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Diferentes instrumentos têm sido propostos para avaliar o

risco nutricional. No Brasil, não há consenso sobre o melhor


Tema 1: método a ser utilizado.
Avaliação Nutricional do Paciente Hospitalizado e em
Conheça, clicando abaixo, os principais instrumentos de
Atendimento Ambulatorial triagem:
Modulo 1
Elaborar a triagem e avaliação nutricional do paciente 1- MINIAVALIAÇÃO NUTRICIONAL (MAN®)

TRIAGEM NUTRICIONAL A Miniavaliação Nutricional (MAN) é um método simples e


rápido e tem como objetivo avaliar o risco de desnutrição e
A triagem nutricional é o ponto de partida para a a desnutrição em idosos. Ela é considerada como uma das
identificação precoce de pacientes hospitalizados com risco principais ferramentas para avaliação nutricional de idosos por
nutricional. O tipo de intervenção que deve ser ser capaz de identificar aqueles que poderiam se beneficiar
implementada depende desse primeiro passo, que é a de uma intervenção nutricional precoce (BAUER, 2008;
análise do risco nutricional. MERHI, 2011). A MAN é dividida em triagem e, posteriormente,
quatro partes:
O paciente que foi classificado em risco nutricional, após ser
submetido à triagem, deve ser encaminhado para a avaliação Avaliação antropométrica (índice de massa corporal – IMC);
do estado nutricional e planejamento. Se a terapia nutricional
for instituída precocemente, a evolução clínica do indivíduo Circunferência do braço, circunferência da panturrilha e
será favorecida e terá, consequentemente, um prognóstico perda de peso;
mais favorável (TEIXEIRA, 2016). Avaliação global (perguntas relacionadas ao modo de vida, à
A ASBRAN (2011) recomenda que a triagem nutricional seja medicação, mobilidade e aos problemas psicológicos);
realizada nas primeiras 24 horas após a internação do Avaliação dietética (perguntas relativas ao número de
paciente em nível hospitalar e na primeira consulta quando a refeições, à ingestão de alimentos e aos líquidos e à
abordagem for ambulatorial e domiciliar. Essa etapa deve ser autonomia na alimentação); e autoavaliação (autopercepção
rápida, e a equipe multidisciplinar de saúde deve ser capaz da saúde e da condição nutricional).
de aplicá-la durante a admissão hospitalar, desde que seja
previamente treinada. Esse processo pode ser feito pelo A pontuação de cada parte da MAN será somada, e o
próprio paciente (autoaplicado) ou por algum membro da resultado permitirá identificar os pacientes idosos com estado
família. nutricional adequado, com risco de desnutrição ou com
desnutrição.

Após a triagem, o paciente pode ser classificado em:


Escolha uma das Etapas a seguir.
Sem risco nutricional Sem risco nutricional, mas deve ser
reavaliado em intervalos regulares;
Com risco nutricional Com risco nutricional e necessita de
avaliação do nutricionista.
2- AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL (SGA) nutrição para os pacientes desnutridos (SBNPE; ASBRAN,
2011).
A SGA é mais uma ferramenta para diagnosticar e classificar
a desnutrição. Considerado um método simples e de baixo
custo, após treinamento adequado, a SGA pode ser aplicada
por qualquer profissional de saúde da equipe multiprofissional.
Os itens do questionário focam em questões relacionadas à
desnutrição crônica, como: percentual de perda de peso nos
últimos seis meses; modificação na consistência dos
alimentos ingeridos; sintomatologia gastrintestinal persistente
por mais de duas semanas; presença de perda de gordura
subcutânea e de edema. A SGA também leva em
consideração as alterações funcionais que possam estar
acometendo o paciente. Após a aplicação da SGA, o
paciente pode ser classificado em: bem nutrido;
moderadamente desnutrido; gravemente desnutrido
(DETSKY, 1987).
Outras condições clínicas, como cirurgia do trato
gastrintestinal, câncer, hepatopatias e pacientes renais
crônicos em hemodiálise, também têm indicação de
utilização da SGA.

Atenção
A MAN e a SGA podem ser utilizadas tanto para triagem de
risco nutricional como para avaliação do estado nutricional;
por isso, também serão citadas no item Avaliação do Estado
Nutricional e Metabólico deste Manual.
A determinação do estado nutricional do indivíduo, ou
diagnóstico nutricional, é feita após a análise de quatro
pontos básicos: dimensões corporais aferidas pela
3- NUTRITIONAL RISK SCREENING (NRS 2002) antropometria; sinais e sintomas avaliados pelo exame físico;
O NRS 2002 é recomendado pela European Society of perfil bioquímico e consumo alimentar. Todos estes tópicos
Parenteral and Enteral Nutrition (ESPEN). Esse instrumento é são apresentados a seguir individualmente.
capaz de detectar a desnutrição ou o risco do paciente de ANTROPOMETRIA
desenvolvê-la no período da internação hospitalar. Classifica
os pacientes levando em consideração o estado nutricional e Antropometria é a medida do tamanho corporal e de suas
a gravidade da doença. Os idosos recebem atenção especial proporções. É um dos indicadores diretos do estado
no NRS2002, já que recebem um ponto a mais caso tenham nutricional e inclui medidas de peso, altura, pregas cutâneas e
mais de 70 anos. circunferências de membros (LOHMAN; ROCHE;
MARTOREL, 1988). A seguir, são descritas as técnicas de
O NRS 2002 inclui quatro perguntas na pré-triagem, o que é aferição das medidas e, em seguida, estratégias para
recomendada para uso em locais com pacientes de baixo obtenção das medidas para quando não é possível aferi-las.
risco. O instrumento utiliza pontuação variável entre 0 e 6.
Quando o resultado da somatória é maior ou igual a três PESO
pontos, o paciente é classificado como “em risco de
Escolha uma das Etapas a seguir.
desnutrição”. Ao final, sugere a indicação de intervenção de
PESO ATUAL (PA) É o peso aferido na balança no dia ou Pé 1,5
em até 24 horas do atendimento.
Perna abaixo do joelho 5,9
PESO USUAL (PU) Referido pelo paciente como sendo o com pé
seu peso “normal”. Deve ser utilizado quando não houver,
por parte do paciente, relato de perda de peso. Coxa 10,1

Objeto com interação. Perna inteira 16,0

PESO IDEAL (PI)


O peso ideal é definido segundo o IMC médio. Fonte: Osterkamp, 1995.

Deve ser calculado conforme mostrado a seguir: PESO ESTIMADO (PEST)


Utilizado para os casos que são impossíveis de realizar a
medida do peso e não há outras formas de determiná-lo.

PESO AJUSTADO (PAJUST)


Estimado a partir do peso atual (PA) e do ideal (PI)
Peso ajustado para obesidade:

PESO SECO (PSEC)


Peso corporal seco é o peso descontado de edemas. O valor
a ser descontado dependerá do local e grau de edema
apresentado pelo indivíduo. Os quadros a seguir mostram a
classificação de edema e estimativa de correção de peso de
edema/ascite.
Classificação de edema.
PESO CORRIGIDO (PCOR)
Edema + Depressão leve (2 mm); contorno normal; associado
Utilizado para pacientes amputados. com volume de líquido intersticial >30%
Edema ++ Depressão mais profunda (4 mm); contorno quase
PCor =[Peso antes da amputação/(100% - %amputação)] normal; prolonga mais que edema +1
×100) Edema Depressão profunda (6 mm); Permanece vários
+++ segundos após a pressão Edema de pele óbvio pela
Percentuais de peso das partes do corpo para cálculo após inspeção geral
amputação Edema Depressão profunda (8 mm); permanece por tempo
++++ prolongado após a pressão; Inchaço evidente.
Membro amputado Proporção de peso (%) Presença de sinal de cacifo.
Fonte: DNS, 2000 (Adaptado)
Tronco sem membros 50,0
Estimativa de peso relativo a edema em pacientes edemaciados.
Mão 0,7
Edema Localização Excesso de peso hídrico (kg)
Antebraço com mão 2,3
+ Tornozelo 1
Antebraço sem mão 1,6
++ Joelho 3–4
Parte superior do braço 2,7
+++ Base da coxa 5 – 6
Braço inteiro 5,0
++++ Anasarca 10 – 12
Negros (18 a 60 73,42 + (1,79 X AJ) 68,10 + (1,86 X AJ) – (0,06 x
anos) Idd)
Estimativa de peso relativo à ascite em pacientes ascíticos.
Idosos 64,19 – (0,04 x idd) + (2,04 x AJ) 84,88 – (0,24 x idd) + (1,83 x
Edema Peso da ascite (kg) Edema periférico (kg) AJ)

Leve 2,2 1,0 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a


rolagem horizontal
Moderado 6,0 5,0
Fonte: Chumlea et al., 1985.
Grave 14,0 10,0
ESTATURA RECUMBENTE
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a
rolagem horizontal Para a tomada da estatura recumbente, coloque o paciente
em posição supina (deitado de costas), com o leito em
Fonte: James, 1989. posição horizontal completa. Em seguida, faça marcas no
% DE PERDA PONDERAL (PP%) lençol na altura do topo da cabeça e da base do pé (lado
direito); finalize medindo as marcas com uma fita métrica.
Perda ponderal refere-se à porcentagem de perda de peso, Esse é um dos métodos preferidos nas Unidades de
tendo como base o peso usual (PU). Nesse percentual de Terapias Intensivas (UTI). Embora o resultado possa ser em
perda de peso, deve ser considerado o tempo em que o torno de 2% maior do que a medida em pé, essa parece
peso foi perdido. ser uma boa opção (MARTINS, 2010).
PP% = (PU-PA) x 100 PU EXTENSÃO DOS BRAÇOS

Classificação do grau de perda ponderal segundo tempo de Ou envergadura do braço. Essa medida pode ser tomada
perda. com o indivíduo na horizontal, aferindo a distância entre os
dáctilos maiores. No caso de utilizar a semienvergadura do
Tempo Perda significativa (%) Perda severa (%) braço (medir da incisura jugular do esterno ao dáctilo maior
1 semana 1 – 2 >2 de qualquer um dos braços), multiplicar o valor por dois.

