que haja
deliberação, as contas serão consideradas aprovadas ou rejeitadas, de acordo com o parecer
do Tribunal de Contas.
Seção III
Dos Vereadores
§ 2º O servidor público que for eleito Vereador não poderá ser transferido durante o prazo
do mandato, fazendo jus à remuneração de seu cargo sempre que houver compatibilidade de
horários, e, não havendo, terá que optar por uma das remunerações.
II - desde a posse:
§ 2º Nos casos dos incisos I e II, a perda do mandato será declarada pela Câmara, por
voto da maioria absoluta, mediante provocação da Mesa ou de partido político representado na
§ 3º Nos casos previstos nos incisos III e IV, a perda será declarada pela Mesa da
Câmara, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros ou de partido
político representado na Casa, assegurada ao Vereador ampla defesa.
II - para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que o afastamento não
ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa;
§ 2º Enquanto a vaga a que se refere o parágrafo anterior não for preenchida, calcular-
se-á o quórum em função dos Vereadores remanescentes.
§ 4º O período de licenciamento não poderá ser inferior a trinta dias, e o licenciado não
poderá reassumir o seu mandato antes do término do prazo fixado neste artigo, salvo se, por
abuso de poder, o Vereador licenciado ou impedido reassumir, o que se dará a qualquer
tempo.
Art. 80O Vereador nomeado para exercer cargo em comissão, de relevância, não perde o
mandato e será substituído pelo seu suplente enquanto exercer o cargo.
Seção IV
Do Processo Legislativo
Subseção I
Disposições Gerais
Art. 81
II - leis complementares;
IV - decretos legislativos;
V - resoluções.
Art. 82São ainda, entre outros, objeto de deliberação da Câmara Municipal, na forma do
Regimento Interno:
I - autorizações;
II - indicações;
III - requerimentos;
IV - moções.
Subseção II
Da Emenda à Lei Orgânica
I - de Vereadores;
II - do Prefeito;
§ 1º No caso do inciso I, a proposta deverá ser subscrita, no mínimo, por um terço dos
membros da Câmara Municipal.
§ 2º No caso do inciso III, a proposta deverá ser subscrita, no mínimo, por cinco por cento
dos eleitores do Município.
§ 7º A emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara, com o respectivo
número de ordem. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 21/2003)
Subseção III
Das Leis
Art. 84A iniciativa das leis municipais cabe a qualquer Vereador, ao Prefeito, às Comissões
Permanentes da Câmara Municipal e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Lei
Orgânica Municipal.
III - regime jurídico dos servidores dos órgãos da administração direta;, autárquica e
fundacional;
Art. 85
I - o Código de Posturas;
II - o Código Tributário;
Art. 86 O Prefeito poderá enviar à Câmara projetos de lei sobre qualquer matéria, os quais,
se o solicitar, deverão ser apreciados dentro de noventa dias a contar de seu recebimento.
§ 1º Se o Prefeito julgar matéria urgente, solicitará que a apreciação do projeto de lei seja
feita em quarenta e cinco dias.
§ 2º A fixação do prazo de urgência será expressa e poderá ser feita depois da remessa
do projeto de lei, considerando-se a data do recebimento do pedido como prazo inicial.
§ 5º As disposições deste artigo não serão aplicáveis à tramitação dos projetos de lei que
tratem de matéria codificada, Lei Orgânica e Estatutos.
§ 6º O veto ao projeto de lei orçamentária será apreciado pela Câmara Municipal, dentro
de dez dias úteis, contando da data do recebimento.
§ 9º O prazo de trinta dias referido no parágrafo 4º não flui nos períodos de recesso da
Câmara Municipal.
Art. 89 Será considerado crime de responsabilidade a não promulgação da lei, silenciada pelo
Prefeito ou cujo veto tenha sido rejeitado.
I - projeto de lei;
IV - pedidos de informação;
VI - projeto de resolução;
VII - emendas;
Subseção IV
Da Iniciativa Popular
Art. 93 A iniciativa popular no processo legislativo será exercida mediante apresentação de:
I - projeto de lei;
§ 1º A iniciativa popular deverá ser tomada por, no mínimo, cinco por cento do eleitorado
inscrito no Município.
