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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR RÔMULO GALVÃO – CEPROG

ANDREY SANTOS DE JESUS - ANNA LUIZA GOMES FERREIRA - DIEGO SANTOS


PEREIRA - EMILLY CARVALHO DA CRUZ - ESTHER SOUZA BRASIL - FILIPE
NETO BARRETO - HÉLIO SOUZA CRUZ - HELLEN SANTOS PEREIRA - HELOÍSA
HELENA SILVA OLIVEIRA - KAUAN DE JESUS LUIZ - LAURA FIGUEIREDO
COSTA - RAFAELA LISBOA SANTOS - SAMIRA FERREIRA DE OLIVEIRA

A NEGLIGÊNCIA DO ESTADO EM RELAÇÃO À APRENDIZAGEM DE ALUNOS


COM DEFICIÊNCIA

Teixeira de Freitas – BA
2022
10ª FEIRA DE CIÊNCIAS, EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO DA BAHIA –
FECIBA.
Colégio Estadual Professor Rômulo Galvão – Código SEC 1176218 – Teixeira de Freitas – BA
Av. Santa Isabel, bairro Monte Castelo, n° 37 ; CEP: 45990-114
Telefone (73) 3292-7399; e-mail: escola.1176218@enova.educacao.ba.gov.br

A NEGLIGÊNCIA DO ESTADO EM RELAÇÃO À APRENDIZAGEM DE ALUNOS


COM DEFICIÊNCIA

Orientadora: Prof.a Ma. Gizelle dos Santos


Dias
gizzelle.dias@enova.educacao.ba.gov.b

Pré-projeto de Pesquisa apresentado durante a Feira de


Ciências Escolar do Colégio Estadual Professor Rômulo
Galvão como pré-requisito para participação na 10ª Feira de
Ciência, Empreendedorismo e Inovação da Bahia.

Teixeira de Freitas – BA
Agosto – 2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 4
2. PROBLEMA DE PESQUISA .................................................................................... 5
3. JUSTIFICATIVA........................................................................................................ 5
4. OBJETIVOS .............................................................................................................. 5
4.1. OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 5
4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 5
5. HIPÓTESES .............................................................................................................. 6
6. REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................ 6
6.1 A INCLUSÃO NA TEORIA: LEIS QUE DEFENDEM O DIREITO DOS PCD. ...... 6
6.2 A INCLUSÃO NA PRÁTICA. ................................................................................ 8
7. METODOLOGIA ..................................................................................................... 10
8. CRONOGRAMA ..................................................................................................... 11
9. RESULTADOS DA PESQUISA: TABULAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS ............. 12
9.1 QUESTIONÁRIO................................................................................................ 12
9.1.1. Questionário: Direção .............................................................................. 12
9.1.2.Questionário: Coordenação ...................................................................... 14
9.1.3.Questionário: Professores ........................................................................ 14
9.1.4.Questionário: Alunos ................................................................................ 15
9.1.5.Questionário: Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)................ 16
10. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 16
4

1. INTRODUÇÃO

É de conhecimento de grande parte da sociedade que o Público Alvo de Educação


Especial (PAEE), experimenta, nas duas últimas décadas, um processo de migração
de centros de ensino especial para instituições de ensino regular, no entanto esse
processo carece de diligência do Estado, que por sua vez falha em atender a
demanda de acessibilidade necessária para melhor inserção de Pessoas com
deficiência (PcD).

Diante disso, o presente pré-projeto de pesquisa tem como principal motivação as


dificuldades encontradas pelas Pessoas com deficiência (PcD) em se inserir em
escolas de ensino regular, devido a ineficiência do Estado em garantir a integração e
direitos de tais indivíduos, visto que essa problemática intensifica a exclusão dos
mesmos na sociedade. Deste modo, tem-se como problemática “De que maneira a
omissão da Secretaria de Educação do estado da Bahia (SEC) interfere no
aprendizado de estudantes com deficiência?”. Evidencia-se, dessa forma, que a
negligência da SEC, principalmente, em disponibilizar cuidadores, previsto na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional/1996 (LDB/96), pode interferir no processo
de aprendizagem desses estudantes.

