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Políticas de Combate À Dengue, Xika Chikungunya e Febre Amarela

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

CURSO DE BACHARELADO

HELOÍZA MANZINNI DOS SANTOS MARQUES

POLÍTICAS DE COMBATE À DENGUE, XIKA CHIKUNGUNYA E


FEBRE AMARELA

RECIFE
2021
HELOÍZA MANZINNI DOS SANTOS MARQUES

POLÍTICAS DE COMBATE À DENGUE, XIKA CHIKUNGUNYA E


FEBRE AMARELA

Trabalho atribuído como nota


equivalente à disciplina de
Enfermagem Integrada, ministrada
pela Profa. Tereza Cristina de Souza
Maia Romão, para os alunos da Sala
02 - Noite I.

RECIFE
2021
1. INTRODUÇÃO

As doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti estão


presentes na sociedade desde o século XVII onde foi instaurada a epidemia de
febre amarela. A partir dessa ocorrência foram diversos os momentos onde
epidemias de relacionadas ao mosquito. No ano de 1955, foi declarada a
erradicação do vetor em território brasileiro, contudo, em 1960 o mosquito
reaparece nas regiões Sudeste e Nordeste disseminando vetores. Já na
década de 80, a doença reemergente é considerada epidemiológica, e é então
registrada a primeira epidemia de dengue no Brasil.

O aparecimento de patologias relacionadas ao Aedes aegypti são


comumente divididas em três fases, onde a primeira é marcada pelo seu
surgimento com a febre amarela entre os séculos XVII ao XIX no mesmo
momento em que ocorria a expansão mercantilista. A segunda fase é iniciada
no século XX, com a elaboração da vacina contra febre amarela e uso de DDT
para a eliminação do mosquito. E por fim, a terceira fase foi ocorrida no Brasil
no ano de 2015, onde o surgimento da Zika e Chikungunya, e de mais quatro
sorotipos do vírus da Dengue foram notificados e rapidamente foram se
espalhando por todo país.

Assim, a Chikungunya, o Zika vírus e a dengue se tronaram epidêmicos


no nordeste brasileiro durante os anos de 2015 e 2016. Provocando o
adoecimento de uma considerável parcela da população, e trazendo como
consequência sequelas muitas vezes irreparáveis.
POLÍTICAS DE COMBATE À DENGUE, XIKA CHIKUNGUNYA E FEBRE
AMARELA

O mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue, febre amarela, zika


vírus e chikungunya. Nas doenças caudadas pelos mosquitos as primeiras
manifestações são sempre semelhantes, o que resulta na dificuldade em
discernir qual tipo de patologia se faz presente. Os sintomas comumente são
febre alta, cefaleia, dores no corpo e articulações, fraqueza, erupções e prurido
na pele.

A disseminação do vírus é possível através da fêmea que precisa de


sangue pra o amadurecimento dos ovos que são depositados próximos a
superfícies de água limpa, a qual aumenta sua chance de sobrevida. Os ovos
são postos milímetros acima da superfície da água, logo quando chove e o
nível de água aumenta, os ovos entram em contato com a água e são
eclodidos, onde um novo mosquito será gerado.

No Brasil, um fator que complica o controle sobre a disseminação são as


precárias condições ambientais e o acesso deficiente de parcela da população
brasileira para água tratada e saneamento básico. Além disso, a desordem
urbana, deficiência na coleta de dejetos sólidos e uso recorrente de recipiente
plástico também são agentes facilitadores da reprodução do mosquito.

Para o combate eficaz ao mosquito são necessárias ações que


primordialmente alertem sobre a importância do cuidado ativo tanto individual
quanto coletivo para evitar e erradicar o mosquito, assim evitando o acúmulo
de água parada, mantendo tonéis e caixas d’água tampadas, preenchendo
pratos de plantas com areias, e realizando a aplicação de telas e lonas em
materiais de construção e piscinas para não acumular água.

