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Ebook - Harmonização

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Harmonização

orofacial
Preenchedores
Faciais

Integrantes:
Bárbara Armani, Dayany Jácome, Fernanda Braga,
Graciele Sonobe, Isadora Helena, Janaína Nunes, Lorena
Colombini, Thiago Sávio, Vitória Carolaine.
Preenchedores dos planos
profundos voluminadores
Os preenchimentos dos planos profundos
voluminadores são utilizados na
harmonização orofacial para melhorar a
estrutura e a simetria do rosto, além de
proporcionar um aspecto mais jovial e
harmonioso. Esses preenchimentos são
aplicados em camadas mais profundas da
pele e podem ser feitos com diferentes
materiais, como o ácido hialurônico,
hidroxiapatita de cálcio e
policaprolactona.
Não é possível precisar
com exatidão a data e ano
em que cada técnica de
procedimento para
Harmonização Orofacial
foi iniciada, pois a
evolução dessas técnicas
é resultado de diversos
estudos e pesquisas
realizados ao longo dos
anos, com aprimoramentos
constantes.

No entanto, podemos citar alguns marcos


importantes na história da Harmonização
Orofacial:

Ácido Hialurônico: a primeira formulação


comercial de ácido hialurônico para uso
estético foi lançada em 1989 pela empresa
sueca Q-Med. Desde então, o ácido
hialurônico se tornou um dos
preenchedores mais utilizados na
Harmonização Orofacial.
Hidroxiapatita de Cálcio: a
hidroxiapatita de cálcio é um
material utilizado em ortopedia
desde a década de 1980. No
entanto, seu uso em
preenchimentos faciais só se
popularizou a partir dos anos
2000, com o lançamento do
produto Radiesse pela empresa
Merz.
TPMMA:
o Polimetilmetacrilato
(PMMA) é um material
sintético que tem sido
utilizado na medicina
desde a década de 1940.
No entanto, seu uso em
preenchimentos faciais
só começou a ser
estudado na década de
1990, com o
desenvolvimento do
produto Metacrill pela
empresa brasileira
Cristália.
Gordura Autóloga: o uso
da gordura autóloga como
preenchedor em cirurgias
plásticas já era
conhecido desde a década
de 1980. No entanto, seu
uso em Harmonização
Orofacial só se
popularizou a partir dos
anos 2000, com o
desenvolvimento de
técnicas mais refinadas
de coleta e aplicação da
gordura.
Ácido Hialurônico
O ácido hialurônico é um
polissacarídeo composto de unidades
dissacarídicas de ácido
D-glicurônico (GlcUA) e N-
acetilglicosamina (GleNAc) unidas
alternadamente por ligações
glicosídicas B-1.3 e B-1.4
(LEHNINGER. 1988). Esse
polissacarídeo é encontrado
naturalmente nos tecidos conjuntivos
de mamíferos e pode ser extraído do
fluido sinovial (ou seja, um líquido
transparente e viscoso presente nas
cavidades articulares e bainhas dos
tendões), na pele, nos tendões, no
corpo vítreo dos olhos, no cordão
umbilical e da crista de galo (KIM et
al., 1996). Também pode ser obtido a
partir da fermentação de bactérias,
que causa menos alergias em pessoas
hipersensiveis do que a extraida dos
animais.
Ácido Hialurônico
Em 1934, iniciou-se o estudo de uma molécula
versátil, o ácido hialurônico, no
laboratório de Bioquímica do Departamento de
Oftalmologia da Universidade de Columbia, onde
Karl Meyer e seu assistente, John Palmer,
descreveram o procedimento para isolamento
desta substância, até então desconhecida, a
partir do humor vítreo bovino. Na década
subsequente, Meyer e colaboradores se
dedicaram a isolar o AH presente na pele,
articulações, cordão umbilical e crista de
galo. Em 1937, Kendall, Heidelberger e Dawson
observaram semelhança entre um polissacarídeo
da cápsula de bactérias do gênero
Streptococcus do grupo A hemolítica e o AH,
dando início assim ao estudo do AH de origem
microbiana. Só em 1950, Meyer e seus ajudantes
determinaram a estrutura do AH e suas
propriedades. A nomenclatura desta biomolécula
resultou da junção entre o termo grego
hialoide, que significa vítreo, e ácido
urônico, que é a denominação de uma das
moléculas de monossacarídeo que o compõem.
Atualmente, o AH é classificado como
hialuronato por estar presente na natureza ou
