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Big Bang - Origem

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O Big Bang e a origem do Universo

A formação de estrelas após o Big Bang

As teorias mais correntes admitem que o Universo se formou com um Big


Bang, ou gigantesca explosão, e que se expandiu de uma forma violentamente
rápida desde uma dimensão infinitesimal até se transformar num banho quase
contínuo e uniforme de calor e de radiação com uma dimensão apreciável. Foi
neste "caldo" que se formaram as primeiras estrelas, a partir da condensação
de hidrogénio e de hélio que foram criados nos primeiros instantes de vida do
Universo (precisamente por serem os átomos mais simples, são os mais fáceis
de criar).

As granularidades do espaço propiciaram a nucleação para a formação das


estrelas (à semelhança das poeiras no ar propiciarem a nucleação para a
formação de flocos de neve), e presume-se que as primeiras estrelas se tenham
formado cerca de 300 milhões de anos depois do Big Bang. Estrelas, convém
recordar, são "máquinas" que consomem combustível (essencialmente
hidrogénio mas também algum hélio) e que produzem, por fusão nuclear (uma
espécie de colagem atómica), átomos de todas as espécies até ao ferro, se as
estrelas viverem o tempo suficiente para isso. Por outras palavras, estrelas são
fábricas de átomos; à medida que o tempo passa, vão fabricando átomos
sucessivamente mais pesados a partir de átomos mais simples.

A nebulosa de Orion, por exemplo, ver figura, é uma região do espaço onde se
formam estrelas.

Um filme que descreve a formação de uma estrela por condensação de


hidrogénio e hélio pode ser visto aqui.
À medida que uma estrela vai consumindo o seu combustível, vai diminuindo
de volume porque vai sendo comprimida pelas forças da gravidade. A luta
entre estas forças e o caldo de partículas no interior da estrela (átomos e
sobretudo neutrinos) conduz à explosão da estrela - a esse evento chama-se
supernova. Quando se dá a explosão, a estrela extingue-se, perdendo o seu
brilho e libertando no Universo todos os átomos que tinha fabricado até então
no seu interior. Nas últimas centenas de anos, existem diversos registos de
explosões de tipo supernova.

As primeiras estrelas viveram muito pouco tempo, pelo que apenas


conseguiram fabricar átomos de tipo mais leve, ou seja, os menos complexos.
Estima-se que tenham vivido apenas alguns milhões de anos. A segunda
geração de estrelas, no entanto, também porque já tinha átomos mais pesados
ao seu dispor e o Universo estava mais frio, viveram bem mais tempo e
fabricaram átomos até ao ferro.

Foram essas estrelas de segunda geração, que viveram alguns milhares de


milhões de anos, que, ao explodir, libertaram no Universo os átomos que
constituem toda a matéria que existe agora, incluindo os átomos que compõem
os nossos corpos e suportam a vida. Esta foi a janela de oportunidade para a
vida: o período que medeia entre uns 500 milhões de anos até 2 mil milhões
de anos desde o Big Bang.

Na nebulosa da Águia, existem outras regiões importantes de formação de


estrelas, descobertas recentemente pelo telescópio espacial Hubble:

Não se sabe ainda como se formaram os planetas. Missões como as actuais da


ESA e NASA a Marte são importantes para o compreender. No entanto, uma
coisa se sabe por certo: somos, de facto, pó das estrelas (stardust).

Existimos, porque estrelas explodiram bem antes de nós.

Esta é uma ilustração de uma das razões porque gosto de Ciência: Ciência não
nos permite ser arrogantes.
sistema solar:
introdução
O nosso Sistema Solar consiste de uma estrela média, a que chamamos
o Sol, os planetas Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano,
Netuno e Plutão. Inclui os satélites dos planetas; numerosos cometas,
asteróides, e meteoróides; e o espaço interplanetário. O Sol é a fonte mais rica
de energia eletromagnética (principalmente sob a forma de calor e luz) do
sistema solar. A estrela conhecida mais próxima do Sol é uma estrela anã
vermelha chamada Próxima Centauro, à distância de 4.3 anos-luz. O sistema
solar completo, em conjunto com as estrelas locais visíveis numa noite clara,
orbitam em volta do centro da nossa galáxia, um disco em espiral com 200
bilhões de estrelas a que chamamos Via Láctea. A Via Láctea tem duas
pequenas galáxias orbitando na proximidade, que são visíveis do hemisfério
sul. Têm os nomes de Grande Nuvem de Magalhães e Pequena Nuvem de
Magalhães. A galáxia grande mais próxima é a Galáxia de Andrômeda. É uma
galáxia em espiral, tal como a Via Láctea, mas é 4 vezes mais massiva e está a
2 milhões de anos-luz de distância. A nossa galáxia, uma de bilhões de
galáxias conhecidas, viaja pelo espaço intergaláctico.
Os planetas, a maior parte dos satélites dos planetas e os asteróides giram em
volta do Sol na mesma direção, em órbitas aproximadamente circulares. Se
olharmos de cima do pólo norte solar, os planetas orbitam num sentido anti-
horário. Os planetas orbitam o Sol num mesmo plano, ou próximo, chamado a
eclíptica. Plutão é um caso especial, porque a sua órbita é a mais inclinada (18
graus) e a mais elíptica de todos os planetas. Por isso, durante uma parte da
sua órbita, Plutão está mais perto do Sol do que Netuno. O eixo de rotação da
maior parte dos planetas é aproximadamente perpendicular à eclíptica. As
exceções são Urano e Plutão, que estão inclinados para um lado.

