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TCC - 2018 - Elifer Braga de Souza

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RONDONÓPOLIS


INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
LICENCIATURA PLENA EM GEOGRAFIA

ELIFER BRAGA DE SOUZA

A FUNÇÃO DA PRAÇA PÚBLICA NO AMBIENTE URBANO: O caso


da Praça Central de São José do Povo-MT

Rondonópolis – MT
2018
ELIFER BRAGA DE SOUZA

A FUNÇÃO DA PRAÇA PÚBLICA NO AMBIENTE URBANO: O caso


da Praça Central de São José do Povo-MT.

Monografia apresentada como requisito


para obtenção do grau de Licenciado em
Geografia, pela Universidade Federal de
Mato Grosso DEGEO/CUR, sob a
orientação da Prof.ª Dr.ª Antonia Marilia
Medeiros Nardes.

Rondonópolis – MT

2018
Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.

B813f BRAGA DE SOUZA, ELIFER.


A FUNÇÃO DA PRAÇA PÚBLICA NO AMBIENTE URBANO : O caso da
Praça Central de São José do Povo-MT / ELIFER BRAGA DE SOUZA. -- 2018
60 f. : il. color. ; 30 cm.

Orientadora: Antonia Marilia Medeiros Nardes.


TCC (graduação em Geografia) - Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto
de Ciências Humanas e Sociais, Rondonópolis, 2018.
Inclui bibliografia.

1. Praça. I. Título.

Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.


ELIFER BRAGA DE SOUZA

A FUNÇÃO DA PRAÇA PÚBLICA NO AMBIENTE URBANO: O caso da Praça


Central de São José do Povo-MT

Monografia apresentada a UFMT/CUR, como


requisito parcial para a obtenção do grau de
Licenciado em Geografia, sob a orientação da
Professora Dr.ª Antonia Marilia Medeiros Nardes.

Aprovado em ____________ de ______________ de 2018.

BANCA EXAMINADORA

————————————————————————————————————
Prof.ª Dr.ª Antonia Marilia Medeiros Nardes
Orientadora
DEGEO/ICHS/CUR
UFMT/CUR

—————————————————————————————————————
Prof. Ms. Gustavo Benedito Medeiros Alves
Membro
DEGEO/ICHS/CUR
UFMT/CUR

—————————————————————————————————————
Prof. Dr. Aires José Pereira
Membro
DEGEO/ICHS/CUR
UFMT/CUR
DEDICATÓRIA

Dedico esta pesquisa aos meus pais Elaine Cristina Braga de


Souza e Ezequiel Alves de Souza por ter me incentivado,
apoiado e possibilitado com que eu pudesse fazer parte do meio
acadêmico. E a minha irmã Stéfany Braga de Souza que sempre
esteve ao meu lado nesta caminhada.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeço a Deus por ter me dado forças e sabedoria ao longo


da minha caminhada na Universidade.

Aos meus pais Elaine Cristina Braga de Souza e Ezequiel Alves de Souza e a
minha irmã Stefany Braga de Souza. E a toda minha família pela força recebida.

A minha orientadora Professora Dr.ª Antonia Marília Medeiros Nardes, que me


orientou com paciência, disposição e compreensão no período que estive na iniciação
científica. Também agradeço por ter me orientado na construção da minha
monografia.

Ao professor Nestor Alexandre Perehouskei (in memoriam) pelos incentivos e


pela orientação com seu jeito meigo e doce de me ter conduzido na iniciação científica
logo que entrei na graduação.

Ao Professor Gustavo Benedito Medeiros Alves que me ajudou na confecção


dos mapas temáticos e por ter aceitado o convite para ser membro da Banca
Examinadora.

Ao professor Aires José Pereira por ter aceitado o convite para ser membro da
Banca Examinadora.

A todos os professores do Departamento de Geografia e a professora Merilin


Baldan do Departamento de Pedagogia, por ter me ajudado na minha formação
acadêmica e pelos conhecimentos adquiridos nesta minha trajetória.

Aos meus amigos do curso de Licenciatura em Geografia Fernando, Lidiane,


Ronaildo, Leticia, Regina, Mariellen e aos meus colegas de curso por ter me ajudado
com incentivos e trocas de informações. E agradeço aos meus colegas do movimento
estudantil Rafaela Nolasco, Jéssica Luiza e Luana Kawamura. Enfim, a todos que
contribuíram diretamente ou indiretamente com a minha formação acadêmica.
EPÍGRAFE

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo


para todo o propósito debaixo do céu”.
Eclesiastes 3:1
“Todos vão para um lugar; todos foram feitos do
pó, e todos voltarão ao pó”. Eclesiastes 3:20
RESUMO

As praças públicas são locais de convivência entre seres humanos e natureza. E


com a crescente urbanização são lugares onde a população procura para
contemplar o seu momento de lazer. A pesquisa visou compreender qual a função
da praça Central de São José do Povo. Os procedimentos metodológicos utilizados
foram a pesquisa bibliográfica, delimitação da área, trabalho de campo, entrevistas
estruturadas, elaboração dos mapas temáticos, tabulação dos dados,
representação e interpretação. Nos registros fotográficos foram caracterizados a
infraestrutura e equipamentos do complexo da praça. Assim, a pesquisa
proporcionou conhecer a real situação da praça que é o lazer e as práticas
esportivas. E contribuir com o poder público para o planejamento das diretrizes e
ações, que visam atender aos anseios que a população necessita, tornando o local
mais prazeroso, agradável e proporcionando qualidade de vida aos munícipes.
Palavras-Chave: Praça, Lazer, Infraestrutura.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 8

2 OBJETIVOS ......................................................................................................... 10

2.1 Objetivo Geral...... ............................................................................................... 10

2.2 Objetivos Específicos .......................................................................................... 10

3 METODOLOGIA ................................................................................................... 11

4 PRAÇAS PÚBLICAS ............................................................................................ 15

4.1 Mobiliário Urbano ................................................................................................ 16

4.2 Breve Histórico da Evolução das Praças............................................................. 17

5 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ...................................................... 21

5.1 Localização do Município ................................................................................... 21

5.2 Conhecendo São José do Povo ......................................................................... 22

6 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA PRAÇA ................................................. 23

6.1 Complexo Locacional da Praça Hermínio J Barreto ............................................ 25

6.1.1 Campo de Futebol ........................................................................................... 26

6.1.2 Quadra Poliesportiva ....................................................................................... 27

6.1.3 Terminal Rodoviário ........................................................................................ 29

6.2 Espécies Vegetacionais da Praça Hermínio J Barreto ........................................ 32

6.3 Descrição dos Equipamentos, Estruturas e Mobiliário Urbano existentes na


Praça Hermínio J Barreto ...................................................................................... 36

7 IDENTIFICAÇÃO DOS ATORES DA PRAÇA HERMINIO J BARRETO .............. 43

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 53

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 54

APÊNDICE ............................................................................................................... 58
8

1 INTRODUÇÃO

As praças são importantes espaços de socialização e lazer dos moradores. A


praça é um instrumento onde o poder público pode usar para a sensibilização das
pessoas, das questões ambientais e ponto de referência. A praça Hermínio J Barreto
foi construída no final da década de 80. Atualmente é um espaço onde grande parte
população São-José-Povense se reúnem.

As praças como espaço público, desempenham importantes funções no


ambiente urbano, entre elas a integração da comunidade e a melhoria da qualidade
ambiental das pessoas que a frequentam. As vantagens de um bom planejamento das
áreas verdes urbanas geram contribuições para a melhoria dos aspectos estético e
ambiental do meio urbano, atenuando os impactos ocasionados a população e ao
ambiente (SOUZA, 2009).

As praças se modificam constantemente e diante da dinâmica da vida moderna


e dos problemas ambientais, esses espaços desempenham papel importante para a
qualidade ambiental das cidades (SOUZA, 2009).

Segundo Bordin et al (2017, p. 103) “os espaços públicos são formas de


identificação dos lugares, onde acontecem a socialização e a sociabilidade da
população de uma cidade, nos quais as áreas verdes preservadas dão equilíbrio”.

A função principal de parques, praças ou de qualquer outro espaço livre urbano


são ecológicas, sociais e estéticas. Assim, os parques, as praças são estratégias
importantes para a manutenção da qualidade de vida das pessoas, uma vez que as
sociedades estão em crescente urbanização.

No passado as praças eram um local muito desfrutados para atividade política


e religiosa, mas com as constantes transformações este espaço perdeu esse
significado. Porém, com a acelerada urbanização as praças são de suma importância
para a população de uma cidade, pois promovem integração das pessoas, trazem
contato com a natureza, ajuda no combate de doenças por meio de atividades físicas,
ou seja, elas são a uma extensão da casa dos cidadãos.

