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História 8º - 3º Corte

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HISTÓRIA

8º ANO

3º Corte Temporal
MATERIAL DIDÁTICO
DE APOIO – PROFESSOR
2023
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

Governador do Estado de Goiás


Ronaldo Ramos Caiado

Vice-Governador do Estado de Goiás


Daniel Vilela

Secretária de Estado da Educação


Aparecida de Fátima Gavioli Soares Pereira

Secretária-Adjunta
Helena Da Costa Bezerra

Diretora Pedagógica
Márcia Rocha de Souza Antunes

Superintendente de Educação Infantil e Ensino Fundamental


Giselle Pereira Campos Faria

Superintendente de Ensino Médio


Osvany Da Costa Gundim Cardoso

Superintendente de Segurança Escolar e Colégio Militar


Cel Mauro Ferreira Vilela

Superintendente de Desporto Educacional, Arte e Educação


Marco Antônio Santos Maia

Superintendente de Modalidades e Temáticas Especiais


Rupert Nickerson Sobrinho

Diretor Administrativo e Financeiro


Andros Roberto Barbosa

Superintendente de Gestão Administrativa


Leonardo de Lima Santos

Superintendente de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas


Hudson Amarau De Oliveira

Superintendente de Infraestrutura
Gustavo de Morais Veiga Jardim

Superintendente de Planejamento e Finanças


Taís Gomes Manvailer
Superintendente de Tecnologia
Bruno Marques Correia

Diretora de Política Educacional


Patrícia Morais Coutinho

Superintendente de Gestão Estratégica e Avaliação de Resultados


Márcia Maria de Carvalho Pereira

Superintendente do Programa Bolsa Educação


Márcio Roberto Ribeiro Capitelli

Superintendente de Apoio ao Desenvolvimento Curricular


Nayra Claudinne Guedes Menezes Colombo

Chefe do Núcleo de Recursos Didáticos


Alessandra Oliveira de Almeida

Coordenador de Recursos Didáticos para o Ensino Fundamental


Evandro de Moura Rios

Coordenadora de Recursos Didáticos para o Ensino Médio


Edinalva Soares de Carvalho Oliveira

Linguagens
Fagner Barbosa Ribeiro – Língua Portuguesa
Maria Magda Ribeiro – Língua Portuguesa
Sandra de Mesquita – Língua Portuguesa
Mileidy Pereira Morais – Língua Estrangeira/Inglês

Matemática
Alan Alves Ferreira
Tayssa Tieni Vieira de Souza
Fábio Rodrigues Lucena
Luiz Felipe Ferreira de Morais

Ciências Humanas
Wanessa Santos Silva – Geografia
Declyê Rezende de Faria Sodré – Geografia
Jéssyka Priscilla Rodrigues Cruvinel – História

Ciências da Natureza
Bruno Nóbrega – Ciências da Natureza
Lívio de Castro Pereira – Ciências da Natureza

Revisão
Alessandra Oliveira de Almeida
Ceciliana de Rose Cintra Lagares
Katiuscia Neves Almeida
Colega Professor (a),

Este material didático é um compilado de aulas elaboradas a partir de


habilidades do Documento Curricular para Goiás – DCGO Ampliado, organizadas
por turma e corte temporal. Seu objetivo é subsidiar o seu planejamento quinzenal
e possibilitar a ampliação da aprendizagem. De forma alguma, este material
pretende substituir sua organização e planejamento.

A partir destas aulas, você pode inserir outras habilidades complementares


de modo que os objetos de conhecimento sejam desenvolvidos e a aprendizagem
aconteça efetivamente.

Nesse sentido, este material pedagógico não tem caráter de livro didático
e sim de instrumento de apoio ao trabalho pedagógico em sala de aula.

Um excelente trabalho para você!


SUMÁRIO

AULA 11: Revisão ................................................................................................................ 5

AULA 12: Brasil: Primeiro Reinado ................................................................................. 10

AULA 13: O Período Regencial e o Brasil do Segundo Reinado .................................. 14

AULA 14: O Escravismo no Brasil do século XIX ............................................................ 20

AULA 15: Indigenas no Brasil Colonial ........................................................................... 27

RESPOSTAS AULA 11 ....................................................................................................... 42

RESPOSTAS AULA 12 ....................................................................................................... 42

RESPOSTAS AULA 13 ....................................................................................................... 43

RESPOSTAS AULA 14 ....................................................................................................... 45

RESPOSTAS AULA 15 ....................................................................................................... 46


HISTÓRIA TURMA: 8º ANO
AULA 11- REVISÃO
ATIVIDADE
1. Observe a imagem:

A novela televisiva ‘’Novo mundo’’ de Thereza


Falcão e Alessandro Marson, narra a travessia
grandiosa do Atlântico que trouxe a arquiduquesa
austríaca Leopoldina (Letícia Colin) ao Brasil para se
tornar a esposa do príncipe Dom Pedro (Caio Castro) e
personagem fundamental no processo de
independência do país.

A partir de seus conhecimentos cite os principais


fatores que levaram o Brasil à independência?
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___________________________________________
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___________________________________________
___________________________________________
Imagem: http://zamenza.blogspot.com/2020/08/reprise-de-novo-mundo-em-2020-merecia-o.html Acesso ao 15 de jun. 2023.

2. “Independência ou morte!” Certamente você já ouviu essa expressão. Quem pronunciou essa frase tão famosa foi Dom
Pedro I no momento da proclamação de independência do nosso país. Esse fato aconteceu em
A) 7 de setembro de 1822.
B) 8 de agosto de 1823.
C) 7 de setembro de 1823
D) 8 de setembro de 1822.

3. Complete as frases de acordo com as palavras que estão no quadro.

REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA - EM PERMANECER NO BRASIL –


REINO UNIDO DE PORTUGAL E ALGARVES - PERÍODO NAPOLEÔNICO

a) A família real chegou no Brasil durante o ______________________________ e após o fim dessa era, no ano de 1815
nos países da Europa, os portugueses fizeram pressão para que o imperador voltasse para casa.
b) Por esse motivo, D. João VI transformou o Brasil em um ______________________________ deixando de ser
um Brasil Colônia, posição que desacordava com os interesses de Portugal.
c) O movimento Republicano e Abolicionista ganhou força por causa da insistência de D. João VI
________________________________.
d) A ________________________________ de 1817, surgiu a favor da República e contra o governo português.

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4. Observe a imagem:

A imagem em questão faz alusão a um fato histórico de


extrema relevância para a independência do Brasil, que ficou
conhecido como
A) o dia da Despedida.
B) o dia do Fico.
C) o dia da Partida.
D) o dia da Chegada.

Imagem: https://www.canalkids.com.br/cultura/historia/fico.htm Acesso em 15 de jun. de


2023.

5. Leia a canção:
‘’Violeiro feliz de Goiás’’ - Jorge & Mateus
É bão demais, é bão demais É bão demais, é bão demais
A vida de violeiro A vida de violeiro
Cantar no Brasil inteiro e voltar pro meu Goiás Cantar no Brasil inteiro e voltar pro meu Goiás
Goiás é mais Goiás é mais
É bão demais, é bão demais É bão demais, é bão demais
A vida de violeiro A vida de violeiro
Cantar no Brasil inteiro e voltar pro meu Goiás Cantar no Brasil inteiro e voltar pro meu Goiás

Quando saio pra cantar por esse Brasil a fora Um dia canto no Sul, no outro já vou pro Norte
Levo Deus no coração e na bagagem a viola Do nordeste ao Sudeste
Nas cidades do interior, distritos e capitais Coração bate mais forte
Fazendo o que a gente ama Solto a voz no Centro-oeste num dueto de paixão
Mas quando a saudade chama eu volto pro meu Goiás Junto com o meu parceiro, por esse Brasil inteiro
cantando só modão
É bão demais, é bão demais
A vida de violeiro É bão demais, é bão demais
Cantar no Brasil inteiro e voltar pro meu Goiás A vida de violeiro
Goiás é mais Cantar no Brasil inteiro e voltar pro meu Goiás
É bão demais, é bão demais Goiás é mais
A vida de violeiro É bão demais, é bão demais
Cantar no Brasil inteiro e voltar pro meu Goiás A vida de violeiro
Cantar no Brasil inteiro e voltar pro meu Goiás
Um dia canto no Sul, no outro já vou pro Norte
Do nordeste ao Sudeste É bão demais, é bão demais
Coração bate mais forte A vida de violeiro
Solto a voz no Centro-oeste num dueto de paixão Cantar no Brasil inteiro e voltar pro meu Goiás
Junto com o meu parceiro, por esse Brasil inteiro Goiás é mais
cantando só modão É bão demais, é bão demais
A vida de violeiro
Cantar no Brasil inteiro e voltar pro meu Goiás
Cantar no Brasil inteiro
E voltar pro meu Goiás
Fonte: Musixmatch
Compositores: Renato Barros / Pinocchio - https://www.letras.mus.br/jorge-mateus/1449252/

6
A canção ‘’Violeiro de Goiás’’ narra a trajetória de violeiros que viajam pelo Brasil, mas sempre voltam para seu estado
(Goiás). Fazendo uma reflexão histórica sobre o surgimento do estado, podemos afirmar que ele nasceu a partir de
expedições que ficaram conhecidas como:
A) Desbravamento do centro-oeste.
B) Marcha para o Oeste.
C) Bandeiras.
D) Deslocamento espacial.

6. Observe a imagem:

Imagem: https://br.pinterest.com/pin/439101032394378950/

A imagem em questão representa uma lenda indígena sobre o desbravamento do território do Estado de Goiás. A partir
de seus conhecimentos explique qual lenda tem ligação direta com esta imagem.
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7. Sobre a definição de nação, marque a alternativa correta:


A) O conceito de nação surgiu durante o feudalismo e nada mais que a união de povos de uma mesma raça.
B) O conceito de nação surgiu durante o iluminismo e nada mais é que a união humana ou de um povo que possui um
sentimento de pertencimento devido a determinadas características, práticas sociais, cultura, língua e laços históricos.
C) O conceito de nação surgiu na idade moderna e nada mais é que a união das pessoas através da língua.
D) O conceito de nação surgiu na idade contemporânea e define pessoas com o mesmo pensamento religioso.

8. Sobre a primeira constituição brasileira, podemos afirmar que


A) Ela foi elaborada em 1888 pela Assembleia Constituinte.
B) Ela foi elaborada em 1823 pelo Senado Federal brasileiro.
C) Ela foi elaborada em 1824 pela Assembleia Constituinte.
D) Ela foi elaborada em 1823 pela Assembleia Constituinte.

https://cultura.estadao.com.br/blogs/marcelo-rubens-paiva/constituicao-brasileira-e-a-segunda-maior-do-mundo/

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9. A notícia da independência não foi bem recebida em todos os lugares do Brasil. Alguns militares e comerciantes
portugueses revoltaram-se e decidiram lutar para manter os antigos laços de união com Portugal. A partir de seus
conhecimentos, cite quais foram os primeiros países a reconhecer a independência do Brasil.
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10. A Constituição de 1824, a primeira Carta Magna brasileira garantia a unidade territorial, instituía a divisão do governo
em quatro poderes e estabelecia o voto censitário (voto ligado à renda do cidadão). Sobre os quatro poderes, quais eram
eles?
A) Legislativo, Judiciário, Executivo e Individual.
B) Legislativo, Judiciário, Executivo e Religioso.
C) Legislativo, Judiciário, Executivo e Moderador.
D) Legislativo, Judiciário, Executivo e Social.

11. Observe os dados abaixo:

Imagem: https://www.ecodebate.com.br/2020/01/29/motivos-e-consequencias-da-aceleracao-da-transicao-religiosa-no-brasil-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-
alves/

Os dados presentes na pesquisa têm uma ligação direta com a Constituição de 1824, pois
A) ela estabelecia o catolicismo como religião oficial do Brasil.
B) ela estabelecia que era proibido no Brasil a existência de cultos religiosos que não fossem voltadas para o catolicismo.
C) ela estabelecia que no Brasil não existia religião oficial, pois o estado brasileiro se tornaria laico.
D) ela estabelecia o protestantismo como religião oficial do Brasil.

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12. Observando a imagem e fazendo uma ligação com a
constituição de 1824 ela critica o fato
A) de a religião estar acima de todos naquele período.
B) de a religião estar submetida aos poderes do
imperador.
C) de o Brasil não ter uma religião oficial.
D) de o Brasil depender economicamente da igreja.

https://m.facebook.com/equipeRoxaSenhorarotary2016/posts/1298535116846232/?refsrc=deprecated&_rdr

13. Observe a imagem:

Imagem: https://www.preparaenem.com/sociologia/cidadania.htm

A partir de seus conhecimentos, faça uma comparação entre a estrutura política de 1824 com a dos dias atuais.
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14. Vários motivos levaram ao desgaste do imperador Dom Pedro I. Dentre eles podemos destacar
A) A falta de empatia com o povo brasileiro.
B) a renovação do tratado de comércio com a Inglaterra, a balança comercial desfavorável e descontentamento popular
com as mortes e despesas causadas pela Guerra.
C) A falta de tato com a imprensa brasileira.
D) A situação catastrófica da economia brasileira.

15. Sobre a situação dos negros na Constituição de 1824 pode-se afirmar que ela
A) abolia a escravidão.
B) legitimava os castigos físicos.
C) determinava a abolição dos açoites e da tortura.
D) não tratava da situação dos negros.
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AULA 12
Objeto de conhecimento: Brasil: Primeiro Reinado
Habilidade: (EF08HI21) Identificar e analisar as políticas oficiais com relação ao indígena durante o Império. Objeto de conhecimento
– A produção do imaginário nacional brasileiro: cultura popular, representações visuais, letras e o Romantismo no Brasil.

