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PEDRO SÜSSEKIND
HAMLET E A FILOSOFIA Sumário
introdução – Reflexo, nuvem, enigma 13
primeira parte – a filosofia em hamlet
capítulo 1 – A peça original 21
capítulo 2 – O fantasma 35 Capítulo 3 – Um romano antigo 51 capítulo 4 – O maquiavelismo 69 capítulo 5 – Ceticismo montaigniano 87 capítulo 6 – O príncipe dos melancólicos 105 transição – Mais coisas entre o céu e a terra 117
segunda parte – hamlet na filosofia
capítulo 7 – O Hamlet romântico 127
capítulo 8 – Teatro-espelho 143 capítulo 9 – A leitura freudiana 159 capítulo 10 – O Hamlet político 177 capítulo 11 – O tempo fora do eixo 191 capítulo 12 – Variações em torno da morte 201
Referências bibliográficas 219
Agradecimentos 233 Notas 235 O presente trabalho foi realizado com apoio do cnpq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Brasil Sinopse Horácio é um estoico, o rei usurpador Cláudio, um maquiavelista, já Resultado de dez anos de pesquisas, este ensaio sobre a relação de Hamlet admira o estoicismo, joga com o maquiavelismo, mas assume Hamlet com a filosofia se divide em duas partes. Uma delas, intitulada uma postura filosófica próxima do ceticismo. A essas correntes soma- “A filosofia em Hamlet”, segue uma abordagem histórica e é dedicada se o debate teológico entre a doutrina católica e a protestante, posto à discussão das fontes que o dramaturgo incorporou na composição em cena com a misteriosa figura do fantasma. de sua obra-prima. A outra, “Hamlet na filosofia”, volta-se para o A segunda parte do livro segue a direção oposta. Ela comenta estudo da recepção crítica da tragédia, destacando interpretações as diversas leituras da peça, muitas vezes antagônicas, que foram elaboradas por filósofos desde o século dezoito até os dias atuais. À feitas por pensadores como Voltaire, Goethe, Hegel, Nietzsche, medida que são indicadas as apropriações e as leituras filosóficas mais Freud, Benjamin, Lacan, Derrida e Danto. Nas interpretações relevantes, desenvolve-se também um comentário de sua estrutura, de propostas por esses autores, identifica-se uma tendência de projetar seu enredo e das reflexões de seu protagonista. sobre o protagonista da tragédia as próprias ideias, fazendo de Hamlet Assim, a primeira parte do livro considera Shakespeare como ora um moralista, ora um romântico, ou um pessimista, um neurótico um intérprete da sua tradição e de seu contexto, adaptador de crônicas, etc. O personagem parece ter uma capacidade sempre renovada de leitor de autores como Sêneca, Erasmo, Maquiavel e Montaigne. despertar espelhamentos das concepções e das épocas de seus Hamlet ganha, a partir do mapeamento dessas influências, o contorno intérpretes. Com isso, a quantidade e a diversidade de avaliações de um debate sobre os temas históricos, políticos e culturais que críticas de Hamlet ao longo do tempo demonstram que a peça sempre marcaram o início da época moderna. A relação com a filosofia diz se manteve como uma obra surpreendente e desafiadora. Dependendo respeito, nesse caso, às apropriações de correntes de pensamento de como o texto é interpretado, ela pode adquirir características de um como o estoicismo, o maquiavelismo e o ceticismo. Elas podem ser drama histórico sobre a guerra, de uma tragédia existencial, de uma associadas a personagens determinados, uma vez que o fiel amigo narrativa romântica ou de um problema filosófico em forma de teatro.
Nicolazzi, F. - Um Estilo de História - A Viagem, A Memória, o Ensino, Sobre Casa-Grande & Senzala e A Representação Do Passado (Tese em História, UFRGS)