Manual de Navegação
Manual de Navegação
Manual de Navegação
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................................... 2
2. CONSULTA DE AERÓDROMOS – AISWEB ......................................................................................................... 3
2.1. ROTAER .......................................................................................................................................................... 3
2.2. NOTAM........................................................................................................................................................... 5
3. PLANEJAMENTO METEOROLÓGICO – REDEMET ........................................................................................... 6
3.1. METAR ........................................................................................................................................................... 6
3.2. TAF ................................................................................................................................................................. 7
2.3. Cartas de Vento ............................................................................................................................................. 7
3.5. Interpretação das Informações Meteorológicas ........................................................................................ 9
a) METAR e TAF ............................................................................................................................................. 10
b) Cartas de Vento ......................................................................................................................................... 12
c) SIGWXPROG .............................................................................................................................................. 16
4. PLOTAGEM DA NAVEGAÇÃO ........................................................................................................................... 18
4.1. Plotagem na Carta ...................................................................................................................................... 18
4.2. Rumo Magnético ......................................................................................................................................... 19
4.3. Altitude Mínima de Segurança ................................................................................................................... 21
4.4. Nível de Voo ................................................................................................................................................. 22
4.4. Cálculo e plotagem de TOC e TOD ............................................................................................................ 23
a) Top of Climb - TOC .................................................................................................................................... 23
b) Top of Descent - TOD ................................................................................................................................ 24
4.5. Referências Visuais – Cálculo de Estimados ........................................................................................... 25
4.6. Mudanças de Terminais ............................................................................................................................. 27
5. NAVLOG .............................................................................................................................................................. 29
5.1 Preenchimento do NAVLOG ........................................................................................................................ 30
a) Cálculo de Velocidade em Relação ao Solo – VS (Ground Speed – GS)............................................... 31
6. PLANO DE VOO .................................................................................................................................................. 33
7. BRIEFING METEOROLÓGICO ............................................................................................................................ 34
8. PERFIL VERTICAL – BRIEFING ......................................................................................................................... 35
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1. INTRODUÇÃO
Este manual tem por finalidade facilitar e padronizar as fases de navegação da Escola de
Aviação Civil PLA, contemplando desde a coleta até a interpretação de dados dos aeródromos
envolvidos na missão tais como NOTAM´s e ROTAER´s. Além disso, apresenta a forma correta de
escolher e plotar os pontos ao longo da rota, obter rumos, calcular TOC (Top of Climb) e TOD (Top
of Descent), preencher do Navlog e formas de obter estimados utilizando a velocidade em relação
solo (VS).
A correta utilização deste manual é fundamental para garantir um treinamento eficiente,
sólido e de qualidade, exigindo do aluno estudo constante. A filosofia de treinamento da Escola de
Aviação Civil PLA considera que a hora de voo prática representa uma das partes do processo de
formação dos novos pilotos que aqui formamos. Dessa forma, é fundamental que o interessado
garanta uma base teórica completa e atualizada antes de realizar cada voo.
Um bom preparo teórico torna a experiência da hora de voo prática muito mais proveitosa e
satisfatória, permitindo que o novo piloto antecipe as situações com as quais pode se deparar na
aeronave.
A Escola de Aviação Civil PLA garante um quadro de instrutores altamente qualificados que
têm como objetivo oferecer o melhor treinamento e formação. Este grupo está disponível para
prestar qualquer orientação ou esclarecimento acerca do conteúdo apresentado neste material.
Preserve seu manual pois este lhe acompanhara durante toda a sua fase de navegações na
PLA.
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2. CONSULTA DE AERÓDROMOS – AISWEB
2.1. ROTAER
Para a navegação proposta neste manual, é necessária a consulta do ROTAER das seguintes
localidades/áreas:
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2.2. NOTAM
Nos NOTAM’s (Notificações para aero navegantes) podem ser encontradas todas as
restrições de operações, ativação de áreas condicionadas, pistas impraticáveis, horários de
funcionamento dos serviços de tráfego aéreo e serviços aeroportuários, além de qualquer mudança
que ainda não tenha sido feita no ROTAER.
