Tese Interesse Público Tabelas
Tese Interesse Público Tabelas
Tese Interesse Público Tabelas
Brasília
2009
II
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO
Aprovada em 18.06.2009
BANCA EXAMINADORA
Brasília
2009
III
Ao meu filho Vinicius que mesmo de longe torce pela minha vitória.
Aos meus alunos e meus companheiros professores que torceram por mim.
V
RESUMO
ABSTRACT
This study analyses the performance of press and journalism with regard to public
interest, the right to inform and the reader’s right to get informed. Therefore there is
the identification of the concept of public interest news and the reader’s interest in
this category of news. This evaluation looks for subsidiary information in the judicial
area, in the sphere of fundamental rights – the right to information as a right of the
public, of society-. Concepts, history and theories of journalism complete this study.
Research evaluates and creates categories for a hundred most read news items on
the sites of the newspapers Folha de S.Paulo and O Globo. For comparison fifty
most read news items of the newspapers Clarín, Corriere della Sera, El País, Miami
Herald and The Washington Post are also examined. The premise of the study is that
information propagated by the press is indispensable to aid in the social construction
of reality and the human and social development of citizens. As a result of this
research, we propose to aggregate value to news of public interest in order to better
fulfill the social function of press and journalism – to propagate news with content of
public interest – quality news.
Sumário
1 APRESENTAÇÃO ................................................................................ 16
2 METODOLOGIA .................................................................................. 19
2.1 Métodos de Abordagem e Procedimento............................................... 19
2.2 Fontes de Informação e Coleta de Dados.............................................. 20
2.3 Universo da Pesquisa............................................................................. 20
Lista de Tabelas
118
Tabela 20 Mais lidas 09.11.2008 – O Globo ..............................................
Lista de Gráficos
Lista de Quadros
1
http://www.fenaj.org.br/programa_qualidade_ensino_2004.pdf - acesso em 02.12.2004.
17
2.METODOLOGIA
3. IMPRENSA E JORNALISMO
3.1. Conceitos
Ribeiro, J.C. (2001, p.19), em sua obra Sempre Alerta, traz uma distinção entre
imprensa e jornalismo, considerando a primeira como “a divulgação periódica de
notícias, feita, normalmente, através de jornais e revistas”, e o segundo como o
“conjunto de técnicas, saber e ética voltado para a captação de informações”. Define
como empresa jornalística a “estrutura econômica destinada à comercialização do
material impresso”.
2
ALBERTOS, José Luiz Martinez. El mensaje informativo. Barcelona: A.T.E., 1977, p.32. In:
CHAPARRO, Manuel Carlos. Pragmática do jornalismo: buscas práticas para uma teoria da ação
jornalística. São Paulo: Summus, 1994, p.22.
22
3.2. Histórico
3.2.1. Imprensa
1556 – O governo veneziano publica Notizie scritte, jornal mensal pelo qual
os leitores pagavam uma “gazetta”,ou pequena moeda.
3.2.2. Jornalismo
5
MELO, José Marques de. Fatores socioculturais que retardaram a implantação da imprensa no
Brasil. São Paulo: Tese de Doutoramento ECA/USP, 1972, p. 146-147. In: RIBEIRO, Lavina Madeira.
Imprensa e espaço público – a institucionalização do Jornalismo no Brasil – 1808-1964. Rio de
Janeiro: E-papers, 2004, p.72.
27
a) natureza da colonização;
b) atraso das populações indígenas;
c) predominância do analfabetismo;
d) ausência de urbanização;
e) precariedade da burocracia estatal;
f) insipiência das atividades comerciais e industriais; e
g) reflexo da censura metropolitana.
4. NOTÍCIA E NOTICIABILIDADE
Neste estudo, notícia pode ser enquadrada como a informação jornalística que traz
fatos e eventos de interesse ou importância para os leitores, ouvintes e
telespectadores. Entende-se a noticiabilidade como o conjunto de elementos por
meios dos quais os órgãos informativos controlam e gerem a quantidade e o tipo de
acontecimentos, selecionando as notícias.
4.1. Notícia
Para o jurista Nunes Júnior (1997, p.38), “por notícia, pode-se entender toda
nota, ou anotação, sobre fato ou pessoa”. Acrescenta que são os fatos “cujo
29
Warren (1975) 6, citado por Chaparro (1994, p. 119), considera que “só é
notícia o relato que projeta interesses, desperta interesses ou responde a
interesses”, propondo oito elementos da notícia:
1. Atualidade
2. Proximidade
3. Proeminência
4. Curiosidade
5. Conflito
6. Suspense
7. Emoção
8. Consequências
A essas oito, Chaparro (1994) acrescenta ainda algumas razões que levam
o leitor a se interessar por uma informação, entre elas, notoriedade, surpresa,
conhecimento, dramaticidade, circunstâncias culturais e regionais.
6
WARREN, Carl N., Gêneros periodísticos informativos. Barcelona: A.T.E, 1975, p. 23-38. In:
CHAPARRO, Manuel Carlos. Pragmática do jornalismo: buscas práticas para uma teoria da ação
jornalística. São Paulo: Summus, 1994, p.119.
7
JORGE, Thais de Mendonça. Notícia e valores-notícia. O papel do jornalista e dos filtros ideológicos
no dia-a-dia da imprensa.Trabalho apresentado ao VIII Congreso da Associação Latino-Americana de
Investigadores de Comunicação (Alaic), São Leopoldo, 2006.
30
8
GOLDING, P. e ELLIOT, P. Making the News. London: Longman, 1981, p. 74-75.
In: SOUSA, Jorge Pedro. As notícias e os seus efeitos. Portugal: Universidade
Fernando Pessoa, 1999. Disponível em http://www.bocc.ubi.pt/_esp/autor.php. - Acesso em
20.08.2002.
32
Ao procurar respostas para a pergunta “por que as notícias são como são”?,
Traquina (2003) faz um balanço sobre o estudo do jornalismo ao longo do último
século, Para ele, é possível esboçar a existência de várias teorias, ao mesmo tempo
em que questiona a utilização do termo teoria em função de poder ser uma
explicação plausível e não um conjunto de princípios e proposições. De qualquer
forma, é destacado que as teorias não se excluem mutuamente, ou seja, não são
puras e necessariamente independentes uma das outras. Recebem análise as
seguintes teorias:
agendamento foi exposto pela primeira vez em um artigo de uma revista acadêmica
norte-americana (McCombs e Shaw, 1972), apontando para uma idéia acerca do
poder dos media. Esse primeiro trabalho de investigação empírica ligado ao conceito
do agendamento abordou a questão da influência dos media no eleitorado durante
campanhas políticas, quase sempre campanhas presidenciais norte-americanas.
4.3..b. Espelho
A primeira teoria para explicar por que as notícias são como são. Responde
que as notícias são como são porque a realidade assim determina. Essa teoria não
permite a invenção e a mentira, tem, na legitimidade e na credibilidade, a crença de
que as notícias refletem a realidade.
Kurt Lewin introduziu o termo gatekeeper em 1947, mas foi utilizado por
David White para denominar a pessoa que decide qual fato será notícia ou não.
Lewim elaborou o conceito de gatekeeper (selecionador) no estudo sobre as
dinâmicas que agem no interior dos grupos sociais, identificando os “canais” por
onde flui a sequência de comportamentos relativos a um determinado tema. Lewin
nota que existem, neles, zonas que podem funcionar como “cancela”, como
“porteiro”. Essas zonas são controladas pelos gatekeepers – um indivíduo ou um
grupo que decidem qual informação é deixada passar ou qual é bloqueada.
Donohue, Tichenor, Olien (1972) 9, citados por Wolf (2003, p.186), destacam
que o “gatekeeping nos meios de comunicação de massa inclui todas as formas de
controle da informação”, desde a codificação das mensagens, a seleção, a difusão
até a exclusão de toda a mensagem. Acrescenta, ainda, que sobre esse tema, “as
pesquisas esclarecem que, na seleção, as referências implícitas no grupo de
colegas e no sistema das fontes prevalecem sobre as implícitas no próprio público”.
9
DONOHUE, G.; TICHENOR, P.; OLIEN, C. Gatekeeping. Mass média system and information
control, in Kline, G. Tichenor, P (eds), Current perspectives in mass communication research. Beverly
Hills: Sage, 1972, p.43. In: WOLF, Mauro. Teorias das comunicações de massa. São Paulo: Martins
Fontes, 2003, p. 186.
