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Equações Diferenciais de Segunda Ordem

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Equações diferenciais de segunda ordem, lineares, com coeficientes constantes

Definição (EDO linear de segunda ordem)


Chamamos EDO linear de segunda ordem a toda equação do tipo

𝑎(𝑥) 𝑦 ′′ + 𝑏(𝑥) 𝑦 ′ + 𝑐(𝑥) 𝑦 = 𝑔(𝑥)

onde 𝑎(𝑥), 𝑏(𝑥), 𝑐(𝑥) e 𝑔(𝑥) definem funções contínuas num intervalo aberto
𝐼⊆ℜ e 𝑎(𝑥) ≠ 0 para 𝑥 ∈ 𝐼. Se 𝑔(𝑥) = 0, para 𝑥 ∈ 𝐼, a equação
𝑎(𝑥) 𝑦 ′′ + 𝑏(𝑥) 𝑦 ′ + 𝑐(𝑥) 𝑦 = 0 diz-se homogénea, caso contrário, diz-se que é não
homogénea.

De modo geral, não é fácil determinar a solução geral de uma EDO linear de segunda
ordem do tipo: 𝑎(𝑥) 𝑦 ′′ + 𝑏(𝑥) 𝑦 ′ + 𝑐(𝑥) 𝑦 = 𝑔(𝑥).

No entanto, existem dois casos particulares que nos permitem resolver o problema:

1. Por dupla primitivação, quando 𝑏(𝑥) = 𝑐(𝑥) = 0 . Neste caso, a EDO


𝑎(𝑥) 𝑦 ′′ + 𝑏(𝑥) 𝑦 ′ + 𝑐(𝑥) 𝑦 = 𝑔(𝑥) assume a forma:

𝑎(𝑥) 𝑦 ′′ = 𝑔(𝑥)

2. Por redução de ordem, quando 𝑏(𝑥) ≠ 0 e 𝑐(𝑥) = 0 . Neste caso, a EDO


𝑎(𝑥) 𝑦 ′′ + 𝑏(𝑥) 𝑦 ′ + 𝑐(𝑥) 𝑦 = 𝑔(𝑥) assume a forma:

𝑎(𝑥) 𝑦 ′′ + 𝑏(𝑥) 𝑦 ′ = 𝑔(𝑥)

Exemplos

1. Resolução por dupla integração:

a) 𝑦 ′′ = 0

𝑦 ′′ = 0 ⇔ ∫ 𝑦 ′′ 𝑑𝑥 = ∫ 0 𝑑𝑥 ⇔ 𝑦 ′ = 𝑐 ⇔ ∫ 𝑦 ′ 𝑑𝑥 = ∫ 𝑐 𝑑𝑥 ⇔ 𝑦 = 𝑐𝑥 + 𝑐1

b) 𝑦 ′′ = 20𝑥 3 + 𝑥 −2
1
𝑦 ′′ = 20𝑥3 + 𝑥−2 ⇔ ∫ 𝑦 ′′ 𝑑𝑥 = 20 ∫ 𝑥 3 𝑑𝑥 + ∫ 𝑥 −2 𝑑𝑥 ⇔ 𝑦 ′ = 5𝑥 4 − 𝑥 + 𝑐
𝑑𝑥
⇔ ∫ 𝑦 ′ 𝑑𝑥 = 5 ∫ 𝑥 4 𝑑𝑥 − ∫ + 𝑐 ∫ 𝑑𝑥 ⇔ 𝑦 = 𝑥 5 − 𝑙𝑛|𝑥| + 𝑐𝑥 + 𝑐1 , 𝑐, 𝑐1 ∈ ℝ
𝑥
2. Resolução por redução de ordem

a) 𝑥 2 𝑦 ′′ + 𝑥𝑦 ′ = 1 , 𝑥 ∈ ]0, +∞[.
Neste caso, fazemos a mudança de variável 𝑦 ′ = 𝑢 ⇔ 𝑦 ′′ = 𝑢′ e, deste modo,
transformamos a equação numa EDO linear de primeira ordem:
𝑑𝑢
𝑥 2 𝑦 ′′ + 𝑥 𝑦 ′ = 1 ⇔ 𝑥 2 𝑢′ + 𝑥𝑢 = 1 ⇔ 𝑥 2 𝑑𝑥 + 𝑥𝑢 = 1 ⇔

𝑑𝑢 1 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑥 𝑑𝑥 + 𝑢 = 𝑥 ⇔ 𝑥𝑑𝑢 + 𝑢𝑑𝑥 = ⇔ 𝑑(𝑢𝑥) = ⇔ ∫ 𝑑(𝑢𝑥) = ∫ ⇔ 𝑢𝑥 = 𝑙𝑛𝑥 + 𝑐 ⇔
𝑥 𝑥 𝑥

𝑙𝑛𝑥 + 𝑐 𝑙𝑛𝑥 + 𝑐 𝑙𝑛𝑥 𝑐


𝑢= ⇔ 𝑦′ = ⇔ ∫ 𝑦 ′ 𝑑𝑥 = ∫ 𝑑𝑥 + ∫ 𝑑𝑥 ⇔
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥

⇔ 𝑦 = 𝑙𝑛(𝑙𝑛𝑥) + 𝑐 𝑙𝑛𝑥 + 𝑐1 ⇔ 𝑦 = 𝑙𝑛2 𝑥 + 𝑐 𝑙𝑛𝑥 + 𝑐1

Teorema
Sejam 𝑎(𝑥) ≠ 0, 𝑏(𝑥), 𝑐(𝑥) e 𝑔(𝑥) funções contínuas num intervalo [𝑎, 𝑏],
𝑥0 ∈ [𝑎, 𝑏] e 𝛼 e 𝛽 ∈ ℛ. O problema de valor inicial definido por

𝑎(𝑥) 𝑦 ′′ + 𝑏(𝑥) 𝑦 ′ + 𝑐(𝑥) 𝑦 = 𝑔(𝑥)


{ 𝑦 (𝑥0 ) = 𝛼 tem uma única solução em [𝑎, 𝑏].
𝑦 ′ (𝑥0 ) = 𝛽

b) Resolve o seguinte problema de valor inicial (PVI):

𝑦 ′′ + 𝑦 ′ + 𝑥 = 0
{ 𝑦(0) = 0
𝑦 ′ (0) = 0

Resolução:
Fazendo a mudança de variável 𝑢 = 𝑦 ′ ⇔ 𝑢′ = 𝑦 ′′ transformemos a equação dada
numa EDO linear de primeira ordem:
𝑑𝑢
𝑥𝑦 ′′ + 𝑦 ′ + 𝑥 = 0 ⇔ 𝑥 𝑢′ + 𝑢 + 𝑥 = 0 ⇔ 𝑥 + 𝑢 + 𝑥 = 0 ⇔ 𝑥𝑑𝑢 + 𝑢𝑑𝑥 + 𝑥𝑑𝑥 = 0
𝑑𝑥
𝑥2 𝑥2 𝑥2
⇔ 𝑑(𝑢𝑥) + 𝑥𝑑𝑥 = 0 ⇔ 𝑢𝑥 + = 𝑐 ⇔ 2𝑥𝑦 ′ + = 𝑐 ⇔ 𝑥𝑦 ′ = − +𝑐 ⇔
2 2 4

02
Da condição 𝑦 ′ = 0 quando 𝑥 = 0 temos que 0 = − +𝑐 ⇔ 𝑐 =0
4
𝑥2
Tornando a integrar 𝑥𝑦 ′ = − + 𝑐 obtemos:
4

𝑥2 𝑥 𝑑𝑦 𝑥 1 𝑥2
𝑥𝑦 ′ = − + 𝑐 ⇔ 𝑦′ = − 4 ⇔ ∫ 𝑑𝑥 = − ∫ 4 𝑑𝑥 ⇔ ∫ 𝑑𝑦 = − 4 ∫ 𝑥 𝑑𝑥 ⇔ 𝑦 = −
4 𝑑𝑥 8
Definição (Wronskiano de duas funções)
Dadas as funções diferenciáveis 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥), chamamos determinante de Wronski ou,
simplesmente, Wronskiano de 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥) ao determinante:

𝑓(𝑥) 𝑔(𝑥)
𝑤 (𝑓, 𝑔) = | | = 𝑓(𝑥) 𝑔′ (𝑥) − 𝑔(𝑥) 𝑓 ′ (𝑥)
𝑓 ′ (𝑥) 𝑔′ (𝑥)

Definição (Independência linear de duas funções)


As funções 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥), diferenciáveis num intervalo aberto 𝐼 ⊆ ℜ, são linearmente
independentes se o seu Wronskiano é diferente de zero em 𝐼.

Proposição 1
Se 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥) são ambas soluções da equação diferencial linear de segunda ordem
homogénea 𝑎(𝑥) 𝑦 ′′ + 𝑏(𝑥) 𝑦 ′ + 𝑐(𝑥) 𝑦 = 0, 𝑎(𝑥) ≠ 0 e 𝐶1 , 𝐶2 ∈ ℛ então qualquer
função 𝑗(𝑥) = 𝐶1 𝑓(𝑥) + 𝐶2 𝑔(𝑥) também é solução da referida equação.

Proposição 2 (Solução Geral)


Se 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥) são soluções linearmente independentes da equação diferencial
homogénea 𝑎(𝑥)𝑦 ′′ + 𝑏(𝑥) 𝑦 ′ + 𝑐(𝑥) 𝑦 = 0, 𝑎(𝑥) ≠ 0 e 𝐶1 , 𝐶2 ∈ ℝ então qualquer outra
solução dessa equação é da forma:

𝑦𝑔 (𝑥) = 𝐶1 𝑓(𝑥) + 𝐶2 𝑔(𝑥)

Definição (Conjunto fundamental de soluções)

Dizemos que {𝑓, 𝑔} é um conjunto fundamental de soluções da equação


𝑎(𝑥) 𝑦 ′′ + 𝑏(𝑥) 𝑦 ′ + 𝑐(𝑥) 𝑦 = 0, 𝑎(𝑥) ≠ 0, num intervalo aberto 𝐼 ⊆ ℜ se e só se o
Wronskiano de 𝒇(𝒙) e 𝒈(𝒙) é diferente de zero em 𝐼.
Equações lineares homogéneas de segunda ordem com coeficientes constantes

Consideremos, agora, a equação diferencial linear de segunda ordem homogénea com


coeficientes constantes

𝑎 𝑦 ′′ + 𝑏 𝑦 ′ + 𝑐 𝑦 = 0 com 𝑎, 𝑏, 𝑐 ∈ ℛ e 𝑎 ≠ 0 e 𝑦(𝑥) = 𝑒 𝑚𝑥 ,

sendo 𝑚 uma contante arbitrária como uma possível solução da equação.


Fazendo a substituição 𝑦(𝑥) = 𝑒 𝑚𝑥 em 𝑎 𝑦 ′′ + 𝑏 𝑦 ′ + 𝑐 𝑦 = 0 obtemos
𝑎(𝑒 𝑚𝑥 )′′ + 𝑏(𝑒 𝑚𝑥 )′ + 𝑐𝑒 𝑚𝑥 = 0 ⇔ 𝑎(𝑚2 𝑒 𝑚𝑥 ) + 𝑏(𝑚𝑒 𝑚𝑥 ) + 𝑐𝑒 𝑚𝑥 = 0 ⇔
⇔ 𝑎𝑚2 𝑒 𝑚𝑥 + 𝑏𝑚𝑒 𝑚𝑥 + 𝑐𝑒 𝑚𝑥 = 0 ⇔ (𝑎𝑚2 + 𝑏𝑚 + 𝑐)𝑒 𝑚𝑥 = 0 ⇔

𝑎𝑚2 + 𝑏𝑚 + 𝑐 = 0

isto permite concluir que 𝑦(𝑥) = 𝑒 𝑚𝑥 define uma solução da equação


𝑎 𝑦 ′′ + 𝑏 𝑦 ′ + 𝑐 𝑦 = 0 se e só se 𝑚 é solução da equação 𝑎𝑚2 + 𝑏𝑚 + 𝑐 = 0, denominada
equação característica ou equação auxiliar da equação diferencial linear de segunda ordem.

Como 𝑎𝑚2 + 𝑏𝑚 + 𝑐 = 0 é uma equação de segundo grau, podemos distinguir três


casos:

Proposição
Seja 𝑎 𝑦 ′′ + 𝑏 𝑦 ′ + 𝑐 𝑦 = 0 (∗) onde 𝑎, 𝑏, 𝑐 ∈ ℛ e 𝑎 ≠ 0

1. Se ∆ = 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 > 0 (duas raízes reais distintas) então a solução geral da equação (∗) é:

𝒚(𝒙) = 𝑪𝟏 𝒆𝒎𝟏 𝒙 + 𝑪𝟐 𝒆𝒎𝟐 𝒙


onde 𝐶1 e 𝐶2 ∈ ℛ e 𝑚1 𝑒 𝑚2 são as raízes da equação característica.

2. Se ∆ = 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 = 0 (uma raiz real dupla) então a solução geral da equação (∗) é:

𝒚(𝒙) = 𝑪𝟏 𝒆𝒎𝟏 𝒙 + 𝑪𝟐 𝒙𝒆𝒎𝟏 𝒙


onde 𝐶1 e 𝐶2 ∈ ℛ e 𝑚1 é a raiz dupla da equação característica.

3. Se ∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 < 0 (duas raízes complexas conjugadas) então a solução geral da


equação (∗) é:

𝒚(𝒙) = 𝒆𝒑𝒙 [𝑪𝟏 𝒄𝒐𝒔(𝒒𝒙) + 𝑪𝟐 𝒔𝒆𝒏(𝒒𝒙)]


𝐶1 e 𝐶2 ∈ ℛ e 𝑝 + 𝑖𝑞 e 𝑝 − 𝑖𝑞 são as raízes complexas conjugadas da equação
característica
Exemplos
1. Determine a solução geral da equação das equações
a) 𝑦 ′′ + 2𝑦 ′ + 5𝑦 = 0

Resolução
A equação característica desta equação diferencial é
−2±√22 −4(1)(5)
𝑎𝑚2 + 𝑏𝑚 + 𝑐 = 0 ⇔ 𝑚2 + 2𝑚 + 5 = 0 cujas raízes são 𝑚1,2 = =
2

−2±√4−20 −2±√−16 −2±√−1√16 −2±4𝑖 𝑚 = −1 + 2𝑖


= = = ={ 1
2 2 2 2 𝑚2 = −1 − 2𝑖
Portanto, a solução geral da equação dada é

𝑦 = 𝑒 𝑝𝑥 [𝑐1 𝑐𝑜𝑠𝑞𝑥 + 𝑐2 𝑠𝑒𝑛𝑞𝑥] ⇔ 𝑦 = 𝑒 −𝑥 (𝑐1 𝑐𝑜𝑠2𝑥 + 𝑐2 𝑠𝑒𝑛2𝑥).

b) 𝑦 ′′ − 4𝑦 ′ + 4𝑦 = 0

Resolução
A equação característica desta equação diferencial é 𝑚2 − 4𝑚 + 4 = 0 cujas raízes
−(−4)±√(−4)2 −4(1)(4) 4±√0 𝑚1 = 2
são: 𝑚1,2 = = ={
2 2 𝑚2 = 2

A solução geral da equação é 𝑦 = 𝑐1 𝑒 𝑚1𝑥 + 𝑐2 𝑥𝑒 𝑚2 𝑥 = 𝑐1 𝑒 2𝑥 + 𝑐2 𝑥𝑒 2𝑥

No caso da equação diferencial linear de segunda ordem não ser homogénea recorremos
ao seguinte resultado, desde que conheçamos uma solução particular da equação completa.

Proposição
Se {𝑓, ℎ} é um conjunto fundamental de soluções da equação homogénea
𝑎 𝑦 ′′ + 𝑏 𝑦 ′ + 𝑐 𝑦 = 0 onde 𝑎, 𝑏, 𝑐 ∈ ℛ e 𝑎 ≠ 0 num intervalo aberto 𝐼 ⊆ ℜ e 𝑦𝑝 é
uma solução particular da equação não homogénea 𝑎 𝑦 ′′ + 𝑏 𝑦 ′ + 𝑐 𝑦 = 𝑔(𝑥), 𝑔(𝑥) ≠ 0
então a solução geral desta equação é definida pela soma de qualquer solução particular da
equação não homogénea e a solução geral da equação homogénea correspondente, isto é,

𝑦(𝑥) = 𝐶1 𝑓(𝑥) + 𝐶2 ℎ(𝑥) + 𝑦𝑝 (𝑥) , 𝑥∈𝐼


Exemplo
Considere a equação diferencial linear de segunda ordem 𝑦 ′′ + 𝑦 ′ − 2𝑦 = 𝑥 2
𝑥2 𝑥 3
a) Verifique que − − 2 − 4 é uma solução da equação.
2

b) Resolva a equação.