Assim, pressupõe-se que este problema é resultado da ausência de contratação de


cuidadores atuando nas escolas em prol dos estudantes supracitados, a falta de
capacitação específica dos docentes para lecionar (PcD), a omissão da SEC no que
diz respeito à demanda de acessibilidade para inclusão de alunos e alunas com
deficiência.

Nesse sentido, pretende-se identificar os principais problemas que interferem no


processo de ensino e aprendizagem de estudantes com deficiência, visando novas
metodologias de ensino para a inclusão dos mesmos.

Para alcançar os objetivos propostos e investigar as hipóteses formuladas, partiu-se


do método hipotético-dedutivo, a partir de uma abordagem qualitativa. Diante disso,
estão sendo realizadas análises bibliográficas, além da aplicação de questionários e
entrevistas junto à comunidade escolar do Colégio Estadual Professor Rômulo
Galvão (CEPROG) visando propor soluções para o problema apresentado.
5

2. PROBLEMA DE PESQUISA

 De que maneira a negligência do estado interfere no aprendizado de alunos


portadores de deficiência (PCD).

3. JUSTIFICATIVA

O presente artigo tem como principal motivação as dificuldades encontradas pelas


Pessoas com Deficiência (PCD) em se inserir em escolas de ensino regular, devido à
ineficiência do Estado em garantir a integração e direitos desses indivíduos, o que
intensifica a exclusão dos mesmos na sociedade. O art. 58 da Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996 (LDB/96), estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,
para assegurar a presença de cuidador na escola, quando necessário, ao educando
portador de necessidades especiais. Percebe-se, nesse sentido, que os alunos com
deficiência têm respaldo federal para acompanhamento específico e qualquer outra
dificuldade que seja gerada já que o intuito é mantê-lo estudando.

4. OBJETIVOS

4.1. OBJETIVO GERAL

Identificar os principais problemas que interferem no processo de ensino e


aprendizagem de estudantes com deficiência, visando novas metodologias de ensino
para a inclusão dos mesmos.

4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

● Verificar as diversas dificuldades que estudantes com deficiência enfrentam


no ambiente escolar, analisando suas diferentes causas;
● Requerer cuidadores para os estudantes com deficiência, facilitando o ensino
e aprendizagem e, consequentemente, a inclusão pedagógica destes;
6

● Identificar a quantidade de estudantes com deficiência, visando metodologia


diferenciada que facilite o aprendizado;
● Solicitar junto à SEC as devidas providências para inclusão pedagógica
desses estudantes no âmbito escolar, requisitando o cumprimento da
legislação no que se refere ao Artigo 58, parágrafo 1° da LDB/96.

5. HIPÓTESES

1. A má distribuição de verba para melhoria da infraestrutura qualificada para


alunos portadores de deficiência (PCD).

2. A falta de monitores atuando nas escolas em prol de alunos portadores de


deficiência (PCD).

3. A omissão do estado em torno da demanda de acessibilidade para inclusão de


alunos com deficiência (PCD).

6. REFERENCIAL TEÓRICO

6.1 A INCLUSÃO NA TEORIA: LEIS QUE DEFENDEM O DIREITO DOS PCD.

Visando incluir Pessoas com Deficiências, foram criados leis e estatutos que tinham
como princípio reduzir os obstáculos existentes para esse grupo de pessoas em suas
relações sociais. Como por exemplo, a Lei Brasileira de inclusão da Pessoa com
Deficiência (BRASIL, 2015):