Nas cidades pequenas verifica que as praças muitas vezes são os lugares
únicos onde a população tem o seu momento de lazer e também são locais onde conta
o histórico do município. Ribeiro (2008, p. 240) aborda que:
9

As praças possuem não apenas importância individual, mas, sobretudo, um


valor coletivo, pois contém história, onde estão registrados os fatos urbanos
que constituem a cidade e, desta forma, são impregnados de memória, o que
lhes garante um valor simbólico que extrapola em muita sua função mais
visível.

O estado de manutenção das praças pode representar o interesse da


população pelo lugar, pois se o espaço estiver deteriorado pode ocasionar rejeição. O
ambiente bem conservado possibilita aceitação e sentimentos pelo local.

A pesquisa foi desenvolvida, com o objetivo de contribuir com a conservação


do ambiente, proporcionando o conhecimento das várias funções de lazer que a praça
oferece para a população e a promoção da qualidade de vida das pessoas. Justifica-
se o estudo pelo sentimento de pertencimento do lugar, sendo morador
aproximadamente 17 anos de São José do Povo e pela inexistência de pesquisa nesta
temática.

A praça é o ponto de encontro, da socialização, das manifestações, práticas


esportivas e de lazer.
10

2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Compreender a função urbana da Praça Central de São José do Povo-MT, por meio

da percepção dos usuários.

2.2 Específicos

 Caracterizar o complexo locacional da praça.

 Explicar a funcionalidade da praça, conforme a opinião dos moradores de São

José do Povo.

 Identificar as espécies vegetais existentes na Praça Central.

 Analisar a infraestrutura do complexo da Praça


11

3 METODOLOGIA

A metodologia é o instrumento para a elaboração da pesquisa científica, por


meio dos procedimentos, que tem por objetivos buscar a solução do problema.

Segundo Minayo 2007 apud Gerhardt; Silveira, (2009, p.13) a metodologia é


definida:

[...] a como a discussão epistemológica sobre o “caminho do pensamento”


que o tema ou o objeto de investigação requer; b) como a apresentação
adequada e justificada dos métodos, técnicas e dos instrumentos operativos
que devem ser utilizados para as buscas relativas às indagações da
investigação; c) e como a “criatividade do pesquisador”, ou seja, a sua marca
pessoal e específica na forma de articular teoria, métodos, achados
experimentais, observacionais ou de qualquer outro tipo específico de
resposta às indagações específicas.
Os procedimentos metodológicos foram adotados por etapas no estudo:

Primeira Etapa

Pesquisa bibliográfica

A pesquisa foi realizada em livros, artigos, dissertações, teses e sites


confiáveis, que auxiliaram no arcabouço teórico metodológico da pesquisa. Mesmo
porque toda e qualquer pesquisa cientifica exige que se tenha um embasamento
teórico e metodológico capaz de lhe dar sustentação.

De acordo com Oliveira (1943, p.119) “a pesquisa bibliográfica tem por


finalidade conhecer as diferentes formas de contribuição científica que se realizaram
sobre determinado assunto ou fenômeno”.

O referencial bibliográfico é a essência da pesquisa, pois proporciona ao


pesquisador entender e construir a base sobre o objeto do estudo.

A pesquisa bibliográfica é um apanhado geral sobre os principais trabalhos já


realizados, revestidos de importância, por serem capazes de fornecer dados
atuais e relevantes relacionados com o tema. O estudo da literatura pertinente
pode ajudar a planificação do trabalho, evitar publicações e certos erros, e
representa uma fonte indispensável de informações, podendo até orientar as
indagações (MARCONI; LAKATOS 2003 p. 158).

Segunda etapa

Delimitação da área de estudo

A delimitação da área de estudo foi realizada através das imagens de Satélite


12

do software através Google Earth, com a utilização do Sistema de Informação


Geográfica (SIG) foram elaborados os mapas de localização do complexo locacional
da praça, como a quadra poliesportiva, academia da Terceira Idade (ATI) e campo de
futebol.

Terceira etapa

Trabalho de Campo

O trabalho de campo teve como base identificar o uso, a funcionalidade e


infraestrutura da praça. Nesta etapa foram realizadas as observações in loco, os
registros fotográficos da área de estudo e das espécies florísticas, onde as espécies
foram catalogadas por meio do conhecimento empírico.

Segundo Marconi e Lakatos (2003 p.186), o trabalho de campo é:

Utilizado com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos


acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma
hipótese, que se queira comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou
as relações entre eles. Consiste na observação de fatos e fenômenos tal
como ocorrem espontaneamente, na coleta de dados a eles referentes e no
registro de variáveis que se presume relevantes, para analisá-los.
Quarta etapa

Entrevista Estruturada

As entrevistas foram feitas por meio de um questionário, com uma amostra de


30 pessoas, nas quartas-feiras, sábados e domingos (Apêndice).

A entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas


obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma
conversação de natureza profissional. É um procedimento utilizado na
investigação social, para a coleta de dados ou para ajudar no diagnóstico ou
no tratamento de um problema social (MARCONI; LAKATOS, 2003, p.195).
A entrevista estruturada é quando o entrevistador:

Segue um roteiro previamente estabelecido; as perguntas feitas ao indivíduo


são predeterminadas. Ela se realiza de acordo com um formulário elaborado
e é efetuada de preferência com pessoas selecionadas de acordo com um
plano” (MARCONI; LAKATOS, 2003, p.197).
Dessa maneira, como se pode observar no modelo de questionário aplicado
(vide apêndice), utilizamos dessa técnica de pesquisa, onde os entrevistados puderam
opinar sobre o objeto de estudo dando maior visibilidade às suas percepções acerca
da referida praça.
13

Quinta etapa

Localização das Coordenadas

Posteriormente as entrevistas foram coletadas as coordenadas de localização


dos moradores com o aplicativo do Gps Coordinates, versão 1.06. Com objetivo de
analisar a distância percorrida pelos usuários da praça.

Sexta etapa

Elaboração de mapas temáticos

Para elaboração dos mapas temáticos primeiramente foi criado o banco de


dados cartográficos. E na sua confecção foram utilizadas informações cadastrais,
como as coletadas nas entrevistas, destacando-se as coordenadas de localização dos
entrevistados. Também se anexou as imagens de satélites dos softwares Google
Earth Pro datadas de agosto de 2016 e imagens adquiridas do Basemap ArcGIS
10.2.2.

Foram elaborados dois mapas temáticos, levando em consideração os


moradores residentes na zona urbana e rural.

As informações geográficas do banco de dados cartográficos, foram importadas


para o Sistema de informação Geografica (SIG) ArcGIS, onde foram realizados a
análise e delimitação da praça Hermínio J Barreto na cidade de São José do Povo.

Sétima etapa

Representação dos dados

Após o levantamento dos dados aconteceu a representação por meio de


gráficos.

Segundo Marconi e Lakatos (2003, p.167), a tabulação dos dados:

É a disposição dos dados em tabelas, possibilitando maior facilidade na


verificação das inter-relações entre eles. É uma parte do processo técnico de
análise estatística, que permite sintetizar os dados de observação,
conseguidos pelas diferentes categorias e representá-los graficamente.
Dessa forma, poderão ser melhor compreendidos e interpretados mais
rapidamente.
Para Marconi e Lakatos (2003), os dados são importantes, pois eles revelam
14

as respostas da investigação.

Posteriormente, a posse de todos os dados deu-se a interpretação analítica dos


dados.

Oitava etapa

Interpretação e discussão analítica dos dados

A interpretação e discussão dos dados proporciona ao pesquisador expor as


soluções encontradas ao longo da pesquisa. Neste contexto Gerhardt e Silveira (2009,
p. 81) explica que “a análise tem como objetivo organizar os dados de forma que fique
possível o fornecimento de respostas para o problema proposto”.

Esta etapa permitiu discutir a relação ao quanto e se avançou no conhecimento


do problema proposto pela pesquisa e realizou a discussão dos dados encontrados
ao longo do estudo.

De acordo com Marconi e Lakatos (2003, p. 167) a análise dos dados permite
ao:
[...] pesquisador entra em maiores detalhes sobre os dados decorrentes do
trabalho estatístico, a fim de conseguir respostas às suas indagações, e
procura estabelecer as relações necessárias entre os dados obtidos e as
hipóteses formuladas. Estas são comprovadas ou refutadas, mediante a
análise
Ainda para Marconi e Lakatos (2003, p. 168) coloca a interpretação como a:

Atividade intelectual que procura dar um significado mais amplo às respostas,


vinculando-as a outros conhecimentos. Em geral, a interpretação significa a
exposição do verdadeiro significado do material apresentado, em relação aos
objetivos propostos e ao tema. Esclarece não só o significado do material,
mas também faz ilações mais amplas dos dados discutidos.
A interpretação e a análise dos dados foram de suma importância para a
pesquisa, pois possibilitou ao pesquisador colocar de modo claro e objetivo os
resultados para a compreensão do objeto de estudo.
15

4 PRAÇAS PÚBLICAS

Praças são locais público arborizados, propícios para convivência e recreação


da população de uma cidade.