1 mês 5 >5
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC)
3 meses 7,5 >7,5
O IMC é determinado pela relação entre peso e altura
6 meses 10 >10 quadrática do indivíduo.

Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a IMC = Peso (kg)/Altura²


rolagem horizontal
Clique nas abas abaixo e conheça a classificação do IMC
ALTURA para:

Escolha uma das Etapas a seguir. IDOSOS

ALTURA AFERIDA (Alt) É a altura aferida no dia ou em até Classificação do índice de massa corporal para idosos.
24 horas do atendimento.
IMC Estado nutricional
ALTURA ESTIMADA Pode ser estimada principalmente de
acordo com os três modos apresentados a seguir. < 22 Baixo peso

ALTURA ESTIMADA POR EQUAÇÕES 22 a 27 Eutrófico

Utiliza idade em anos e altura do joelho em centímetros > 27 Sobrepeso

Equações de estimativa da altura pela altura do joelho e idade.

População Masculino Feminino Fonte: Lipschitz, 1994.

Crianças 64,19 – (0,04 x idd) + (2,02 x AJ) 84,88 – (0,24 x Idd) + (1,83 x ADULTOS
AJ)
Classificação do índice de massa corporal para adultos.
Brancos (18 a 60 71,85 + (1,88 x AJ) 70,25 + (1,87 x AJ) – (0,06 x
anos) idd) IMC Estado nutricional
≥40 Obesidade grau I I

35,00 a 39,99 Obesidade grau I Feminino

30,0 a 34,99 Obesidade grau I Idade 5 10 25 50 75 90 95

25,00 a 29,99 Sobrepeso 18 - 18,9 222 227 251 268 281 312 325

18,50 a 24,99 Eutrófico (normal) 19 - 24,9 221 230 247 265 290 319 345

17,00 a 18,49 Magreza grau I 25 - 34,9 233 240 256 277 304 348 368

16,00 a 16,99 Magreza grau I 35 - 44,9 241 251 267 291 317 356 378

<16,00 Magreza grau I I 45 - 54,9 242 256 274 299 328 362 384

Fonte: Lipschitz, 1994. 55 - 64,9 243 257 208 303 335 367 385

Circunferência da cintura (CC) 65 - 74,9 240 252 274 299 326 356 373
A circunferência da cintura é um bom indicador de risco Fonte: Frisancho, 1981.
cardiovascular. Porém, deve-se dar atenção ao seu uso
devido às interferências em sua medida, ocasionadas por ADEQUAÇÃO DA CB (CB%)
visceromegalias ou ascite/edema. Esta medida compara a CB atual à recomendada (percentil
50) para a idade.
Classificação e risco de complicações metabólicas associadas à
CB% = (CB atual (cm)/ CB percentil 50) x 100
circunferência abdominal.
Classificação da adequação da circunferência do braço
Sem risco Risco moderado Alto risco
Classificação Adequação da CB (%)
Homem <94 cm 94 a 102 cm >102 cm
Desnutrição Energético Proteica Grave < 70
Mulher <80 cm 80 a 88 cm >88 cm
Moderada 70 – 80
Circunferência do braço (CB)
Leve 80 – 90
A circunferência do braço é um bom indicador de reserva
muscular. A classificação da CB é apresentada no quadro a Eutrófico 90 – 110
seguir:
Sobrepeso 110 – 120
Objeto com interação.
CLASSIFICAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA BRAQUIAL (CM) Obesidade > 120

Classificação da circunferência braquial (cm) por percentis e Fonte: Blackburn, 1979.


por idade de indivíduos dos sexos masculino e feminino. Circunferência muscular do braço (CMB)
Masculino Avalia a reserva de tecido muscular sem correção da massa
Idade 5 10 25 50 75 90 95 óssea. É obtida a partir dos valores da CB e da prega
cutânea tricipital (PCT).
18 - 18,9 245 260 273 297 321 321 379
CMB (cm) = CB (cm) -π x [PCT (mm) ¸ 10]
19 - 24,9 262 272 288 308 331 331 372
Onde: π = 3,14
25 - 34,9 271 282 300 319 342 342 375
CLASSIFICAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO
35 - 44,9 278 287 305 326 345 345 374 BRAÇO (CM)

45 - 54,9 267 281 301 322 342 342 376 Classificação da circunferência muscular do braço (cm) por
percentis e por idade de indivíduos dos sexos masculino e
55 - 64,9 258 273 296 317 336 336 369 feminino.
65 - 74,9 248 263 285 307 325 325 355 Masculino
Idade 5 10 25 50 75 90 95 As dobras cutâneas avaliam a reserva de gordura corporal,
sendo a prega cutânea tricipital (DCT) a mais utilizada
18 - 18,9 22,6 23,7 25,2 26,4 28,3 29,8 32,4 rotineiramente.
19 - 24,9 23,8 24,5 25,7 27,3 28,9 30,9 32,1 CLASSIFICAÇÃO DA DOBRA CUTÂNEA TRICIPITAL (DCT)
25 - 34,9 24,3 25,0 26,4 27,9 29,8 31,4 32,6 Classificação da dobra cutânea tricipital (DCT) (mm) por
percentis e por idade de indivíduos dos sexos masculino e
35 - 44,9 24,7 25,5 26,9 28,6 30,2 31,8 32,7
feminino.
45 - 54,9 23,9 24,9 26,5 28,1 30,0 31,5 32,6
Masculino
55 - 64,9 23,6 24,5 26,0 27,8 29,8 31,0 32,0
Idade 5 10 15 25 50 75 85 90 95
65 - 74,9 22,3 23,5 25,1 26,8 28,4 29,8 30,6
18,0 - 24,9 4,0 5,0 5,5 6,5 10,0 14,5 17,5 20,0 23,5
Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a
25,0 - 29,9 4,0 5,0 6,0 7,0 11,0 15,5 19,0 21,5 25,0
rolagem horizontal
30,0 - 34,9 4,5 6,0 6,5 8,0 12,0 16,5 29,0 22,0 25,0
Feminino
35,0 - 39,9 4,5 6,0 7,0 8,5 12,0 16,0 18,5 29,5 24,5
Idade 5 10 25 50 75 90 95
40,0 - 44,9 5,0 6,0 6,9 8,0 12,0 16,0 19,0 21,5 26,0
18 - 18,9 17,4 17,9 19,5 20,2 21,5 23,7 24,5
45,0 - 49,9 5,0 6,0 7,0 8,0 12,0 16,0 19,0 21,0 25,0
19 - 24,9 17,9 18,5 19,5 20,7 22,1 23,6 24,9
50,0 - 54,9 5,0 6,0 7,0 8,0 11,5 15,0 18,5 20,8 25,0
25 - 34,9 18,3 18,8 19,9 21,2 22,8 24,6 26,4
55,0 - 59,9 5,0 6,0 6,5 8,0 11,5 15,0 18,0 20,5 25,0
35 - 44,9 18,6 19,2 20,5 21,8 23,6 25,7 27,2
60,0 - 64,9 5,0 6,0 7,0 8,0 11,5 15,5 18,5 20,5 24,0
45 - 54,9 18,7 19,3 20,6 22,0 23,8 26,0 28,0
65,0 - 69,9 4,5 5,0 6,5 8,0 11,0 15,0 18,0 20,0 23,5
55 - 64,9 18,7 19,6 20,9 22,5 24,4 26,6 28,0
70,0 - 74,9 4,5 6,0 6,5 8,0 11,0 15,0 17,0 19,0 23,0
65 - 74,9 18,5 19,5 20,8 22,5 24,4 26,4 27,9
Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a
Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a
rolagem horizontal
rolagem horizontal
Fonte: Frisancho, 1981. Feminino