37
4.3..d. Organizacional
silêncio porque tenderá a ampliar-se, crescendo à medida mesmo que faz com os
demais que eventualmente se lhe oponham silenciem ou sejam silenciados.
11
Também mencionado por Sousa (1999), Blumer (1979) realçou o caráter
social das necessidades pessoais e salientou que os motivos que levavam ao uso
dos meios de comunicação poderiam gerar tipos específicos de influência destes,
entre os quais destaca:
a. orientação cognitiva, necessidade de se obterem determinados
conhecimentos através da informação jornalística;
b. entretenimento;
c. identificação pessoal, motivação satisfeita, por exemplo, pelo consumo de
produtos mediáticos que mais se adequam ao sistema de crenças, valores,
idéias e expectativas do receptor, ou seja, ao seu sistema de pensamento.
10
SANTOS, José . Rodrigues dos. O que é comunicação. Lisboa: Difusão Cultural, 1992, p. 115. In:
SOUSA, Jorge Pedro. As notícias e os seus efeitos. Portugal: Universidade Fernando Pessoa, 1999.
Disponível em http://www.bocc.ubi.pt/_esp/autor.php. - Acesso em 20.08.2002.
11
BLUMLER, J. G. e GUREVITCH, M. - The crisis of public communication. London: Routledge,
1995. In: SOUSA, Jorge Pedro. As notícias e os seus efeitos. Portugal: Universidade Fernando
Pessoa, 1999. Disponível em http://www.bocc.ubi.pt/_esp/autor.php. - Acesso em 20.08.2002.
40
12
http://www.anj.org.br/sala-de-imprensa/cobertura-de-eventos/2008/7o-congresso-brasileiro-de-
jornais/palestras/CinthiaDAuria.pdf - acesso em 26.11.2008.
42
Gregorio Peces-Barba Martinez13, citado por Moraes (1997, p.24), orienta que
direito fundamental é concebido como:
13
PECES-BARBA MARTÍNEZ, Gregório. Derechos fundamentales. In: MORAES, Guilherme Braga
Peña. Dos direitos fundamentais:contribuição para uma teoria. São Paulo: LTr, 1997, p.24.
14
PÉREZ LUÑO, Antonio Enrique. Los derechos humanos. In: MORAES, Guilherme Braga Peña.
Dos direitos fundamentais:contribuição para uma teoria. São Paulo: LTr, 1997, p.23.
15
HABERMAS, Jürgen. Faktizität und Geltung. In: CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito
constitucional e teoria da constituição. Coimbra: Almedina, 1999, p.1404.
43
Com o tempo, foram surgindo outras teorias que buscavam captar os valores
básicos subjacentes às normas constitucionais ou esclarecer as funções dos direitos
fundamentais. Em relação às bases teóricas dos direitos fundamentais, liberdade
de imprensa e liberdade de opinião recebem destaque de Böckenförde (1993), no
âmbito das teorias liberal e institucional.
Tal direito é exercido em três níveis conforme aponta Nunes Junior (1997,
p.31):
1. direito de Informar – faculdade de veicular informações. Permitido a todo indivíduo
veicular as informações que julgar pertinentes. O artigo 220, da Constituição admite
que a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não poderá sofrer
qualquer espécie de restrição. Caso alguém tiver sua honra agravada através de um
veículo de comunicação, terá direito a que esse mesmo veículo lhe forneça meios
para produzir a contra-informação – direito de resposta;
2. direito de se informar – faculdade de o indivíduo buscar as informações desejadas
sem qualquer espécie de impedimento ou obstrução. O inciso XIV do artigo 5º da
Constituição prescreve literalmente a liberdade de acesso à informação;
45
condenação pelo abuso contra a moral cristã, ou bons costumes, representava seis
meses de prisão e pagamento de 50$000.
16
http://www.historianet.com.br – acesso em 24.10.2006.
47
a) Alemanha
Lei Fundamental de 23 de Maio de 1949
Art. 5º – 1. Todas terão o direito de exprimir e divulgar livremente o seu
pensamento, pela palavra, por escrito e pela imagem, e o direito de se
informar, sem impedimento, em fontes abertas a todos. São garantidas a
liberdade de imprensa e a liberdade de informação pela rádio e pelo cinema.
Não é admitida censura.
b) Argentina
Constituição de 22 de agosto de 1994
Art. 14 – Todos os habitantes da Nação gozam dos seguintes direitos
conforme a as leis que regulamentam seu exercício, a saber: De trabalhar e
exercer toda indústria lícita; de navegar e comerciar; de peticionar às
autoridades; de entrar, permanecer, transitar e sair do território argentino; de
publicar suas idéias na imprensa sem censura prévia; de usar e dispor de
sua propriedade; de associar-se com fins úteis; de professar livremente seu
culto; de ensinar e aprender.
Art. 43, § 3 – Toda pessoa poderá interpor ação para tomar conhecimento
de dados a ela referidos e de sua finalidade, que constem em registros ou
bancos de dados públicos, ou dos privados destinados a prover informes, e
em caso de falsidade ou discriminação, para exigir a supressão, retificação,
confidencialidade ou atualização deles. Não poderá ser afetado o sigilo das
fontes de informação jornalística.
c) Espanha
Constituição de 28 de dezembro de 1978
art. 20 – 1 – São reconhecidos e protegidos os direitos:
a) De expressar e difundir livremente o pensamento e as idéias e opiniões
pela palavra, por escrito ou por qualquer outro meio de reprodução;
b) De produção e criação literária, artística, científica e técnica;
c) De liberdade de cátedra;
d) De comunicar ou receber livremente informação verídica por qualquer
meio de difusão. A lei regulará o direito à cláusula de consciência e de
segredo profissional.
2 – O exercício destes direitos não pode ser restringido mediante
qualquer tipo de censura prévia.
3 – A lei regulará a organização e o controle parlamentar dos meios
de comunicação social dependentes do Estado ou de qualquer entidade
pública e garantirá o acesso a esses meios por parte dos grupos sociais e
políticos significativos, respeitando o pluralismo da sociedade e das diversas
línguas de Espanha.
4 – As liberdades enunciadas no presente artigo têm como limite o
respeito dos direitos reconhecidos neste título, os preceitos das leis que o
desenvolvem e, especialmente, o direito à honra, à intimidade, à imagem e à
proteção da juventude e da infância.
48
d) Estados Unidos
e) Portugal
Vale lembrar que o artigo 220 da Constituição admite que a informação, sob
qualquer forma, processo ou veículo, não poderá sofrer qualquer espécie de
restrição. Caso alguém tenha sua honra agravada por um veículo de comunicação,
terá direito a que esse mesmo veículo lhe forneça meios para produzir a contra-
informação – direito de resposta;
17
http://www.stf.gov.br/jurisprudencia/IT/ItIndiceProcesso - acesso em 30.06.2006.
18
http:// www.stf.gov.br/imprensa/pdf/pet3486.pdf - acesso em 04.07.2006
19
http://www.correioweb.com.br – acesso em 11.09.2005
53
20
http://www.stf.gov.br/jurisprudencia/IT/ItIndiceProcesso - acesso em 30.06.2006.
54
entre outros –, exerce influência também sobre o conteúdo das notícias ou, a até
mesmo, sobre a decisão da exclusão da notícia.
houve a esperteza por parte de quem fotografou e a ingenuidade por parte de Chico
Buarque. De qualquer forma, cabe à pessoa que conseguiu a imagem ser
considerada uma invasora da privacidade e, ao leitor, cabe gostar ou não desse tipo
de informação.
Ainda de acordo com esse autor, pessoas com imagem pública em lugares
públicos, se filmadas ou fotografadas, não podem pedir indenização, porque, por
“estarem em lugar público, estão renunciando, naquele momento, à preservação de
sua imagem”. (DEZEN JUNIOR 2005, p.33)
21
VIEIRA, Luís Guilherme. O fenômeno opressivo da mídia. Uma abordagem acerca das provas
ilícitas. In: MARTINS, Luiz (Org). Direito à comunicação. Brasília: Casa das Musas, 2004, p.55.
22
DOTTI. Reneé Ariel. A liberdade e o direito à intimidade. Abril/junho. Brasília: Revista de
Informação Legislativa, 1980, p.130. In: op.cit, p.55.