Robba e Macedo (2002), caracterizam as praças como espaços urbanos livres


de edificação. Esses espaços públicos são destinados ao lazer e ao convívio da
população, não contém acesso de veículos e são disponíveis a todos os cidadãos.
Com o desenvolvimento das cidades no tempo e espaço as praças alteraram as suas
funções de usos, porém o caráter social ainda permanece.

Mendonça (2007, p. 299) define praças como “espaços livres públicos, com
função de convívio social, inseridos na malha urbana como elemento organizador da
circulação e de amenização pública”.

Lynch (1999) apud Pereira (2008, p. 12) defende que:

As praças são espaços de encontro e lazer dos transeuntes, são locais de


escape dentro do contexto urbano, onde proporcionar o bem-estar dos
indivíduos é o principal objetivo. Para tal, o mobiliário e os equipamentos
urbanos como bancos, iluminação, fontes, cobertura vegetal, sombreamento
são indispensáveis para atraírem a população e garantirem conforto no
espaço público.
Desde quando surgiram as praças serviram como espaço de reunião, de
encontro e de troca de bens e de informação.

Segundo Caldeira (2007, p. 14), “a praça representa uma espécie de espaço


camaleônico, capaz de se modificar e se adaptar às transformações das cidades,
possibilitando apropriações diversas [...]”. Devido a essas transformações ao longo do
tempo, percebe que as praças se modificaram historicamente, mas nunca perderam
o senso de coletividade.

Segundo Pinto (2003, p. 26) praças são definidas:

Como um espaço público aberto, construído ou adaptado a um vazio urbano,


ou até mesmo aberto no meio do espaço urbano, e que tem seu uso definido
não apenas a partir da análise do entorno ao qual está inserida, ou dos
prédios que compõem o conjunto da praça - mas também pela análise da
tipologia adquirida em função da topografia e do seu entorno.
As praças expressam o sentimento de convivência e coletividade nas pessoas.
É o espaço urbano onde a população de uma cidade pode se encontrar, para realizar
diversas tarefas, como o lazer, o bate papo entre amigos, namorar, etc.

Para Yokoo e Chies (2009, [não paginado]), praças:


16

são espaços livres, haja vista, nos dias de hoje serem vistas pela maioria das
pessoas como espaços abandonados, de mendicância, ponto de drogas, e
até mesmo de prostituição, restando para pequena parcela da sociedade
alternativas de lazer, meditação, dentre outras atribuições relativas a este
setor público que pertence a toda sociedade.

O Ministério do Meio Ambiente considera exemplos vários tipos de áreas


verdes: praças, parques urbanos, parques fluviais, parque balneário e esportivo,
jardim botânico entre outros tipos. Segundo Brasil (2018, [não paginado]), as áreas
verdes são:

Conjunto de áreas intraurbanas que apresentam cobertura vegetal, arbórea


(nativa e introduzida), arbustiva ou rasteira (gramíneas) e que contribuem de
modo significativo para a qualidade de vida e o equilíbrio ambiental nas
cidades. Essas áreas verdes estão presentes numa enorme variedade de
situações: em áreas públicas; em áreas de preservação permanente (APP);
nos canteiros centrais; nas praças, parques, florestas e unidades de
conservação (UC) urbanas; nos jardins institucionais; e nos terrenos públicos
não edificados.
4.1 Mobiliário Urbano

O mobiliário urbano é o complexo de equipamentos de uma cidade como


placas, bancos, calçadas, chafarizes, quadras entre outros.

Segundo Marghani, Tenure e Monteiro (2010, p. 28) o mobiliário urbano pode


ser compreendido como “elementos que não apenas decoram as cidades, mas sim
todo equipamentos que possam proporcionar ao cidadão a circulação eficiente,
informação e comunicação adequadas, locais lazer, e bem-estar como um todo”.

De acordo com o site Contato Visual ([2010?] [não paginado]) o mobiliário


urbano:

São móveis implantados em lugares públicos, disponíveis à utilização da


população, que estabelecem urbanismo e design à cidade e muitas vezes
são aproveitados para a publicidade: totens, idealizações horizontal, vertical
e aérea; postes, torres, hidrantes, abrigos e pontos de ônibus, bebedouros,
sanitários públicos, bancos, bancas de jornais, chafarizes, fontes luminosas
e o que mais for necessário
O mobiliário urbano são estruturas de uso dos cidadãos que visa atender as
demandas que a sociedade civil necessita.

Para Tessarine (2008, p. 20) quando fazemos referências a mobiliário urbano


de uma cidade referimos a:

[...] um conjunto de móveis que fazem parte do meio urbano, porém, não
estamos fazendo nenhuma menção à sua forma ou a sua função; quando
especificamos qualquer destas mobílias, estamos associando a forma à sua
17

função e nos referindo a um objeto conhecido do nosso repertório, possível


de ser identificado e distinguido dentre os outros tantos espalhados pela
cidade que cumprem funções diferentes. Estamos nos referindo aos tipos de
mobílias existentes no meio urbano.
Existem vários tipos de mobiliário urbano, como decorativo, comercial, lazer,
informativo etc.

4.2 Breve Histórico da Evolução das Praças

Os surgimentos das praças em uma civilização aconteceram na Grécia e Roma


com as praças Ágora (Figura 1) e Fórum respectivamente. Segundo Pereira (2008, p.
13), “as primeiras praças tinham uma função de tal modo vital no contexto urbano, que
se podiam considerar os locais mais importantes, onde tudo se passava e a onde
todos se dirigiam dentro da cidade”.

Figura 1 – Reconstituição da Ágora de Atenas - Século II a.C.


Fonte: The City Assembled: The elements of Urban Form through History (KOSTOF,1992)

Ágora principal praça da civilização grega, funcionava como lugar de encontro


da população. A praça era formada por um pátio aberto, circundado por edifícios
públicos e administrativos. Em Ágora, os cidadãos livres faziam e discutiam política.
As decisões eram estabelecidas na praça (CALDEIRA, 2007).

Outra praça de grande importância na antiguidade clássica foi Fórum na


civilização romana. Fórum (Figura 2) era rodeada por edificações institucionais,
comerciais e religiosas. A praça retratava o coração da cidade romana, nela
realizavam encontros políticos, assistiam às disputas atléticas, pregadores
conversavam com às multidões, comerciantes fechavam negócios, ocorriam cultos e,
sobretudo, administrava-se a cidade nos tribunais e edifícios institucionais
(CALDEIRA, 2007).
18

Figura 2 – Reconstituição do Fórum


Fonte: Roma Antiga (GABUCCI, 2000)

A praça de Fórum era cercada por grandes monumentos. Por escadaria e


colunatas, que desempenhava a inserção arquitetônica com o espaço urbano
(CALDEIRA, 2007).

A praça medieval representou um papel significativo de acontecimentos na


interação social da realidade pública urbana. De acordo com Caldeira (2007, p. 23)
“[...] a configuração da praça medieval definiu-se pelo contraste do vazio com a densa
paisagem, estruturando uma diversidade de espaços: praças de mercado, praça da
igreja, praça cívica, praça de entrada, praça central, ou mesmo conjunto de praças”.

Com o início do período do Renascimento, as praças passam a ter valor


estético. Para Caldeira (2007, p. 27):

A praça adquire importância estética com as transformações sociais


desencadeadas. O crescimento urbano, o desenvolvimento do mercantilismo
e das pequenas indústrias, e a reestruturação da sociedade com o
surgimento da burguesia acarretaram novas atitudes em relação ao espaço
citadino.
Ao contrário da praça do período renascentista, a praça barroca possui uma
imagem mais monumental. Assim este período criou muitas praças esplêndidas e
enfeitadas com o objetivo de atrair as pessoas (PEREIRA, 2008).

O desenvolvimento do processo das praças brasileiras está ligado ao


movimento dos princípios urbanísticos da tradição portuguesa utilizados na
colonização da América (CALDEIRA, 2007). Segundo Novais (2011, p. 30), as
primeiras praças a surgir em território Brasileiro foi no:
19

[...] período colonial, relacionadas à Igreja Católica. Em geral foram


construídas no entorno das igrejas, constituindo os primeiros espaços livres,
públicos e urbanos. Atraíam as residências mais luxuosas, os prédios
públicos mais importantes e o principal comércio, além de servirem como
local de convivência da comunidade e como elo entre esta e a paróquia.
Caldeira, (2007, p. 91) ressaltam que as praças brasileiras assumiram
diferentes funções ao longo do tempo:

Na constituição das vilas e cidades que se formaram ao longo do séc. XVIII,


a praça brasileira foi gradualmente assumindo a forma mais racional e
geométrica. Ao longo do séc. XIX, as intervenções ou projetos de
embelezamento que incidiram sobre o espaço urbano consolidaram cada vez
mais esse modelo de praça formal e regular. A característica de se estruturar
diversos espaços para funções distintas permaneceu com o crescimento e
desenvolvimento urbano, porém a praça adquiriu uma nova composição em
função da introdução e valorização do verde na paisagem. Esse novo modelo
de praça ajardinada priorizava funções como o lazer e a contemplação.