Disponível em: http://mestresdahistoria.blogspot.com/2012/03/saiba-mais-sobre-o-povo-brasileiro.html Acesso em 15. Acesso em 15 jun. de 2023.

É interessante, antes de começarmos a falar sobre a construção da nação brasileira, que possamos saber que há
uma diferença entre o Estado e a Nação e qual seria. O Estado é um “corpo” jurídico, o território, ou seja, uma sociedade
que se encontra num espaço delimitado, delimitação essa que é exercida por meio de uma autoridade soberana (que
pode ser o governo, normalmente). Já o conceito de Nação, que surge no iluminismo, é a união humana ou de um povo
que possui um sentimento de pertencimento devido a determinadas características, práticas sociais, cultura, língua e
laços históricos. A independência brasileira, foi um claro acordo,
ou seja, uma relação amistosa com Portugal, que foi vitória de um determinado grupo político num projeto liberal
conservador. Liberal pois rompeu com a metrópole Portugal, ao mesmo passo que foi conservador no que manteve as
mesmas estruturas econômicas e sociais. Não há uma sensação de nação, além de haver um sério problema de
representatividade. Pedro I se tornou então o imperador do Brasil. Foi criada uma constituição (1823) com voto censitário
(alqueires de mandioca), uma tentativa de alijar os portugueses comerciantes e que também restringia o poder de D.
Pedro I. O imperador brasileiro fecha a Constituinte e outorga em 1824 a primeira Constituição brasileira, que
demonstrava a centralização política muito clara com o poder moderador. Não se pode falar em nação nesse período, já
que não havia a sensação de união e pertencimento. Nesse sentido, vamos ver a formação do Estado Brasileiro!
Disponível em: https://descomplica.com.br/artigo/como-ocorreu-a-construcao-da-nacao-brasileira/4y7/ Acesso em: 21 de jun. de 2021.

O PRIMEIRO REINADO (1822-1831)


Este período foi marcado por crises envolvendo o reconhecimento da Independência no exterior, a criação de um
conjunto de leis que regessem as relações sociais, revoltas regionais, conflitos externos e a desconfiança entre soberano
e súditos/cidadãos. Foi também neste período que se elaborou a primeira Constituição do Brasil, que vigorou durante
todo o Império – a mais duradoura da História do Brasil, embora tenha recebido emendas durante sua vigência. Ao longo
deste capítulo, estudaremos alguns desses processos, percebendo as disputas dos diversos sujeitos atuantes no período.
LUTAS PELA INDEPENDÊNCIA
A notícia da independência não foi bem recebida em todos os lugares do Brasil. Alguns militares e comerciantes
portugueses revoltaram-se e decidiram lutar para manter os antigos laços de união com Portugal. Durante cerca de um
ano, houve confrontos entre tropas portuguesas e tropas do governo brasileiro em regiões do Maranhão, Bahia, Pará,
Piauí e Cisplatina (atual Uruguai).
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O primeiro país a reconhecer a independência do Brasil foram os Estados Unidos (1824), seguidos do México
(1825). O governo dos Estados Unidos era contra o domínio colonial europeu na América e queria espalhar sua influência
sobre o continente. A princípio, Portugal não aceitou a independência do Brasil. Mas, em 1825, os dois países chegaram
a um acordo com a mediação da Inglaterra, que, assim como os Estados Unidos, tinha interesses econômicos na região.
Em troca do reconhecimento da independência, o governo brasileiro pagou uma indenização de 2 milhões de libras
esterlinas (moeda inglesa) a Portugal e conferiu a dom João VI o título de imperador honorário do Brasil. Para pagar a
indenização, o governo brasileiro fez um empréstimo com os ingleses, que lucraram com a transação financeira. Depois
de Portugal, a Inglaterra e os demais países europeus também reconheceram a emancipação política do Brasil.

A CONSTRUÇÃO DO PAÍS
Durante o Primeiro Reinado, entre 1822 e 1831, havia uma preocupação em consolidar a independência do Brasil e
organizar as estruturas do novo Estado. Isso envolvia, por exemplo, criar símbolos nacionais (bandeira, hino, brasão,
etc.), elaborar uma Constituição e organizar a administração pública.
O primeiro projeto de Constituição do país foi elaborado por uma Assembleia Constituinte, em 1823. Durante a
elaboração, ocorreram disputas de poderes entre correntes políticas opostas. Uma delas, o Partido Português, defendia
o fortalecimento e a centralização do governo na figura do imperador. A outra, o Partido Brasileiro, desejava que a
autoridade de dom Pedro I fosse limitada pelas leis. Apesar dessas divergências, ambos os grupos concordavam em
preservar a unidade territorial do Brasil e manter a escravidão.
Diante do risco de redução dos seus poderes, dom Pedro I, que tinha ideais absolutistas e centralizadores, fechou
a Assembleia Constituinte com o apoio das tropas imperiais. Os políticos que resistiram foram presos e expulsos do país.
O fechamento da Assembleia foi interpretado como uma vitória o Partido Português. O direito de ex-escravizados ou
libertos à cidadania foi uma das questões que dividiram os deputados na Assembleia Constituinte de 1823. A maioria dos
deputados, proprietários de terras e de escravizados, considerava que a população negra representava um perigo social
e não deveria ter direitos. Decidiram que a propriedade era um dos direitos fundamentais a serem garantidos e
mantiveram a escravidão.

CONSTITUIÇÃO DE 1824
Os representantes do Partido Brasileiro ficaram descontentes com o fechamento da Assembleia Constituinte.
Tentando aliviar as tensões, D. Pedro I nomeou dez brasileiros natos de sua confiança para elaborar um novo projeto de
Constituição. Concluído o trabalho, em março de 1824, Pedro I outorgou, isto é, impôs a primeira Constituição do país.
A Constituição de 1824 estabelecia a existência de quatro poderes:
• Legislativo – tinha como principal função elaborar e aprovar as leis do país. Era composto de senadores e deputados.
• Judiciário – julgava e aplicava as leis do país. O órgão máximo desse poder era o Supremo Tribunal de Justiça, com
magistrados nomeados pelo imperador.
• Executivo – tinha como função cuidar da administração pública. Era chefiado pelo imperador e exercido pelos
ministros que ele nomeava. O Executivo nomeava bispos, magistrados, comandantes militares e embaixadores, além
de fazer tratados com governos estrangeiros.
• Moderador – era o poder exclusivo do imperador e estava acima dos demais. O imperador tinha autoridade para
indicar senadores, nomear e demitir ministros e presidentes de províncias (cargo que equivale ao de governador de
estado, hoje em dia), dissolver a Câmara dos Deputados, convocar eleições e anistiar presos.
A Constituição de 1824 excluía da vida política os homens pobres, todas as mulheres, os escravos e os indígenas.
Foi estabelecido o voto censitário: só teriam direito ao voto e poderiam ser votados os homens que comprovassem renda
alta. Para votar, a pessoa precisava ter uma renda anual mínima de 100 mil-réis.
A Constituição também estabeleceu o catolicismo como religião oficial no Brasil. Outras religiões só oram permitidas
em cultos domésticos. A lei garantia que ninguém seria perseguido por motivo religioso, desde que fosse respeitada a
religião oficial do Estado. Pelo regime do padroado, a Igreja católica ficava submetida ao imperador.

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Pelas leis instituídas no Império, havia uma enorme distância entre a teoria e a prática da cidadania. A Constituição
garantia o direito de propriedade. Mas, na prática, esse direito era exercido por uma minoria de proprietários. A
Constituição definia que os cidadãos brasileiros formavam uma nação livre. Porém, não fazia menção aos indígenas, às
mulheres e aos escravizados. Isso significava que a maioria da população estava excluída da participação política. A
Constituição determinava a abolição dos açoites e da tortura. Mas os cativos e os marinheiros continuaram a ser
castigados.
No governo de dom Pedro I, houve o fechamento da Assembleia Constituinte, a censura à imprensa, a imposição
da Constituição de 1824 e a instituição do Poder Moderador. Essas atitudes provocaram grandes revoltas. Vários motivos
levaram ao desgaste do imperador dom Pedro I. Entre eles a renovação do tratado de comércio com a Inglaterra, a
balança comercial desfavorável, descontentamento popular com as mortes e despesas causadas pela Guerra da
Cisplatina e a questão sucessória em Portugal. Com a morte de dom João VI, em 1826, dom Pedro I herdou o trono
português. Mas políticos liberais brasileiros não queriam que ele fosse imperador do Brasil e rei de Portugal ao mesmo
tempo. Temendo mais descontentamento, dom Pedro I renunciou ao trono português.
Disponível em: https://saber.com.br/obras/Aplicacoes/Edocente/plugins/pdfjs-
2.6.347dist/web/viewer.html?file=https://saber.com.br/obras/PNLD/PNLD_2020/HISTORIAR/8ANO/HISTORIAR_8ano_PNLD2020_PR.pdf. Acesso em: 15 de jun. de 2021. (adaptado)

ATIVIDADES

1. Observem a imagem:

https://descomplica.com.br/artigo/como-ocorreu-a-construcao-da-nacaobrasileira/4y7/ Acesso em: 21 de jun. de 2021.

O Primeiro Reinado (1822-1831) marcou os anos iniciais do Brasil como nação independente após o processo de
independência ter sido conduzido por intermédio de D. Pedro I. Com base no texto e na imagem, com suas palavras,
conceitue o que é Estado e o que é Nação.

2. A notícia da independência do Brasil não foi bem recebida em todos os lugares do Brasil. Alguns grupos revoltaram-
se e decidiram lutar para manter os antigos laços de união com Portugal. Quais eram esses grupos?

3. O primeiro país a reconhecer a independência do Brasil foram os Estados Unidos (1824), seguidos do México (1825).
Quais eram os reais interesses dos Estados Unidos na Independência do Brasil?

4. O Brasil proclama a independência. A princípio, Portugal não aceitou a independência do Brasil. Mas, em 1825, os
dois países chegaram a um acordo com a mediação da Inglaterra. Quais eram os interesses da Inglaterra e o que ela
lucrou com sua mediação?
12
5. Durante o Primeiro Reinado, entre 1822 e 1831, havia uma preocupação em consolidar a independência do Brasil e
organizar as estruturas do novo Estado. Alguns requisitos eram necessários para essa consolidação. Quais eram esses
requisitos?

6. O primeiro projeto de Constituição do país foi elaborado por uma Assembleia Constituinte, em 1823. Durante a
elaboração, ocorreram disputas de poderes entre correntes políticas opostas. Uma delas, o Partido Português, a outra,
o Partido Brasileiro. No quadro a seguir relacione o que cada uma desses partidos defendia.

Partido Português Partido Brasileiro Ambos os partidos

7. A primeira constituição nasce de maneira autoritária, mantendo a tradição de uma monarquia absolutista. A
Constituição de 1824 estabelecia a existência de quatro poderes. Relacione cada um desses poderes as suas devidas
especificidades.
( ) Era o poder exclusivo do imperador e estava acima dos demais.
a) LEGISLATIVO
Toda a autoridade estava na mão do imperador.
( ) Tinha como função cuidar da administração pública. Era chefiado
b) JUDICIÁRIO
pelo imperador e exercido pelos ministros que ele nomeava.
( ) Julgava e aplicava as leis do país. O órgão máximo desse poder
c) EXECUTIVO
tribunal de Justiça, com magistrados nomeados pelo imperador.
( ) Tinha como principal função elaborar e aprovar as leis do país.
d) MODERADOR
Era composto de senadores e deputados.

8. Observe a charge:

Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/774619204650935728/. Acesso em: 15 de jun. de 2021.

Ainda hoje a atual constituição dispõe sobre a divisão de poder. Na realidade não existe divisão do poder, o poder é um
só, ocorrendo uma divisão de atribuições e funções do Estado. A partir da observação da charge, relate de que esfera
do poder ela representa e se ainda existe essa esfera de poder ainda hoje no Brasil.
13
9.Observe a imagem:

Disponível em: https://conhecimentocientifico.r7.com/voto-censitario/. Acesso em: 16 de jun. de 2021.

Com a constituição de 1824 o sufrágio censitário foi estabelecido, e foi o primeiro modelo de voto no Brasil. Esteve em
vigor durante todo o período monárquico brasileiro. Em que consiste o voto censitário e quais eram os requisitos para se
participar da votação?

10. Atualmente a forma de o sufrágio no Brasil não é mais censitário. Pesquise e descubra qual é o tipo de sufrágio
garantido hoje pela atual constituição e como ele funciona.

11. Pelas leis instituídas no Império, havia uma enorme distância entre a teoria e a prática da cidadania. Escreva um
parágrafo ou pequeno texto dissertando sobre essas contradições, entre o que na teoria a constituição garantia, mas,
como isso acontecia na prática. Hoje temos uma Constituição denominada de “Constituição Cidadã”. Será que realmente
ela garante cidadania na prática a todos os brasileiros?

AULA 13
Objeto de conhecimento: O Período Regencial e O Brasil do Segundo Reinado: política e Economia
Habilidade: (EF08HI16) Identificar, comparar e analisar a diversidade política, social e regional nas rebeliões e nos
movimentos contestatórios ao poder centralizado.