em condições fisiológicas, na forma de um
poliânion e não na forma de ácido.
Ácido Hialurônico
Indicações:São muitas as propriedades biológicas do AH,
tais como a capacidade de retenção de
água e o comportamento visco-elástico, que lhe confere um
perfil peculiar tornando-o apropriado para diversas
técnicas e diferentes finalidades de aplicações médicas e
farmacêuticas
Em estética o AH é aplicado com o objetivo de
rejuvenescimento, em forma de preenchimento da boca, em
olheiras profundas, em sulcos e rugas, o que deve ser feito
por médicos especialistas nessa área.
Contra-indicações:Assim como recomendado para os diferentes
produtos cosméticos, o AH não deve ser
utilizado em indivíduos com hipersensibilidade conhecida,
em mulheres grávidas ou no período de amamentação, não deve
ser injetado em uma área onde um implante permanente tem
sido colocado, nem ser aplicado dentro ou próximas de áreas
em que haja doença ativa de pele, inflamações ou feridas.
Ácido Hialurônico
Dentre esses produtos disponíveis no
mercado alguns estão exemplificados a
seguir: Hylaform ®️ (Genzyme Corporation,
USA), Restylane ®️ (Galderma), Perlane ®️
(Galderma), Juvéderm ®️ (Allergan
Industrie SAS, França), Surgiderm ®️
(Allergan Industrie SAS, França),
Belotero ®️ (Anteis AS, Suíça), Redexis ®️
(Prollenium Medical Technologies,
Canada) entre outros.10
PMMA
O PMMA é um polímero termoplástico
completamente amorfo a temperatura
ambiente. Possui alta resistência
química e mecânica e excelente
estabilidade dimensional, devido às
suas cadeias poliméricas rígidas, que
apresentam alternadamente um
grupamento metila ligado aos átomos de
carbono da cadeia principal.
Apresenta boas propriedades ópticas e
resistência a intempéries, ao impacto
e a vários produtos químicos, embora
seja atacado por solventes orgânicos
comuns.
PMMA
O PMMA é um preenchedor permanente,
aloplástico, usado em próteses cirúrgicas
ortopédicas há mais de 50 anos. Em 1936, foi
descoberto que a mistura de PMMA sólido com o
monômero líquido MMA gerava uma massa pastosa,
em função do desenvolvimento de um emaranhado
de cadeias de PMMA, formado pelas cadeias
"antigas" já existentes e as novas em
crescimento devido ao processo de
polimerização (HENDRIKS et. al., 2004).
O PMMA é indicado para o preenchimento de
rugas profundas como sulco nasogeniano e em
tratamento da lipoatrofia facial associada ao
HIV. Deve ser injetado através de microcânulas
de 30 gauge no plano subcutâneo ou mais
profundo, próximo dos ossos (DONOFRIO, 2005;
MCCLELLAND, 1997).
PMMA
A grande vantagem do produto é o seu baixo custo. No
entanto, apresenta como desvantagens: a necessidade
de teste pré-preenchimento quando suspenso em
colágeno bovino; muito denso e viscoso,
impossibilitando aplicações superficiais ou em
mucosas; aplicação dolorosa; risco de irregularidades
na área preenchida e de endurecimento local; risco de
reações imunológicas de corpo estranho com formação
de granulomas e reações inflamatórias crônicas
incluindo hiperemia e edemas crônicos, linfedema de
labio, e reações autoimune; poucos estudos clínicos
sérios conduzidos e poucos dados sobre sua evolução
em longo prazo.
PMMA
A grande vantagem do produto é o seu baixo custo. No
entanto, apresenta como desvantagens: a necessidade
de teste pré-preenchimento quando suspenso em
colágeno bovino; muito denso e viscoso,
impossibilitando aplicações superficiais ou em
mucosas; aplicação dolorosa; risco de irregularidades
na área preenchida e de endurecimento local; risco de
reações imunológicas de corpo estranho com formação
de granulomas e reações inflamatórias crônicas
incluindo hiperemia e edemas crônicos, linfedema de
labio, e reações autoimune; poucos estudos clínicos
sérios conduzidos e poucos dados sobre sua evolução
em longo prazo.
Hidroxiapatita de cálcio
A Hidroxiapatita de Cálcio é considerada um material
preenchedor semi-permanente e quando diluído é
essencialmente um bioestimulador de colágeno.
Semanas após o material ser injetado, o gel de
carboximetilcelulose é absorvido e um volume neutro líquido