Seção V
Das Comissões
Subseção I
Disposições Gerais
Subseção II
Da Comissão Representativa
Art. 96A Comissão Representativa funcionará nos termos do Regimento Interno da Câmara
Municipal, cabendo-lhe as seguintes atribuições:
Subseção III
Das Comissões de Inquérito
Art. 98 A Câmara pode criar Comissão Parlamentar de Inquérito sobre fato determinado e
com prazo certo, nos termos do Regimento Interno, a requerimento de, no mínimo, um terço
de seus membros.
CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO
Seção I
Do Prefeito e do Vice-prefeito
Art. 100 O Prefeito e o Vice-Prefeito serão eleitos para um mandato de quatro anos, devendo
a eleição realizar-se até noventa dias antes do término do mandato daqueles a quem devam
suceder, simultaneamente com os Vereadores.
§ 3º Decorridos dez dias da data fixada para a posse, a Câmara Municipal declarará vago
o cargo de Prefeito, se o eleito, salvo motivo de doença grave ou de legítimo impedimento por
ela reconhecido, não o assumir; de igual forma proceder-se-á com o Vice-Prefeito.
Art. 101 Só o brasileiro, maior de vinte e um anos, no pleno exercício dos seus direitos
políticos, poderá ser eleito Prefeito ou Vice-Prefeito, sendo inelegíveis aqueles que forem
assim considerados na Lei Federal.
Art. 102O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse no dia primeiro de janeiro do ano
subsequente à eleição, perante a Câmara Municipal e em sessão solene, e prestarão o
Art. 104 Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far-se-á eleição noventa dias depois
de aberta a última vaga.
Art. 105O Prefeito e Vice-Prefeito não podem exercer outra função pública, nem tomar parte
em qualquer organização privada que mantenha transações ou contratos com o Município.
Art. 106O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por Lei
Complementar, auxiliará o Prefeito sempre que por ele convocado para missões especiais.
Art. 107 O Prefeito e o Vice-Prefeito regularmente licenciados pela Câmara Municipal, têm
direito de perceber seus subsídios nos seguintes casos:
Seção II
Do Subsídio do Prefeito
(redação Pela Emenda à Lei Orgânica nº 14/1998)
Art. 108 O subsídio do Prefeito Municipal se constituirá de parcela única, fixado através de Lei
de iniciativa da Câmara Municipal, observado o disposto na Constituição Federal.
Seção III
Das Atribuições do Prefeito
III - enviar à Câmara Municipal projetos de lei nos casos previstos nesta Lei orgânica;
XIII - declarar a utilidade, necessidade pública ou o interesse social de bens para fins de
desapropriação ou servidão administrativa;
XXI - prover os cargos públicos, mediante concurso público de provas e títulos, e expedir
os atos relativos à situação funcional dos servidores;
XXVIII - organizar os serviços internos das repartições criadas por lei, sem exceder as
verbas para tal destinadas;
XXX - manter relações com outros municípios, e com eles celebrar consórcios
previamente aprovados pela Câmara Municipal;
XL - aplicar, mediante lei específica, aos proprietários de imóveis urbanos não edificados,
sub-utilizados ou não utilizados, incluídos previamente no plano diretor da cidade, as penas
sucessivas de:
a) parcelamento compulsório;
b) imposto progressivo no tempo;
c) desapropriação, mediante pagamento com títulos da dívida pública, conforme
estabelece o artigo 182 da Constituição Federal.