Para a navegação proposta neste manual, é necessária a consulta dos NOTAM’s das seguintes
localidades/áreas:
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3. PLANEJAMENTO METEOROLÓGICO – REDEMET
- Turbulências;
- Nuvens Cumulus (Possuem alta convectividade);
- Trovoadas;
- Formações de Gelo;
- Deslocamento das massas de ar (Frentes).
Existem outros inúmeros fatores que podem afetar a operação de forma considerável. Para
consultar as condições meteorológicas, se faz necessário a consulta no site da REDEMET,
disponível em: https://www.redemet.aer.mil.br/. No site é possível analisar o METAR e TAF dos
aeródromos envolvidos na operação e os demais produtos meteorológicos produzidos para
navegação aérea.
3.1. METAR
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3.2. TAF
TAF SBAN 121500Z 1218/1306 04005KT 9999 BKN020 FEW025TCU TX27/1218Z TN21/1306Z
PROB40 TEMPO 1219/1222 8000 TSRA BKN020 FEW030CB BECMG 1302/1304 09005KT CAVOK
RMK PCQ=
TAF SBBR 121550Z 1218/1318 30010KT 9999 TS SCT035 FEW045CB TX29/1218Z TN19/1309Z
PROB40 1219/1223 8000 TSRA BKN030 FEW040CB BECMG 1300/1302 FEW040 BECMG
1314/1316 SCT030 FEW040TCU RMK PGG=
TAF SBGO 121550Z 1218/1318 27010KT 9999 SCT030 FEW040TCU TX29/1218Z TN19/1309Z
PROB40 1219/1223 8000 TSRA BKN030 FEW040CB BECMG 1300/1302 34005KT CAVOK BECMG
1312/1314 28010KT BECMG 1314/1316 SCT030 FEW040TCU RMK PGG=
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3.4. SIGWXPROG
As SIGWXPROG são cartas prognósticas e têm como finalidade nos informar se há fenômenos
relevantes e que possam afetar a segurança do voo, como nuvens do tipo cumulus, formação de
gelo, base e topo das camadas, frentes, Jet-Stream, cinzas vulcânicas, pancadas, chuvas etc. Para
a consulta desta carta o mesmo procedimento deve ser feito, acessando o site da REDEMET e
prosseguindo para aba produtos e em cartas.
As cartas SIGWXPROG são confeccionadas pelo CIMAER BRASIL/CNMA BRASIL. No entanto como
essa carta abrange uma área muito extensa, outros órgãos podem confeccionar esse tipo de carta.
O WAFC de Washington por exemplo, cobre a região da América do Norte, mas como a região
proposta se encontra na América do Sul, é responsabilidade do CIMAER a confecção desses
produtos.
Exemplo de SIGWXPROG:
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3.5. Interpretação das Informações Meteorológicas
Essas ferramentas, portanto, são disponibilizadas para tornar o voo cada vez mais eficaz e
seguro. Saber interpretar e ler cada detalhe desses recursos vão auxiliar o piloto a se manter cada
vez mais atento sobre toda sua operação e evitar surpresas ao logo da navegação.
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a) METAR e TAF
Para a consulta das condições meteorológicas para SWNS, foi utilizado como referência o
aeródromo da Base Aérea de Anápolis - SBAN. Ao passar o cursor sobre o respectivo aeródromo,
são apresentadas as informações do METAR e TAF.