Adequação da CMB (CMB%) Idade 5 10 15 25 50 75 85 90 95

Esta medida compara a CMB atual à recomendada (percentil 18,0 - 24,9 9,0 11,0 12,0 14,0 18,5 24,5 28,5 31,0 36,0
50) para a idade. 25,0 - 29,9 10,0 12,0 13,0 15,0 20,0 26,5 31,0 34,0 38,0
CMB% = (CMB atual (cm)/ CMB percentil 50) x 100
30,0 - 34,9 10,5 13,0 15,0 17,0 22,5 29,5 33,0 35,5 41,5
Classificação do estado nutricional segundo adequação da
35,0 - 39,9 11,0 13,0 15,5 18,0 23,5 30,0 35,0 37,0 41,0
CMB.
40,0 - 44,9 12,0 14,0 16,0 19,0 24,5 30,5 35,0 37,0 41,0
Desnutrição
45,0 - 49,9 12,0 14,5 16,5 19,5 25,5 32,0 35,5 38,0 42,5
Grave Moderada Leve Eutrofia
50,0 - 54,9 12,0 15,0 17,5 20,5 25,5 32,0 36,0 38,5 42,0
CMB < 70 % 70 – 80 % 80 – 90 % 90 %
55,0 - 59,9 12,0 15,0 17,0 20,5 26,0 32,0 36,0 39,0 42,5
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a
rolagem horizontal 60,0 - 64,9 12,5 16,0 17,5 20,5 26,0 32,0 35,5 38,0 42,5

Fonte: Blackburn; Thornton, 1979 (Adaptado). 65,0 - 69,9 12,0 14,5 16,5 19,0 25,0 30,0 33,5 36,0 40,0

Dobra cutânea tricipital (DCT) 70,0 - 74,9 11,0 13,5 15,5 18,0 24,0 29,5 32,0 35,0 38,5
Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a Normal Nenhuma perda de gordura subcutânea.
rolagem horizontal
Desnutrição leve/moderada Sinais de perda em algumas
Fonte: Frisancho, 1990. regiões.
Adequação da DCT (DCT%) Desnutrição grave Perda grande de gordura em todas ou
em uma região.
Esta medida compara a DCT atual à recomendada (percentil
50) para a idade. EXAME ABDOMINAL
DCT% = (DCT atual (mm)/ DCT percentil 50) x 100 É realizada a inspeção, ausculta e palpação.
Classificação do estado nutricional segundo adequação da A seguir, temos a anatomia do abdômen. Com o propósito
DCT de facilitar a avaliação, o abdômen pode ser dividido em
quadrantes. Clique na imagem abaixo e conheça as
Desnutrição Eutrofia Sobrepeso Obesidade estruturas abdominais por quadrante.
Grave Moderada Leve

PCT < 70 70 – 80 80 – 90 – 110 – 120 > 120 %


% 90% 100 % %

Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a


rolagem horizontal
Fonte: Blackburn, 1979 (Adaptado)
Circunferência da panturrilha (CP)
Uma CP inferior ao ponto de corte indica perda de massa
magra, possivelmente associada à sarcopenia em idosos. Quadrante superior direito
Ponto de corte: 31 cm (GUIGOZ et al., 1999). Fígado e vesícula biliar piloro; duodeno; cabeça de pâncreas;
flexura cólica direita; parte do cólon ascendente e transverso;
parte do rim direito e glândula adrenal.

EXAME FÍSICO
Quadrante superior esquerdo
O exame físico, combinado com outros componentes da
avaliação nutricional, pode fornecer evidências de deficiências Estômago; parte do cólon transverso e descendente; lobo
nutricionais ou piora de capacidade funcional. esquerdo do fígado; baço; pâncreas; flexura cólica esquerda;
parte do rim esquerdo e glândula adrenal.
A semiologia nutricional é realizada de forma sistêmica e
progressiva, da cabeça aos pés, com o objetivo de
determinar as condições nutricionais do paciente (SBNPE;
ASBRAN, 2011).
Classificação do estado nutricional a partir da perda de
gordura subcutânea.
Escolha uma das Etapas a seguir.
dois dedos juntos, com a mão levantada, sem
deslizar sobre o abdômen quando apalpar nova
área.
• Palpação profunda – utilizar a parte plana da mão
direita, coberta pela mão esquerda. A ponta dos
dedos exerce uma pressão suave e constante.
Se ocorrer aumento da dor, suspeita-se de peritonite
generalizada, especialmente se, durante a descompressão
brusca, houver piora da dor.
Quadrante inferior direito
Ausculta – envolve ouvir os diferentes sons corporais, com o
Ceco e apêndice; parte do cólon ascendente; ovário ureter
auxílio de um estetoscópio.
direito; bexiga e útero; se aumentado, parte inferior do rim
direito. • Ruídos intestinais: o intestino delgado permanece
ativo na maioria dos pacientes durante o período
pós-operatório imediato, enquanto o estômago e o
intestino grosso são mais lentos para retornar à
função normal. A administração de nutrientes no
intestino delgado pode permitir a alimentação pós-
operatória precoce. Entretanto, o estômago pode
necessitar ser esvaziado por sucção, para evitar a
distensão gástrica e o risco de aspiração.
• Ruído normal: de 5-30 vezes por minuto, sendo
mais frequente após as refeições.
Quadrante inferior esquerdo • Ruído diminuído: suaves e espaçados. Podem
ocorrer em casos de motilidade diminuída,
Cólon sigmoide; parte do cólon descendente; ovário; ureter
inflamação do intestino ou tecidos subjacentes,
esquerdo; bexiga e útero; se aumentado, parte inferior do
desequilíbrio eletrolítico e no pós-operatório.
rim esquerdo.
• Ruídos ausentes: nenhum som intestinal após 2
inspeção – realizada para identificar sinais específicos que
minutos de ausculta. Pode ocorrer em caso de íleo
auxiliem no diagnóstico médico ou nutricional.
paralítico ou peritonite.
• Pele – avaliar presença de icterícia, palidez,
• Ruídos aumentados ou hiperativos: indicam
coloração, estrias, erupções cutâneas e/ou escaras.
motilidade aumentada (ex.: uso de laxantes e
• Contorno abdominal – abdômen côncavo (pouca gastroenterite).
reserva de gordura); abdômen redondo ou
protuberante (excesso de gordura ou tônus
muscular debilitado, ascite, tumor, gestação,
distensão gasosa ou uma emergência abdominal).
CAVIDADE ORAL
• Aparência geral – o abdômen deve estar
simetricamente bilateral, sem massas e com o
umbigo no centro, sem descoloração ou drenagens.

Palpação em geral, é feita após a inspeção e envolve


exame táctil para avaliar as estruturas corporais, incluindo:
textura, tamanho, temperatura e mobilidade. Utilizada para
detectar áreas moles, áreas de rigidez muscular, tamanho de
órgãos e presença de massas abdominais.
• Palpação leve – deve ser realizada com o paciente
em posição supina. Utilizar a palma da mão ou Verificar dificuldades de mastigação, dentes (ausentes ou
dedos (não utilizar as pontas dos dedos). Segurar quebrados, presença e adaptação de prótese), lábios e
gengivas (sangramento, cor anormal, lesões, fissuras ou
úlceras); língua (cor, presença de tremores, papilas, edema
ou superfície anormal), hipo e hipersalivação.

ESÔFAGO
Verificar disfagia, odinofagia, pirose, dor, regurgitação,
eructação, soluço, sialorreia, engasgos, êmese e/ou
hematêmese, algias, paresias.

REGIÃO ANAL
Verificar dificuldades de evacuação, dores ao evacuar,
sangramentos, melena, fístulas, lesões, hemorroidas, prurido
anal, formação de massas, fissuras, pólipos, entre outros.
Objeto com interação.
CLASSIFICAÇÃO DA DIARREIA SEGUNDO CONTEÚDO DAS
FEZES

Osmótica O conteúdo luminal está muito concentrado pela


presença de substâncias não absorvíveis. Há retardo
na absorção de água e pode ser ocasionada por
doença da má-absorção.

Secretora Há secreção ativa de água e eletrólitos pela mucosa


intestinal. O conteúdo luminal tem osmolaridade normal.
Pode ser causada por enterotoxinas.

Motora Há aceleração na motilidade e no trânsito intestinal. O


conteúdo luminal tem osmolaridade normal. A mucosa
tem secreção normal de água e eletrólitos. Pode ser
ocasionada por uso de medicamentos procinéticos ou
hipertireoidismo.

