Máquinas Elétricas e Transformadores (Irving Lionel Kosow)
Máquinas Elétricas e Transformadores (Irving Lionel Kosow)
Máquinas Elétricas e Transformadores (Irving Lionel Kosow)
15
V.
i
*
MÁQUINAS ELÉTRICAS
E TRANSFORMADORES
/
Volume 1
J*
FICHA CATALOGBÁFICA
- -
(Preparada pelo Centro de Catalogaç&o na Fonte,
Câ mara Brasileira do Livro, SP)
K 88m
Kosow, Irving Lionel, 1919 -
Mâquinas elétricas e transformadores |por| Irving L.
Kosow ; tradução dc Felipe I.uis Daiello e Percy Antônio
Soares. Porto Alegra, Globo, 1982.
p. ilust. ( Enciclopédia técnica universal Globo)
Bibliografia.
í 9
1. Maquinaria elétrica yC Máquinas elétricas 3. Trans
'
-
formadores elétricos I. titulo. II.''Série.
-
17. CDD 621.31
-
18. -621.314
621.31042
76 0029 17. e 18. - \
(18 )
3. Transformadores : Engenharia elétrica 621.314 (17. e 18.) i
«
KJ V,
i
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V
*
A l/
Irving Lt Kosow, Ph. D.
Staten Island Community
City University of New York
l
4- MÁQUINAS ELÉTRICAS
E TRANSFORMADORES
Volume 1
Tradução de
FELIPE LUIZ RIBEIRO DAIELLO A
e
PERCY ANTÔNIO PINTO SOARES á &
Professores de Eletrotécnica na Universidade Federal do Rio Grande
do Sul e na Pontif ícia Universidade Cat ó lica do Rio Grande do Sul
4? Edição
02247/83
EDITORA GLOBO
Porto Alegre. Rio de Janeiro
\I
1882
V *
to
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^0
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:J ,
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Tí tulo original da edição norte-americana :
ELECTRIC MACHINERY AND TRANSFORMERS
. O 1’ArUS n 1
í (o
A minha esposa
RUTH
e meus filhos
SONIA, MARTIN e JULIA
t:
/
pref ácio
i
S3
cfas máquinas elétricas. O capí tulo final sobre transformadores está intimamente
ligado e refere-se aos capítulos prévios sobre alternadores e rendimento, para
salientar as semelhanças e unificar a apresentaçã o. Este capítulo também inclui
conversões polif ásicas de ordem superior para elevadas exigências de potência CC.
Conforme já se fez notar antes, a ênfase do trabalho, calcada em 25 anos de
experiência did á tica do autor, está dirigida ao estudo por conta pr ópria. O
resultado disso é um material de texto um tanto mais detalhado, exemplos
ilustrativos indicando solu ção dos problemas, e muitas questões específicas des-
tinadas a motivar o leitor. Também daí decorre a vantagem da diminuição da
carga do trabalho do professor, transferindo mais responsabilidade para o aluno
no processo de aprendizado. Consequentemente isto libera o professor para pôr
mais ênfase naqueles aspectos da matéria em que ele sente que há necessidade
de ênfase e estudo aprofundado, e naqueles tó picos particulares em que os alunos
precisam de ajuda. Além disso, devido ao seu aspecto de autodidatismo, o presente
trabalho é indicado para um curso de dois semestres, ou de um semestre, neste
campo. No último caso, o professor pode especificar capí tulos específicos, e ou
seções dentro dos capí tulos, como representativos do delineamento do curso /
,
com a recomendaçã o preliminar de que o aluno leia todo material explanatório
periférico de que venha a necessitar em outras seções dos capítulos, para alargar
e aperfeiçoar seus conhecimentos.
Agradecemos e apresentamos nosso reconhecimento à equipe da Prentice-
Hall, em geral, e a Steven Bobker em particular, por sua supervisão cuidadosa
na produção do manuscrito e por muitas sugestões proveitosas, de que resultou
i a presente forma do livro. O autor também agradece o encorajamento e auxílio
de Matthew Fox, Editor executivo, e de Edward Francis, Editor de tecnologia
eletrónica.
Como sucedeu com meus outros livros e com o trabalho editorial, minha
í esposa, Ruth, contribuiu significativamente de maneira direta na leitura das
provas e na indexa ção deste livro, e de maneira indireta com seu encorajamento,
paciê ncia e compreensão em todos os muitos dias de solid ão e isolamento neces-
sá rios para produzir este trabalho.
Trving L. Kosow
/
sumário
1 FUNDAMENTOS DE ELETROMECÂNICA 1
-
11
1-2
Conversão eletromagnética de energia, 2
Relações existentes entre indução eletromagnética e força eletro-
magnética, 3
-
13 Lei de Faraday da indução eletromagnética, 4
-
14 Fatores que afetam o valor da fem induzida, 5
-
15
--
16 Lei de Lenz, 10
—
Sentido da fem induzida Regra de Fleming, 9
-
^1 7 Geradores elementares, 12
-
18
'
ProVa da regra de Fleming da mão direita, por meio da lei de
Lenz, 12
-
19 Polà ridade de um gerador elementar, 13
-
1 10 Fem senoidal gerada por uma bobina girando num campo mag
nético uniforme à velocidade constante, 13
-
-
1 11 Retificação por meio de um comutador, 15
-
1 12 O enrolamento em anel de Gramme, 18
-
^1 13 Tensão, corrente e potência nominais das máquinas, 22
1-14 Fem média gerada em um quarto de volta, 23
-
1 15 Equação fundamental de tensão do gerador CC para fem entre
as escovas, 25
^ 1-16 Força eletromagnética, 26
XIV MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
2-12
-
2 13
—
Enrolamentos Sumá rio, 54
Enrolamentos da armadura de máquinas sí ncronas CA, 55
-
2 14
2-15
Enrolamentos de camada simples e dupla, 56
Enrolamentos de passo fracionário, 57
-
2 16
2-17
—
Enrolamentos distribuídos fator de distribuição, 59
Efeito do passo fracioná rio e da distribuição de bobinas na forma
de onda, 62
2-18 Fem gerada numa máquina síncrona CA, 64
-
2 19 Frequência das máquinas síncronas CA, 66
3-1 Generalidades, 72
3-2 Tipos de geradores CC, 73
-
33 Diagrama esquemá tico e circuito equivalente de um gerador
shunt , 73
-
3-4 Diagrama esquemático e circuito equivalente de um gerador -
série, 75
3-5 Diagrama esquemático e circuito equivalente de um gerador
composto, 76
-
36 Gerador com excitação independente, 78
-
37 Características de tensão a vazio dos geradores CC, 79
-
38
-
39 -
- —
Geradores auto excitados Resistência de campo, 82
-
Auto excitação de um gerador shunt, 83
-
3 10 Resistência crítica de campo, 84
t
SUMáRIO XV
3-15
-
gerador shunt, 89
Regulação de tensão de um gerador, 91
3-16 Gerador-série, 92
3-17 Gerador composto, 93
3-18 Caracteristicas do gerador composto cumulativo, 94
3-19 Ajustamento do grau de compensação dos geradores compostos
cumulativos, 96
-
3 20
3-21
Caracteristicas do gerador composto diferencial, 97
Comparação das caracteristicas carga-tensão dos geradores, 98
3-22 Efeito da velocidade nas caracteristicas carga-tensão dos gera-
dores compostos, 99
i
XVI MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
r
5-5 Compensação para a reação da armadura em máquinas de CC,
146
5-6 O processo de comutação, 150
57-
5-8
Tensão de reatância , 153
Reação da armadura na máquina CA, 154
r
61-
6-2
Generalidades, 164
Construção, 165
6-3 Vantagens da construção de armadura estacionária e campo
girante, 165
£\ 6-4 Máquinas primárias, 168
i 65* Circuito equivalente para máquinas síncronas mono e poli -
fásicas. 169
6-6 Comparação entre o gerador CC de excitação independente e o
altemador síncrono de excitação por fonte externa, 171
6-7
nador para vários fatores de potência de carga, 171
-
Relação entre a tensão gerada e a tensão nos terminais do alter
-
?
1
v
( 6-8 Regulação de tensão de alternadores síncronos CA para vá rios
fatores de potência, 175 !
t
v
-
71 Vantagens da operaçã o em paralelo, 192
-
72 Relações de tensão e corrente para fontes de fem em paralelo,
193
7-3 -
Operação em paralelo de geradores derivação, 196
7-4 Condições necessá rias para operação em paralelo de geradores
derivação, 197
-
75- Operação em paralelo de geradores compostos, 198
76- Condições necessárias para a operação em paralelo de geradores
compostos, 199
7-7 Procedimento para pôr geradores em paralelo, 201
7-8 Condições necessá rias para ligar alternadores em paralelo, 202
/ 7-9
J Sincronização de alternadores monofásicos, 203
fe&í-s.
'\
SUMáRIO XVII
7-10 Efeitos da corrente de sincronização (circulante) entre alterna
dores monofá sicos, 206 -
7-11 Divisão de carga entre alternadores, 213
7-12 Caça ao sincronismo ou oscilação de alternadores, 216
7-13 Sincronização de alternadores polif ásicos, 218
17-14 Sincronoscó pios, 220
7-15 Indicador de sequência de fases, 222
7- 16 Sumá rio do procedimento para ligar em paralelo alternadores
polifá sicos, 223
&
11 - 1 Generalidades, 397
11-2 Gerador de pólo desviado, 398
11-3 Gerador de três escovas, 399
11 -4 Máquina homopolar ou acíclica , 401
11-5 Dinamotores, 402
11-6 Conversor rotativo monofásico, 404
11-7 Conversor rotativo polifásico, 408
11 8- Geradores para sistemas a três condutores, 413
11-9 Efeito da resistência da linha e de cargas desequilibradas em sis-
temas a três condutores, 416
11- 10 Conversores de fases de indução, 420
-
11 11 Dispositivos sincronizantes (seisin), 421
11-12 Seisins potência e sistemas de laço sincro, 429
-
11 13 Servomotores CC, 431
-
11 14 Servomotores CA, 434
11-15 O gerador de Rosenberg, 436
11-16 O amplidino, 438
11-17
11-18
—
Excitatrizes de campo m últiplo Rototrol e Regulex, 441
Motor CC sem escovas, 444
XX MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
13 TRANSFORMADORES 511
13-1 Definições fundamentais, 511
13-2 Relações no transformador ideal, 514
13-3 Imped â ncia refletida , transformação de imped â ncias e trans-
formadores reais, 521
13-4 Circuitos equivalentes para um transformador real de potência ,
527
13-5 Regulaçã o de tensão de um transformador de pot ência , 530
13-6 Regulaçã o de tensã o a partir do ensaio de curto-circuito , 533
13-7 -
Hipóteses inerentes ao ensaio de curto circuito, 537
13-8 Rendimento do transformador a partir dos ensaios a vazio e de
curto-circuito, 538
SUMáRIO XXI
13-9 Rendimento di á rio, 543
13-10 Identifica çã o das fases e polaridade dos enrolamentos do trans
formador , 545
-
\ -
13 11 Ligaçã o dos enrolamentos de um transformador em sé rie e em
paralelo , 549
13- 12 .
O autotransformador, 552
13-13 Rendimento do autotransformador , 560
13-14 Transforma ção trifásica , 562
13- 15 As harm ónicas nos transformadores, 569
13-16 Importâ ncia do neutro e meios para obtê-lo, 571
13-17 -
Relações de transformaçã o V V — o sistema delta aberto, 573
13- 18 A transformação T - T , 575
13- 19 Transformaçã o de sistemas trifá sicos para sistemas bifásicos —
A ligação Scott , 579
-
13 20 Transforma çã o de sistemas trifá sicos em hexaf ásicos, 582
-
13 21 Uso de transformações polif ásicas em conversão de potência ,
589
APÊNDICE
607
Í NDICE ALFABÉTICO E REMISSIVO
625
UM
fundamentos de
eletromecâ nica
HUTCHESON, J . A. Engineering for the future. Journal of Engineering Education , 602-7, Apr.
1960.
*A crise energé tica de 1973 pode ser encarada como um alerta para o problema.
•
> Má QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
%
FUNDAMENTOS DE ELETROMECâ NICA 3
2
Certos efeitos termel étricos , gaivanomagné ticos e termomagné ticos ( por exemplo, os efeitos
f de Hall , Ettingshausen , Nernst , ou Righi - Leduc) não envolvem uma força aplicada a um corpo
* condutor ou movimento de um tal corpo, mas servem para relacionar os campos elétricos e magné -
ticos às propriedades da matéria . No efeito de Hall , por exemplo, uma corrente elé trica longitu-
dinal (produzida por um campo elétrico longitudinal) produzirá, na presença de um campo magné-
tico perpendicular, um campo elé trico transversal . Como não há movimento envolvido, este efeito
não é considerado um fenômeno de energia eletromecâ nica. Estes efeitos, excluindo o princí pio
do transformador, são estranhos ao objetivo deste texto e não serão considerados .
Força no condutor
s
s
u
produzindo V
Fem induzida , e
—-
Fig. 1 -1 Condutor de comprimento /
movendo se em um campo magné tico B ,
para gerar uma fem .
4>
Emed = r — abvolts = —0t x 10 8
V (1-1)
FUNDAMENTOS DE ELETROMECâ NICA 5
*0 sistema de unidades utilizado pelo autor é o sistema CGS, donde o aparecimento do fator 10 - 8
3
-
A Eq. ( 1 -2) pode ser derivada da Eq . ( 1 1), da seguinte maneira : se o condutor da Fig. 1 1 -
se movimenta de uma dist â ncia ds no tempo dt , a alteração no fluxo concatenado pode ser expressa
— —
como d( p = Bl ds. Mas, desde que e = ( d <f> / dt ) 10 8 V, entã o por substituição e = Bl ( ds / dt ) 10 “ 8 V.
”
Mas como ds / dt é igual à velocidade v do condutor em relaçã o ao campo magn é tico, e = ( Blv ) 10 “ 8 V.
6 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Solução :
a. e inst = 1 /5 Blv x 10 8
V ( 1 - 3)
“
V = 6,48 V
min 12 pol
b. (f ) — BA = ( 50.000 linhas/ pol 2 ) ( 720 pol x 18 pol ) = 6,48 x 108 linhas
0 X _ 6,48 x 108 linhas
10 - 8 y IO 8
V = 6,48 V ( 1 -1)
”
=T X
^ ed t 1 s
J
FUNDAMENTOS DE ELETROMEC â NICA 7
s (•) s <5> N
S
9
W
í -
Solução :
e = 1 /5 Blv sen 0 x 1 0 8 V ( 1 - 3)
= 1 /5 ( 50.000 linhas/ pol ) ( 18 pol)
2 720
j2
x 60 pés/min sen 75 ° x 10 V =
~ 8
“Pode surgir um problema, onde nenhum dos fatores, B , l ou v sejam mutuamente perpendicu-
-
lares. A Eq. ( 1 3) pode ser multiplicada pelos senos dos â ngulos entre
cada par de quantidades B ,
-
v e B , l usando se B como referê ncia :
e = Blv sen ( B , v ) sen ( B , l ) = Blv sen 9 sen ( p
onde 6 é o â ngulo entre B e v , e
( p é o â ngulo entre B e
i
FUNDAMENTOS DE ELETROMECâ NICA 9
-v .
-.
1 5 SENTIDO DA FEM INDUZIDA — REGRA DE FLEMING
Deve-se notar que, quando um condutor se movimenta num sentido ascendente,
como se mostra na Fig. l - 2c, a partir de uma posição abaixo à direita para uma
ir
posição acima à esquerda, de maneira que 9 seja menor que 90°, a fem induzida
e terá a mesma direção (e polaridade) que a mostrada na Fig. l -2d, onde 9 é
maior que 90°. Desde que sen 0 é positivo para todos os â ngulos entre 0 e 180°,
e da Eq. ( 1-4) é positiva para todos os sentidos com relação a B, de 0o a 180°,
isto é para um movimento ascendente gené rico do condutor. Semelhantemente,
* se a for ça aplicada ao condutor tende a movê-lo descendentemente, como mostra
a Fig. l -3b, o sentido da fem induzida será oposto ao mostrado na Fig. 1-2.
Uma vez que sen 9 é negativo para todos os ângulos entre 180° e 360°, 9 da
í Eq. (1-4) é negativo para todos os sentidos genericamente descendentes. Se o
campo magné tico, entretanto, fosse invertido, também o seriam as polaridades.
& Assim, a referência bá sica para a polaridade e para o â ngulo 9 na Eq. ( 1- 4) é o
sentido do campo magn ético.
Movimento Fr
Campo
N S N
Movimento
(b )
* .
5
A relação entre os sentidos da fem induzida, do campo magnético e do movi-
mento de um condutor é convenientemente representada e relembrada pela regra
de Fleming, mostrada na Fig. l -3a. Quando é empregada corrente convencional 5
para determinar -se o sentido da fem gerada, pode-se chamar a regra de Fleming
de “regra da m ão direita”, como mostra a Fig. l -3a.
