TCC BarrocoArdenteCara
TCC BarrocoArdenteCara
TCC BarrocoArdenteCara
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Aluno do curso de graduação em Letras Língua Portuguesa na Universidade Federal do Pará - UFPA
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Possui graduação em Letras pela Universidade Federal do Pará(2002), especialização em língua
portuguesa pela Universidade Federal do Pará (2004) e mestrado em Letras pela Universidade Federal do
Pará (2010). Possui especialização em libras (língua brasileira de sinais) pela Faculdade Integrada (2014)).
Tem experiência na área de letras com ênfase em literatura. Atuando principalmente nos seguintes temas:
literatura portuguesa, literatura brasileira, literatura da Amazônia, Língua Portuguesa e narrativas orais.
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appropriated the style as a form of cultural and artistic manifestation. We will also
analyze the role of the Baroque as a "mirror" for our contemporary artists,
analyzing the Baroque arts, elucidating the Brazilian identity within the arts and
equating them with the arts that perpetuate our days, highlighting the contribution
of the Baroque and his presence in the contemporary arts (architecture,
sculpture, music and parties).
INTRODUÇÃO
Na história literária do Brasil, os estilos de época aparecem sempre
subordinados à periodização da historicidade Europeia, em especial, à
portuguesa, geralmente, uma questão talvez por esse motivo mesmo aqui
relegada a um papel secundário nos estudos literários. O Barroco brasileiro já foi
apresentado por nossos historiadores e críticos de diversas maneiras:
Apenas como conjunto de manifestações (CANDIDO, 2000), sem constituir-se
em uma escola literária propriamente no Brasil, portanto descartada de nossa
história literária. Como sombra do Barroco europeu (BOSI, 1999), igualmente
sem status local de estilo de época. Como uma maneira de afirmar-se a
existência de um produto nacional, nossos primeiros escritores, a busca de
nossa identidade cultural (COUTINHO, 1981), deixando de lado as questões
estéticas e, portanto, as estilísticas.
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Ação ou efeito de recrudescer. Aumento com grande intensidade; recrudescência.
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Ideologia, ou doutrina, de acordo com a qual o ser humano é o centro do universo, de tudo, sendo ele
rodeado por todas as outras coisas.
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Crença, ou doutrina, segundo a qual Deus é centro do universo, de tudo o que existe.
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Filho de branco com índio; indivíduo que possui uma ascendência indígena e branca; mestiço, mameluco.
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Pessoa cuja ascendência provém da mistura entre brancos e negros; quem tem o pai negro e a mãe
branca, ou vice-versa. Quem expressa traços e características dessa mistura.
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Aquele que provém da mistura de negro e índio; quem tem o pai negro e a mãe índia, ou vice-versa.
Mestiço de pele muito escura, quase negra, com cabelos lisos.
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4 CULTISMO E CONCEPTISMO
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É o aumento do tamanho de um órgão.
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ARQUITETURA
No Brasil foram construídas a partir da segunda metade do século XVI, as
primeiras igrejas em Olinda e Salvador, as de pau-a-pique10, eram as mais
simples, cobertas com folhas de palmeiras. Ao passar dos anos foi construída a
primeira a exibir um estilo puro do Barroco, a Igreja de são Francisco em Cairú.
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Parede feita de ripas ou varas entrecruzadas, e barro; taipa.
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A fachada desta belíssima igreja foi criada pelo frei Daniel de São
Francisco, num esquema triangular, com volutas no frontão e nas laterais, foi
uma novidade para as pessoas de Cairú.
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Espaço, aberto ou fechado, que fica diante do portal de uma igreja.
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Um frontão é um conjunto arquitetônico de forma triangular que decora normalmente o topo da
fachada principal de um edifício, sendo constituído por duas partes essenciais: a cimalha (base) e as
empenas (dois lados que fecham o triângulo). Provém da arquitetura clássica greco-romana.
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A voluta é uma forma de ornamento em espiral, há séculos vem sendo utilizada em exemplos aplicados
na geometria, além de servir como objeto de adorno, no arremate de colunas, modilhões, mísulas e
outros. As colunas ornadas por essa forma tem origem no povo jônio, da Grécia antiga. É também um dos
símbolos da arquitetura dos períodos Maneirista e Barroco.