PERÍODO REGENCIAL

https://blog.maxieduca.com.br/periodo-regencial-historia/

14
O Período Regencial (1831- 1840) foi a época em que o Brasil foi governado por regências, pois o herdeiro do trono
era menor de idade. Este período é caracterizado por momentos de grande conturbação no Brasil com várias revoltas
civis. Termina com o Golpe da Maioridade que levou ao trono D. Pedro II aos catorzes anos de idade.
Dom Pedro I enfrentava vários problemas internos como falta de apoio das elites econômicas e externos, como a
derrota na Guerra da Cisplatina. Além disso, com a morte de Dom João VI, em Portugal, ele havia sido aclamado D.
Pedro IV de Portugal. Neste momento em que o imperador perde a sua popularidade, decide abdicar ao trono brasileiro.
Nessa altura, porém, o seu herdeiro, D. Pedro II, não podia governar, pois tinha 5 anos de idade. A solução, prevista pela
Constituição de 1824, era formar uma Regência até que D. Pedro II atingisse a maioridade.

REVOLTAS DO PERÍODO REGENCIAL

Abre-se uma época de grande disputa de poder e instabilidade política que dão origem a uma série conflitos:
• Revolta dos Malês (1835): revolta de escravos ocorrida na Bahia, comandada por escravos de origem malê que
seguiam a fé islâmica. Lutavam contra a discriminação, pela liberdade, contra a imposição do catolicismo e contra a
miséria.
• Cabanagem (1835 – 1840): revolta que aconteceu no Pará, composta de pobres, indígenas, negros e mestiços que
viviam em cabanas próximas dos rios. Em certa medida, contou com o apoio das elites agrárias locais, insatisfeitas com
a centralização política promovida pelos regentes. Foi enfraquecida pela falta de organização interna e pelas traições
dentro do núcleo de poder cabano.
• Balaiada (1838 – 1841).: revolta que ocorreu no Maranhão, composta de vaqueiros, agricultores pobres e escravos.
Teve a participação de grupos liberais conhecidos como Bem-te-vi, nome dado ao jornal liberal publicado na província.
Foi um movimento descentralizado e desorganizado, mas que teve impacto na região.
• Sabinada (1837 – 1838): revolta ocorrida na Bahia, comandada por liberais que chegaram a tomar a cidade de Salvador.
Entretanto, algumas de suas propostas não foram bem vistas pelas elites agrárias locais (como a libertação dos escravos)
e o movimento acabou tendo curta duração. As reivindicações eram os baixos salários dos militares e a insatisfação com
o governo regencial, que queria enviá-los para resolver conflitos populares no Sul do país. Já o interesse por parte dos
demais integrantes era ter maior participação política e mais acesso ao poder.
• Farroupilha (1835 – 1845): revolta que aconteceu no Rio Grande do Sul, comandada pelas elites agrárias locais
(conhecidos como estancieiros), que criticavam os baixos impostos cobrados sobre o charque argentino. Essa revolta
durou dez anos e fez com que tanto o Rio Grande do Sul como Santa Catarina se tornassem repúblicas independentes.
O Período Regencial contou com as seguintes regências:
 Regência Trina Provisória (abril a julho de 1831)
 Regência Trina Permanente (1831 a 1834)
 Regência Una do Padre Feijó (1835 – 1837)
 Regência Una de Araújo Lima (1837 – 1840)

GRUPOS POLÍTICOS DO PERÍODO REGENCIAL

Nessa altura, havia três grupos políticos defendendo cada qual uma posição distinta de governo:
Liberais moderados (também conhecidos como ximangos): defendiam o centralismo político da monarquia
constitucional;
Liberais exaltados (apelidados de farroupilhas): defendiam a federalização do governo, com mais poderes para as
províncias e o fim do Poder Moderador.
Restauradores (ou caramurus): eram a favor do regresso de D. Pedo I. Após a morte deste, em 1834, vários membros
entraram para partido dos liberais moderados.
15
Em 1831 foi criada a Guarda Nacional para contrabalançar o poder que o Exército tinha no governo. Este corpo
armado seria integrado por cidadãos que tivessem direito a voto ou seja, a elite brasileira. desempenharia um importante
papel na política brasileira.

Ato Adicional (1834)


O Ato Adicional foi um conjunto de propostas de caráter liberal introduzidos na Constituição de 1824. Entre essas
medidas podemos destacar a criação de Assembleias Legislativas Provinciais cujo deputados teriam mandato de dois
anos e os governos provinciais podiam criar impostos, contratar e demitir funcionários. Também foi determinado que
regência seria exercida por uma só pessoa e não três. O primeiro regente foi o padre Antônio Feijó.

Fim do Período Regencial


As consequências da instabilidade política são as revoltas regências ocorridas em vários pontos do Brasil como
vimos acima. Com o objetivo de acabar com a desordem e agitação, que levaria à desintegração do território brasileiro,
o Partido Liberal propõe que a maioridade de D. Pedro II seja antecipada. A ideia é levada à votação na Câmara, mas
não é aprovada. Desta maneira, os políticos tramam o Golpe da Maioridade, declarando D. Pedro II maior de idade aos
14 anos. Um ano depois, D. Pedro começa a governar o Brasil e tem início o Segundo Reinado.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/periodo-regencial/ Acesso em: 24 de jun. de 2021.

ATIVIDADES

1. Complete a linha do tempo com os acontecimentos que marcaram cada ano ou etapa do período regencial.

LINHA DO TEMPO - PERÍODO REGENCIAL


1831 1831 1834 1835 1838 1840

2. Qual era o contexto histórico que o Brasil vivia que obrigou D. Pedro I a abdicar-se do trono em favor de seu filho D.
Pedro II?
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3. O Período Regencial foi marcado por grande disputa de poder e instabilidade política que dão origem a uma série de
conflitos. No quadro a seguir faça o inventário das principais revoltas deste período.

CABANAGEM MALÊS BALAIADA SABINADA FARROUPILHA


Onde
aconteceu?

Quando
aconteceu?

Quais
motivos
levaram a
acontecer?

Quem fazia
parte da
revolta?

4. No Período Regencial, havia três grupos políticos defendendo cada qual uma posição distinta de governo. Relacione
cada grupo político as suas reivindicações.

( ) defendiam a federalização do governo, com mais poderes para as províncias e o


a) Liberais moderados fim do Poder Moderador.

( ) eram a favor do regresso de D. Pedo I. Após a morte deste, em 1834, vários


b) Liberais exaltados membros entraram para partido dos liberais moderados.

c) Restauradores ( ) defendiam o centralismo político da monarquia constitucional.

5. Em 1831 foi criada a Guarda Nacional. Qual foram os motivos que levou a criação deste corpo armado, quem podia
dela participar e qual era a sua função?
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6. Em que consistia o Ato Adicional e quais foram as principais medidas criada por ele?
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SEGUNDO REINADO

O Segundo Reinado foi um período que se


estendeu de 1840 a 1889 e no qual o trono brasileiro foi
ocupado por D. Pedro II. Ele assumiu como imperador
por meio do Golpe da Maioridade e, durante seus 49
anos de reinado, diversos acontecimentos marcantes
aconteceram, como a Guerra do Paraguai e a abolição
da escravidão. Foi destronado com a Proclamação da
República, em 1889.
A política do Segundo Reinado era complexa, e D. http://www.identidade85.com/2019/10/video-segundo-reinado-aspectos-
Pedro II teve de dar uma atenção extra aos partidos gerais.html

políticos para manter a estabilidade do seu reinado. Os


dois partidos eram o Partido Conservador e o Partido Liberal, os quais tinham uma pequena diferença ideológica entre
si, mas que, em geral, eram representantes dos mesmos interesses e das mesmas classes sociais.
A disputa entre liberais e conservadores foi acirrada no começo da década de 1840, quando D. Pedro II ainda se
consolidava na função de imperador. Por essa razão, o sistema político estabelecido no Segundo Reinado permitia um
revezamento entre liberais e conservadores. No longo prazo, isso garantiu a estabilidade do Segundo Reinado.
O sistema em questão era o parlamentarismo às avessas. Nesse sistema, o Brasil era governado como em uma
monarquia parlamentarista, havendo um gabinete ministerial, que chefiava o governo e os parlamentares. Com isso, se
o imperador não estivesse satisfeito com a atuação do gabinete ou dos deputados, ele poderia dissolver o Parlamento e
convocar novas eleições.
Ao todo, ao longo dos anos do Segundo Reinado, foram formados 36 gabinetes diferentes, o que mostra que a
rotatividade no poder entre liberais e conservadores era elevada. A possibilidade de mudança rápida na chefia do governo
foi o que garantiu esse convívio mais harmônico entre liberais e conservadores.
No que se refere à economia, os dois grandes destaques são a economia cafeeira, que se consolidou como o
principal item da economia brasileira, e a embrionária industrialização que foi esboçada no país. O destaque, claro, vai
para o café, o principal item de exportação da economia brasileira até a década de 1950.
O café foi introduzido no Brasil no século XVIII e, no século XIX, popularizou-se como principal atividade econômica.
As duas grandes regiões produtoras de café no país foram o Vale do Paraíba (localizado no Rio de Janeiro e parte de
São Paulo) e o Oeste Paulista. Uma região secundária na produção cafeeira foi a Zona da Mata de Minas Gerais.
No que se refere à industrialização, o Brasil viveu um pequeno surto de desenvolvimento industrial entre as décadas
de 1840, 1850 e 1860. Nesse período, o país teve um aumento na navegação a vapor e viu as estradas de ferro se
multiplicarem, sobretudo visando ao aumento das exportações do país. Um dos símbolos desse período foi Irineu
Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá.
Após a década de 1870, a monarquia entrou em crise. Ela já não conseguia atender às demandas e aos interesses
de uma parcela considerável da sociedade, incluindo classes urbanas, alguns grupos políticos representantes das elites
e os militares. Ao redor desses grupos, a república começou a surgir como uma alternativa.
A década de 1880 foi marcada por uma crise política crônica, e a monarquia perdia cada vez mais apoio. Grupos de
militares e civis começaram a conspirar contra o imperador D. Pedro II e essa conspiração resultou no 15 de novembro
de 1889. Nesse dia, o marechal Deodoro da Fonseca liderou a derrubada do gabinete ministerial, e o vereador José do
Patrocínio proclamou a república.
D. Pedro II foi destronado e, juntamente com a família real, foi expulso do Brasil, partindo para o exílio na Europa no
dia 17 de novembro de 1889. O ex-imperador nunca mais retornou ao Brasil e morreu em Paris, no ano de 1891
Disponível em: https://escolakids.uol.com.br/historia/o-brasil-durante-o-segundo-reinado.htm Acesso em: 24

18
7. Sobre o período do Segundo Reinado, das alternativas a seguir marque (V) para as que são verdadeiras e (F) para
as que são falsas.

a) ( ) O Segundo Reinado foi um período que se estendeu de 1840 a 1889 e no qual o trono brasileiro foi ocupado por
D. Pedro I.
b) ( ) Durante os 49 anos de reinado de D. Pedro II, diversos acontecimentos marcantes aconteceram, como a Guerra
do Paraguai e a abolição da escravidão.
c) ( ) Após a década de 1870, a monarquia entrou em crise.
d) ( ) D. Pedro I foi destronado com a Proclamação da República, em 1889.
e) ( ) A década de 1880 foi marcada por uma crise política crônica, e a monarquia ganhava cada vez mais apoio.

8. Observe a imagem:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Parlamentarismo_%C3%A0s_avessas Acesso em: 24 de jun. de 2021.

Com base no texto e na imagem acima, faça uma caracterização da situação política do Brasil durante o Segundo
Reinado.
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9. No que se refere à economia, qual era a principal atividade econômica do país nesse período?
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10. Descreva como era o processo de industrialização, no período do Segundo Reinado no Brasil.
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AULA 14
Objeto de conhecimento: O escravismo no Brasil do século XIX: plantations e revoltas de escravizados, abolicionismo e políticas
migratórias no Brasil Imperial.
Habilidade: (GO-EF08HI19-A) Identificar, a partir de fontes históricas e análise crítica de materiais didáticos e paradidáticos, sobre a
escravização nas Américas, percebendo as formas de resistência e valorização da cultura negra, assim como, problematizando
estereótipos e preconceitos.

A ABOLIÇÃO

A pressão inglesa pelo fim do tráfico e a Lei Eusébio de


Queirós (1850), que proibiu a entrada de escravos no Brasil,
representaram um duro golpe contra a escravidão. Mas o
processo que levou ao fim da escravidão no Império se iniciou
antes dessa lei e se prolongou por quase todo o século XIX.
Entre os fatores que contribuíram para a Abolição, cabe citar: a
resistência dos próprios escravizados e o movimento
abolicionista.

A RESISTÊNCIA DOS ESCRAVIZADOS

Enquanto durou a escravidão, houve resistência. Os


escravizados resistiam por meio da desobediência, da fuga e formação de quilombos, dos levantes urbanos e da busca
por liberdade para praticar suas culturas e religiões. Um exemplo expressivo da resistência dos escravizados no século
XIX foi o ciclo de revoltas lideradas por eles na Bahia entre 1807 e 1835. Segundo o historiador João José Reis, naqueles
anos a Bahia foi palco de mais de 20 revoltas e conspirações promovidas pelos africanos e seus descendentes. As lutas
levadas adiante pelos próprios escravizados contribuíram decisivamente para o fim da escravidão. Uma dessas lutas foi
a liderada por Manuel Congo.