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No exemplo acima o TAF apresenta a seguinte previsão:
O TAF segue o mesmo raciocínio, porém existem outras informações que devem ser
observadas. O TAF inicialmente segue a mesma lógica do METAR, com a descrição da localidade
sendo representada pelo código ICAO. O TAF do dia 16 de setembro de 2021, foi confeccionado às
09:00 Z e tem validade entre 12:00 Z e 00:00 Z do dia 16. O vento presente é de 150° com
intensidade de 10 Kt (Vento proveniente do setor sudeste (SE) com 10 nós). A palavra CAVOK, como
mencionado anteriormente, significa que o teto e a visibilidade estão OK. A sigla TN nos representa
a temperatura mínima, que é de 20 °C prevista para as 12:00 Z do dia 16 e a sigla TX representa a
temperatura máxima, que é de 31 °C prevista para as 17:00 Z do dia 16.
A sigla BECMG, do inglês Becoming, significa que o tempo vai ser modificado, em outras palavras,
as condições vão mudar e entre 14:00 Z até 16:00 Z do dia 16, o vento será de 90° graus com
intensidade de 8 Kt e visibilidade horizontal maior ou igual a 10 quilômetros. O TAF acima informa
que haverá poucas nuvens a 4.000 ft e poucas nuvens do tipo torre de cumulus (Towering Cumulus)
a 4.500 ft neste intervalo. Uma nova mudança vai ocorrer no dia 16 no período de 22:00Z a 24:00Z,
e novamente a previsão é estar CAVOK, livre de nuvens abaixo de 1500 metros (5.000ft) e
visibilidade horizontal maior ou igual a 10 quilômetros.
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b) Cartas de Vento
Para a navegação aérea, também se faz necessária a correta interpretação das cartas de
vento. Nela é possível analisar não somente a direção e intensidade do vento em determinada, mas
também a temperatura. As cartas de vento podem ser acessadas através do site do REDEMET na
aba produtos e então em cartas.
As cartas são geradas às 0000Z, 0600Z, 1200Z e 1800Z e sua validade pode ser de até 36
horas, compreendendo os níveis: FL050, FL100, FL180, FL240, FL300, FL340, FL390, FL450 E FL630.
Para consultar a carta referente à navegação proposta, deve-se utilizar as cartas referentes aos
níveis FL050 e FL100, altitude que o voo proposto será realizado.
A imagem acima, mostra a página da consulta de cartas de vento e seus respectivos níveis e
atualizações.
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A carta de vento do exemplo é do dia 22 de setembro, de 12:00Z e compreende o FL050.
Para obter a correta interpretação da carta preciso observar que são utilizadas rebarbas e flâmulas
para apresentar a direção e intensidade do vento. Uma rebarba completa representa 10 Kt, meia
rebarba 5 Kt. Uma flâmula preenchida representa uma intensidade de 50 Kt. Além disso, é
apresentada a temperatura prevista para o nível de voo. Para melhor verificação de como funciona
essa interpretação na prática, seguem exemplos das interpretações das imagens:
A direção é sempre representada para a direção para qual o vento está soprando. O número 10 está
se referindo a temperatura no presente FL050.
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Além de verificar a direção a intensidade do vento é necessário compreender como ele pode afetar
a operação e para isso seguem exemplos de como funciona essa interpretação:
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Vento com 50 Kt de intensidade soprando de Oeste.
Com base nas demais informações, pode-se interpretar de forma correta e segura a carta de
vento mencionada anteriormente:
Na carta acima, será utilizado como referência o Centro-Oeste, contemplando boa parte do
estado de Goiás e do Distrito Federal. A primeira informação relevante é a temperatura positiva de
25 °C. O vento por sua vez está soprando de NW (Noroeste) com intensidade de 10 Kt. Todas essas
informações são referentes ao FL050 as 1200z do dia 22/09.
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c) SIGWXPROG
A carta SIGWWXPROG apresenta várias informações com ícones e desenhos que devem ser
interpretados de forma correta, principalmente na região da navegação proposta. Algumas
informações importantes estão circuladas em vermelho como: Frente Fria, Camada de Nuvens,
pancadas de chuva e chuva.