Composição do Sistema Solar


O Sol contém 99.85% de toda a matéria do Sistema Solar. Os planetas, que se
condensaram a partir do mesmo disco de matéria de onde se formou o Sol,
contêm apenas 0.135% da massa do sistema solar. Júpiter contém mais do
dobro da matéria de todos os outros planetas juntos. Os satélites dos planetas,
cometas, asteróides, meteoróides e o meio interplanetário constituem os
restantes 0.015%. A tabela seguinte é uma lista da distribuição de massa no
nosso Sistema Solar.
Sol: 99.85%
Planetas: 0.135%
Cometas: 0.01% ?
Satélites: 0.00005%
Planetas Menores: 0.0000002% ?
Meteoróides: 0.0000001% ?
Meio Interplanetário: 0.0000001% ?
Vistas do Sistema Solar

A Nossa Galáxia Via Láctea


Esta imagem da nossa galáxia, a Via Láctea, foi tirada com auxílio do Diffuse
Infrared Background Experiment (DIRBE), do Cosmic Background Explorer
(COBE), da NASA. Esta imagem inédita mostra a Via Láctea numa
perspectiva lateral com o pólo norte galáctico em cima, o pólo sul em baixo e
o centro galáctico no centro. A figura combina imagens obtidas em vários
comprimentos de onda próximo do infra-vermelho. As estrelas da nossa
galáxia são a fonte dominante de luz nestes comprimentos de onda. Mesmo
sendo o nosso sistema solar uma parte da Via Láctea, esta vista parece ter sido
obtida de longe porque grande parte da luz vem da população de estrelas que
estão mais próximas do centro galáctico do que o nosso Sol.

A Galáxia de Andrômeda, M31


A Galáxia de Andrômeda, M31, está a uma distância de 2.3 milhões de anos-
luz, sendo por isso a galáxia grande mais próxima da nossa Via Láctea. M31
domina o pequeno grupo de galáxias (de que a nossa Via Láctea também faz
parte), e pode ser vista a olho nu como uma "nuvem" alongada com o
comprimento de uma Lua cheia. Tal como a Via Láctea, M31 é um disco de
estrelas gigante em forma de espiral, com uma concentração de estrelas mais
velhas no centro em forma de bolbo. Sabe-se de há muito tempo que a M31
tem no centro um grupo brilhante e extremamente denso com alguns milhões
de estrelas aglomeradas.

Obliqüidade dos Nove Planetas


Esta ilustração mostra a obliqüidade dos nove planetas. Obliqüidade é o
ângulo entre o plano equatorial de um planeta e o seu plano orbital. Pela
convenção da União Astronômica Internacional (UAI), o pólo norte de um
planeta está acima do plano da elíptica. Por esta convenção, Vênus, Urano e
Plutão têm uma rotação retrógrada, ou uma rotação na direção oposta em
relação aos outros planetas. (Copyright 1999 por Calvin J. Hamilton)

O Sistema Solar
Durante as últimas três décadas uma miríade de exploradores espaciais
escaparam aos confins do planeta Terra e foram descobrir os nossos vizinhos
planetários. Esta imagem mostra o Sol e todos os nove planetas do sistema
solar tal como foram vistos pelos exploradores do espaço. Começando no
canto superior esquerdo está o Sol seguido pelos planetas Mercúrio, Vênus,
Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno, e Plutão. (Copyright 1998 by
Calvin J. Hamilton)

Big Bang

O Big Bang é o momento da explosão que deu origem ao Universo,


entre 12 e 15 bilhões de anos. A partir do primeiro centésimo de segundo após
a explosão o Universo começou a evoluir.
A evolução do Universo teve início, logo após a explosão de uma bola
de matéria compacta, densa e quente, com um volume aproximadamente igual
ao volume do nosso sistema solar. Essa explosão desencadeou uma série de
eventos cósmicos, formando as Galáxias, as Estrelas, os Corpos Planetários e
eventualmente, a vida na Terra.
Esta evolução é conseqüência das reações nucleares entre as partículas
fundamentais do meio cósmico, cujo efeito mais importante, foi a formação
dos elementos químicos, através do processo de núcleo-síntese.
Pesquisas realizadas nos últimos trinta anos, consideram duas principais
fontes responsáveis pela síntese dos elementos químicos.
1. Nucleosíntese durante o Big Bang

2. Nucleosíntese durante a evolução estelar

Nucleosíntese Durante o Big Bang

Durante a grande explosão, partículas subatômicas - como nêutrons (1n),


prótons (1H) e elétrons (e-) - foram geradas. A partir do um centésimo do
primeiro segundo, começou o resfriamento e a expansão do Universo, dando
condições para as reações nucleares que formaram o elemento hidrogênio (H)
e, em seguida o elemento hélio (He).

Nesta fase, houve um momento em que a temperatura não era


suficientemente alta para manter estas reações, devido a expansão e ao
resfriamento contínuo. Isto ocasionou um grande resíduo de nêutrons que
sofreram decaimento radioativo a próton, como na reação nuclear:

Os prótons (1H) e nêutrons (1n) residuais do Big Bang explicam a grande


abundância do hidrogênio (H) no Universo atual.

Nucleosíntese Durante a Evolução Estelar

Quando um núcleo de uma estrela adquire uma certa quantidade de energia,


tem início uma série de reações nucleares:

Com o contínuo processo de expansão e resfriamento do Universo, as


seguintes reações nucleares sucederam nas estrelas:

Os elementos mais pesados do que o lítio foram sintetizados nas estrelas.