REVOLTA DE MANUEL CONGO

Considerada [...] uma das mais importantes


rebeliões escravas ocorridas no Brasil monárquico, o
levante liderado por Manuel Congo estourou na
região de Pati do Alferes, [...] Vassouras, em
novembro de 1838. Revoltaram-se os escravos em
importantíssima região da expansão cafeeira no vale
do Paraíba fluminense [...].
[...] Não chegou propriamente a ser erigido um
quilombo organizado sob a chefia de Manuel Congo
nas matas de Pati do Alferes,
mas uma luta de resistência de escravos que
haviam fugido de várias fazendas da região entre 6 e
10 de novembro de 1838. [...] A repressão não tardou,
enviando-se a Guarda Nacional no encalço dos
fugitivos, que se concentravam nas matas com
víveres, armas e ferramentas de todo tipo saqueados
nas fazendas de origem. Travou-se combate logo no
dia 11 de novembro, no qual morreram sete cativos,
23 ficaram feridos e os demais fugiram, sendo boa
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parte deles recapturada depois. [...] Dos rebeldes recapturados, 16 foram julgados, em [...] 1839, todos acusados do
crime de insurreição [...]. Deles, Justino Benguela, Antônio Magro, Pedro Dias, Belarmino Congo, Miguel Crioulo, Canuto
Moçambique e Afonso Angola foram incursos no artigo 60 do Código Criminal e condenados a 650 açoites, 50 por dia, e
a andarem por três anos com gonzos de ferro ao pescoço [...]. Manuel Congo foi condenado à forca como cabeça da
insurreição [...], sentença executada em 6 de novembro de 1839.
VAINFAS, Ronaldo (Org.) Dicionário do Brasil- Imperial (1822-1889). Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. p. 638-639.
Disponível em: https://issuu.com/editoraftd/docs/historia-sociedade-e-cidadania-mp-8_divulgacao Acesso em 13 de ago. de 2021.

ATIVIDADES
1. Esses dois recortes de texto foram retirados do livro didático História Sociedade & Cidadania da editora FTD. O autor
do texto Alfredo Boulos, usa a expressão escravizados ao invés de escravos. Qual a diferença que você percebe entre
estas duas expressões “escravizados” e “escravos”?
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2. Descreva quais eram as principais formas de resistências das pessoas escravizadas?


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3. O texto a revolta de Manuel Congo, narra das mais importantes rebeliões ocorridas no Brasil Monárquico. Com base
em seus conhecimentos responda as questões do quadro.
PERGUNTAS RESPOSTA
a) Como o autor caracteriza a revolta liderada por Manuel
Congo?
b) A quem coube a repressão da Revolta de Manuel
Congo? Por quê?
c) O que é possível saber sobre os rebeldes com base
em seus nomes?
d) O que se pode concluir sobre a escravidão no Império
brasileiro com base na punição dada aos rebeldes
liderados por Manuel Congo?

O ESCRAVISMO NO BRASIL DO SÉCULO XIX

No século XIX a economia brasileira tinha como seu principal produto o café, o sistema de plantação era o Plantation,
que tinha como base: latifúndio, mão de obra escrava e monocultura. Esse modelo econômico fortaleceu as elites agrárias
que monopolizavam o poder, e pressionava uma monarquia já desgastada. Os escravos sempre lutaram por sua
liberdade, porém as pressões internacionais, como da Inglaterra que precisava de mercado para os produtos de suas
indústrias, e os movimentos abolicionistas, liderados por intelectuais brancos, foram de fundamental importância.

21
As jornadas de trabalho eram exaustivas,
chegando a até 20 horas por dia e, além disso, eram
marcadas pela violência vinda dos senhores de
engenho. O trabalho feito pelos escravos africanos
era considerado muito mais pesado do que trabalhar
nas plantações. O tratamento recebido pelos
escravos era desumano. A alimentação, muitas
vezes, era insuficiente e os escravos precisavam
complementá-la com os alimentos obtidos de uma
pequena lavoura que cultivavam aos domingos.
Além disso, eles dormiam no chão da senzala e
eram monitorados constantemente para evitar que
fugissem.
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/escravidao-no-brasil.htm
Os escravos que trabalhavam na casa-grande
– residência dos donos dos escravos – recebiam um tratamento melhor. Eram alimentados e bem vestidos. Além disso,
havia escravos que trabalhavam nas cidades em ofícios dos mais variados tipos. Se os escravos cometessem qualquer
tipo de erro ou desobedecessem, eles recebiam castigos físicos muito dolorosos. Entre as punições mais comuns estão
os açoitamentos. Além dos maus-tratos e as péssimas condições em que viviam, as mulheres negras também muitas
vezes eram exploradas sexualmente. A escravização dos africanos não era aceita de maneira passiva e esse processo
é marcado pela resistência e luta dos escravos que, muitas vezes, fugiam e formavam quilombos. Um exemplo da luta
dos escravos é a Revolta dos Malês.
Com a consolidação do Segundo Reinado, uma série de leis foram sendo sancionadas para se pôr fim ao trabalho
escravo de maneira lenta, são elas:
• Lei Eusébio de Queirós (1850), proibia o tráfico negreiro da África para o Brasil;
• Lei do Ventre Livre (1871), estabeleceu a liberdade para os filhos de escravos que nasciam após essa data;
• Lei do Sexagenários (1885), beneficiava os negros maiores de 60 anos.
• Lei Áurea (1888);
Em 13 de maio de 1888. Princesa Isabel assina a Lei Áurea libertando todos os escravos. O processo de libertação
dos escravos não foi simples, pois os grandes proprietários de escravos e latifundiários queriam ser indenizados. Por sua
parte, os próprios cativos se organizavam e economizavam para pagar sua alforria, por exemplo. Igualmente eram
comuns as fugas, motins e rebeliões. Essas leis também deram ao escravo a possibilidade de solicitar na Justiça a sua
liberdade, caso seu senhor o transferisse de maneira indevida ou se ele provasse que tinha chegado ao país após 1831.
Os fazendeiros também preferiram usar a mão-de-obra que chegava cada vez mais da Europa numa clara postura
racista. Desde então, os afrodescendentes sofrem com o problema da exclusão social no país. A Princesa Isabel (1846-
1921), filha de D. Pedro II, foi a primeira mulher a administrar o país, sendo, portanto, uma figura importante não somente
na busca pela libertação dos escravos, mas também pelos direitos das mulheres. A princesa já havia assinado a Lei do
Ventre Livre, quando exerceu pela primeira vez a regência no Brasil. Também era uma conhecida admiradora da causa
abolicionista.
Os escravos também tiveram papel essencial na desestabilização da escravidão no Brasil e resistiram realizando
fugas em massa, organizando revoltas contra seus senhores (algumas das quais levaram à morte dos senhores de
escravos), formando os quilombos (sobretudo nos arredores do Rio de Janeiro e de Santos) etc. A força da pressão
popular, por meio do movimento abolicionista, e as constantes revoltas dos escravos criaram o clima que obrigou o
Império a abolir o trabalho escravo em 13 de maio de 1888, com a citada Lei Áurea. A abolição do trabalho escravo foi
recebida com festa pela população brasileira.
Os escravos libertos, porém, continuaram a sofrer com o preconceito e com a falta de oportunidades. O Brasil acabou
sendo o último país das Américas a abolir a escravidão. No entanto, o fim da escravidão no país não foi um ato de

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benevolência da monarquia, mas sim resultado da pressão e do engajamento da população brasileira. A Lei Áurea
resolveu o problema da escravidão, mas não o da inclusão social dos negros à sociedade.

http://mestresdahistoria.blogspot.com/2011/05/confira-correcao-das-avaliacoes-de.html

Disponível em:https://brasilescola.uol.com.br/historiab/escravidao-no-brasil. Acesso em: 13 de ago. de 2021.

4. O texto “O escravismo no Brasil no século XIX” ele é um texto paradidático e foi extraído de um site na internet. Ele
relata a história do escravismo no Brasil. Compare a linguagem usada por este autor, com a linguagem dos dois primeiros
textos. E respondas os seguintes questionamentos.

a) Eles usam o mesmo termo para fazer referência as pessoas na situação de escravização? Justifique.
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b) Por que você acha que eles usaram termos diferentes?


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5. No século XIX a economia brasileira tinha como seu principal produto o café, o sistema de plantação era o Plantation.
Quais eram as principais bases deste sistema de plantação?
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6. Com a consolidação do Segundo Reinado, uma série de leis foram sendo sancionadas para se pôr fim ao trabalho
escravo de maneira lenta. Relacione as referidas leis as suas normatizações.
( ) estabeleceu a liberdade para os filhos de escravos que nasciam após
Lei Eusébio de Queirós (1850)
essa data.
Lei do Ventre Livre (1871) ( ) Princesa Isabel assina a Lei Áurea libertando todos os escravos.
Lei do Sexagenários (1885) ( ) proibia o tráfico negreiro da África para o Brasil.
Lei Áurea (1888) ( ) beneficiava os negros maiores de 60 anos.

7. Observe a imagem:

Disponível em: http://imagens64.blogspot.com/2018/01/imagens-da-escravidao-no-brasil.html Acesso em: 13 de ago. de 2021.

A lei expressa um ato que foi sancionado pela Monarquia na pessoa da Princesa Isabel filha de D. Pedro II. Com base
nos textos e nos seus conhecimentos sobre a escravização no Brasil responda aos questionamentos:
a) Você considera que o fim da escravidão no país foi um ato de benevolência da monarquia ou teve outros motivos?
Justifique.
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b) Você considera que a Lei Áurea foi o suficiente para resolver o problema da escravidão no Brasil? Justifique.
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8. Com base no texto e nas imagens a seguir, com suas palavras, descreva como eram as formas e situações de trabalho
das pessoas escravizadas no século XIX.

Imagem 1 disponível em: http://imagens64.blogspot.com/2018/01/imagens-da-escravidao-no-brasil.html. Acesso em 13 de ago. de 2021.


Imagem 2 disponível em: https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/2020/09/escravidao.jpg Acesso em 13 de ago. de 2021.
Imagem 3 disponível em: ttps://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2016/12/mulheres-negras-escravistas.jpg Acesso em 13 de ago. de 2021.

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9. Os fazendeiros também preferiram usar a mão-de-obra que chegava cada vez mais da Europa numa clara postura
A) humanista.
B) racista.
C) elitista.
D) pacifista.

A HISTÓRIA DOS QUILOMBOS

Os escravos também tiveram papel essencial na


desestabilização da escravidão no Brasil e resistiram
realizando fugas em massa, organizando revoltas
contra seus senhores, formando os quilombos. No
nosso Estado de Goiás existe um quilombo
remanescente chamado de Kalunga. Vamos conhecer
um pouco como vivem a população neste quilombo.
Para isso leia o fragmento da notícia do G1 GO.

Casas do território kalunga, no nordeste de Goiás, são de


barro e telhado de palha — Foto: Fábio Tito/G1

https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2021/02/11/quilombo-kalunga-e-reconhecido-pela-onu-
como-primeiro-territorio-no-brasil-conservado-pela-comunidade.ghtml

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Quilombo Kalunga é reconhecido pela ONU como primeiro território no Brasil conservado pela comunidade.
Com cerca de 300 anos de ocupação, área segue preservada. Presidente de associação diz que título
internacional é motivo de orgulho.
Por Lis Lopes, G1 GO

TERRITÓRIO QUILOMBO KALUNGA RECEBE PRÊMIO DA ONU POR CONSERVAÇÃO

O território Quilombo Kalunga foi reconhecido por um programa ambiental da ONU como o primeiro Território e Área
Conservada por Comunidades Indígenas e Locais (Ticca) do Brasil. O título internacional é concedido a regiões que
mantêm a conservação da natureza e asseguram o bem-estar de seu povo.
Ao G1, o presidente da Associação Quilombo Kalunga (AQK), Jorge Moreira de Oliveira, de 53 anos, diz que o
reconhecimento é motivo de orgulho para a comunidade.
“Sentimos orgulho de mostrar para o mundo que vivemos há 300 anos nesse território e continua preservado. Eu
me sinto honrado de viver nesse território preservado. É um orgulho muito grande”, afirma.
Kalunga, maior território quilombola do país, abrange três municípios goianos: Cavalcante, Monte Alegre de
Goiás e Teresina de Goiás, na região da Chapada dos Veadeiros. Para obter o Ticca, é necessário que o território seja
uma área preservada, respeitando os costumes da população, o cultivo da terra e o trabalho exercido, garantindo uma
conexão entre o povo e a conservação da natureza.
O título global, formalizado no último dia 3 de fevereiro, já consta no site do programa ambiental Protected Planet.
De acordo com o presidente da associação, o processo para obter o Ticca durou cerca de um ano.
“Realizamos 17 reuniões para formalizar o regimento interno do território. Conversamos com a comunidade sobre o
fato de o território ser coletivo e ser preservado pelo cuidado e trabalho de todos. É um bem de todos os kalungas”, diz.

https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2021/02/11/quilombo-kalunga-e-reconhecido-pela-onu-como-primeiro-territorio-no-brasil-conservado-pela-comunidade.ghtml

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

Para Jorge Moreira, que vive no Quilombo Kalunga desde seu nascimento, o reconhecimento poderá ajudar a
comunidade a conseguir a regularização fundiária do restante da terra.
“O Quilombo Kalunga tem 262 mil hectares, só que, dessa área, apenas de 48% a 49% do território está regularizado.
É imenso, mas o território aproveitável para agricultura, plantação e colheita é pouco. Algumas das áreas também têm
suas dificuldades, a região de Monte Alegre, por exemplo, é muito carente de água”, afirma. “A gente espera que o Ticca
nos ajude a conseguir a regularização do restante do território, que é a maior dificuldade que a associação tem”, conclui
o presidente da associação.
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Em nota, o Incra informou, às 15h09 desta quinta-feira (11), que, dos 261.999 hectares do território Kalunga,
aproximadamente 75,2 mil hectares estão sob gestão, para fins de regularização fundiária, do governo do Estado de
Goiás, por se tratar de áreas públicas estaduais. Informou, ainda, que já foram titulados pelo Incra, aproximadamente 9%
do território, o que corresponde a 22,5 mil hectares em imóveis rurais desapropriados. Considerando a extensão do
território e o quantitativo de imóveis rurais inseridos, bem como a disponibilidade orçamentária necessária para indenizar
todos estes imóveis, não possível é estabelecer prazo para concluir o processo de regularização fundiária do território
quilombola Kalunga", disse o Incra.
Por sua vez, a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) informou, às 18h12 de quinta-
feira, que atua, por meio da Gerência de Política de Regularização Fundiária, "no sentido de garantir a proteção das
terras devolutas, por consequente, de seu domínio. A medida visa assegurar direitos e também a melhor composição
com o governo federal quanto à regulação das terras devolutas estaduais estipuladas no decreto".