Na década de 1940, com a melhoria do ambiente urbano, chamado de


modernismo, disseminado pelas teorias urbanistas do arquiteto suíço Le Corbusier.
Conforme a Carta de Atenas, de 1933, as cidades tinham que submeter-se a quatro
funções básicas: habitação, trabalho, circulação e lazer. A praça moderna desponta
através da ótica funcionalista, com formas geometricamente precisas e com espaços
definidos (LE CORBUSIER 1993 apud RIBEIRO 2008).

O Quadro mostra as transformações das funções sociais das praças


brasileiras, ao longo do tempo desde o período colonial até o final do século XX.

Período Colonial Eclético Moderno Contemporâneo

Convívio social Contemplação Contemplação Contemplação


Uso religioso Passeio Recreação Recreação
Uso sociais
das Praças

Uso militar Convívio social Lazer esportivo Lazer esportivo


Comércio e Cenário Lazer cultural Lazer cultural
feiras Convívio social Convívio social
Recreação Cenário Serviços
Circulação
Cenário

Quadro – Usos sociais das praças brasileiras


Fonte: ROBBA; MACEDO, 2002
Org.: BRAGA, E. B, (2017)
20

Mesmo com toda a evolução das funções das praças brasileiras, alguns tipos
de usos permanecem iguais em todos os períodos, como é o caso do convívio social.
Porém, o uso militar nas praças, só permaneceram em um único período o colonial.

As praças passaram por grandes transformações ao longo do tempo, perderam


e construíram novas identidade na paisagem das cidades

Com a evolução do meio técnico-científico-informacional, apresentando novas


tecnologias para a diversão da sociedade como os aparelhos eletrônicos e
equipamentos esportivos, mas também o descaso do poder público e a crescente
urbanização das cidades traz consigo uma diminuição dos espaços livres urbanos. As
praças públicas perdem o seu significado social, entrando em decadência,
principalmente em municípios em que a população não cuida desses espaços
públicos e nem cobra do poder público constituído que faça a urbanização dos
mesmos, como também a manutenção e sua preservação. É comum termos praças
deterioradas em cidades que sua população não cobra nada do poder público.
Lugares onde o poder do atraso toma conta das ações públicas e privadas no sentido
de qualificar esses logradouros públicos.
21

5 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

A praça Hermínio J Barreto situa-se no município de São José do Povo, o local


também é popularmente conhecido como Praça Central, pois localiza no centro da
cidade.

5.1 Localização do Município

O município de São José do Povo está situado no Sul do estado de Mato


Grosso, na posição oeste do Município de Rondonópolis, limitam-se ao Norte com o
Município de Poxoréo e ao Leste com Guiratinga e Pedra Preta. Situa-se entre as
Latitude 16° 27' 58'' Sul, Longitude 54° 15' 8'' Oeste (www.saojosedopovo.mt.gov.br).

Mapa 1 – Estado de Mato Grosso

Mapa 2 – Municípios Limítrofes

Mapa 3 – Mancha urbana com a identificação do objeto de estudo


22

5.2 Conhecendo São José do Povo

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) o município


de São José do Povo teve início quando José Salmen Hanze chegou à região na
década de sessenta do século XX, com a finalidade de desenvolver uma colonização.

A denominação de São José do Povo se deve ao padroeiro do lugar, São José,


e a homenagem ao próprio povo da localidade. Inicialmente José Salmen Hanze
destinou 254 ha para a formação da sede do povoado, porém mais tarde o colonizador
arrependeu-se e diminuiu a área para 63 ha, contrariando os ideais dos moradores da
localidade (www.saojosedopovo.mt.gov.br).

A elevação da região ao município de São José do povo foi efetivada em 4 de


julho de 1989, pela Lei Estadual nº 5.486.

De acordo com o IBGE (2017), São José do Povo possuiu uma área territorial
de 448, 285 Km². A população do município é de 3.592 habitantes, com a densidade
demográfica de 8,09 hab/km². A população urbana é de 1.734 e a rural de 1.858
pessoas (IBGE, 2010).

São José do Povo possui 7 assentamentos rurais; assentamento: Sandrini,


Márcio Pereira, João Pessoa, Padre Josimo Tavares, Wilson Medeiros, Salete Strozak
e 28 de dezembro.

A economia do município é voltada para os trabalhos de manejo e da atividade


da pecuária leiteira junto ao modelo de produção da pequena propriedade rural.

O município possui uma baixa densidade populacional. Tem vários


estabelecimentos comerciais, uma indústria de tintas, duas escolas estaduais e duas
escolas municipais. Quanto aos serviços bancários é assistido pelo banco Sicredi e
três postos de atendimento, sendo um do Banco do Brasil, Bradesco e uma agência
Lotérica que atende também a Caixa Econômica Federal. No setor da saúde
disponibiliza a população um hospital de atendimento básico, uma farmácia e um
Programa de Saúde Familiar (PSF). O município conta com poucas oportunidades de
emprego, situação típica de cidade de pequeno porte, isto, caracteriza um exército de
mão de obra principalmente de jovens, que migram para outras cidades a procura de
mercado de trabalho ou para aprimorar seus estudos.
23

6 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA PRAÇA

A praça Hermínio J Barreto foi criada no final dos anos 80 do século XX, pelo
então prefeito do município de Rondonópolis Hermínio J Barreto. Na época da
implantação da praça São José do Povo era distrito de Rondonópolis.

O local da praça precisou de aterramentos para ser construída, devido ao


terreno ser pantanoso. Assim, a praça foi implantada com uma quadra de areia,
quadra de cimento, parquinho de diversão para as crianças e o coreto. O campo de
futebol foi implementado antes de começar a construção da praça.

A partir da emancipação política administrativa do município, a praça sofreu


algumas reformas, como a implantação da quadra poliesportiva coberta em 1997,
onde a quadra de areia foi extinta.

Entre 2011 e 2012 o coreto (Foto 1) da praça foi demolido para a implantação
da ATI, na época da retirada do coreto houve uma revolta dos moradores, pois eles
alegavam que o local estava perdendo a sua identidade histórica. Neste período o
parquinho de diversão também foi destruído.

Para a implantação da ATI o terreno da praça teve que passar por um processo
de drenagem.

Foto 01 – Vista do coreto da praça Central


Fonte: Autor desconhecido (2008)

A Praça Central era conhecida por realizar vários eventos no local, como
paquera na praça, dia das crianças (Fotos 2 e 3), sete de setembro, paixão de Cristo
e aniversário da cidade, pois eram todos realizados no complexo da Praça Central.
Em tempos de jogos da Copa do Mundo de Futebol tinha um telão no coreto, para que
24

os moradores pudessem assistir aos jogos.

Foto 2 – Comemoração do dia da criança, brinquedos espalhados pela praça.


Fonte: CERQUEIRA, N. M. (2009)

Na comemoração do dia das crianças, a Prefeitura espalhava vários brinquedos


pela praça, onde a festividade prolongava o dia inteiro, nos anos de 2016 e 2017 esse
costume de comemoração do dia das crianças não aconteceu, perdendo a
características do ponto de encontro do dia 12 de outubro.

Foto 3 – Comemoração do dia da criança


Fonte: CERQUEIRA, N. M. (2009)

As comemorações do dia Sete de Setembro (Foto 04) também aconteciam na


praça, as quatro escolas existentes no município desfilavam pelo arruamento da
cidade e as apresentações de cada escola acontecia no complexo da praça. O civismo
está sendo abandonado e a praça nessa data não é mais palco de manifestações.
25

Foto 4 – Apresentação do dia Sete de setembro


Fonte: CERQUEIRA, N. M. (2009)

Em 2017 a praça passou por uma destruição em parte do seu terreno (Foto 5),
onde foram arrancadas árvores e nivelado o local para a construção do Centro de
Referência de Assistência Social (CRAS) da cidade, porém a população se revoltou e
conseguiu impugnar toda a obra na justiça. Nos dias atuais a área continua a mesma,
não foram feitos nenhum tipo de revitalização no local.

Foto 5 – Parte do terreno da praça destruído


Fonte – Tv Rondon (2017)

Atualmente o terreno do complexo da praça em algumas partes no período


chuvoso propicia pequenas manchas pantanosas.

6.1 Complexo Locacional da Praça Hermínio J Barreto

O complexo locacional da praça Hermínio J Barreto “Central” está localizado


na parte norte da rua Zanete Ferreira Cardinal, no sul da rua Cândido Borges Leal, ao
26

oeste da rua José Fragelli e leste da rua João Goulart, com uma área de
aproximadamente 12.366 m². A praça engloba quadra poliesportiva, terminal
rodoviário e campo de futebol e ATI (Imagem).