Além dessas informações, alguns símbolos expressam informações importantes tais quais:
PANCADA DE CHUVA
CHUVA
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FRENTE FRIA
Demais simbologias podem ser encontras no site da REDMET para consulta prévia. Algumas
abreviaturas podem ser encontradas também na SIGWXPROG como CAT (Clear Air Turbulence),
FEW (Poucas Nuvens), EMBD (Nuvens Embutidas), ISOL (Nuvens Isoladas), STNRY (Estacionária),
SHWRS (Pancadas), FOG (Nevoeiro), HZ (Névoa seca), BTN (Entre), OVER (Sobre), dentre outras
abreviações.
A validade da SIGWXPROG é de seis horas, no entanto a sua utilização deve ser considerada
no período de 3h antes e 3h depois da hora que foi especificada, por exemplo: Uma carta de 06:00
Z terá validade entre 03:00 Z e 09:00 Z. As cartas SIGWXPROG são divididas em níveis baixos e
níveis altos, compreendendo os espaços aéreos inferiores e superiores. Os níveis baixos vão da
superfície até o nível 250 (FL250) e os níveis altos vão do nível 250 (FL250) até o nível 630 (FL630).
Portanto deve-se consultar a carta e fenômenos que compreendem a altitude e região a ser voada,
associando também o recurso da SIGWXPROG as imagens de satélites para garantir uma melhor
eficiência na análise meteorológica para a operação.
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4. PLOTAGEM DA NAVEGAÇÃO
Para o planejamento da navegação, deve ser realizada a plotagem da rota na WAC em busca
de obter o rumo magnético, calcular a altitude mínima de segurança para o voo, escolher as
referências visuais na rota e calcular o TOC (Top of Climb) e TOD (Top of Descent).
Para criar uma rota, deve ser traçada uma linha reta unindo dois pontos. Os aeródromos da
navegação propostas são SWNS e SWUZ. O aeródromo SWNS será o ponto “A” e SWUZ o ponto
“B”.
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4.2. Rumo Magnético
Desta forma, podem ser definidos os rumos magnéticos. Utilizando um transferidor deve-se
alinhar o 0° do transferidor com o note geográfico da carta, isso pode ser feito simplesmente
alinhando o norte do transferidor com um meridiano que cruze com a rota.
O ângulo formado, será o Rumo Verdadeiro - RV. Para obter o Rumo Magnético - RM, basta
somar a Declinação Magnética - DMG, que pode é encontrada nas linhas tracejadas ao longo da
carta. Se a DMG for Oeste (W) deve-se somar ao RV, se a DMG for Leste (E), deve-se subtrair do RV.
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RV + DGM = RM
84° + 21° = 105°
O Rumo Magnético obtido foi 105°.
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4.3. Altitude Mínima de Segurança
Com a rota traçada e rumo magnético obtido, deve-se calcular a altitude mínima de
segurança em cruzeiro. Para fazer isso, é preciso obter a elevação máxima de obstáculos nos
setores ao longo da rota checando os quadrantes da WAC.
Deve ser observada a maior elevação, somar 2000 ft e arredondar para o nível VFR
imediatamente acima.
Exemplo Prático:
Neste caso, o resultado já atende a um nível de voo VFR, terminando com “500”.
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4.4. Nível de Voo
Além da obtenção da altitude mínima de segurança para o voo, é preciso definir se a altitude para
esse rumo é ímpar ou par com relação ao rumo magnético, de acordo com a tabela de proas e
níveis a seguir.
O rumo obtido foi de 105° e está entre 000° e 179°. Sendo assim, de acordo com as regras do ar,
será necessário utilizar nível ímpar. Como o nível mínimo de segurança para a rota é o FL065, o
nível selecionado será FL075 para o voo de cruzeiro.