Roça feita pela comunidade Kalunga em Monte Alegre, Goiás — Foto: Elder Miranda Jr/AQK/Divulgação
Disponível em: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2021/02/11/quilombo-kalunga-e-reconhecido-pela-onu-como-primeiro-territorio-no-brasil-conservado-pela-comunidade.ghtml
Acesso em: 13 de ago. de 2021.

10. Com base no texto lido descreva com suas palavras como é a situação dessa população considerando a questão da
inserção social do negro após a abolição da escravidão no Brasil.
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AULA 15
Objeto de conhecimento: Políticas de extermínio do indígena durante o Império; Política de reparação: as ações afirmativas;
Democracia racial e a exclusão social; A produção do imaginário nacional brasileiro
Habilidade: (GO-EF08HI20-B) Analisar, a partir de documentos escritos e iconográficos, a composição da sociedade brasileira,
refletindo sobre as condições de vida, escolaridade, emprego, moradia, bem como discutir a importância das ações afirmativas que
visam superar desvantagens, desigualdades e o mito da democracia racial. (EF08HI21) Identificar e analisar as políticas oficiais com
relação ao indígena durante o Império; (GO-EF08HI22-A) Compreender as várias transformações ocorridas no início do século XIX,
que contribuíram para o desenvolvimento artístico e cultural no Império, bem como sua relação com a formação da identidade
nacional e da literatura brasileira deste período.

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INDÍGENAS NO BRASIL COLONIAL

https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/o-indigena.htm

Ao longo de todo o período colonial, os índios foram enquadrados no universo legal português como súditos da
Coroa. O enquadramento valia tanto para os que acabaram classificados na legislação como “índios mansos” como para
aqueles que não aceitavam viver pacificamente ao lado dos portugueses, os “índios bravios”. Ao longo do período
colonial, graças especialmente aos esforços dos padres jesuítas, foram sendo reconhecidos tanto o direito à liberdade
dessas populações como a necessidade de um estatuto especial para garantir-lhes alguns direitos.
Depois de idas e vindas, acabou sendo encontrada a fórmula da tutela especial do Estado sobre os nativos, capaz
de assegurar-lhes direitos como a posse das terras que ocupavam ou a manutenção de seus costumes nas aldeias.
A Constituição de 1824 muda esta situação. A partir dela, os índios se tornam cidadãos brasileiros com os mesmos
direitos e obrigações de todos os outros. Esta não é uma solução comum na época; nos Estados Unidos, por exemplo,
o texto constitucional considera os índios como habitantes de outras nações, embora enquadre o território que ocupam
como parte daquele do país. Mas apesar da maior inclusão jurídica no Brasil, a constitucionalização das relações entre
habitantes – agora cidadãos – traz consequência semelhante nos dois casos.
O enquadramento dos índios brasileiros como cidadãos é uma fórmula para anular totalmente seus direitos
tradicionais, inclusive aqueles sobre terras que eventualmente ocupem. Esta fórmula permite a aceleração do avanço
sobre o espaço ocupado pelos nativos, já que não há mais qualquer limitação jurídica para ele. Ao contrário, para ter
direitos sobre terras, agora os nativos precisam pedir o registro de posse segundo as praxes da lei.
Neste sentido, o projeto de José Bonifácio sobre a civilização dos índios apresentado na primeira Constituinte, é
uma tentativa de salvaguardar os direitos tradicionais dos nativos, recolocando o instituto da tutela do Estado tanto para
o reconhecimento dos direitos tradicionais como redimensionando seu papel como agente responsável pelo controle das
relações com os demais cidadãos. Mas nem esta, nem outras tentativas de controle vão adiante, e a situação jurídica
dos índios no período imperial se torna ainda mais precária que nos tempos coloniais.
Disponível em: https://www.obrabonifacio.com.br/az/letra/i/pagina/6/Acesso em 24 de ago. de 2021.

ATIVIDADES
1. A partir da Constituição de 1824, os índios se tornam cidadãos brasileiros com os mesmos direitos e obrigações de
todos os outros. Mas apesar da maior inclusão jurídica no Brasil, a constitucionalização das relações entre habitantes –
agora cidadãos – traz consequência semelhante para os indígenas. Cite uma das consequências que eles tiveram que
enfrentar em decorrência da Constituição de 1824.
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POLÍTICA INDIGENISTA

Chamamos de política indigenista as iniciativas


formuladas pelas diferentes esferas do Estado
brasileiro a respeito das populações indígenas. A
política indigenista é orientada pelo indigenismo,
conjunto de princípios estabelecidos a partir do
contato dos povos indígenas com a sociedade
nacional. Política indigenista e indigenismo são
categorias históricas, noções empregadas
essencialmente no século 20. A categoria
indigenismo deve ser referida, preferencialmente, às
diretrizes vitoriosas no 1º Congresso Indigenista https://escolaeducacao.com.br/usp-oferece-curso-online-e-gratuito-de-lingua-
indigena/
Interamericano, realizado, no México, em 1940. Aí
foram formulados os princípios e metas
transformados em práticas - ou políticas indigenistas - pelos países do continente americano.
No Brasil, desde o século 16, existem instrumentos legais que definem e propõem uma política para os índios,
fundamentados na discussão da legitimidade do direito dos índios ao domínio e soberania de suas terras. Esse direito -
ou não - dos índios ao território que habitam está registrado em diferentes legislações portuguesas, envolvendo Cartas
Régias, Alvarás, Regimentos etc.
No período colonial, a política para os índios envolveu extremos - das guerras justas, descimentos e escravização
de índios e esbulho de terras às ações missionárias nos Sete Povos das Missões. Já a legislação imperial não é benéfica
aos índios, seja pelo Regulamento das Missões de 1845, a lei de terras de 1850 ou as decisões contrárias aos índios de
várias Assembleias Provinciais. No século 19, a política para os índios foi marcada pela remoção e reunião de aldeias.
Com o advento da República e a criação do Serviço de Proteção aos Índios (SPI), foram estabelecidos ou reforçados
alguns princípios indigenistas, voltados para a prevenção de qualquer coerção ou violência aos índios, o respeito às
instituições e valores indígenas e a garantia à posse de suas terras. Esses princípios foram transformados em políticas
indigenistas através da proteção leiga aos índios pelo Estado. As políticas indigenistas estavam, então, voltadas ao
estímulo ao trabalho e ao desenvolvimento de atividades produtivas, através da educação e treinamento dos índios e de
seus filhos. Entretanto, a uma determinada política indigenista nem sempre correspondia uma consequente ação
indigenista, e o SPI acabou sendo extinto, nos anos 60, por problemas de corrupção, esbulhos de terras indígenas etc.
Em substituição ao SPI, pela Lei nº 5371, de 5 de dezembro de 1967, foi instituída a Fundação Nacional do Índio
(FUNAI).
A partir de então, a política indigenista se baseou nos seguintes princípios: ela Lei
6001, de 19/12/73, foi sancionado o Estatuto do Índio, que regula a situação jurídica dos
índios. Embora existam, atualmente, outras propostas não regulamentadas do Estatuto
em discussão.
Até 1988 a política indigenista brasileira estava centrada nas atividades voltadas à
incorporação dos índios à comunhão nacional, princípio indigenista presente nas
Constituições de 1934, 1946, 1967 e 1969. A Constituição de 1988 suprimiu essa diretriz,
reconhecendo aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições
e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam.
Os índios também ampliaram sua cidadania, já são partes legítimas para ingressar
https://www.siglaseabreviaturas.co
m/funai/ em juízo em defesa de seus direitos e interesses. Assim, o principal objetivo da política
indigenista hoje é a preservação das culturas indígenas, através da garantia de suas
terras e o desenvolvimento de atividades educacionais e sanitárias.
Disponível em :< http://www.museudoindio.gov.br/educativo/pesquisa-escolar/241-politica-indigenista> acesso em: 01 de set. de 2020.

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POLÍTICA INDIGENISTA: DO SÉCULO XVI AO SÉCULO XX

As barreiras à escravização dos índios datam do início da colonização, 1530, mas o cativeiro indígena foi mais
tenazmente combatido somente com a chegada dos jesuítas, em 1549, e a implantação do processo de aldeamento.
Neste combate os jesuítas contaram com o apoio da Coroa.
No quadro abaixo podem ser acompanhadas, a partir do século XVI, as principais medidas de proteção aos índios
e, no século XX, a evolução do processo de conquista de direitos.

PRINCIPAIS MEDIDAS DE PROTEÇÃO AOS ÍNDIOS

Primeira lei contra o cativeiro indígena Esta lei só permitia a escravização dos
1570 indígenas com a alegação de "guerra justa".

Lei que reafirmou a liberdade dos índios Importante lei que tentou garantir novamente
1609 do Brasil a liberdade dos índios, ameaçada pelos
interesses dos colonos.
Decretação do "Regimento das Estabeleceu a base de regulamentação do
Missões" trabalho missionário e do fornecimento de
1686
mão-de-obra indígena no Estado do
Maranhão e Grão-Pará.
Aprovado o Directorio, que visava, Proibia definitivamente a escravidão indígena.
1755 através de medidas específicas, à
integração do índio na vida da colônia.

Fim da escravidão indígena: Directorio Secularização da administração dos


foi estendido a toda a América aldeamentos indígenas: abolida a escravidão,
1758
Portuguesa. a tutela das ordens religiosas das aldeias e
proclamados os nativos vassalos da Coroa.
Abolido o Directorio O espírito "integrador" desse Diretório
1798 conservaria a sua força na legislação do
Império brasileiro.
Aprovado o Regulamento das Missões Renova o objetivo do Diretório, e visava,
1845
portanto, à "completa assimilação dos índios".
Criação do Serviço de Proteção aos O Estado republicano tutelou os indígenas.
1910
Índios - SPI
Rondon criou o projeto do Parque Objetivo era criar uma área de proteção aos
1952
Nacional do Xingu indígenas.
Criação da Fundação Nacional do Índio Substituiu o extinto SPI na administração das
1967
- FUNAI questões indígenas.
Criação da União das Nações Primeira tentativa de defesa da cultura
1979 Indígenas indígena, importante para a consagração dos
direitos dos índios na Constituição de 1988.
Disponível em:<https://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/historia-indigena/politica-indigenista-do-seculo-xvi-ao-seculo-xx.html> acesso em: 01 de set. de
2020.

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2. As barreiras à escravização dos índios datam do início da colonização, 1530, mas o cativeiro indígena foi mais
tenazmente combatido a partir de qual evento?
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3. No quadro acima podem ser acompanhadas, a partir do século XVI, as principais medidas de proteção aos índios e,
no século XX, a evolução do processo de conquista de direitos. Liste os principais direitos conquistados no século XX.
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4. Leia o gráfico a seguir:

Disponível:< http://www.funai.gov.br/index.php/indios-no-brasil/quem-sao?start=5> acesso 02 de setembro de 2020.

A terceira região do Brasil com maior concentração de indígenas é a região Centro-Oeste. De acordo com o gráfico, qual
estado do Centro-oeste concentra o maior número de indígenas e qual a porcentagem que ele representa?
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5. Política indigenista e indigenismo são categorias históricas, noções empregadas essencialmente no século. Descreva
para que serve política indigenista?
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6. Analise o mapa da FUNAI (Fundação Nacional do Índio), que mostra as terras indígenas, áreas de maior concentração
dessa população na atualidade:

http://www.singularsaobernardo.com.br/portal/ef2/ar/professores/Sueli%20Onofre/6%C2%B0anos%20-%20Portal/GABARITO%20%20AT.%203%C2%BAUL%20-%206%C2%BA%20ano.pdf

Agora com base dos dados do mapa e dos textos lidos, assinale (V) se for verdadeira ou (F) se for falsa para nas
alternativas a seguir.
a) ( ) As áreas de concentração mostradas são praticamente as mesmas da época da colonização, porém o número
de indígenas atual é muito maior que no passado.
b) ( ) No passado os grupos indígenas eram muito mais numerosos e grande parte deles se concentravam em áreas
mais próximas ao litoral.
c) ( ) Graças à grande extensão das terras indígenas que permite aos seus habitantes se esconderem na mata, conflitos
e mortes são evitados quando essas terras são invadidas por garimpeiros, fazendeiros e exploradores

7. Leia o trecho do texto a seguir:


“A política imperial se baseava no extermínio indígena, seja este o físico, praticando o genocídio das populações
nativas, e a partir do seu apagamento cultural, anulando sua cultura, modo de vida, linguagem, religião. Esta política se
concretizava da catequização compulsória dos indígenas e na transformação gradual desta população em trabalhadora
rural, justificando esta transformação como forma de “inserção” do indígena na sociedade imperial branca. Essa política
foi fundamental na abertura para a entrada da migração branca no Brasil, ocupando as terras antes indígenas.”
Disponível em: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/FmmWxsvvb7SqRgsessKPPJVgzcy4seYZQFqvtWJ226c3r3wHbRkCq27BBpKv/his8-21und01-fontes-problematizacao.pdf.
Acesso em 02 de setembro de 2020. (Adaptado)

A partir da leitura do trecho, com suas palavras descreva se na atualidade ainda há silenciamentos dos direitos indígenas
e como isso é feito.
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8. Sobre os Povos Indígenas na Região Centro-Oeste é correto afirmar que
A) a terceira região com maior concentração de indígenas é a região Centro-Oeste.
B) o Mato Grosso era habitado somente por migrantes de outras regiões do Brasil.
C) entre os povos Indígenas do Centro – Oeste, a maior parte pertencia ao Grupo Étnico Charrua.
D) Goiás é o Estado que tem pouquíssimos indígenas.

