GRUPO III Relacao Objectivos Conteudos e Metodos
GRUPO III Relacao Objectivos Conteudos e Metodos
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1.INTRODUÇÃO…………………………………………….…..................................…….
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1.INTRODUÇÃO
O presente trabalho, tem como objectivo analisar a relação Objectivos-Conteúdos-Métodos
no contexto do Processo de Ensino e Aprendizagem.
No primeiro momento, traz-se a conceitualização dos objectivos de ensino, seguida dos seus
níveis de sua formulação, com enfoque para os objetivos gerais e específicos.
Mais adiante procura-se perceber o que são conteúdos e quais os critérios para a sua
formulação e como eles devem ser organizados e tratados na sala de aula.
No fim, faz-se uma abordagem sobre os métodos de ensino, trazndo-se para além do
conceito, os critérios básicos para a sua seleção e implementação na sala de aula.
2. A RELAÇÃO “OBJETIVO-CONTEÚDO-MÉTODO”
De acordo com Libâneo (2013), os objetivos educacionais têm pelo menos três referências
para sua formulação:
a) Objetivos educacionais (ou gerais) - são aqueles previstos para um determinado grau ou
ciclo numa escola ou numa certa área de estudos, e que serão alcançados a longo prazo. São
proposições gerais sobre mudanças comportamentais desejadas. Decorrem de uma filosofia
da educação e surgem do estudo da sociedade contemporâneo e do estudo sobre o
desenvolvimento do aluno e sobre os processos de aprendizagem.
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Exemplos de Objectivos:
A definição dos objetivos educacionais tem um caráter orientador, pois norteia a atuação do
educador na sua interação com o educando. O educador precisa saber o que quer atingir com
o seu trabalho e onde pretende chegar. Mas para que os objetivos da ação educativa sejam
úteis ao trabalho docente, eles não podem ser vagos e imprecisos. Não podem também cair no
extremo oposto, isto é, não devem se caracterizar por uma operacionalização extrema nem
por uma compartimentalização estanque, em decorrência de uma visão tecnicista da educação
e do ensino. Aliás, o pedagogo deve tomar cuidado com o excesso de tecnicismo, que pode
levar a um formalismo exagerado e estéril. Os objetivos educacionais devem ser claros e
precisos, sem no entanto cair no formalismo vazio e sem sentido.
Outro aspecto a ser ressaltado é que o professor não deve formular apenas objetivos
referentes a conhecimentos de fatos específicos, em detrimento daqueles que enfatizam as
operações cognitivas. Deve-se valorizar mais os objetivos que focalizam os processos
mentais superiores (compreensão, aplicação, análise, síntese e julgamento), pois estes são
mais úteis e significativos para a aprendizagem.
Por último, queremos lembrar que, para a educação escolar ser um instrumento de
transformação social, nós, educadores, não podemos perder de vista o objetivo último da ação
educativa, que é preparar o jovem para a vida plena da cidadania. Isto supõe formar um
cidadão consciente, crítico e participativo, capaz de compreender a realidade em que vive e
nela intervir, participando do processo de construção da sociedade.
objetivos educacionais podem ser formulados em dois níveis: objetivos gerais e objetivos
específicos; Os objetivos específicos consistem na operacionalização dos objetivos gerais.
Por isso, fornecem uma orientação concreta para o estabelecimento das atividades de ensino,
aprendizagem e para a avaliação.
Conteúdos de ensino
Temos aí que o conteúdo do fenômeno ensino não é o conteúdo das matérias de ensino, mas a
relação professor-aluno-matéria, ou seja, a actividade de mediação docente. (ibid)
Nesse sentido, os conteúdos formam a base material da actividade escolar. Como se sabe, os
conteúdos consistem de conhecimentos, hábitos, habilidades e métodos de estudo e trabalho,
atitudes e convicções, conexos às matérias de ensino.
Os conteúdos das matérias não se restringem à matéria em si, mas à matéria preparada
pedagogicamente, ou seja, ela remete-se a objectivos mais amplos da educação. Além disso,
todas as matérias requerem métodos de transmissão e assimilação activa.
A seleção dos conteúdos programáticos deve basear-se nos seguintes critérios: validade,
utilidade, significação, adequação ao nível de desenvolvimento do aluno, flexibilidade e
adequação ao tempo disponível. Além disso, deve ser dada ao aluno a possibilidade de
elaboração pessoal do conteúdo transmitido, permitindo-lhe comparar, organizar, aplicar e
avaliar informações, conceitos e princípios, num processo constante de reconstrução do
conhecimento.
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A organização dos conteúdos deve orientar-se por três critérios: continuidade, sequência e
integração. Deve também, pautar-se em dois princípios básicos: o lógico e o psicológico.
Métodos de Ensino
Segundo Libanêo (1994), os métodos de ensino são as ações do professor pelas quais se
organizam as atividades de ensino e dos alunos para atingir objetivos do trabalho docente em
relação a um conteúdo específico.
De acordo com Libâneo (2002), o método é a via, o caminho, para descobrir a forma, isto é, o
movimento interno do conteúdo.
As características dos métodos: são meios para atingir um objetivo, implicando uma
actividade, isto é, uma sequência de ações, meios e procedimentos materiais e intelectuais, e
implica, evidentemente, um objeto. Estas características, quando referidas aos métodos de
ensino, tomam feições próprias à natureza do processo de ensino. (ibid)
A função dos métodos de ensino usados pelo professor é facilitar o processo de reconstrução
do conhecimento por parte do aluno.
Os critérios básicos para a seleção de um método ou técnica de ensino são: a adequação aos
objetivos propostos para o processo educacional: a natureza do conhecimento a ser
reconstruído pelo aluno e o tipo de aprendizagem a se realizar; as características dos alunos
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Segundo Libâneo (1994), o PEA tem um aspecto externo (os conteúdos de ensino) e um
aspecto interno ( as condições mentais e físicas dos alunos para assimilação dos conteúdos)
que se relacionam mutuamente: de um lado há matéria a ser ensinada de forma assimilável
pelo aluno, do outro, há um aluno a ser preparado para assimilar a matéria, partindo das suas
disposições internas.
Em função desse critério básico, no qual a direcção do ensino se orienta para a activação das
forças cognitivas do aluno, podemos classificar os métodos de ensino segundo os seus
aspectos externos – método de exposição, método de trabalho independente, método de
elaboração conjunta, método de trabalho em grupos – e seus aspectos internos – passos ou
funções didácticas e procedimentos lógicos e psicológicos de assimilação da matéria.
O professor deve variar os métodos de ensino, usando os mais adequados aos objetivos
propostos e à natureza do conteúdo estudado. Eles devem favorecer a compreensão, a
assimilação e a construção do conhecimento por parte do aluno. A compreensão é um
elemento indispensável à aprendizagem, pois para assimilar um conhecimento é preciso
compreendê-lo, isto é, incorporar o objeto de estudo ao seu universo mental. Por isso,
independentemente das técnicas que usar, o professor deve estar atento para oferecer aos
alunos situações que lhes permitam comparar, estabelecer relações, classificar, ordenar, situar
no tempo e no espaço, analisar, induzir, deduzir, sintetizar, conceituar, provar e justificar.
Enfim, cabe ao professor cuidar para que o aluno vivencie situações nas quais possa operar
mentalmente, construindo o conhecimento.
Os métodos não têm vida independentemente dos objectivos e conteúdos, assim como a
assimilação dos conteúdos depende tanto dos métodos do ensino e de aprendizagem.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS