Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Termodinamica

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 9

Goiânia, ____ de Março de 2.

022
Aluno(a):_______________________________________________________________________________
Disciplina: Física II • Professor: Glauco • Conteúdo• Gases - Termodinâmica
É a equação que relaciona as variáveis de estado de um gás. Esta
4 - TERMODINÂMICA equação demonstra que, para uma quantidade fixa de matéria a
relação PV / T é constante para qualquer situação gasosa.
4.1 - GASES
P1 V1 P2 V2 P3 V3
Sendo assim: = = = cte, onde 1, 2
4.1.1 - Introdução T1 T2 T3
e 3 são situações gasosas distintas.
Um gás é um fluido que sofre grandes alterações de volume quando
sua pressão é alterada. 4.1.4 - Transformações Gasosas
Existem os gases reais e os perfeitos (ideais) o objetivo de nosso
estudo são os gases ideais os quais possuem certas características Sempre que um gás tiver uma ou mais de suas
peculiares: características alteradas dizemos que o gás passou por uma
transformação. Uma transformação qualquer é aquela na qual
• O volume do gás ideal é sempre o volume do recipiente, nenhuma de suas características é mantida constante. As
independentemente de quanto gás esteja no recipiente. transformações especiais é de grande importância para a
• Entre as moléculas do gás ideal não existem força de coesão ou termodinâmica são aquelas nas quais a temperatura, pressão ou
seja; o gás ideal não se liquefaz – não sofre mudança de fase. volume são mantidos constantes. Assim sendo
• As colisões entre as moléculas de um gás ideal são consideradas
PERFEITAMENTE ELÀTICAS ou seja, sem perda de energia devido
4.1.4.1 - Isotérmica (Lei de “Boyle”)
a colisão.
A Temperatura é mantida constante (T1 = T2)
4.1.2 - Características de um Gás
P1V1 P2 V2
Um gás é definido pelo seu estado. Um estado gasoso é Assim: = (T1 = T2 ) → P1V1 = P2 V2 P.V = cte
T1 T2
definido por três características fundamentais:
P ↑ V ↓
4.1.2.1 - Temperatura (T) 
P ↓ V ↑
Indica o grau de agitação das moléculas de um gás.

Unidade: utiliza-se somente a escala ABSOLUTA, KELVIN,


4.1.4.2 - Isobárica (Lei de “Charles”)
para indicar temperatura de um gás. (K= C + 273)
A pressão é mantida constante. (P1 = P2)
4.1.2.2 - Volume (V)
P1 V1 P2 V2
Assim: = → (P1 = P2 )
Indica o espaço ocupado pelo gás, será sempre igual ao T1 T2
volume do recipiente que contiver o gás em estudo. V ↑, T ↑
V
= cte 
Unidades: m³, ℓ, mℓ, cm³ T V ↓, T ↓
Lembre-se: 1 m³ = 1000ℓ e 1mℓ = 1 cm³
4.1.4.3 - Isovolumétrica, Isocórica ou Isométrica (Lei de
4.1.2.3 - Pressão (P) Charles E Gay-Lussac)
Indica a força com a qual as moléculas do gás estão se chocando O volume é mantido constante.
contra as paredes do recipiente.
Assim:
Unidades: atm, mmHg, N/m²
P1 V1 P2 V2 
= (V1 = V2 ) P = cte P ↑, T ↑
Lembre-se 1 atm = 760 mmHg = 105 N / m² = 105 Pa T1 T2 T P ↓, T ↑

4.1.3 - Equação Geral dos Gases 4.1.5 - Gráfico P X V (Tópico central da


termodinâmica)

“DISCIPLINA, ISSO SEPARA OS BONS DOS MELHORES !!!”