XLIV - conceder auxílios, prêmios e subvenções, nos limites das respectivas verbas
orçamentárias e do plano de distribuição prévia, anualmente aprovado pela Câmara Municipal
de Vereadores;
XLVI - solicitar o auxílio da polícia do Estado e dos demais órgãos de segurança, para a
garantia de seus atos;
XLVII - abrir crédito extraordinário, nos casos de calamidade pública, comunicando o fato
à Câmara Municipal de Vereadores;
§ 1º Nas respostas a que se referem as alíneas `b` e `c` do inciso VII, o Poder Executivo
deverá informar, pelo menos, o acolhimento ou não do pedido. (Redação dada pela Emenda à
Lei Orgânica nº 37/2018)
§ 2º Os prazos indicados nas alíneas do inciso VII poderão ser prorrogados por igual
período, mediante solicitação do Poder Executivo, justificando a necessidade da dilação
pretendida. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 36/2017)
Art. 110-A O Prefeito eleito, apresentará o Programa de Metas de sua gestão, até cem dias
após sua posse, que conterá as prioridades, as ações estratégicas, os indicadores e metas
quantitativas para cada um dos setores da Administração Pública Municipal, observando, no
mínimo, as diretrizes de sua campanha eleitoral e os objetivos, as diretrizes, as ações
estratégicas e as demais normas das leis orçamentárias do Município.
§ 1º O Programa de Metas será amplamente divulgado, por meio eletrônico, pela mídia
impressa, radiofônica e televisiva e publicado no Diário Oficial da Cidade no dia
§ 2º O Poder Executivo promoverá, dentro de trinta dias após o término do prazo a que
se refere este artigo, o debate público sobre o Programa de Metas mediante audiências
públicas gerais, temáticas e regionais, inclusive nas Subprefeituras.
Art. 111 O Vice-Prefeito e as pessoas nominadas no artigo 100, parágrafo 2º, em caso de
licença ou impedimento do Prefeito, ficam investidas de iguais atribuições.
Seção IV
Da Responsabilidade do Prefeito
II - a probidade na administração;
Art. 114 Admitida a acusação pelo voto de dois terços dos Vereadores, o Prefeito será
submetido a julgamento perante o Tribunal de Justiça do Estado, nas infrações penais
comuns, ou perante a Câmara Municipal, nos crimes de responsabilidade.
§ 2º Se, dentro de cento e oitenta dias de recebida a denúncia, não estiver concluído o
processo, cessará o afastamento do Prefeito Municipal, sem prejuízo do regular
prosseguimento do processo.
§ 3º O Prefeito Municipal, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por
atos estranhos ao exercício de suas funções.
Seção V
Dos Secretários e Assessores Municipais
Art. 116 Além das atribuições fixadas em lei ordinária, compete aos Secretários do Município:
III - apresentar ao Prefeito relatório anual dos serviços realizados por suas secretarias;
V - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhes forem delegadas pelo Prefeito.
Art. 117 Aplica-se aos titulares de autarquias e de instituições de que participa o Município, o
disposto nesta seção, no que couber.
Art. 118 Os Secretários do Município serão solidariamente responsáveis com o Prefeito pelos
atos que assinarem, ordenarem ou praticarem, e estarão sujeitos às responsabilidades
definidas nesta Lei Orgânica.
Seção VI
Dos Conselhos Municipais
Art. 119 Os Conselhos Municipais são órgãos de assessoramento que têm por finalidade
auxiliar a administração na orientação e planejamento, em matérias de sua competência,
vinculados a uma Secretaria ou outro órgão afim.
Parágrafo Único - A Lei poderá atribuir caráter deliberativo aos Conselhos Municipais.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19/2002)
Art. 120 São os seguintes os Conselhos Municipais de assessoramento, além de outros que
vierem a ser criados por lei:
Art. 121 As atribuições de cada conselho, bem como a sua organização, composição,
funcionamento, forma de nomeação do titular e suplente, e prazo de duração do mandato
serão especificados em lei ordinária.
Art. 122As decisões dos Conselhos Municipais, uma vez homologadas pelo Prefeito, terão
execução obrigatória.