Imagem - Localização do campo de futebol, quadra poliesportiva, terminal rodoviário e


Academia da Terceira Idade
Fonte: Google Earth
Organização: ALVES, G. B. M.; SOUZA, E.B (2018)
Ao redor do complexo da praça estão localizados mercados, posto de
combustível, conveniência, sorveteria e bares

6.1.1 Campo de Futebol

O campo de futebol do município de São José do Povo está localizado no


complexo da praça Hermínio J Barreto é local de lazer das pessoas, onde realiza-se
jogos de futebol e torneios (Foto 6) para população se divertir. Também no local
acontece uma escolinha de futebol para jovens e crianças.
27

Foto 6 – Torneio de futebol em São José do Povo


SOUZA, E. B. (2018)

6.1.2 Quadra Poliesportiva

A quadra poliesportiva foi criada em 05 de julho de 1999, denominada Olício


Pereira de Freitas. Na quadra muitos eventos foram realizados como rodeios indoor,
casamentos, velórios, jogos e ponto de encontro para assistir os jogos da Copa do
Mundo de Futebol.

A quadra Olício Pereira de Freitas foi abandonada pelo poder público (Fotos 7
e 8). Em 2013 o site AGORAMT fez uma matéria falando dos problemas da quadra
que estava suja, o piso deteriorando, as traves enferrujadas e infestado de pombos.
A quadra possui capacidade de suportar 200 pessoas sentadas e era ponto de
encontros dos jovens para praticar esportes (AGORAMT, 2013).

Foto 7 - Quadra de São José do Povo sujo com fezes de Pombos


Fonte: Site AgoraMT, (2013)
28

Foto 8 - Quadra Olicio Pereira de Freitas toda deteriorada


Fonte: Site AgoraMT, (2013)

Após denúncia da população e de reportagens realizadas pelo site de notícias


AgoraMT, o poder público fechou a quadra e começou uma reforma. A quadra foi
reinaugurada em 1 de maio de 2014.

A quadra é utilizada pela população de São José Povo, para jogos entre amigos
(Foto 9), pela escola que realiza educação física e acontecem torneios. Na reforma
do ginásio foram colocados tela de proteção para que os pombos não conseguissem
mais invadir o local.

Foto 9 – População de São José do Povo utilizando o ginásio para jogar futebol
SOUZA, E. B. 2018
29

Hoje em dia ainda a quadra sofre com problemas relacionados a limpeza, pois
as aves ainda conseguem achar brechas e entrar no local.

6.1.3 Terminal Rodoviário

Atualmente onde está localizado o terminal rodoviário existia até 2011 uma
padaria (Foto 10), que movimentava a praça e também era onde aconteciam as
paradas de ônibus. Na padaria central até [2005?] eram realizados muitos eventos
como bailes e torneios. A padaria dava uma maior movimentação a praça, pois a
população vinha comprar pães, doces, salgados e ponto de encontro entre amigos.

Foto 10 – Área da Padaria Central


Fonte – Autor desconhecido, [2005?]

Em 2013 foi derrubado o prédio onde se localizava a padaria para construção


de um terminal rodoviário denominado José Saviano de Souza (Foto 11).

Foto 11 – Terminal rodoviário


SOUZA, E. B. (2018)
30

O terminal foi inaugurado em 03 de julho de 2015, porém o poder público de


São José do Povo abandonou como acontece com muitas obras públicas no Brasil.
Ainda assim ônibus de transporte da população de São José do Povo a Rondonópolis
parava no terminal, mas foi interrompido em 2018.

Hoje em dia o terminal está em uma situação deplorável os pombos urbanos


tomou conta do terminal Rodoviário, como mostram as Fotos 12 e 13.

Foto 12 – Terminal Rodoviário abandonado com fezes de pombos nos bancos


SOUZA, E. B. (2018)

Foto 13 – Pátio do Terminal Rodoviário infestado por pombos.


SOUZA, E. B. (2018)

Segundo a UNIPRAG ([2018?]), os pombos soltam penas e excrementos que


contém germes, bactérias, fungos e vírus que são perigosos para a saúde humana.
Assim todos esses componentes gera uma perigosa entrada de doença para a cidade,
tornando o pombo como um caso de saúde pública.
31

O terminal Rodoviário de São José do Povo encontra-se com as portas dos


banheiros quebrados e todos sujos (Foto 14), salas que seria para vendas de
passagem e de algum estabelecimento de comércio, encontra abandonado com
alguns móveis dentro e toda suja (Foto 15).

Foto 14 - Banheiro abandonado e tudo sujo do terminal rodoviário


SOUZA, E. B. 2018

Foto 15 - Sala que seria ponto de compra de passagens e comércio abandonada


SOUZA, E. B. 2018

Apensar de apresentar aspectos de um ambiente inóspito identificamos no


complexo locacional da praça espécies vegetacionais que proporcionam qualidade de
vida e um ambiente agradável.
32

6.2 Espécies Vegetacionais da Praça Hermínio J Barreto

As espécies da flora nas cidades geram vários benefícios à população, como o


embelezamento, oferece consigo uma melhor qualidade ambiental e climática
beneficiando a todos.

Segundo a Companhia Paranaense de Energia-COPEL (2009, [não paginado])


define a arborização urbana como “toda vegetação que compõe o cenário ou a
paisagem urbana, é um dos componentes bióticos mais importantes das cidades”.

Na praça Hermínio J Barreto ou Central, encontramos vários tipos de espécies


florísticas, como a Palmeira-real (Roystonea regia) e o Pingo-de-ouro (Duranta erecta
aurea) (Fotos 16 e 17).

Foto 16 – Palmeira-real Foto 17 – Pingo-de-ouro


SOUZA, E. B (2018) SOUZA, E. B (2018)

A palmeira-real é uma espécie muito cultivadas em jardins e praças, é


amplamente utilizada como espécie ornamental em regiões tropicais, sua altura pôde
chegar de 20 a 30 metros. No paisagismo, a palmeira-real é muito usada (PATRO,
2015).

O pingo-de-ouro é um arbusto também muito utilizado no paisagismo, ao


contrário de outros arbustos tradicionais, tem um crescimento muito acelerado, a cor
amarela muito intensa, que foram responsáveis pela sua expansão (PATRO, 2014).

A Praça Hermínio J Barreto possui espécie arbóreas de grande porte. Como a


Figueira-benjamim (Ficus benjamina) e Oiti (Licania tomentosa) como ilustram as
Fotos 18 e 19.
33

Foto 18 – Figueira-benjamim Foto 19 – Oiti


SOUZA, E.B (2018) SOUZA, E.B (2018)

A figueira-benjamim é uma espécie da flora originária do continente asiático,


podendo chegar até 30 metros de altura, possui folhas pequenas. Os frutos da
figueira-benjamim são pequenos e vermelhos são decorativos e atraem muitas aves.
É uma árvore bela, muito utilizada no paisagismo, suas raízes são agressivas e
superficiais. A espécie vem gerando vários problemas, pois vêm sendo plantadas
em locais impróprios, como em calçadas, ruas, muros e construções. Com o
seu desenvolvimento, as raízes atuam de forma agressivas e acabam
provocando grandes danos às estruturas e tubulações subterrâneas, de forma
que já é proibido o seu plantio em diversas cidades (PATRO, 2013).

O oiti é uma árvore frutífera, muito utilizada na arborização urbana de vias e


praças pública. Os oitizeiros têm sua copa esférica, bem formada e cheia, produzindo
magnifica sombra e efeito ornamental, ajuda a refrescar o ambiente e reduz os ruídos.
Também são muito tolerantes à poluição dos grandes centros urbanos (PATRO,
2014).

De acordo com Oliveira et al. (2013, p. 1907) o sombreamento da vegetação é


muito importante:

[...] para a obtenção de conforto em climas tropicais. No ambiente urbano as


espécies de grande porte são mais eficientes no controle e minimização dos
efeitos do clima, se comparadas com as espécies de menor porte. A
temperatura do ar é amenizada pela vegetação através do controle da
radiação e pela umidade que é liberada pelo vegetal através de suas folhas.
34

Outros tipos de espécies encontrados na praça é a Chuva-de-ouro ou Cássia-


imperial (Cassia fistula) e a Dama da noite (Myrtus) como identificam as Fotos 20 e
21.

Foto 20 – chuva-de-ouro Foto 21 – Dama da noite


SOUZA, E.B (2018) SOUZA, E.B (2018)

A chuva-de-ouro é originária da Ásia, possui floração espetacular, com seus


belos cachos pendentes de flores douradas. Pode alcançar cerca de 5 a 10 metros de
altura, também é muito utilizada em jardins pelas suas características de enfeites com
flores amarelas e longas vagens (PATRO, 2013).

A Dama da noite (Myrtus) é originária da Europa e África. É uma espécie exótica


que foi introduzida no interior da praça Hermínio J Barreto, possui frutos avermelhados
e flores brancas.

