O documento descreve o processo de carbonatação no concreto, no qual o dióxido de carbono reage com os elementos alcalinos presentes, reduzindo o pH. Isso cria condições para a corrosão da armadura, dividindo o concreto em regiões de pH alto e baixo. A frente de carbonatação avança, despassivando a armadura à medida que se aproxima dela.
O documento descreve o processo de carbonatação no concreto, no qual o dióxido de carbono reage com os elementos alcalinos presentes, reduzindo o pH. Isso cria condições para a corrosão da armadura, dividindo o concreto em regiões de pH alto e baixo. A frente de carbonatação avança, despassivando a armadura à medida que se aproxima dela.
O documento descreve o processo de carbonatação no concreto, no qual o dióxido de carbono reage com os elementos alcalinos presentes, reduzindo o pH. Isso cria condições para a corrosão da armadura, dividindo o concreto em regiões de pH alto e baixo. A frente de carbonatação avança, despassivando a armadura à medida que se aproxima dela.
O documento descreve o processo de carbonatação no concreto, no qual o dióxido de carbono reage com os elementos alcalinos presentes, reduzindo o pH. Isso cria condições para a corrosão da armadura, dividindo o concreto em regiões de pH alto e baixo. A frente de carbonatação avança, despassivando a armadura à medida que se aproxima dela.
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CORROSÃO POR CARBONATAÇÃO O fenômeno de carbonatação pode ser definido como a
interação físicoquímica entre, o dióxido de carbono (CO2) e o hidróxido de cálcio, Ca(OH)2,
resultando na redução do pH do concreto. Outros gases ácidos também podem ser responsáveis pela alteração do pH da solução, como o dióxido de enxofre (SO2) e gás sulfídrico (H2S). Porém, no presente estudo serão abordados apenas os processos envolvendo o CO2, por ser de maior disponibilidade no ambiente que os demais citados. A deterioração da armação está diretamente associada a estrutura porosa do concreto e, no caso da corrosão por carbonatação, não é diferente. Dado a porosidade do concreto, o CO2 presente no ar penetra no concreto por difusão e se propaga em direção ao interior da estrutura. O dióxido de carbono, na presença de água, reage com os elementos alcalinos presentes no concreto, como o hidróxido de cálcio – Ca(OH)2 -, o hidróxido de potássio (KOH) e o hidróxido de sódio (NaOH), formando carbonatos (SANTOS, 2015, p.5). O hidróxido de cálcio é o composto alcalino em maior quantidade no concreto, sendo sua dissolução fator determinante para redução do pH da solução. A solubilidade do hidróxido de cálcio é inferior à dos demais álcalis por ser encontrado na forma de cristais, enquanto os hidróxidos de sódio e potássio são encontrados nos poros do cimento dissolvidos na forma de íons (HELENE, 1993, p.99). Como os íons hidroxila (OH- ) presentes na solução intersticial dificultam a dissolução do hidróxido de cálcio, o fenômeno de carbonatação tem seu início com os álcalis KOH e NaOH (mais solúveis), formando íons OH- , K+ e Na+ que reagem com os íons H+ e HCO3 - (resultantes da dissolução do CO2 em água), formando os carbonatos de potássio (K2CO3), carbonato de sódio (Na2CO3) e H2O. A seguir, estão expressas as reações simplificadas que representam a carbonatação dos hidróxidos de sódio e potássio: CO2 (g) + H2O (l) → H+ (aq) + HCO3 - (aq) (10) 2 K+ (aq) + OH- (aq) + HCO3 - (aq) → K2CO3 (aq) + H2O (l) (11) 2 Na+ (aq) + OH- (aq) + HCO3 - (aq) → Na2CO3 (aq) + H2O (l) (12) 21 Com a redução na concentração de íons OH- , o hidróxido de cálcio, na presença de água, inicia seu processo de dissolução. Os íons resultantes reagem com os íons produto da interação do CO2 com a água, formando o carbonato de cálcio (CaCO3). As etapas envolvidas estão descritas a seguir. Ca(OH)2 (aq) → Ca2+ (aq) + 2OH- (aq) (13) CO2 (g) + H2O (l) → H+ (aq) + HCO3 - (aq) HCO3 - (aq) → H+ (aq) + CO3 2- (aq) (14) (15) Ca2+ (aq) + CO3 2- (aq) → CaCO3 (s) (16) A princípio, a carbonatação seria benéfica para a estrutura, pois confere ao concreto maior resistência mecânica e torna o mesmo menos suscetível a penetração de agentes agressivos devido a formação do CaCO3, que promove o fechamento parcial dos poros do concreto. Entretanto, a formação dos carbonatos não é suficiente para cessar o andamento das reações, uma vez que o gás carbônico já presente no interior do material dá continuidade a lixiviação do Ca(OH)2. Com o passar do tempo, a tendência é de que haja redução na intensidade das reações de carbonatação (ROCHA, 2015, p.6). O real problema se encontra na redução da alcalinidade na região próxima à superfície da armadura, criando condições favoráveis ao início da oxidação do aço. A carbonatação inicia-se na superfície do concreto, constituindo uma frente de carbonatação que comporta uma sequência de reações complexas, onde o principal produto é o CaCO3. A frente de carbonatação avança em direção ao interior do material, dividindo o concreto em duas regiões de pH bastante distintos, uma com valores em torno de 12 e outra com valores em torno de 8, conforme representado pela Figura 1. Ao aproximar-se da armadura, o filme passivo perde estabilidade (devido à redução na alcalinidade), despassivando a armadura e dando origem a um processo de corrosão generalizada. (ROCHA, 2015, p.6).