AULA 3 - ADI e ADC
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CONSTITUCIONAL
Aula 3
Ação direta de inconstitucionalidade e
Ação declaratória de constitucionalidade
Paula Pessoa Pereira
Roberto Dalledone Machado Filho
SUMÁRIO
Introdução..................................................................................................3
2. Procedimentos................................................................................... 12
Considerações finais............................................................................. 33
Referências.............................................................................................. 35
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Introdução
INTRODUÇÃO AO PROCESSO 3
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INTRODUÇÃO AO PROCESSO 4
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Na presente aula, portanto, vamos nos dedicar a estudar tópicos relevantes
e controversos das ações direta de inconstitucionalidade e declaratória de
constitucionalidade, a partir da análise da sua legitimidade, do procedimento, dos
efeitos das medidas liminares, dos efeitos das decisões e das técnicas decisórias
necessárias à formulação de respostas jurisdicionais racionais e efetivas.
Antes de adentrarmos essas discussões, esperamos que você entenda bem o
significado e o alcance da função do controle jurisdicional de constitucionalidade dos
atos normativos do poder público e, por conseguinte, do próprio papel e centralidade
do Poder Judiciário e de seu órgão de cúpula, vocacionado à tutela e à guarda precípua
da Constituição Federal.
Assim, temos duas sugestões de vídeos sobre a temática. Confira:
VALE A PENA
CONFERIR
INTRODUÇÃO AO PROCESSO 7
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Artigo 103 da CF
I - o Presidente da República;
I - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
possuem capacidade
postulatória plena IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
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Por outro lado, os partidos políticos com representação no Congresso Nacional
e as confederações ou entidades de classe de âmbito nacional (inciso IX) não possuem
capacidade postulatória primária, devendo estar representados por advogados
no processo. Com relação à capacidade postulatória, cabe destacar a necessidade
de outorga de poderes especiais, com a indicação específica na procuração do ato
normativo a ser impugnado. Não é admissível, sob pena de indeferimento da petição
inicial, a procuração com outorga de poderes genéricos.
Questão controversa na jurisprudência do STF, no contexto da legitimidade
ativa para o ajuizamento das ações constitucionais diretas, centra-se no controle da
representação adequada das confederações ou entidades de classe de âmbito nacional.
Por versar hipótese aberta, que permitiria um amplo acesso da jurisdição constitucional
de perfil concentrado, o Tribunal, por meio de seus precedentes, estabeleceu critérios
de verificação da representação dessas entidades. Nesse sentido, três foram os
requisitos a serem observados pelas confederações e entidades de classe:
abrangência nacional;
Requisitos para representação
representação, no mínimo, em nove estados; e
confederações e entidades de
classe composição homogênea das categorias
profissionais e econômicas representadas.
DICA DE LEITURA
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CURIOSIDADE
INTRODUÇÃO AO PROCESSO 10
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VÍDEO
Fonte: A Juíza
Fonte: Suprema
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2. Procedimentos
Como visto nos tópicos antecedentes, a ADI e a ADC configuram-se como ações
constitucionais estruturantes na conformação do desenho institucional do controle
jurisdicional de constitucionalidade de perfil abstrato e concentrado. O fundamento
normativo dessas ações constitucionais está na própria Constituição Federal, no art.
102, inciso I, alínea a.
A disciplina processual das ações foi implementada no ordenamento jurídico
brasileiro uma década depois de sua previsão constitucional, com a introdução da Lei
nº 9.868 em 1999, que tem por objeto regular o processamento e julgamento das ações
constitucionais de perfil abstrato, dentre elas a ação direta de inconstitucionalidade e a
ação declaratória de constitucionalidade.
O regramento procedimental dessas ações constitucionais, portanto, tem seu
fundamento de validade na própria ordem normativa constitucional, bem como na Lei
nº 9.868/1999, com a complementação subsidiária do Regimento Interno do Supremo
Tribunal Federal que igualmente dispõe sobre a matéria.