Durante os últimos estágios da evolução estelar, muitas das estrelas compactas
queimaram e formaram o carbono (C), o oxigênio (O), o silício (Si), o enxofre
(S) e o ferro (Fe).
Elementos mais pesados do que o ferro foram produzidos de duas
maneiras: uma na superfície de estrelas gigantes e outra na explosão de uma
estrela super nova. Os destroços destas explosões, sofreram influência de
forças gravitacionais e produziram uma nova geração de estrelas.
Entretanto nenhum desses destroços foram coletados por um corpo central,
alguns são coletados por pequenos corpos que entram em órbita em torno de
uma estrela. Estes corpos são os planetas, e um deles é a terra.
Toda a matéria na terra foi formada pelo mecanismo da morte de uma
estrela.
Teoria do Big Bang

A Teoria do Big Bang é baseada nas observações feitas pelo Astrônomo


Edwin Hubble em 1929, que descobriu que em geral todos os corpos celestes
mostram um desvio para o vermelho em seu espectro chamado de "Efeito
Doppler". Hubble postulou que a luminosidade das galáxias era menor quanto
mais rapidamente se distanciavam de nós. Ele acreditava que as galáxias
menos luminosas seriam as mais distantes. Foi daí que surgiu a ídeia de
Lemaitre, de que existiu um momento há 15 milhões de anos no qual todo o
Universo se encontrava em forma de "um átomo primordial" que ocupava um
espaço infinitesimal e sofria pressões e temperaturas enormes (quase
infinitas). Estas condições fizeram que o átomo primordial ficasse estável,
gerando no primeiro centéssimo de segundo uma temperatura de 100.000
milhões de graus e diversas colisões de alta energia entre partículas sub-
atômicas como os quartz e leptons. Meia hora depois da explosão, quando a
temperatura desceu alguns milhões de graus, criaram-se partículas básicas que
deram origem aos elementos químicos conhecidos:

· Quarks formam os prótons

· Antiquarks formam os antiprótons e antinêutrons

· Surgem os Elétrons e pósitrons

· Prótrons e nêutrons se combinam em Núcleos de Hélio, que formam


Átomos.

Mas para se entender o Big Bang, precisamos primeiro saber que ele
ocorreu tão rapidamente, que devemos subdividir os fatos no primeiro
segundo em unidades de tempo menores. Os números muito pequenos, podem
ser compreendidos com maior facilidade por meio da notação científica, que
recorre a potências de 10. Ao término da primeira hora, a matéria existente é
formada de 75& de hidrogênio e 25 % de hélio (por serem de núcleos mais
simples). Ainda não haviam átomos complexos e nem corpos celestes.

Os Restos do Big Bang - O Eco do Big Bang foi estudado pelo Cosmic
Background Explorer (COBE) da NASA, que em 1989 meidu, a baixíssima
temperatura, a radiação cósmica de fundo que impregna o universo. O Mapa
ao lado, mostra as variações de temperatura dessa radiação. As manchas
vermelhas indicam áreas mais quentes se comparadas à temperatura média, e
as azuis mais frias.

Transcorreram 1.000 milhões de anos até que surgissem as nebulosas


(Galáxias) como um aglomerado de gases e partículas. 3.000 milhões de anos
passaram desde a explosão até que se formassem as primeiras estrelas.

Do Infinitamente pequeno ao Infinitamente


Grande
No transcorrer de uma pequena fração de segundo depois do Big Bang,
ocorreram mudanças extraordinárias. O Universo expandiu-se rapidamente de
dimensões infinitesimais até o tamanho aproximado de uma laranja. Dessa
expansão veloz, conhecida como Inflação, emergiu um universo formado por
energia radiante e partículas elementares, como quarks e antiquarks. Após esta
súbita inflação cósmica, o universo era ainda bilhões de vezes mais quente que
o núcleo atual do Sol; somente depois, à medida que prosseguia sua
expansão, o universo foi esfriando. Tal resfriamento foi uma condição
necessária para dar início aso processos de interação entre as partículas e a
radiação. Antes do universo alcançar a idade de um décimo de milésimo de
segundo (0,0001 s), os quarks começaram a formar prótons e nêutrons, que
são as partículas constituintes do núcleo dos átomos.

Matéria e Antimatéria
Ao final do primeiro segundo após o Big Bang, a temperatura reduziu-se a 10
bilhões de graus centígrados e o universo estva dominado por radiações e
partículas leves, como o elétron e sua antipartículas, o pósitron. Atualmente os
astrônomos sabem que partículas de matéria e de antimatéria se destroem
mutuamente (fenômeno chamado de Aniquilação), isto faz com que uma
quantidade de energia seja liberada. Dois minutos após o Big Bang, teve início
um processo de combinação entyre prótons e nêutrons que deu origem ao
núcleo de hélio. Nos 300.000 anos consecutivos não existiram mudanças... A
Transformação mais importante ocorreu quando começou a expansão. A
temperatura esfriou-se até 3.300º C. Nessa hora, os életrons uniram-se aos
núcleos de hidrogênio e hélio, produzindo os primeiros átomos. A Névoa
cósmica dissipou-se. Nos milhões de anos seguintes, a matéria começou a
condensar por força de ações gravitacionais, e cerca de 1 bilhões de anos
depois formaram-se as primeiras estrelas e galáxias.

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Big Bang para principiantes

Se quiser sacudir os seus neurônios cerebrais adormecidos, leia as linhas


abaixo lentamente, com muita atenção. Talvez isso faça você desejar
compreender as idéias básicas da melhor teoria que temos hoje para explicar o
início e a evolução do Universo. Mas lembre-se de que as páginas a seguir têm
uma densidade de informação mais alta que a média e devem exigir um tempo
maior para o entendimento de cada uma de suas frases. Portanto, não leia
apenas; feche os olhos a cada passo e procure formar imagens que facilitem a
sua compreensão. Ponha a parte lógica da sua mente para funcionar e não vá
adiante enquanto não eliminar todas as dúvidas. O prêmio pelo seu esforço
será um novo modo de perceber as coisas do mundo.