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A abóbada é uma construção em forma de arco com a qual se cobrem espaços compreendidos entre
muros, pilares ou colunas. Compõe-se de peças lavradas em pedra especialmente para este fim,
denominadas aduelas, ou de tijolos apoiados sobre uma estrutura provisória de madeira, o cimbre.
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PINTURA
Imagem 3: detalhe da pintura do teto da igreja de São Francisco de Assis, feita por
Mestre Ataíde. Ouro Preto Minas Gerais
Disponível em:http://www.acervobrasil.com/tag/mestre-ataide/
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João Xavier Traer, nasci na Áustria. A ele são atribuídos os dois magníficos púlpitos da igreja de santo
Alexandre e do colégio, além de outros trabalhos.
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ESCULTURA
bíblicas, vão privilegiar ao usos de materiais como barro cozido, cedro e pedra-
sabão16.
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Esteatito (também pedra de talco ou pedra-sabão) é o nome dado a uma rocha metamórficatalco,
compacta, composta sobretudo de talco (também chamado de esteatite ou esteatita) mas contendo
muitos outros minerais como magnesita, clorita, tremolita e quartzo, por exemplo. É uma rocha muito
branda e de baixa dureza, por conter grandes quantidades de talco na sua constituição. A pedra-sabão é
encontrada em cores que vão de cinza a verde. Ao tato, dá uma sensação de ser oleosa ou saponácea,
derivando-se daí sua designação de pedra-sabão. Existem grandes depósitos, de valor comercial no Brasil,
em maior escala no estado de Minas Gerais
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Disponível em:https://cronicasdumasviagens.wordpress.com/tag/aleijadinho/
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O Museu de Arte Sacra é composto pela Igreja de Santo Alexandre e pelo antigo palácio episcopal
(originalmente Colégio de Santo Alexandre). Os dois edifícios foram construídos para compor um
conjunto, no qual a igreja era o centro irradiador, como foi exemplar da arquitetura jesuítica no Brasil. A
igreja teve o início da sua construção por volta de 1698 e inauguração a 21 de março de 1719. É composta
por nave única, transepto e oito capelas laterais. A sacristia localiza-se no braço esquerdo da nave. A
decoração é caracterizada pela arte barroca, com forte acento tropical, destacando-se as peças
produzidas pelos jesuítas e pelos índios. Além da função litúrgica, a igreja também funciona como espaço
cênico-musical para espetáculos teatrais e recitais, além de ser objeto museal, fazendo parte do roteiro
de visitação do museu. O acervo do Museu de Arte Sacra do Pará compõe-se por imaginárias datadas dos
séculos 18 e 19 e objetos litúrgicos, somando cerca de 320 peças expostas no primeiro pavimento do
palácio episcopal e no corpo da igreja.
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Disponível em:http://www.culturapara.art.br/museus_galerias.htm
POESIA
Conflito espiritual: O homem barroco sente-se dilacerado e angustiado
diante da alteração dos valores, dividindo-se entre o mundo espiritual e o mundo
material. O conflito entre vida e morte, entre o sagrado e o profano,
peculiaridades vistas na poesia Barroca.
Se Pica-flor me chamais,
Pica-flor aceito ser,
mas resta agora saber,
se no nome, que me dais,
meteis a flor, que guardais
no passarinho melhor!
se me dais este favor,
sendo só de mim o Pica,
e o mais vosso, claro fica,
que fico então Pica-flor
(Gregório de Matos)
Disponível em:http://www.jornaldepoesia.jor.br/gregoi10.html
A poesia barroca de Matos, está articulada com a mistura do, índio, negro
e europeu. Uma poesia, portanto, que reflete bem o barroco, esse
entrecruzamento, de costumes, cultura. Além disso, a poesia gregoriana também
reflete o Barroco tropical, Ardente um Barroco do cruzamento de pares da
mutações, dos trópicos entrelaçam aos do colonizador. Gregório redefine, no
Brasil, um estilo poético que veio com o colonizador, mestiço; incorpora a sua
tropicalidade na poesia Barroca.