http://www.cursosglaucoleyser.com.br
-1-
Devido aos notáveis descobrimentos de Robert Boyle proporcionalidade para um mol de gás, ele concluiu que a constante
(1627 – 1691) o estudo dos gases foi revolucionado.Boyle, por atm . 
meio de sua lei, construiu um gráfico que é de suma de proporcionalidade era de 0,082 . A esse valor foi dado o
mol . k
importância para o estudo dos gases: O gráfico pressão versus
volume. nome de constante universal dos gases ideais (R).

pv
Assim: para 1 mol → =1.R
T
pv
para 2 mols → =2.R
T
pv
para n mols → = n . R → PV = nRT
T
E essa é a maneira mais habitual que os concursandos
decoravam a equação de estado. (“O pior ainda são as frases
4.2 Representação gráfica das leis gasosas
indecorosas que alguns professores associam à essa equação.
Clapeyron dá pulos em seu túmulo!”)

4.1.7 - MOL (quantidade de matéria)

Um mol equivale a 6,02 x 1023 unidades. (assim como uma dúzia


equivale a 12 unidades...) Para facilitar a massa molar (massa de 1
mol) será igual a massa atômica ou massa molecular, trocando a
unidade “u” por “g” (de gramas). Assim:
m. molar da H2O = 18g
m. molar da H = 01g
m. molar da H2SO4 =98g
m
n=
M
Relação entre diferentes Isotermas onde: m = massa fornecida e M = massa molar
m. molar do S = 32g
Quanto mais afastada da origem do gráfico P x V estiver uma
isoterma, maior será a temperatura por ela representada. Isso é 4.1.8 - Bizu padrão Glauco Leyser – Trará agilidade na
comumente argüido em concursos.
resolução de exercícios que envolvam variação na
massa de um, gás

Vamos analisar duas situações gasosas de um mesmo gás e com


quantidades gasosas diferentes.

Situação 1

m1 P V R
P1V1 = n1 . R . T1 → P1V1 = . R . T1 → 1 1 =
M m1 T1 M

Situação 2

m2 P V R
4.1.6 - Equação de Estado de um Gás (Equação De P2V2 = n2 . R . T2 → P2V2 = . R . T2 → 2 2 =
Clapeyron) M m2 .T2 M

Paul – Émile Claypeyron enunciou no inicio do século XIX um R


Como é uma constante para qualquer situação do gás estudado
principio que relacionava a quantidade de gás, em um recipiente M
fechado, com as suas características de estado: Pressão, volume R
e temperatura. A relação Empírica foi: (R = constante eM= massa igualar nas duas situações. Assim:
M
pv
∝ nº de mols P1 V1 P V
T = 2 2 Equação para os gases.
m1.T1 m2 T2
Obs: ∝ = proporcional, proporcionalidade.
pv Essa passa ser uma equação completa para um gás pois além de
Ou seja, Clapeyron percebeu que era diretamente proporcional envolver as 3 variáveis de um gás, engloba também a quantidade do
T
ao número de mols utilizado do gás. Quando Clapeyron analisou essa gás utilizada.

“DISCIPLINA, ISSO SEPARA OS BONS DOS MELHORES !!!”


http://www.cursosglaucoleyser.com.br
-2-
4.1.9 - Condições Normais de Temperatura e Pressão 4.2.4.1 – Análise das variáveis gasosas por Raciocínio
(CNTP) Linear

Uma determinada quantidade de gás será dita nas CNTP quando • Se T ↑, Agitação ↑; Vm ↑; Ec↑; U↑ e ∆U > 0
estiver sob uma pressão de 1 atm e a temperatura de 0º C.
• Se T↓, Agitação ↓; Vm ↓; Ec↓; U↓ e ∆U < 0

• Se T = cte; Agitação, Vm, Ec e U serão constantes e


assim ∆U = zero.

4.1.9.1 - Volume Molar de Qualquer Gás nas CNTP

É o volume ocupado por 1 mol de gás, sob a pressão de


1atm e temperatura de 0ºC. 4.2.4.2 - CONFUSÃO MUITO COMUM EM CONCURSOS
A RESPEITO DA TEORIA CINÉTICA DOS GASES
Segundo CLAPEYRON:
P.V = N. R.T.  1.V = 1.0,082.273  V = 22,386 ℓ  V ≅ 22,4 ℓ 3
A Energia Interna de um gás é dada pela equação U = PV (1)
Atualmente utiliza-se 22,7ℓ para o volume molar de um gás nas
2
CNTP. Isso ainda é questão de debates. Na EsPCEx utiliza-se 22,4  3
ou U = nRT(2)
/mol nas CNTP 2
Por meio da equação (2) é clara a influência da temperatura pois: n é
uma constante o R é a constante dos gases então, a única variável é a
4.2 - Leis da Termodinâmica 3
temperatura (T). Dessa forma U é uma função de T → U(t) = nRT.
2
4.2.1 - Introdução 3
O problema em concursos é a equação (1) na qual U = PV. Onde
2
está a Temperatura nesta equação ? Na verdade esta equação
O objeto de estudo da termodinâmica são as relações entre o calor mostra que a energia interna depende do produto entre P e V e pela
trocado e o trabalho realizado ou sofrido pelo sistema em estudo, em Lei de Boyle, todas as vezes que a temperatura for constante, o
relação ao meio exterior. produto PV também será. (Veja o item 3.1) Assim, em uma
transformação isotérmica (T = cte), se houver variação na pressão, de
forma inversa variará o volume e o produto dessas grandezas (V e P)
4.2.2 - Teoria Cinética dos Gases 3
se manterá constante. Desta forma explica-se U = PV.
Um gás ao sofrer uma variação em sua temperatura sofrerá uma
2
alteração em seu grau de agitação molecular. Variará também a
velocidade média de suas moléculas e, haverá assim, uma alteração 4.2.5 - Trabalho gasoso e suas condicionantes
na Energia Cinética das moléculas do gás.
Existe uma característica Intrínseca do gás que depende única e Neste tópico desejamos demonstrar que a haverá trabalho gasoso
Exclusivamente da energia cinética de suas moléculas. É a Energia APENAS se o gás sofrer variação em seu volume.
Interna U do gás. À soma da energia cinética de todas as moléculas
de uma certa massa gasosa, dá-se o nome de Energia Interna do gás. 4.2.5.1 - Dedução da fórmula
De uma forma resumida a Teoria cinética dos gases que dizer:

Uma variação da energia interna de um gás está condicionada única e


exclusivamente a uma variação de sua temperatura

∆U ∝ ∆T

4.2.3 -Cálculo da quantidade de energia interna de


um gás.

Para gases monoatômicos demonstra-se que: (não vem Na figura (a) temos um gás confinado em um recipiente de volume
ao caso fazermos a demonstração aqui, ok ?) V1, a uma temperatura T1 e gerando uma pressão P. Essa pressão é
exatamente igual à pressão gerada pelo corpo colocado sobre o
 F
êmbolo  p =  e por isso o êmbolo está em repouso.
 A

4.2.4 - Conclusões padrão glaucoleyser Na figura (b) o gás é aquecido pois recebe uma quantidade Q de calor
de uma fonte térmica externa. Ao ser aquecido ocorre um aumento

“DISCIPLINA, ISSO SEPARA OS BONS DOS MELHORES !!!”


http://www.cursosglaucoleyser.com.br
-3-
momentâneo em sua pressão surgindo uma força F que fará o Exemplo: No caso acima, adote: PA = 1; PB = 5, VA = 2 e VB = 6.
êmbolo subir. À medida que o êmbolo sobe, seu volume aumenta e
sua pressão interna começa a diminuir. (B + b ). h
Assim: Área do Trapézio A = onde:
2
Na figura (c) o gás novamente passa a ter volume constante pois o
B = PB – 0 → B = 5 – 0 → B = 5
êmbolo não sobe mais. A pressão agora é novamente igual à inicial e
o volume do gás V2 é maior do que V1 devido a um deslocamento d b = PA – 0 → b = 1 – 0 → b = 1
do êmbolo. Percebemos assim que esta expansão gasosa ocorreu
isobaricamente. h = VB – VA → h = 6 – 2 → h = 4
Assim Com o aquecimento do gás, seu volume aumenta e desta
Então → =
(5 + 1).4 → = 12J
forma o êmbolo se desloca para cima de uma certa altura d. A
2
variação de volume do gás ( ΔV ) é exatamente igual ao volume de
um cilindro de área da base igual ao do recipiente e, de uma altura d. Obs - Bizu → Na verdade fazer o uso de áreas no cálculo do trabalho,
nada mais é do que usar uma pressão média para a transformação.
Com estas observações e o conceito da mecânica a respeito de
trabalho de uma força temos: Desta forma, a fórmula = p. ∆V passa a ser vista como: =
(Pmédia) ∆V

(1) = F . d (Trabalho de uma força.)


No exemplo anterior:
 p + pA 
=  B  . ∆V e assim: =
(5 + 1)
(2) Vcilindro = ∆Vgás = (Área da base) . d = A . d 2 2
 
F .4→ = 12J
(3) Pressão → p = →p.A=F
A

Agora aplicando (3) em (1) → =p.A.d e nesta aplicando (2) → 4.2.5.3 - EXERCÍCIO DIDÁTICO
= p.∆V que é a fórmula para o cálculo do trabalho de um gás
quando a pressão p é mantida constante.
Conclusões: Uma certa quantidade de gás confinada em um recipiente com um
êmbolo móvel sofre alterações em seu estado de acordo com o
• Em uma expansão gasosa: V↑; ∆V > 0 então > 0: O gás realiza o gráfico ao lado.
trabalho sobre o meio externo.
• Em uma constante gasosa: V↓; ∆V < 0 então < 0: O gás sofre
trabalho do meio externo.
• Em uma transformação isocórica: V é constante; ∆V=0 então =0:
O gás não sofre e nem realiza trabalho.

4.2.5.2 - Trabalho de um gás por processo gráfico.

a) Com pressão constante

a) TB
b) Número de mols do gás em questão
c) TC
d) Energia interna de cada estado gasoso
e) A variação da energia interna em cada transformação
f) O trabalho do gás em cada transformação

b) Com pressão variando ao longo da


P (N/m2) transformação. a) 5k b) 0,5 mols c) 2,5k d) 30,30,15 J
e) 0, –15, 15 J f) 15, –10, 0 J
PB •B

4.2.6 - Primeira Lei da Termodinâmica


A
PA •
A Trabalho ( ) N Área da figura Mostra que a variação da energia interna de um gás (∆U) é a parcela
do calor recebido ou perdido pelo gás, descontando-se o gasto
V (m3) energético do trabalho ( ) sofrido ou realizado pelo gás:
VA VB

“DISCIPLINA, ISSO SEPARA OS BONS DOS MELHORES !!!”


http://www.cursosglaucoleyser.com.br
-4-
– Apesar da pressão ser constante, não acarretará nenhuma
∆U = Q – influência substancial na 1ª Lei da termodinâmica e teremos Q = +
DIDATICAMENTE é mais simples entendermos que o calor recebido ∆U.
ou perdido pelo gás é igual a soma do trabalho com a variação da
energia interna do gás:

Q= + ∆U Adiabática

4.2.6.1 - Comportamento da 1ª lei da termodinâmica


São expansões ou contrações gasosas muito Rápidas (dito assim nos
nas transformações gasosas especiais
concursos!!) e por isso o gás não troca calor com o meio externo (Q =
0)
A primeira lei da termodinâmica Q= +∆U deve ser analisada de
forma cuidadosa, nas transformações gasosas especiais ou seja, em Assim sendo 0=∆U+ → ∆U = – .
uma isotérmica, isobárica, isocórica e em uma adiabática.
Aplicando à primeira lei os conceitos de e ∆U chegaremos ao
seguinte equacionamento: Haverá uma conversão entre trabalho e variação da energia interna.

3
Q = p.∆V + nR∆T Conclusões
2
– Se houver uma expansão muito rápida (∆V > 0) o gás realizará trabalho
Vejamos o comportamento nas transformações citadas: sobre o meio ( >0) e pela equação haverá uma queda na energia
interna do gás (∆U<0) com conseqüente resfriamento do gás (T ↓).
Isotérmica
– Se houver uma contração rápida (∆V < 0) o gás sofrerá trabalho do
T é constante então ∆T = 0. Assim ∆U = 0 concluiu-se que Q = meio ( <0) e pela equação haverá um aumento na energia interna
do gás (∆U > 0) com conseqüente Aquecimento do gás (T ↑).
Conclusões:
(Explique a brincadeira de soprar a mão que fizemos em sala de aula
– quanto mais rápido você expelir o ar de seus pulmões, mas frio ele
– Todo o calor é convertido em trabalho.
sairá” ?!?!)
– Se o gás recebe calor do meio (Q > 0) realizará trabalho sobre o
meio ( > 0)
4.2.6.2 - Transformações Cíclicas
– Se perder calor para o meio (Q < 0) sofrerá trabalho sobre o meio
( < 0) Uma transformação gasosa será considerada cíclica se o gás inicia em
uma situação, passa por várias transformações e termina em uma
situação de características idênticas a inicial. Em um ciclo, o estado
Isovolumétrica final é igual ao estado inicial.
Graficamente, representa-se por um ciclo, todas as figuras fechadas
no gráfico PxV.
– V é constante então ∆V = 0. Assim =0
– Conclui-se que Q = ∆U Veja:

Conclusões:

– Todo o calor é convertido em variação da energia interna.


– Se o gás recebe calor do meio (Q > 0) produzirá um aumento em
sua energia interna (∆U > 0) pois a sua temperatura aumentará.
– Se o gás perde calor para o meio (Q < 0) produzirá uma diminuição
em sua energia interna (∆U < 0) pois a sua temperatura cairá.

4.2.6.2.1- Características gerais de uma transformação cíclica


– Considerando o estado inicial e finais iguais teremos ∆U = 0 pois
∆U = Uf – Ui e Uf = Ui
Isobárica
– A primeira lei da termodinâmica fica Q =
– Ocorrerá uma interconversão entre calor e trabalho.
– A área do ciclo é NUMERICAMENTE igual ao trabalho do ciclo gasoso

“DISCIPLINA, ISSO SEPARA OS BONS DOS MELHORES !!!”


http://www.cursosglaucoleyser.com.br
-5-
4.2.7.1 - Máquinas Térmicas – Ciclo de Carnot
Característica específicas de acordo com o sentido do ciclo gasoso

A 2ª lei da termodinâmica irá demonstrar que se uma


Horário Anti Horário máquina térmica opera entre 2 fontes, uma quente (T1) e uma fonte
fria (T2), será impossível todo o calor, retirado da fonte quente, ser
convertido em trabalho. Haverá sempre uma perda energética para a
fonte fria.

– O trabalho será positivo – O trabalho será negativo


– O gás realizou trabal – O gás sofreu trabalho do me
sobre o meio ( >0) ( <0)
– O calor será positivo por Q – O valor será negativo por Q =
– O sistema libera calor para
– Haverá conversão de ca meio Q1 = Calor retirado da fonte quente
em trabalho
– Haverá conversão de trabal = Trabalho realizado pela máquina
em calor
Q2 = Calor rejeitado para a fonte fria

4.2.6.3 - Quadro resumo do comportamento da 1ª Lei 4.2.7.2 - Rendimento de uma máquina térmica (η)
da Termodinâmica

É a relação entre o calor transformado em trabalho e o calor total


∆U Q 1ª Lei retirado da fonte quente. É dado em porcentagem.
isotérmica 0 Q Q= Q1 − Q2
η= só que = Q1 - Q2  η=
isobárica ∆U Q Q= + ∆U
Q1 Q1
isocórica ∆U 0 Q Q = ∆U Q2
Assim: η = 1− ; 0% ≤ η < 100% ou unitariamente 0 ≤ η < 1
adiabática ∆U 0 ∆U + =0 Q1
cíclica 0 área Q Q=
ciclo 4.2.7.3 - Rendimento Máximo de uma Máquina
horária: Q →
Térmica
antihorária: →Q
Em 1824, Nicolas Leonard Sadi Carnot, analisando as máquinas
térmicas percebeu que o rendimento das mesmas não dependia das
EXEMPLO “BIZURADO” DE SALA DE AULA substâncias trabalhantes e sim de suas temperaturas absolutas entre
as quais operavam – fonte quente e fonte fria. Ele também idealizou
um ciclo no qual o rendimento seria máximo entre as temperaturas
Volte ao exercício “bruto” feito no tópico 6.5.2 e agora determine: utilizadas para a fonte fria e quente. O chamado ciclo de Carnot. O
ciclo é composto de duas transformações isotérmicas e duas
adiabáticas como representado no gráfico abaixo:
a) O calor envolvido na transformação de A para B.
b) O calor envolvido na transformação de B para C.
c) O calor envolvido na transformação de C para A.
d) O calor total do ciclo.
e) A área do ciclo.

4.2.7 - Segunda Lei da Termodinâmica

“DISCIPLINA, ISSO SEPARA OS BONS DOS MELHORES !!!”


http://www.cursosglaucoleyser.com.br
-6-
que, imediatamente antes de arrebentar, o seu volume é 3,0.
atm ⋅ 
(Dados: R = 0,082 .)
mol ⋅ K
a) Calcule a temperatura em que ocorre o arrebentamento.
b) Calcule a massa de oxigênio que foi colocada no balão.

2. Uma certa massa de gás ideal, inicialmente à pressão P0, volume


V0 e temperatura T0, é submetida à seguinte seqüência de
transformações:

I. É aquecida a pressão constante até que a temperatura


atinja o valor 2T0.
II. É resfriada a volume constante até que a temperatura
atinja o valor inicial T0.
III. É comprimida a temperatura constante até que atinja a
pressão inicial P0.

a) Calcule os valores da pressão, temperatura e volume no


final de cada transformação.
Bizu b) Represente as transformações num diagrama pressão
versus volume.
O rendimento nunca será de 100% para uma máquina que opera
entre ciclos pois para tanto a temperatura da fonte fria deveria ser 3. Ar do ambiente a 27ºC entra em um secador de cabelos
de 0k ou zero absoluto. Veja: (aquecedor de ar) e dele sai a 57ºC, voltando para o ambiente.
Qual a razão entre o volume de uma certa massa de ar quando
T2 T
η = 100% ⇒ 1 = 1 – → 0 = 2 → T2 = 0 sai do secador e o volume dessa mesma massa quando entrou
T1 T1 no secador? Suponha que o ar se comporte como um gás ideal.

Observação curiosa 4. Um cilindro metálico, fechado com tampa, contém 6,0 mols de
Em 1993 na universidade de Tecnologia de Helsinque foi obtida a ar à pressão de 4,0 atm e à temperatura ambiente. Abre-se a
temperatura mais baixa até hoje – no laboratório de criogenia - : T = tampa do cilindro. Depois de seu conteúdo ter entrado em
2,8 x 10–10k ou seja 0,00000000028K (para os cientistas essa equilíbrio termodinâmico com o ambiente, qual é o número de
temperatura ainda é muito superior ao zero absoluto). mols que permanecerão no cilindro? (A pressão atmosférica é
1,0 atm e o ar é admitido como sendo gás ideal.)
4.2.8 Eficiência de uma máquina frigorífica.
5. Uma pequena bolha de ar, partindo da profundidade de 2,0 m
Possui o mesmo equacionamento da máquina térmica porém abaixo da superfície de um lago, tem seu volume aumentado em
trabalhando de forma inversa. 40% ao chegar à superfície. Suponha que a temperatura do lago
seja constante e uniforme, e que o valor da massa específica da
água do lago seja ρ = 1,0 . 103 Kg/m3. Adote g = 10 m/s2 e
despreze os efeitos da tensão superficial.

a) Qual a variação do valor da pressão do ar dentro da bolha,


em N/m2, nessa subida?
b) Qual o valor da pressão atmosférica, em N/m2, na
superfície do lago?

6. Uma certa massa de gás ideal é submetida ao processo A → B →


c indicado no diagrama, onde p é pressão e V é volume.

Para uma maquina frigorífica não se calcula um rendimento e sim


Q2
uma eficiência e: e = e é adimensional.

Exercícios

1. Um balão é inflado com oxigênio (M = 32 g/mol), suposto um gás


ideal, ficando com volume V=2,0 e pressão p = 1,5 atm. Esse Sendo T a temperatura absoluta da massa gasosa no estado A, a
enchimento é feito à temperatura θ = 20ºC. O balão arrebenta temperatura absoluta no estado C é:
se a pressão atingir 2,0 atm. Aquecendo-se o balão, observa-se

“DISCIPLINA, ISSO SEPARA OS BONS DOS MELHORES !!!”


http://www.cursosglaucoleyser.com.br
-7-
T d) O trabalho realizado sobre o gás na compressão do estado
a) T b) 2T c) 4T d) A para o estado B.
2
e) A quantidade de calor que o gás troca com o ambiente no
T processo AB.
e)
4
11. Três átomos de um gás ideal monoatômico sofrem um processo
7. Uma câmara de volume constante contém um mol de um gás termodinâmico representado graficamente pela hipérbole
ideal a uma pressão de 0,50 atm. Se a temperatura da câmara equilátera AB indicada na figura. A área da região sombreada no
for mantida constante e mais dois mols do mesmo gás forem gráfico vale, numericamente, 9,5 . 104. (Dado R = 8,31 J/mol K.)
nela injetados, sua pressão final será:

a) 1,50 atm b) 1,00 atm c) 0,50 atm


d) 1,75 atm e) 0,75 atm

8. Um recipiente que contém gás perfeito com pressão de 2,00 atm


1
é momentaneamente aberto, deixando sair da massa gasosa
4
contida no seu interior, sem variar a sua temperatura. Nessas
condições, a pressão do gás passa a ser de: a) Qual o processo que o gás está sofrendo? Explique o porquê
de sua conclusão.
a) 0,50 atm b) 0,75 atm c) 1,00 atm b) Em que temperatura o processo se realiza?
d) 1,50 atm e) 1,75 atm c) Qual a variação de energia interna do gás no processo? Por
quê?
9. A figura mostra uma bomba de encher pneu de bicicleta. Quando d) Qual o trabalho realizado sobre o gás nesse processo AB?
o êmbolo está todo puxado, a uma distância de 30 cm da base, a e) Durante o processo AB, o gás recebe ou perde calor? Por
pressão dentro da bomba é igual à pressão atmosférica normal. quê? Qual a quantidade de calor trocada?
A área da seção transversal do pistão da bomba é 24 cm2. Um
ciclista quer encher ainda mais o pneu da bicicleta que tem 12. A quantidade de 3 mols de um gás ideal monoatômico sofre a
volume de 2,4 litros e já está com uma pressão interna de 3 atm. expansão isobárica AB representada no gráfico. Sendo o calor
Ele empurra o êmbolo da bomba até o final de seu curso. molar sob pressão constante desse gás Cp = 5 cal/mol K e
Suponha que o volume do pneu permaneça constante, que o adotando R = 8,31 J/mol K, determine: (Considere 1 cal = 4,18 J.)
processo possa ser considerado isotérmico e que o volume do
tubo que liga a bomba ao pneu seja desprezível. A pressão final
do pneu será, então, de aproximadamente:

a) A pressão sob a qual o gás se expande.


b) A quantidade de calor recebida pelo gás.
c) O trabalho que o gás realiza na expansão.
d) A variação de energia interna sofrida pelo gás.
a) 1,0 atm b) 3,0 atm c) 3,3 atm d) 3,9 atm
e) 4,0 atm 13. Durante o processo termodinâmico ABC indicado no gráfico,
certa massa de gás ideal recebe do ambiente 8 . 104 J na
forma de calor. Determine:
10. Certa quantidade de um gás ideal monoatômico sofre o processo
termodinâmico AB indicado no gráfico. Sendo R = 8,31 J/mol K e
TA = 600 K a temperatura inicial do gás, determine:

a) O trabalho realizado na etapa AB do processo.


b) O trabalho realizado na etapa BC do processo.
c) O trabalho realizado em todo o processo ABC.
a) o número de mols do gás. d) A variação de energia interna sofrida pelo gás no processo
b) A temperatura final TB. ABC.
c) A variação de energia interna que o gás sofre no processo.

“DISCIPLINA, ISSO SEPARA OS BONS DOS MELHORES !!!”


http://www.cursosglaucoleyser.com.br
-8-
14. Um gás perfeito é comprimido adiabaticamente, realizando-se
sobre ele um trabalho de módulo 500 J.

a) Qual a quantidade de calor que o gás troca com o ambiente


durante o processo?
b) Qual a variação de energia interna sofrida pelo gás nessa
transformação?
c) Como se modificam o volume, a temperatura e a pressão do
gás no processo adiabático em questão? Justifique.

15. Uma certa quantidade de gás ideal realiza o ciclo esquematizado


no gráfico.

a) Calcule o trabalho realizado em cada uma das fases do ciclo


(AB, BC, CD e DA), indicando se foi realizado pelo gás ou
sobre o gás.
b) Quais as transformações em que há aumento da energia
interna e quais aquelas em que há diminuição? Justifique.
c) Ao completar cada ciclo, há conversão de calor em trabalho
ou de trabalho em calor? Por quê?
d) Calcule a quantidade de calor e de trabalho que se
interconvertem em cada ciclo.

16. A figura representa o ciclo ABCA realizado por certa massa de


gás ideal.

a) Calcule o trabalho realizado nas etapas AB, BC e CA do ciclo.


b) Qual a conversão energética que ocorre ao final de cada
ciclo: de calor em trabalho ou de trabalho em calor? Por
quê?
c) Calcule a energia que se interconverte.
d) Se em 5s de funcionamento da máquina que funciona com
base nesse ciclo são realizados 8 ciclos pelo gás, qual a
potência da máquina?

17. Uma máquina de Carnot é operada entre duas fontes, cujas


temperaturas são, respectivamente, 100 ºC e 0 ºC. Admitindo-se
que a máquina recebe da fonte quente uma quantidade de calor
igual a 1.000 cal por ciclo, pede-se:

a) o rendimento térmico da máquina;


b) o trabalho realizado pela máquina em cada ciclo (expresso
em joules);
c) a quantidade de calor rejeitada para a fonte fria.
(Use: 1 cal = 4,18 J.)

18. Um inventor informa ter construído uma máquina térmica que


recebe, em certo tempo, 105 cal e fornece, ao mesmo tempo, 5 .
104 cal de trabalho útil. A máquina trabalha entre as
temperaturas de 177ºC e 227ºC.

a) Que rendimento tem a máquina que o inventor alega ter


construído?
b) Comente a possibilidade de existir essa máquina.

“DISCIPLINA, ISSO SEPARA OS BONS DOS MELHORES !!!”


http://www.cursosglaucoleyser.com.br
-9-

Você também pode gostar