A regra de Fleming da mão direita pressupõe que o campo está estacion á rio
e que o condutor se move em relação a este campo estacioná rio ( de refer ência ).
Uma vez que a fem induzida depende do movimento relativo entre condutor e
campo, ela pode ser aplicada no caso de um condutor estacion ário e de um campo
m óvel, mas fazendo a suposiçã o de que o condutor se movimenta em sentido oposto.
Desde que o polegar na Fig. l -3a mostre o sentido do movimento relativo ascen-
5
Neste texto, utiliza-se a corrente convencional . Todas as regras da mão esquerda e da mão
direita devem, pois , ser invertidas, se o leitor desejar usar o sentido do fluxo eletrónico.
i
S © N S S © N
. -
Fig 1 4 — Ilustração da lei de Lenz.
tra. Se uma carga elétrica é ligada a este gerador elementar, a corrente tender á a
circular no condutor, no mesmo sentido da fem, produzindo em torno do con-
-
dutor um campo magnético como mostra a Fig. l 4 b. O campo magné tico, de
sentido anti- horá rio, que circunda o condutor, repele o campo magnético acima
dele e atrai o campo magnético abaixo dele (isto é, a corrente induzida produz
um campo que se opõe ao movimento que a ocasionou). A tendência do campo
magn ético é, pois, de tal natureza, pela lei de Lenz, que se opõe ao movimento
ascendente do condutor.
No caso de um gerador elementar, a energia elétrica é consumida apenas
quando uma carga completa o percurso, de modo que a corrente circula devido
à fem induzida. Mas o campo produzido por esta corrente de carga atua de modo
a reagir com o campo magn é tico do gerador e, assim, opor -se à má quina prim á ria
que aciona o gerador. Quanto mais energia el étrica for solicitada pela carga, mais
forte ser á o campo produzido pela corrente do condutor e em oposição ao movi-
mento da máquina primária que aciona o gerador. Quanto maior for a quanti-
dade de energia el étrica que se solicita do gerador, portanto, maior ser á a oposi-
ção produzida pela interação do campo, e tanto mais energia mecânica é necessária
para acionar o gerador. Inversamente, se o gerador elementar n ão fornece corrente
de carga, não se produz campo em torno do condutor, por não haver corrente
induzida ; e, teoricamente, n ão se requer energia da máquina primária. Novamente,
de acordo com a lei da conservação da energia, o trabalho é feito apenas para vencer
uma resistência.
i
12 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
É desnecessá rio dizer -se que os geradores mostrados nas Figs. 1-1 até 1-4
e discutidos nos par ágrafos anteriores são praticamente inviáveis, por numerosas
razões. Uma destas razões é que tais geradores necessitariam uma máquina pri-
m á ria que comunicasse um movimento linear ou alternativo ao condutor. As
máquinas primá rias comerciais fornecem movimento rotativo aos geradores elé-
tricos comerciais (incluindo aqueles, tais como as máquinas a vapor, que produzem
i movimentos alternativos). Os condutores da maioria dos geradores comçrciais
giram, pois, em torno de um eixo central. Uma vez que o movimento rotativo
ocorre em todos os casos das m áquinas elétricas, torna-se necessá rio estabelecer
uma equação para a fem induzida em termos de movimento rotativo (em vez do
linear ). Esta equação é desenvolvida na Seç. 1-14. ,
á
(1
Embora as máquinas elétricas comerciais tenham muitas bobinas cada uma
consistindo de muitos condutores individuais e espiras ligadas em sé rie, f é con-
/
veniente extrapolar -se seu comportamento a partir de uma bobina elementar de
espira ú nica ( uma espira com dois condutores), girando no sentido hor á rio num
campo bipolar, como mostra a Fig. l -5a. A direção da fem induzida em cada
condutor ou lado de bobina pode ser determinada pela regra da mão direita,
de Fleming, ou pela lei de Lenz, como descrito na Seç. 1-8. A polaridade da fem
de um gerador elementar será definida na Seç. 1-9, e a natureza da forma de onda
da fem será determinada na Seç. 1-10.
1
Eixo de rotação
i S O O N S ® ® N
-> Fig. 1-5 — Prova da regra da mão direita, de Fleming, através da lei de Lenz .
1
FUNDAMENTOS DE ELETROMECâ NICA 13
do lado esquerdo, mostrado na Fig. l -5b, produziria uma fem e uma corrente cujo
campo magné tico opor -se-ia ao movimento ascendente do condutor. Este método
de verificação indaga : “Que tipo de campo magn é tico opor -se-á ao movimento
do condutor?” O raciocí nio indica que um campo magné tico de sentido anti
horário opor-se-á ao movimento do condutor , uma vez que um tal campo produz
-
repulsão acima do condutor e atraçã o abaixo do condutor. Linhas de força na
mesma direção produzem repulsão e em direções opostas produzem atraçã o.
No caso do condutor que está do lado direito, como mostra a Fig. l -5b, uma
!
vez que o condutor se move descendentemente, o campo em torno do mesmo
requereria atra ção acima do condutor e repulsão abaixo dele, para que houvesse
oposição ao movimento do condutor, pela lei de Lenz. Isto é conseguido através
de um campo magnético com o sentido horá rio, em torno do condutor da direita.
Note-se que a Fig. l -5c concorda com a regra de Fleming da mã o direita, na
determinaçã o do sentido da fem induzida. Note-se também que, desde que ambos
os condutores estão no mesmo campo magn ético, mas movimentando-se em sen-
tidos opostos, as fem e os campos magné ticos resultantes produzidos pela corrente
no condutor são inversos um em rela ção ao outro.
-.
1 9 POLARIDADE DE UM GERADOR ELEMENTAR
-
1 10. FEM SENOIDAL GERADA POR UMA BOBINA GIRANDO NUM
CAMPO MAGNÉTICO UNIFORME À VELOCIDADE CONSTANTE
—
2
^. -
—
/ \ Graus
0/ 45° 90° 135° \ 80o 225° 270° 315° 360°
t
0 1 2 3 4\ 5 6 7 /0
Posi ção \ /
Fig. 1-6 — Fem gerada por uma bobina móvel num campo uniforme .
ab se movimenta para a posição 1, girando no sentido horá rio, ele corta o campo
magnético uniforme num â ngulo oblíquo de 45°. A fem induzida neste condutor
em movimento ascendente, com respeito a uma carga externa, será positiva ( pelo
m étodo descrito na Seç. 1-9) e seu valor será de aproximadamente 70,7 por cento
da m á xima tensão induzida [pela Eq. (1-4) onde 6 é 45°]. A varia ção na tensão
é mostrada graficamente na Fig. l -6 b, onde a fem é positiva na posição 1 e tem
o valor aproximado indicado. Quando a bobina alcan ça 90°, posição 2, o condutor
ab tem o má ximo fluxo concatenado, umá vez que se move perpendicularmente
ao campo magnético, e tem o má ximo valor positivo mostrado na figura anterior
e na Fig. l -6b. A posição 3, que corresponde a um â ngulo de 135°, leva a uma
fem no lado ab da bobina idêntica à produzida na posição 1 [sen 135° = sen 45°
na Eq. (1 - 4)], com polaridade positiva uma vez que o condutor ainda se movi-
menta ascendentemente, mas a variação do fluxo concatenado ocorre numa razão
menor que a da posição 2. Quando o condutor ab alcança 180°, posição 4, a fem
induzida é novamente zero. uma vez que não há variação de fluxo concatenado
quando o condutor se movimenta paralelamente ao campo magnético. Na posição
5, correspondendo a 225°, a fem induzida no condutor ab tem a polaridade inver-
tida, uma vez que ab agora se move descendentemente no mesmo campo magn é tico
uniforme. A fem induzida aumenta até um má ximo negativo a 270°, posição 6,
e finalmente decresce, passando pela posição 7 e voltando a zero na posição 0.
Deve-se notar que a natureza da fem induzida em um condutor que gira num
campo magnético é, ao mesmo tempo, senoidal e alternativa. Posteriormente,
ver-se-á que uma fem alternada é produzida nos condutores de todas as m áquinas
-
girantes, quer CC quer CA. Observe se que durante este processo nã o h á fem
induzida nos condutores bc ou ad, uma vez que eles não estão sujeitos a altera-
ções do fluxo concatenado. Mesmo que estes condutores produzissem fem indu-
zidas eles n ão contribuiriam para a fem da bobina, uma vez que eles se movimentam
na mesma direção no mesmo campo e produziriam, portanto, fem iguais em opo-
sição. Os lados da bobina ab e cd, entretanto, auxiliam- se mutuamente e a fem
total produzida pela bobina é o dobro do valor representado na Fig. l -6b. Deve-se
notar que não se produz fem nas posições 0 e 4, conhecidas como zonas neutras
ou interpolares da máquina.
Deve-se enfatizar o fato de que uma forma de onda senoidal é produzida por
um condutor girando em um campo teoricamente uniforme, como representado
FUNDAMENTOS DE ELETROMEC â NICA
15
.
&
1-11. RETIFICAÇÃ O POR MEIO DE UM COMUTADOR
N S
=
C 3
o
i
- í" \
i i
i J .1 o v
Di reção de
X rotação
\
4
/
4
S
\
\
\ + /
/
N
0
jZXLZX2 4 6 0
(b ) Fem nas escovas produzida por uma bobina
(a ) Gerador elementar. girando num campo magnético uniforme.
I
Fig. 1 8 - — Gerador CC elementar.
Bobina 1
I Eixo
t Armadura
2 1 2 ) 2
S N
2 2
/
/ \VAVAvAvA\ '' \
+
t t
1 (b) Forma de onda resultante nas escovas.
* (a) Vista da seção transversal.
¥
%
m
•
'*
18 Má QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Da carga
( a ) Enrolamento espiral bipolar e caminhos ( b ) Seção transversal mostrando os condutores,
de fluxo . as tensões induzidas (e correntes ) e as
ligações do comutador .
í Para a carga
+ . 1% Jn
i
Volts
e /caminho
-JL
X- '
Condutores T
-
de pólo S X.
_ Condutores
-X- de pólo-N
I J ^VAVAVAV V V VWl e/cond
â â â
1 Da carga
( c ) Circuito equivalente da armadura . (d )
Uma rotação
da armadura
. -
Fig 1 10 — Enrolamento em anel de Gramme.
Solução:
a. </> total concatenado por volta = P x <£/ pólo = 2 pólos x 6,48 x 108 linhas/ pólo.
Tempo por volta, í/volta
Da Eq . (1-1),
=
^ min/volta
1
= (60 s/min) x 3Q min/volta = 2 s/volta
8
e<r,JCOnd =7 "
X 10 ’
V
L
í
}
N
Rotação
S S
Ligações
interiores
N
t r1 1 1
RL
-I
—I—I—I
( ç) Circuito equivalente simplificado
de armadura.
. -
Fig 1 11
— Enrolamento em anel de Gramme de quatro pólos.
TABELA 1 - 1
EFEITO DO N Ú MERO DE PÓ LOS NAS RELAÇÕ ES DE TENS ÃO,
CORRENTE E POTÊ NCIA DE UMA M ÁQUINA
N ú MERO DE PóLOS
PAR â METRO 2 4
N ú mero de condutores da armadura 40 40
N ú mero de caminhos 2 4
N ú mero de condutores por caminho 2o 10
FEM por caminho 129,6V 64,8V
Corrente por caminho 10A 10A
Tensão nominal nos terminais da máquina 127,6V 63,8V
Corrente nominal na armadura da m á quina 20A 40A
Potê ncia nominal 2.552W 2.552 W
22 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
E X E M P L O O mesmo fluxo total por volta, do Exemplo 1-3, é agora distribu ído igualmente
1-4 : entre quatro pólos. A mesma armadura é acionada à mesma velocidade, e quatro
escovas são usadas para ligar os quatro caminhos da armadura em paralelo.
Repita os cálculos do Ex. 1-3.
Solução :
A Tabela 1-1 serve para ilustrar a relação fundamental que se aplica a todos
os enrolamentos de armadura de m á quinas modernas. No gerador comercial,
emprega-se um grande n ú mero de condutores para concatenar o fluxo de um
ou mais pares de pólos (o n ú mero de pólos é sempre um n ú mero par ). Como
ilustram os problemas precedentes e a Tabela 1-1, as armaduras comerciais podem
ter dois ou mais caminhos paralelos (o n úmero de caminhos é também sempre
um n ú mero par ). Cada caminho consiste de um grupo de bobinas ligadas em
sé rie, cada bobina possuindo uma tensão nominal admissí vel (no caso de um
motor) ou uma tensão gerada ( para fluxo e velocidade nominais, no caso do
gerador ). A tensão nominal da m á quina é, pois, determinada apenas pelo n ú mero
de bobinas ligadas em sé rie, por caminho, que é aproximadamente igual, e n ão
pelo n ú mero de caminhos em paralelo.9
O fator determinante da corrente nominal da m áquina é a capacidade con
dutora da bobina individual ou do condutor em cada caminho, ou do grupo de
-
bobina ligado em série. Conforme aumenta o n ú mero de caminhos, aumenta
a corrente nominal da máquina. É mais importante, entretanto, compreender
9
Para qualquer dado n ú mero de condutores da armadura , entretanto, um aumento do n ú mero
de caminhos paralelos deve, evidentemente, reduzir tanto o n ú mero de bobinas ligadas em série
por caminho como a tensão.
FUNDAMENTOS DE ELETROMEC â NICA 23
TABELA 1-2
EFEITO DO AUMENTO DO N Ú MERO DE CAMINHOS
PARALELOS NUMA ARMADURA
£mcd = 0 — X 10 "
8
V (1-1)
t
Mas, desde que o tempo t , para um quarto de volta é 1/4 s, onde n é o
n ú mero de rotações da bobina por segundo, a fem induzida média por espira é
£med = 4n4> X 10- 8 V
Note -se que a derivação da Eq. (1-5) segue exatamente o procedimento usado
na solu ção do Ex. 1-3, com a exceção de que se utilizam espiras em vez de
condutores. Há dois lados de bobina (dois condutores ativos) por bobina de
espira ú nica.
EXEMPLO Calcule a fem média por bobina e por condutor ativo ( lado de bobina) para
7 -5 : a bobina de espira única do Ex. 1 - 3 usando a Eq. 1 -5.
Solução :
8 ( 1 - 5)
E med/ bob = 40 Nen x 10 '
V
1
= 4 (6,48
x 10 ~ 8 V
= 12,96 V
x 108 linhas/pólo) ( 1 espira) ( 30 voltas/min x
j
^ min/s ) x
A Eq. ( 1- 5) torna possí vel calcular a tensão m édia nominal de uma bobina
(com uma ou mais espiras), girando a uma dada velocidade (rps), sob um pólo
dado cujo campo tenha um valor determinado. Mas a discussão da Seç. 1-13
considerava a tensã o entre as escovas em lun çã o do n ú mero total de condutores
e caminhos, numa dada armadura em combinação com um dado n ú mero de
pó los. A fem m édia induzida entre as escovas pode ser derivada, como se segue.
Se Z é o n ú mero total de condutores de armadura e se a é o n ú mero de
caminhos de bobinas paralelos entre escovas de polaridade oposta, então o
n ú mero toial de espiras Ne por circuito de armadura é Z / 2a. Mais ainda, se a
velocidade N é dada em rpm, então n = N / 60. Finalmente, como a Eq. (1 5) é -
derivada para uma m á quina bipolar , se uma máquina tem P pólos, o resultado
deve ser multiplicado por P/ 2. A fem m édia induzida total entre as escovas,
-
ent ã o, é
Eg = 4( f ) Nen x 10 - 8
P é o n ú mero de pólos
Z é o n ú mero de condutores da armadura (duas vezes o n ú mero total de
espiras da armadura)
a à o n ú mero de caminhos paralelos na armadura
IV é a velocidade em rpm.
EXEMPLO Calcule (a) a fem média induzida entre as escovas para os dados do Ex. 1-4,
-
1 6 : usando a Eq. 1-6 e ( b) a tensão aplicada, requerida para vencer a for ça contra
-
eletromotriz (fcem) e a resistência da armadura.
Solução :
a. E 4> ZNP x 10 8
V d -6)
'
* 60a
2 x 6,48 x 108 linhas 40 cond 30 rpm
4 pólos 4 cam x 4 pólos x
60 seg/min
x 10 8
"
V = 64,8 V
O Ex. 1-6 ilustra a unidade fundamental das Eqs. de (1-1) a (1-6), todas as
quais derivam da Eq. (1-1 ), a quantificação de Neumann da lei de Faraday.
26 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
A Eq. ( 1-6) aplica -se a motores e a geradores CC. Para motores, os condu-
tores da armadura giram perto de um campo magn é tico e neles será induzida
uma fem, de acordo com a Eq. (1-6), chamada força contra-eletromotriz ( fcem ).
O Ex. 1-6 ilustra a relação entre fcem e a tensã o aplicada no motor.
F Força no
condutor
B- N S N S N
A
( a ) Condutor percorrido por uma ( b ) Fluxo produzido lc) Distorção resultante
corrente num campo magnético . pelo condutor em do campo magné tico .
relação ao campo .
. - — Condutortico
Fig 1 12 dêTcomprimento l , percorrido por uma corrente l , num campo magné-
B , desenvolvendo uma força resultante F.
campo magnético ou é nele inserido, e uma tensão é aplicada a ele, de tal forma
que circule uma corrente, será desenvolvida uma força, e o condutor tenderá a
mover -se em rela çã o ao campo ou vice-versa. O princí pio é algumas vezes
chamado de “a çã o motora”.
iL
T
FUNDAMENTOS DE ELETROMEC â NICA 27
BIV
F = - dinas ( 1-7)
10
Solução :
lb = 0,7971b
EXEMPLO Repita o Ex. 1- 7 com o condutor fazendo um â ngulo de 75° com relação ao
1-8 : mesmo campo (em vez de 90°).
Solução :
BIl 7
F = 1,13
x sen ( B, /) x 10 “
ESQUERDA
1 -18. SENTIDO DA FOR ÇA EM E REGRA DA M ÃO
for ça desen-
As Seçs. 1 -16 e 1-17 acima descreveram o valor e a natureza da
r percorr ido pela corrente e ao campo magn é tico,
volvida ortogonal ao conduto
possí vel predeter-
mutuamente perpendiculares, como mostra a Fig. l -12a. E
minar -se o sentido da for ça EM pelo método mostrado
nas Figs . l -12 b e c. A
, produzido pelo con-
Fig. 1-12b mostra o campo magné tico de sentido horá rio
provoca a atra ção
dutor percorrido pela corrente. Observe-se que este campo
deste , conforme mostra
do campo principal acima do condutor e repulsã o abaixo
é tico princip al, criada pelo
a Fig. l -12 b. A resultante distor ção do campo magn
mostra da na Fig . 1-12c. A ten-
campo do condutor percorrido pela corrente, é
a de for çar o condut or numa direção
dência da interação dos dois campos é, assim,
çõ es entre o sentido de corrente no
ascendente, como mostra a figura. As rela
e o sentido da for ça desenv olvida no
condutor, o sentido do campo magnético
recorda dos e determ inados por meio da
condutor podem ser convenientemente
Fem induzida
( força contra- eletromotriz )
For ça
/
Movimento
Corrent è
/
ampo
N N
i
i Forçaem
Fem induzida oposição
i
FUNDAMENTOS DE ELETROMECâ NICA
29
.
1-19 FOR ÇA CONTRA-ELETROMOTRIZ
- .
1 20 COMPARAÇÃ O ENTRE A A ÇÃ O MOTORA E A AÇÃO GERAD
ORA
Se, toda vez que ocorre a a ção motora, também se desenvolve a
açã o geradora,
pode ser levantada a quest ão da poss ível ocorrência do
caso inverso. A ação
geradora é mostrada na Fig. l - 13b, onde uma força mecâ
nica move um condutor
no sentido ascendente, induzindo uma fem do mostrado.
Quando uma corrente
circula, como resultado desta fem, existe um condutor percorrido
por uma cor-
rente num campo magn é tico ; assim ocorre a ação motora
. Mostrada pela linha
pontilhada da Fig. 1-13b, a for ça desenvolvida como
resultado da ação motora
se opõe ao movimento que a produz. Pode então ser estabelecido
categoricamente
que a ação geradora e a ação motora ocorrem simultaneamen
te nas máquinas elé-
tricas girantes. Portanto, a mesma máquina pode ser operada
tanto como motor
quanto como gerador, ou como ambos.12
Uma representação mais gráfica, em termos de elementos rotativo
s, é apre-
sentada na Fig. 1-14, que compara motor e gerador elemen
tares para o mesmo
sentido de rotação e mostra os circuitos el étricos de cada um
. O leitor deve
estudar esta figura com muito cuidado porque ela é a chave para
a compreensão
da conversão eletromecânica de energia. Dado o sentido da
tensão aplicada e
da corrente, como mostra a Fig. l -14a, a ação motora que resulta
produz uma
força, que gira no sentido hor á rio, em ambos os condutores. O
sentido da força
contra-eletromotriz induzida é também mostrado como oposto ao
da tensão
aplicada, quer na Fig. l -14a quer no circuito do motor da Fig.
l -14c. Observe-se
que, para que a corrente produza uma rotação no sentido
horá rio e tenha o
12
Como no conversor s í ncrono ou dinamotor .
\
30 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
© \
S
l
l
\ 0- ®y
\
/
N
IQ Ec + IaRa
V0 = Ia Eg -- Va + IaRa
Torque
x IQ EC resistente- //
^ Ia Eg
t
<> VQ
7
G ÍRa
t
<>
Var M > Ra Carga
sentido mostrado na Fig. l -14c, é necessá rio que a tensão aplicada aos terminais
da armadura, Va, seja maior que a fcem desenvolvida, Ec Assim, quando uma .
máquina é operada como motor, a fcem gerada é sempre menor que a tensã o nos
terminais (que produz a açã o motora ) e se opõe à corrente da armadura.
Supondo que os condutores do gerador elementar da Fig. l -14b sã o postos
em movimento no sentido hor á rio, uma fem é induzida no sentido mostrado na
figura. Quando ligada a uma carga, como mostra a Fig. l -14d, a corrente da
armadura resultante que circula produzir á um torque resistente mostrado em
pontilhado em ambas as figuras do gerador. Observe-se que, no circuito do gerador
da Fig. l -14d, para os mesmos sentidos de rotaçã o dos condutores e do campo mag-
nético, o sentido de circula ção da corrente é invertido. Note-se també m que o torque
resistente, desenvolvido pelo fluxo da corrente, opõe-se ao torque motor da m á -
quina primá ria. Assim, quando uma máquina é operada como gerador, a corrente
da armadura tem o mesmo sentido da fem gerada, e a fem gerada Eg é maior que
a tensão Va dos terminais da armadura que é a aplicada à carga.
Esta distin ção entre gerador e motor, na qual a tensã o gerada na armadura
tem mesmo sentido ou se opõe à corrente da armadura, respectivamente, d á
lugar à s equações básicas do circuito da armadura mostradas na Fig. 1-14 e
j
resumidas como se segue:
FUNDAMENTOS DE ELETROMECâ NICA
31
Para um motor,
Para um gerador,
K = Ec + LK -
(1 9)
Eg = K + A
onde
' ( 1-10)
Solução :
Ec = va ~
K R a = l 25 - (60 A X 0,25 Q) = 110 V (1-9)
Solução :
BIBLIOGRAFIA
QUESTÕES
: \ -í . Descreva quatro (4) efeitos da conversão eletromecâ nica de energia.
1 -2. Estabeleça a lei de Faraday da indução eletromagnética
. a . em suas pró prias palavras
*
• b. em termos de uma equação, indicando todos os fatores desta equação.
1 -3. a. Qual o cientista e qual a lei correspondentes à questã o l -2b ?
b. A lei trata de condições instantâ neas ou médias de fluxo ? Explique.
1-4. Desenvolva uma equação que possa ser usada no cálculo do valor instantâ neo da fem
induzida, quando se conhece uma densidade de fluxo constante. Expresse todos os
fatores da equação, inclusive as unidades no sistema CGS.
1-5. a. Repita a questão 1-4 para o sistema de unidades inglesas,
)
-
b. Repita a para o sistema MKS racionalizado.
1 -6. Alinhe os três pressupostos que se aplicam às equações dadas nas questões 1 4 e 1 5.
i - - -
1 -7. a. Na equação e = Blv sen ( B , v ) sen ( B , l ) qual o fator que é tomado como referência ?
b. Desenhe um diagrama mostrando uma situação na qual /, B e v sejam todos mutua-
mente perpendiculares (ortogonais).
c. Desenhe outro diagrama que represente a equação dada em a acima.
1-8. a. Desenhe um diagrama que ilustre a regra de Fleming.
b. O que mostra a regra de Fleming ?
c. O que se entende por sentido “convencional” de corrente, em oposição ao fluxo
“eletrónico” ?
d . Desenhe um diagrama mostrando a regra de Fleming, se utilizada para determinação
da direção do fluxo eletrónico produzido por indução eletromagnética ,
1 - 21 . Por que a forma de onda resultante mostrada na Fig. 1-1Od contém uma pequena com-
ponente CA, embora as bobinas individuais produzam uma onda quadrada ( rica em
harmónicos e CA) para cada volta completa ?
L
FUNDAMENTOS DE ELETROMECâ NICA 35
1-22. a. Usando as Tabelas 1 - 1 e 1 - 2 explique por que a potência nominal de cada bobina
determina a potência nominal da máquina, independentejnente do método de ligação .
b. Explique por que o tamanho fí sico é uma indicação aproximada da potência nominal
de uma máquina elétrica.
1 -23. a . Reformule a Eq. 1 -6 de forma a determinar-se algebricamente o número de caminhos.
b. Repita (a) para o número de pólos, P .
c. Se, para qualquer máquina dada , já construída, são fixados o número de condutores,
Z, o número de pólos, P, e o número de caminhos, a, reescreva a Eq. 1 -6 em função
das variá veis envolvidas .
1 -24. Estabeleça a equação que expressa a força eletromagnética num condutor percorrido
por uma corrente , situado num campo magnético
a . no sistema CG8"
b. em unidades inglesas.
1 - 25 . Utilizando a Fig . 1 - 13 como ilustração, mostre que a lei de Lenz se aplica :
a. à ação motora
b. à ação geradora
Em cada um dos casos, indique a causa e o efeito dela .
1 - 26 . Utilizando a Fig . 1 - 14 como ilustração, explique a universalidade da afirmativa de que
a ação motora é sempre acompanhada de uma ação èeradora e de que a ação geradora
é sempre acompanhada de uma ação motora .
1-27 . a. Utilizando a Eq. 1 - 9, explique por que é imposs í vel que a fcem se iguale à tensão
aplicada num motor.
b . Utilizando a Eq. 1 - 10, explique sob que condições a tensão gerada , Ea , e a tensão
nos terminais da armadura, Va , são as mesmas para um gerador.
PROBLEMAS
1 -1. Um fluxo de 6, 5 x 106 linhas concatena uma malha de uma espira . O fluxo anula-se
em 0, 125s . A malha fechada tem uma resistência de 0,05 f í . Calcule :
a. O valor médio da tensão gerada na malha.
b . O valor médio da corrente circulando na malha .
-
1 2. Um condutor simples, de 1 m de comprimento, movimenta-se perpendicularmente a
um campo magnético uniforme de 25.000 gauss (maxwells/cm 2) a uma velocidade
uniforme de 25 m/s . Calcule :
a . A fem instantâ nea induzida no condutor .
b. A tensão média induzida no condutor.
!
1 - 3. Um condutor de 24 polegadas de comprimento movimenta-se a uma velocidade de
í
12 pol /min num entreferro de um imã permanente em forma de U , que tem um fluxo de
i 50.000 linhas. Os pólos do imã são quadrados de 4 polegadas (não se trata de 4 polegadas
quadradas !) . Imagine que não há fluxo disperso e calcule :
a . A fem induzida no condutor, quando ele se move perpendicularmente ao campo
magnético (a um â ngulo de 90°).
b. A fem induzida no condutor, quando ele se move a um â ngulo de 75° em relação
ao campo magnético.
1 -4. O gerador homopolar de Michael Faraday ( veja figura da nota de rodapé 8 ) é um disco
de 12 polegadas de diâmetro e está num campo de 80.000 linhas/ pol 2. O disco é acionado
manualmente a 60 rpm . O eixo tem 1 polegada de diâ metro. Calcule a tensão induzida
entre a borda externa do eixo e a borda do disco ( Nota : calcule a velocidade linear
mé dia ) .
;> 6 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
1 -5. A componente vertical do campo magnético da terra é 0,645 gauss nas proximidades
de uma locomotiva que viaja em direção ao sul a uma velocidade de 60 milhas/hora .
A distâ ncia entre os trilhos e o eixo da locomotiva é 6 pés . Calcule :
a. A fem induzida nos eixos de cada conjunto de rodas .
b. A fem média medida nos trilhos com base no item anterior.
c. A polaridade dos trilhos, leste e oeste, respectivamente.
d . Desenhe a escala de um veloc í metro elétrico, de zero à velocidade má xima de 80 mi /ho-
ra , usando um milivolt í metro. — -
e . Considere a praticabilidade da utilização de um dispositivo para medir a velocidade
de aeronaves, bem como sua altitude, utilizando este princí pio. Discuta prós e contras.
1 -6. Uma bobina que mede 12 x 18 pol tem seu eixo paralelo a um campo magné tico uni -
forme de 5.000 linhas/ pol 2 . A bobina tem 20 espiras e seu eixo passa pelo centro de
sua menor dimensão . A bobina gira em torno de seu eixo, de modo que é perpendicular
ao campo magnético uniforme (90° de rotação) em 0, ls . Calcule :
a . A fem induzida média em um quarto de volta (0 a 90°) .
b . A fem induzida instantâ nea na posição de zero graus (original ), no instante em que
se estabelece o movimento.
c. A fem induzida instantâ nea na posição de 90° (eixo perpendicular ao campo mag-
né tico) .
d . A fem induzida média se a bobina é acionada continuamente a uma velocidade
de 20 rps .
1 -7 . A tensão num condutor em movimento num campo magnético uniforme é 25 V, quando
a velocidade é 60 cm /s . Calcule a fem induzida quando
a . O fluxo do campo é aumentado em 15 por cento .
b. A velocidade é reduzida em 30 por cento .
c . A velocidade é aumentada em 20 por cento e o fluxo reduzido em 10 por cento.
1 -8. O fluxo por pólo de um gerador bipolar é 10 x 106 linhas . Ele é acionado a uma velocida-
de de 1.500 rpm . A fim de que se induza uma tensão de 20 V / bobina , calcule :
a. O tempo necessá rio para completar-se uma volta ou um quarto de volta. (Tempo
para atingir-se de zero até o fluxo má ximo por pólo) .
b. O número de espiras em série por bobina usando a Eq . ( 1 - 1 ).
c . Verifique o problema l -8 b usando a Eq . ( 1 - 5 ) .
1 -9 . O fluxo por pólo de um gerador de quatro pólos é 10 x 106 linhas. Ele é acionado a
uma velocidade de 1.500 rpm . A fim de que se induza uma tensão de 20 V/ bobina,
calcule :
a. O tempo para completar 1 /8 de volta (tempo para ir de zero ao fluxo máximo por
pólo).
b . O número de espiras-série usando as Eqs . ( 1 - 1 ) e ( 1 - 5), respectivamente.
c. Explique a diferença entre o número de espiras-série requeridas para os problemas
1 -8 e 1 -9 respectivamente .
d . O número de condutores requeridos entre as escovas para gerar-se 120 V.
1 - 10. Dado um gerador que tenha 1 espira / bobina, quatro pólos, quatro caminhos, um fluxo
por pólo de 10 x 106 linhas e uma velocidade de 1.500 rpm, calcule :
a. O número de condutores ligados em série em toda a armadura requeridos para
que se produza uma tensão de 120 V entre as escovas .
b. O n úmero de condutores ligados em série por caminho , (compare com o problema
l -9 d ) .
c. Distinga a equação ( 1 - 5) da ( 1 -6), com base na comparação com o problema 1 - 10b.
-
1 11. Dadas as informações que se seguem em relação a um gerador : condutores ativos de
14 pol de comprimento, diâmetro da armadura 12 pol , densidade de fluxo 66.000
linhas / pol 2 . As faces polares cobrem 80% da superfície da armadura e a velocidade
FUNDAMENTOS DE ELETROMEC â NICA 37
é 1.600 rpm . Supondo uma densidade de fluxo uniforme sob o pó lo, calcule :
a . A fem induzida instantânea por condutor, quando se movimenta diretamente sob
o centro do pólo.
b. A fem induzida média por conduto*. levando em conta a ausência de fluxo na região
interpolar.
c . A fem média entre as escovas admitindo-se um total de 40 condutores /caminho .
1-12. Um gerador de oito pólos tem um total de 480 condutores ligados em 16 caminhos
paralelos . O fluxo por pólo é 1 ,6 x 107 linhas e a velocidade é 1.200 rpm . Se as faces
polares cobrem 75 por cento da superfí cie da armadura , calcule a tensão gerada entre
as escovas.
1 - 13. A armadura do gerador do problema 1 - 12 é substitu ída por outra , que tem quatro ca-
minhos em paralelo . Calcule :
a . A tensão desenvolvida entre escovas.
b. A porcentagem de variação no fluxo original ou na velocidade , a fím de que se de-
senvolva a mesma tensão que no problema 1 - 12.
1 - 14. Cada condutor do gerador do problema 1 - 11 é percorrido por uma corrente de 20 A
quando se lhe liga a carga . Calcule :
a . A fem desenvolvida (oposta ao movimento) pelo condutor, quando este se situa
diretamente sob o centro de um pólo .
b. A fcem média desenvolvida por um condutor, levando em conta a falta de fluxo e
de torque útil na região interpolar .
1 - 15 . Se a densidade de fluxo do gerador do problema 1 - 14 é aumentada em 10 por cento
e a carga em 15 por cento , calcule a fcem média desenvolvida por cada condutor do ge-
rador.