57
Quem não divulgou não deixou de cumprir a função da imprensa uma vez
que é totalmente questionável a relevância dessa informação para a sociedade.
Trata-se, claramente, de acontecimento que é de interesse de parte do leitores e
não de interesse público.
A lei maior concede – mas não há, no Brasil legislação que garanta – a todos o
acesso aos meios de comunicação de massa para que possam transmitir
pensamentos e opiniões. Essa prerrogativa, chamada de direito de antena, existe
em alguns países, como exemplo, Espanha e Portugal. Neste último, desde a
Constituição portuguesa de 1976. Paulino23 defende que esse direito “a exemplo
dos conselhos de imprensa supera a via de sentido único, e transforma a
comunicação numa via de mão-dupla entre emissores e receptores; entre público,
profissionais e empresários.”
Na realidade, o cidadão comum não tem amplo espaço nos jornais para
divulgar o que julgar importante. Com as novas tecnologias, na versão on line de
alguns veículos, abre-se espaço para o leitor tecer comentários sobre as notícias
mas nem sempre para publicar as suas.
23
PAULINO, Fernando Oliveira. Imprensa, cidadania e direitos humanos. Disponível em
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos/mo200399.htm. Acesso em 09.07.2006.
59
Alguns veículos começam a criar uma seção para que os leitores enviem
notícias. Como exemplo, a iniciativa do jornal O Globo com a seção Eu-Repórter, um
espaço em que os usuários cadastrados com e-mail validado podem enviar textos,
fotos, vídeos ou áudios. A seção também pode ser acessada por iPhone, conforme
demonstra o Quadro 1-B a seguir .Só são publicados os conteúdos noticiosos, não
se permitindo os opinativos, sendo todos sujeitos à aprovação da equipe de editores
do site.
IMPRUDÊNCIA
Leitora flagra policial dirigindo com arma na mão, do lado de fora do veículo
Publicada em 26/11/2008, às 13h49
Texto e fotos da leitora R. J.
RIO - Na última terça-feira, por volta das 18h30, uma viatura do 23.º Batalhão (Leblon)
tentava sair do meio do trânsito engarrafado na Avenida Visconde de Pirajá, em Ipanema,
com a sirene ligada e o policial dirigindo com uma só mão, pois com a outra segurava um
revólver do lado de fora do veículo. Gostaria de saber se existe alguma explicação para esta
atitude. Não consegui imaginar o que ele pretendia fazer.
18h15
Ônibus quebra e congestiona o trânsito na Avenida Ayrton Senna
19h20
Terreno baldio em São Gonçalo vive lotado de lixo, diz morador
12h49
Leitores registram os estragos causados pela chuva em Santa Catarina
18h52
Acidente deixa carro destruído em Madureira e leitor registra
16h25
Leitores fotografam ruas alagadas pela chuva no Rio e em Niterói
12h15
Internautas relatam problemas com o Samu
24
http://oglobo.globo.com/participe/#eurep – acesso em 26.11.2008
60
26/11/2008 – 02h30
Santa Catarina
"Por que sempre nos curvamos diante das tragédias? Impotência diante das fatalidades,
mas, sem dúvida, por remorso pela imprevidência. Áreas de risco não podem ser ocupadas
por seres humanos; caso contrário será deixá-los à mercê das fatalidades e da fúria
climática. A tragédia pluvial em Santa Catarina exige a solidariedade dos Estados vizinhos,
mas também que os responsáveis pelo descaso com a segurança da população sejam
severamente punidos. Mortes, situações de penúria das vítimas e a ameaça das chuvas
rondam a tranquilidade dos que felizmente não vivem a desgraça catarinense. Solidariedade
é a palavra de ordem, e responsabilidade, a atitude do poder público diante da tragédia."
DORALICE ARAÚJO (Curitiba, PR)
Coutinho
Foi insensível e de extremo mau gosto o artigo 'Morte e vida' de João Pereira Coutinho (
Ilustrada, 25/11), no qual asseverou que a vida após 73 ou 74 anos é desperdício. Em
25
http://www1.folha.uol.com.br/folha/paineldoleitor/- acesso em 26.11.2008
62
Cotas
"Infelizmente os editores da Folha parecem desconhecer uma série de estudos científicos
sobre o assunto publicados pela Unicamp, USP, UERJ, entre outras universidades.
Parecem, ainda, desconhecer a realização do seminário Discriminação e Sistema Legal
Brasileiro, promovido pelo Tribunal Superior do Trabalho, em 20/11/01, em que o então
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Marco Aurélio Mendes de Farias
Mello, proferiu uma palestra intitulada 'Óptica Constitucional – A Igualdade e as Ações
Afirmativas', onde defendeu a constitucionalidade da implementação de ações afirmativas
em favor dos negros brasileiros. Assim, parece que a luta dos editores da Folha contra as
cotas raciais é na verdade uma luta favorável às cotas raciais de quase 100% para os
brancos nas universidades públicas brasileiras."
CELSO RIBEIRO DE ALMEIDA (Campinas, SP) –
-
63
Nos Relatos Jornalísticos, escritos por Tobias Peucer, como parte de sua
tese defendida na Alemanha em 1690, a finalidade dos periódicos jornalísticos já
podia ser evidenciada. A utilidade dessas publicações é comparada às da história
escrita e apresentada como algo que, inquestionavelmente, traz algum efeito para a
vida pública e também a vida privada dos homens. Essa visão, concebida há mais
de 300 anos, é expressa nas seguintes palavras26
Kovach & Rosenstiel (2004, p.210) fazem uma alusão histórica dessa função
da imprensa, ao citarem as palavras de Noah Webster no Discurso ao público,
publicado no primeiro número do American Minerva – 9.12.1973 – ” os jornais não
são somente os veículos do que chamamos notícias; eles são os instrumentos
comuns do relacionamento social, pelo qual os Cidadãos desta vasta República
26
PEUCER, Tobias. Os relatos jornalísticos. Tradução de Paulo da Rocha Dias. Estudos em
jornalismo e mídia. vol I no. 2. 2º. Semestre de 2004. Florianópolis: UFSC, 2004, p.27.- disponível em
http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/jornalismo/article/view/2070- - acesso em 26.02.2009.
64
27
HOHENBERG, John Free press. Free people. The best cause. Nova Yoork: Free Press, 1971, p.2.
In: KOVACK, Bill e ROSENSTIEL, Tom. Os elementos do jornalismo. São Paulo: Geração Editorial,
2004, p. 36.
28
COHEN, Bernard C. The press and foreign Policy. Princeton: Princeton University Press, 1963,
p.72. In: TRAQUINA, Nelson. O Poder do jornalismo: análise e textos da teoria do agendamento.
Coimbra: Minerva, 2000, p.17.
65
E acrescenta
Segundo Eduardo N. Monreal (1987) 30, esse direito faz com que
29
RIVERO, Jean. Les Libertés publiques. Paris: LGDJ, 1976, p. 179.In: LOPES, Vera Maria de
Oliveira Nusdeo. O Direito à Informação: e as concessões de rádio e televisão. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 1997, p.194.
30
NOVOA MONREAL, Eduardo. Derecho a la vida privada y liberdad de información, um conflicto de
derechos – Nueva criminologia. México: Siglo Veinteuno, 1987, p.155. In: LOPES, Vera Maria de
Oliveira Nusdeo. O Direito à Informação: e as concessões de rádio e televisão. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 1997, p. 196.
66
No caso das empresas de jornais impressos, deve-se lembrar que essas têm
a informação como um produto a ser comercializado. Que, ao elaborar uma edição
para ser trocada por moeda, como mercadoria, a organização jornalística tem o
direito de vender a notícia que ela desejar.
32
Op.cit p.41.
33
FONTCUBERTA, Mar. Estructura de la notícia periodística. Barcelona: A.T.E., 1981, p. 9-16. In:
CHAPARRO, Manuel Carlos. Pragmática do jornalismo: buscas práticas para uma teoria da ação
jornalística. São Paulo: Summus, 1994, p.118.
68
34
Silva , ao tratar da informação jornalística de interesse público, aponta que
“em termos de interesse público, talvez, o pressuposto básico seja o seguinte: onde
há dinheiro público, há interesse público [...]”. Acrescenta que “nem só de dinheiro,
34
SILVA, Luiz Martins. Jornalismo e interesse público. In SEABRA, Roberto e SOUSA, Vivaldo (org).