A praça ainda possui gramíneas (Foto 22) e flores de jardins conhecida como
Ixoras (Foto 23).
35

Foto 22 –Gramíneas Foto 23 –Ixora


SOUZA, E.B (2018) SOUZA, E.B (2018)

As gramíneas são espécies herbáceas, com folhas semelhantes a lâminas. A


maioria tem caule oco e muitas raízes ramificadas. A relva tem um custo baixo de
manutenção, por isso, podem ser encontradas em vários locais como jardins, campos,
praças, parques entre outros (BRITANNICA ESCOLA, 2018).

A ixora (Ixora coccinea) são arbustos encontrados nas regiões de clima quente.
Tem um aspecto compacto e suas folhas são de cor verde. A floração ocorre na
primavera e verão, suas cores podem variar de vermelho, rosa, amarelo e branco. As
espécies de ixoras são utilizadas para usos decorativos de festas ou no paisagismo
das cidades em rotatórias, praças, parques, jardins e outros (PATRO, 2013).

Quanto as maiores quantidades das espécies florísticas existentes na praça


central os oitis (Licania tomentosa), chuva-de-ouro (Cassia fistula) e a figueira-
benjamim (Ficus benjamina) são as que prevalecem.

Ayres, Carvalho e Bovo (2014, p. 03) destacam que:

O meio urbano é resultado de fatores naturais modificados pelo homem, ou


seja, cada vez mais o homem está presente no meio ambiente e este meio
encontra-se ligado ao homem. Dentro desta perspectiva destacamos a
importância da vegetação no meio urbano que é o principal espaço ocupado
pelo homem.

O planejamento das espécies que plantam em um local público é essencial,


pois pode afetar o cotidiano das pessoas que frequentam o espaço e os animais.
36

Segundo Oliveira et al (2013, p. 1901) as arborizações nas cidades são


essenciais pois:

As árvores são elementos fundamentais para a paisagem urbana, atuando


como fator de atributo ambiental, pois melhora a qualidade do ar, da água,
dos solos e do clima, evitando o reflexo do calor provocado pelo aquecimento
do asfalto e elevando a umidade do ar devido à evapotranspiração. A
arborização urbana pode ser considerada como um dos mais importantes
elementos naturais que compõem o ecossistema das cidades e que, pelos
benefícios que produz, deveria compor de maneira sistematizada qualquer
planejamento urbano.
As praças públicas são espaços onde têm a possibilidade de promover a
sensibilização da população a respeito da qualidade ambiental do lugar onde estão
inseridos.

6.3 Descrição dos Equipamentos, Estruturas e Mobiliário Urbano existentes na

Praça Hermínio J Barreto

A praça possui uma academia ao ar livre para pessoas da terceira idade (Foto
24). De acordo com Conselho Regional de Educação Física, ([2013?], p. 6) as
academias ao ar livre:

São equipamentos de ginástica instalados em espaços públicos, tais como


praças, parques e complexos esportivos, com condições adequadas de
acessibilidade, visando fomentar a prática regular de atividade física pela
população de forma gratuita. São voltadas para utilização de pessoas com
idade acima de 12 anos, preferencialmente pertencentes à faixa etária de
idosos (acima de 60 anos).

O Projeto da ATI tem como objetivo combater o sedentarismo diminuindo os


riscos de doenças como a hipertensão e a redução número de internações e de
medicamentos (Conselho Regional de Educação Física, ([2013?]).

Foto 24 - ATI na Praça Hermínio J Barreto quando foi implantada


Fonte: Autor desconhecido [2014?]
37

Percebemos que a Foto 24 retrata a academia quando ela foi implantada, toda
pintada com equipamentos novos. Porém, a Foto 25 mostra outra realidade os
equipamentos todos desbotados e a maioria quebrados. Portanto, é lamentável que o
patrimônio público seja depredado e a também a Prefeitura não faz as devidas
manutenções dos equipamentos.

Foto 25 - Academia da ATI


SOUZA, E.B (2018)
As ATI’s implantadas nas praças públicas visam o convívio dos habitantes da
cidade. As academias ao ar livre promovem a recreação das pessoas e proporcionam
uma vida saudável por meio dos exercícios físicos.

O CRAS tem projetos de promoção de atividades físicas com as pessoas da


terceira idade nos equipamentos da ATI e realizam caminhadas no entorno da praça.

O Gráfico 1 apresenta que 49% dos entrevistados consideram os


equipamentos da ATI ruins, 46 acham que os aparelhos são regulares e apenas 5%
acreditam que são bons.

Gráfico 1 – Satisfação dos usuários quando os equipamentos da ATI


SOUZA, E. B. (2018)
38

Na praça Hermínio J Barreto pode encontrar-se o mobiliário chamado de


namoradeira que é espaço destinado ao descanso sozinho ou acompanhado. As
namoradeiras da praça, possuíam bancos de madeiras e esses bancos não se
encontravam fixos nas calçadas, pois, assim as pessoas que frequentavam a praça
poderiam carregá-los, então, a prefeitura optou por construir assentos de cimento no
local.

O Gráfico 2 apresentam os resultados quanto a satisfação das pessoas que


frequentam a praça em relação aos bancos. Esse mobiliário, são assentos
indispensáveis em uma praça, pois possibilitam conforto as pessoas, onde sentam-se
para conversar, descansar e namorar.

Gráfico 2 – Satisfação dos usuários quando aos bancos da praça


SOUZA, E. B. (2018)
O projeto de construção das namoradeiras (Foto 26) envolvia plantar ao lado
das estruturas de madeiras espécies de trepadeiras, porém vários anos após a
reforma da praça, isso nunca aconteceu.

Foto 26 - Namoradeira da praça Hermínio J Barreto


SOUZA, E.B (2018)
39

A praça central possui vários pontos com postes de luzes, como se pode
observar na Foto 27, porém algumas lâmpadas estão queimadas.

Foto 27 – Iluminação da praça Hermínio J Barreto


SOUZA, E.B (2018)

A iluminação de uma praça é fundamental para as pessoas que frequentam o


local em vários horários. No Gráfico 3 observamos que a praça não possui uma boa
luminosidade no período noturno, segundo os usuários que frequentam o local. As
luzes da praça central a noite estão inadequadas, pois a copa das árvores está
propiciando um ambiente escuro (Foto 28).

Foto 28 – Falta de planejamento da iluminação da praça Central


SOUZA, E.B (2018)

Para contemplar uma boa iluminação de uma praça pública, é essencial que
tenha um estudo de planejamento onde vão ser instaladas as iluminarias.
40

Gráfico 3 – Satisfação dos usuários quando a iluminação da praça


SOUZA, E. B. (2018)

O surgimento das primeiras calçadas no Brasil aconteceu na gênese da


colonização (SITUBA, 2017). Ainda para Situba (2017, p 62), as calçadas são: “[...]
infraestrutura urbana tem como objetivo proporcionar segurança para as pessoas e
funciona como um lugar de transporte para o pedestre”.

De acordo com a pesquisa realizada, como podemos observar no Gráfico 4,


demonstram que os espaços das passarelas da praça encontram-se satisfatórios para
a maioria dos entrevistados. E para aqueles que consideram ruim e boa estão
empatados tecnicamente, pois antes da reforma da praça para a implantação da ATI
existia mais passarelas. Hoje ainda a praça dispõe-se de um calçamento em todo o
seu entorno, onde possibilita as pessoas percorrerem.

Gráfico 4 – Satisfação dos usuários quando a pavimentação da praça


SOUZA, E. B. (2018)
41

Conforme o Gráfico 5 pequena parcela da população que frequenta a praça


acha que a limpeza do local está ruim, pois muitas vezes encontram-se resíduos
sólidos, como restos de construções, galhos de podas de árvores e sacos plásticos
jogados no entorno da praça, como as Fotos 29, 30 e 31 ilustram. A grande maioria
dos entrevistados considera que a limpeza se encontra regular, uma vez que
demoram alguns dias para realizar a higienização do lugar e outros acham que a
limpeza da praça está boa.

Gráfico 5 – Satisfação dos usuários com a limpeza da praça


SOUZA, E. B. (2018)

O poder Municipal de São José do Povo deve angariar ações para que essas
práticas não aconteçam no entorno da praça.

Foto 29 – Galhos de árvores, restos de construções e sacos plásticos


SOUZA, E.B (2018)
42

Foto 30 – Copos plástico e embalagem jogados na praça


SOUZA, E.B (2018)

Foto 31 - Resíduos sólidos jogados na praça Hermínio J Barreto


SOUZA, E.B (2018
43

7 IDENTIFICAÇÃO DOS ATORES DA PRAÇA

As praças são espaços públicos de lazer para a população. Em São José do


Povo a praça Hermínio J Barreto é um dos poucos locais que existem na cidade para
o divertimento das pessoas. O Mapa 4 mostra as distâncias que as pessoas da zona
rural se deslocam para chegar até a praça.

