Carlos Mendes DCEB
Carlos Mendes DCEB
Carlos Mendes DCEB
Carlos Mendes
Universidade Rovuma
2021
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Carlos Mendes
Universidade Rovuma
2021
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Índice
1. Introdução...............................................................................................................3
4. Estratégias de Implementação do Currículo...........................................................6
7. Avaliação..............................................................................................................11
9. Conclusão.............................................................................................................13
1. Introdução
À semelhança do que tem ocorrido em todas as partes do mundo, nos últimos anos, a
educação em Moçambique tem estado no centro de debates em todos os níveis da
sociedade, uma vez que é vista como um factor essencial para o desenvolvimento da
nação. As mudanças políticas, sociais, económicas e culturais que se têm registado no
país impõem novos desafios para a educação.
factores fizeram com que houvesse a revogação da Lei 4/83, de modo a adequar o
sistema educativo moçambicano à nova realidade social, política e económica.
Estruturalmente e nos termos da Lei 6/92, o Sistema Nacional de Educação
moçambicano compreende: o ensino pré-escolar (destinado a crianças até 6 anos),
ensino escolar (primário, secundário e universitário) e ensino extra – escolar (que se
realiza fóra do sistema regular de ensino).
Interessa nesta nossa abordagem, o Ensino Geral especificamente o nível primário, aqui
entendido como Ensino Básico.
O nível primário é considerado no SNE como sendo aquele que “prepara os alunos para
o acesso no ensino secundário e compreende as sete primeiras classes que são
subdivididas em 2 graus”. (Lei 9/92, p. 9).
Segundo PACHECO (2001, p.150), entende-se por reforma educativa a “uma
transformação da política educativa de um país a nível de estratégias, objectivos e
estratégias, objectivos e prioridades”. Esta transformação pode ser traduzida por
conceitos como: inovação, renovação, mudança e melhoria tendo como um elemento
comum a introdução de algo novo. Nessa óptica, a reforma curricular vai necessitar de
uma estratégia planificada para a modificação de certos aspectos do sistema educativo
de um país de acordo com um conjunto de necessidades, resultados específicos, meios e
métodos adequados.
Alguns autores usam de forma distinta os conceitos de reforma e de inovação.
Considerando de inovação as mudanças funcionais que se traduzem na prática
educativa, enquanto as reformas se traduzem em mudanças estruturais e
organizacionais. Na óptica de MOREIRA (1999), a ideia de reforma associa-se a ideia
de progresso ou mudança que pressupõe a introdução de novos programas, tecnologias e
processos que gerem maiores eficiências, racionalidade e controle dos resultados.
SACRISTAN (1997) citado por MOREIRA (1999, p.31), afirma que “reformar denota
remoção e isso dá certa notoriedade perante a opinião pública e perante os docentes
[….] cria-se a sensação de movimento, geram-se expectativas, o que parece provocar,
por si mesmo, as mudanças se propõem reformas”. Nesta frase, pode-se considerar no
âmbito desta análise um aspecto importante de que a reforma curricular ou a reforma
educativa.
denota uma remoção das práticas que anteriormente eram vigentes e que esse processo
cria no público-alvo um conjunto de expectativas.
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4. Estratégias de Implementação do Currículo
Para PCEB (2003:54), o sucesso de qualquer plano curricular está, indiscutivelmente,
associado à concepção de estratégias adequadas para a sua implementação. Essas
estratégias, por sua vez, prendem-se com inúmeros factores, tais como os
psicopedagógicos, linguísticos, socioeconómicos e políticos.
Para isso avançam-se as seguintes estratégias de implementação do novo currículo no
Ensino Básico:
Criação e expansão das Escolas Primárias Completas;
Formação de Professores;
Capacitação de professores;
Formação de professores para as disciplinas novas;
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Língua Inglesa; e
Línguas Moçambicanas.
Olhando aquilo que é a nossa realidade poderemos notar um esforço na expansão da
rede escola, mas continuamos com o mesmo modelo de formação de professores,
continuamos com o mesmo ritmo das supervisões pedagógicas que culminam com
capacitações irregulares.
o Currículo Local;
a promoção semi-automática; e
7. Avaliação
A nível central não existe prescrições sobre os métodos de ensino e as estratégias,
embora a indicação geral seja, desde 20015, para a diferenciação curricular, pela
valorização da diversidade de metodologias e estratégias de ensino.
A estratégia é aqui entendida “enquanto concepção global de uma acção, organizada
com vista à sua eficácia (…): o elemento definidor da estratégia de ensino é o seu grau
de concepção intencional e orientadora de um conjunto organizado de acções para a
melhor consecução de uma determinada aprendizagem” (Roldão, 2009).
A estratégia é assim um percurso organizado de sequência de actividades/tarefas que
contribuem para a aprendizagem pretendida e conduzem os alunos a aprender e utilizar,
de forma eficaz, os conteúdos curriculares respectivos.
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9. Conclusão
Alguns autores concordam que a elaboração e a implementação de um currículo
resultam em processos conflituosos, com decisões necessariamente negociadas.
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