Imagine uma época do passado remoto, há bilhões de anos, muito antes do


nascimento da Terra, do Sol e da Via Láctea. Imagine também o espaço
cósmico primordial, escuro e frio, de volume infinito, totalmente vazio, exceto
por um único lugar, uma região extremamente pequena onde repousa a
semente da Criação. Aquele ponto diminuto, de temperatura e pressão
enormes, sofre algum tipo de perturbação interna e detona subitamente numa
grande explosão, criando a matéria. Esta é lançada em todas as direções e
forma uma esfera que ocupa cada vez mais lugar naquele espaço vazio e
infinito anteriormente existente, organizando-se até chegar à configuração
peculiar e menos densa que observamos atualmente. O centro do Universo é o
local onde ocorreu a explosão e corresponde ao centro da grande esfera de
galáxias em expansão que vemos hoje. Se pudéssemos viajar livremente pelo
espaço e dispuséssemos do tempo necessário, conseguiríamos visitar aquela
misteriosa região onde tudo começou. Por outro lado, as galáxias da periferia
da esfera avançam velozmente para o vácuo infinito que se apresenta à sua
frente. Se algum ser inteligente vive em uma delas, percebe que só existem
galáxias numa metade do céu. Com essa constatação, ele raciocina e deduz
que, quando ele olha para o centro da metade escura e vazia do espaço, vê o
ponto para onde sua galáxia se dirige, e, quando olha para o lugar oposto, bem
no meio da região das galáxias, vê o ponto de onde sua galáxia se afasta,
centro do Universo material, onde ocorreu a explosão.

Tudo bem até aqui? Visualizou direitinho? Ótimo! Então preste muita atenção,
porque, se a descrição que você acabou de ler for parecida com a imagem
mental que você tem do Big Bang, você faz parte de uma grande maioria que
ainda NÃO entendeu o que ele significa, porque ele tem bem pouco a ver com
o que está escrito no texto em destaque.

Para superar isso e se preparar para ler artigos ou livros sobre Cosmologia,
você vai ter que exercitar, e muito, a sua imaginação. Vamos fazê-lo por
etapas que devem ser seguidas na ordem apresentada:

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O BIG BANG E A EVOLUÇÃO DO UNIVERSO


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Origem do Universo

__________________________

A idade do Universo

A Evolução do Universo

__________________________
Em 1929, Edwin Hubble anunciou que as galáxias distantes, que estão além
do Grupo Local, afastam-se com velocidades proporcionais às suas distâncias.
Nascia a grande descoberta da Cosmologia moderna, talvez uma das maiores
imaginações do espírito humano: a expansão do Universo! A constante de
proporcionalidade, H, é conhecida por constante de Hubble. Quanto maior for
a distância entre as galáxias maior será a velocidade, independentemente da
direcção de observação. O conhecimento de H permite determinar a distância,
sendo conhecidas as velocidades. Por outro lado, se o Universo está em
expansão, no passado os grupos de galáxias estavam mais próximos uns dos
outros. Se a taxa de expansão do Universo for constante, concluímos que no
instante 1/H os grupos de galáxias se encontravam todos localizados no
mesmo ponto do espaço de densidade infinita. É esse acontecimento - origem
do espaço e do tempo - que é habitualmente designado por Big Bang (ou
Explosão Primordial).
Portanto, a partir do valor de H, podemos estimar a idade aproximada do
Universo. Até há pouco tempo as medidas de H forneciam valores entre 50 e
100 km/s e por megaparsec (Mpc) - o Mpc equivale a 3,26 milhões de anos-
luz. Em outras palavras, uma galáxia que se encontre à distância de 1 Mpc
afasta-se de nós com uma velocidade que está compreendida entre 50 e 100
km/s. Para os valores indicados de H a idade do Universo situa-se entre 10 e
20 mil milhões de anos. Assim, é frequente adotar o valor médio de 15 mil
milhões de anos para dar uma ordem de grandeza da idade do Universo. A
descoberta de E. Hubble de 1929 - um Universo em Evolução - foi sem dúvida
uma das maiores descobertas do século.

Nesta altura, já a teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein tinha


produzido os modelos teóricos capazes de descrever um Universo em
expansão. Mas só nos finais dos anos 40 essas idéias são levadas até às suas
últimas consequências por George Gamow e seus colegas Ralph Alpher e
Robert Herman, que previram a existência de uma radiação cósmica em
equilíbrio térmico, banhando uniformemente o Universo com uma
temperatura de 5 kelvin, relíquia de uma época em que o Universo era muito
quente e denso. A radiação de origem cósmica, prevista pelo Big Bang seria
descoberta em 1964, quase acidentalmente, por Arno Penzias e Robert
Wilson. Desde então têm sido realizadas inúmeras observações para
determinar rigorosamente o seu espectro, para saber se se trata de uma
radiação isotrópica tipo corpo negro, e obter com precisão a sua temperatura
característica. Essas observações confirmaram os resultados iniciais de
Penzias e Wilson: fixaram o valor da temperatura efetiva em 2,73 kelvin e
mostraram que a radiação era extraordinariamente isotrópica. Este resultado
constitui a prova mais sólida a favor do modelo do Big Bang. A outra previsão
notável deste modelo é a relação entre o hélio e o hidrogénio existentes no
Universo.