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa


com Deficiência, Lei nº 13.146, de 6 de
julho de 2015, é um conjunto de
dispositivos destinados a assegurar e a
promover, em igualdade de condições
com as demais pessoas, o exercício
dos direitos e liberdades fundamentais
por pessoas com deficiência, visando a
sua inclusão social e cidadania.
7

Uma das principais áreas em que essa lei se aplica é a da educação, que é um direito
garantido a todo e qualquer cidadão, inclusive para Pessoas Com Deficiências (PCD).
PERES, em seu artigo, deixa em evidência a lei a respeito disso:

Com a promulgação da Constituição


Federal do Brasil (1988), e com a
criação e regulamentação da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação
Nacional/LDB, Lei nº. 9.394, de 20 de
dezembro de 1996. Onde as pessoas
portadoras de deficiência passaram a
ter todo o direito de acesso e
permanência no espaço escolar,
devendo ser garantido uma educação
de qualidade a todos os alunos.
(PERES, 2021)

E Durante a declaração de Salamanca (1994) se tornou clara a necessidade de tornar


a educação acessível a todos, celebrando as diferenças e individualidades de alunos
com deficiência (GARCIA, DINIZ e MARTINS, p.1003 apud. UNESCO, 1994, p.03).

No intuito de garantir essa acessibilidade o Plano de Desenvolvimento da educação -


PDE (2007) definiu diretrizes para possibilitar a inclusão de Pessoas com Deficiência:
“(...) acessibilidade arquitetônica dos prédios escolares, a implantação de salas de
recursos multifuncionais e a formação docente para o atendimento educacional
especializado.”

Regras essas que corroboram com o Plano Nacional de Educação em Direitos


humanos:

Lançado pela Secretaria Especial dos


Direitos Humanos, pelo Ministério da
Educação, pelo Ministério da Justiça e
pela UNESCO. Objetiva, dentre as
suas ações, fomentar, no currículo da
educação básica, as temáticas
relativas às pessoas com deficiência e
desenvolver ações afirmativas que
possibilitem inclusão, acesso e
permanência na educação superior.
(INCLUSÂOJA apud. BRASIL, 2006)

Comumente, devido a tais exigências, a visão que é tida sobre a educação de


Pessoas com Deficiência (PCD), é a de que ela difere drasticamente da educação
regular. Mas não é essa a realidade, como fala Martins e Perez em seu artigo: "Os
objetivos da Educação Especial destinada às crianças com deficiências mentais,
sensoriais, motoras ou afetivas são muito similares aos da educação geral"
8

(MARTINS e PEREZ apud UNESCO, 1968, p.12). Logo, o sistema para a educação
de Pessoas com Deficiência (PCD) não diverge muito do sistema de educação geral,
o que facilita em termos técnicos essa inclusão.

Por fim para que não houvesse falhas na execução dessas leis, foi definido como
crime negar ou impedir o indivíduo de ter acesso à educação, em qualquer curso ou
nível de ensino. (BRASIL, 1989)

6.2 A INCLUSÃO NA PRÁTICA.

Entretanto, mesmo tendo esse direito de participação, e tendo como base um formato
de educação que facilita este processo destinado a tal parcela da sociedade, existem
problemáticas que impedem a prática e eficácia de programas que promovem a
inserção de Pessoas com Deficiência (PCD).

Mantoan traz a mesma concepção, concordando com a ideia de que ainda há o que
ser superado, e que a realidade da inclusão das escolas brasileiras não é perfeita.
“Afirmar que o Brasil mudou sua política de educação especial e melhorou em todos
os aspectos (...) não significa (...) dizer que os nossos problemas históricos quanto à
garantia do direito à educação aos estudantes com deficiência foram resolvidos.”
(MANTOAN, 2015)

Concordando com a ideia de Mantoan, Alessandra Gotti também discorre em seu


artigo sobre as faltas ainda presentes na educação em relação às Pessoas com
Deficiência (PCD):