Seção VII
Da Estrutura Administrativa
Seção VIII
Dos Atos Administrativos
Art. 124
Art. 124 Os atos administrativos da competência do Prefeito devem ser expedidos como
seguem:
a) regulamentação de lei;
b) instituição, modificação e extinção de atribuições não constantes em lei;
c) regulamentação interna dos órgãos que forem criados na administração municipal;
d) abertura de créditos especiais e suplementares até o limite autorizado por lei, assim
como de créditos extraordinários;
e) declaração de utilidade pública ou necessidade social, para fins de desapropriação;
f) aprovação de regimento ou de regulamento;
g) permissão de uso dos bens municipais;
h) adoção de medidas executórias do Plano Diretor do Desenvolvimento Integrado;
TÍTULO IV
DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DO PLANEJAMENTO MUNICIPAL
Art. 125O Município deverá organizar a sua administração e exercer suas atividades dentro
de um processo de planejamento permanente.
Art. 126 Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o município exercerá,
na forma da Legislação Federal, as funções de fiscalização, incentivos e planejamento, sendo
este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
Art. 130 A publicação das leis e atos municipais far-se-á em órgão da imprensa local e, na
falta deste, por meio de edital fixado na sede da Prefeitura.
Parágrafo Único - A certidão relativa ao exercício do cargo de Prefeito será fornecida pelo
Presidente da Câmara Municipal e a deste pelo Secretário do Legislativo.
Art. 132 O Município manterá os registros que forem necessários aos seus serviços,
especialmente:
VI - contratos e permissões;
TÍTULO V
DA TRIBUTAÇÃO, ORÇAMENTO E FINANÇAS
CAPÍTULO I
DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS
I - impostos;
II - transmissão intervivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por
natureza ou acessão física e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como
cessão de direitos e sua aquisição;
III - vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel e gás de
cozinha;
Seção I
Art. 136 O Imposto Predial e Territorial Urbano é progressivo e com base nos seguintes
critérios:
I - extensão do terreno;
II - número de propriedades;
Art. 137 A lei ordinária estabelecerá normas para que os contribuintes sejam esclarecidos
sobre tributos municipais.
Art. 138 O Município poderá celebrar convênio com a União e o Estado para dispor sobre a
matéria tributária.
Art. 139 A contribuição de melhoria será cobrada dos proprietários de imóveis beneficiados
por obras públicas municipais.
Art. 140 Qualquer anistia ou remissão que envolva matéria tributária ou previdenciária do
Município poderá ser concedida através de lei ordinária específica.
O Município é obrigado a promover, por todos os meios cabíveis, nos primeiros seis
Art. 141
meses de cada ano, a cobrança de toda a dívida ativa do exercício anterior.
Seção II
Da Receita e da Despesa
Art. 143 O Município receberá da União a parte que lhe couber do produto da arrecadação,
distribuído como dispõe o artigo 159, inciso I, alínea b, da Constituição Federal.
Art. 144 O Município receberá do Estado a parte que lhe couber do Imposto sobre Produtos
Industrializados, distribuída a ele pela União na forma do artigo 159, II, da Constituição
Federal.
Art. 145A despesa pública atenderá aos princípios estabelecidos na Constituição Federal e
às normas de direito financeiro.
Art. 146
Art. 146 Nenhuma despesa será ordenada ou satisfeita sem que exista recurso disponível e
crédito votado pela Câmara, salvo a que ocorrer por crédito extraordinário.
Art. 147 Nenhuma lei que crie ou aumente despesas será executada sem que dela conste a
indicação do recursos para atendimento do correspondente encargo.
Art. 151 A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá exceder aos limites
estabelecidos em lei complementar federal e adotado pelo Estado-membro.
Art. 152 O movimento de caixa do dia anterior será diariamente encaminhado ao Prefeito e
publicado em edital fixado no edifício da Prefeitura.
Art. 153O balancete relativo à receita e à despesa do mês anterior será publicado
mensalmente, até o dia vinte, em edital fixado no edifício da Prefeitura.
CAPÍTULO II
DOS ORÇAMENTOS MUNICPAIS
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
Parágrafo Único - O Município seguirá, no que for compatível, a sistemática descrita pelo
artigo 165 da Constituição Federal.
III - os projetos de lei dos orçamentos anuais até 30 de setembro de cada ano. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/1993)
§ 1º Os projetos de lei de que trata este artigo deverão ser encaminhados, para sanção,
nos seguintes prazos: (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/1993)
II - os projetos de lei dos orçamentos anuais, até trinta de novembro de cada ano.