Recentes descobertas astronómicas têm entretanto modificado a nossa visão


actual do Cosmo, como a "Grande Muralha" de galáxias, descoberta por
Margaret Geller e John Huchra em 1989 com cerca de 500 milhões de anos-
luz; o Grande Atrator, uma misteriosa concentração de massa que parece
estender-se por várias centenas de milhões de anos luz e que atrai o Grupo
Local de galáxias na direcção das constelações da Virgem e do Centauro; e
Grandes Vazios de matéria luminosa limitados por estruturas filamentosas de
agregados de galáxias. No campo teórico foram também avançadas novas
propostas para o Universo Primordial como são os chamados cenários
Inflacionários, segundo os quais o Universo sofre uma expansão acelerada
durante um período muito curto. Apesar de tudo isto, o modelo do Big Bang
continua a possuir o apoio da maioria dos cosmólogos e astrofísicos, que
acreditam poder adequá-lo de modo a incorporar todas estas novas
contribuições. Porém, observações muito recentes do telescópio espacial
Hubble levaram a uma determinação de H que tem provocado grande agitação
no seio da comunidade científica por sugerir uma idade para o Universo,
compreendida entre 8 e 12 mil milhões de anos, claramente inferior à idade
das estrelas mais velhas da Via Láctea. É claro que não é possível admitir que
o Universo seja mais novo que as suas estrelas. Contudo, é ainda assim
possível ajustar o modelo de Big Bang aos novos valores de H de modo a
obter uma idade do Universo compatível com a idade das estrelas mais
antigas, admitindo uma constante cosmológica positiva.

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O BIG BANG E A EVOLUÇÃO DO UNIVERSO

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Origem do Universo

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A idade do Universo

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A Evolução do Universo

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Em 1929, Edwin Hubble anunciou que as galáxias distantes, que estão além
do Grupo Local, afastam-se com velocidades proporcionais às suas distâncias.
Nascia a grande descoberta da Cosmologia moderna, talvez uma das maiores
imaginações do espírito humano: a expansão do Universo! A constante de
proporcionalidade, H, é conhecida por constante de Hubble. Quanto maior for
a distância entre as galáxias maior será a velocidade, independentemente da
direcção de observação. O conhecimento de H permite determinar a distância,
sendo conhecidas as velocidades. Por outro lado, se o Universo está em
expansão, no passado os grupos de galáxias estavam mais próximos uns dos
outros. Se a taxa de expansão do Universo for constante, concluímos que no
instante 1/H os grupos de galáxias se encontravam todos localizados no
mesmo ponto do espaço de densidade infinita. É esse acontecimento - origem
do espaço e do tempo - que é habitualmente designado por Big Bang (ou
Explosão Primordial).
Portanto, a partir do valor de H, podemos estimar a idade aproximada do
Universo. Até há pouco tempo as medidas de H forneciam valores entre 50 e
100 km/s e por megaparsec (Mpc) - o Mpc equivale a 3,26 milhões de anos-
luz. Em outras palavras, uma galáxia que se encontre à distância de 1 Mpc
afasta-se de nós com uma velocidade que está compreendida entre 50 e 100
km/s. Para os valores indicados de H a idade do Universo situa-se entre 10 e
20 mil milhões de anos. Assim, é frequente adotar o valor médio de 15 mil
milhões de anos para dar uma ordem de grandeza da idade do Universo. A
descoberta de E. Hubble de 1929 - um Universo em Evolução - foi sem dúvida
uma das maiores descobertas do século.

Nesta altura, já a teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein tinha


produzido os modelos teóricos capazes de descrever um Universo em
expansão. Mas só nos finais dos anos 40 essas idéias são levadas até às suas
últimas consequências por George Gamow e seus colegas Ralph Alpher e
Robert Herman, que previram a existência de uma radiação cósmica em
equilíbrio térmico, banhando uniformemente o Universo com uma
temperatura de 5 kelvin, relíquia de uma época em que o Universo era muito
quente e denso. A radiação de origem cósmica, prevista pelo Big Bang seria
descoberta em 1964, quase acidentalmente, por Arno Penzias e Robert
Wilson. Desde então têm sido realizadas inúmeras observações para
determinar rigorosamente o seu espectro, para saber se se trata de uma
radiação isotrópica tipo corpo negro, e obter com precisão a sua temperatura
característica. Essas observações confirmaram os resultados iniciais de
Penzias e Wilson: fixaram o valor da temperatura efetiva em 2,73 kelvin e
mostraram que a radiação era extraordinariamente isotrópica. Este resultado
constitui a prova mais sólida a favor do modelo do Big Bang. A outra previsão
notável deste modelo é a relação entre o hélio e o hidrogénio existentes no
Universo.

Recentes descobertas astronómicas têm entretanto modificado a nossa visão


actual do Cosmo, como a "Grande Muralha" de galáxias, descoberta por
Margaret Geller e John Huchra em 1989 com cerca de 500 milhões de anos-
luz; o Grande Atrator, uma misteriosa concentração de massa que parece
estender-se por várias centenas de milhões de anos luz e que atrai o Grupo
Local de galáxias na direcção das constelações da Virgem e do Centauro; e
Grandes Vazios de matéria luminosa limitados por estruturas filamentosas de
agregados de galáxias. No campo teórico foram também avançadas novas
propostas para o Universo Primordial como são os chamados cenários
Inflacionários, segundo os quais o Universo sofre uma expansão acelerada
durante um período muito curto. Apesar de tudo isto, o modelo do Big Bang
continua a possuir o apoio da maioria dos cosmólogos e astrofísicos, que
acreditam poder adequá-lo de modo a incorporar todas estas novas
contribuições. Porém, observações muito recentes do telescópio espacial
Hubble levaram a uma determinação de H que tem provocado grande agitação
no seio da comunidade científica por sugerir uma idade para o Universo,
compreendida entre 8 e 12 mil milhões de anos, claramente inferior à idade
das estrelas mais velhas da Via Láctea. É claro que não é possível admitir que
o Universo seja mais novo que as suas estrelas. Contudo, é ainda assim
possível ajustar o modelo de Big Bang aos novos valores de H de modo a
obter uma idade do Universo compatível com a idade das estrelas mais
antigas, admitindo uma constante cosmológica positiva.