Jornalismo político: teoria, história e técnicas. Rio de Janeiro: Record, 2006, p. 50.
69
porém, vive a vida pública mas, sobretudo, da publicidade em torno das ações que
afetam a vida pública”.
Respostas Percentual
Total 100%
35
Op.cit, p, 55.
36
VIDAL, Delcia M.M. Jornalismo da Boa Notícia: cidadania e noticiabilidade. 2003. 113f. Mestrado
em Comunicação. Programa de Pós-Graduação em Comunicação. Universidade de Brasília, Brasília.
2003.
70
Tabela 2 – Jornalistas - Em sua opinião o maior dever do jornalista com relação aos problemas
sociais é
Respostas Percentual
Total 100%
37
Eduardo Monreal menciona que um dos requisitos do direito à informação
é a possibilidade de que os fatos selecionados sejam de interesse público,
classificando esses como os que possibilitam o exercício, por parte dos cidadãos, de
suas obrigações para com a sociedade e permitem uma reflexão crítica em relação
aos fatos. “Em suma, a informação deve buscar um enriquecimento mental espiritual
do informado e deve versar sobre todas as matérias de interesse da sociedade”.
Acrescenta, que
37
NOVOA MONREAL, Eduardo. Derecho a la vida privada y liberdad de información, um conflicto de
derechos – Nueva criminologia. México: Siglo Veinteuno, 1987, p.155-157. In: LOPES, Vera Maria de
Oliveira Nusdeo. O Direito à Informação: e as concessões de rádio e televisão. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 1997, p.196-199.
38
Habermas, Jürgen. Conhecimento e Interesse. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987, p.211-233. In:
CHAPARRO, Manuel Carlos. Pragmática do jornalismo: buscas práticas para uma teoria da ação
jornalística. São Paulo: Summus, 1994.
39
BERTRAND, Claude-jean. La déontologie des mèdias. Paris: Presses Univeritaires de France,
1997, p.4. In: KARAM, Francisco José. A Ética jornalística e o interesse público. São Paulo: Summus,
2004, p.91.
72
No artigo A luz do interesse público não está nos códigos: o jornalismo não
tem que temer ou desprezar os interesses particulares, porque, além de legítimos,
são eles a engrenagem da atualidade, Chaparro40 apresenta as seguintes idéias
sobre interesse público:
41
Finalmente, Brangre situa que a função social do jornalismo e dos
profissionais de informação é decisiva para o desenvolvimento dos cidadãos, para a
40
http://www.igutenberg.org/chapa18.html - acesso em 5.12.2004 - Instituto Gutenberg - Boletim Nº
18 Setembro-Outubro de 1997.
41
BANGRE, Tairou. Praticar um jornalismo responsável nos países em desenvolvimento:
necessidade de uma apropriação de valores éticos e deontológicos . Comunicação e Espaço Público.
Revista do Programa de Pós-graduação da Faculdade de Comunicação, Universidade de Brasília,.
ano – X , nº 1 e 2 - Brasília, 2007, p. 129..
73
A dificuldade para se definir interesse público pode ser explicada por esse
ser considerado um conceito indeterminado na área jurídica e estar relacionado ou
compatível com os direitos fundamentais.
42
SIMONOVICH, Mario Guillhermo. Public Journalism: uma via para reconstruir la Argentina desde la
política y el periodismo. Disponível em <http://portal-pfc.org/libexp/recopilaciones/2002/0729.html>-
acesso em 18.05.2003.
43
SILVA, Luiz Martins. Jornalismo público: o social como valor-notícia. Texto apresentado no XI
Encontro Nacional da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação
(Compós), realizado de 30.05 a 02.06.2002.
74
Para o autor, esse novo jornalismo, que tem como fundadores David Merrit
e Jay Rosen, recebe diferentes nomes: jornalismo comunitário, jornalismo público ou
jornalismo de serviço público, deve ser chamado de jornalismo cívico. Merrit44, citado
por Traquina (2003, p. 178) defende que o jornalismo cívico ou jornalismo público
envolve as seguintes mudanças:
a. ir além de dar notícias para uma missão mais ampla de ajudar a melhorar a
vida pública;
44
MERRIT, Jr. David. Public journalism as a public life: why telling the news is not enough. Hillsdale,
New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 1995.
75
Esse autor ressalta bem essa posição “A imprensa não pode preencher sua
incumbência pública em proveito dos leitores, pois sua função informativa termina
com o interesse privado do capital e com o direito do editor ao funcionamento
organizado e eficiente da empresa” (MARCONDES FILHO 1984, p.43).
45
http://www.observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos-30.11.2005, acesso em 03.12.2005. Artigo
publicado originalmente no jornal Brasil de Fato nº 143 (24-30.11.2005).
76
A falta de informação, por parte dos jornalistas, do que e para que interessa
ao leitor é relatada no seguinte depoimento do jornalista Mauro Meurer, 46
46
MEURER, Mauro. Informação jornalística tornou-se descartável. In: SARDÁ, Laudelino José (org).
Da Olivetti à internet. Tubarão: Unisul, 2007, p.104.
80
47
SCHLESINGER, P. Putting “reality” together. BBC news. London: Constable, 1978, pp.117-9.In:
WOLF, Mauro. Teorias das comunicações de massa. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p.222.
81
48
http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/ - acesso em 15.11.2008.
82
São realizadas mais de 1.100 entrevistas por dia, sendo 240 em São Paulo,
200 no Rio de Janeiro e 100 nas outras praças do país. São mais de 100 mil
entrevistas por trimestre, com questões sobre vários aspectos dos hábitos de leitura
de jornal dos entrevistados.
7.1.2. Certifica.com
esses serviços são utilizados pelos jornais online : Clarín (Argentina); Correo (Peru);
Globo; (Brasil); Ojo (Peru).49
Realizada pelo The Poynter Institute, uma escola para jornalistas, futuros
profissionais e professores de jornalismo com sede nos Estados Unidos, em St.
Petersburg, Flórida. Instituto criado em 1975, pelo jornalista Nelson Polynter, sem
fins lucrativos, defende um jornalismo que informa os cidadãos e ilumina o discurso
público, desenvolvendo programas de ensino e pesquisa.
49
http://www.certifica.com/2007/pt/descripcion_certifica.html - acesso em 03.04.2009
50
http://www.poynter.org/content/content_view.asp?id=120458 – acesso em 11.04.2009
84
Categoria Descrição
Curiosidade
Fatos incomuns
Dramaticidade
Violência, mortes, tragédias
Economia e trabalho
Cotações, mercado financeiro, emprego
Educação
Ensino, instituições de ensino
Esportes e Lazer
Campeonatos, torneios, competições
Governo e Poder
Política, decisões governamentais, eleições
Meio ambiente
Preservação ambiental
Notoriedade
Vida de famosos
1. Quando que as "mais lidas" passou a fazer parte da Folha online ou do Globo
online?
2. Como é feita a contagem dos acessos às notícias?
3. A ordem das notícias segue um ranking ou a de nº 1 não é necessariamente a
mais lida?
4. Média de acessos das + lidas?
7.2.1.a. Histórico51
51
http://www1.folha.uol.com.br/folha/circulo/historia_folha.htm - acesso em 10.10.2008
89
textos integrais publicados na Folha nos últimos três anos. O Folha WAP, serviço
que disponibiliza o noticiário e serviços do Folha Online para telefones celulares, é
apresentado em 25 de março de 2000 .
– Temos um programinha que sabe quando uma matéria está sendo lida. Não
sabemos quem a está lendo, mas sabemos em tempo real as 20 matérias mais
acessadas do momento. Depois de uns dias, o programa ainda nos diz de que
cidade ou país aquela pessoa veio, que tipo de browser estava usando e qual o
tamanho de sua tela.
– Não há essa média. Num dia quente a mais lida pode receber 150 mil cliques por
hora, já vi uma vez chegar a 176 mil em uma hora (cirurgia da Fátima Bernardes,
recentemente).