No combate ao mosquito, é necessário o esforço de todos os


profissionais de saúde, gestores da população. Pois é necessário o
envolvimento de diversificados setores como da administração municipal,
limpeza urbana, saneamento, educação e meio ambiente. Estes órgãos unidos
podem de modo eficaz ajudar na erradicação do mosquito vetor.

Os profissionais das UBS são os responsáveis efetivamente pelas ações


de prevenção e controle da dengue e de doenças causadas pelo Aedes
aegypti, e essas ações precisam fazer parte da rotina da unidade, além de
estarem integradas com ás demais ações. Todos os profissionais da equipe de
saúde devem trabalhar em conjunto, assim estabelecendo fluxos e protocolos
de atendimento, garantindo exames laboratoriais e realizando encaminhamento
de casos graves.

O agente de controle de endemias é um dos principais fatores de


contribuição para a disseminação do conhecimento acerca das patologias e
seus impactos na população brasileira. O agente é responsável por encaminhar
os casos suspeitos à UBS, atuar junto aos domicílios informando aos
moradores sobre os sintomas e riscos da doença, além de medidas de
prevenção. Além de promover reuniões com a comunidade para mobilização
de ações de prevenção e combate ao mosquito.

A necessidade de erradicação dos vetores transmissores da dengue,


febre amarela, zika vírus e chikungunya são tão necessários para a sociedade
que foi estabelecida a criação da Portaria N°662, de 13 de Abril de 2016. A
qual autoriza repasse de recursos financeiros do Fundo Nacional de Saúde ao
Fundo de Saúde Estadual, a serem alocados no Piso Variável de Vigilância em
Saúde (PVVS), para a implementação de ações de prevenção, controle e
combate ao "Aedes aegypti".

Logo, o combate ao mosquito deve ser realizado de maneira abrangente


e que conte com a participação ativa da população e dos profissionais de
saúde, integrando assim os conhecimentos científicos juntamente com ações
de prevenção eficazes que possam vir a evitar a proliferação do mosquito.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

É possível perceber que o mosquito transmissor pode facilmente se


reproduzir e com isso, disseminar ainda mais as patologias, e
consequentemente acometendo a sociedade. Então, se fazem necessárias
ações conjuntas que envolvam incentivos repassados pelo Governo Federal
para os municípios. Para que esses possam investir em ações de mobilização
à população, alertando sobre os riscos eminentes que a presença do mosquito
possa causar.

É também fundamental a comunicação interna da equipe de atenção


básica, para que as informações referentes aos casos suspeitos sejam
notificados, e os locais com foco do mosquito sejam compartilhados entre os
integrantes da equipe, para que possam ser erradicados, evitando assim o
contágio.

O trabalho cooperado entre sociedade e os órgãos de saúde é a chave


para o combate eficiente do mosquito. Fazendo com que sua disseminação
seja interrompida, evitando assim danos na sociedade, e trazendo mais
qualidade de vida para todos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Parceria entre Atenção Básica e Vigilância Epidemiológica no controle da


dengue. Revista Brasileira de Saúde da Família, Brasília, n. 16, p. 50-55,
out/dez 2007. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/saudefamilia/revista_saude_familia16.
pdf

JASPER, H. Campanha de combate ao mosquito Aedes aegypti. Ministério


da Saúde. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-
br/assuntos/noticias/ministerio-da-saude-lanca-campanha-de-combate-ao-
mosquito-aedes-
aegypti#:~:text=%C3%89%20importante%20lembrar%20de%20tampar,manter
%20lonas%20para%20materiais%20de

Governo do Estado do Espírito Santo. Aedes aegypti. Secretaria de Saúde do


Estado. Disponível em: https://mosquito.saude.es.gov.br/aedes-aedypti

FERREIRA, J. L. A assertividade das políticas de combate ao aedes


aegypti no controle da tríade dengue - zika - chikungunya: da ameaça à
pandemia. UNASUS. Disponível em:
https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/11071

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