Conversaremos, em especial, acerca da Lei nº 9.868/1999, que nos arts. 6º, 8º,
10 e 12 prescreve três ritos procedimentais para o processamento das ações diretas
de (in) constitucionalidade.
O primeiro procedimento é ordinário, padrão para o processamento das
referidas ações nas hipóteses em que não há pedido de medida liminar, ou seja, centra-
se nos pedidos principais de análise da validade constitucional das normas impugnadas.
Nesse rito, o relator pedirá informações aos órgãos e autoridades responsáveis pelos
atos normativos, as quais deverão ser juntadas no prazo de 30 dias (art. 6º). Momento
sucessivo, o relator encaminhará o processo para a oitiva das manifestações da
Advocacia-Geral da União e da Procuradoria-Geral da República, no prazo de 15 dias,
nos termos do art. 8º.
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Por sua vez, o segundo procedimento, previsto no art. 10, trata da hipótese
de ações que veiculam pedidos de medida cautelar. Em razão das alegações de
probabilidade do direito afirmado e do perigo de demora na prestação jurisdicional, o
legislador dispôs procedimento fundado em cognição sumária, com prazos abreviados.
As informações a serem prestadas pelas autoridades devem observar o prazo de 5 dias
(art.10, caput). A Advocacia-Geral da União e a Procuradoria-Geral da República, por
sua vez, a juízo do relator, serão instadas a se manifestar no prazo de 3 dias (art. 10,
§1º).
O terceiro procedimento igualmente incide nas ações formuladas com pedido
de medida cautelar. Todavia, de acordo com o art. 12, nessas situações, o relator, na
análise do problema jurídico-constitucional posto, pode entender que a relevância da
matéria e o especial significado que assume para a ordem social e a segurança jurídica
justificam a adoção de procedimento abreviado, fundado em cognição exauriente e
solucionado por decisão definitiva. O prazo para as informações será de 10 dias e para
as manifestações da Advocacia-Geral da União e da Procuradoria-Geral da República
será de 5 dias.
Como forma de ilustrar a comparação entre os procedimentos, elaboramos um
quadro-síntese com as principais informações:
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Com esse resumo, ficaram mais evidentes os detalhes dos três ritos
procedimentais da ADI e ADC?
Ainda, em termos de procedimento, cumpre destacar, por se tratar de técnica
processual importante para o incremento das perspectivas argumentativas e da
contestação pública das informações apresentadas no processo, principalmente
aquelas relacionadas com matérias ou circunstâncias de fato, a possibilidade de o
relator requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos
para que emita parecer sobre questão de fato, ou designar audiência pública. Nesse
sentido, o art. 9º, § 1º da Lei nº 9.868/1999 assim dispõe:
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Min. Rosa Weber, DJe 2.4.2018, bem como a decisão de convocação conjunta dada
na ADPF nº 403, rel. Min. Edson Fachin, e na ADI nº 5.527, rel. Min. Rosa Weber, DJe
31.5.2017.
Soma-se a esse contexto de formação adequada da fase pré-decisória a
possibilidade de intervenção de amigos da corte, os denominados amicus curiae, cuja
admissão fica a cargo do juízo do relator (art. 7º, § 2º, da Lei nº 9.868/1999). Os amigos
da corte, que não se confundem com a noção clássica de intervenção de terceiros
no processo, fornecem ao Tribunal informações de caráter técnico e especializado,
considerada a relevância da matéria e a representatividades dos postulantes.
INTRODUÇÃO AO PROCESSO 15
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DICA DE LEITURA
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lei (RE nº 343.818, Rel. Min. Moreira Alves), ainda que fundamentos diversos dos
contemplados no acórdão possam ser suscitados.
O reconhecimento da abertura da causa de pedir apresenta ainda curiosas
consequências. Para ilustrar o argumento, citamos o exemplo em que a mesma parte
não pode propor nova ação direta contra o mesmo dispositivo do ato normativo apenas
para agregar novos fundamentos. É causa de litispendência a propositura de nova ação
direta que apresente apenas fundamentos diferentes, mas que guarde idênticas partes
e pedido (ADI nº 5.749, Rel. Min. Alexandre de Moraes). Além disso, a conexão de ações
ocorre apenas na hipótese de identidade de objetos entre as ações (ADPF nº 139, Rel.