1 - 16. O comprimento axial da armadura de um motor CC é 9 pol , os pólos têm uma densidade
de fluxo de 72.000 linhas / pol 2 e cobrem 72 por cento da superfície da armadura . Calcule
a força desenvolvida por cada condutor quando circula uma corrente de 25 A .
1 - 17 . Uma máquina funciona a uma velocidade de 1.200 rpm . Sua armadura tem uma resis-
tência total de 0, 04 Q, um comprimento de 16 pol e um total de 630 condutores e 6 ca-
minhos . O diâmetro da armadura é 18 pol e o entreferro 0, 100 pol . Os seis pólos cobrem
80 por cento da circunferência total da armadura. A corrente nominal da máquina
(por caminho) por condutor é 25 A . Quando funciona à velocidade e fluxo nominais,
a tensão gerada por caminho é 120 V . Calcule :
a . O fluxo por pólo e a densidade de fluxo.
b. A tensão nos terminais da armadura quando a máquina funciona como gerador.
c . A força por condutor desenvolvida por ação de motor,
d. A tensão aplicada à armadura requerida para desenvolver-se uma tensão gerada
de 120 V quando funcionando como motor.
RESPOSTAS
1 - 1 (a) 0, 52 V (b) 10,4 A 1 - 2(a ) 62, 5 V ( b) 62, 5 V 1 - 3(a) 0, 25 (b) 24, 2 1 -4 0,083 V
l - 5(a ) 3, 16 mV (b) 3, 16 mV (c) Leste( + ), Oeste(-) (d) 4, 21 mV l -6(a) 2, 16 V (b) 3, 392 V
(c) 0 (d) 0,458 V l -7(a) 28 ,75 V ( b) 17 , 5 V (c) 27 V l -8(a) 0,01 s (b) 2 espiras/ bobina (c) 2
espiras / bobina l -9(a) 5 ms (b) 1 espira (d ) 12 condutores 1 - 10(a) 48 ( b) 12 1 - 11 (a) 9, 3 V
( b) 7 ,44 V (c) 297 ,6 V 1 - 12 577 V 1 - 13(a) 2308 V ( b) 75 por cento de redução 1 - 14(a) 1 ,635 lb
( b) 1 , 308 lb 1 - 15 1 ,655 lb 1 - 16 1 ,03 lb l - 17 (a) 7 ,82 x \0Ó linhas/ pol 2 ( b) 114 V (c) 0, 2765 lb
(d) 126 V.
DOIS
construção de máquinas
e enrolamentos
-
2 1. POSSIBILIDADES DAS M ÁQUINAS ELÉTRICAS
V:'
•
-
CONSTRUçãO DE M á QUINAS E ENROLAMENTOS 39
1. A máquina de corrente cont í nua ( CC ) que tem uma armadura rotativa e um campo
estacion á rio.
2. A máquina sí ncrona ( C A ) com uma armadura rotativa e um campo estacionário.
3. A máquina sí ncrona ( C A ), com um campo rotativo e uma armadura fixa.
4. A máquina assí ncrona ( C A ), que possui ambos, enrolamentos da armadura estacio-
n á rios e rotativos.
1. Eixo da armadura, que imprime rota ção ao nú cleo da armadura, enrolamentos e comu-
tador. Conectado mecanicamente ao eixo, temos
2. N úcleo da armadura, construído de camadas laminadas de aço, provendo uma faixa de
baixa relutâ ncia magn ética entre os pólos. As lâ minas servem para reduzir as correntes
t ,
parasitas no nú cleo, e o aço usado é de qualidade destinada a produzir uma baixa perda
por histerese. O núcleo contém ranhuras axiais na sua periferia para colocação do
3. Enrolamento da armadura, constitu ído de bobinas isoladas entre si e do núcleo da
; armadura, colocadas nas ranhuras e eletricamente ligadas ao
I 4. Comutador, o qual, devido à rotação do eixo, providencia o necessário chaveamento,
para o processo da comutação. O comutador consiste de segmentos de cobre, indivi-
dualmente isolados entre si e do eixo, eletricamente conectados às bobinas do enrola-
mento da armadura.
1. Uma carcaça ou estrutura cil í ndrica de aço ou ferro fundido ou laminado. N ão apenas
a carcaça serve como suporte das partes descritas acima, mas também providencia uma
faixa de retorno do fluxo para o circuito magn ético criado pelos
lEst á al é m do objetivo ou intençã o deste trabalho ( como o autor estabeleceu no pref ácio ) dar
uma descrição detalhada da construção da máquina. Um leitor interessado, que deseje mais detalhes
que os dados aqui, pode consultar ou Direct Current Machinery de G. C. Blalock ( New York . McGraw-
Hill, 1947), cap. 2, ou Direct Current Machinery de Kloeffler, Kerchner e Brenneman ( New' York , Mac-
millan, 1948), cap. 1. Veja também as referências no fun do capí tulo.
40 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Interpolo e / ou
enrolamento de Enrolamento de
compensação campo shunt -
o r 1
Enrolamento
do interpolo
o
Nú cleo da CC ! o
o
A
armadura 1
Reostato
Enrol a mento o
i
de campo
\ da armadura J
AjU N ú cleo WVvV
polar
S N\ ( b ) Conexão do campo-shunt .
n
j
— j Enrolamento
polar Enrolamento do
campo-sé rie
/
f — Sapata
polar CC
o- ^
r; offlP 1
f
2- 3. CONSTRU ÇÃO DAS M Á QUINAS SÍ NCRONAS (CAMPO FIXO )
iP
I *%
is coletores
/âAnéEixo
I $ Vi . ccC =
•>
í
Escovasv*7%
Armadura [
S • 0
Lo 3
oCA*
Carca ç a
rd t=r
Base
(a ) Corte de uma
má quina síncrona.
( b ) Corte axial do conversor sí ncrono .
Fig. 2-2 — M á quina sí ncrona, armadura m ó vel e campo com pólos salientes.
Enrolamento
da armadura
Bobina
polar O
Pól o o Fonte
3 0 CA
ou carga
An éis
coletores
(b ) Máquina síncrona de pólos não-salientes
( 4 pólos) mostrando as conex ões da armadura .
( a ) Má quina síncrona de pólos salientes.
A m á quina de indução assí ncrona mostrada na Fig. 2-4 a tem idêntica cons
trução do estator como se descreveu para a máquina sí ncrona na Seç. 2 4
-
- . O enro-
lamento da armadura no estator, portanto, pode ser conectado a uma fonte mono
f ásica ou polif ásica CA. O rotor n ão é excitado separadamente com
-
CC, como se
descreve adiante. A m áquina de indução torna-se um gerador de indução ass
í ncrono
(Seç. 9-22) quando o rotor é movimentado por uma m áquina prim
á ria numa velo-
cidade que excede à velocidade síncrona.
t
Enrolamento da armadura
( estator )
/ \ Enrolamento
/ \
\ \ - do rotor
/
\ o -
/
\
Eixo Fonte CA
o
\ Rotor laminado
\ /
\ /
Barras curto-circuitadas
. - — Máquina (assíncrona
Fig 2 4 ) de indução.
Se a armadura é ligada a uma fonte monof ásica ou polif ásica CA, a máquina
funcionará normalmente como motor de indução. Os motores de indução mono-
f ásicos requerem dispositivos auxiliares para a partida, mas os motores de induçã o
polif ásicos são inerentemente motores com partida pr ópria (que têm torque de
partida). Deve-se notar que, mesmo operando como motor ou gerador, a m áquina
de induçã o assí ncrona requer que a armadura seja conectada a uma fonte CA.
Como a máquina de CC e a máquina síncrona (CA), a m áquina de induçã o é dupla
mente excitada Í V. Seç. 9-1), mas há fluxo de corrente alternada em ambos os enro-
-
lamentos, do estator e do rotor .
O enrolamento do rotor, que conduz corrente alternada produzida por induçã
&
o
pelo enrolamento do estator diretamente ligado à fonte, consiste de
condutores
de cobre ou alumínio engastados ou fundidos no rotor de ferro ou aço laminado
.
An éis terminais, que curto-circuitam os terminais, sã o colocados em ambas as
extremidades no tipo gaiola-de-esquilo, ou efetivamente num terminal no
tipo
de rotor bobinado.
i
44 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
N -/ Fluxocampo
r,
do
de
,0
dispersão
z:
f La mi nações da armadura
oO Po
Fluxo de
ta 0 dispersão da
armadura , 0a
S O Jyi z
A í oM
b
Fluxo
m ú tuo, 0 ( b ) Fluxo de dispersão
^ da armadura .
* f N
( a ) Distribui ção do fluxo polar .
.
Fig 2-5 — Fluxo mútuo e de dispersão nas máquinas CC.
em torno dos n úcleos polares. Laços completos do circuito magn é tico sã o
formados, passando do pólo norte, através do entreferro, para concatenar
com os condutores da armadura , de volta através do entreferro até o pólo
sul, e retornando através da carca ça ao pó lo norte original. Como h á uma relu -
* t â ncia dupla do entreferro no circuito do fluxo m ú tuo (e o comprimento do entre-
ferro varia nas m áquinas comerciais de 1/16 a 1/4 de polegada), existe a possibi-
lidade de um circuito magnético mais curto (ou fluxo de dispersã o n ão- m ú tuo),
que não concatena simultaneamente campo e armadura. Uma faixa de fluxo dis-
perso pode ser estabelecida diretamente do pólo norte ao pólo sul, ou de um dado
pólo à carcaça, como se mostra pelo fluxo de dispersão designado por <pf na Fig. 2-5a.
Os condutores que giram e conduzem corrente, devido à natureza do enro-
lamento da armadura, também tendem a produzir um fluxo de dispersã o na arma-
dura mostrado na Fig. 2- 5 b, particularmente na porçã o da bobina que n ã o está
engastada no ferro da armadura. Assim, ambos os enrolamentos, de campo e
da armadura, tendem a produzir fluxos dispersos que são independentes do fluxo
m ú tuo ou no entreferro.
-
2 8. CAMPOS E CIRCUITOS MAGNÉTICOS NAS M
ÁQUINAS CA
A distribui çã o do fluxo m ú tuo para a m áquina síncrona de quatro
pólos é
mostrada nas Figs. 2-6a e b. Como no caso da m áquina CC, o
fluxo m ú tuo ou
ú til no entreferro, <£ m, é o que abra ça simultaneamente ambos
os condutores de
campo e armadura. Da mesma forma, algum fluxo de dispers ão polar
duzido e abraça apenas os condutores do campo ; mas o efeito
, <pf , é pro -
persã o polar é idêntico ao da máquina de CC e pode ser compen
deste fluxo de dis -
cimo na corrente de campo.
sado pelo acrés -
No caso do fluxo de dispersã o da armadura, < > , mostrado na Fig
/
zido pelos condutores da armadura que conduzem acotrente e nos quais
. 2-6, produ-
a corrente
está continuamente alternando, é produzida uma reat ância indutiva
na armadura,
Xa. Esta reatâ ncia da armadura numa combinação em quadratura com a resis-
tência da armadura é um fator na impedância total da armadura e, como
ser á visto
mais tarde, desempenha um importante papel na determi
naçã o da regulaçã o de
® )0 (S </>
f
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N rm 5> ®
i ® S
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sTT®)K ®®
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N ®®
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í 1 de campo incorreta
Fonte C
CC —- R
1, o
_
o
o
r o
o >
cc ( v fv ) a
o
t o =
( a ) Resistor de descarga -
( b ) Posi ção correta do volt ímetro ( volt metro )
do campo e chave. na medida da resistê ncia do circuito
de campo ou perdas no circuito de campo .
Fig. 2-7 — Circuito de descarga do campo e medidas do campo.
1
— L I 2 é assim dissipada no resistor de baixa resist ê ncia de descarga de campo
j
e não airavés dos contatos da chave ou do volt í metro (volt - metro) ligado ao campo.
No laborat ório, se nã o temos disponíveis chave e resistor de descarga de campo,
pode ser usada a conexã o da Fig. 2-7b, preferentemente com interruptores de
circuito do que com chaves faca abertas. A conexã o mostrada n ã o apenas protege
o volt í metro mas também conduz a uma melhor medida em termos de sensibili -
dade de instrumentos.
- .
2 10 ENROLAMENTOS DA ARMADURA 4
Como se mostra nas Figs. 2-1 a 2-4, representando os quatro tipos básicos
de máquinas, os enrolamentos da armadura, quer no estator ou no rotor, são
4
Apesar do assunto de enrolamentos e seus cálculos estarem além do escopo deste texto, esta seção
é inclu í da aqui para discutir os princí pios que ser ã o desenvolvidos mais tarde. Para uma cober-
tura bastante pormenorizada deste assunto, o leitor deve procurar Liwschitz-Garik and Whipple,
Electrical Machinery ( Princeton, NJ, Van Nostrand, 1946), v . 1, cap. 6 ; v. 2, cap. 4.
r
sempre do tipo não- saliente e sã o distribu ídos igualmente nas ranhuras adjacentes
ao entreferro em volta da periferia da armadura. Essencialmente, há dois tipos,
dependendo do tipo de fechamento ou reentrada do enrolamento : enrolamentos
de circuito fechado, empregados nas máquinas de CC; e enrolamentos de circuito
aberto, empregados usualmente em máquinas CA.
Qualquer que seja o tipo ou a aplicação, a maioria dos enrolamentos da
í
armadura consistem de bobinas pr é-formadas romboidais, como se mostra na
Fig. 2-8a, que sã o inseridas nas ranhuras da armadura e conectadas de modo a
produzir o enrolamento completo. Cada bobina consiste de muitas espiras de
fio coberto por fina seda, algod ão ou esmalte, individualmente isoladas, imersas
em verniz, e isoladas das ranhuras da armadura. O n ú mero de condutores,
[Z na Eq. ( 1-6)] numa dada bobina será o dobro do n ú mero de espiras da mesma,
ou seja, dois condutores por espira.
: Em geral, as bobinas da armadura cobrem 180 ° elé tricos, isto é, do centro
; de um dado pólo at é o centro de um pólo de polaridade oposta, o qual, não
obstante, pode ser fisicamente adjacente, como se mostra na Fig. 2-8 b e c. Se a
k - 180° -H h- 180 °H
T Isolamento
linear
S' 1 6 1. 6
Espiras
Lados
ativos da
bobina
N S —f N S
V individuais
isoladas
Barras do
comutador
1 2 1 9 //10
>
bobina cobre um espaço de 180° el é tricos, ela é chamada de bobina de passo inteiro,
enquanto que, se ela abrange menos do que 180° elétricos, é denominada de bobina
de passo fracionário. Um enrolamento da armadura com passo fracion á rio é deno-
minado de enrolamento cordado. O enrolamento de passo fracionário requer o
uso de menos cobre que o de passo inteiro, mas eles têm, aproximadamente, as
mesmas caracteristicas, porque as cabeças de bobinas frontais e posteriores mais
curtas sã o inativas. Uma bobina que abrange 150 graus elé tricos ter á um fator
de passo, p, de 150°/180° = 0,833 ou 83,3 por cento. Em geral, fatores de passo
menores do que 80 % são evitados.
A maioria dos enrolamentos da armadura são enrolamentos de dupla camada,
ou seja, dois lados de bobina sã o inseridos em cada ranhura. Ao enrolarmos uma
armadura com dupla camada, um lado da bobina p é colocado no fundo de uma
ranhura, como se mostra na Fig. 2-8d para a bobina 1, na qual o lado direito da
bobina é inserido e o outro lado n ã o. O segundo lado da bobina n ã o é colocado
até que todas as outras bobinas da armadura tenham sido inseridas nos fundos
das ranhuras. Quando o lado da bobina x foi inserido num fundo de ranhura,
apenas ent ã o o lado da bobina 1 é colocado ; quando o lado da bobina y foi
inserido num fundo de ranhura, apenas então o lado da bobina 2 é inserido, e
assim por diante. O propósito deste procedimento é de assegurar resistência contra
forças centr ífugas e aproximadamente perfeita igualdade em tamanho, forma e
peso para todas as bobinas.
PfJ> VBlBL 10
I TECA / P R A I
CONSTRU çã O DE Má QUINAS E ENROLAMENTOS 51
t para a posiçã o particular de cada uma das quatro escovas, elas est ã o sempre
em
contato com uma bobina que est á indo para a comutaçã o, ou seja, uma bobina
que permanece no espaço interpolar. Ao mesmo tempo, a soma
das fem dos lados
das bobinas, para a esquerda e para a direita da escova positiva, é tal que
tende
a enviar corrente para a escova a partir de ambas as direções ou caminhos ,
[a, na
Eq. ( 1 6)]. Assim, cada escova positiva no enrolamento imbricado, visto na
*
Fig. 2-9a, recebe corrente de dois caminhos, perfazendo um total de quatro cami
nhos para a m á quina de quatro pólos mostrada.
-
Uma bobina ondulada é vista na, Fig. 2-8c, e o enrolamento ondulado na
t Fig. 2-9 b. Como se estabeleceu previamente, os enrolamentos diferem apenas
na maneira pela qual os terminais das bobinas são conectados ao comutador.