§ 4º Caso o Prefeito Municipal não envie o projeto de lei do orçamento anual no prazo
legal, o Poder Legislativo adotará como proposta de orçamento a lei orçamentária em vigor,
com a correção das respectivas rubricas pelos índices oficiais de inflação verificada nos doze
meses imediatamente anteriores a trinta de setembro.
IV - alteram o produto total do orçamento anual, ou identificam uma nova fonte de receita.
§ 8º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariem o disposto
nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.
Art. 155-AAs emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de
1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto
encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a
ações e serviços públicos de saúde.
I - até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei orçamentária, os Poderes
Municipais enviarão ao Legislativo as justificativas do impedimento;
II - até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso I, o Poder Legislativo se
manifestará sobre as justificativas do impedimento consideradas superáveis ou indicará ao
Poder Executivo o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável;
III - até 30 (trinta) dias após o prazo previsto no inciso II, o Poder Executivo encaminhará
projeto de lei sobre o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável;
IV - se até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso III, o Poder
Legislativo não deliberar sobre o projeto, o remanejamento será implementado por ato do
Poder Executivo, nos termos previstos na lei orçamentária.
Art. 156
Art. 157 O Município aplicará um por cento da receita liquida de impostos próprios, bem como
repassados pelo Estado e pela União, na manutenção do ensino superior comunitário, sendo
setenta por cento deste valor, destinado exclusivamente para o auxílio-pesquisa a estudantes
carentes, cabendo à lei ordinária regulamentar a destinação destes recursos. (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 4/1993)
Art. 158 A receita proveniente de multas por infração de trânsito, recolhida ao Município, será
destinada total ou parcialmente a entidades municipais que atuem na área de segurança
publica.
CAPÍTULO III
DAS FINANÇAS PÚBLICAS MUNICIPAIS
Art. 159 O Município observará o que dispõe a legislação complementar federal sobre:
I - finanças públicas;
Art. 160 Os preços pela utilização de bens e pela prestação de serviços serão estabelecidos
por decreto.
TÍTULO VI
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL
CAPÍTULO I
DA ORDEM ECONÔMICA
Seção I
Disposições Gerais
Art. 161
Art. 162 Na aquisição de bens e serviços, o Poder Público Municipal dará tratamento
preferencial, nos termos da lei, à empresa brasileira de capital nacional.
Art. 163 As microempresas e as empresas de pequeno porte, assim definidas em lei federal,
receberão do Município tratamento jurídico diferenciado, através de lei visando o incentivo de
sua criação, preservação e desenvolvimento, pela eliminação, redução ou simplificação de
suas obrigações administrativas, tributárias e creditícias.
Art. 164 O Município, por lei ordinária e ação integrada com a União, o Estado e a sociedade,
promoverá a defesa dos direitos sociais do consumidor, através de sua conscientização, da
prevenção e responsabilização por danos a ele causados, democratizando a fruição de bens e
serviços essenciais.
Art. 165 O Município assistirá os trabalhadores rurais e suas organizações legais, procurando
proporcionar-lhes, entre outros benefícios, meios de produção e de trabalho, preço justo,
saúde e bem-estar social.
Seção II
Da Política Urbana
Art. 167 A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público Municipal,
conforme diretrizes gerais fixadas em lei federal, tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e promover o bem-estar de seus habitantes.
§ 4º É facultado ao poder Público Municipal, nos termos da lei federal e mediante leis
específicas para as áreas incluídas no plano diretor, exigir do proprietário do solo urbano não
edificado, sub-utilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob
pena, sucessivamente, de:
Art. 168 A política municipal de desenvolvimento urbano visa assegurar, entre outros
objetivos:
Art. 170Todo aquele que, na forma da lei, ocupar área urbana ou rural de até duzentos e
cinqüenta metros quadrados, que sejam bem dominiais do Município, utilizando-a para a sua
moradia ou de sua família, por mais de cinco anos até a data de promulgação desta Lei
Orgânica, adquirir-lhe-á o direito de uso, desde que não seja proprietário de outro imóvel
urbano ou rural.