Min. Cezar Peluso, DJ 8.5.2008).
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Vale dizer, apenas por maioria de seus membros o Tribunal pode se pronunciar
sobre a constitucionalidade de um ato normativo. Há súmula vinculante editada nesse
sentindo, a Súmula Vinculante 10: “viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo
97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente
a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência,
no todo ou em parte”. Observe, no entanto, que nas medidas cautelares em ações diretas
julgadas pelos tribunais de justiça, a inobservância do quórum de maioria absoluta
não constitui ofensa a essa súmula, mas apenas ao art. 10 da Lei nº 9.868/1999 (Rcl nº
10.114, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe 19.02.2014).
Você consegue imaginar situações em que a urgência e a impossibilidade de
reunião do colegiado possam até mesmo trazer prejuízo para a medida reclamada?
Vamos pensar, por exemplo, em atos que sejam editados durante o recesso forense
ou que, por serem de aplicação imediata, já esgotem todos os efeitos antes mesmo da
realização da reunião do Plenário. Nesses casos, não seria possível admitir a atuação
monocrática do relator? Qual é o seu entendimento?
A resposta dada pela própria legislação está no caput do art. 10 mencionado:
a atuação monocrática, de competência do Presidente do Tribunal (art. 13, VIII, do
RISTF), pode ser feita durante o recesso, ad referendum do Plenário (ADI nº 3.929, Rel.
Min. Ellen Gracie, DJ 11.10.2007). Além disso, em diversos precedentes, os ministros
do Supremo Tribunal Federal têm admitido a possibilidade de atuação monocrática dos
relatores, veja-se, por exemplo, a ADI 4.307, Rel. Ministra Cármen Lúcia. No mesmo
sentido: Rcl 11.768, Rel. Ministra Rosa Weber, DJe 23.02.2016, dada a complexidade e
urgência que caracterizam o problema constitucional posto para deliberação.
Os requisitos para a concessão da medida cautelar, consistentes na probabilidade
do direito (fumus boni iuris) e no perigo da demora na prestação jurisdicional (periculum
in mora), foram desenvolvidos pela jurisprudência do STF e coincidem com os que são
utilizados para o exercício do poder geral cautelar pelo Poder Judiciário.
O efeito da decisão liminar é, como regra, vinculante e erga omnes, mas ex nunc,
nos termos do art. 11, § 1º, da Lei. Além disso e também como regra, a liminar torna
aplicável a legislação anterior acaso existente, nos termos do art. 11, § 2º, da Lei, são
os chamados efeitos repristinatórios. Diz-se “como regra” porque o Tribunal pode, por
deliberação expressa, atribuir excepcionalmente efeitos ex tunc à decisão liminar, assim
como, por meio do arrastamento, impedir a aplicação da legislação anterior. Exemplo
de excepcional atribuição de efeitos ex tunc à decisão liminar é a ADI nº 4.307, Rel.
Ministra Cármen Lúcia, DJ 5.3.2010.
INTRODUÇÃO AO PROCESSO 20
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INTRODUÇÃO AO PROCESSO 21
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PARA REFLETIR
INTRODUÇÃO AO PROCESSO 22
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INTRODUÇÃO AO PROCESSO 23
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PARA REFLETIR
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DICA DE LEITURA
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DICA DE LEITURA
Boas leituras!
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DICA DE LEITURA
INTRODUÇÃO AO PROCESSO 30
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Iniciamos este último tópico de conteúdo com uma questão: quando a declaração
de inconstitucionalidade opera efeitos vinculantes e contra todos (erga omnes)?
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SAIBA MAIS
Outro caso expressivo foi o julgamento da ADI nº 2.240, Rel. Min. Eros Grau, DJ
03.8.2007, que tratou da validade da criação do Município de Luís Eduardo Magalhães,
no Estado da Bahia, sem observância da regra do art. 18, §4º, da Constituição Federal.
Considerações finais
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Referências
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