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sistema solar: introdução

O nosso Sistema Solar consiste de uma estrela média, a que chamamos


o Sol, os planetas Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano,
Netuno e Plutão. Inclui os satélites dos planetas; numerosos cometas,
asteróides, e meteoróides; e o espaço interplanetário. O Sol é a fonte mais rica
de energia eletromagnética (principalmente sob a forma de calor e luz) do
sistema solar. A estrela conhecida mais próxima do Sol é uma estrela anã
vermelha chamada Próxima Centauro, à distância de 4.3 anos-luz. O sistema
solar completo, em conjunto com as estrelas locais visíveis numa noite clara,
orbitam em volta do centro da nossa galáxia, um disco em espiral com 200
bilhões de estrelas a que chamamos Via Láctea. A Via Láctea tem duas
pequenas galáxias orbitando na proximidade, que são visíveis do hemisfério
sul. Têm os nomes de Grande Nuvem de Magalhães e Pequena Nuvem de
Magalhães. A galáxia grande mais próxima é a Galáxia de Andrômeda. É uma
galáxia em espiral, tal como a Via Láctea, mas é 4 vezes mais massiva e está a
2 milhões de anos-luz de distância. A nossa galáxia, uma de bilhões de
galáxias conhecidas, viaja pelo espaço intergaláctico.
Os planetas, a maior parte dos satélites dos planetas e os asteróides giram em
volta do Sol na mesma direção, em órbitas aproximadamente circulares. Se
olharmos de cima do pólo norte solar, os planetas orbitam num sentido anti-
horário. Os planetas orbitam o Sol num mesmo plano, ou próximo, chamado a
eclíptica. Plutão é um caso especial, porque a sua órbita é a mais inclinada (18
graus) e a mais elíptica de todos os planetas. Por isso, durante uma parte da
sua órbita, Plutão está mais perto do Sol do que Netuno. O eixo de rotação da
maior parte dos planetas é aproximadamente perpendicular à eclíptica. As
exceções são Urano e Plutão, que estão inclinados para um lado.

Composição do Sistema Solar


O Sol contém 99.85% de toda a matéria do Sistema Solar. Os planetas, que se
condensaram a partir do mesmo disco de matéria de onde se formou o Sol,
contêm apenas 0.135% da massa do sistema solar. Júpiter contém mais do
dobro da matéria de todos os outros planetas juntos. Os satélites dos planetas,
cometas, asteróides, meteoróides e o meio interplanetário constituem os
restantes 0.015%. A tabela seguinte é uma lista da distribuição de massa no
nosso Sistema Solar.
Sol: 99.85%
Planetas: 0.135%
Cometas: 0.01% ?
Satélites: 0.00005%
Planetas Menores: 0.0000002% ?
Meteoróides: 0.0000001% ?
Meio Interplanetário: 0.0000001% ?
Vistas do Sistema Solar

A Nossa Galáxia Via Láctea


Esta imagem da nossa galáxia, a Via Láctea, foi tirada com auxílio do Diffuse
Infrared Background Experiment (DIRBE), do Cosmic Background Explorer
(COBE), da NASA. Esta imagem inédita mostra a Via Láctea numa
perspectiva lateral com o pólo norte galáctico em cima, o pólo sul em baixo e
o centro galáctico no centro. A figura combina imagens obtidas em vários
comprimentos de onda próximo do infra-vermelho. As estrelas da nossa
galáxia são a fonte dominante de luz nestes comprimentos de onda. Mesmo
sendo o nosso sistema solar uma parte da Via Láctea, esta vista parece ter sido
obtida de longe porque grande parte da luz vem da população de estrelas que
estão mais próximas do centro galáctico do que o nosso Sol.
A Galáxia de Andrômeda, M31
A Galáxia de Andrômeda, M31, está a uma distância de 2.3 milhões de anos-
luz, sendo por isso a galáxia grande mais próxima da nossa Via Láctea. M31
domina o pequeno grupo de galáxias (de que a nossa Via Láctea também faz
parte), e pode ser vista a olho nu como uma "nuvem" alongada com o
comprimento de uma Lua cheia. Tal como a Via Láctea, M31 é um disco de
estrelas gigante em forma de espiral, com uma concentração de estrelas mais
velhas no centro em forma de bolbo. Sabe-se de há muito tempo que a M31
tem no centro um grupo brilhante e extremamente denso com alguns milhões
de estrelas aglomeradas.

Obliqüidade dos Nove Planetas


Esta ilustração mostra a obliqüidade dos nove planetas. Obliqüidade é o
ângulo entre o plano equatorial de um planeta e o seu plano orbital. Pela
convenção da União Astronômica Internacional (UAI), o pólo norte de um
planeta está acima do plano da elíptica. Por esta convenção, Vênus, Urano e
Plutão têm uma rotação retrógrada, ou uma rotação na direção oposta em
relação aos outros planetas. (Copyright 1999 por Calvin J. Hamilton)

O Sistema Solar
Durante as últimas três décadas uma miríade de exploradores espaciais
escaparam aos confins do planeta Terra e foram descobrir os nossos vizinhos
planetários. Esta imagem mostra o Sol e todos os nove planetas do sistema
solar tal como foram vistos pelos exploradores do espaço. Começando no
canto superior esquerdo está o Sol seguido pelos planetas Mercúrio, Vênus,
Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno, e Plutão. (Copyright 1998 by
Calvin J. Hamilton)