§ 2º Esse direito não será concedido ao mesmo possuidor por mais de uma vez.
Seção III
Da Política Agrária e Agrícola
Art. 171 A política agrícola será planejada e executada na forma da lei federal, com a
participação efetiva do setor de produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem
como dos setores de comercialização, de armazenamento e de transporte.
Art. 172 Compete ao Município, em convênio com os Poderes Públicos Estadual e Federal,
elaborar planos e destinar recursos para o desenvolvimento de fontes alternativas locais de
energia e para a respectiva proteção ambiental.
Art. 175 Compete também ao Município, juntamente com os Poderes Públicos Federal e
Estadual, promover o acesso à telefonia e à energia a todas as propriedades rurais existentes
em seu território, bem como ao programa de irrigação rural.
Seção IV
Da Ordem Pública
CAPÍTULO II
DA ORDEM SOCIAL
Seção I
Disposições Gerais
Art. 179 O Município, em ação integrada e conjunta com a União, o Estado e a sociedade,
tem o dever de:
Seção II
Da Saúde
Art. 181A saúde é direito de todos e dever do Município, que, em conjunto com a União e
com a ação do Estado-membro, realizará sua promoção e proteção.
Art. 182
Art. 182 O Município incentivará o planejamento familiar por meio de campanhas periódicas
anuais com duração mínima de um mês.
Art. 183 As ações e serviços de saúde são de relevância pública, cabendo ao Poder Público
Municipal dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, nos
limites de sua competência, devendo a execução ser feita preferencialmente por serviços
oficiais e, supletivamente, por serviços de terceiros, pessoas físicas ou jurídicas de direito
privado.
Art. 184 As ações e serviços de saúde pública integram uma rede regionalizada e
hierarquizada e constituem um sistema único de saúde.
Parágrafo Único - Cada Distrito será dotado de uma unidade básica de saúde pública.
Seção III
Da Assistência Social
Seção IV
Do Meio Ambiente
Art. 187Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Município e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações, garantindo-se a
proteção dos ecosistemas e o uso racional dos recursos ambientais.
§ 6º As margens dos rios, os riachos, as fontes d`água e demais recursos hídricos devem
ser protegidos com cobertura florestal nativa, permanente, de acordo com o que estabelecem
as leis estadual e federal.
§ 7º Há cem metros das margens dos rios, cujos cursos d`água servem de colheita para
abastecimento da população, não poderá ser usado agrotóxico.
Art. 188O Município deverá apoiar o programa de manejo integrado do solo, da água, da flora
e das estradas, por meio de microbacias hidrográficas, visando a preservação do meio
ambiente e a melhoria sócio-econômica da população, através de convênios ou de
consórcios.
Seção V
Do Saneamento
Art. 190 O Município, juntamente com o Estado, instituirá, com a participação popular,
programa de saneamento urbano e rural, com o objetivo de promover a defesa da saúde
pública, respeitada a capacidade do meio ambiente de suportar os impactos causados.
Art. 192O saneamento básico é serviço público essencial e, como atividade preventiva do
meio ambiente e das ações de saúde, tem abrangência municipal, podendo sua execução ser
concedida ou permitida na forma da lei.
Seção VI
Da Habitação
Art. 195 As entidades da administração pública, direta e indireta, responsáveis pela área
habitacional, contarão com recursos orçamentários próprios e específicos à implantação de
sua política.
Seção VII
Da Família, da Criança, do Adolescente e do Idoso
Art. 196 A família, base da sociedade, tem especial proteção do Município, na forma da
Constituição Federal e da Constituição Estadual.
Art. 197 A família, a sociedade e o Município têm o dever de amparar as pessoas idosas,
assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e
garantindo-lhes o direito a uma vida digna.
Art. 198 O Município incentivará as entidades particulares sem fins lucrativos, atuantes na
política de bem-estar da criança, do adolescente, da pessoa portadora de deficiência física e
do idoso, e devidamente registradas nos órgãos competentes, subvencionando-as com auxílio
financeiro e amparo técnico.