1 2 3 4
Si*
ím
I |1 X
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FLJT I l i | 2 | 3 Ú | 5 | 6 | 7 | I I I I I I I I I I
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>
T
(a) Enrolamento imbricado de máquina CC.
1 x 2
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1 2 | 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 2 0 21
+ LJ
¥ LJ
No enrolamento ondulado, as conex ões-sé rie dos lados das bobinas entre as
escovas são criadas passando vá rias vezes através da armadura antes que um
caminho entre as escovas seja completado. Assim, partindo do comutador 1, a
bobina 1 entra na parte superior da ranhura 1 sob o pólo norte, indo entã o para
a parte inferior da ranhura 6 sob o pólo sul adjacente e para o comutador 10;
52 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
m é a multiplicidade da armadura
P é o n ú mero de pólos.
EXEMPLO a. Uma armadura com um enrolamento imbricado triplex é usada numa m áquina
2-1 : com quatorze pólos e com quatorze conjuntos de escovas, cada um abra-
çando três barras do comutador. Calcule o nú mero de caminhos na armadura.
b. Repita ( a ) para um enrolamento ondulado triplex, tendo dois conjuntos de
escovas e quatorze pólos.
Solução :
a. a = mP =3 x 14 = 42 caminhos (2-4)
b. a = 2 m = 2 x 3 = 6 caminhos -
(2 5)
,*«
E X E M P L O Calcule a fem gerada em cada um dos problemas acima, se o fluxo por pólo é
2- 2 : 4,2 x 106 linhas, a velocidade do gerador 60 rpm e há 420 bobinas na armadura,
cada bobina com 20 espiras.
Solução :
a. Z = 420 bobinas x 20 espiras/bobina x 2 condutores/espira = 16.800 con-
dutores
Da Eq . (1-6) :
bZNP 4,2 x 106 * 16.800 x 60 x 14
E9 = < 60a x 10 - 8
60 x 42
x 10 ' 8
= 235,2 V
4,2 x 106 x 16.800 x 60 x 14
b. E 9 = 1.646,4 V
60 x 6 x 10
Os caminhos para a m á quina simplex com enrolamento imbricado com
quatro pólos, mostrada na Fig. 2-9a, sã o representadas na Fig. 2-10. Note-se
que h á quatro pó los e quatro caminhos, cada caminho suportando um quarto
da corrente total e gerando uma tensã o por caminho de ep . A pot ê ncia total gerada
pela m á quina operando como um gerador é epI . A Fig. 2- 10c mostra o circuito
equivalente desta armadura operando como um motor na mesma velocidade e
densidade de fluxo. A fcem gerada por caminho é e , e a resistência do enrola-
mento em cada caminho é rw . No funcionamento como motor , a tensã o de linha
aplicada VL excede ep da queda de tensão através da resistência dos enrolamentos,
lrJ 4 ( admitindo nenhuma queda nas escovas).
Os caminhos para a m áquina simplex com enrolamento ondulado de quatro
pó los, mostrada na Fig. 2-9 b, são representados na Fig. 2- 11. Note-se que há
quatro pólos e dois caminhos, uma vez que os caminhos sã o independentes do
n ú mero de pólos num enrolamento ondulado, como se estabeleceu na Eq. 2-5.
Para condutores de mesma capacidade de corrente, como o enrolamento imbri-
cado acima, ou seja, //4, a corrente por caminho no enrolamento ondulado é 1 4.
A corrente total, como só existem dois caminhos, é // 2. Mas, agora, que h á apenas
/
dois caminhos, o n ú mero de condutores por caminho é duplo, e a fem por caminho
—— -
I
4 eP
rw
oooo
eP
-AA/v |HHHh
I
AM IHHH 1
í
4
eP li 2
BTOO
+
HHHh
oooo HHHH
ep Ô
ii+ 4 rw ep ~
~
r
( b) VL ô-
( a ) , ( b ) Caminhos num enrolamento imbricado ( gerador ) . ( c ) Circuito equivalente de um
% enrolamento imbricado ( motor ) .
Fig. 2-10 — Caminhos na armadura e circuito equivalente para uma m á quina simplex com
enrolamento imbricado, com quatro pólos.
54 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
I
4 rw -— 2 ep —-
*
eP I +
k/w—lHHHh
—D
0000
Iep
4
W6TS
— •MA/V
é 2 ep. A pot ência total gerada pela m áquina operando como gerador é 2 ep 1/ 2,
ou ainda ep I . Isto també m está ainda de acordo com o estabelecido na Seç. 1-13
e Tabela 1-2.
A m á quina com enrolamento ondulado, funcionando como motor, é mos-
-
trada na Fig. 2-1 lc. Note se que a resistência por caminho e a tensão por caminho
são, cada uma, o duplo daquela da armadura equivalente com enrolamento imbri-
cado, porque há o duplo de condutores em sé rie, produzindo uma fcem e resis-
t ê ncia em oposiçã o à tensã o aplicada.
-
2 12.2 ENROLAMENTO ONDULADO
O n ú mero de caminhos na armadura é duas vezes a multiplicidade, 2m , e
independe do n ú mero de pólos [Eq . ( 2-5)]. Cada caminho, em qualquer instante,
CONSTRUçãO DE Má QUINAS E ENROLAMENTOS 55
b KB $
c'
fA
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r r"
I
is B
I
Ò SC Ô $A ( b) Polaridade
instantâ nea e
(a ) Enrolamento trif ásico, concentrado, ondulado, relação de fase
camada simples, com uma ranhura por pólo e das bobinas.
por fase ( um lado da bobina por ranhura ).
. -
Fig 2 12
— Enrolamentos abertos usados nas máquinas síncronas CA.
N [•' S N S y
a st
simples, distribu ído, monofá sico , duas
V
ranhuras por p ólo e por fase
( um lado de bobina por ranhura ) .
ò SA 6 FA
N \ (c ) Enrolamento monofásico, dupla camada,
concentrado, imbricado, com uma
ranhura por pólo e fase ( dois lados
de bobina por ranhura ) .
(b ) Camada simples contra camada dupla
.
•> 4
Fig. 2- 13 — Enrolamentos distribu í dos e concentrados, de camada
simples e dupla.
$ de CC, a preponderâ ncia das armaduras comerciais das máquinas
síncronas (CA)
é do tipo de camada dupla, mostrado em corte na direita da Fig
. 2-13b. O enro-
lamento de dupla camada ou de bobina inteira deriva seu nome
do fato de que
há dois lados de bobina ( uma bobina) por ranhura. A Fig. 2 a
-13 mostra um enro-
lamento imbricado de camada simples e as Figs. 2 13b e c mostram
mento imbricado de camada dupla.
- um enrola-
p
kp = cos Y
Lado da Lado da E1
O
bobina
Si Ej bobina /3
O
fa
Bobina Ec U~ E, COS -2PT7 E , cos
(a) Bobina de passo inteiro. ( b ) Bobina de passo fracioná rio .
.
Fig 2-14 — Força eletromotriz da bobina em função das fem nos lados da
bobina para bobinas de passo inteiro e fracioná rio.
numa bobina de passo inteiro são tais que as fem induzidas nos lados da bobina
estão em fase, como se mostrà na Fig. 2-14a. O fator de passo, kp , de uma bobina
de passo inteiro é unit á rio, e a tensã o total da bobina
Ec é 2 Ey x kp ou 2 Ev
No caso de enrolamentos de dupla camada, mostrados na Fig. 2-13c, ser á
notado que o espaço abrangido por uma simples bobina é menor do que o espaço
polar de 180 graus elétricos. A fem induzida em cada lado da bobina não est á
em fase, e a tensão resultante na bobina, Ec , será menor que a soma aritmética
da tensã o em cada lado da bobina, ou menor do que 2 Ev É ó bvio que 2£ , deve
ser multiplicado por um fator que é menor do que a unidade ou 2 E kp para pro-
1
duzir a tensã o apropriada da bobina Ec . A partir da igualdade da senten ça pré via,
o fator de passo, kp, é
k
soma fasorial da tensão nos dois lados da bobina
2£, soma aritmética da tensão nos dois lados da bobina ( 2- 6)
= COS P (2-7)
2
onde P é 180° menos o n ú mero de graus elétricos abrangidos pela bobina.
Como p é o â ngulo suplementar da extensã o da bobina, o fator de passo,
pode ser também expresso como :
kp ,
P°
kp = sen T (2- 8)
onde p° é o â ngulo elétrico abrangido pela bobina.
CONSTRU çãO DE Má QUINAS E ENROLAMENTOS 59
EXEMPLO Uma armadura com 72 ranhuras, tendo quatro pólos, é enrolada com bobinas
-
2 3: abrangendo 14 ranhuras (ranhura 1 até ranhura 15). Calcule:
a. O â ngulo abrangido por uma bobina de passo inteiro (espaço ocupado por
pólo).
b. O espaço ocupado por bobina em graus elétricos.
c. O fator de passo, usando a Eq. 2-7.
d. O fator de passo, usando a Eq. 2-8 .
Solução :
12 ranhuras
4 pólos
= 18 ranhuras por pólo
É, muitas vezes, conveniente falar que uma bobina da armadura tem o passo
fracioná rio, expresso como uma fração, ou seja, 5/ 6 de passo, ou 11/12 de passo,
etc. Em tal caso, os graus elé tricos abrangidos, p, valem ( 5 / 6) x 180°, ou 150° ;
( 11 / 12) x 180°, ou 165°, etc. ; o fator de passo,
kp , é ainda computado, como na
Eq . ( 2-8) e Ex. 2-4 abaixo.
EXEMPLO Uma armadura com 6 pó los, 96 ranhuras, é enrolada com bobinas tendo um
2-4 : passo fracion á rio 13/16. Calcule o fator de passo.
Solução :
_
k = sen P
2
°
—— sen
(13/16) x 180°
2 = sen 73,2 = 0,957 (2-8)
dada bobina pode ser multiplicada pelo n ú mero de bobinas ligadas em sé rie por
fase para obter a tensã o induzida por fase.
Enrolamentos concentrados, nos quais todos os condutores de uma dada
fase por pólo estão concentrados numa ú nica ranhura , n ã o são comercialmente
usados e t ê m numerosas desvantagens. Eles n ã o conseguem usar eficientemente
toda a periferia interna do n ú cleo do estator e torna -se ent ã o necess
á rio o uso
de ranhuras extremamente profundas onde os enrolamentos est ã o concentrados,
aumentando assim a dispers ã o e a reat â ncia da armadura ( V. Seç. 2-1 ) . Final -
mente, eles conduzem a uma baixa relaçã o cobre- ferro ( para um dado peso de
ferro da m á quina , quanto mais cobre concentrado nas ranhuras houver , maior
a capacidade e a sa í da da máquina ), pois n ã o usam eficientemente o fluxo m ú tuo
do entreferro no n úcleo da armadura do estator . Será també m mostrado mais
adiante que enrolamentos distribuídos ( tal como bobinas de passo fracion á rio ) re-
duzem as harm ó nicas na forma de onda de sa ída. É muito mais eficiente distribuir
as ranhuras da armadura em volta da periferia interna do estator, usando um
espa çamento uniforme entre ranhuras, do que concentrar os enrolamentos em
poucas ranhuras profundas.
Quando as ranhuras são distribu í das uniformemente em torno da armadura ,
o enrolamento que é inserido é um enrolamento distribuído. Um enrolamento
imbricado distribu í do é mostrado na Fig. 2-13a. Note-se que duas bobinas no
conjunto da fase A estã o deslocadas uma com relação à outra . As tensões indu
-
zidas em cada uma destas bobinas estarã o defasadas do mesmo â ngulo em que
as ranhuras foram distribu í das, e a tensã o total induzida em qualquer fase será
a soma fasorial das tensões individuais nas bobinas. As tensões induzidas nas
quatro bobinas individuais, mostradas na Fig. 2-13a , sã o representadas vetorial
-
mente na Fig. 2-15 como estando deslocadas de um â ngulo a. que é o n ú mero de
graus el é tricos entre ranhuras adjacentes. As tensões
EcV EcV etc., são as tensões
individuais por bobinas, e n é o n ú mero de bobinas numa dada fase. O fator de distri-
bui çã o, pelo qual a soma aritmética das tensões individuais de bobinas deve ser
multiplicada para se obter a soma fasorial, é :
Bobina Bobina
E Bobina
Bobina * d
/ a.
\
\ .
C4
\
/ A
\
a \ / //
\
2 W I
\ /
* . Pf
E sen )
Kd *
nEc n sen (f )
Fig. 2- 15 — Determina ção do fator de
distribuição.
T
í
CONSTRUçãO DE M á QUINAS E ENROLAMENTOS 61
\ E <.P = nErc x ka. OU
E <f> soma fasorial das fem induzidas nas bobinas por fase
K =
nEc soma aritm ética das fem induzidas nas bobinas por fase -
( 2 9)
net net
2 Oa sen y
- sen
E4> 2
kd = HL.c a
( 2-10)
i n x 2 Oa sen n sen
2
onde n é o n ú mero de ranhuras por pólo por fase ( ranhuras pólo-fase )
a é o n ú mero de graus elétricos entre ranhuras adjacentes.
\
EXEMPLO a . Calcule o fator de distribuição; kd , para uma armadura trif ásica de quatro
2-5 : pólos, tendo:
1. 12 ranhuras
2. 24 ranhuras
3. 48 ranhuras
4. 84 ranhuras
b. Tabule n, ct e kd, para uma r á pida referência e compara ção.
Solução :
- 2 Sen
2
62 M á QUINAS ELé TRICAS E TRANSFORMADORES
sen [( 4 x 15)/2]
K= = 0,958 ( 2-9)
4 x sen
60 1
7
sen 7 2
K= 60
= 0,955 ( 2-9 )
7 x sen
7 x 2
b. n a K
1 60° 1,0
2 20° 0,966
3 15° 0,958
4 8o 0,955
-
Note-se pelo Ex. 2 5 que o fator de distribuição, kd , para qualquer n ú mero
fixo ou para um dado n ú mero de fases, é funçã o ú nica do n ú mero de ranhuras
-
distribu í das sob um dado pólo. À medida que a distribuiçã o de bobinas ( ranhuras
por pólo) aumenta, o fator de distribuiçã o, kd, diminui. Ele não é afetado pelo
tipo do enrolamento, imbricado ou ondulado , nem pelo n ú mero de espiras por
bobina , etc.
í mpares, em fase com a fundamental, e tem uma equação instantâ nea cujo valor
aproximado é representado pela Sé rie de Fourier de
n
(2- 11)
Ec Ec
Ez
, 0 3/3
E , EJ E5
(a) Fundamental . (b ) Terceira |c) Quinta ( d) Sétima
harmónica. harmónica . harmónica .
Fig. 2-16 — Efeito do passo fracionario nas tensões harmónicas geradas.
Como se mostrou na Fig. 2-16, se a tensão instantâ nea na Eq. 2-11 é indu
zida em cada lado da bobina , e se os lados das bobinas sã o deslocados de um
-
â n-
gulo /? , a terceira harm ó nica deve ser deslocada de 3 ?, a quinta harm
/ ó nica de 5 ?,
e assim por diante. Note-se que, no caso da quinta harmó nica, uma componen/te
da tensã o harm ó nica no lado da bobina é subtra í da da fundamen ,
tal para reduzir
a tensão resultante harm ó nica. A sé tima harm ónica resultante, a nona
harm ó-
nica resultante, e assim por diante, produzir ã o tensões de bobinas que diminuir
ão
ainda mais a harm ó nica. Qualquer harmónica pode ser completamente
eliminada
pela escolha de um passo fracioná rio que dê um fator de passo de zero para
aquela
harm ónica. Por exemplo, um passo de 4 / 5 ( uma bobina abrangendo 144 elé
° tricos)
eliminará a quinta harm ónica, ou um passo de 5/6 ( uma bobina abrangendo
150°
elétricos) reduzir á grandemente ambas, a quinta e a sétima harm ónicas,
como
se mostra nas Figs. 2-16c e d.
O efeito do uso de enrolamentos distribuídos na forma de onda ( V. Seç. 2 16)
é mostrado na Fig. 2-17. A distribuiçã o de fluxo da máquina CA e a forma
-
de
/ \
! \
/
\
(a ) Distribuição do fluxo no estator. » 2 3 4
1 ciclo t
/
\ 7
(b ) Forma de onda produzida pela ( c ) Fem resultante devida à
distribuição do fluxo acima. distribuição do enrolamento.
. - —
Fig 2 17 Efeito do uso de enrolamentos distribu í dos na forma de onda.
64 M áQUINAS ELé TRICAS E TRANSFORMADORES
onda resultante da fem induzida por lado da bobina sã o mostrados nas Figs. 2- 17a
e b, respectivamente. Para um dado comprimento constante e velocidade rela -
tiva dos condutores com rela çã o ao campo, a onda da fem tem o mesmo formato
que a curva da densidade de fluxo [V. Eq. ( 1-2)1, ou seja, e é proporcional a B. Para
bobinas conectadas em sé rie, cujas fem est ã o defasadas de um â ngulo a em qual-
quer conjunto de condutores, como se mostra nas Figs. 2-15 e 2- 17c , a fem resul-
tante é a soma fasorial ou grá fica das fem individuais (dos lados das bobinas).