PROSA
Sermão de Santo Antônio
Vós, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal
da terra, porque quer que façam na terra o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção;
mas quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela que têm ofício
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de sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção? (...) Enfim, que havemos de pregar
hoje aos peixes? Nunca pior auditório. Ao menos têm os peixes duas boas qualidades de
ouvintes: ouvem e não falam. Uma só cousa pudera desconsolar o Pregador, que é serem gente
os peixes que se não há-de converter. Mas esta dor é tão ordinária, que já pelo costume quase
se não sente (...) Suposto isto, para que procedamos com clareza, dividirei, peixes, o vosso
sermão em dois pontos: no primeiro louvar-vos-ei as vossas atitudes, no segundo repreender-
vos-ei os vossos vícios. (...)
Fragmento do Sermão de Santo Antônio (Padre Antônio Vieira)
Disponível em: https://pastorchicco.wordpress.com/2008/11/11/sermao-de-santo-antonio/
É certo que Vieira soube, com mestria que remarcará por igual todo
o seu sermonário, desmatar o estilo dos excessos decorativos,
aclará-lo da tonalidade ofuscante da imagem culta e rebuscada,
mas sem com isso violentar a estrutura do sermão, a sua natureza
de artificio construído segundo o jogo retórico que ele procurará
todavia tornar mais tenso pela precisão semântica e o rigor do
amarramento sintático, mais eficaz como processo persuasório pela
técnica de recorrência iterativa da linguagem. (Ávila Affoso I, 1928,
P .102)
Vieira vai ter como critica nesse sermão a corrupção, vai usar das figuras
de linguagens, como a metáfora comparando os vícios dos colonos com várias
espécies peixes para criticar a corrupção existente por meios dos colonizadores
e dos próprios membros de sua paróquia, vai criticar a relação de poder dos
colonos para com os índios onde eles vão se se aproveitar da condição do nativo,
para os escraviza - lós e impor seus costume e poder. Vai fazer de seus sermões
arma para combater o protestantismo, mas com vária críticas, também para a
coroa e a igreja. Nesse sermão vamos perceber muito o uso da alegoria,
principalmente na comparação das espécies de peixes com os corruptos.
Outro grade escritor da prosa barroca que vai ser Sebastião da Rocha
Pita, sua obra mais famosa é, A História da América Portuguesa, publicada pela
primeira vez em 1730, foi, durante muito tempo, considerada a primeira História
do Brasil digna desse nome. Isto é, o primeiro relato sobre a maior parte da então
colônia portuguesa desde a chegada dos lusitanos, em 1500, até as vésperas
de sua publicação, em 1724. Trata-se de um documento essencial para a
compreensão da forma como nós, brasileiros, ainda hoje enxergamos nossa
existência como nação.
Do Nôvo-Mundo, tantos séculos escondido e de tantos sábios caluniado, onde não
chegaram Hanão com suas navegações, Hércules Líbico com suas colunas, nem Hércules
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Tebano com suas empresas, é melhor porção o Brasil; vastíssima região, felicíssimo terreno, em
cuja superfície tudo são frutos, em cujo centro tudo são tesouros, em cujas montanhas e costas
tudo são aromas, tributando os seus campos o mais útil alimento, as suas minas o mais fino
ouro, os seus troncos o mais suave bálsamo, e os seus mares o âmbar mais seleto, admirável
país, a todas as luzes rico, onde, prodigamente profusa, a natureza se desentranha nas férteis
produções, que em opulência da monarquia e benefício do mundo apura a arte, brotando as suas
canas espremido néctar, e dando as suas frutas sazonadas a ambrósia de que foram mentida
sombra o licor e vianda que aos seus falsos deuses atribuía a culta gentilidade.