Sol é a característica mais proeminente no nosso sistema solar. É o


maior objeto e contém aproximadamente 98% da massa total do sistema solar.
Seriam necessárias cento e nove Terras para preencher o disco solar, e no seu
interior poderiam caber para cima de 1.3 milhões de Terras. A camada exterior
visível do Sol é chamada fotosfera e tem uma temperatura de 6.000°C . Esta
camada tem um aspecto manchado devido às erupções turbulentas de energia
à superfície.
Energia Solar
A energia solar é criada na zona profunda do núcleo. É aqui que a temperatura
(15.000.000° C) e pressão (340 bilhões de vezes a do ar na Terra ao nível do
mar) é tão intensa que ocorrem as reações nucleares. Esta reação causa a fusão
de quatro protões ou núcleos de hidrogênio para formar uma partícula alfa ou
núcleo de hélio. A partícula alfa é 0.7 % menos massiva que os quatro protões.
A diferença em massa é expelida como energia e transportada para a
superfície do Sol, por um processo conhecido por convecção, onde é libertada
em forma de luz e calor. A energia gerada no núcleo do Sol leva um milhão de
anos a atingir a superfície. Em cada segundo 700 milhões de toneladas de
hidrogênio são convertidas em cinzas de hélio. No processo, são libertadas 5
milhões de toneladas de energia pura; assim, ao longo do tempo o Sol está a
ficar cada vez mais leve.

Regiões Solares
A cromosfera está acima da fotosfera. A energia solar passa por esta zona no
seu caminho para fora do centro do Sol. Irrompem chamas e fáculas na
cromosfera. Fáculas são nuvens de hidrogénio luminosas e brilhantes que
surgem nas zonas em que as manchas solares estão prestes a formar-se.
Chamas são filamentos brilhantes de gás incandescente que emergem das
zonas das manchas solares. Manchas solares são depressões escuras na
fotosfera com uma temperatura típica de 4,000°C (7,000°F).
A coroa é a parte de fora da atmosfera solar. É a zona em que aparecem as
proeminências. As proeminências são nuvens imensas de gás brilhante que
emergem da cromosfera superior. A zona exterior da coroa alonga-se muito
pelo espaço e consiste de partículas que se afastam lentamente do Sol. A coroa
só pode ser vista durante um eclipse total do Sol. (Ver a Imagem do Eclipse
Solar).

Idade Solar
O Sol parece estar ativo há 4.6 bilhões de anos e tem ainda combustível
suficiente para continuar durante outros cerca de cinco bilhões de anos. No
fim da sua vida, o Sol iniciará a fusão do hélio em elementos mais pesados e
começará a inchar, crescendo tanto que engolirá a Terra. Após um bilião de
anos como gigante vermelha, irá subitamente colapsar numa anã branca -- o
produto final de uma estrela como a nossa. Poderá ainda levar um trilhão de
anos até arrefecer completamente.

Imagens Solares
Proeminências do Sol
Esta imagem foi feita pela Skylab, a estação espacial da NASA, em 19 de
Dezembro de 1973. Mostra uma das mais espectaculares chamas solares
alguma vez registada, afastando-se do Sol, propulsionada por forças
magnéticas. Estende-se por mais de 588,000 km (365,000 milhas) da
superfície solar. Nesta fotografia, os polos solares distinguem-se por uma
relativa ausência de granulação, e uma tonalidade muito mais escura do que na
parte central do disco. (Cortesia NASA)

Cometa SOHO-6 e as Chamas Polares do Sol


Esta imagem da coroa solar foi registada em 23 de Dezembro de 1996 pelo
instrumento sLASCO na nave espacial SOHO. Mostra a faixa interior no
equador solar, onde se origina e é acelerado o vento solar de baixa latitude.
Acima das regiões polares, pode-se ver as chamas solares afastando-se até ao
limite do campo visível. O campo visível desta imagem da coroa estende-se a
8.4 milhões de quilómetros (5.25 milhões de milhas) da heliosfera interior.
Esta imagem foi escolhida para mostrar o Cometa SOHO-6, um dos sete que
se aproximaram do Sol descobertos até agora por LASCO, quando a cabeça
entra na região do vento solar equatorial. Provavelmente acabou por
mergulhar no Sol. (Cortesia ESA/NASA)

Origens do Vento Solar?


"Plumas" de gás quente fluindo da atmosfera solar podem ser uma das fontes
de "vento" solar de partículas carregadas electricamente. Estas imagens,
obtidas em 7 de Março de 1996, pelo Observatório Solar e Heliosférico (Solar
and Heliospheric Observatory - SOHO), mostra (em cima) campos magnéticos
na superfície do sol perto do polo sul solar; (ao centro) uma imagem
ultravioleta das "plumas" de 1 milhão de graus da mesma região; e (em baixo)
uma imagem ultravioleta da atmosfera solar "calma" próximo da superfície.
(Cortesia ESA/NASA)

Um Novo Olhar Sobre o Sol


Esta imagem de gás a 1.500.000°C da fina atmosfera solar exterior (coroa) foi
obtida em 13 de Março de 1996 pelo Extreme Ultraviolet Imaging Telescope a
bordo da nave espacial do Observatório Solar e Heliosférico (SOHO). Cada
pormenor na imagem mostra estruturas de campos magnéticos. Devido à alta
qualidade dos instrumentos utilizados, as ocorrências devidas ao magnetismo
podem ser vistas com maior precisão e melhor do que anteriormente. (Cortesia
ESA/NASA)

Imagem em Raios-X
Esta imagem do Sol em raios-X foi obtida em 21 de Fevereiro de 1994. As
regiões mais brilhantes são fontes de emissões mais potentes de raios-X.
(Cortesia Calvin J. Hamilton, e Yohkoh)

Eclipse Solar de 1991


Esta foto mostra o eclipse solar total de 11 de Julho de 1991, visto da Baixa
Califórnia. É um mosaico digital resultado de cinco imagens, cada uma
exposta correctamente para um raio diferente da coroa solar. (Cortesia Steve
Albers, Dennis DiCicco, e Gary Emerson)

A Expansão do Universo
A Expansão do Universo tem sido comprovada em inúmeras
observações. É uma das grandes descobertas da cosmologia do século XX, um
pilar da ciência contemporânea que parece inabalável. Mas a expansão do
Universo sempre levantou controvérsias.