Mapa 4 – Moradores da Área Rural que frequentam a Praça


Org.: ALVES, G. B. M. (2018)

O Mapa 4 demonstram que as pessoas que vivem na zona rural de São José
do Povo percorrem grandes distâncias para chegar até a Praça Central, pois as seis
pessoas moradoras entrevistadas da zona rural percorrem juntas aproximadamente
70 km, sendo a que transita maior distância é de 14,80 km e a menor de 7,29 km. O
desafio dessas pessoas se deslocarem de grandes distâncias tem como finalidade a
procura da área de lazer na cidade, pois os assentamentos muitas vezes não são
contemplados com nenhuma área para realização das práticas esportivas e de lazer.
Assim, acontece uma migração periódica de uma, duas ou mais vezes por semana
para usufruir do complexo que a praça proporciona.
44

O Mapa 5 mostra os deslocamentos das pessoas até a praça, pode-se observar


que os moradores de várias partes da cidade se deslocam até o complexo da Praça
Central, mesmo que a cidade ainda possui três praças da vizinhança, pois são praças
de menor porte e atendem os moradores que residem nas proximidades. As pessoas
encaminham-se até a Praça para poderem usufruir do lazer, práticas esportivas,
conversar com amigos e tendo como aparato estabelecimentos comerciais, bares e
sorveteria estão localizados próximo à praça.

Mapa 5 – Moradores da Área Urbana que frequentam a Praça


Org.: ALVES, G. B. M. (2018)

Na entrevista realizada na praça, de acordo com o Gráfico 6 tem como


propósito descobrir qual é a faixa etária dos frequentadores da praça Hermínio J
Barreto, 50% das pessoas que frequentam a praça tem entre 10 a 20 anos de idade,
são crianças e jovens que participam do projeto da escolinha de futebol ou vai no local
para brincar. Em 20% dos entrevistados possui de 20 a 30 anos e apenas 13% tem
entre 30 a 40 anos.

O que mais chamou a atenção são os percentuais de pessoas que têm entre
40 a 70 anos com apenas 17%. Estes dados são alarmantes, porque retratam que as
45

pessoas nesta faixa etária estão perdendo o interesse no local que sempre teve
representatividade, pois aconteciam vários eventos que motivam a presença destes
na referida praça.

Gráfico 6 – Faixa etária dos entrevistados


SOUZA, E. B. (2018)

O Gráfico 7 identifica o sexo dos entrevistados que frequentam a praça Central.


Os resultados nos mostram que 77% das pessoas que comparecem a praça são do
sexo masculino e 23% são do sexo feminino.

Sexo

23%
Masculino

77% Feminino

Gráfico 7 – Sexo dos entrevistados


SOUZA, E. B. (2018)
46

Outra questão levantada pela pesquisa foi quantas vezes por semana as
pessoas visitam o local. Segundo os dados do Gráfico 8 a maioria das pessoas
frequenta a praça somente uma vez por semana. Alguns vão raramente e outros estão
todos os dias na praça ou quase. Poucas pessoas vão aos finais de semana, porém
quando tem algum evento nos finais de semana como torneios de futebol, o local tem
uma grande movimentação de pessoas.

Quantas vezes por semana frequenta a Praça?

Uma
7%
17% 23% Duas
Três

10% 7% Quatro
Cinco
13%
17% Raramente
3% Quase todos os dias
3%
Todos os dias
Somente final de semana

Gráfico 8 – Frequência das pessoas na praça


SOUZA, E. B. (2018)

Frequentar a praça Central é uma necessidade social, pois o local reúne


características que atrai as pessoas, como quadra poliesportiva, campo de futebol,
academia, além de oferecer um contato com a natureza.

Segundo Flach; Berdete (2016, p. 196) frequentar lugares como praças e


parques:

[...] fazem parte do cenário da maioria das cidades brasileiras, constituindo


importantes áreas para o lazer da população, além da sua importância
paisagística, cultural e ambiental. A presença significativa da população
nesses espaços, principalmente nos finais de semana e nas primeiras horas
da manhã e durante o entardecer reforça a importância de grandes áreas
verdes urbanas destinadas à prática de esportes e atividades físicas, diversão
[...], enfim, para interação e convívio social.
47

No Gráfico 9 a questão levantada foi se as pessoas desenvolvem alguma


atividade na praça, 63% dos entrevistados disseram que praticam futebol, pois na
praça tem uma quadra poliesportiva e campo de futebol, que facilita a sua prática,
além de ser o esporte mais incentivado na cidade.

De acordo com o (IBGE 2015, p. 32) o futebol é o esporte mais executado no


Brasil por:

15,3 milhões de pessoas [...], e este número representou 39,3% dos 38,8
milhões de praticantes de algum esporte no País. Em todas as Grandes
Regiões, o futebol foi o esporte mais citado, entretanto a sua distribuição ficou
bem diversificada: a Região Norte destacou-se por ter mais da metade de
praticantes nessa modalidade (55,9%), seguida pelas Regiões Nordeste
(48,8%); Sul (35,1%); Sudeste (33,3%); e Centro-Oeste (32,9%).
Outro fator levantado pela pesquisa foi que 27% não praticam nenhuma
atividade, vai somente no local para conversar com os amigos, passear ou estão de
passagem para irem na feira que acontecia em áreas da praça, porém recentemente
foi construído um local vizinho da praça onde está acontecendo a feira todos os
domingos.

O Gráfico 9 também traz que somente 7% da população que comparece na


praça usa a ATI, que é um local que tem vários aparelhos para fazer exercícios. No
local o CRAS da cidade desenvolve uma proposta com as pessoas da terceira idade
chamado projeto Girassol, que visa a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos
nesta faixa etária. Com 3% também foram citados pelos entrevistados o voleibol,
modalidade de esporte que ajuda desenvolver a parte cognitiva, afetiva, física e o
senso de coletividade das pessoas.

Você desenvolve alguma atividade física na


praça? Qual?
3%
Futebol
27%
vôlei

63% Nenhuma atividade


7%
Academia da
Terceira Idade

Gráfico 9– Atividades físicas desenvolvida na praça


SOUZA, E. B. (2018)
48

No Gráfico 10 é possível verificar que a maior parte das pessoas interrogadas


comparecem a praça para praticar algum tipo de esporte. A prática esportiva gera
vários benefícios a saúde dos seres humanos, como diminuição de doenças, combate
de insônias, alivia o estresse, o convívio social e outros.

Segundo o (IBGE 2015, p. 29) a prática de algum tipo de esporte no Brasil é


executada por:

38,8 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade praticaram algum


esporte, independentemente de terem ou não praticado atividade física, no
período de referência, o que representou 24,0% da população investigada.
As Regiões Sul (25,8%), Norte (26,5%) e Centro-Oeste (27,8%) alcançaram
proporções maiores que a média nacional, enquanto a Nordeste registrou a
menor proporção regional (22,1%).

Ao levar as crianças em um parque ou praça é essencial para o seu


desenvolvimento, pois possibilita as crianças a ter um contato com a natureza, correr
e brincar. A praça Central é um dos poucos lugares que fornece esse tipo de ambiente
para as pessoas do município e percebemos pelo Gráfico 10, que existe uma baixa
frequência de crianças no local. Outra questão levantada pela pesquisa foi a conversa
entre amigos na praça, essa atividade proporciona as pessoas uma maior
interatividade, colocar as conversas em dia, sair da rotina das atividades cansativas
do dia-a-dia e aliviar o estresse. Segundo Bovo (2013, p. 02) “a praça como espaço
público constitui, desde os primórdios, em um referencial urbano marcado pela
convivência humana”.

Qual o motivo de frequência na praça?

17%
30% Levar as crianças

Prática esportiva
53%
Converar com os
amigos

Gráfico 10 – Motivos das pessoas frequentar a praça


SOUZA, E. B. (2018)
49

O Gráfico 11 apresenta os resultados com quem as pessoas frequentam a


praça, a maioria vai ao local com os amigos para conversar ou praticar algum esporte.
Ir a praça com um amigo ajuda as pessoas ter uma maior abrangência em sua
socialização, além de estar perto de quem gostamos, isto, traz o prazer de felicidade,
afirma um dos entrevistados. Por outro lado, as pessoas que vão sozinha a praça,
muitas vezes querem descansar, desestressar, ter o seu momento de sua paz interior
e conviver com a natureza. E os outros indivíduos visitam o local com seus familiares
para passearem pelo complexo da praça. Tudo isto demonstra a importância deste
logradouro público na vida das pessoas, bem como, nas amenidades ambientais.

Com quem frequenta a praça?

24% Sozinho (a)

62% 14% Com a família

Com os amigos

Gráfico 11 – Com quem as pessoas frequentam a praça


SOUZA, E. B. (2018)
Na entrevista foi investigado na percepção das pessoas, qual é a importância
da praça para elas, o Gráfico 12 demonstra que é a prática de atividades físicas é de
grande relevância, pois ajuda no combate de doenças trazendo uma vida saudável,
para aqueles que praticam alguma atividade. Porém, outros frequentadores da praça,
acham o lazer como o principal agente da frequência das pessoas no local.