Resolução
′′ ′
𝑥2 𝑥 3 𝑥2 𝑥 3 𝑥2 𝑥 3
a) 𝑦 ′′ + 𝑦 ′ − 2𝑦 = 𝑥 2 ⇔ (− − 2 − 4 ) + (− − 2 − 4) − 2 (− − 2 − 4) = 𝑥 2
2 2 2
1 𝑥2 𝑥 3
⇔ (−1) + (−𝑥 − 2) − 2 (− − 2 − 4) = 𝑥 2
2

1 3
⇔ −1 − 𝑥 − + 𝑥2 + 𝑥 + = 𝑥2
2 2
⇔ 𝑥2 = 𝑥2

𝑥2 𝑥 3
O que mostra que − − 2 − 4 satisfaz a equação dada logo é solução da mesma.
2

b) A equação característica da equação diferencial linear de segunda ordem


𝑦 ′′ + 𝑦 ′ − 2𝑦 = 𝑥 2 é 𝑚2 + 𝑚 − 2 = 0 que admite as soluções reais 𝑚1 = −2 e

𝑚2 = 1 , logo a equação tem duas soluções: 𝑦1 = 𝑒 −2𝑥 e 𝑦2 = 𝑒 𝑥 .

𝑦1 (𝑥) 𝑦2 (𝑥) 𝑒 −2𝑥 𝑒𝑥] =


𝑤(𝑦1 , 𝑦2 ) = 𝑑𝑒𝑡 [ ′ (𝑥) ′ (𝑥)] = 𝑑𝑒𝑡 [
𝑦1 𝑦2 −2𝑒 −2𝑥 𝑒𝑥

= (𝑒 −2𝑥 )(𝑒 𝑥 ) − (𝑒 𝑥 )(−2𝑒 −2𝑥 ) = 𝑒 −𝑥 + 2𝑒 −𝑥 = 3𝑒 −𝑥 ≠ 0

Então {𝑒 −2𝑥 , 𝑒 𝑥 } é um conjunto fundamental de soluções.

Deste modo, a solução geral da equação diferencial dada é


𝑥2 𝑥 3
𝑦(𝑥) = 𝐶1 𝑒 −2𝑥 + 𝐶2 𝑒 𝑥 + 𝑦𝑝 = 𝐶1 𝑒 −2𝑥 + 𝐶2 𝑒 𝑥 − − 2 − 4 , visto que, na alínea a),
2
𝑥2 𝑥 3
verificamos que − − 2 − 4 é uma solução particular da equação diferencial dada.
2
Exercícios
1. Resolva as seguintes equações diferenciais:
𝑑2 𝑦
1. =2 R: 𝑦 = 𝑥 2 + 𝑐𝑥 + 𝑐1
𝑑𝑥 2

2. 𝑥 2 𝑦 ′′ = 1 R: 𝑦 = −𝑙𝑛|𝑥| + 𝑐

3. (𝑥 + 1)2 𝑦 ′′ = 𝑥 R: 𝑦 = (𝑥 + 2)𝑙𝑛|𝑥 + 1| + (𝑐 − 1)𝑥 + 𝑐1


𝑑2 𝑦 𝑑𝑦 1
4. + 3 𝑑𝑥 = 0 R: 𝑦 = − 3 𝑒 −3𝑥 + 𝑐
𝑑𝑥 2
2
3
5. 3𝑦 ′′ + 2𝑦 ′ = 0 R: 𝑦 = − 2 𝑒 − 3 𝑥 + 𝑐
1 2
6. 𝑦 ′′ + 3𝑦 ′ = 2 R: 𝑦 = − 9 𝑒 3(𝑐−𝑥) + 3 𝑥 + 𝑐1
𝑥2 𝑥2
7. 𝑥𝑦 ′′ − 𝑦 ′ = 𝑥 R: 𝑦 = 𝑙𝑛𝑥 − (1 − 2𝑐) + 𝑐1
2 4
1
8. 2𝑦 ′′ − 2𝑦 ′ = 𝑒 𝑥 R: 𝑦 = 2 (𝑐 + 𝑥 − 1)𝑒 𝑥 + 𝑐
𝑑2 𝑦 𝑑𝑦 𝑥
9. 2 𝑑𝑥 2 − 5 𝑑𝑥 − 3𝑦 = 0 R: 𝑦 = 𝑐1 𝑒 3𝑥 + 𝑐2 𝑒 − 2
𝑑2 𝑦 𝑑𝑦 3 3
10. 4 𝑑𝑥 2 + 12 𝑑𝑥 + 9𝑦 = 0 R: 𝑦 = 𝑒 − 2 𝑥 + 𝑐2 𝑥 − 2