Exsudativa Há passagem anormal de líquidos do meio interno para


a luz intestinal. Não há alterações secretórias nem da
ESTÔMAGO
osmolaridade luminal. Pode ser ocasionada por
Verificar presença de dor aguda ou crônica, dor intermitente neoplasias, isquemias e doenças inflamatórias do
ou constante, dificuldade de digestão, gastroparesia, intestino (doença de Crohn).
sensação de plenitude pós-prandial, náuseas, êmese e/ou
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a
hematêmese e/ou vômito biliar.
rolagem horizontal
Fonte: Dantas, 2004.
INTESTINOS DELGADO E GROSSO
SEMIOLOGIA NUTRICIONAL
Verificar presença de dor aguda ou crônica, dor intermitente
ou constante, paresia, diarreia, consistência e formato das A semiologia nutricional é realizada de forma sistêmica e
progressiva, da cabeça aos pés, com o objetivo de
fezes, esteatorreia, melena, obstipação e mudanças de ritmo
determinar as condições nutricionais do paciente (SBNPE,
intestinal, presença de fecaloma, distensão abdominal, entre
2011). É a parte da medicina relacionada ao estudo dos sinais e
outros.
sintomas das doenças humanas. A semiologia é muito
importante para o diagnóstico da maioria das enfermidades.
Objeto com interação.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES CLÍNICAS EM ALGUMAS Pele em regiões Palidez Anemia
DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS. palmoplantares e
mucosas,
Região Manifestação Possível
principalmente
Significado/Deficiência
conjuntival e labial
Cabelo Perda do brilho, Proteína e zinco
Pele e mucosas Amareladas Icterícia
seco, quebradiço,
fácil de arrancar, Regiões supra e Perdas Depleção crônica
despigmentação, infraclaviculares musculares
sinal de bandeira (pescoço)
Face Seborreia B2, Fe e Proteína Fúrcula esternal Perdas Depleção crônica
nasolabial, edema (pescoço) musculares
de face
Pescoço Bócio Hipertireoidismo
Têmporas Atrofia bitemporal Ingestão insuficiente,
imunoincompetência Abdome Escavado Perda da reserva
calórica
Olhos Brilho reduzido Desidratação
“Umbigo em Privação calórica, sem
Palidez conjuntival, Fe, vit. A, B2 e B6 chapéu” perda ponderal
xerose, blefarite significativa
angular
Musculatura Atrofia. Redução Depleção crônica
Boca Baixa produção Desidratação paravertebral da força de
de saliva, baixa sustentação
umidade na parte corporal
inferior da língua
Membros superiores Atrofia da Depleção crônica
Lábios Estomatite B2 musculatura bi e
angular, queilite tricipital
Língua Glossite, língua B2, B3, B9, B12 Atrofia das Depleção crônica
magenta, atrofia e musculaturas de
hipertrofia das pinçamento
papilas
Membros inferiores Atrofia da Perda de força muscular
Gengivas Esponjosas, Vitamina C musculatura das
sangramento coxas (fossa de
quadríceps)
Bochechas Bola gordurosa de Perda proteico-calórica
Bichat depletada. prolongada Atrofia da Desnutrição proteico-
Associa-se com a musculatura das calórica
atrofia temporal, panturrilhas
formando o sinal
de “asa quebrada”. Sistema músculo- Atrofia muscular, Vitamina D, B1 e Cálcio
esquelético alargamento
Pele Xerose, Vitaminas A, C e K epifisário, perna
hiperceratose em “X”, flacidez
folicular, petéquias, das panturrilhas,
equimoses fraturas
excessivas
Unhas Coiloníquea, Ferro
Turgor e Desidratação quebradiças
elasticidade
reduzidos Fácies aguda Paciente cansado, Desnutrição aguda
não consegue
Pele e mucosas Amareladas Icterícia ficar com olhos
abertos por muito
tempo olhos depressão, visível
pele solta e
flácida, “olhos
Fácies crônica Aparência de Desnutrição crônica fundos”
tristeza,
Região do Cuidado para não Pouco espaço --- Tecido adiposo abundante
depressão
tríceps e prender o músculo de gordura
bíceps ao pinçar o local. entre os
Tecido subcutâneo Edema, pouca Proteína e calorias Movimentar a pele dedos ou os
gordura entre os dedos dedos
praticamente
Sistema geniturinário Dermatose vulvar Riboflavina se tocam

e escrotal Massa --- Desnutrição Desnutrição Bem nutrido


muscular grave leve/
Ardência durante Infecção Moderada
micção Têmporas Observar de frente, Depressão Depressão Músculo bem definido
olhar os dois lados leve
Sistema nervoso Alterações
psicomotoras e Ombros O paciente deve Ombro em Acrômio Formato arredondado na
posicionar os forma levemente curva da junção do ombro
sensitivas, braços ao lado do quadrada protuberante com o pescoço e do
depressão, corpo: procurar por (formando ombro com o braço.
ossos proeminentes ângulo reto),
fraqueza motora,
ossos
formigamento proeminentes.
(mãos/ pés)
Escápula Procurar por ossos Ossos Depressão Ossos não proeminentes,
proeminentes; o proeminentes, leve ou ossos sem depressão significativa
Sistema nervoso Alterações Kwashiorkor, B1, B6, B12, paciente deve estar visíveis; levemente
psicomotoras ácido nicotínico com o braço depressão proeminentes
Confusão mental, esticado para a entre a
frente e a mão escápula, as
depressão, perda encostada numa costelas, o
sensitiva, fraqueza superfície sólida ombro e a
motora, perda de coluna
vertebral.
senso de posição,
perda da Músculo Observar o dorso Área entre o Depressão Músculo proeminente
interósseo da mão, o músculo dedo leve
sensibilidade entre o polegar e o indicador e o
vibratória, perda indicador, quando polegar
esses dedos estão achatada ou
da contração de
unidos com
punho e depressão
tornozelo,
Quadríceps Pinçar e sentir o Parte interna Depressão Sem depressão
formigamento de volume do músculo da coxa com leve
mãos e pés depressão
(parestesia)
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a
Sistema Cardiomegalia B1 rolagem horizontal
cardiovascular
Fonte: Cuppari, 2006.
Sistema Hepato- Kwashiorkor
Gastrointestinal esplenomegalia

Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a


rolagem horizontal
Fonte: Duarte; Borges, 2007; Duarte; Castellani, 2002.
EXAME FÍSICO DO ESTADO NUTRICIONAL PARA A
AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL.
Estado Nutricional

Gordura Sub- Dicas Desnutrição Desnutrição Bem nutrido


cutânea grave Leve/
AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA
Moderada
A avaliação dos exames bioquímicos auxilia a detecção de
Abaixo dos --- Círculos --- Depósito de gordura alterações metabólicas, falências orgânicas e carências
escuros,
nutricionais (SBNPE; ASBRAN, 2011). A avaliação bioquímica
deve ser feita à luz da história clínica do paciente e associada 200/mm3 hemolíticas crônicas, doença de
aos demais parâmetros de avaliação nutricional para Hodgkin, pós-esplenectomia.
determinação do diagnóstico nutricional. A seguir, são Basopenia: em hipertireoidismo,
apresentados alguns exames bioquímicos e sua gestação, estresse, infecção
interpretação. aguda, síndrome de Cushing.