A soma gr á fica das fem individuais das bobinas é mostrada na Fig . 2- 17c. Note-
se que, apesai das fem individuais por bobina serem quase ondas quadradas,
a fem resultante na fase é uma onda sinusoidal. Como uma onda sinusoidal n ão
cont é m harm ó nicas , é bastante ó bvio que as harm ó nicas da Eq. ( 2- 11) foram can-
celadas pelo uso de enrolamento distribuí do, bem como de bobina de passo fra-
cion á rio.
É bastante ó bvio então por que as máquinas comerciais s í ncronas (CA) em-
pregam enrolamentos distribu ídos tendo bobinas de passo fracion á rio. Pode-se
muito bem perguntar : por que é necessá rio que a tensã o de sa í da CA por fase
de um alternador polif ásico deva ter uma forma de onda que se aproxime o mais
possí vel de uma onda sinusoidal ? Por que n ã o uma onda quadrada, uma onda
triangular , ou uma onda dente-de-serra ?
Talvez, as duas razões mais importantes sejam : ( 1 ) já que as ondas sinusoi-
dais não têm harmónicas de alta frequência, as perdas resultantes das correntes
parasitas e de histerese são reduzidas, resultando uma eficiê ncia maior ; e ( 2) todas
as m á quinas elé tricas, transformadores e dispositivos ( rel ógios, etc.) sã o proje-
tados na suposiçã o de que a forma de onda fornecida pela concessioná ria para
opera çã o deles seja sinusoidal . Esta presun çã o simplifica todos os cá lculos de
projetos para atuais e futuros aparelhos elétricos.
É agora possí vel derivar a fem computada ou esperada por fase, gerada por
uma m á quina s í ncrona CA . Vamos supor que esta m á quina tenha um enrola-
mento de* armadura consistindo de um n ú mero total de bobinas, B , cada bobina
tendo um dado n ú mero de espiras, Ne . Então, o n ú mero total de espiras numa
dada fase da armadura da m á quina é
-
Mas a lei de Faraday, Seç. 1 3, estabelece que a tensã o média induzida numa
simples espira dos dois lados da bobina é
^ med
^t
x 1(T 8 V ( 1- 1)
*í
CONSTRU çãO DE MáQUINAS E ENROLAMENTOS 65
\ Por outro lado, foi mostrado ( Seç. 1-4) que, quando uma bobina consistindo
de N espiras gira num campo magn ético uniforme, numa velocidade uniforme,
a tensão m édia induzida numa bobina da armadura é
E med / bob = 4 c p N n x 10 " 8
V ( 1-5)
( p é o n ú mero de linhas ou maxwells por pólo
i Ne é o n ú mero de espiras por bobina
n é a velocidade relativa em revolu ções por segundo ( rps) entre a bobina
de N e espiras e o campo magn é tico ( p
*
A Eq . ( 1- 5) foi derivada para uma má quina de dois pólos, como se mostra
na Fig. l -6a, gerando uma onda sinusoidal numa completa revolução de
360°
elétricos e mecâ nicos. Assim, na Eq. ( 1- 5), a velocidade n de 1 rps produzir
á uma
frequência / de 1 Hz. Como f é diretamente proporcional e equivalente n,
a substi-
tuindo n na Eq . ( 1- 5 ), para todas as espiras-sé rie em qualquer fase
L med / fasi
- 4 <p N f f x IO *
8
Mas, na seçã o precedente, veriticamos que a tensã o por fase se torna mais
V (2-13)
E e f = 4,44 ( p N f f x 10 *
8
V ( 2- 14)
Mas a Eq. ( 2-14) não é ainda representativa do valor efetivo da tensão de
fase gerada na armadura, na qual são empregados bobinas de passo fracion
á rio
e enrolamentos distribu ídos. Tomando o fator de passo
k p e o fator de distribui-
ção kd em consideraçã o, n ós podemos agora escrever a equaçã o para o
valor efe-
tivo da tensão gerada em cada fase de uma máquina síncrona CA, como
E g f = 4,44 cp N f f k p kd x 10 “ 8
V (2-15)
onde ( p é o fluxo por pólo em linhas ou maxwells
N f é o n ú mero total de espiras por fase [Eq . (2-12)]
/ é a frequ ência em Hertz [Eq. (2-16)]
k p é o fator de passo [Eq. ( 2-8)]
kd é o fator de distribuição [Eq. (2-10)]
EXEMPL O Uma armadura (estator ) trif ásica com 72 ranhuras é enrolada para seis pólos,
2-6 : usando bobinas imbricadas em dupla camada, tendo vinte espiras por bobina
com um passo de 5 /6. O fluxo por pólo é 4.8 x 106 linhas , e a velocidade do
rotor é 1.200 rpm . Calcule :
a . A tensão efetiva gerada por bobina de passo inteiro.
b. O número total de espiras por fase.
c. O fator de distribuição.
d. O fator de passo.
e . A tensão total gerada por fase a partir de (a ), (c) e ( d ) acima e pela Eq . (2- 15).
66 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Solu ção :
a. E gl bobina = 4,44 </> Ncf x 10 “ 8
V
1.200
= 4,44 ( 4,8 X 106) ( 20) 6 x120 x 10 " 8
=
= 256 V/bobina -
( 2 14)
b. Nf = 72 bobinas/3 fases x 20 espiras/ bobina
= 480 espiras por fase [a partir da Eq. (2-12)]
sen ( na/2)
c. ki = n sen (a/2) , onde n = 72 ranhuras/(3 fases x 6 pólos ) =
.
2-19 FREQU Ê NCIA DAS M ÁQUINAS SÍ NCRONAS CA
L
CONSTRU çã O DE MáQUINAS E ENROLAMENTOS 67 '
t A Tabela 6- 1 ilustra esta relaçã o para três das mais comuns frequê ncias.
EXEMPLO Um gerador CA tem oito pólos e opera numa velocidade de 900 rpm.
2- 7: Calcule :
a. A frequ ência da tensã o gerada.
b. A velocidade da máquina prim á ria requerida para gerar frequências de 50 Hz
e 25 Hz.
Solu ção :
PN 8 x 900
a- / = 60 Hz (2-16)
120 ~ 120
120
= —/
120 x 50
b. N = 750 rpm ( para gerar 50 Hz)
8
120 x 25
8 = 375 rpm ( para gerar 25 Hz)
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68 M á QUINAS EL é TRICAS E TRANSFORMADORES
QUESTÕ ES
b. Que método é usualmente empregado para absorver a energia do campo magn é tico ?
I
CONSTRU çã O PE MáQUINAS E ENROLAMENTOS
69
i 2-15. a. Supondo que a m áquina mostrada na Fig. 2- lb, é um motor
energizaoo por uma
fonte CC, explique o que acontece à energia do campo magnético produzido
pelo
enrolamento do campo-shunt , quando o motor é desligado da linha .
b. Por que não é necessá rio levar em consideração a energia de campo
Ll 2
dos enrolamentos do campo-sé rie ou interpolar e enrolamen
tos de compensação ?
(Compare a indutâ ncia destes enrolamentos com a do campo
-shunt .)
2-16. a. Distinga entre enrolamentos da armadura abertos e fechados e descreva suas aplica
ções para má quinas CC e CA .
-
b. Enumere dois tipos de enrolamentos de armadura CC.
( c. Explique por que apenas duas escovas são necessá rias em enrolamentos ondulados,
. qualquer que seja o n ú mero de pólos.
; 2-17. Defina os seguintes termos :
f
a. Passo de bobina (em função de passo polar)
b. Bobina de passo inteiro
c. Bobina de passo fracioná rio (em função do fator de passo)
d. Enrolamento distribu í do
e. Enrolamento de dupla camada
% f. Lado de bobina
g. N ú mero de condutores/ por lado de bobina
h. Multiplicidade
i. Caminhos paralelos
j. Grau de reentrâ ncia
k . Enrolamento de bobina inteira
l. Enrolamento de meia bobina
m. Enrolamento concentrado
n . Enrolamento distribu í do
o . Fase
2-18. a. Dê a principal diferença entre os enrolamentos de armadura de máquinas
CC e CA
com relação à reentrâ ncia .
b. Dê uma boa razão para esta diferença no caso de m áquinas CA .
-
2 19. a. Dê uma vantagem do uso de enrolamentos de passo fracioná rio em
máquinas CC.
b. Repita (a ) para duas vantagens adicionais em má quinas CA .
2-20. a. Por que não é necessá rio tomar soma fasorial de tensões induzidas em
bobinas
ligadas em série de uma máquina CC, usando bobinas de passo fracion
ário, para
obter a tensão por caminho entre escovas ?
b. Por que é necessário usar um fator de passo para determinar a fem induzida
de má-
quinas CA usando bobinas de passo fracion á rio ?
c. Defina o fator de passo em função de três equações separadas.
2-21. a. Qual é o fator de distribuição de um enrolamento concentrado ?
b. Dê tr ês vantagens de enrolamentos distribu í dos sobre os enrolamentos
concentrados.
c. Defina o fator de distribuição em função de duas equações separadas.
2-22. Dê duas razões que af ótem a forma de onda de saída para explicar por que máquinas
comerciais sí ncronas CA empregam enrolamentos distribu í dos e bobinas de passo
fracioná rio.
-
2 23. Dê a equação que expressa a tensão gerada por fase de uma m áquina polifásica sí ncrona
CA que leve o fator de passo e de distribuição em consideração.
2-24. Dê a equação para a frequência de uma m áquina sí ncrona CA polifásica .
,
70 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
PROBLEMAS
2-1. Um gerador de seis pólos tem bobinas de campo tendo cada uma indutâ ncia de 25 H / pólo.
Se a corrente de campo cai de 3A para zero em 15 min quando o circuito de campo do
gerador é aberto, calcule :
a . A tensão média induzida por pólo.
b. A tensão total induzida através da chave do circuito de campo.
2- 2. Uma m áquina tem um total de 8.000 espiras no campo. Quando circulam 2,5 A , é pro-
duzido um fluxo total de 5,2 x 106 linhas. Calcule :
a. A indutâ ncia própria das bobinas de campo ( L = <j> N I x 108).
b. A tensão média gerada se a corrente cai a zero em 10 ms.
2-3. As bobinas de campo de uma m áquina têm uma indutâ ncia de 8H , uma resistência de
60 Q e são conectadas a uma fonte CC de 120 V. Calcule :
a. O valor do resistor de drenagem a ser ligado através das bobinas de campo se a tensão
através do circuito de campo não puder exceder 150 V.
b. O tempo requerido para descarregar a energia armazenada no campo magnético
através do resistor de drenagem do campo.
c. A energia total descarregada quando o circuito de campo é desligado da fonte.
2-4. Um motor CC 220 V tem uma resistê ncia do circuito de campo de 220 Q e uma indutâ ncia
de 55H. Calcule :
a . A corrente de campo inicial no instante em que o motor é ligado a uma fonte CC
nominal.
b. A relação da variação instantâ nea da corrente no instante em que o circuito de campo
é ligado a uma fonte de 220 V.
c. A corrente em regime permanente
d . O tempo requerido para alcançar 63,2 por cento do valor de regime permanente.
e. O tempo requerido para alcançar seu valor de regime permanente.
f. A corrente instantâ nea um segundo após o fechamento da chave.
g. O tempo requerido para a corrente de campo alcançar 0,75 A .
h. A energia armazenada no campo magnético uma vez que a corrente alcance o valor
de regime permanente.
i. O tempo requerido para dissipar a energia de campo num resistor de drenagem
numa relação de 100 W.
2-5. Uma m áquina tem uma corrente nominal na armadura de 250 A e 12 pólos. Calcule
a corrente por caminho se a armadura for de
a . Enrolamento ondulado.
b. Enrolamento imbricado.
(Suponha enrolamento simplex, a menos que haja outra especificação.)
2-6. Calcule o n ú mero de caminhos em paralelo nas seguintes armaduras, quando inseridas
numa estrutura de campo com 18 pólos
a. Enrolamento ondulado triplex.
b. Enrolamento imbricado triplex.
c. Enrolamento imbricado d ú plex .
d . Enrolamento ondulado quadruplex.
2-7. Um gerador CC-120 V- 12 pólos tem uma armadura com enrolamento imbricado triplex ,
com 80 bobinas de 9 espiras/ bobina e gira numa velocidade de 3.600 rpm . Calcule :
a. O fluxo por pólo requerido para produzir a tensã o nominal .
b. A corrente por caminho se a sa í da nominal é 60 kW (despreze a corrente de campo).
c. O n ú mero m í nimo de escovas requerido e os segmentos do comutador abrangidos.
CONSTRU çã O DE MáQUINAS E ENROLAMENTOS
71
2-8. Um enrolamento duplex imbricado em dupla camada é feito numa armadur tendo
a
48 ranhuras com 1 bobina por ranhura ; cada bobina tem um total de 60 espiras
. A
armadura é para ser usada num gerador 50 kW, 4 pólos, 250 V, 1.200 rpm .
Calcule:
a . A corrente por condutor quando o gerador está entregando
carga nominal.
b. O fluxo por pó lo requerido para produzir a tensão nominal
!
2-9 . Repita o problema 2-8 usando uma armadura com enrolam
.
ento ondulado simplex.
2-10. Um alternador com 16 pólos é movimentado numa velocidade
de 3.000 rpm . Calcule
a frequência gerada na armadura.
2- 11 . O rotor de um alternador de 6 pólos, 60 Hz produz um fluxo
polar de 5 x 106 linhas
por pólo. Calcule :
a. A velocidade na qual o alternador deve ser movimentado
para produzir a frequê ncia
nominal.
b. A tensã o efetiva por fase para um estator tendo 200 espiras
.
c. A tensão efetiva por fase para um estator monofásico tendo 60
bobinas igualmente
distribu ídas no estator .
2-12. Um estator a ser usado para o enrolamento de uma armadura trif
ásica, seis pólos, camada
í simples, tem 144 ranhuras. Cada bobina abrange 20 ranhuras
. Calcule:
a . Fator de passo.
b. N úmero de bobinas por fase.
c. Fator de distribuição.
d . Tensã o efetiva por fase, se a tensã o gerada por bobina
é 30 V eficazes.
-
2 13. Um estator com 72 ranhuras tem um enrolamento da armadura trif
ásico, camada dupla ,
com as bobinas abrangendo 10 ranhuras, 10 espiras por bobina .
A armadura está ligada
I; em estrela. O rotor com seis pólos tem um fluxo de 5, 2 x 106 maxwel
ls/pólo e é movi-
mentado numa velocidade de 120 rpm. Calcule :
a . A tensão efetiva por fase.
b. A tensão de linha do alternador.
-
2 14. Repita o problema 2- 13 para um alternador bifá sico ( trê
s fios).
-
2 15. Um alternador , 24 pólos, 60 Hz, trifásico, conexão estrela , tem seis ranhuras
por pólo
e um enrolamento de camada dupla , passo inteiro , em que temos 8
condutores por ra-
nhura. O fluxo no entreferro é 6 x 106 linhas por pólo.
Calcule :
a. O n úmero de condutores por fase.
b. O fator de distribuição.
c. O fator de passo.
d. A rotação do campo .
e. A fem induzida por fase e por linha.
-
2 16. Repita o Problema 2-15e para um passo de bobina de 5 6 ( bobina
/ abrangendo ranhuras
1 a 6).
RESPOSTAS
2- 1 ( a ) 5 kV ( b) 30 kV 2 2( a ) 166,5 H ( b ) 41 ,6 kV 2- 3( a ) 15 Q ( )
- b 533 min ( c) 16 W-s 2- 4( a) 0
( b) 4 A /s ( c) 1 A ( d ) 0, 25 s ( e) l , 25 s ( f ) 0 ,982
A ( g) 0, 346 s ( h ) 27 , 5 W ( i ) 0, 275 s 2-5( a )
125 A ( b ) 20,8 A 2- 6( a ) 6 ( b) 54 ( c ) 36 ( d ) 8 2-7( a ) 4,167 v IO5 ( )
b 13,88 A ( c) 12 2-8( a)
25 A/condutor ( b) 4,33 x 105 linhas 2-9( a ) 100 A conduto (
400 Hz 2-11 ( a ) 1.200 rpm ( b ) 2.400 V ( c) 160 kV 2 12 ( ) ,
/ r b) 1,08 x 105 linhas 2- 10
-
íc) 0,954 ( d ) 664 V 2- 13 ( a ) 3.080 V ( b) 5.330 V 2- 14 ( a ) 4.360 V
a 0 966 ( b) 24 bobinas por fase
í b ) 6.170 V 2 -15 ( a ) 384
condutores/fase ( b) 0,966 (c) 1 ( d ) 300 rpm (e ) 2.970 V, 5.140
V 2- 16 2.870 V, 4.970 V .