9. Analise a charge abaixo e responsa as questões:

Disponível:< https://arteemanhasdalingua.blogspot.com/2016/04/atividade-com-charges-sobre-indios.html> acesso 02 de set. de 2020


.
a) O que a charge denuncia?
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b) Indique alguma política de proteção aos índios que você tenha conhecimento.
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c) Como vivem a maioria dos povos indígenas no Brasil atualmente?


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10. Para aprofundar seus conhecimentos faça uma pesquisa sobre o que é a Democracia racial e escreva um pequeno
texto dissertando sobre o que é democracia racial. No mesmo texto dê a sua opinião se você acha que existe democracia
racial no Brasil ou não.
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Assista, se for possível, aos vídeos complementares para aprofundar seus conhecimentos:

Política de extermínio indígena durante o império Democracia racial


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=EATDU8Bw-Ug Acesso em: 25 de
Disponível em< https://www.youtube.com/watch?v=L_PC1AXgbJk> acesso 02 de ago. de 2021.
setembro de 2020.

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CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE BRASILEIRA

A construção da identidade brasileira constituiu-se como um


processo histórico, cultural e político desde a Independência, em 1822.
Os esforços para se constituir a identidade brasileira, que também é
chamada de brasilidade, estão ligados à necessidade de uma coesão
social que acompanhe a existência de um Estado que administra todo
o território nacional. Dessa forma, a manutenção de uma máquina
administrativa comum a todo o território nacional foi um primeiro passo
na construção da identidade.
Contribuiu ainda para a existência da identidade nacional o fato de
a língua portuguesa ser comum a todo o território, apesar de suas
particularidades regionais. A língua seria então um elemento no
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/a-
identidade-nacao-brasileira.htm conjunto de elementos culturais comuns que são constitutivos da
cultura nacional. O Brasil é conhecido por ser um país multiétnico. São
colocados como os principais elementos formadores da construção da identidade nacional Brasileira, uma formação
étnica que possui como principais elementos o negro africano, o indígena nativo e o branco europeu.
Porém, durante o Primeiro Reinado e o Período Regencial, não houve grandes avanços na construção da identidade
nacional, a não ser a formação de forças repressivas militares para garantir a ordem latifundiária e escravocrata em todo
o território nacional. Os conflitos separatistas provinciais das décadas de 1830 e 1840 eram um obstáculo à integralidade
territorial e à coesão social do país recém-independente.
A forma com que esses conflitos foram reprimidos permite perceber que a violência repressiva do Estado contra
conflitos sociais que pretendiam alterar a ordem vigente passou também a ser constitutiva da identidade nacional. A
cultura da violência estatal permeou desde o início a formação da identidade nacional.
Ainda durante a Regência houve outros esforços nesse processo de construção identitária. A criação do Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro em 1838 foi o primeiro passo na tentativa estatal de refletir sobre temas que estariam
relacionados à nação brasileira.
Anos depois, no âmbito da Literatura, o surgimento do Romantismo buscou também contribuir com a construção
dessa identidade. As obras de José de Alencar foram um exemplo de aliar a imagem da nação brasileira às suas belezas
naturais, como também a mitificação do indígena como componente principal da nação brasileira. Esse trabalho literário
e cultural buscava criar uma interpretação genuinamente brasileira, afastada das influências estrangeiras.
Apesar dessas tentativas de unificação de elementos culturais do que seria a brasilidade, a grande extensão do
território nacional e suas diferentes formas de ocupação resultaram em uma diversidade de manifestações culturais
regionais. A Proclamação da República e o federalismo instituído na administração do Estado espelharam um
fortalecimento de movimentos culturais regionais, principalmente os ligados à decadente aristocracia das regiões não
afetadas pelo crescimento econômico de início do século XX. Um exemplo foi o Manifesto Regionalista de Gilberto Freyre,
publicado em 1926.
Porém, ao mesmo tempo, houve esforços para a criação de símbolos culturais nacionais, como a mitificação da
figura de Tiradentes como um herói libertador do Brasil. O Movimento Modernista da década 1920 buscava também
encontrar as raízes da sociedade brasileira, afirmando o nacionalismo como um estágio para se chegar ao universal.
Para alcançar essa pretensão, Mário de Andrade realizou uma extensa viagem pelo Brasil, pesquisando, compilando e
estudando os elementos que faziam parte da cultura brasileira.
Um esforço nacional estatal para a difusão de uma cultura brasileira comum iria se fortalecer após a Revolução de
1930. A chegada de Getúlio Vargas ao poder representou um novo momento de centralização política, auxiliado pela
criação de instituições que pretendiam uniformizar práticas administrativas, como o Ministério do Trabalho e a política de
oferecimento de uma educação básica comum. Neste último caso, a padronização dos currículos escolares buscava

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veicular um conteúdo nacional via processo educativo institucional, levando ainda a uma erradicação dos traços culturais
das minorias étnicas que não eram aceitos como componentes identitários.
Vargas utilizou também os novos meios de comunicação, principalmente o rádio, para difundir essa cultura nacional
uniformizada. Passaram a ganhar contornos de representação cultural nacional o samba, o futebol e pratos culinários.
No exterior, existiu também uma tentativa de criar uma imagem da cultura nacional, da qual Carmem Miranda é a principal
expressão.
Entre as décadas de 1940 e 1960, a construção da identidade nacional passou a ser realizada levando em
consideração a luta contra o que era considerado uma influência colonial, do que era vindo da Europa ou dos EUA. A
partir da década de 1960, com a ditadura militar e sua centralização autoritária e repressiva, aliadas à difusão da televisão
pelos domicílios, um novo momento de difusão de elementos culturais foi conhecido. As telenovelas passaram também
a auxiliar na exposição de práticas sociais consideradas expoentes da brasilidade.
Só que a partir desse período, a entrada cada vez maior do capital estrangeiro na economia e a apresentação de
um ideal de modo de vida cada vez mais próximo do estadunidense influenciaram o processo contínuo de formação da
identidade nacional, momento ainda vivenciado no século XXI.
Disponível:< https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/a-identidade-nacao-brasileira.htm> acesso 03 de setembro de 2021. [adaptado]

Trecho do texto cidadania Brasil

“Isto quer dizer que a construção da cidadania tem a ver com a relação das pessoas com o Estado e com a nação.
As pessoas se tornavam cidadãs à medida que passavam a se sentir parte de uma nação e de um Estado. Da cidadania
como a conhecemos fazem parte então a lealdade a um Estado e a identificação com uma nação. As duas coisas também
nem sempre aparecem juntas. A identificação à nação pode ser mais forte do que a lealdade ao Estado, e vice-versa.
Em geral, a identidade nacional se deve a fatores como religião, língua e, sobretudo, lutas e guerras contra inimigos
comuns. A lealdade ao Estado depende do grau de participação na vida política. A maneira como se formaram os
Estados-nação condiciona assim a construção da cidadania.”
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. O longo caminho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.

11. Observe a imagem:

Imagem:http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/direitosdoindio.htm acesso em: 03 de set. de 2021.

A partir da leitura do texto e da observação da imagem, escreva um parágrafo relatando se você se identifica com a
imagem, o que a imagem quer dizer sobre identidade brasileira e o que é identidade para você.

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12. A construção da identidade brasileira constituiu-se como um processo histórico, cultural e político desde a
Independência, em 1822. Sobre a Identidade Nacional Brasileira marque (V) se for verdadeira e (F) se for Falsa/Fake:
a) ( ) Contribuiu ainda para a existência da identidade nacional o fato de a língua portuguesa ser comum a todo o
território, apesar de suas particularidades regionais.
b) ( ) Durante o Primeiro Reinado e o Período Regencial, não houve grandes avanços na construção da identidade
nacional a não ser a formação de forças repressivas militares para garantir a ordem latifundiária e escravocrata em todo
o território nacional.
c) ( ) A cultura da violência estatal permeou desde o início a formação da identidade nacional.
d) ( ) No âmbito da Literatura, o surgimento do Romantismo atrapalhou e vulgarizou bastante a construção dessa
identidade

13. O Brasil é conhecido por ser um país multiétnico. São colocados como os principais elementos formadores da
construção da identidade nacional Brasileira
A) os imigrantes árabes, japoneses, italianos e alemães.
B) imigrantes italianos, espanhóis e os imigrantes árabes.
C) povos Astecas, imigrantes árabes e os imigrantes japoneses e italianos.
D) o negro africano, o indígena nativo e o branco europeu.

14. O texto “A construção da identidade Brasileira” fala de dois eventos importantes para a construção da identidade
brasileira. Quais são esses eventos e quais foram as suas principais contribuições?
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CULTURA BRASILEIRA

https://www.sumarequalifica.com.br/cursos-de-extensao/109-cultura-brasileira.html

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A cultura brasileira é rica e diversa, o que se explica pela formação geográfica e histórica do país. Indígenas,
africanos e portugueses contribuíram muito para essa construção.
Nossos hábitos culturais receberam elementos de influencias de povos indígenas, africanos, africanos, portugueses,
espanhóis, italianos e japoneses, entre outros, devido à colonização, à imigração e aos povos que já habitavam aqui.
São elementos característicos da cultura brasileira a música popular, a literatura, a culinária, as festas
tradicionais nacionais, como o Carnaval, e as festas tradicionais locais, como as Cavalhadas de Pirenópolis, em Goiás,
e o Festival de Parintins, no Amazonas.
A literatura de cordel é um exemplo de elemento cultural genuinamente brasileiro. A religião, como elemento cultural,
também sofreu miscigenação, formando o que chamamos de sincretismo religioso. O sincretismo religioso brasileiro
reúne elementos do candomblé, do cristianismo e das religiões indígenas, formando uma concepção religiosa plural. O
carnaval é uma das principais manifestações culturais brasileiras.

COMO A CULTURA BRASILEIRA NASCEU?


Podemos dizer que os elementos mais antigos da cultura genuinamente brasileira remontam aos povos
indígenas que já habitavam o território de nosso país antes da chegada dos portugueses em 1500. Donos de uma cultura
extensa, os povos nativos mantinham as suas crenças e praticavam seus elementos culturais aliados a um modo de vida
simples e em contato com a natureza.
Com a chegada dos portugueses e o início da colonização, a cultura europeia foi introduzida, à força, nos povos
indígenas, e as missões da Companhia de Jesus (formadas por padres jesuítas) vieram para o Brasil com o intuito
de catequizar os índios.
No século XVII, devido ao grande número de engenhos de cana-de-açúcar, os europeus começaram a capturar e
trazer os negros africanos, à força, para o Brasil, como escravos. Esses, tiranicamente escravizados, trouxeram consigo
elementos da sua cultura e de seus hábitos, como as religiões de matriz africana, a sua culinária e seus instrumentos
musicais.

https://www.significados.com.br/cultura-brasileira/

Toda essa vastidão de povos provocou a formação de uma cultura plural e de culturas diferentes. As diferenças
geográficas também contribuíram para que o processo cultural brasileiro se tornasse plural e diversificado. Se
considerarmos como exemplo a música sertaneja de raiz, encontramos nela elementos que remetem à vida no campo.
Já o funk carioca fala da vida nas favelas, de onde ele surgiu. A literatura de cordel, por sua vez, trata de temas
recorrentes ao sertanejo nordestino, enquanto os elementos da vida gaúcha tratam da vida dos povos que se
estabeleceram no Sul do país, sob influência de alemães e argentinos.

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HÁBITOS E COSTUMES
Os costumes brasileiros são variados. Tratando de
termos morais, a nossa influência toma como base,
principalmente, a moral judaico-cristã. O cristianismo
constitui a maior influência para a formação de nosso
povo, principalmente pela vertente católica, que
compõe o maior grupo religioso brasileiro. Também
sofremos influências morais de outros povos que vieram
para o Brasil por meio dos fluxos migratórios, como os
africanos.
A diversidade de hábitos e costumes morais
também se deu por conta dos regionalismos que foram
surgindo ao longo do tempo. Por possuir um território de
https://comida.umcomo.com.br/artigo/20-comidas-folcloricas-e-suas- proporções continentais, o Brasil viu, ao longo de sua
receitas-29089.html
história, o desenvolvimento de diferentes vertentes
culturais, devido às diferenças geográficas que separam
o território.
Pensando em termos culinários (a culinária é um valioso elemento cultural de um povo), temos pratos típicos e
ingredientes que provêm da cultura indígena, dos estados nordestinos e do Centro-Oeste brasileiro, por exemplo.
Enquanto vatapá e acarajé são pratos típicos baianos de origem africana, os habitantes do Cerrado consomem pequi, e
a culinária tradicional paulista é fortemente influenciada pela culinária portuguesa e italiana.

