Controle de Constitucionalidade
Controle de Constitucionalidade
Controle de Constitucionalidade
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
1. Introdução
Há que se pontuar que, por ter uma dinâmica de alteração mais rígida, as
normas constitucionais são hierarquicamente superiores às demais espécies
normativas (leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas
provisórias, decretos legislativos e resoluções), caracterizando-se como parâmetro
de validade para as mesmas. Validando, neste aspecto, o princípio da supremacia
da constituição.
2. Controle de Constitucionalidade
3. Controle Difuso.
Quando este controle difuso for realizado por juízo de primeiro grau
(monocrático), da sentença proferida, cabe recurso de apelação ao tribunal, no
prazo de 15 (quinze) dias úteis – art. 219 CPC – neste caso, quando o controle de
constitucionalidade for apreciado pela segunda instância, será necessário observar
a cláusula de reserva de plenário, também conhecida como “full bench”, que dá
maior simbolismo à declaração de inconstitucionalidade, disposta no artigo 97 da
Constituição Federal. Segue o codificado:
“Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos
membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público”.
Por fim, ainda sobre o controle difuso, salienta-se que, em sede de ação civil
pública, a questão de controle de constitucionalidade não poderá ser objeto principal
da ação. Ou seja, não se pode ajuizar uma ação civil pública com o intuito de ter
declarada ou não a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo. Dessa forma, o
controle deverá ser arguido em questão prejudicial de forma incidental, uma vez que
as decisões proferidas em ação civil pública tem, em regra, efeito erga omnes e,
desta feita, sendo possível a declaração de inconstitucionalidade como objeto
principal, ocasionaria a usurpação da competência do Supremo Tribunal Federal.
4. Controle Concentrado.
ADI interventiva (art. 36, inciso III da CF/88) apresenta como um dos
pressupostos para que haja decretação de intervenção federal ou estadual nos
termos da Carta Magna, art. 34. Codifica o artigo 18 da CF/88 que a organização
político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos da
Constituição. Apesar de serem autônomos, os entes da Federação têm que
obedecer aos princípios e regras da CF/88 a fim de manter o equilíbrio federativo.
Neste sentido, se houver risco à manutenção do equilíbrio federativo, é possível a
utilização da intervenção codificada no artigo 34, e, para a utilização deste
mecanismo, necessária a ADI interventiva com a finalidade de proteger a estrutura
constitucional federativa contra atos irregulares de unidades federadas. A
legitimidade ativa, neste caso, será do Procurador Geral da República. Julgada
procedente a ação, o STF requisitará que o Presidente da República decrete a
intervenção.
5.Conclusão.
[2] KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito, Martins Fontes, São Paulo, 1987,
p. 240.