Em nenhuma outra região se mostra o céu mais sereno, nem madruga mais bela a
aurora: o sol em nenhum outro hemisfério tem os raios tão dourados, nem os reflexos noturnos
tão brilhantes; as estrelas são as mais benignas e se mostram sempre alegres; os horizontes,
ou nasça o sol, ou se sepulte, estão sempre claros; as águas, ou se tomem nas fontes pelos
campos, ou dentro das povoações nos aquedutos, são as mais puras; é, enfim, o Brasil terrenal
paraíso descoberto, onde têm nascimento e curso os maiores rios; domina salutífero clima;
influem benignos astros, e respiram auras suavíssimas, que o fazem fértil e povoado de inúmeros
habitadores, posto que, por ficar debaixo da tórrida zona, o desacreditassem e dessem por inabi-
tável, Aristóteles, Plínio e Cícero; e com os gentios os padres da Igreja, Santo Agostinho e Beda,
que, a terem experiência deste feliz orbe, seria famoso assunto das suas elevadas penas, aonde
a minha receia voar, posto que o amor da Pátria me dá asas, e a sua grandeza me dilata a esfera.
(História da América Portuguesa, liv. 1. °, pp. 1-4). Seleção e Notas de Fausto Barreto e Carlos
de Laet. Fonte: Antologia nacional, Livraria Francisco Alves).
Disponível em: http://www.consciencia.org/sebastiao-da-rocha-pita
MÚSICA
“E bem que quis a mísera fortuna, que vos fosse molesta e que importuna a hospedagem, senhor
desta Bahia. Sabem os Céus e testemunha sejam, que dela os naturais só vos desejam faustos
anos de vida e saúde, de próspera alegria, pela afável virtude de vossa generosa urbanidade,
com que a todas honrais, desta cidade!
TEATRO
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Valorização de temas e padrões estéticos da arte clássica antiga. Heróis e seres da mitologia grega, por
exemplo, foram temas recorrentes nas pinturas e esculturas neoclássicas. Na literatura, os textos
apesentam como características principais a síntese, clareza e perfeição gramatical, em contraste com os
rebuscamentos, dramaticidades e complexidades do barroco.
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Imagem 10: Igreja de são Francisco de Assis em belo horizonte – Mina gerais
Disponível em: http://www.mochilinhagaucha.com.br/2013/05/igreja-da-pampulha-belo-
horizonte.html
Imagem 11:igreja de são Miguel arcanjo em vila de Beja, distrito de Abaetetuba no Pará.
Disponível em: http://anajuliacarepa13.blogspot.com/2011/09/minha-ida-ao-cirio-da-vila-de-
beja.html
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A igreja de são Miguel arcanjo vai ter uma influência muito forte da
arquitetura barroca, nela vamos ter a presença das torre, do frontão, das curvas,
a faixada muito parecida com a barroca, principalmente o frontão como foi dito e
as portas em curvas e a presença das duas travessas. A igreja foi construída
inicialmente por padres capuchinhos, porém só foi inaugurada 1884 por padres
jesuítas o distrito de Beja é mais antigo que a cidade de Abaetetuba, no início da
evangelização, a maioria da população era de indígenas e ex- escravos, que
forma um dos construtores braçal, da igreja, a igreja é tombada pelo patrimônio
Histórico
FESTAS
A festa do Triunfo Eucarístico foi realizada com pompa e ostentação, em
25 de maio de 1733, quando o Santíssimo Sacramento foi transferido da igreja
do Rosário para a matriz do Pilar de Vila Rica. Vai expressar a festividade e
alegria celebrando a riqueza do ouro de minas gerais. A festas barrocas, eram
espetáculos visuais: janelas adornadas com colchas de damasco e seda, flores,
alegorias, homens a cavalos luxuosamente vestidos. Já se via nela a
integralização das culturas, onde crianças mulatas saiam vestidas com riqueza
e requinte, tentando passar que todos participavam das riquezas das Minas.
é comum aos outros maracatus. São elas: Dona Leopoldina, Dom Luís e Dona
Emília, que representam os orixás Iansã, Xangô e Oxum, respectivamente. Outra
característica singular do Nação Elefante é o fato de ter sido o primeiro a ser
conduzido por uma matriarca, pois até então os maracatus sempre tinham sido
regidos por uma figura masculina.
Os cortejos de maracatu são uma tentativa de refletir as antigas cortes
africanas, que ao serem conquistados e vendidos como escravos trouxeram
suas raízes e mantiveram seus títulos de nobreza, para o Brasil. O cortejo é
composto por uma bandeira ou estandarte abrindo as alas. Logo atrás, segue a
dama do paço, que carrega a mística calunga, representando todas as entidades
espirituais do grupo. Atrás dela, seguem as Yabás (popularmente chamadas de
baianas) e, pouco depois, a corte, o rei e a rainha dos maracatus. Os títulos de
rei e rainha são passados de forma hereditária. Essa ala representa a nobreza
da Nação. De cada lado seguem as escravas ou catirinas, normalmente jovens,
que usam vestimentas de chitão19.