Apesar de avanços, há desafios a


serem superados que passam pelo
acesso a dados para balizar políticas
públicas; acessibilidade física nas
escolas; salas de recursos
multifuncionais para atendimento
educacional especializado em todas
as escolas; e formação dos
professores para lidar com as crianças
e jovens com deficiência e com altas
habilidades e superdotação. (GOTTI,
2019)

Entre as limitações e problemas enfrentados por essa parcela da população, estão


em destaque a falta de acessibilidade “(...) apenas 44,2% das escolas urbanas são
acessíveis para as pessoas com mobilidade reduzida e, na zona rural, esse
9

percentual é de 17,9%,(...)” (GOTTI, 2019), escassez de recursos disponibilizados


pelo governo/estado “As salas de recursos multifuncionais para o atendimento
educacional especializado, porém, estão presentes apenas em 31,5% das escolas
urbanas e 17,9% das rurais.” (GOTTI, 2019), a discriminação por parte da população
“(...) O medo, a vergonha, a superproteção são os principais sentimentos que fazem
as famílias das crianças com deficiência terem atitudes anti-inclusivas.(...)”
(MARQUES, 2021 apud RAMOS, 2016, p. 42), e por fim, a carência de profissionais
capacitados para auxiliar as Pessoas com Deficiência (PCD). “(...) ainda há um déficit
de especialistas, o que compromete todo o desenvolvimento de alunos que
necessitam de cuidados e atenção especial.” (DINIZ, 2020).

Além dessas problemáticas, ressalta-se também a forma como a sociedade se


organiza. A ideia de um ensino voltado apenas para a produtividade intelectual ou
profissional, principalmente durante o Ensino Médio, ainda está enraizada na esfera
social, o que colabora para a existência de desigualdades no meio educacional.
(GARCIA, DINIZ e MARTINS, 2016).

Dessa forma, em seu artigo, discorrendo sobre o pensamento de Mantoan, GARCIA,


DINIZ e MARTINS (2016, p. 1004) ressaltam a importância da ação da escola na
inclusão das Pessoas com Deficiência (PCD): “A escola em geral (...) devem assumir
o compromisso de tornar a escola inclusiva, acreditando que as mudanças são
possíveis desde que haja uma transformação nos atuais modelos de ensino”.

Porém para que isso possa acontecer, não basta apenas uma atitude inclusiva por
parte da escola, se não houver o investimento por parte do governo nas áreas da
educação. “São necessários, ainda, muitos investimentos governamentais para que a
escola atenda estruturalmente e pedagogicamente as necessidades dos alunos com
deficiência intelectual.” (BARCELLI, 2018).

Por fim, segundo ARANHA (2005, p.374), o tema educação inclusiva tem abordado
um seria mudança do sistema educacional, que se caracterizou tradicionalmente por
ser excludente. Todas as medidas de transformação desse ensino constituem uma
mudança de paradigma, o que provoca nas pessoas diversas reações, dentre elas,
medo, rejeição, resistência e entusiasmo. Assim constata-se que as pessoas
começam a mudar o discurso na direção do politicamente esperado e considerado
correto.
10

7. METODOLOGIA

O presente pré-projeto de pesquisa se caracteriza enquanto uma pesquisa básica,


de caráter exploratório, seguindo uma abordagem qualitativa. A priori, partiu-se do
método hipotético-dedutivo, que por sua vez, surgiu como uma crítica radical ao
método indutivo declarando que não se pode logicamente justificar a inferência de
conclusões universais com base em particulares. Assim com a proposição de tal
método pretendemos investigar as hipóteses formuladas e alcançar os objetivos
apresentados.