TR ÊS
relação de tensão
nas máquinas CC
geradores CC
3-1 . GENERALIDADES
Na comparaçã o entre a ação geradora e a ação motora das máquinas de CC,
concluiu a Seç. 1- 20 com um sum á rio das diferenças fundamentais entre elas. Este
capí tulo é dedicado às máquinas de CC usadas como geradores ÇC, referindo-se
primeiramente portanto, à s rela ções de tensã o, pois os geradores CC sã o fontes
de tensã o. O sumá rio da Seç. 1- 20 estabeleceu para a a çã o geradora :
1. O torque eletromagnético ( desenvolvido nos condutores percorridos por corrente)
se opõe à rotação da máquina prim á ria ( Lei de Lenz).
2. A tensã o gerada ( induzida na armadura ) auxilia e produz corrente na armadura.
3. A tensã o gerada, E g — Va -1- IaRa ( 1-10)
-
A constru çã o geral das m á quinas CC foi discutida na Seç. 2 2 e vista na
-
Fig. 2 1. Para fins de comutação, foi visto que a armadura, contendo condutores
com corrente circulando e onde são induzidas tensões, deve forçosamente girar
para realizar as funções indicadas na Seç. 2-2. Uma discussã o sobre o estator,
compreendendo o campo magn é tico CC e algumas considerações sobre seu pro-
RELA çã O DE TENSãO NAS MáQUINAS CC — GERADORES CC 73
jeto, foi descrita em linhas gerais na Seç. 2-9. Uma discussã o sobre alguns aspectos
de projeto que dizem respeito à armadura de má quinas CC foi desenvolvida nas
Seç. 2- 10, 2- 11 e 2- 12.
A tensã o gerada na armadura, Eg , da Eq. ( 1 -10), para a tensã o média total
induzida entre as escovas, era dada por
BA E
_ <t> Z N P
x 10
“ 8
V d -6)
60 a
onde dependendo da natureza do enrolamento, o n ú mero de ca -
minhos, a , na armadura , é determinado por estas equações:
para enrolamento imbricado a = mP ( 2-4)
para enrolamento ondulado a = 2m ( 2-5)
O leitor deve revisar as equações e seções citadas acima , pois elas sã o funda-
mentais e aplicam -se a todos os tipos usuais de geradores CC e caracter ísticas
discutidas a seguir.
Fig. 3- 1
— Gerador-shunt : circuito esquemá tico e equivalente.
.
i = b+ 4 ( 3- 1 )
Vaa = V f, = V .L ( 3-2)
e onde
Vaa —
E g - IaRa
Vf é a tensão através do circuito de campo e
FL é a tensão através da carga.
RELAçãO DE TENSãO NAS Má QUINAS CC — GERADORES CC 75
EXEMPLO Um gerador-shunt, 250 V, 150 kW, possui uma resistência de campo de 50 ohms
3- 1 : e uma resistência de armadura de 0,05 ohm. Calcule :
a. A corrente de plena carga
b. A corrente de campo
c. A corrente da armadura
d. A tensão gerada na situaçãp de plena carga.
Solução :
VL 250 V
b. 1 f =5 A
R/ 50 n
c. la = If + 1 L = 5 + 600 = 605 A ( 3- 1 )
d. Eg = Va + IaRa = 250 V + 605 x 0,05 = 280,25 V ( MO)
Rc R;
STiP—''WiP o
— Ia
Ro '
Armadura
:
Carga
+
Eg TA
V0 Carga
if 1i w
——yih—
Campo-série
f
Rs
o
Rs Is
^
i1*
Rd
(a ) Esquema completo. (b ) Circuito equivalente.
. -
Fig 3 2 — Gerador-sé rie, esquema e circuito equivalente.
76 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
1.= IL = .+ h I -
( 3 3)
K VL + A (3-4)
=
'
onde Va é a tensão através da armadura, ou
Eg - I Ra [a partir da Eq. ( 1-10)]
VL é a tensã o na carga
IsRs é a queda de tensã o no campo-sé rie.
K - h + !L = h + h ( 3- 5)
RELA çã O DE TENSã O NAS Má QUINAS CC — GERADORES CC 77
As relações de corrente da ligação shunt -curta de um gerador composto CC
sã o:
e
'. = ' / +h
i , * /, + /„ ( 3-6)
Das Eqg. ( 3- 5) e (3-6), pode-se notar que a diferença essencial entre a ligação
shunt -curta e a liga çã o shunt-longa é que, na ligação shunt - longa, a corrente da
armadura excita o campo-série, enquanto que, na ligação shunt -curta, a corrente
de carga excita o campo-sé rie.
/ Estrutura
do campo Rc Y Ri
000
Armadura I \ \
Ra li
\i o
/ T Reostato
de campo
VW -ç
O
o *
R
L\ Carga
Ia s 1t I
cx
(
<@
\
Rd Rd
( a ) Esquema completo, conex ão { b } Circuito equivalente, gerador
-
shunt longa.
-
composto, shunt longo .
if Rs
Ro
Rd V/
O
Carga
O
o
EXEMPLO Um gerador composto ligação shunt-longa, 100 kW, 500 V, possui uma resis
-
3 2: - tência da armadura de 0,03 ohm, resistência do campo-shunt de 125 ohms, resis
-
tência do campo-série de 0,01 ohm. A resistência de ajuste suporta 54 A. Calcule:
a. O valor da resistência de drenagem para a carga nominal.
b. A tensão gerada a plena carga.
78 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Solução :
.
Fig 3 4 - — Geradores com excitaçã o independente.
+
c -c
[
1 f2 f3
(a ) Conex ões . Corrente de campo, A.
( b ) Curva de magnetização .
Fig. 3 5- — Conexões do gerador a vazio, com excitação independente, para obter a curva
de saturação.
onde K =
PZ X 10 -
8
Eay
— K (f ) N (3-7)
60 a
j é o fluxo por pólo (fluxo m ú tuo no entreferro)
()
JV é a velocidade em rpm.
Como a máquina primária da Fig. 3-5a está sendo movimentada numa ve-
locidade aproximadamente constante, a fem gerada. E da Eq. ( 3-7) é
^
Eg = K' 4> ( 3- S j
Pode parecer, com base na Eq. (3-8), que a leitura do voltí metro da Fig. 3-5a
ê só e puramente uma funçã o do fluxo m ú tuo no entreferro produzido pelo enrola-
mento de campo. Se o potenciômetro visto na Fig. 3-5a é ajustado para corrente
de campo zero, e se o gerador é movido numa velocidade constante, pode-se ser
tentado a supor que Eg seja nula. Mas este, contudo, não é o caso e, mesmo quando
a fmm do campo ( N f I f ) é nula, o fluxo no entreferro não é zero. Uma pequena
tensã o é medida nos terminais da armadura pelo volt í metro quando a corrente
de campo é zero. Esta tensã o é indicada pelo ponto a na curva da Fig. 3- 5 b, onde a
corrente de campo é zero e a tensã o gerada, Eg tem um pequeno valor, uns poucos
9
Solução :
-
Da Eq. 3 7, EQ = K" N sob excitação constante e, portanto,
Ff i n a l
A N f inal
Eo r i g N orig
Nfinal 2.000
a. E f i n a l “ ( £orig ) = ( 150 V ) 1.800- = 166,7 V
^ orig
£fina, 1.600
*>• = 050 V) 1.800 = 133,3 V
2
Veja Eq. (12- 3), Seç. 12- 2 , deste livro ; també m, para informa ção adicional no assunto, veja In
-
troduction to Electric Circuits, de H. W. Jackson, 3. edi ção, Englewood Cliffs, N. J., Prentice- Hall, 1970,
Seç. 816.
82 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Que conexões devem ser feitas nos dados, antes de plotarmos a curva?
Solução :
1.200
a. Ei = (64,3 V ) 64,0 V para 1.200 rpm
1.205 =
1.200
b. E 2 = (82,9 V )
1.194 = 83,3 V para 1.200 rpm
1.200
c. £ 3 = ( 162, 3 V) = 162,0 V para 1.200 rpm
1.202 =
-.
3 8 GERADORES AUTO EXCITADOS - — RESIST NCIA DE CAMPO
Ê
de que não sucedia o contr ário. Quando, por é m, o circuito de campo (consistindo
do enrolamento e do reostato de campo) é ligado através do circuito da armadura,
como se vê na Fig. 3-6, a corrente de campo, I p não é mais independente da ten-
são gerada. Para a conexã o da Fig. 3-6, a corrente de campo dada na Eq. (3-1)
>ro R íf elevado
Hrf médio
T- 1' O
Q .
O
o E
CD
o
Rf S A
°! Vc
o
0>
T3
Rrf baixo
°2 *8
c
a>
H Corrente de campo, If
Fig . 3 6 - — Gerador-shunt auto-excitado. -
Fig. 3 7
— Resistê ncias de campo.
I
r
/
2
% <
s*,
s
O
o E*4
ire
M
I
/
E2
Ei
\
\S
I /1
'
i
I
i
S\ i
I
0 U h Is Me
Corrente de campo ( lf ) em A
-
Fig. 3 8 — Escorvamento de um gerador-shunt auto-excitado.
Como o gerador da Fig. 3-6 est á suprindo uma corrente relativamente pe-
quena (em proporção à sua corrente nominal) para excitar seu pró prio circuito
de campo, n ós podemos supor ( por agora ) que a queda interna íaRa é desprezí vel
e que as ordenadas da Fig. 3-5 b e Fig. 3-7 são as mesmas, ou seja, Va é igual a Eg.
Agora é poss í vel representar a reta associada à resistência de campo e a curva
de magnetização da m á quina num eixo comum. Esta representaçã o é vista na
Fig. 3-8.
.
3-9 AUTO- EXCITAÇÃO DE UM GERADOR SHUNT -
A curva de magnetizaçã o para o gerador com excitação independente da
Fig. 3-5 e uma reta associada a uma dada resistência de campo-shunt, Rf , são
mostradas na Fig. 3-8, para o mesmo gerador ligado como gerador-shunt auto-
excitado, primitivamente apresentado na Fig. 3-6. Nas Figs. 3-6 e 3-8, como o
circuito de campo é ligado diretamente através da armadura, a ordenada da reta
r
84 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Há quatro razões espec í ficas (elé tricas) para não ocorrer a auto-excitação
de um gerador-shunt sem carga .
L.
1. Falta de ( ou baixo) magnetismo residual. Como o processo visto na Seç. 3-9 requer algum
magnetismo residual para o seu início, é evidente xpie-urauvalor extremamente baixo ou
a complçta _falta_.de magnetismo residual inibjrá o processo. O magnetismo residual
.
pode ser perdido como resultado de condições que tendam a desmagnetizar os campos
polares : batidas mecânicas no embarque, vibração excessiva, calor extremo, correntes
alternadas inadvertidamente aplicadas através do enrolamento de campo, m áquina
[
parada por longo tempo, etc. Estas falhas podem ser remediadas por magnetização
dos pólos , ou seja, pela aplicação de corrente contínua ao circuito de campo altamente
_
indutivo [V. Eq. (2-2) e a discussão subsequente] e remoção da mesma, a que produz
uma centelha indutiva. O magnetismo residual é assim recuperado , e o gerador-shunt
pode ser auto-excitado .
2. Conexões do circuito de campo invertidas com relaçdo ao circuito da armadura. Na Seç.
3-9, Estágio 4, foi estabelecido que a corrente que flui no circuito de campo deve pro-
duzir uma fmm que auxilie o magnetismo residual,l> u seja, o fluxo produzido pela bo-
bina de campo deve ter a mesma polaridade magnética que a fmm residual. Se as cone-
_
x ões de campo são invertidas com relação à armadura^ o fluxo do campo resultante
tenderá a opor-se ou a diminuir o fluxo residual, desta maneira diminuindo o fluxa
total e a fem gerada, Eg, quando o circuito de campo é fechado. Jm teste simples para
(
3
A troca do sentido de rotação da m áquina primá ria é grandemente recomendada como meio
de eliminar a falha da auto-excitaçã o. A maioria das máquinas primá rias, como as máquinas a
vapor e as turbinas, é projetada para girar num ú nico sentido. Um motor CC é projetado, semelhan -
temente, pois suas escovas são facetadas segundo um sentido particular. (Apenas os motores de indução
e sí ncronos, quando usados como máquinas primá rias, podem ser invertidos sem problemas.)
Similarmente, velocidades excessivamente baixas, como causa de falha da auto-excitação, não
são também levadas em conta. Presume-se que a máquina primá ria esteja girando numa velocidade
adequada no sentido apropriado. Apenas razões elétricas são enumeradas aqui. Do contrá rio, poder-
se-ia enumerar, como causa de falha, o fato de que o gerador nã o estivesse girando.
86 M á QUINAS ELé TRICAS E TRANSFORMADORES
—
residual . A resist ência das conexões a l a 2 para a armadura devem ser testadas por
meio de ohmômetro ( para uma resistência comparativamente baixa ). Uma resistência
elevada no circuito da armadura indica uma ligação aberta no circuito da armadura.
>a
(0
D
T3
Lf 1 If I 14
. 2
'3 *
Corrente de campo ( If ) A
Fig. 3-9
— Efeito da corrente de campo decrescente
sobre a tensão da armadura .
Ser á visto nesta seçã o, que o efeito de carga adicional, de fato, reduz a tensã o da arma -
dura e, assim, a excita ção da corrente de campo. O estudante pode ser tentado a ra -
ciocinar, portanto, que, se a aplicação da carga reduz a tensã o da armadura, a redução
da corrente de campo deve reduzir, por sua vez, a tensã o da armadura, que, por sen
4
Esta situação n ão é usualmente inclu ída entre as causas de falha, porque se considera que o
gerador não está sob carga durante o processo de auto-excitação. Com efeito, uma grande ( baixa
resistência) carga é um curto-circuito através da armadura.
RELA çãO DE TENSãO NAS MáQUINAS CC GERADORES CC 87
turno, reduzir á ainda mais a corrente de campo, e assim por diante, at é que a má-
quina retorne à sua tensão residual. Um exame da porção saturada da curva de
magnetização expandida é mostrado na Fig. 3-9. Note-se que, na por çã o saturada
da curva, a corrente de campo pode ser reduzida de / / 4 para / / 3 ( uma redução
sensí vel ) com apenas uma pequena variação na tensã o da armadura de E 4 para Ey
Na porçã o nã o-saturada da curva de magnetizaçã o, contudo, uma pequena
redu çã o da corrente de campo de If 2 para Ifl produzir á uma grande queda na
tensã o da armadura de E 2 para Ev Pode parecer, entã o, que, considerando-se
apenas o aspecto de carregar o gerador, o mesmo deveria ser operado na por-
ção saturada da sua curva de magnetizaçã o. Se ele está operando abaixo do joelho
da curva de magnetiza ção ( na porção linear ou n ã o-saturada), ele pode ter sua
tensão de saí da decrescente com a aplicaçã o da carga, como se mostra na Fig. 3-10.
*
3-13. CARACTER ÍSTICAS TENSÃO-CARGA DE UM GERADOR -SHUNT
ra>
+-
O
ira
Ui
c
. ra
Corrente de carga ( 11 ) _
(a ) Caracterfstica de carga do gerador-shunt .
o
o
o
1
<s>
A VQ
/
/ J
/
M. P .
( b ) Gerador -shunt sob carga .
Fig. 3-10 — Caracter ísticas externas tensão-carga de um
gerador-shunt.
88 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Va = Eg - laRa ( 1 -10)
Para um gerador com excitação separada, mostrado na Fig. 3 5, que
alimentando nenhuma carga, la é zero e -
iguala Eg . Para um gerador -shunt com
n ão está
Va
excitaçã o pró pria , com carga , visto na Fig. 3- lb, à medida que
a corrente de carga
aumenta, / L, também aumenta a corrente na armadura _ Eq. (
de tensão no circuito da armadura,
[ -
3 1 )], bem como a queda
IaRa, na Eq. (1-10). Assim, a tensão nos terminais
da armadura de um gerador-shunt, , diminui com a aplicaçã
mostra a Fig. 3-10a.
Va o da carga, conforme
2. Reação da armadura. Os condutores individuais da
armadura, que conduzem corrente,
fornecem uma corrente de carga de mesmo sentido que
a fem induzida (Seç. 3-1).
Como estes condutores estão engastados num n úcleo
de ferro, é produzida uma fmm
da armadura em proporçã o à corrente de carga. Será
visto ( Cap. 5) que o efeito deste
fluxo da armadura é o de distorcer e reduzir o fluxo no entreferr
o produzido pelo
campo. A redução no fluxo polar mútuo < > reduz a fem gerada
/m e a tensão nos terminais,
Eg e Va , respectivamente. Assim, com o aumento da corrente da armadura, / , o
da reação da armadura é uma redu ção progressiva de a efeito
</> m, Eg e F , como se mostra na
Fig. 3-10a.