Bicarbonato 21 - 29 mmol/L Equilíbrio ácido-básico


(HCO3) Situações normais: base:ácido 20:1
• alcalose metabólica (ácidos e
HCO3 no líquido extracelular),
acidose respiratória, enfisema,
vômito, aldosteronismo.
• acidose metabólica, insuficiência
renal, cetoacidose diabética,
acidose lática, diarreia,
alcalose/estímulo respiratório
(hiperventilação, histeria, falta de
Objeto com interação. O2, febre, salicilatos),
hiperparatireoidismo primário,
EXAMES BIOQUÍMICOS privação alimentar prolongada.
Exames bioquímicos, valores de referência e possíveis Bilirrubina Total: 0,2 - 1,0 Principal produto do catabolismo
causas e significados das alterações. mg/ dL da hemoglobina.
Quadro Valores de Causas/ Significado de Valores Dano hepatocelular, obstrução
Resumo Referência Anormais biliar, toxidade por droga,
hemólise, jejum prolongado,
Albumina Vida média: 19 - Reflete o estado nutricional icterícia fisiologia neonatal,
20 dias 3,5 – através das reservas proteicas hipotiroidismo.
5,0 g/dL viscerais; Bilirrubina direta: mede a
Depleção proteica crônica; bilirrubina conjugada ou pós-
Manutenção da pressão oncótica hepática.
Transportadora de Ca, Zn, Mg, • em obstrução biliar.
ácidos graxos e outros. Bilirrubina indireta: mede a
bilirrubina não conjugada.
Amilase 25 - 125U/L Na pancreatite aguda, caxumba,
• no dano hepático e na anemia
úlcera péptica perfurada,
hemolítica."
intoxicação por álcool,
insuficiência renal, colecistite Cálcio total 8,5 - 10,8mg/dL Função muscular e nervosa.
aguda, obstrução do ducto (Ca) Metabólico intracelular.
pancreático ou biliar. Em hepatite,
insuficiência hepática, cirrose, Colesterol Desejável < Avaliação do risco de doenças
insuficiência pancreática, toxemia total 200mg/ dL coronarianas. Funções fisiológicas,
de gestação, queimaduras Limite 200 - incluindo na síntese de ácidos
severas. 239mg/ dL biliares, hormônios esteroides e
Elevado ≥ membrana celular.
Amônia (NH3) 40 - 80 Avalia função hepática Na doença 240mg/ dL
mcg/dL hepática ou no coma (cirrose ou
hepatite severa), insuficiência Creatinina M: 0,8 - 1,2 Útil para a avaliação renal
cardíaca severa, azotemia, mg/dL F: 0,6 -
pericardite, enfisema pulmonar, 1,0 mg/dL
bronquite aguda, síndrome de Eosinófilos 0-5% Eosinofilia - em asma brônquica,
Reye. Com dieta hiperproteica,
0-500/mm3" urticária, infecção parasitária,
exercício extenuante, terapia
leucemia mieloide crônica,
com valproato sódico.
policitemia, anemia perniciosa,
Basófilos 0 - 2% 0 - Basofilia: em colite ulcerativa, doença de Hodgkin, neoplasia
sinusite crônica, nefrose, anemias maligna, irradiação, artrite
reumatoide, tuberculose. Hodgkin).
Eosinopenia - em eclampsia,
grandes cirurgias, choque. Hemoglobina 26 - 34 Anemia macrocítica, falso em
corpuscular pg/eritrócitos hiperlipidemia.
Ferritina M: 36 - média (HCM) Anemia microcítica.
262ng/mL F:
10 - 155ng/dL Hemograma Consiste em: leucócitos,
eritrócitos, hemoglobina,
Ferro 50 - hematócrito, volume globular
150mcg/dL médio, hemoglobina corpuscular
média, concentração de
Fosfatase 75 - 970 U/L hemoglobina globular média,
alcalina plaquetas.
Gama-glutamil 5 - 40 U/L Útil na diferenciação entre Hormônio 0,5 - 5 Aumenta hipotireoidismo primário.
desordens hepáticas e ósseas. Na tireotrófico mcU/mL Reduz no hipertireoidismo,
doença hepática, tumores (TSH) hipotireoidismo secundário,
hepáticos, hepatotoxicidade, terapia com hormônio da tireoide.
obstrução biliar, pancreatite,
alcoolismo. Lactato Plasma arterial: Acidose lática, exercício
4,5 - 14,4 extenuante, sepse, estresse,
Glicose 70 - 110mg/dL mg/dL toxinas.
(jejum) Plasma venoso:
Glicose (urina) Aceitável: 1+ No estresse severo (trauma, 5 - 12"
durante a infecção) Leucócitos 4,5 -11 x 103cél Leucocitose: leucemia, infecção
terapia mm3 bacteriana, hemorragia, trauma ou
nutricional injúria tissular, câncer.
enteral ou Leucopenia: infecções virais,
parenteral quimioterapia, radiação, depressão
Glicose-6- 12 ± 2,09 Ul/g Anemia perniciosa, perda da medula óssea.
fosfato sanguínea crônica, outras anemias Leucograma Consiste em: monócitos, linfócitos,
megaloblásticas. Deficiência (contagem basófilos, eosinófilos e neutrófilos.
hereditária da glicose-6-fosfato diferencial de
desidrogenase = susceptibilidade leucócitos)
para anemia hemolítica/hemólise.
Linfócitos 20 - 50% Linfocitose: hepatite viral, infecção
Globulina 2,3 - 3,5 g/dL Urina concentrada: no DM, 1500 - por citomegalovírus,
nefrose, febre, desidratação, 5000/mm3 toxoplasmose, rubéola, infecção
vômito, diarreia, ingestão hídrica aguda por HIV, leucemia linfocítica
baixa. crônica e aguda.
Urina diluída: DM insípidos, Linfocitopenia: em infecções e
pielonefrite ou glomerulonefrite enfermidades agudas, doenças de
crônica, dano renal severo, Hodgkin, lúpus, anemia aplástica,
intoxicação hídrica. insuficiência renal, AIDS,
Hematócrito M: 40 - 50% Desidratação, policitemia, choque, carcinoma terminal.
F: 35 - 45% na anemia (<30), perda Lipase <1,5 Ul/mL Aumenta em pancreatite aguda,
sanguínea, hemólise, leucemia, infecção do trato biliar,
hipertireoidismo, cirrose, hiper- insuficiência renal.
hidratação.
Magnésio 1,3 - 2,1 mEq/L Reduz na insuficiência renal,
Hemoglobina M: 13,5 - 18g/L Em queimaduras severas, acidose diabética, hipotireoidismo,
policitemia, insuficiência cardíaca, doença de Addison, hidratação,
talassemia, DPOC, desidratação, excesso de uso de suplemento
na anemia, hipertireoidismo, de magnésio ou antiácido. Reduz
cirrose, várias doenças sistêmicas na diarreia crônica, perdas
(leucemia, lúpus, doença de
gastrointestinais, queimaduras, Potássio 3,5 - 5,0 Hipercalemia: insuficiência renal,
alcoolismo, pancreatite, doença mEq/L trauma, dano tissular, acidose,
renal, cirrose hepática, toxemia da doença de Addison, diabetes não
gestação, hipertireoidismo, má- controlada, hemorragia interna,
absorção, colite ulcerativa, infecção, febre, queimaduras,
diuréticos, depletores de potássio, excesso de suplemento de
desnutrição, uso de cisplatina e potássio, hemólise. Hipocalemia: na
cicloporina. perda gastrointestinal, líquido
endovenoso sem suplementação
Monócitos 0 - 12% Monocitose: em tuberculose, de potássio, abuso de álcool, má-
3
90 - 900/mm colite ulcerativa, leucemia
absorção, desnutrição, alcalose,
monocítica aguda, mieloma estresse crônico ou febre,
múltiplo, doença de Hodgkin, diurético depletor de potássio,
lúpus, artrite reumatoide, uso de esteroide e estrogênio,
febre. Monocitopenia: em anemia doença hepática com ascite,
aplástica. insuficiência renal."
Neutrófilos 40 - 80% Neutrofilia: em infecções, Proteína Meia-vida: 12 Transportadora de vitamina A no
1800-8000/mm3 desordens inflamatórias (ex.: carreadora de horas plasma;
artrite reumatoide, dano tissular, retinol < 0,4 mg/L Reduzida na deficiência da
infarto do miocárdio, gota, vitamina A, estados catabólicos
pancreatite, colite, peritonite, agudos e hipertireoidismo.
nefrite), diabetes, uremia,
eclampsia, necrose hepática, Proteína total 6,0 - 8,0 g/dL Desidratação, deficiência proteica,
desordem mieloproliferativa doença hepática severa,
(incluindo leucemia mieloide desnutrição, diarreia, queimaduras
crônica, policitemia), pós- severas ou infecção, edema,
esplenectomia, anemias síndrome nefrótica.
hemolíticas, hemorragias,
queimaduras, gestação, choque Reticulócitos % de Anemias hemolíticas, anemia
elétrico. eritrócitos falciforme, anemia ferropriva,
Neuropenia: em infecções, totais: aplástica e perniciosa não tratada,
anemia aplástica, leucemia agudas, M: 0,5-1,5% infecção crônica, radioterapia,
anemia megaloblástica, anemia F: 0,5-2,5% tumor de medula óssea,
ferropriva, hipotireoidismo, síndromes mielodisplásticas
cirrose." Sódio 136-143mEq/L Hipernatremia: desidratação e
PCO2 35 - 45 mmHg Acidose: em hipoventilação ingestão hídrica baixa, uso de
secundária à anestesia geral, diuréticos, insuficiência renal,
diabetes insípido (diurese
DPOC, obstrução das vias aéreas.
osmótica), síndrome de Cushing,
Alcalose: em desordens do SNC,
hipoxemia." coma, hiperaldosteronismo
primário. Hiponatremia: edema,
pH Arterial: 7,35 - Alcalose respiratória ou queimadura severa,
7,45 metabólica: em vômitos, de vômito/diarreia, diuréticos,
Venoso: 7,31 - potássio ou cloro, febre alta, hipotireoidismo, intoxicação
7,41 hiperventilação, anoxia, hídrica, doença de Addison, ICC,
hemorragia cerebral. insuficiência hepática.
Acidose respiratória ou
Tempo de 10 - 14s Deficiência de protrombina,
metabólica: na cetoacidose
protrombina deficiência de vitamina K, doença
diabética, insuficiência renal,
hepática, fibrinogênio diminuído,
diarreia, insuficiência respiratória,
obstrução biliar.
obstrução das vias aéreas,
choque, insuficiência cardíaca Tiroxina total 5,5-12,5 Hipertireoidismo, hepatite,
congestiva." (T4) mcg/dL gestação, uso de estrogênio.
hipotireoidismo, nefrose, cirrose,
desnutrição, hipoproteinemia. Vitamina B12 160 - >110 pg/mL: doença hepática,
950pg/mL algumas leucemias, câncer,
Transferrina Vida média de Proteína carreadora de ferro; gestação.
8 - 10 dias em reservas de ferro <100 pg/mL: anemia perniciosa,
180-400mg/dL inadequadas, desidratação, anemia síndrome de má-absorção,
por deficiência de ferro, hepatite hipotireoidismo primário, mucosa
aguda, policitemia, gestação, gástrica, dieta vegetariana,
hipóxia, perda sanguínea crônica; acloridria.
em anemia perniciosa e
falciforme, infecção, retenção Volume 87 - 103 Abuso de álcool, anemia
hídrica, câncer, doenças corpuscular mcm/eritrócitos perniciosa
hepáticas, desnutrição, síndrome médio (VCM) macrocítica/megaloblástica,
nefrótica, talassemia, sobrecarga deficiência de vitamina B12 e ou
de ferro, enteropatias, folato.
queimaduras; Anemia hipocrômica e
Transferrina = 0,8x TIBC – 43 microcítica, anemia por
TIBC = capacidade total de desordens crônicas, talassemia.
fixação de ferro.
Zinco 50 - 150 Insuficiência cardíaca congestiva,
Transaminase 4-36U/L Hepatite, icterícia, cirrose, câncer mcg/dL aterosclerose, osteosarcoma,
glutâmico- hepático, infarto do miocárdio, desnutrição, diálise, enteropatia
pirúvica queimadura severa, trauma, perdedora de proteína, doença
(TGP) ou choque, mononucleose, inflamatória intestinal, síndrome
alanina amino- pancreatite, obesidade. nefrótica, queimadura ou trauma,
transferase nutrição parenteral prolongada,
(ALT) alcoolismo, cirrose alcoólica ou
pancreatite, anorexia, anemia
Transaminase 8-33U/L Injúria/ morte celular, infarto perniciosa ou falciforme, câncer
glutâmico- miocárdio, cirrose aguda, hepatite, com metástase hepática,
oxaloacética pancreatite, doença renal, câncer, tuberculose, talassemia,
(TGO) ou alcoolismo, hipotireoidismo, hipoalbuminemia.
aspartato queimadura, trauma, distrofia
amino- muscular. diabetes não controlada Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a
transferase (acidose), beribéri rolagem horizontal
(AST)
Fonte: DNS, 2000 (Adaptado).
Triglicerídeos Desejável: 10- Hiperlipidemias, doença hepática,
ALBUMINA SÉRICA
190mg/dL pancreatite, diabetes mal
Limítrofe controlada, hipotireoidismo, A síntese de albumina pode se encontrar diminuída por
>190mg/ dL ingestão alta de açúcar e ou cirurgia, trauma, infecção, radiação, hepatopatia e
Alto > gordura. Desnutrição, síndrome desnutrição.
250mg/dL de má-absorção, hipertireoidismo,
DPOC. Classificação do estado nutricional a partir da albumina sérica