7.2.2. O Globo
7.2.2.a. Histórico52
52
http://www.infoglobo.com.br/empresa.asp - acesso em 10.10.2008
90
Com público alvo do jornal O Globo, o Globo Online lançado em 1996, além
de apresentar a versão digital do jornal, oferece a seus leitores informação em
tempo real dos fatos mais importantes do dia. Em 2006, ao completar 10 anos,
houve a renovação do site, mudando o layout, investindo em mais multimídia,
jornalismo participativo e criando uma editoria dedicada exclusivamente à publicação
de material enviado pelos eleitores. O site tem mais de 2,5 milhões de usuários
cadastrados e recebe, em média, 350 mil visitantes únicos por dia.
La Nación (Argentina);
O Globo (Brasil);
El Mercurio (Chile);
El Tiempo (Colombia);
La Nación (Costa Rica);
El Comercio (Equador);
El Universal (México);
El Comercio (Perú);
El Nuevo Día (Porto Rico);
El País (Uruguai);
El Nacional (Venezuela).
Esse grupo, fundado em 1991, tem como missão: ser uma grande rede de
interação e confiança para fazer da América Latina um continente cada dia mais
próspero, mais informado e mais humano. Um dos objetivos é fortalecer o
intercâmbio de conteúdos jornalísticos e editoriais. 53
53
http://www.gda.com – acesso em 03.04.2009
91
– A lista de "mais lidas" foi implementada com a última reforma de layout do site do
Globo, em agosto de 2006. Na ocasião, várias funcionalidades novas, de
interatividade e customização, foram implementadas. A lista das mais lidas foi uma
delas.
– Especificamente na lista das mais lidas, a de número 1 é a mais lida das últimas 12
horas; a de número 2 é a segunda mais lida no mesmo período e assim por diante.
– Essa média varia muito. Depende do dia e do grau de interesse que a matéria
desperta. Pode-se dizer, numa estimativa bem pouco precisa, que num dia normal
as nossas matérias mais lidas recebem entre 30 e 40 mil visitas cada uma, num
período de 24 horas. Mas há dias em que uma única matéria pode receber mais de
200 mil visitas num único dia.
Kassab diz que Marta faz campanha de baixo nível e nega ser
5 Governo e Poder
homossexual
Dramaticidade /
3 Pneumonia mata Guillaume, filho do ator Gérard Depardieu…
Notoriedade
m a is lid a s 1 4 .1 0 .2 0 0 8
3 3 3
1 1 1 1
1 1 1 1
No caso da Folha, consta em quinto lugar nas mais lidas. Em O Globo, não
há pontuação.
100
1 1
Das dez notícias mais lidas, a categoria Dramaticidade recebe oito pontos
em razão do desfecho trágico do Caso Eloá. O leitor acompanha passo a passo o
desenrolar do sequestro da adolescente. Todas as notícias dessa categoria são
sobre esse acontecimento. A imprensa recebe críticas por apresentar o caso como
um reality show. O interesse dos leitores por outras temáticas fica em segundo
plano. Economia e Notoriedade ficam com um ponto.
17/10/2008 – 20h36
Em nota, governo de SP diz que menina baleada foi reanimada e pede
desculpas à família
da Folha Online
Após divulgar que a menina mantida refém pelo ex-namorado em Santo André
(Grande São Paulo) havia morrido e, pouco depois, voltar atrás, a assessoria de
imprensa do governo do Estado divulgou nota na noite desta sexta-feira.
104
Na nota, o governo afirma que a menina foi reanimada na sala de cirurgia e pede
desculpas à família.
A garota era mantida refém por Lindemberg Fernandes Alves, 22, desde a tarde
da última segunda-feira (13). Uma amiga da adolescente ficou 33 horas em
cárcere privado, mas voltou ao apartamento na manhã de quinta (16) porque a
polícia aceitou uma exigência do criminoso. Ela também foi baleada e, segundo
o hospital, não corre risco de morte.
Leia a íntegra da nota:
"A assessoria de imprensa do governo do Estado esclarece que chegou a
receber a informação, da área da Segurança Pública, sobre o falecimento da
jovem Eloá. No entanto, em seguida, nova informação deu conta de que,
felizmente, ela foi reanimada na sala de cirurgia e, neste momento, encontra-se
em coma induzido e processo cirúrgico. Pedimos desculpas à família de Eloá e,
junto a ela, oramos a Deus por sua recuperação. Assessoria de Imprensa do
Governo do Estado de São Paulo."
2 Notoriedade/
Cantora Ivete Sangalo sofre aborto
Dramaticidade
1 1 1
Mercados têm dia de altas e BNDES acha que pior da crise passou
(título da notícia selecionada)
1 1 1 1 1
curiosidade dramaticidade esportes e lazer governo e poder meio ambiente notoriedade utilidade
No que tange aos realces apresentados pela Folha e pelo O Globo nessa
data, nos dois veículos, as notícias envolvem a categoria Economia e Trabalho.
Nesses casos. houve total divergência do que foi considerado importante pelos
editores em relação ao interesse dos leitores uma vez que essa temática deixa de
aparecer nas mais lidas.
112
Vale ressaltar que os dois jornais mantêm uma seção especial para as eleições
2008. Nessa data, a manchete das eleições coincide com o primeiro lugar das mais lidas da
Folha, conforme pode ser verificado no Quadro 14, a seguir. No caso de O Globo, não há
menção nas mais lidas.
1 1 1
A Folha procura dar destaque para as eleições das cidades de São Paulo e
do Rio de Janeiro. A notícia de São Paulo realçada é também a mais lida. No que se
refere à informação da eleição de Eduardo Paes para a prefeitura da cidade do Rio
de Janeiro, apesar do realce, não consta das mais lidas.
3 3
1 1
Vale acrescentar que o fato mais lido em O Globo vem dos Estados Unidos,
na categoria notoriedade – Para especialista, demonstrações públicas de afeto entre
Obama e Michelle são positivas.
120
5 Com oito vitórias, Flamengo é o “rei dos clássicos” em 2008 Esportes e Lazer
122
(*) Nessa data não constou do Globo online o campo + lidas, o campo utilizado na amostra foi +
recomendadas, com índice de interesse similar ao primeiro.
126
2 2 2
1 1 1 1
As cem notícias que constaram das mais lidas estão a seguir relacionadas
por ordem de categoria, com indicação do veículo, data de divulgação, ordem no
ranking e numeradas de forma a melhor verificar os assuntos, fatos e
acontecimentos que têm a preferência do leitor dentro das temáticas. (vide Anexo A
- Notícias mais lidas).
Ordem no
Categoria Número Notícia
ranking
Ordem no
Categoria Número Notícia
ranking
Ordem no
Categoria Número Notícia
ranking
Ordem no
Categoria Número Notícia
ranking
Ordem no
Categoria Número Notícia
ranking
Educação
Ordem no
Categoria Número Notícia
ranking
Ordem no
Categoria Número Notícia
ranking
Social
29 Interesse Público
Interesse do Público
13 13 13
10
7
5
2 3 2
1 0 1 1 0
governo e
beleza
educação
esportes e
saúde
cultura
notoriedade
social
tecnologia
curiosidade
economia e
dramaticidade
polícia
utilidade
meio ambiente
ciência e
trabalho
poder
lazer
7.3.a Beleza
Beleza apresenta duas notícias nas mais lidas que se referem à melhoria da
forma física e à orientação de tratamento para cabelos (1 e 2), ficando a de número
1 em primeiro lugar no ranking de 15.10.2008.
7.3.c Cultura
7.3.d Curiosidade
7.3.e Dramaticidade
24.10.2008
Para terapeuta familiar, caso Eloá revela "a nossa monstruosidade"
Haroldo Ceravolo Sereza
do UOL Notícias em São Paulo
Casos como o que ocorreu em Santo André, que resultou na morte da garota
Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, após ter sido feita refém durante cem horas
pelo ex-namorado Lindemberg Fernandes Alves, de 22, mostram "a nossa
morbidez, a nossa monstruosidade" na opinião do terapeuta familiar Paulo
Fernando Pereira de Souza, 41 anos.
Eloá morreu no hospital depois de passar por cirurgias para a retirada de uma
bala na cabeça. O sequestro só acabou depois que a polícia invadiu o
apartamento. Na ação, a amiga de Eloá, Nayara Rodrigues, de 15 anos, também
saiu ferida. Lindemberg foi preso.