INFLUÊNCIAS
Influência europeia
O carnaval, festival de origem pagã, e tão comemorado no Brasil, é também visto na tradição europeia, como é o
caso do Festival de Veneza.
A cultura europeia é uma das principais fornecedoras de elementos culturais para o Brasil. Foram os europeus que
mais migraram para o país. Culinária, festas, músicas e literatura foram trazidas para o território brasileiro, fundindo-se
com outros elementos de outros povos. Além da cultura popular dos países europeus, foi trazida também a cultura
erudita, marca essencial das elites intelectuais e financeiras europeias.

Influência indígena
Atualmente há encontros indígenas pelo Brasil, nos quais a nossa cultura nativa é promovida por meio de exposições
de dança, música, vestimenta etc.
Hoje nós consumimos pratos típicos indígenas, além de incorporarmos em nosso vocabulário palavras oriundas
da família linguística tupi-guarani. A tapioca é um alimento feito de mandioca e sua origem é tupi-guarani. Palavras como
caju, acerola, guaraná, mandioca e açaí têm origem indígena, além do hábito alimentar que desenvolvemos comendo
esses frutos e da mandioca ter nascido na cultura indígena antes da chegada dos portugueses.

Influência africana
No Brasil, o Dia de Iemanjá é comemorado, em sua maior parte, por devotos do candomblé e da umbanda. Os
africanos trouxeram para o Brasil as suas práticas religiosas expressas hoje, principalmente, pelo candomblé e pela
umbanda, composto por elementos do candomblé com o espiritismo kardecista. Também trouxeram pratos típicos de
suas regiões e desenvolveram aqui pratos com inspiração naquilo que compunha a culinária africana dos locais de onde
vieram. Outra marca cultural que herdamos dos africanos é a capoeira, praticada até os dias atuais.

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Cultura brasileira atual
Atualmente, a cultura brasileira sofre diversas influências além daquelas raízes apontadas no tópico anterior.
A cultura brasileira atual é influenciada fortemente pelos elementos da indústria cultural. Além desses fatores,
existem outros oriundos da cultura produzida nas periferias, que não necessariamente são frutos da indústria cultural.
A break dance é um dos elementos do hip hop que compõem a cultura brasileira contemporânea.
Hoje, podemos elencar o hip hop e o funk como elementos que impulsionam a cultura brasileira atual, para além da
cultura de massa produzida pela indústria cultural. Nesses casos, podemos relacionar esses elementos a uma cultura
autêntica, produzida pela periferia e para a periferia, sendo muitas vezes confundidos com os elementos da indústria
cultural ou incorporado por eles.
Alguns elementos culturais do século XX também resistem e colocam-se como fatores que ainda influenciam a
cultura brasileira atual, como o carnaval, que movimenta grande parte da população brasileira entre os meses de fevereiro
e março de cada ano.
Disponível:< https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cultura-brasileira.htm> acesso 03 de set. de 2021. [adaptado]

ATIVIDADES
15. Elenque os principais elementos característicos da cultura brasileira.
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16. A religião também foi um elemento cultural que contribuiu na formação da identidade brasileira.
Explique como se deu a contribuição da religião para a formação da identidade brasileira.
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17. O texto fala de um elemento cultural genuinamente brasileiro. Esse elemento é


A) o samba.
B) o carnaval.
C) a literatura de cordel.
D) a cavalhada.

18. O texto “Como a cultura brasileira nasceu?” narra várias transformações ocorridas no início do século XIX, que contribuíram
para o desenvolvimento econômico e para a formação da identidade nacional e da literatura brasileira deste período e que perpetuam
até os dias atuais.

Quais foram esses eventos e transformações?


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19. Identifique as principais contribuições culturais dos negros, dos indígenas e dos europeus na formação do povo
brasileiro e que podem ser percebidas na atualidade e relacione as no quadro abaixo.
INDÍGENAS NEGROS EUROPEUS

Imagens disponíveis em: Disponível:< https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cultura-brasileira.htm> acesso 03 de set. de 2021. [adaptado]

20. Leia atentamente a tirinha:

Disponível: https://diversidadeculturalbrasileira.weebly.com/charge.html> acesso 03 de setembro de 2021. [adaptada]

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O Brasil é um país multicultural, a nossa origem tem a mistura do índio, do branco e do negro. Desde o seu
povoamento, não parou mais de chegar gente, de todos os lugares, de todas as etnias, imigrantes italianos, alemães,
espanhóis, japoneses, libaneses e outros. O Brasil é dividido por regiões distintas, em cada região do Brasil encontramos
singularidades, aspectos regionais que diferenciam sua população, seus hábitos, seus costumes, suas crenças, e seu
modo de ser”. O nosso Estado de Goiás faz parte dessa diversidade e riqueza cultural. Depois da leitura dos textos e da
charge a seguir que ilustra essa diversidade cultural existente no Brasil desde sua constituição. Elabore um breve texto
sobre os diferentes aspectos culturais de Goiás, ou seja, suas crenças, ideias, mitos, valores, danças típicas, festas
populares, culinária, modos de se vestir, entre outros; a história dessa região e sua trajetória.
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Se possível, assista aos vídeos complementares:

A PRODUÇÃO DO IMAGINÁRIO SOCIAL CULTURA POPULAR


BRASILEIRO: CULTURA POPULAR E
ROMANTISMO

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=X4Bmkn6eEKI Acesso em: 03


Disponível:< https://www.youtube.com/watch?v=75_waIpdpQk> acesso 03 de de set. 2021.
setembro de 2021.

41
Respostas Aula 11

1. Entre os fatores que causaram a Independência do Brasil podemos destacar a crise do sistema colonial, as ideias
iluministas e as independências ocorridas na América Inglesa e na América Espanhola. Além disso, a própria elite agrária
brasileira se beneficiaria de uma separação entre Portugal e Brasil.
2. Alternativa A) 7 de setembro de 1822.
3. a) PERÍODO NAPOLEÔNICO
b) REINO UNIDO DE PORTUGAL E ALGARVES
c) EM PERMANECER NO BRASIL
d) REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA
4. Alternativa B) o dia do Fico.
5. Alternativa C) Bandeiras.
6. Espera-se que o aluno responda que a imagem em questão representa uma lenda indígena, sobre o bandeirante
Bartolomeu Bueno que jogou pinga num rio e provocou fogo, ameaçando colocar fogo nos outros rios, com o objetivo de
assustar os indígenas para adentram no território que estava repleto de ouro. daí os índios apelidaram de “Anhanguera”
que significa “diabo velho”.
7. Alternativa B) O conceito de nação surgiu durante o iluminismo e nada mais é que a união humana ou de um povo que
possui um sentimento de pertencimento devido a determinadas características, práticas sociais, cultura, língua e laços
históricos.
8. Alternativa D) Ela foi elaborada em 1823 pela Assembleia Constituinte.
9. Espera-se que o aluno responda que os primeiros países a reconhecer a independência do Brasil foram os Estados
Unidos (1824), seguidos do México (1825).
10. Alternativa C) Legislativo, Judiciário, Executivo e Moderador.
11. Alternativa A) ela estabelecia o catolicismo como religião oficial do Brasil.
12. Alternativa B) de a religião estar submetida aos poderes do imperador.
13. Espera-se que o aluno reflita que na constituição de 1824 apenas os homens que comprovassem renda alta tinham
a voto, homens pobres, mulheres e indígenas estavam fora da vida política. No sistema atual todos os cidadãos brasileiros
têm o direito a participação na vida política.
14. Alternativa B) a renovação do tratado de comércio com a Inglaterra, a balança comercial desfavorável e
descontentamento popular com as mortes e despesas causadas pela Guerra.
15. Alternativa C) determinava a abolição dos açoites e da tortura.

Respostas Aula 12

Professor(a), o conceito de nação já foi trabalhado na as respostas aqui é o que se espera que o estudante responda
com base na leitura do texto e dos recursos oferecidos. No entanto, o objetivo principal deste componente curricular é
que o estudante aprenda a pensar historicamente. Valorize o raciocínio e as colocações pertinentes do estudante.
1. O Estado é um “corpo” jurídico, o território, ou seja, uma sociedade que se encontra num espaço delimitado,
delimitação essa que é exercida por meio de uma autoridade soberana (que pode ser o governo, normalmente). Nação,
que surge no iluminismo, é a união humana ou de um povo que possui um sentimento de pertencimento devido a
determinadas características, práticas sociais, cultura, língua e laços históricos.
2. Alguns militares e comerciantes portugueses revoltaram-se e decidiram lutar para manter os antigos laços de união
com Portugal.
3. O governo dos Estados Unidos era contra o domínio colonial europeu na América e queria espalhar sua influência
sobre o continente.
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4. A Inglaterra, assim como os Estados Unidos, tinha interesses econômicos na região. Para pagar a indenização, o
governo brasileiro fez um empréstimo com os ingleses, que lucraram com a transação financeira.
5. Para isso era necessário a criar símbolos nacionais (bandeira, hino, brasão, etc.), elaborar uma Constituição e
organizar a administração pública.

6.
Partido Português Partido Brasileiro Ambos os partidos

Defendia o fortalecimento e a Defendia que a autoridade de Defendia a preservação da


centralização do governo na dom Pedro I fosse limitada pelas unidade territorial do Brasil e
figura do imperador. leis. manter a escravidão.
7. D; C; B; A
8. A charge trata do poder moderador era o poder exclusivo do imperador e estava acima dos demais. Atualmente
não temos mais o poder moderador.
9. Um dos critérios estabelecidos para a votação, a renda exigida, deveria ser de 100 mil-réis. Além disso, o eleitor
deveria ser homem e ter acima de 25 anos. excluía da vida política os homens pobres, todas as mulheres, os escravos
e os indígenas.
10. O voto censitário foi abolido através da constituição de 1891. Por outro lado, o período conhecido como Brasil
republicado, autorizava que apenas homens brasileiros com escolaridade votassem. hoje o direito de voto é universal,
ou seja, de uma forma democrática todos os cidadãos, a partir dos 16 anos, podem exercer o direito de escolher seus
representantes, independente de posição social, gênero, raça ou religião.
11. A Constituição garantia o direito de propriedade. Mas, na prática, esse direito era exercido por uma minoria de
proprietários. A Constituição definia que os cidadãos brasileiros formavam uma nação livre. Porém, não fazia menção
aos indígenas, às mulheres e aos escravizados. Isso significava que a maioria da população estava excluída da
participação política. A Constituição determinava a abolição dos açoites e da tortura. Mas os cativos e os marinheiros
continuaram a ser castigados. A reflexão sobre a constituição cidadã ela é pessoal.

Respostas Aula 13

Professor(a), as respostas aqui é o que se espera que o estudante responda com base na leitura do texto e dos recursos
oferecidos. No entanto, o objetivo principal deste componente curricular é que o estudante aprenda a pensar
historicamente. Valorize o raciocínio e as colocações pertinentes do estudante.

1. Cada ano representado na linha do tempo do período regencial aconteceram os seguintes acontecimentos:
1831 - Saída de D. Pedro I - Início do período regencial
1831 - Regência Trina
1834 – Ato adicional
1835 - Regência Una-Feijó
1838 – Regência Una-Araújo
1840 – Golpe da Maioridade – Fim do período regencial
2. Dom Pedro I enfrentava vários problemas internos como falta de apoio das elites econômicas e externos, como a
derrota na Guerra da Cisplatina. Além disso, com a morte de Dom João VI, em Portugal, ele havia sido aclamado D.
Pedro IV de Portugal. Neste momento em que o imperador perde a sua popularidade, decide abdicar ao trono brasileiro.