TÍTULO VII
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA, DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA, DO DESPORTO E DO
TURISMO
CAPÍTULO I
DA EDUCAÇÃO
Art. 199 A educação, direito de todos e dever do Estado, da família e da sociedade, baseada
nos princípio da democracia e da justiça social, da liberdade de expressão, da solidariedade e
do respeito aos direitos humanos e ao meio ambiente, e pautada no trabalho como
fundamento da existência social, da dignidade e do bem-estar universais, tem como fins:
Art. 200 O Município organizará seu sistema de ensino pré-escolar e fundamental, em regime
de colaboração com o Estado e a União, respeitando as diretrizes e as bases fixadas pela
legislação estadual e federal.
§ 1º As escolas municipais funcionarão com uma jornada diária mínima de quatro horas
em regime de turno integral, considerando a demanda de vagas da região, a realidade dos
alunos e as condições necessárias ao desenvolvimento do processo educativo.
Art. 201 Cabe ao Município, em conjunto com o Poder Público Estadual e Federal, assegurar
o ensino público, gratuito em todos os níveis, acessíveis a todos, sem nenhum tipo de
discriminação por motivos econômicos, ideológicos, culturais, sociais ou religiosos.
Art. 203 O Plano Municipal de Educação, de duração plurianual, será elaborado pela
Secretária Municipal de Educação, juntamente com os conselhos escolares, devendo ser
aprovado pelo Conselho Municipal de Educação.
Parágrafo Único - Para a execução deste programa, o Município firmará convênio com os
Poderes Públicos Federal e Estadual e com organismos nacionais e internacionais.
Art. 209O Município garantirá o acesso à escolaridade aos portadores de deficiência e aos
superdotados.
Art. 211 O Município organizará e manterá sistema de ensino próprio que corresponda às
necessidades locais de educação geral e qualificação para o trabalho, respeitadas as normas
pertinentes.
Art. 212 O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as condições legalmente previstas.
Art. 213 Compete ao Município recensear os educandos para o ensino fundamental e fazer-
lhes a chamada anualmente.
Art. 214 O Município de Passo Fundo se integrará aos programas de auxílio ao menores em
todas as áreas.
Art. 215 O Município aplicará anualmente, trinta e cinco por cento, no mínimo, da receita
resultante de impostos, compreendida também a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino público municipal.
Parágrafo Único - Do percentual de trinta e cinco por cento destinados ao ensino público
municipal, conforme dispõe o "caput" deste artigo, no mínimo dois por cento deverão ser
aplicados na educação infantil, entendida de acordo com a definição da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 8/1997)
Art. 216 O Município manterá um sistema de bibliotecas escolares, na rede pública municipal.
Art. 217 Os diretores das escolas serão eleitos direta e uninominalmente pela comunidade
escolar, na forma da lei.
Art. 220 Fica instituído o plano de carreira do magistério público, que será definido através de
lei complementar, observando os princípios do art. 197 da Constituição Estadual.
CAPÍTULO II
DA CULTURA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CAPÍTULO III
DO DESPORTO E DO LAZER
Art. 226Compete ao Município legislar sobre a utilização das áreas de recreação e de lazer, e
sobre demarcação dos locais destinados ao repouso, à pesca profissional ou amadora e ao
desporto geral, nas áreas próprias para a sua prática.
CAPÍTULO IV
DO TURISMO
Art. 227O Município instituirá sua política de turismo e definirá as diretrizes a observar nas
ações públicas e privadas, visando promover e incentivar o turismo como fator de
desenvolvimento social e econômico.
Parágrafo Único - Para cumprimento do disposto neste artigo, cabe ao Município, através
da secretaria correspondente, promover:
privada;
Art. 228 O Município de Passo Fundo fica autorizado a criar o pólo turístico que será
regulamentado em lei complementar.
TÍTULO VIII
DISPOSIÇÃO FINAL
Art. 229Esta Lei Orgânica e o Ato das Disposições Transitórias, depois de assinados pelos
Vereadores, serão promulgados simultaneamente pela Mesa da Câmara Municipal de
Vereadores, e entrarão em vigor na data de sua publicação.