O terapeuta Paulo Fernando é formado pela USP. Trabalhou por mais de dez
anos como psicólogo judiciário e, atualmente, faz pós-graduação na PUC-SP
estudando a identidade de homens atendidos por políticas sociais na periferia de
São Paulo.
Para ele, casos como estes não são comuns. Durante os anos em que atuou no
Judiciário, afirma nunca ter se deparado com casos de sequestro por questões
afetivas: "Acompanhei, sim, casos de homens que mataram companheiras", diz.
"É comum, e isso a gente acompanha mesmo no consultório, as 'barras' das
relações afetivas serem forçadas até o limite, com ameaças de morte ou de
suicídio".
Ainda sobre o caso, Paulo Fernando diz se espantar "que ninguém tenha
vergonha de ver Lindemberg sair sem ferimentos aparentes da cena e depois
aparecer com sinais de ter sido espancado, já sob custódia do Estado".
54
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2008/10/24/ult5772u1248.jhtm - acesso em 28.11.2008
139
o seqüestrador, faz parecer que tudo é uma ficção, mas há vidas em jogo. Essa
cobertura pode favorecer, inclusive, o surgimento de novos sequestros, de
pessoas querendo aparecer na televisão também.
Mídia
"A cobertura da TV faz parecer que tudo é uma ficção, mas há vidas em jogo"
UOL - E por que o interesse por esses assuntos, pela imprensa e pelo público,
se repete em novos casos?
Pereira de Souza - A morbidez de que falei incomoda, mas também atrai. Por
isso que ela vende, caso contrário as pessoas não comprariam. É como um
acidente de carro: todo mundo diminui a velocidade para ver o que aconteceu.
Pode ser até que, por alguns quilômetros, a pessoa passe a dirigir com mais
cuidado, por conta do abalo. Mas o fato é que é mais fácil ver um cisco no olho
do outro do que uma trava no próprio. Você critica no outro como se fosse um
observador imparcial. Mas não há uma posição neutra.
UOL - Sobre a relação entre os dois, como você avalia o fato de ele ser um
jovem adulto e ela uma adolescente?
Pereira de Souza - Lindemberg tem 22 anos, e Eloá, 15. Quando eles
começaram a namorar, ela tinha 12 anos. Um homem mais velho tem com uma
menina mais nova uma posição de superioridade. Uma menina de 15 anos é em
geral mais madura que um de 15, mas um de 22 anos deveria ser mais maduro.
Ocorre que vivemos num mundo em que os adolescentes se parecem cada vez
mais adultos, e os jovens adultos parecem cada vez mais adolescentes. A rigor,
uma relação sexual de um maior de 18 com uma menor é ilegal. Há uma
disparidade de poder entre os dois. Mas isso é naturalizado, como se fosse
normal. Mas é falso pensar que a menina de 15 anos responde sozinha por ela.
Doação
"A doação dos órgãos é um ponto de luz, um momento em que a ação não é
voltada para o próprio umbigo"
UOL - O que esse caso nos diz sobre a relação atual entre homens e mulheres?
Pereira de Souza - Nesse ponto de vista, a situação é a mais tradicional
possível. Há uma tentativa de dominação clara da mulher pelo homem. Mas não
se pode dizer que seja um caso emblemático. Na novela "A Favorita", Leonardo,
personagem de Jackson Antunes, espanca a mulher que quer trabalhar fora.
Tempos atrás, ele seria um personagem que contaria com simpatia de uma parte
do público. Hoje, não mais, ele é caricato. Houve um deslocamento no lugar do
poder do homem. Não é mais "legítimo", não é mais aceitável, não há mais
complacência com quem espanca ou mata a mulher.
UOL - No UOL, a psicóloga Rosely Sayão diz achar preocupante o fato de "nem
os policiais (civis e militares, que entraram em confronto na frente do Palácio dos
Bandeirantes) nem o seqüestrador demostraram sentir vergonha de seus atos".
O que você acha dessa afirmação?
Pereira de Souza - Concordo plenamente. Para que alguém se exiba, é preciso
platéia. E eles se sentem como personagens de um espetáculo. Do mesmo
modo, me espanta que ninguém tenha vergonha de ver Lindemberg sair sem
ferimentos aparentes da cena e depois aparecer com sinais de ter sido
espancado, já sob custódia do Estado. E ninguém fala nada. A polícia pode até
achar que fez o melhor que pode, mas não dá para se sentir orgulhosa do
resultado. Foi um fracasso. Também não imagino que uma emissora saia
comemorando o furo jornalístico de entrevistar Lindemberg durante o sequestro,
porque é a história de uma tragédia.
A única parte meritória é a doação de órgãos, de resto também explorada como
espetáculo pela mídia. Desse "monte de merda" brota uma humanidade, um
ponto de luz, um momento em que a ação não é voltada para o próprio umbigo,
e a gente percebe quantas pessoas, tão distantes umas das outras, são tocadas
pela história.
7.3.g Educação
Das notícias sobre essas eleições, duas são sobre pesquisas eleitorais ou
ações dos candidatos (67 e 70); seis apresentam ataques entre os participantes da
disputa ao cargo (64, 65, 66, 68, 69 e 75); e quatro trazem resultados da votação e
manifestação dos eleitos (71, 72, 73 e 74).
142
7.3.k Notoriedade
7.3.l Polícia
Com sete notícias escaladas entre as mais lidas, a categoria polícia traz
informações que envolvem ações policiais no combate ao crime (93 a 97); confronto
entre policiais civis e militares (91) e assassinato de diretor de presídio (92). Todos
os acontecimentos são nacionais, ficando a categoria sem registrar classificação em
primeiro lugar no interesse do leitor. Em função da ausência de editorias próprias, os
fatos dessa temática podem ser incluídos em Cotidiano (Folha), Mundo, País, Rio e
São Paulo (O Globo).
143
7.3.m Saúde
Somente uma notícia que envolve saúde aparece no ranking das mais lidas,
a de número 98, e poderia estar em outra temática uma vez que se refere ao
fechamento de uma empresa de água mineral. A Folha inclui as informações dessa
categoria em Ciência e Saúde. No jornal O Globo, o tema aparece tanto em Ciência
como na editoria Viver Melhor.
7.3.n Social
7.3.o Utilidade
Como lembram Golding e Elliott, citados por Wolf (2003, p.202), os valores-
noticia são utilizados para selecionar, do material disponível para a redação, o que
será incluído no produto final; orientar a apresentação do material, “sugerindo o que
deve ser enfatizado, o que deve ser omitido, onde dar prioridade na preparação das
notícias a serem apresentadas ao público”.
Folha Globo
Data
Categoria destacada Ranking Categoria destacada Ranking
pelo veículo mais lidas pelo veículo mais lidas
Conforme demonstra o Gráfico 12, das 100 notícias entre as mais lidas pelos
leitores da Folha e do Globo, 34% são classificadas como de interesse público e
66% de interesse do público. Percebe-se, assim, que o leitor busca mais
informações que envolvam fatos dramáticos, curiosos e também que tratem de
pessoas com certo grau de notoriedade.
interesse público
34%
interesse do público
66%
3
2
1 1 1
0 0
tecnologia
cultura
e trabalho
governo e
ambiente
utilidade
social
economia
saúde
educação
ciência e
meio
poder
Gráfico 13 – Interesse Público – mais lidas 14.10 a 14.11.2008
29
13
10
7
5
2
beleza
curiosidade
esportes e
notoriedade
polícia
dramaticidade
lazer
categoria x jornal
15
14
9
7 7 7
6 6 6
5
4
3
2 2
1 1 1 1 1 11
0 0
g o v e rn o e
p o lí c ia
s o c ia l
b e le z a
t e c n o lo g ia
c u lt u ra
c u rio s id a d e
d ra m a t ic id a d e
e c o n o m ia e
educ aç ão
e s p o rt e s e
a m b ie n t e
n o t o rie d a d e
s aúde
u t ilid a d e
c iê n c ia e
t ra b a lh o
poder
m e io
la z e r
Folha Globo
Para verificar o interesse dos leitores de outros países, cinco jornais foram
escolhidos. Nesse levantamento, realizado nos dias 23 e 28.11.2008, em cada data,
as notícias mais lidas foram selecionadas. Diferentemente da Folha e de O Globo,
alguns veículos apresentavam 10 notícias no ranking, sendo as cinco primeiras
destacadas para haver equivalência com os números levantados nos jornais
brasileiros. No total, 50 notícias foram analisadas dos seguintes diários: Clarín,
Corriere della Sera, El País, Miami Herald, e The Washigton Post.