Triiodotironina 80 - 200 ng/dL Hipertireoidismo, gestação. ALBUMINA (g/dL) ESTADO NUTRICIONAL


total (T3) Hipotireoidismo.
> 3,5 Normal
Ureia 13 - 45 mg/dL Insuficiência renal, choque,
desidratação, febre, infecção, 3,0 a 3,5 Depleção leve
diabetes, gota crônica, 2,4 a 2,9 Depleção moderada
catabolismo proteico excessivo,
infarto do miocárdio. Insuficiência < 2,4 Depleção grave
hepática, desnutrição, ingestão
proteica baixa, má absorção, Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a
hiperhidratação, gestação, emese, rolagem horizontal
diarreia, anabolismo proteico. Fonte: Calixto-Lima e Nelzir, 2012; Duarte e Castellani, 2002.
ÍNDICE PROGNÓSTICO NUTRICIONAL (IPN) Contagem de linfócitos (mm³) Estado nutricional
É um índice que relaciona o risco de complicações pós- > 1.500 Normal
operatória ao estado nutricional inicial e identifica os pacientes
que podem ser beneficiados pela terapia nutricional. 1.201 – 1.500 Depleção leve
IPN (%) = 158 – (16,6 x ALB) – (0,78 x PCT) – (0,2 x TRS) – 800 – 1.200 Depleção moderada
(5,8 x DCH)
< 800 Depleção grave
ALB = albumina sérica (g/dl); PCT = prega cutânea do
tríceps (mm); TRS = transferrina sérica (mg/ dL); DCH = Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a
hipersensibilidade cutânea retardada (0 = reatividade nula; 1 = rolagem horizontal
diâmetro do ponto < 5mm; 2=diâmetro do ponto 5mm³).
Fonte: Riella; Martins, 2013.
Classificação do prognóstico nutricional frente a níveis
bioquímicos e dimensões corporais CONSUMO ALIMENTAR
Vários métodos são utilizados na avaliação do consumo
CLASSIFICAÇÃO PROGNÓSTICO NUTRICIONAL
alimentar dos indivíduos. A validade e reprodutibilidade de
Baixo risco IPN< 40%; cada método dependem da habilidade do avaliador e da
cooperação do investigado. Os inquéritos dietéticos
Risco intermediário IPN entre 40% e 50% fornecem informações qualitativas e quantitativas a respeito
da ingestão alimentar. Estas informações são úteis na
Alto risco IPN> 50% avaliação de aspectos socioculturais e valores nutricionais da
alimentação de indivíduos e populações em determinado
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a
período. A investigação dietética consiste no cálculo de, pelo
rolagem horizontal
menos, calorias e proteínas ingeridas ou infundidas no
Fonte: Buzby et al., 1980. paciente. Quando o paciente internado está recebendo dieta
via oral, este cálculo deve ser elaborado através da ficha de
ÍNDICE DE RISCO NUTRICIONAL (IRN)
recordatório alimentar 24 horas que deve ser preenchida
É um índice que prediz o risco de complicações pós- pelo acompanhante, pela nutricionista ou pelo próprio
operatórias em pacientes com estado nutricional paciente (SBNPE; ASBRAN, 2011).
desfavorável.
IRN = (1,489 x ALB) + 41,7 x (P Atual/PU)
ALB = albumina sérica (g/dL); PA – Peso atual (kg); PU –
Peso usual (kg).
Classificação do risco nutricional frente a níveis bioquímicos e
dimensões corporais

CLASSIFICAÇÃO Risco Nutricional

Não desnutrido IRN > 100

Desnutrição leve IRN de 97,5 a 100

Desnutrição moderada IRN de 83,5 a 97,4

Desnutrição grave IRN < 83,5

Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a


rolagem horizontal
Fonte: Buzby et al., 1980.
COMPETÊNCIA IMUNOLÓGICA (CTL)
Classificação do estado nutricional a partir da CTL Os recordatórios não são onerosos, pois são de
administração rápida (20 minutos ou menos) e podem
fornecer dados detalhados sobre alimentos específicos,
particularmente quando nomes comerciais são recordados. O Essa quantidade é suficiente para promover a saúde e
método requer somente a memória curta e é bem aceito prevenir patologias provenientes da carência desse nutriente.
pelos entrevistados. Os recordatórios são mais objetivos do
A DRI é o conjunto de valores de referência
que os questionários de história dietética geral e de
correspondentes às estimativas quantitativas da ingestão de
frequência alimentar. A aplicação de recordatórios não
nutrientes, estabelecidas para serem utilizadas no
influencia a dieta habitual. Os recordatórios podem fornecer
planejamento e na avaliação das dietas de indivíduos
dados razoavelmente precisos sobre a ingestão do dia
saudáveis em um grupo, segundo sua faixa etária e seu
precedente (recordatório de 24h), porém relatos de
gênero.
semanas ou meses anteriores não são precisos (SBNPE;
ASBRAN, 2011). CÁLCULO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS
Saiba mais EQUAÇÃO DE HARRIS BENEDICT
Além do recordatório, também tem a opção dos Fórmula utilizada para pacientes adultos e não obesos
questionários de frequência alimentar (QFA). Os QFA (FRANKENFIELD et al., 2003).
fornecem análise qualitativa, ou mesmo semiquantitativa, da
ingestão (padrão) alimentar de determinado indivíduo ou Escolha uma das Etapas a seguir.
grupo. Os QFA podem ser desenvolvidos para uma Mulheres
população-alvo específica (crianças, gestantes, idosos e
adultos). Em geral, os QFA exigem pouco tempo e trabalho
dos entrevistados. Eles podem ser aplicados com rapidez
pelo entrevistador (10 a 30 minutos) ou serem
autoadministrados. É possível que os questionários curtos
sejam incompletos. Por outro lado, os longos podem
sobrecarregar os entrevistados. Essas características do
Homens
instrumento, às vezes, limitam seu uso. A validade e a
confiabilidade são mais altas quando o QFA não avalia o
tamanho da porção, mede períodos mais curtos de tempo
(dia ou semana anterior) e é de extensão média (contém de
20 a 60 itens). Trata-se do método mais indicado para
correlacionar o hábito alimentar com o desenvolvimento de
doenças crônicas não transmissíveis (SBNPE; ASBRAN, 2011). Atenção

Os três QFA conhecidos são: Em obesos, é necessário realizar ajustes no peso corporal
para o cálculo do GEB (Gasto Energético Basal).
• Questionário da Escola de Saúde Pública de (FRANKENFIELD et al., 2003). Para isso, pode ser utilizado o
Harvard; peso ajustado, peso ideal ou desejável.
• Questionário de Hábitos Saudáveis e História Para o gasto energético total (GET), deve-se multiplicar os
(HHHQ, de Health Habits and History Questionnaire); fatores atividade (FA), injúria (FI) e térmico (FT).
• Questionário de História Alimentar (DHQ, de Diet GET = GEB X FA X FTxFI
History Questionnaire).
Fator injúria, fator atividade e fator térmico para cálculo de
MÓDULO 2 necessidades energéticas.