aparece através da neocolagênese. A hidroxiapatita de cálcio
se degrada em ions cálcio e fosfato, sendo excretado
lentamente pelo corpo, propiciando um efeito de volume
duradouro por volta de 12 a 18 meses. Com a mudança de
mentalidade no gerenciamento do envelhecimento, no sentido de
tratar de forma tridimensionalcom restituição de volume, ao
invés de preencher rugas isoladas, e com o aumento de
preenchedores disponíveis no mercado; se faz necessário
entender as características fisicoquímicas e conhecer as
propriedades de cada preenchedor, associando ao seu
desempenho, imunogenicidade, aplicações, resultados esteticos,
entregabilidade e longevidade para que o profissional tenha
como decidir qual material será melhor aplicado em cada
situação clínica.
Hidroxiapatita de cálcio
Da mesma forma, Goldberg, reconheceram que a CaHA é
uma valiosa ferramenta quando as características de
um implante líquido são desejadas. Os autores
concluem que o alto modulo de elasticidade da CaHA,
lhe confere esta característica de implante
líquido, especialmente em áreas de difícil
tratamento como queixo e testa. Eles também
concluem que considerando as abordagens em camadas
para restauração de volume, o uso da CaHA
contribuiu para resultados melhores; pois provê um
suporte que serve de "andaime" para outros
tratamentos complementares como outros
preenchedores ou outras intervenções como os fios
de sustentação, podendo levar a ótimos resultados.
Hidroxiapatita de cálcio
Contraindicações:
Os efeitos colaterais mais relatados após o procedimento são
equimose. edema e eritema locais por um período máximo de 2 (duas)
semanas, são complicações discretas, compartilhadas com outros
preenchedores. Dois a 3 (três) meses após o procedimento a paciente
ainda poderá palpar o material no sítio de aplicação (JACOVELLA,
2006). Seu uso para aumento de lábios está em desuso devido formação
de nódulos como em 2 a 36% dos casos, dependendo da experiência do
dermatologista (TZIKAS, 2008, BERLIN, A. et al., 2006, BEER, 2007).
Acredita-se que os nódulos que se desenvolvem no lábio decorram de
particularidades anatômicas locais, em especial do efeito
esfincteriano promovido pelo músculo orbicular oral durante a
mastigação e fala, produzindo migração do produto para planos mais
superficiais onde formam grumos.
Caso Clínico
Paciente C.C.O.C, sexo feminino, 32 anos,
branca procurou atendimento em meu consultório.
Sua queixa principal foi que estava
insatisfeita com o tamanho do seu queixo
(mento), pois achavam sem volume e formato. Na
anamnese não relatou nenhum problema de saúde.
Após a análise do paciente e de suas queixas,
optou- se pela realização de preenchimento com
ácido hialurônico reticulado no terço inferior
da face. Com o paciente sentado em cadeira a
45o, realizamos antissepsia da região com
diglioconato de clorexidina a 2% (figura 1).
Realizou-se anestesia local intraoral
bloqueando o nervo mentoniano. Na região do
mento (Figura 3), definiu-se a linha média do
paciente e iniciou-se com a injeção in bolus,
de 0,5 ml de Perfectha Subskin em cada ponto
com cânula 25g totalizando 1ml de preenchedor.
Após o preenchimento da área foi realizada uma
massagem modeladora para melhor acomodação do
produto nos tecidos.H
Caso Clínico
Referências
hARMSTRONG, D. C., JOHNS, M. R. Culture Conditions
Affect the Molecular Weight
Properties of Hyaluronic Acid Produces by
Streptococcus zooepidemicus. Applied and
Enviromental Microbiology. v.63, n.7, p. 2759-2764,
1997. Disponível em: <
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1389204/
>. Acesso em: mar. 2017.

DOLGHI,SANDRO.AVALIAÇÃO DE IMPLANTES DE
POLIMETILMETACRILATO (PMMA)
PARA PROCEDIMENTOS DE BIOPLASTIA.UNIVERSIDADE FEDERAL
D4 CAMPINA GRANDE
CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Campina Grande 2014

ANDRADE, Waldirene.Hidroxiapatita de Cálcio:


Preenchimento e Bioestimulação de
colágeno, uma revisão de literatura. Lato Sensu da
Faculdade
Sete Lagoa.Barueri
2021

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