Mantendo o ritmo do desfile, seguem os batuqueiros. Os instrumentos são
diversos: alfaias, que são tambores, caixas ou taróis, ganzás e abês, esses
conduzidos por mulheres que vão à frente desse grupo e que fazem, do seu
toque, um show a parte.
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Estampada de ramagens grandes.
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MÚSICA
Em nossos dias muitas das nossa músicas vão ter uma forte influência da
poesia barroca, principalmente a poesia de Gregório de matos. Em seu disco
Transa, lançado em 1972, Caetano vai musicalizar um poema de Gregório de
Matos, o que implica no ato antropofágico e na intercomunicação entre os
artistas de ontem e hoje.
As aproximações entre o homem de hoje e o Barroco vão além de
uma simples sintonia de sensibilidade, motivada pelo recurso a
formas afins de expressão estética. A identidade com o Barroco,
ainda que revelada mais obviamente no plano da atitude artística,
transcende, a nosso ver, a uma questão de similaridade de
linguagem, de forma, de ritmo, para refletir de modo mais profundo
uma bem semelhante tensão existencial. O homem Barroco e o do
século XX são um único e mesmo homem agônico, perplexo,
dilemático, dilacerado entre a consciência de um mundo novo –
ontem revelado pelas grandes navegações e as ideias do
humanismo, hoje pela conquista do espaço e os avanços da técnica
– e as peias de uma estrutura anacrônica que o aliena das novas
evidências da realidade – ontem a contrarreforma, a inquisição, o
absolutismo, hoje o risco da guerra nuclear, o subdesenvolvimento
das nações pobres, o sistema cruel das sociedades altamente
industrializadas vivendo aguda e angustiosamente sob a órbita do
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Araripe Júnior (1910) afirma que, embora não podendo provar a influência
de Gregório por via documentária, é incontestável que essa influência seja
percebida pela imitação de seu modo de poetar. Nos remete que em toda a
literatura Brasileira vamos ter a influência de algum escrito de Gregório. Caetano
Veloso vai figurar como um desses amantes da poesia de Gregório Caetano sob
influência de Gregório, vai compor um disco inspirado em Triste Bahia,
confirmando a afirmação de Araripe (1910), transpassa as gerações, está no
ontem mas também no hoje, iluminando os artistas de nossa contemporaneidade
Acima esta parte da música de Caetano Veloso que vai expor assim como
Gregório a crítica social do governo para com os moradores da Bahia, vai expor
em sua música a cultura baiana, fazendo referência aos ritmos da cultura da
Bahia, que tem muita característica africana e ao mesmo tempo fazendo
referências a Maria, ou talvez a Iemanjá, essa mistura de cultura sincrética revela
a dimensão que é a arte barroca, que vai do sagrado ao profano de Gregório a
Caetano.
Outra música que vai ter toda essa mistura de barroco e atualidade é a
música Brasís de Seu Jorge, nela vamos ter a interpretação do artista em vários
tipos de “Brasis” vai ter essa ardência do barroco brasileiro, a mistura das
culturas africanas, europeias e indígenas, vamos ter o jogo de ideia alegórica, a
antítese vai está muito presente, nesse jogo de coisa boas e ruins, de rico e
pobre, de negro e branco, de índio e branco, vai retratar a sátira da grande
diferença social do brasil.
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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
8 REFERÊNCIAS:
ARARIPE JUNIOR, T. de A. Obra Critica de Araripe Júnior. (Dir., de A.
Coutinho) 1ª. Ed. Rio de Janeiro: Casa de Rui Barbosa: MEC, 1958:I; 1960: II;
1963: III 1970: V.
PRIORE, Mary del Histórias da gente brasileira: volume 1: colônia / Mary del
Priore. – São Paulo : LeYa, 2016.
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http://maracatu.org.br/o-maracatu/breve-historia/