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4.4. Cálculo e plotagem de TOC e TOD
Em seguida, deve ser plotado na carta, o ponto previsto para atingir o FL075 – TOC (Top of Climb)
e o ponto ideal para iniciar a descida para o destino – TOD (Top of Descent)
TOC – FL075
Altitude de Cruzeiro
h – Quantidade de subida
Altitude do Circuito de
Tráfego de SWNS – 4700
ft
Distância percorrida na subida
Esse cálculo é realizado dividindo a quantidade de subida (h) pela razão de subida. O
resultado representa o tempo de subida. Em posse do tempo de subida e a velocidade empregada
na subida, é possível determinar a distância percorrida no solo com uma regra de três.
Exemplo Prático:
Tempo de subida:
2800 ft ÷ 300 ft/min ≈ 9,5 min
t ≈ 9,5 min
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Dessa forma, é possível plotar o ponto TOC na carta:
Exemplo Prático:
Tempo de descida:
3200 ft ÷ 500 ft/min = 6,4 min
t = 6,4 min
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4.5. Referências Visuais – Cálculo de Estimados
Com o TOC e o TOD calculados, é possível definir referências visuais na rota para completar
a navegação visual e estimada. Durante a navegação é necessário realizar a checagem das
referências e estimar os horários, velocidade em relação ao solo e vento.
Para definir os pontos visuais na rota, é necessário utilizar referências não muito pequenas
e que evitem confusão na sua identificação. Referências distantes mais que 6 NM no eixo da rota
são de difícil visualização quando não são grandes o bastante. Por fim, devem ser definidos pontos
na vertical de alguma referência ou no través.
Obs.: Todas as referências que forem de través deverão ser marcadas na carta, formando um
ângulo perpendicular ao eixo da rota.
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Na navegação proposta, na perna entre SWNS e SWUZ, as referências visuais definidas foram:
• Través de Mocambinho
• Início do Lago
• Fio de Alta Tensão (Linhão)
85 NM ------ 60 min
11 NM ------ X min
X = (11 NM x 60 min) / 85 NM
X = 7,76 min ≈ 8 min
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Devem ser calculados os estimados entre cada um dos pontos da rota e, portanto, com os
estimados de TOC e TOD, deve-se chegar ao seguinte resultado:
É necessário que o piloto tenha conhecimento sobre os espaços aéreos pelos quais o voo
vai passar. Na navegação exemplificada neste manual, o piloto vai sair da Terminal Anápolis
(SBXN), entrar na Terminal Brasília (SBWR) e voltar para Terminal Anápolis.
Para isso, é preciso que o ponto e o estimado de saída da terminal e de regresso sejam de
conhecimento do piloto. Por vezes, o órgão de controle do espaço aéreo deve solicitar o estimado
para ingresso ou saída da terminal de sua responsabilidade.
Para determinar este ponto, é necessário utilizar a carta de rota de baixa altitude (ENRC-L –
Enroute Chart – Low) que apresenta os limites das terminais. Para esta navegação, a carta de rota
de baixa altitude a ser utilizada será a ENRC-L L5.
Para determinar o cruzamento da terminal, em primeiro lugar, deve-se marcar os pontos dos
aeródromos na carta ERNC-L L5. Isso deve ser feito utilizando as coordenadas dos aeródromos
encontradas no ROTAER no portal AISWEB.
O próximo passo então, é traçar uma linha entre os aeródromos determinando a rota da
navegação.
Feito isso, deve-se marcar o ponto de cruzamento de terminal e medir a distância da mesma
forma realizada na carta WAC.
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Desta forma, na rota entre SWNS e SWUZ, o ponto de mudança da Terminal Anápolis para a
Terminal Brasília é 18 NM após o aeródromo de partida. Com esses dados e com o estimado até o
TOC é possível calcular o estimado para a Terminal Brasília.