A pesquisa em pauta situa-se na área de humanas, voltada para o foco


interdisciplinar, visando seu desfecho ao final de quinze etapas. Diante disso, foram
realizadas análises bibliográficas, além da aplicação de questionários e entrevistas
destinados aos indivíduos envolvidos no processo pedagógico no Colégio Estadual
Professor Rômulo Galvão (CEPROG) e na Universidade Federal do Sul da Bahia
(UFSB). Dessa maneira, procurou-se encontrar respostas e propor soluções para a
problemática retratada neste documento a partir da tabulação dos dados adquiridos
através dos mesmos.
11

8. CRONOGRAMA

2022
ETAPAS
MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT

Discussões sobre X
a FECIBA-2022

Definição do X
problema

Definição do X
tema

Definição da X
área/disciplina

Levantamento de X
hipóteses

Definição dos X X
objetivos

Elaboração da X
justificativa

Definição da X
metodologia/métod
os

Levantamento das X X X X X X
referências

Referencial teórico X X X

Aplicação dos X
questionários e
entrevistas
Submissão do pré-
projeto de X
pesquisa na 10a
Feciba
12

Análise dos dados X

Considerações X X

finais
]
Apresentação do X
projeto na Feira
Escolar

9. RESULTADOS DA PESQUISA: TABULAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS

Este tópico do trabalho foi produzido a partir da realização e da obtenção de dados


através da aplicação dos métodos escolhidos para a orientação da pesquisa de
campo deste projeto de pesquisa. Desde a sua gênese pretendendo, com a
aplicabilidade dos questionários, fazer com que o projeto ganhe mais substâncias
estatísticas, e assim mostrar e aferir na ótica do Colégio Estadual Professor Rômulo
Galvão – CEPROG, junto ao corpo de professores, direção, coordenação e alunos
portadores de deficiência (PCD) suas considerações e críticas com relação ao esforço
e aparato que o Estado disponibiliza para promover a inclusão desses alunos em sala
de aula, e assim melhorar a aprendizagem e integração dos mesmos.

9.1 QUESTIONÁRIO

Os questionários foram realizados como a primeira aplicação dos métodos para a


realização da pesquisa de campo, visando o recolhimento de dados iniciais referentes
ao objeto central deste projeto de pesquisa. Com isso, foram feitos 5 questionários
divididos entre direção, coordenação, professores e alunos do Colégio Estadual
Professor Rômulo Galvão – CEPROG, além do realizado para a Universidade Federal
do Sul da Bahia – UFSB, para a composição deste projeto.

9.1.1. Questionário: Direção


13

Tratando-se da adesão por parte do corpo integrante da direção do Colégio Estadual


Professor Rômulo Galvão – CEPROG ao questionário, houve uma adesão total
(100%) e voluntária por parte dos membros. Quando perguntados sobre quais eram
as principais objeções encontradas e enfrentadas por alunos com deficiência (PCD)
na rede pública escolar, o campo de resposta para essa pergunta era aberto, e a
resposta dada foi em relação a falta de estrutura oferecida pela escola para a
realização de um atendimento mais igualitário e efetivo para esse grupo de pessoas.
Reforçando a resposta da primeira pergunta, na pergunta 2, que era referente ao
espaço que é disponibilizado na rede pública escolar, questionando se ele seria o
essencial para o pleno desenvolvimento dos alunos com deficiência, a resposta foi
não, demonstrando assim, uma certa debilidade enfrentada por parte da escola em
oferecer um espaço adequado para atender às demandas necessárias desse público,
para que de fato haja na instituição escolar, uma inclusão verdadeira. Na pergunta
número 3, que se referia às dificuldades encontradas tanto no âmbito social quanto
escolar, e diante disso, quais eram os recursos oferecidos pelo Estado para o
desenvolvimento de alunos com deficiência (PCD), não houve retorno por parte da
direção do colégio CEPROG, deixando essa pergunta sem respostas. Mas, quando
perguntados sobre o porquê da escola não ter cuidadores para os alunos com
deficiência, a direção respondeu que todo o processo legal e burocrático foi tomado
para que a implementação desses cuidadores fosse feita na instituição escolar, mas
que até o momento aguardam uma resposta da Secretaria de Educação da Bahia, e
com essa resposta em específico, acaba por mostrar certa leniência por parte da
gestão do Estado da Bahia, atrasando um melhor desenvolvimento dos alunos com
deficiência, visto que também, há no mercado, profissionais especializados para
esses cuidados, mas que estão fora da sala de aula, lugar onde já deveriam estar
inseridos há muito tempo. Por fim, quando perguntados se diante das dificuldades
expostas, são exercidos alguns projetos e atividades curriculares para que haja a
inserção desses alunos no âmbito escolar, a resposta foi sim, verificando assim ao
final do questionário, que apesar das inúmeras dificuldades enfrentadas e da falta de
uma maior assistência dada pelo Estado, ainda assim, atividades são realizadas pelo
Colégio Estadual Professor Rômulo Galvão – CEPROG, para que a abissal distância
entre os alunos com deficiência presentes na rede pública de ensino, e a real inclusão
seja encurtada.
14