O New York Times não tem um ranking das mais lidas, somente mais
enviadas e mais blogadas. O site apresenta também um ranking das palavras mais
utilizadas nas buscas. Curiosamente, no dia 28.11, a maior procura no sistema foi
relacionada a receitas de peru – Nessa ocasião, acontece o thanksgiving – Dia de
Ação de Graças. Da mesma forma, o jornal francês Le Monde também deixa de
incluir uma seção para o ranking das mais lidas: há somente as mais comentadas ou
as mais enviadas.
Clarin 23 e 28.11.2008
2 2 2
São 10 notícias que aparecem no ranking das mais lidas – più letti. Podem
ser visualizadas as mais lidas no dia, na semana e no mês. Ao lado dessa seção
são mostrados os destaques da data – In Primo Piano.
2 2 2
O jornal tem sua sede social em Madrid, onde estão localizadas a redação,
os escritórios centrais e uma de suas gráficas. Conta com uma estrutura similar em
Barcelona, de onde se edita e imprime a edição Catalunha do diário. Há, também,
redações em Bilbao, Sevilha, Valência e na região da Galícia. Existem
correspondentes do veículo em diversos países com o objetivo de elaborar produtos
informativos, principalmente, para a América Latina. A edição internacional de EL
PAÍS é impressa e distribuída no continente americano.
Dez notícias são mostradas no ranking – Lo más visto. Com um link para
uma lista completa que relaciona as mais lidas nas últimas 24 horas; últimos sete; e
últimos 30 dias. A seção tem o nome de Los lectores deciden.
57
http://www.elpais.com/corporativos/elpais/elpais.html e http://www.prisacom.com – acessos em
23.02.2009.
158
El País 23 e 28.11.2008
1 1 1 1 1
dramaticidade economia e esportes e lazer governo e poder meio ambiente notoriedade polícia
trabalho
Nesse jornal da Espanha, sete categorias aparecem nas notícias mais lidas,
a de Dramaticidade em primeiro lugar, com três pontos, seguida de Governo e Poder
com dois. As demais apresentam uma pontuação cada.
Segundo Jorge (2008, p.28), o Miami Herald realizou uma pesquisa para
saber quais assuntos os leitores consideravam mais interessantes. Em
conseqüência, a redação foi orientada a priorizar os assuntos preferidos pelo público
para evitar queda na circulação. Os temas mais citados na pesquisa foram: governo
local, educação, esportes, ambiente, consumo, notícias regionais, América Latina,
saúde, e crime.
58
http://www.MiamiHerald.com - acesso em 23.02.2009.
163
2 Miami Dolphins entra no estádio para lutar com Patriots Esportes e Lazer
5 Não há razão para Miami Dolphins ser intimidado pelo Patriots Esportes e Lazer
3 Madonna leva fãs para uma viagem através de muitos estilos Cultura
4 Miami Hurricanes vai utilizar três novos jogadores na defesa Esportes e Lazer
1 1 1 1
Esporte e lazer é a categoria que registra mais notícias nas mais lidas desse
jornal, com quatro pontos, Dramaticidade fica em segundo lugar na preferência do
leitor. Cultura, Curiosidade, Economia e Trabalho e notoriedade registram um ponto
cada uma.
As inovações têm início em 1970, sendo o The Post um dos primeiros jornais
nos Estados Unidos a designar um onbudsman. Em outubro de 1984, o projeto
editorial é renovado para salientar clareza, localização e leitura fácil. É a primeira
alteração completa em 50 anos. O website washingtonpost.com é lançado em junho
de 1996 pela Digital Ink Co.
59
http://www.washpost.com – acesso em 23.02.2009
168
2 2
1 1
segundo lugar, com dois pontos, seguidas por notoriedade e social com uma notícia
classificada. Por apresentar erro nas páginas, não é possível determinar as notícias
destacadas nas manchetes pelo The Washington Post referentes aos dias
pesquisados.
A categoria social aparece pela primeira nos rankings das mais lidas, tanto
no levantamento com jornais do Brasil como de outros países. Trata-se de um artigo
escrito por dois especialistas com posicionamento sobre o sistema de saúde dos
Estados Unidos.
14
10
7
5 5
4
1 1 1 1 1
0 0 0 0
beleza
polícia
tecnologia
cultura
curiosidade
educação
esportes e
governo e
notoriedade
saúde
utilidade
social
dramaticidade
economia e
ambiente
ciência e
trabalho
poder
meio
lazer
ser atribuído à proximidade com o poder por ser a cidade de Washington a capital do
País, bem como pela transição de governos - Bush/Obama.
Beleza - - - - -
Ciência e Tecnologia - - - - -
Cultura - - - 1 -
Curiosidade 2 2 - 1 -
Dramaticidade 3 4 3 2 2
Economia e trabalho - - 1 1 2
Educação - - - - -
Esportes e lazer 2 - 1 4 -
Governo e poder 2 2 2 - 4
Meio ambiente - - 1 - -
Notoriedade - 2 1 1 1
Polícia - - 1 - -
Saúde - - - - -
Social - - - - 1
Utilidade 1 - - - -
172
As 50 notícias que constaram das mais lidas nos jornais de outros países
estão a seguir relacionadas por ordem de categoria, com indicação do veículo, data
de divulgação, ordem no ranking e numeradas de forma a melhor verificar os
assuntos, fatos e acontecimentos que têm a preferência do leitor dentro das
temáticas. (vide Anexo B - Notícias mais lidas – outros países).
Ordem no
Categoria Número Notícia
ranking
Beleza
Ciência e Tecnologia
Ordem no
Categoria Número Notícia
ranking
Economia e Trabalho
Líderes mundiais na APEC aguardam
23 ansiosamente administração Obama 1
- Washington Post 23.11.2008
Agência reguladora de Bancos fez papel de
24 advogado em vez de inspetor - Washington Post 4
23.11.2008
Educação
174
Ordem no
Categoria Número Notícia
ranking
Ordem no
Categoria Número Notícia
ranking
Saúde
interesse público
36%
interesse do público
64%
Conforme demonstra o Gráfico 22, das 50 notícias mais lidas pelos leitores
do Clarín; Corriere della Sera; El País; Miami Herald; e The Washigton Post 36%
podem ser enquadradas como de interesse público e 64% de interesse do público.
29%
28%
20%
l
ia
e
ra
ão
de
e
cia
e
r
de
er
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ec
62
PEUCER, Tobias. Os relatos jornalísticos. Tradução de Paulo da Rocha Dias. Estudos em
jornalismo e mídia. vol I no. 2. 2º. Semestre de 2004. Florianópolis: UFSC, 2004, p.27 – disponível em
http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/jornalismo/article/view/2070.
63
PEUCER, Tobias. Os relatos jornalísticos. Tradução de Paulo da Rocha Dias. Estudos em
jornalismo e mídia. vol I no. 2. 2º. Semestre de 2004. Florianópolis: UFSC, 2004, pp.20 e21 –
disponível em http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/jornalismo/article/view/2070.
182
Paulo, com a indicação pelo diretor executivo do jornal de que “Não houve violação
de intimidade. O Chico é uma pessoa pública e foi fotografado em um local público”.
O Globo optou por não publicar a notícia, alegando que “não é o que o leitor procura
ler no jornal”, segundo palavras do diretor de redação do veículo. Já a Folha de
S.Paulo estampou o fato em 20% da tiragem, conforme menciona a edição de
02.03.2005 da revista Veja.
Wolf (2003, p. 61) faz alusão à pesquisa realizada por Berelson sobre as
funções da imprensa, em que os leitores citaram como mais importantes as que
podem:
a. informar e fornecer interpretações sobre os acontecimentos;
b. constituir um instrumento essencial na vida contemporânea;
c. ser uma fonte de relaxamento;
d. atribuir prestígio social;
e. ser um instrumento de contato social;
f. constituir uma parte importante dos rituais da vida cotidiana.
64
KFOURI, JUCA. Jornalismo esportivo: uma visão crítica. In: DINES, Alberto (org). Espaços na
mídia: história, cultura e esporte – Edição de palestras do V e VI Seminários de Comunicação Banco
do Brasil. Brasília: Banco do Brasil, 2001., p. 141.