O embelezamento da cidade é considerado por poucos frequentadores da


praça. Outras pessoas que vão à praça acreditam que o local não possui nenhuma
importância, porém uma parcela reconhece que a praça tem grande relevância para
a saúde. Para alguns habituados ir ao local considera que a praça traz uma melhor
qualidade de vida para a população, pois acredita que o espaço público da praça pode
proporcionar aos habitantes da cidade o conforto que as áreas verdes conseguem
possibilitar aos seres humanos.
50

Qual a importância da praça para você?

3% Qualidade de vida
10%
7%
Lazer
7% 33%
Prática de atividade física

Saúde
40%
Não tem importância

Embelezamento da
cidade

Gráfico 12– Importância da praça


SOUZA, E. B. (2018)
Pelo que foi verificado o Gráfico 13 apresenta os resultados sobre a questão
se a praça Hermínio J Barreto é bem arborizada, a grande maioria dos entrevistados
consideram que sim e pequena parcela das pessoas que frequentam o local acham
que o espaço não possui muitas árvores.

Na sua opinião a praça Hermínio J Barreto é arborizada?

17%
Sim

83% Não

Gráfico 13 – Importância da praça


SOUZA, E. B. (2018)

Conforme Sabadine (2017, [não paginado]) a arborização de locais públicos


urbana vem crescendo ao longo do tempo e propicia vários benefícios as cidades:

Atualmente o que se observa é o aumento significativo da população


preocupada com as questões ambientais urbanísticas e, por conseguinte,
com a qualidade de vida presenciada nas cidades. Por qualidade de vida se
entende os diversos aspectos envolvendo questões sociais, culturais,
51

ambientais e de biodiversidade de cada região. Assim, a arborização urbana


compõe nos dias atuais, uma relevância sem tamanho em que se envolve a
gestão urbana devendo fazer parte dos planos, projetos e programas
urbanísticos das cidades, mesmo porque a arborização urbana não contribui
apenas para as questões ambientais, mas também reflete na qualidade de
vida humana propiciando a comunidade atendida, autoestima e bem-estar.
Se por um lado, em alguns lugares do Planeta Terra e, em algumas cidades
brasileiras (poucas por sinal) há quem se preocupa com a falta de arborização urbana,
por outro lado, em contrapartida, há uma total falta de consciência sobre o plantio de
árvores nas ruas das cidades. Mesmo porque a consciência sobre uma cidade com
qualidade de vida ambiental ainda depende muito da educação séria e comprometida
com as transformações socioambientais e isto, infelizmente é exceção à regra em
grande parte do nosso país.

Em algumas cidades brasileiras as praças quando existem são totalmente


depredadas e as ruas não possuem arborização adequada ou nenhuma mesmo.

A análise do Gráfico 14 permite observar que 50% consideram que o


encarregado pela higienização do espaço do complexo locacional é a população e o
poder público em conjunto, pois se só um organizar e outro bagunçar não terá um
ambiente limpo e conservado. E outros 50% dos entrevistados acreditam que os
responsáveis pela limpeza e higienização da praça seja somente o poder público.

Quem é o responsável pela limpeza da praça?

O Poder Público
50% 50%

A População e o Poder
Público

Gráfico 14 – Responsáveis pela limpeza da praça


SOUZA, E. B. (2018)
De acordo com Soares; Salgueiro e Gazineu (2007, p. 5) a educação ambiental
é o processo que ajuda a sensibilização das pessoas em relação cuidar do ambiente
onde habitam.

A educação ambiental constitui um processo informativo e formativo dos


indivíduos, desenvolvendo habilidades e modificando atitudes em relação ao
52

meio, tornando a comunidade educativa consciente de sua realidade global.


Uma finalidade da educação ambiental é despertar a preocupação individual
e coletiva para a questão ambiental com uma linguagem de fácil
entendimento que contribui para que o indivíduo e a coletividade construam
valores sociais, atitudes e competências voltadas para a conservação do
meio ambiente.
Os espaços livres, como as praças, parque e jardins bem cuidado e conservado
nas cidades tornam-se pontos de referência, conta a história do local e reúne
familiares e amigos. A praça Central de São José do Povo é um ponto de referência,
pois as pessoas frequentam o local para divertir-se.

Pelo que se pode observar por meio das repostas dos entrevistados, há uma
certa dicotomia no pensar dos mesmos. Pois, metade afirma que a responsabilidade
é do poder público e a outra metade afirma-se da sociedade como um todo. No
entanto, ao se conhecer cidades como Gramado, Canelas e Nova Petrópolis no Rio
Grande do Sul por exemplo, se percebe que quando há uma sintonia entre o poder
público e sociedade, tudo funciona conforme o desejado por todos e com certeza o
ambiente urbano é muito mais saudável e belo. Há ali uma convivência arquitetônica
com o meio ambiente, cultura, lazer, economia, turismo, sociedade inteira e seus
visitantes e, principalmente a educação que é a mola propulsora atitudinal das
pessoas.
53

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As praças públicas desde os primórdios são importantes espaços culturais e


históricos, assim, verifica-se que são elementos essenciais no espaço urbano, pois
desempenham diferentes funções. Atualmente, com a urbanização acelerada vem
passando por grandes transformações em relação às suas funções e usos. A praça
Hermínio J Barreto ou Central é o principal entretenimento e divertimento dos
moradores do município. A atividade primordial desenvolvida nesse espaço é o
futebol. Por meio de sua prática esportiva e execução, angariam-se ações sociais que
visam tirar as crianças e jovens da vulnerabilidade social.

Em São José do Povo entende-se que a praça é o lugar central onde a


população se dirige para realizar suas práticas de lazer. Notoriamente, as pessoas
deslocam-se de vários outros locais e distâncias para praticar atividades esportivas.
Sendo um espaço público, recebe um fluxo considerável de visitantes durante todos
os dias da semana, porém tendo baixa frequentação as segundas-feiras e altas as
quartas-feiras, momento de maior pico onde as pessoas praticam atividades físicas.

A partir da análise os equipamentos, a estrutura e mobiliário urbano existentes


na Praça, verificamos que alguns mobiliários não estão adequados ou estão em falta,
ou seja, são aspectos que o poder público pode resolver para atender a população
citadina. Alguns equipamentos e estruturas tem a necessidade de manutenção,
substituição ou de implantação de novos dispositivos urbanos.

Na questão ambiental, com o estudo tivemos a possibilidade de constatar que


grande parte da parcela do complexo locacional da praça tem contribuído com a
arborização. Isto, proporciona uma melhor qualidade de vida para as pessoas. Ajuda
no controle da radiação solar, umidade do ar, ameniza a poluição, permite uma maior
infiltração da água e auxilia no embelezamento estético e paisagístico da cidade.
Entretanto, uma pequena porção do terreno da praça, foram arrancadas algumas
espécies florísticas e não foram replantadas.

A conservação da praça é imprescindível para que consiga cumprir o seu papel,


assim, a manutenção do espaço é primordial para tornarem atraentes, pois quando
bem cuidados apresentam benefícios na qualidade de vida dos seus frequentadores.
54

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58

APÊNDICE
59

Universidade Federal de Mato Grosso


Câmpus Universitário de Rondonópolis
Instituto de Ciências Humanas e Sociais – ICHS
Departamento de Geografia - DEGEO
Entrevista

1 – Qual é sua idade__________?

2 – Sexo: ( )Masculino ( )Feminino

3 – Quantas vezes por semana frequenta a praça?


( )Uma ( )Duas ( )Três ( )Quatro ( ) Cinco ( )Seis ( )Raramente
( )Quase todos os dias ( )Todos os dias ( )Somente final de Semana
Localidade:____________________________________________.

4- Você desenvolve alguma atividade na praça? Qual?


( )Caminhada ( )Futebol ( )Vôlei ( ) Nenhuma Atividade
( )Outra_______________.

5- Qual o motivo de frequentar a praça?


( )Levar as crianças ( )Prática esportiva ( )Conversar com os amigos

6 - Como quem frequenta a praça?


( )Sozinho (a) ( )Com a família ( )Com os amigos

7- Qual é a importância da praça para você?


( )Qualidade de vida ( )Lazer ( )Prática de atividade física
( )Saúde ( )Não tem importância ( ) Embelezamento da cidade

8 – Na sua opinião a praça é arborizada?


( ) Sim ( )Não
60

9 – Quem é o responsável pela limpeza da praça?


( ) O poder público ( )A população ( ) A população e o poder público

10 – Quanto a satisfação aos equipamentos, estrutura e mobiliário urbano


da praça:
Iluminação: Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( )
Bancos: Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( )
Equipamentos físicos da ATI: Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( )
Calçadas: Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( )
Limpeza: Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( )

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