9.1.2.Questionário: Coordenação

Em detrimento ao questionário feito para a coordenação do Colégio Estadual


Professor Rômulo Galvão – CEPROG, a mesma disponibilizou-se para respondê-lo
de forma atenciosa e voluntária. Quando perguntada inicialmente se está dentro da
incumbência da coordenação, realizar atividades extras e especiais para pessoas
com algum tipo de deficiência e ou distúrbio, a resposta dada foi sim. Diante da
pergunta número 2, que se refere aos tipos de deficiências e distúrbios que a
coordenação lida diariamente, a resposta foi: deficiência intelectual, TDAH
(Transtorno de Déficit de atenção e Hiperatividade), síndrome de Down, deficiência
motora, dentre outras, evidenciando uma alta demanda de cuidados que por muitas
vezes não é suprida com qualidade, pois como mostra as respostas dadas as
perguntas 3 (referente ao auxílio que o Estado oferece para a inserção dos alunos
com deficiência na rede pública estadual) e 4 (quais são as carências que a
coordenação detecta no auxílio que o Estado dá também para a inserção dos
mesmos), sendo elas o oferecimento de profissionais para suporte e salas de recurso,
mas que não é posto em prática, somando-se a isso a próxima resposta, que expõe a
falta de materiais e a falta de cursos para prepararem a formação de professores para
atenderem esse público, corrobora dessa forma com as respostas dadas pela direção
do Colégio Professor Rômulo Galvão – CEPROG, demonstrando novamente a
leniência e a ineficiência do Estado da Bahia em garantir e suprir as necessidades
para fazer-se uma inclusão básica, definitiva e efetiva dos alunos com deficiências.
Finalizando o questionário, a última pergunta dirigida a coordenação questionava se
diante das reais condições oferecidas pelo Estado acerca do trabalho para a
realização da inclusão e integração dos alunos com deficiência na rede pública
estadual, a mesma acredita que esses alunos estão tendo a chance de obter um real
progresso e desenvolvimento no espaço escolar, e infelizmente, mas com certa
obviedade diante das condições lamentáveis dadas pelo Estado, a resposta foi não.

9.1.3.Questionário: Professores

Dos 26 professores que compõem o corpo docente do Colégio Professor Estadual


Rômulo Galvão – CEPROG, 11 responderam ao questionário, que em porcentagem
esse número representa uma adesão de 42,30%. Desses 42,30%, quando
15

perguntados sobre se está dentro da sua incumbência, realizar atividades extras e