185
65
BLUMLER, J. G. e GUREVITCH, M. - The crisis of public communication. London: Routledge,
1995. In: SOUSA, Jorge Pedro. As notícias e os seus efeitos. Portugal: Universidade Fernando
Pessoa, 1999. Disponível em http://www.bocc.ubi.pt/_esp/autor.php. - Acesso em 20.08.2002.
186
que indica as notícias mais lidas pelos leitores nas últimas 24 horas, na última
semana, no mês e no ano. Com essa amostragem, é possível saber quais assuntos
mais interessam aos leitores e, assim, ajudar na elaboração de pautas e matérias da
Agência Brasil. Apresentar a lista aos leitores é, também, uma forma de trabalhar
com transparência, mostrando que as notícias mais lidas não precisam seguir,
necessariamente, os critérios editorais do site. Essa lista, no entanto, só contabiliza
as notícias acessadas no site, e não leva em consideração a utilização das notícias
da Agência Brasil por outros veículos de comunicação ou sites pessoais. 66
66
http://www.agenciabrasil.gov.br/canal do leitor - acesso em 25.04.2009.
187
67
MOURA, Dione Oliveira. A Amazônia e o conflito civilização versus natureza no discurso da revista
Veja. In: MOTTA, Luiz Gonzaga (Org.). Imprensa e poder. Brasília: UnB, 2002, p.347.
68
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. GT Estratégia Nacional de Biodiversidade Biológica, agosto
1999, p.24.
189
classificadas nas mais lidas, tem-se a impressão de que as informações são mais
voltadas para o interesse do público, para o que pode ser chamado de
entretenimento.
69
MORCAZEL, Evado.Jornalismo especializado em cultura, in DINES, Alberto (org). Espaços na
mídia: história, cultura e esporte – Edição de palestras do V e VI Seminários de Comunicação Banco
do Brasil. Brasília: Banco do Brasil, 2001., pp. 128 e 129.
190
70
AMORIM, Acari. Jornalismo econômico só vê a “perversa globalização”. In: SARDÁ, Laudelino José
(org). Da Olivetti à internet. Tubarão: Unisul, 2007, pp. 14,15.
192
71
SERRANO, Estrela. Padrões Jornalísticos na Cobertura de Eleições. Disponível em
http://www.cimj.org/docs/n6-07-Estrela-Serrano.pdf. - acesso em 20.04.2009.
72
GUAZINA, Liziane. Desvendar a caixa-preta do jornalismo político. Disponível em
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos - acesso em 28.10.2006.
194
Folha – 5º lugar;
Clarín – 3º lugar;
Corriere della Será – 3º lugar;
El País – 1º lugar;
Washington Post – 3º lugar.
195
75
http://oglobo.globo.com/mobile/noticias.asp#1 – acesso em 30.04.2009.
197
Outros
Categoria/ Brasil Categoria/ Outros
Países Brasil %
Temática % Temática Países %
%
Cultura 3 2 Curiosidade 10 10
Saúde 1 0
Social 0 2
Utilidade 2 2
Total 34 36 66 64
198
Educação e Social não constam das mais lidas. Os dois jornais têm editorias
sobre a temática (Educação).
As constatações até aqui expostas fazem com que se busque uma solução
para o cenário encontrado. Pelo ângulo da imprensa, há a necessidade de
sobrevivência financeira da empresa jornalística aliada à responsabilidade social.
Marshall (2003, p.88) aponta que um dos efeitos dessa subordinação às regras do
livre mercado é que “a informação deixa de representar a verdade e defender o
interesse público e passa a operar na lógica do interesse econômico”.
76
SILVA, Luiz Martins. Jornalismo, espaço público e esfera pública, hoje. Comunicação e Espaço
Público. Revista do Programa de Pós-graduação da Faculdade de Comunicação, Universidade de
Brasília,. Ano IX, n.º 1 e 2, 2006, pp. 44-45.
200
mídia de modo geral, também não se pode culpar o leitor por se interessar por fatos
e acontecimentos que pouco ou em nada contribuem para o desenvolvimento
humano e social. Tampouco podem se responsabilizar os jornalistas, produtores das
notícias. Há de se trabalhar na convergência do interesse e da importância das
informações.
Para o entretenimento
A = Acontecimento/fato
I = Informação
Vn = Valor Notícia
In = Interesse
C = Valor cidadania/serviço
A + I + Vn + In = Notícia
A = Acontecimento/fato
I = Informação
Vn = Valor Notícia
In = Interesse
notícia está escrito “Mapa do Perigo” e o texto tem início com a seguinte
frase: “Basta escurecer em alguns pontos do Rio para aumentarem as
chances de o carioca ser mais uma vítima dos chamados crimes de rua”. Os
dados apresentados geram preocupação para o leitor, contudo não há
informações sobre cuidados que devem ser tomados, entre outras.
77
De acordo com Meditsch , “o que diferencia uma notícia jornalística de um
texto científico, de um texto didático é o fato de se dirigir a um público que não tem
obrigação de ler a notícia”. Para ele, a matéria jornalística tenta, de alguma forma,
atrair as pessoas para se interessarem pela informação, por meio de técnicas
narrativas, muitas vezes, até dramáticas. Considera justificável o uso dessas
técnicas pelo efeito comunicativo e cognitivo que promovem.
Cabe ao jornalismo dar melhor atenção para essas notícias de modo que a
função social seja plenamente cumprida. Não é somente “disponibilizar para a
sociedade informação ética, de qualidade e democrática, que atenda ao interesse
público”, é ir mais além, é fazer com que o público procure/leia/entenda/ se
interesse por esse tipo de informação. É o caso de se trabalhar mais o título das
notícias (vide Quadro 36) e a notícia de número 51 (Tabela 25): Senado aprova
projeto que autoriza cobrança diferenciada com cartão de crédito – Globo
15.10.2008 , apesar de estarem entre as mais lidas. Para essa última, a sugestão é
inserir um título mais direcionado ao leitor, ao usuário do cartão de crédito.
77
MEDITSCH, Eduardo. Journalism as a -form of knowledge: a qualitative approach. In Brazilian
Journalismo Research: journalism theory,research and criticism. Volume 1, number 2, semester 2,
2005. Brasília: Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo/SBPjor, 2005, p. 133.
208
A opção pela linguagem mais jovem tem pouca aplicabilidade uma vez que
os jornais, como meios de comunicação de massa, têm de utilizar a redação
padronizada para um público heterogênico. Contudo alguns temas requerem mais
78
Jornal ANJ outubro de 2008, edição n° 215, p.27, disponível em- http://jornalanj.digitalpages.com.br
– acesso em 26.11.2008
209
79
Informação fornecida pelo jornalista americano e professor de jornalismo na Universidade
Metodista Sulista de Dallas-Texas, Chris Peck, em palestra sobre civic journalism, realizada no
Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade de Brasília-UnB, em 27.05.2002.
80
Silva, Luiz Martins. Imprensa, jornalismo e pós-jornalismo. Revista Humanidades. Universidade de
Brasília, Brasília, n.55, p.61, agosto 2008.
210
Art. 1º O Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros tem como base o direito
fundamental do cidadão à informação, que abrange direito de informar, de ser
informado e de ter acesso à informação.
Art. 2º Como o acesso à informação de relevante interesse público é um direito
fundamental, os jornalistas não podem admitir que ele seja impedido por nenhum
tipo de interesse, razão por que:
I – a divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de
comunicação e deve ser cumprida independentemente da linha política de seus
proprietários e/ou diretores ou da natureza econômica de suas empresas;
II – a produção e a divulgação da informação devem se pautar pela veracidade
dos fatos e ter por finalidade o interesse público;
III – a liberdade de imprensa, direito e pressuposto do exercício do jornalismo,
implica compromisso com a responsabilidade social inerente à profissão;
Art. 6º É dever do jornalista:
I – opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, bem como defender os
princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos;
II – divulgar os fatos e as informações de interesse público;
III – lutar pela liberdade de pensamento e de expressão;
X – defender os princípios constitucionais e legais, base do estado democrático
de direito;
XI – defender os direitos do cidadão, contribuindo para a promoção das garantias
individuais e coletivas, em especial as das crianças, adolescentes, mulheres,
idosos, negros e minorias;
211
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