Fator injúria (FI)


Calcular as necessidades nutricionais do paciente
Cirurgia eletiva / Pacientes clínicos 1,10 - 1,2
O aporte energético e de nutrientes deve ser individualizado
e baseado na avaliação atual, mas também são necessárias Pós-trauma 1,35 -
informações retrospectivas do paciente. A composição 1,5
corporal, funcional e a condição clínica do paciente são
Sepse 1,50 -
outras questões que devem ser consideradas
1,7
(SBNPE; ASBRAN, 2011).
Fator atividade (FA)
Representam as menores quantidades de determinado
nutriente que deve ser consumido através dos alimentos. Acamado no ventilador 1,1
Acamado 1,2 TN for manter a condição atual aporte
calórico com
Acamado + móvel 1,25 25
kcal/kg/dia,
Deambulando 1,3
com ajustes
Fator Térmico (FT) conforme a
evolução
38°C 1,1 clínica

39°C 1,2 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a


rolagem horizontal
40°C 1,3
Fonte: SBNPE; ASBRAN, 2011.
41°C 1,4
Recomendações diárias de macronutrientes.
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a
rolagem horizontal Recomendações gerais de macronutrientes

Fonte: SBNPE; ASBRAN, 2011. Carboidrato (CHO) 50 a 60% do VET Máximo de


7g/kg/dia
Fator injúria para cálculo de necessidades energéticas.
Proteína (PTN)
Fator injúria (FI)
Sem estresse 10 a 15% do VET 0,8 a
Paciente não complicado/Pós-operatório sem 1,0 1,0g/kg/dia
complicação
Com estresse metabólico - 1,0 a
Pós-operatório câncer 1,1 2,0g/kg/dia
Fraturas 1,33 Lipídeo (LIP)
Trauma + infecção 1,79 Paciente estável (VO - EV) 20 - 35% VET 0,5 a
2,5g/kg/dia
Peritonite 1,4
Paciente grave (EV) - 1,0g/kg/dia
Multitrauma reabilitação 1,5
Ácido linoleico n-6 2 - 4% VET 10 a 17g/dia
Multitrauma + sepse 1,6
Ácido linolênico n-3 0,25-0,5%VET 0,9 a 1,6g/dia
Queimadura 30-50% 1,7
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a
Queimadura 50-70% 1,8
rolagem horizontal
Queimadura 70-90% 2,0 Fonte: SBNPE; ASBRAN, 2011. VET – valor energético total;
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a VO- via oral; EV- nutrição via venosa.
rolagem horizontal Exemplo
Fonte: Cuppari, 2002. Paciente do sexo feminino, 47 anos, foi diagnosticada com
CÁLCULO DIRETO OU FÓRMULA DE BOLSO SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), quando foi
internada com queixa de diarreia aquosa. Relata não
Fórmula de bolso para cálculo de necessidade calórica. conseguir deambular devido à fraqueza e apresenta febre
de 38º C no momento da anamnese. Qual o gasto
Pacientes Calorias/Kg energético total dessa paciente?
de Peso/Dia
Exame antropométrico:
Adulto (sem enfermidade grave ou 25-35
risco de síndrome de kcal/kg/dia Peso atual- 54,5Kg
realimentação) Estatura- 1,65m
FA- 1,2 (acamado)
Nutridos ou quando o objetivo da Iniciar o
FT- 1,1 (febre de 38º C) Tiamina E (2) / mg 1,2 1,4 1,5
FI- 1,2 (paciente clínico)
Riboflavina (2) / mg 1,3 1,4 1,6
Mulheres: GEB = 655,1 + (9,5 x peso (kg)) + (1,7 x altura
(cm)) – (4,7 x idade (anos)) Niacina (2) / mg 16 18 17
GEB= 655,1 + (9,5 x 54,5) + (1,7 x 165) – (4,7 x 47) → Vitamina B6 (2) / mg 1,3 1,9 2,0
655,1 + 517,75 + 280,5 – 220,9
GEB = 1223,45 Kcal Ácido fólico (2) / mg 240 355 295

GET = GEB X FA X FTxFI Vitamina B12 (2) / ug 2,4 2,6 2,8


GET= 1223,45 x 1,2 x 1,1 x 1,2 Biotina (2) / ug 30 30 35
GET= 1952,20 Kcal
Logo, o gasto energético total da paciente é de 1952,20Kcal. Ác. pantotênico (2)/mg 5 6 7
MICRONUTRIENTES Vitamina K (2) / mg 65 55 55
São nutrientes essenciais à manutenção de algum organismo,
Colina (1) / mg 550 450 550
requeridos em quantidades pequenas, de miligramas a
microgramas. Fazem parte deste grupo as vitaminas e os Cálcio (2) / mg 1000 1200 1000
minerais, os quais são essenciais e devem estar diariamente
presentes na alimentação. O défice de micronutrientes pode Ferro (2) (d) / mg 14 27 15
provocar doenças ou disfunções, ao passo que o excesso
pode acarretar intoxicações. Magnésio (2) / mg 260 220 270

Zinco (2) (e) / mg 7 11 9,5

Iodo (2) / ug 130 200 200

Fósforo (1) / mg 700 1250 1250

Flúor (1) 4 3 3

Cobre (1) 900 1000 1300

Selênio (2) 34 30 35

Molibdênio (1) 45 50 50

Cromo (1) 35 30 45

Manganês (1) 2,3 2,0 2,6

Nutriente Lactente Crianças

0-6m 7- 1-3a 4-6a 7-10a


11m
Recomendações diárias de micronutrientes
Proteína (1) / g 9,1 11 13 19 34
Nutriente Adulto Gestante Lactant
e Vitamina A (2) (a)/g RE 375 400 400 450 450
Proteína (1) / g 50 71 71 Vitamina D (2) (b) /ug 5 5 5 5 5
Vitamina A (2) (a)/g RE 600 800 850 Vitamina C (2) / mg 25 30 30 30 35
Vitamina D (2) (b) /ug 5 5 5 Vitamina E (2) (c) / mg 2,7 2,7 5 5 7
Vitamina C (2) / mg 45 55 70 Tiamina E (2) / mg 0,2 0,3 0,5 0,6 0,9
Vitamina E (2) (c) / mg 10 10 10 Riboflavina (2) / mg 0,3 0,4 0,5 0,6 0,9
Niacina (2) / mg 2 4 6 8 12

Vitamina B6 (2) / mg 0,1 0,1 0,5 0,5 1,0

Ácido fólico (2) / mg 48 48 95 118 177

Vitamina B12 (2) / ug 0,4 0,5 0,9 1,2 1,8

Biotina (2) / ug 5 6 8 12 20

Ác. pantotênico (2)/mg 1,7 1,8 2 3 4

Vitamina K (2) / mg 5 10 15 20 25

Colina (1) / mg 125 150 200 250 250

Cálcio (2) / mg 300 400 500 600 700

Ferro (2) (d) / mg 0,27 9 6 6 9 A alimentação intra-hospitalar pode ser dividida em:

Magnésio (2) / mg 36 53 60 73 100 desjejum


colação
Zinco (2) (e) / mg 2,8 4,1 4,1 5,1 5,6
almoço
Iodo (2) / ug 90 135 75 110 100
merenda
Fósforo (1) / mg 100 275 460 500 1250
jantar
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a
ceia
rolagem horizontal
MÓDULO 3 O sabor das dietas pode ser doce, salgado, misto, suave ou
moderado, intenso ou excitante. Deve-se evitar altas
concentrações de açúcar, sal ou ácidos. A dieta pode ser
oferecida a temperatura ambiente, quente, fria ou até
Identificar as modificações na dieta para atender as
mesmo gelada.
necessidades do paciente
A dieta pode ter consistência em ordem progressiva da mais
DIETAS
consistente e mais completa à menos consistente e mais
As dietas são elaboradas considerando-se o estado nutricional restrita.
e fisiológico das pessoas, e, em situações hospitalares, devem
Objeto com interação.
estar adequadas ao estado clínico do paciente, além de
proporcionar melhoria na sua qualidade de vida. Portanto, a DIETA NORMAL OU GERAL
dieta hospitalar garante o aporte de nutrientes ao paciente
internado e preserva seu estado nutricional, por ter um
papel coterapêutico em doenças crônicas e agudas. As dietas
hospitalares podem ser padronizadas segundo as
modificações qualitativas e quantitativas da alimentação
normal, assim como da consistência, temperatura, do volume,
valor calórico total, das alterações de macronutrientes e
restrições de nutrientes. Com isso, podem ser classificadas a
partir de suas principais características, indicações e seus Dieta harmônica, completa e nutricionalmente adequada, que
alimentos ou preparações que serão servidos (ISOSAKI et al., fornece os nutrientes e a energia de que o corpo necessita
2009) para os processos vitais, a manutenção, reparação, o
crescimento e desenvolvimento normais para pacientes cuja
condição clínica não exija modificações em nutrientes e
consistência da dieta. Não há restrições de consistência e
preparações dos alimentos.
Não interferirá no sistema digestório e na tolerância normal (massas, legumes liquidificados, farinha e canja);
do paciente aos alimentos nem causarão alterações arroz papa; óleos vegetais, margarinas, creme de
metabólicas que exijam mudanças da dieta. leite; pão e similares (torradas, biscoitos, bolachas);
sobremesas (sorvete simples, geleia, doce em
Metas Suprir as necessidades nutricionais do indivíduo.
pasta, pudins, cremes, arroz doce, fruta cozida,
Conservar ou restaurar o estado nutricional do
bolo simples)
paciente.
Alimentos a Frituras, cereais integrais e alimentos flatulentos
Contraindicações Pacientes cuja condição clínica exija
serem
modificações em nutrientes e/ou consistência da
evitados
dieta.
Frequência 5 a 6 refeições/dia
DIETA BRANDA
Adequação Atende em calorias e nutrientes