especiais para pessoas com alguma deficiência e ou distúrbio, 54,50% responderam
que sim e 45,50% responderam que não. Referindo-se às perguntas que se seguiram
e estavam presentes no questionário dos professores, elas são as mesmas 2 (refere-
se aos tipos de deficiências e distúrbios que os professores lidam diariamente), 3
(referente ao auxílio que o Estado oferece para a inserção dos alunos com deficiência
(PCD) na rede pública estadual) e 4 (quais são as carências que os professores
detectam no auxílio que o Estado dá também para a inserção dos mesmos) que
estavam contidas no questionário destinado a coordenação do Colégio Estadual
Professor Rômulo Galvão – CEPROG, mas agora na ótica dos docentes, informações
foram adicionadas, como por exemplo na pergunta 2, onde os professores falaram
que lidam com alunos que apresentam o espectro do autismo, além dos que tem
deficiência na fala e na audição. Seguindo para a pergunta 3, mais uma vez
explanaram a negligência do Estado em não oferecer profissionais ou auxiliares na
sala de aula para dar suporte e atendimento especializado para as pessoas com
deficiência, mencionaram também que, em Teixeira de Freitas não há um projeto
ativo de políticas educacionais visando a inclusão que deveria ser realizado pela
Secretaria de Educação da Bahia, além da falta de recursos como salas, atividades e
formação dos professores de forma adequada para que haja a integração de fato. E
por fim, quando perguntados sobre se com as reais condições oferecidas pelo Estado
para realizar a inclusão de alunos com deficiência, esses mesmos alunos têm tido a
chance de desenvolverem seu potencial individual por total, infelizmente corroboraram
com a resposta dada pela coordenação do Colégio Estadual Professor Rômulo
Galvão – CEPROG, 100% dos professores responderam que não.

9.1.4.Questionário: Alunos

Quatro alunos com deficiência participaram deste questionário e ajudaram na


pesquisa de campo. Quando perguntados sobre se eles se sentiam amparados pelo
governo do estado da Bahia com os recursos didáticos fornecidos atualmente pela
escola, 75% responderam que sim e 25% que não. Na pergunta 2, que se referia
sobre se eles se sentiam realmente incluídos no âmbito escolar, de novo 75%
responderam que sim e 25% que não. E na terceira e última pergunta, que trazia a
questão da necessidade da presença de cuidadores para auxiliarem na aprendizagem
16

dos mesmos, houve unanimidade e todos os quatro alunos responderam que sim,
necessitavam de cuidadores para auxiliarem nos seus desenvolvimentos escolares.

9.1.5.Questionário: Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)

Em relação ao questionário proposto para a Universidade Federal do Sul do Bahia


(UFSB), visando saber mais das leis que protegem e garantem os direitos de pessoas
com deficiência (PCDS), planejava-se saber se há na universidade, cursos para
ajudarem os novos professores na capacitação dos mesmos para o cuidado
especializado com alunos com deficiência, se há também cursos para a formação do
profissional que cuida e auxilia especialmente os alunos com deficiência, porém,
lamentavelmente a universidade não respondeu ao questionário, deixando esses
possíveis dados para futuras pesquisas que tratem da negligência do Estado em
relação à aprendizagem de estudantes com deficiência, ou similares.

10. REFERÊNCIAS

ABENHAIM, E. Os caminhos da inclusão: breve histórico. In: MACHADO, A. M. et


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https://doceru.com/doc/n08scx. Acesso em: 27 jul. 2022.

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vista dos professores: o processo de constituição de um discurso. Revista
Brasileira de Educação, v.14, n.40, p.116-129, 2009. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbedu/a/fVmmHvs9QQ9y47QJF6bMQDR/?lang=pt&format=pd
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ARANHA, M. S. SILVA S.C. Interação entre professora e alunos em salas de aula


com proposta pedagógica de educação inclusiva. Revista Brasileira de Educação
Especial, v.11, n.3, p.4, 2005. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbee/a/QxyYHKJt9Yp4nSsjXj8fjth/abstract/?lang=pt. Acesso
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BRASIL. Constituição Federal. Brasília, 1988. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 12
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17

http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf. Acesso em: 12 mar.


2022.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Marcos


político-legais da educação especial na perspectiva da educação inclusiva.
Brasília: Secretaria de Educação Especial, 2010. Disponível em:
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