85 NM ------ 60 min
7 NM ------ X min
X = (7 NM x 60 min) / 85 NM
X = 5 min
Portanto, o tempo total entre SWNS e a TMA/Brasília é a soma dos TEV de SWNS para o TOC e do
TOC até a TMA/Brasília:
SWNS -> TOC = 9 min
TOC -> TMA/Brasília = 5 min
Tempo total SWNS -> TMA/Brasília = 14 min
O mesmo procedimento deve ser realizado para o regresso de SWUZ para SBGO.
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5. NAVLOG
Para todas as navegações visuais, o aluno deve portar o NAVLOG preenchido. Este
formulário descreve toda a navegação, apresentando os pontos visuais na rota, as distâncias entre
os pontos, tempo previsto entre eles e demais informações. A Escola de Aviação Civil PLA utiliza o
seguinte padrão de NAVLOG.
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5.1 Preenchimento do NAVLOG
Para iniciar o preenchimento da folha de NAVLOG, primeiro deve ser preenchido o cabeçalho
como no exemplo a seguir:
Os horários de acionamento, decolagem, pouso e corte, deverão ser anotados durante o voo.
O próximo item do NAVLOG que deve ser preenchido, trata-se das referências a serem
utilizadas para a realização do voo. Pode se notar que está e a parte mais importante no
preenchimento do NAVLOG, por isso deve ser preenchida com bastante atenção a fim de evitar
erros.
Nesta parte do planejamento, o piloto deverá preencher os itens Referência, Rumo, Distância, VI e
TEV (Tempo Estimado de Voo). As colunas ETA, ATA e VS, deverão ser preenchidas em voo.
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a) Cálculo de Velocidade em Relação ao Solo – VS (Ground Speed – GS)
Em posse das informações, deve ser feita uma regra de três com a distância em milhas
náuticas e o tempo em minutos.
Dessa forma, se a VS for maior que a VI, o vento está de cauda. Ao contrário, VS menor que
a VI, o vento está de proa.
Exemplo:
Início do Lago -> Fio de alta tensão – Distância: 13 NM aprox.
Tempo de voo entre os pontos: 9 min
Distância = 13 NM
VI = 85 KT
TEV = 9 Min
O estimado para passar pela referência é as 16:44 Z, no entanto foi observado que passou pela
referência as 16:47 Z, 3 min após seus cálculos. Para determinar o tempo percorrido entre as
referências, basta determinar o tempo entre duas referências. A diferença entre ETO’s do Início do
Lago e Fio de Alta Tensão (Linhão) determina o tempo percorrido.
13 NM--------10 min
X NM--------60 min
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Na quarta parte do NAVLOG, o piloto poderá adicionar observações que se fazem
necessárias como proa direta para alternativa, limites de FIR e TMA entre outras.
Note ainda que há também um campo para definir o setor de entrada no circuito, para
aumentar a consciência situacional do piloto. Para utilizar esse campo, basta desenhar a pista com
suas cabeceiras alinhadas para o rumo magnético e indicar com um círculo o setor pelo qual será
a aproximação do aeródromo de destino.
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6. PLANO DE VOO
Nosso plano de voo será um plano completo. O exemplo a seguir sugere a rota entre SWNS SWUZ
SBGO SWNS.
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7. BRIEFING METEOROLÓGICO
No dia do voo, durante o briefing, deve ser consultada a condição meteorológica prevista para a
navegação. Conferir no site AISWEB:
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8. PERFIL VERTICAL – BRIEFING
Com este exemplo fica fácil do piloto visualizar o trajeto vertical da rota, aumentando a
consciência situacional e diminuindo os erros na hora do voo.
• SWNS-SWUZ
• SWUZ-SBGO
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• SBGO-SWNS
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Sites Úteis
https://www.anac.gov.br/
https://www.aisweb.aer.mil.br/
https://www.decea.gov.br/
https://sigma.cgna.gov.br/plni/loginPage
https://www.redemet.aer.mil.br/
https://www.windy.com/
https://skyvector.com/
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