43
3.
CABANAGEM MALÊS BALAIADA SABINADA FARROUPILHA
Onde
Rio Grande do
aconteceu Pará Bahia Maranhão Bahia
Sul
?
Quando
aconteceu 1835 a 1840 1835 1838 a 1841 1837 a 1838 1835 a 1845
?
Insatisfação Lutavam Disputa das As Criticavam os
com a contra a elites locais. reivindicaçõe baixos impostos
centralização discriminaçã s eram os cobrados sobre o
política o, pela baixos charque
promovida pelos liberdade, salários dos argentino. Essa
regentes. contra a militares e a revolta durou dez
imposição do insatisfação anos e fez com
catolicismo e com o que tanto o Rio
contra a governo Grande do Sul
miséria. regencial, como Santa
que queria Catarina se
Quais
enviá-los tornassem
motivos
para resolver repúblicas
levaram a
conflitos independentes.
acontecer
populares no
?
Sul do país.
Já o
interesse por
parte dos
demais
integrantes
era ter maior
participação
política e
mais acesso
ao poder.
Pobres, Comandada Composta de Comandada Comandada
indígenas, por escravos vaqueiros, por liberais. pelas elites
negros e de origem agricultores agrárias locais
mestiços que malê que pobres e (conhecidos
Quem viviam em seguiam a fé escravos. como
fazia parte cabanas islâmica. Teve a estancieiros).
da próximas dos participação
revolta? rios. Em certa de grupos
medida, contou liberais
com o apoio das conhecidos
elites agrárias como Bem-
locais. te-vi.
4. B; C; A
5. Para contrabalançar o poder que o Exército tinha no governo. Este corpo armado seria integrado por cidadãos que
tivessem direito a voto ou seja, a elite brasileira. desempenharia um importante papel na política brasileira.
6. Foi um conjunto de propostas de caráter liberal introduzidos na Constituição de 1824. Entre essas medidas
podemos destacar a criação de Assembleias Legislativas Provinciais cujo deputados teriam mandato de dois anos e os

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governos provinciais podiam criar impostos, contratar e demitir funcionários. Também foi determinado que regência
seria exercida por uma só pessoa e não três. O primeiro regente foi o padre Antônio Feijó.
7. a) F; b) V; c) V; d) F; e) F.
8. A política do Segundo Reinado era complexa, e D. Pedro II teve de dar uma atenção extra aos partidos políticos
para manter a estabilidade do seu reinado. Os dois partidos eram o Partido Conservador e o Partido Liberal, os quais
tinham uma pequena diferença ideológica entre si, mas que, em geral, eram representantes dos mesmos interesses e
das mesmas classes sociais. A disputa entre liberais e conservadores foi acirrada no começo da década de 1840,
quando D. Pedro II ainda se consolidava na função de imperador. Por essa razão, o sistema político estabelecido no
Segundo Reinado permitia um revezamento entre liberais e conservadores. No longo prazo, isso garantiu a estabilidade
do Segundo Reinado. O sistema em questão era o parlamentarismo às avessas. Nesse sistema, o Brasil era governado
como em uma monarquia parlamentarista, havendo um gabinete ministerial, que chefiava o governo e os parlamentares.
Com isso, se o imperador não estivesse satisfeito com a atuação do gabinete ou dos deputados, ele poderia dissolver
o Parlamento e convocar novas eleições.
9. No que se refere à economia, os dois grandes destaques são a economia cafeeira, que se consolidou como o
principal item da economia brasileira, e a embrionária industrialização que foi esboçada no país. O destaque, claro, vai
para o café, o principal item de exportação da economia brasileira até a década de 1950. O café foi introduzido no Brasil
no século XVIII e, no século XIX, popularizou-se como principal atividade econômica.
10. No que se refere à industrialização, o Brasil viveu um pequeno surto de desenvolvimento industrial entre as
décadas de 1840, 1850 e 1860. Nesse período, o país teve um aumento na navegação a vapor e viu as estradas de
ferro se multiplicarem, sobretudo visando ao aumento das exportações do país. Um dos símbolos desse período foi
Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá.

Respostas Aula 14

1. Espera-se que o estudante consiga fazer a diferenciação entre os termos compreendendo que escravizado indica
com mais propriedade que o negro era submetido, portanto contra a sua vontade, ao trabalho escravo. O termo
escravo deixa subentendido que a escravidão era inerente ao negro. Atualmente, o termo correto é “escravizado”.
Escravizado indica com mais propriedade que o negro era submetido, portanto contra a sua vontade, ao trabalho
escravo. O termo escravo deixa subentendido que a escravidão era inerente ao negro.
2. Enquanto durou a escravidão, houve resistência. Os escravizados resistiam por meio da desobediência, da fuga e
formação de quilombos, dos levantes urbanos e da busca por liberdade para praticar suas culturas e religiões.
3. a) Ele a caracteriza como uma manifestação de resistência escrava. A revolta reunia cerca de 200 escravizados da
região de Pati do Alferes, importante núcleo cafeeiro do vale do Paraíba fluminense. Destacar o fato de que a revolta
foi protagonizada por escravos.
b) A repressão coube à Guarda Nacional, milícia armada formada de cidadãos com renda anual de no mínimo 100 mil-
réis. Cabia à Guarda Nacional manter a ordem imperial escravista.
c) É possível dizer que eram, em sua maioria, africanos originários da região congo-angolana com culturas e línguas
de matriz banto.
d) A punição dada aos rebeldes é uma prova de que a escravidão era uma instituição amparada por lei e que a
insurreição escrava era considerada um crime, cuja pena era prevista no código criminal do país.
4. a) Espera-se que o estudante perceba que nos dois primeiros textos o termo utilizado pelo autor para designar as
pessoas em situação de escravização é “escravizados” e no referido texto utiliza-se o termo “escravo”.
b) Espera-se que o estudante perceba que a mudança de temo é mais recente, possivelmente o texto “O escravismo
no Brasil no século XIX” seja mais antigo. E que essa não pode ser considerada apenas uma mudança de nomenclatura,
mas, também de posição das pessoas em relação aos afrodescendentes. Essas mudanças estão relacionadas as novas

45
posturas na busca de romper com o racismo e com os estereótipos em relação a este povo que contribuiu de forma
grandiosa para a construção da identidade brasileira.
5. O Plantation, tinha como base: latifúndio, mão de obra escrava e monocultura.
6. B; D; A; C
7. a) Espera-se que o estudante compreenda que o fim da escravidão no país não foi um ato de benevolência da
monarquia, mas sim resultado da pressão e do engajamento da população brasileira.
b) A Lei Áurea resolveu o problema da escravidão, mas não o da inclusão social dos negros à sociedade.
8. Espera-se, que os estudantes compreendam que as jornadas de trabalho eram exaustivas, chegando até 20 horas
por dia e, além disso, eram marcadas pela violência vinda dos senhores de engenho. O trabalho feito pelos escravos
africanos era considerado muito mais pesado do que trabalhar nas plantações. O tratamento recebido pelos escravos
era desumano. A alimentação, muitas vezes, era insuficiente e os escravos precisavam complementá-la com os
alimentos obtidos de uma pequena lavoura que cultivavam aos domingos. Além disso, eles dormiam no chão da senzala
e eram monitorados constantemente para evitar que fugissem. Os escravos que trabalhavam na casa-grande –
residência dos donos dos escravos – recebiam um tratamento melhor. Eram alimentados e bem-vestidos.
9. Alternativa B) racista.
10. Resposta pessoal - Espera-se que o estudante reconheça que estes povos ainda são muito excluídos e
marginalizados. Após a abolição e todas as conquistas destas populações são resultados de muitas lutas e, na maioria
das vezes, de pressões externas como foi no caso da abolição.

Respostas Aula 15

Professor (a), estas são apenas sugestões de expectativas de respostas baseadas nos textos que foram sugeridos
para leitura. É importante que o estudante tenha autonomia e a sua própria leitura crítica. E, assim eles vão construindo
a sua memória história e acima de tudo desenvolvendo a capacidade de pensar historicamente.
1. O enquadramento dos índios brasileiros como cidadãos é uma fórmula para anular totalmente seus direitos
tradicionais, inclusive aqueles sobre terras que eventualmente ocupem. Esta fórmula permite a aceleração do avanço
sobre o espaço ocupado pelos nativos, já que não há mais qualquer limitação jurídica para ele. Ao contrário, para ter
direitos sobre terras, agora os nativos precisam pedir o registro de posse segundo as praxes da lei.
2. O cativeiro indígena foi mais tenazmente combatido somente com a chegada dos jesuítas, em 1549, e a
implantação do processo de aldeamento. Neste combate os jesuítas contaram com o apoio da Coroa.
3. Os principais direitos são:
 Criação do Serviço de Proteção aos Índios - SPI
 Rondon criou o projeto do Parque Nacional do Xingu
 Criação da Fundação Nacional do Índio - FUNAI
 Criação da União das Nações Indígenas
4. O estado do Mato Grosso do Sul, ele concentra 56% da população da região.
5. Chamamos de política indigenista as iniciativas formuladas pelas diferentes esferas do Estado brasileiro a respeito
das populações indígenas. A política indigenista é orientada pelo indigenismo, conjunto de princípios estabelecidos a
partir do contato dos povos indígenas com a sociedade nacional. Política indigenista e indigenismo são categorias
históricas, noções empregadas essencialmente no século 20. A categoria indigenismo deve ser referida,
preferencialmente, às diretrizes vitoriosas no 1º Congresso Indigenista Interamericano, realizado, no México, em 1940.
Aí foram formulados os princípios e metas transformados em práticas - ou políticas indigenistas - pelos países do
continente americano.
6. Resposta correta a) F; b) V; c) F.
a) Falsa porque as áreas de concentração indígena diminuíram muito ao longo do tempo, sendo muito reduzido o
número de indígenas.
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c) Falsa porque as terras indígenas atualmente são reduzidas a pequenas reservas constituídas em Lei, e que são
ameaçadas por fazendeiros para o avanço das fronteiras agrícolas, garimpeiros e exploradores de madeira, que
degradam o meio ambiente e expulsam os índios de suas terras.
7. Resposta pessoal com base na pesquisa da temática sugerida. Espera que o aluno consiga interagir com as
ferramentas tecnológicas disponíveis na atualidade, bem como livros didáticos e assim conseguir a compreensão a
respeito da política de extermínio dos índios e possibilitar assim uma reflexão.
8. Alternativa A. A terceira região com maior concentração de indígenas é a região Centro-Oeste.
9. Resposta pessoal com base na reflexão da charge e de todos textos e vídeos trabalhos neste conteúdo. Espera que
o aluno faça uma contextualização das políticas em relação aos povos indígenas desde o império aos dias atuais.
10. Resposta pessoal
11. Espera-se que os alunos respondam que identidade é aquilo que identifica uma pessoa, um povo ou um local. Aqui
as respostas podem ser variadas e pessoais, mas espera-se respostas como “nascer no Brasil”, “viver no Brasil” ou “Se
identificar com a cultura brasileira”. É esperado que a maioria dos alunos não indígenas digam que não se identificam.
Espera-se que os alunos tragam a questão de os indígenas ter sido os primeiros habitantes do nosso território, mas
que hoje estão marginalizados.
12. V-V-V-F
13. Alternativa D - Os nativos brasileiros – os indígenas, os europeus brancos e os africanos, povo que aqui foi
escravizado.
14. Ainda durante a Regência houve outros esforços nesse processo de construção identitária. A criação do Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro em 1838 foi o primeiro passo na tentativa estatal de refletir sobre temas que estariam
relacionados à nação brasileira. Anos depois, no âmbito da Literatura, o surgimento do Romantismo buscou também
contribuir com a construção dessa identidade. As obras de José de Alencar foram um exemplo de aliar a imagem da
nação brasileira às suas belezas naturais, como também a mitificação do indígena como componente principal da nação
brasileira. Esse trabalho literário e cultural buscava criar uma interpretação genuinamente brasileira, afastada das
influências estrangeiras.
15. São elementos característicos da cultura brasileira a música popular, a literatura, a culinária, as festas
tradicionais nacionais, como o Carnaval, e as festas tradicionais locais, como as Cavalhadas de Pirenópolis, em Goiás,
e o Festival de Parintins, no Amazonas dentre outros.
16. A religião, como elemento cultural, também sofreu miscigenação, formando o que chamamos de sincretismo
religioso. O sincretismo religioso brasileiro reúne elementos do candomblé, do cristianismo e das religiões indígenas,
formando uma concepção religiosa plural.
17. Alternativa C. A literatura de cordel é um exemplo de elemento cultural genuinamente brasileiro.
18. No século XIX, o Brasil vivenciou mais um processo migratório composto por trabalhadores italianos que vieram
trabalhar nas lavouras de café, quando os primeiros indícios da abolição da escravatura já apontavam no governo
brasileiro. Outros grandes fluxos migratórios significativos aconteceram durante a Segunda Guerra Mundial, quando
japoneses, alemães e judeus buscaram refúgio em terras brasileiras. Toda essa vastidão de povos provocou a formação
de uma cultura plural e de culturas diferentes. As diferenças geográficas também contribuíram para que o processo
cultural brasileiro se tornasse plural e diversificado. Se considerarmos como exemplo a música sertaneja de raiz,
encontramos nela elementos que remetem à vida no campo. Já o funk carioca fala da vida nas favelas, de onde ele
surgiu. A literatura de cordel, por sua vez, trata de temas recorrentes ao sertanejo nordestino, enquanto os elementos
da vida gaúcha tratam da vida dos povos que se estabeleceram no Sul do país, sob influência de alemães e argentinos.
19. Resposta pessoal com base na percepção do estudante. Espera que ele encontre com base no texto as seguintes
informações: O carnaval, festival de origem pagã, e tão comemorado no Brasil, é também visto na tradição europeia,
como é o caso do Festival de Veneza. Hoje nós consumimos pratos típicos indígenas, além de incorporarmos em nosso
vocabulário palavras oriundas da família linguística tupi-guarani. A tapioca é um alimento feito de mandioca e sua origem
é tupi-guarani. Os africanos trouxeram para o Brasil as suas práticas religiosas expressas hoje, principalmente, pelo

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candomblé e pela umbanda, que mistura elementos do candomblé com o espiritismo kardecista. Também trouxeram
pratos típicos de suas regiões.
A cultura brasileira atualmente é influenciada fortemente pelos elementos da indústria cultural. Além desses fatores,
existem outros oriundos da cultura produzida nas periferias, que não necessariamente são frutos da indústria cultural.
20. Resposta pessoal – Espera-se que além dos estudantes adquirem maiores conhecimentos sobre a cultura goiana,
a atividade contribua para o desenvolvimento do pensamento investigativo e reflexivo do estudante e ainda possibilitar
diferentes formas de ensinar e aprender através de recursos e técnicas multimídias que sugerem uma maior interação
entre educador e educando, e ainda proporcionar ao estudante a condição de sujeito ativo durante o processo de
aprendizagem.

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