Trata-se de um fenômeno passageiro ou de um movimento sem fim?


Será que, daqui a muitos milhões de anos, a força da gravidade obrigará o
Universo a contrair-se ou será que a expansão se prolongará indefinidamente?

O primeiro a descobrir a expansão do Universo foi o astrônomo norte-


americano Edwin Powell Hubble (1889-1953), ao anunciar ao mundo, em
1929, que as galáxias se estavam a afastar de nós, com velocidades
proporcionais à sua distância. A relação linear entre a velocidade de
afastamento e a distância veio a tornar-se conhecida como a lei de Hubble.

A descoberta espantou o próprio Albert Einstein (1879-1955), que tinha


ajustado a teoria da Relatividade Geral para evitar tal expansão. A história é
curiosa e é um exemplo famoso do sucesso da Relatividade. Com efeito, em
1917, Einstein notou que a sua teoria implicava uma curvatura do Universo e
que essa curvatura implicava uma expansão ou contracção do cosmos. Um
universo estacionário seria, em termos da geometria relativista, um universo
plano. Einstein introduziu então um elemento adicional nas suas equações, um
factor lambda, uma "constante cosmológica" que cancelaria qualquer
mudança. Quando Hubble descobriu a expansão do universo, Albert Einstein
eliminou esse factor lambda das suas equações e referiu-se-lhe como sendo a
sua “maior asneira” (“my greatest blunder”)

Albert Einstein foi “obrigado” a reformular a sua teoria da Relatividade


quando Edwin Hubble descobriu que o Universo estava em expansão
permanente.

Pedra sobre pedra, a cosmologia parecia estar a completar-se. O Universo


estava em expansão, o que implicava ter-se iniciado a partir de um estado
muito mais diminuto, na realidade de tamanho inconcebivelmente
microscópico. Pensou-se, pois que o Universo teria começado com uma
grande explosão, o Big Bang. As descobertas astronômicas que se seguiram
vieram corroborar essa teoria. Foi descoberto um “ruído de fundo” do
Universo, interpretado como restos da explosão inicial. Em 1992, medidas
muito precisas vieram a detectar irregularidades na radiação de fundo - são
essas irregularidades que explicam a aglomeração da matéria em galáxias,
estrelas e planetas. O edifício teórico parecia inabalável. Algumas dúvidas,
contudo, sempre subsistiram.

Nem tudo estava perfeito. As medidas da massa do Universo nunca


conseguiram fornecer uma resposta definitiva à questão do seu destino último
e as medidas da idade do Universo não permitiam entender exactamente como
se tinha alcançado o estado actual. Entrou em campo Alan Guth, agora no
Massachusetts Institute of Technology, o célebre MIT, que formulou a teoria
do universo inflacionário. Segundo Guth, o Big Bang foi desencadeado
quando uma "gota" do vácuo inicial sofreu uma flutuação que a perturbou.
Iniciou-se uma explosão a ritmo muito maior do que a que se seguiu, uma
explosão de crescimento exponencial que comandou os primeiros instantes do
cosmos. Tudo se passou, diz Guth, como se o Universo tivesse nascido
“criando tudo a partir do nada”.

Durante o crescimento exponencial primitivo, a inflação teria alisado


qualquer curvatura do espaço-tempo, fazendo surgir um universo que é
geometricamente plano. Como a massa e a energia curvam o espaço, um
universo plano teria de conter uma certa densidade de matéria-energia. Essa
densidade seria exatamente a necessária para contrariar a expansão. Mas a
massa e a energia necessárias não parecem existir. Durante muito tempo
foram-se acumulando observações contraditórias, apontando sempre para
valores na fronteira entre a massa necessária para vir a parar a expansão e a
massa insuficiente para tal efeito.
Radiação de Fundo do Universo

Em 1964, a descoberta acidental da radiação de microondas do fundo do


universo pelos rádio-astrônomos Arno Allan Penzias (1933-) e Robert
Woodrow Wilson (1936-), dos Bell Laboratories, sacudiu os últimos crédulos
na Teoria do Estado Estacionário, e reforçou a teoria do Big Bang, ou a
Grande Explosão. Penzias e Wilson, que receberam o prêmio Nobel em 1978,
publicaram seus resultados do excesso de emissão observado no Astrophysical
Journal em 1965, e no mesmo volume Robert Henry Dicke (1916-1997),
Philip James Edward Peebles (1935-), Peter G. Roll, e David T. Wilkison, que
estavam construindo uma antena para procurar por esta emissão, publicaram a
interpretação do excesso como a detecção da radiação remanescente do Big
Bang. A radiação do fundo do universo é o sinal eletromagnético proveniente
das regiões mais distantes do Universo (a 10 bilhões de anos-luz), e que havia
sido predita desde os anos 40 por Ralph Asher Alpher (1921-) e Robert
Herman, associados de George Gamow (1904-1968), como a radiação
remanescente do estado quente que o Universo se encontrava quando se
formou (na verdade quando ele ficou transparente, há 10 bilhões de anos).

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