11. 𝑦 ′′ − 𝑦 ′ − 2𝑦 = 0 R: 𝑦 = 𝑐1 𝑒 −𝑥 + 𝑐2 𝑒 2𝑥

12. 𝑦 ′′ − 7𝑦 = 0 R: 𝑦 = 𝑐1 𝑒 √7𝑥 + 𝑐2 𝑒 −√7𝑥

13. 𝑦 ′′ + 4𝑦 = 0 R: 𝑦 = 𝑐1 𝑐𝑜𝑠2𝑥 + 𝑐2 𝑠𝑒𝑛2𝑥

14. 𝑦 ′′ + 2𝑦 ′ + 3𝑦 = 0 R: 𝑦 = 𝑐1 𝑒 −𝑥 𝑐𝑜𝑠 √2 𝑥 + 𝑐2 𝑒 −𝑥 𝑠𝑒𝑛 √2 𝑥

2. Resolva os seguintes problemas de valor inicial:

2𝑦 ′′ − 4𝑦 ′ + 2𝑦 = 0
1. { 𝑦(0) = 1 R: 𝑦 = 𝑒 𝑥 − 𝑥𝑒 𝑥
𝑦 ′ (0) = 0

𝑑2 𝑦 𝑑𝑦
− 2 𝑑𝑥 + 𝑦 = 0
𝑑𝑥 2
2. 𝑦(0) = 5 R: 𝑦 = 𝑒 𝑥 − 𝑥𝑒 𝑥
𝑑𝑦
{𝑑𝑥 (0) = 10
𝑑2 𝑦 𝑑𝑦
− 4 𝑑𝑥 − 5𝑦 = 0
𝑑𝑥 2
1 1
3. 𝑦(0) = 0 R: 𝑦 = 3 𝑒 5𝑥 − 3 𝑒 −𝑥
𝑑𝑦
{𝑑𝑥 (0) = 2
𝑦 ′′ − 10𝑦 ′ + 25𝑦 = 0
5
4. { 𝑦(0) = 1 R: 𝑦 = 𝑒 5𝑥 − 6 𝑥𝑒 5𝑥
𝑦 ′ (1) = 0

𝑦 ′′ − 4𝑦 ′ + 4𝑦 = 2𝑒 2𝑥
5. { R: 𝑦 = (1 − 𝑥)𝑒 2𝑥 + 𝑥 2 𝑒 2𝑥
𝑦(0) = 𝑦 ′ (0) = 1

3. Verifique se 𝑦𝑝 é uma solução particular da equação diferencial e, em caso afirmativo,


calcule a sua solução:
𝑑2 𝑦
1. + 4𝑦 = 12
𝑑𝑥 2

𝑦𝑝 = 3
2. 𝑦 ′′ − 4𝑦 = 𝑐𝑜𝑠𝑥
1
𝑦𝑝 = 3 − 5 𝑐𝑜𝑠𝑥

3. 𝑦 ′′ − 4𝑦 = 6𝑥 − 4𝑥 3
𝑦𝑝 = 𝑥 3
4. 𝑦 ′′ − 𝑦 = 𝑒 4𝑥
1
𝑦𝑝 = 15 𝑒 4𝑥

5. 𝑦 ′′ − 𝑦 = 𝑒 4𝑥
𝑦𝑝 = 2𝑥𝑒 𝑥
6. 𝑦 ′′ − 6𝑦 + 9𝑦 = 2𝑒 3𝑥
𝑦𝑝 = 𝑥 2 𝑒 3𝑥

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