Tadeu Karczeski
Presidente
Jairo Caovilla
Vice-Presidente
Art. 2º É assegurada aos servidores públicos civis com direito à estabilidade, nos termos do
artigo 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal, a
organização em quadro especial em extinção, respeitados o regime jurídico de trabalho e o
plano de carreira, e com as vantagens e deveres dos servidores públicos estatutários, na
forma da lei.
Parágrafo Único - No prazo de cento e oitenta dias da promulgação da Lei Orgânica, será
editada lei complementar que disporá sobre o estabelecimento neste artigo.
Art. 3ºNo prazo de cento e oitenta dias da promulgação da Lei Orgânica, o Poder Executivo
submeterá ao Poder Legislativo projeto de lei regulamentando a criação dos conselhos de
assessoramento.
Art. 4ºNo prazo de cento e oitenta dias da promulgação da Lei Orgânica, o Poder Executivo
elaborará o Programa de Erradicação do Analfabetismo.
Art. 6º O projeto de lei do plano plurianual, previsto no artigo 155, I, deverá ser apresentado,
na atual legislatura, até trinta de julho de 1990.
Art. 7º No prazo de sessenta dias da promulgação desta Lei Orgânica, o Poder Executivo
constituirá comissão com encargo de realizar, no prazo de cento e oitenta dias, levantamento
completo e atualizado das terras públicas municipais e rurais, visando a regulamentação do
artigo 170.
Art. 8º
Art. 8º Em dois anos da promulgação desta Lei Orgânica, a Câmara Municipal revisará todas
as doações, vendas, concessões de serviços municipais e permissões de uso de imóveis
rurais e urbanos, realizados no período de primeiro de janeiro de 1970 até a data da
promulgação desta lei.
Art. 12 O Município publicará anualmente, no mês de março, mediante edital fixado no edifício
da Prefeitura, a relação completa dos servidores lotados por órgão ou entidade da
administração pública direta ou indireta, em cada um dos seus poderes, indicando o cargo ou
a função e o local de seu exercício, para fins de recenseamento e controle.
Art. 15 No prazo de dois anos, a partir da promulgação desta Lei Orgânica, o Município
adotará as medidas administrativas necessárias à identificação e delimitação de seus imóveis
inclusive na área rural.
Art. 16 É concedida anistia, pela redução de cinqüenta por cento da correção monetária e dos
juros, aos contribuintes em atraso com a fazenda municipal, cujos débitos tenham sido
lançados até 31 de dezembro de 1986, devendo o pagamento ser realizado dentro de trinta
dias, contados na promulgação desta Lei Orgânica.
Art. 17 Os códigos e leis do Município, vigentes na data da promulgação desta Lei orgânica,
permanecerão em vigor naquilo que não confrontar com a presente lei, até que se cumpra o
disposto no artigo 85.
Art. 18 O Município concederá à viúva e, na sua falta, aos dependentes menores de idade de
titular de cargo em comissão falecido em seu exercício, sem estar segurado por órgão
previdenciário, uma pensão correspondente a setenta e cinco por cento da respectiva
remuneração.
Art. 19 No prazo máximo de um ano da promulgação desta Lei Orgânica, o Poder Executivo
Municipal mandará imprimir e distribuir, gratuitamente, exemplares da mesma às escolas
municipais, universidades, bibliotecas, entidades sindicais, associações de moradores e
outras entidades da sociedade civil, para facilitar o acesso dos cidadãos ao texto da Lei
Orgânica de Passo Fundo.
Tadeu Karczeski
Presidente
Jairo Caovilla
Vice-Presidente
Auxilio Rebechi
Célio Polese
Dorlei Carlos Spessato
Flamino Melo de Lima
Gilmar Maier de Souza
Ivo Franscisco Ferrão
Izoldino Candaten
Jaime Debastiani
Jesus de Almeida
José Eurides de Moraes
Paulo César Rigo
Paulo Lamaison Santos.