DIETA SEMILÍQUIDA

Trata-se de uma dieta de fácil digestão e mastigação. É


utilizada na transição da dieta pastosa para a geral. Prescrita
em pós-operatório (anestesia reduz a motilidade gástrica),
problemas no TGI com alterações na motilidade gástrica e Tem como objetivo proporcionar moderado repouso no
dificuldade de mastigação. TGI. Indicado também para pacientes com dificuldade de
mastigação e deglutição, com frequência respiratória e/ou
Alimentos permitidos Todos, desde que abrandados cardíaca aumentada.
pela cocção
Devido ao baixo valor de celulose desta dieta, seu uso por
Alimentos a serem evitados Alimentos crus e frituras período prolongado poderá resultar em obstipação. Para
aumentar o valor calórico desta dieta, faz-se o uso de
Frequência 5 a 6 refeições/dia produtos industrializados ricos em calorias, proteínas,
Adequação Atende em calorias e vitaminas e minerais.
nutrientes Alimentos Incluem alimentos semilíquidos, sopas, líquidos,
DIETA PASTOSA permitidos semissólidos em suspensão, adicionado à base
líquida. Ex.: água, infusos (café, chá), suco de
frutas, leite, iogurte, coalhada, queijos frescos,
mingau, sopas compostas de cereais, carnes e
legumes, bolachas, torradas, frutas macias e de
fácil digestão, vitamina, biscoito, torradas, gelatina,
sobremesa em creme (pudim, manjar, flan),
sorvete, iogurte

Alimentos a Saladas cruas, frituras, alimentos flatulentos


Indicadas para pacientes com dificuldade de mastigação e/ou serem (pimentão, brócolis, couve-flor, repolho, cebola,
deglutição com comprometimento das fases mecânicas do evitados melancia), leguminosas, embutidos, doces
processo digestivo, ausência total ou parcial dos dentes, concentrados, condimentos e especiarias, pães e
doenças do TGI, ou doenças que levam a uma frequência cereais integrais, oleaginosas (nozes, castanhas,
respiratória ou cardíaca aumentada. avelãs)
Alimentos Todos, desde que abrandados pela cocção e Frequência 6 ou mais refeições/dia
permitidos mecanicamente (pedaços pequenos)
Leite e derivados (queijos cremosos, naturais ou Adequação Teor calórico e nutricional reduzido
coagulados); carnes (magra bovina, ave e peixe),
DIETA LÍQUIDA
moídas, desfiadas, suflês; ovo (quente, pochê,
cozido); Frutas (cozidas, em purê, em suco); sopas
Recomendada em casos em que seja necessário o mínimo MODIFICAÇÕES QUÍMICAS
de trabalho digestivo e se busca relativo repouso do TGI. Por
A dieta pode ser modificada quanto à oferta de nutrientes,
apresentar baixo teor nutritivo, a evolução para a dieta leve
fornecendo quantidades abaixo ou acima das
deve ser feita o mais breve possível. Em casos que isto não
recomendações. Clique nas dietas apresentadas abaixo e
seja possível, faz-se suplementação vitamínica e/ou mineral
conheça suas características.
ou até mesmo proteico-calórica, quando são utilizados
produtos industrializados fornecedores desses nutrientes. Escolha uma das Etapas a seguir.
Alimentos Preparações líquidas: leite, iogurte, mingau, sorvete, gel
HIPatina,
OLIPchá,
ÍDICAsuco
Indicação: pós-operatório de colecistectomia,
permitidos de frutas, vitamina de frutas, sopa liquidificada coada ou não, ovo
desconforto abdominal, doença pancreática (redução da
quente, papa de cereais, leite com frutas concentração da lípase), doença hepática (reduz conversão
da gordura), cardiopatia associada à dislipidemia (colesterol e
Alimentos a Todos os demais
triglicérides elevados).
serem evitados
Características: normocalórica, hipolipídica, normoproteica e
Frequência 6 ou mais refeições/dia hiperglicídica

Adequação Teor calórico e nutricional reduzido HIPOSSÓDICA Indicação: doença hipertensiva, paciente com
edema, cardiopatias, doença renal, doença hepática.
LÍQUIDA RESTRITA Características: Todas as preparações não devem ter adição
de sal. Evitar alimentos ricos em sódio. Normocalórica,
normoproteica, normolipídica, normoglicídica São oferecidos
2g de sal/dia (1g no almoço e 1g no jantar), ou de acordo
com a prescrição dietética.
Alimentos a serem utilizados: pão sem sal, bolacha doce,
sachê de sal (1g), margarina sem sal.
Alimentos a serem evitados: pão francês, bolacha salgada,
biscoito de polvilho, embutidos, enlatados, alimentos
Consiste, basicamente, em água, líquidos límpidos e conservados em sal (carne seca, sardinha seca, bacalhau),
carboidratos. O seu valor nutritivo e calórico é muito baixo. bebidas ricas em sódio (refrigerantes diet), queijos salgados.
Geralmente, é empregada no pós-operatório (24 horas a 36
horas), a fim de hidratar e proporcionar o máximo de HIPOPROTEICA Indicação: insuficiência renal
repouso gastrintestinal (por conta de sua quantidade mínima Características: normocalórica, hipoproteica, normolipídica,
de resíduos). normoglicídica
Consiste em: diminuir ou retirar a porção de carnes e
Alimentos Água e infusos adocicados (chá, café, mate) com açúcarderivados,
e dextrosol
leguminosas, leite e derivados.
permitidos (glicose de milho) e bebidas carbonatadas; sucos de frutas
Nota:coados;
seguir caldo
orientações médicas segundo a restrição hídrica.
de carne e de legumes coados; sobremesas: geleia de mocotó, gelatina,
sorvetes ou picolés à base de suco de frutas coado, semIndicação:
leite. períodos de recuperação, doenças infecciosas,
doenças neoplásicas, queimaduras, gestação, pós-cirúrgicos.
Alimentos a Não pode conter leite e outras preparações que contenhaTodas esse
as situações que requerem um balanço nitrogenado
serem ingrediente. negativo.
evitados Características: alimentação deve ser rica em proteína (15 a
20% do VCT). normocalórica, hiperproteica, normolipídica,
Frequência 6 a 8x/dia, com pequeno volume e administrada de duas em duas horas
normoglicídica. A suplementação é feita com proteína de
(ou menos), para hidratar os tecidos. Deve haver monitorização do
origem animal (alto valor biológico) e, em alguns casos,
volume para evitar a distensão abdominal. necessita-se de proteínas industrializadas (caseína, albumina).
Adequação Consiste em:para
Possui em torno de 500 kcal e, por isso, deve evoluir rapidamente Enriquecer sucos e sopas (ovo, caseína,
a dieta líquida completa. albumina) – tomar cuidado com cálcio x ferro. Aumentar a
porção de carne no preparo das refeições. Acrescentar leite
ou bebidas enriquecidas à base de leite na colação.
Acrescentar leite ou ovo no desjejum.
LAXATIVA Indicação: pacientes que apresentam constipação
intestinal.
Características: rica em fibras insolúveis, farelos, coquetel
laxativo (combinação de óleo, frutas laxativas e farelos).
CONSTIPANTE Indicação: pacientes que apresentam quadros
de diarreias. Exclusão de alimentos considerados laxativos
(mamão, laranja, ameixa, verduras), leite de vaca e
derivados. Inclusão de alimentos constipantes, pobre em
resíduo (fibra insolúvel): limonada, goiaba, maçã, banana,
batata, cenoura cozida. Restrita em lactose (leite e derivados
com lactose)"
HIPOCALÊMICA Indicação: pacientes com alterações nos
níveis plasmáticos de potássio (hipercalemia); renais crônicos,
por exemplo. Restringir alimentos que sejam fontes de
potássio.

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