3. Redução na corrente de campo. A tensão terminal F cai
como função da corrente de
carga, como resultado da : ( 1 ) rea ção da armadura e (2) queda
no circuito interno da
armadura. Esta queda em F resulta em corrente de campo
e em excita ção produzida
pelos pólos decrescentes. O decréscimo na excitação (
Nflf ) resulta num fluxo do entre-
ferro decrescente e em Eg e F reduzidos. Se a corrente de campo
do gerador e a veloci-
dade sã o tais que os campos polares não est ão saturados, a
máquina rapidamente terá
sua tensão de sa í da diminu í da ( V. Fig. 3-10a ). Note se que
-
não ocorre num gerador com excitação independente e, por esta raz
esta causa na queda de tensão
' ão, o mesmo gerador
operado com excitação independente tem sempre melhor regula
ção.
O efeito de cada um dos três fatores precedentes é visto na Fig. 3- 10,
que
mostra a caracter ística tensão-carga (externa) de um gerador-shunt . Para o
circuito da Fig. 3-10 b, as leituras da tens ã o nos terminais da armadura (e carga),
Va > est ão plotadas como funçã o da corrente de carga , IL . A tensã o é igual a
Eg na situação sem carga (desprezando IfRa e a queda na reaçã o daVaarmadura
devida à corrente de campo). Os efeitos da reação da armadura (na redução
do
fluxo m ú tuo do entreferro), da queda de tensão na armadura e do decr scimo
é
na corrente de campo são vistos todos com aumentos progressivos da carga
Note-se que a reaçã o da armadura e a queda
.
IaRa são ambas vistas como linhas
retas tracejadas, representando teoricamente decréscimos lineares de tens o
ã dire
tamente proporcionais ao incremento na corrente da carga . A queda relacionada -
com o decréscimo da corrente de campo é uma linha curva , pois depende do
grau de saturação existente no campo para aquele valor de carga.
Em geral, a caracter ística externa tensã o-carga diminui com a aplicação da
carga apenas numa pequena extens ão até o seu valor de carga (corrente) nomina
l.
Assim , o gerador-shunt é considerado como possuindo uma tensã o de sa í da bas
tante constante com a aplicação da carga e, na pr ática , raramente é operado
-
RELA çã O DE TENSãO NAS MáQUINAS CC — GERADORES CC 89
continuadamente, alé m do valor nominal de corrente, por per í odos apreciá veis
de tempo. Como se mostra na Fig. 3-10a , a aplicação posterior de carga faz com
que o gerador atinja seu ponto de ruptura , alé m do qual uma carga adicional
f provoca sua desexcitaçã o se ele operar na porçã o não-saturada de sua curva de
magnetiza ção (Seçs. 3- 12 e 3-9). Este processo de desexcitaçã o continua at é que
a tensão terminal seja zero, em cujo ponto a corrente de carga é de tal magnitude
que a queda interna no circuito da armadura iguala a fem gerada na porção linear
ou nã o-saturada da sua curva de magnetização. Isto é ilustrado pelo seguinte
exemplo :
EXEMPLO Um gerador CC, 125 V, possuindo uma resistência de armadura de 0,15 ohm,
3-5 : é carregado progressivamente até que a tensão na carga é zero. Se a corrente
de carga é 96 A e a corrente de campo 4A, qual a fem gerada na armadura?
Solução :
la = lf + lL = 4 + 96 = 100 A (3- D
Eg = Va + IaRa = 0 + (100 x 0,15) = 15 V (3-10)
N2
Tensão
nominal
2
«o Nj ( velocidade mais baixa )
i0
(
o
N 2 ( velocidade mais alta )
*
c
H
If I
Corrente de campo ( If )
Corrente de carga l| _
(a) Caracter ísticas a vazio . (b) Caracter ísticas sob carga.
-
Fig. 3 11
— Efeito da velocidade sobre a saturação e a tensão de um gerador-shunt.
i
RELA çãO DE TENSãO NAS Má QUINAS CC GERADORES CC 91
EXEMPLO A tensão sem carga de um gerador-shunt é 135 V, e sua tensão a plena carga é
-
3 6 : 125 V. Calcule VR, a regulação de tensão em percentagem.
Solu ção:
Vv N L - Vv F L
VR % = x 100
VFL
135 - 125
VR = - 125
- x 100 = 8% (3-9)
KL = KL + ( KL x VR ) = KL d + VR ) ( 3-9)
= 250 (1 + 0,105) = 276,3 V
A Eq. ( 3-9) serve para indicar que um gerador “ ideal ” manteria a mesma
tensã o desde a vazio até a plena carga e, já que a variaçã o de tensão é zero, n ós
teremos uma regulação de tensã o percentual nula. O gerador com a menor ou
mí nima variaçã o na tensão terminal tem a mais baixa regulação percentual e
está mais próximo do gerador ideal como fonte de fem constante, , apesar da
carga. Se cargas adicionais são colocadas ou removidas, um gerador ideal conti-
92 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
O I
*03
to
C
->
i
Q
E
0 ILm
Corrente de carga ( 1 )
Fig . 3-12 —
^
Caracter ísticas da carga do gerador-série .
&
RELAçãO DE TENSã O NAS MáQUINAS CC — GERADORES CC 93
por sua vez, produzir á fmm adicional do campo-série ( ). Mas a açã o do ge-
rador-sé rie é um pouco mais complexa do que a de um NsIs
gerador -shunt. Há agora
duas quedas de tensã o que limitam a tensã o, , através da carga
e a Eq. (3-4) pode ser reescrita como:
VL [V. Eq. ( 3-4)],
vL = Eg - ( A + KK )
'
Em complementação a estas duas quedas de tensão, a tens
ão gerada Eg é
(3-4a)
Eq . ( 3-6). Um exame das figuras 3-3 b e c revelará que, qualquer que seja o mé-
i
todo de conexã o, a tensã o terminal, VL , do gerador composto shunt -longo ou
curto, é a mesma da Eq . ( 3-4a ) ( Seç. 3- 16) para o gerador série ( ! ) ; quer dizer,
= Eg - ( A VL ' w ( 3-4a)
Há três tipos possí veis de caracter ísticas de carga para o gerador composto
cumulativo (n ã o importando se longo ou curto), dependendo da fmm do reforço
adicional relativo produzida pelo campo-sé rie. Estes tipos sã o chamados ( 1 )
hipercomposto ; ( 2) composto normal ; e ( 3) hipocomposto.
. ^ 4
Hiper
>kT~ , Geradores
o
Ej Normals compostos
i
O
co
cumulativos
& Hipo J
o
r * >
T3
(U
E
Gerador-shunt
c
E
o
o
1(
0
V)
Gerador
composto
— Carga nominal
C
n o
V - diferencial
if
A
r
Rs ^h
o
va , o
o V , vt
n{
ou V Io
I
t-
RELA çã O DE TENSã O NAS M á QUINAS CC — GERADORES CC 95
Um gerador composto, cuja tens ã o terminal aumenta com a aplica
carga , de modo que sua tens ã o a plena carga ção da
excede a tens ão a vazio ( regula çã o
negativa), é denominado hipercomposto ; veja Fig
. 3-13.
Um gerador composto normal tem uma caracter ística de carga
, na qual as
tensões a vazio e a plena carga são iguais ( regulação percent
ual zero) ; veja-se
novamente a Fig . 3- 13.
Um gerador hipocomposto possui uma caracter í stica de carga
tensão a plena carga é um pouco menor que a tens ão a vazio
na qual a
, mas com o auxí lio
dos Ae do campo-série provocando uma caracter í stica de
melhor regulaçã o do
que o gerador composto equivalente ; veja Fig. 3-13.
A maior parte das máquinas CC compostas comerciais usadas seja como
geradores, seja como motores é normalmente fornecida pelos
fabricantes como
hiper compostos. Como se mostra nas Figs. 3 3b e c, o grau
-
(hiper , normal ouhipo) pode ser ajustado por meio de
de compensaçã o
um resistor de drenagem
em paralelo com o campo-sé rie ( v. Exemplos 3-2 e 3-8).
I d = I a - I s = 80 A - 50 A = 30 A
ISRS _ 50 A x 0,050 0,0833 Cl
i
h 30 A = ( 3-11)
Como se mencionou na Seç. 3-15, o gerador hipercomposto é o mais
apro-
priado para a transmissã o de energia elé trica CC quando a carga
est á remota-
; mente localizada com relaçã o ao gerador. A caracteír stica de elevaçã o de tensã o
deste gerador é mais do que suficiente para compensar a queda
de tensã o na
linha de transmissão. Um resistor de drenagem é usado para controlar
e produzir
uma elevação de tensão suficiente no gerador , para compensar as
quedas de
tensã o nas linhas a plena carga . Como a queda de tensã o na linha e
a elevação
de tensão ajustada , produzidas pelo campo-sé rie são ambas proporc
ionais à
corrente de carga, a tensã o numa carga remota será substancialmen
te constante
desde a vazio até a plena carga , assim tornando desnecessá rio o uso de
regula-
dores de tensão. Um gerador hipercomposto sempre tem uma regula
çã o nega-
tiva de tensão (V. Eq. 3-9).
96 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Ae do campo-sé rie (bem como o resistor de drenagem) necessá rios para produzir
um desejado grau de compensaçã o ; ou
ÔN f I f = N sJ s ( 3-10)
í
RELAçãO DE TENSã O NAS MáQUINAS CC GERADORES CC 97
1 RJ
s s
( 3-11)
4
onde ôlf é o acréscimo da corrente de campo-shunt a plena carga
requerida
para produzir a tensão terminal desejada para o gerador
composto
Nf é o n ú mero total de espiras do campo-shunt ou o n ú mero de espiras
por pólo
N $ é o n ú mero total de espiras do campo série
- ou espiras por pólo
t
Rs é a resistê ncia do campo-sé rie
7S é a corrente desejada no campo-sé rie requerida para
produzir o au -
mento da tensão
4 é a corrente necessá ria no resistor de drenagem para produzir /
Rd é a resistência do resistor de drenagem requerida para a desejada
regulação.
EXEMPLO Um gerador composto shunt-curto, 60 kW, 240 V, opera como gerador
-shunt e
3-9 : requer um acréscimo de corrente de campo de 3 A para providenciar uma tensã
o
hipercomposta de 275 V, para uma carga nominal de 250 À. O
campo-shunt
tem 200 espiras por pólo e o campo-série 5 espiras por pólo, com
'V resistência,
respectivamente, de 240 Q, e 0,005 Q. Calcule :
a. A resistência do resistor de drenagem necessária
b. Se a tensão a vazio do gerador composto é também 240 V, calcule
a fmm
total por pólo a vazio e a plena carga.
Solução :
Rd = A
h
' 120 x 0,005
130
= 0,00462 n ( 3-11 )
4
98 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
composto diferencial aumenta sua tensão pela auto-excita ção do seu campo-
shunt, da mesma maneira que o gerador-shunt. Quando a carga é aplicada,
contudo, a tensã o gerada, Eq, é agora reduzida pela queda no fluxo do campo
principal , reduçã o criada pela fmm oposta do campo-sé rie. Esta redu çã o em
E ocorre em adiçã o à queda de tensã o na armadura e no circuito do campo-sé rie,
à rea çã o da armadura , e à reduçã o na corrente de campo produzida pela reduçã o
-
da tensã o da armadura , Va , como se descreveu na Seç. 3 13. O resultado é uma
brusca queda na tensã o terminal com carga, como se mostra nas Figs. 3-13a e
3- 14 b, à medida que o campo é levado abaixo da satura çã o e decresce rapida-
mente . O gerador composto diferencial é usado como gerador de corrente
constante para as mesmas aplicações de corrente constante do gerador-sé rie.
(Seç. 3-16.)
Campo-sé rie
E
Campo-shunt
*<0
Corrente de carga
( a ) Fmm dos campos sé rie e shunt . ( b ) Caracter ística de carga do
gerador diferencial .
* : >
J*hunt \ .
3
i
(O
o
03
— )
c
çofnposto normal Geradores
=
O
3
compostos
03
c
cumulativos
E Shunt
o->
k
o Composto
M
c) diferencial
Corrente de
-
I
0
carga nominal
Corrente de carga
como se mostra pela curva de magnetizaçã o da Fig. 3- 1 la. Nós podemos agora
; responder à questão relacionada com o gerador composto diferencial. Se o
circuito magné tico é menos saturado, o efeito de oposiçã o do campo-sé rie será
bem mais pronunciado, e o fluxo polar resultante se aproxima de zero ainda mais
rapidamente com a aplicação da carga!
Pode-se inferir , das considerações acima , que é sempre melhor procedimento
movimentar geradores em velocidades reduzidas, com excitações elevadas, para
|
i
£ produzir mais saturaçã o e melhor regulaçã o.
Conquanto velocidades mais baixas e incrementos na excita çã o sejam ben é-
ficos para a regulaçã o de tensã o, o mesmo nã o ocorre quanto à eficiência.
Incrementos na excitaçã o resultam em perdas elevadas na resist ência de campo
100 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Shunt fvel c
°idade lonunal )
Shunt (abaixn da
yelocidadp
nominal )
>
)
a_ wnlocidacte nominal
k iatoa\ »ojj
^' -
o osto 3
c
oo
O
Í CO
\0
^
w
C
Q>
1- Oo
Corrente de
carga nominal
BIBLIOGRAFIA
QUESTÕ ES
-
3 1 . a. Enumere os três tipos básicos de geradores CC, partindo das m áquinas de CC.
b. O que se leva em conta para diferenciá-los quanto aos aspectos construtivos ?
3-2. Trace o circuito equivalente e esquemático para cada um dos tipos de geradores CC
citados na questão 3- la, indicando todas as correntes e tensões. (Note que um total
de quatro conjuntos de circuitos pode ser mostrado devido às conexões possíveis.)
3-3. Sob cada um dos circuitos equivalentes desenhados na questão 3 2, escreva as equa
para :
- ções
a. a relaçã o de corrente
b . a relação de tensão
c. o relacionamento entre tensão gerada e tensão terminal.
3-4. Defina :
a. auto-excitaçã o
s b. excitação independente.
3-5. a. Esquematize como se obtém a curva de magnetização ou de saturação de um gerador
CC.
b. Esquematize a curva de magnetização t í pica, mostrando as variações de
Eg com
relação a If para valores crescentes e decrescentes de If .
c. Se um enrolamento de campo-série foi conectado em série com a armadura (no
desenho esquemá tico em resposta à quest ão 3-5a ), isto afetará a curva de magnetização
obtida ? Explique.
3-6. Com referência à curva de saturação da quest ão 3-5b, explique :
a . por que a curva não começa usualmente na origem
b. sob que circunstâ ncias ela pode começar na origem
V.
102 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
c. por que esta curva é nà o- linear para valores extremamente baixos de tensão
d. por que esta curva é nã o-linear para valores extremamente altos de tensão
e. por que esta curva é linear para valores moderados de tensão
f. por que os valores decrescentes de corrente de campo produzem tensões com valores
mais elevados do que os valores crescentes de corrente de campo.
3-7. Explique :
a. por que a forma da curv de saturação ou de magnetização é id êntica à curva B-H
^
para a densidade de fluxo m ú tuo no entreferro de uma m á quina de CC
b. que precauções devem ser tomadas na obtençã o de uma curva de magnetização
suave e por quê
c. por que a equaçã o Ea k ( j) representa a curva de magnetizaçã o melhor
que Eg = klf .
3-8. a . Para um gerador com excitação independente, explique por que a corrente de campo
é independente da tensão gerada e, ainda, por que a tensão gerada depende da cor-
rente de campo. Ilustre pelo diagrama esquemático.
-
b. Para o gerador-shunt auto excitado, explique por que a corrente de campo é depen-
dente da tensão gerada. Ilustre pelo diagrama esquemático.
c. Além da tensão gerada, que outra variável determina a corrente de campo ?
d. O que é representado por uma “ família de retas de resistência de campo” ?
3-9. Com referência à curva para o processo de auto-excitação do gerador auto-excitado,
explique :
a . a . resistência de campo cr
ítica , Rc
b. a resistência de campo que é maior do que Rc e seu efeito no processo de auto-excitação
c. a resistência de campo muito menor do que Rc e seu efeito no processo
de auto-excitação.
3-10. a. Estabeleça quatro razões especí ficas pelas quais um gerador-shunt não se auto-excite.
b. Se uma baixa resistência de carga e conectada através dos terminais da armadura
do gerador-shunt, o gerador se auto-excita ? Explique.
c. Se uma baixa resist ência de carga é conectada através dos terminais da armadura
gerador-sé rie, o gerador se auto-excita ? Explique.
3-11. Explique o que significa “ aumento de carga do gerador” em termos de :
a . resistência de carga
b. corrente de carga.
3-12. Se a aplicação da carga provoca a queda de tensão terminal de um gerador-shunt, ex-
- -
plique em que condições um gerador shunt tende a se desauto excitar, usando a curva
de magnetização para ilustrar a sua explicação.
3-13. -
a . Dê três razões pelas quais a tensão terminal de um gerador shunt auto-excitado
decrescerá com a aplicação de carga crescente.
b. Dê duas razões pelas quais a tensão terminal de um gerador-shunt com excitação
independente decrescerá com a aplicação de carga crescente.
c. Que conclusões você tiraria olhando a regulação de tensã o de um gerador-shunt
auto-excitado comparado com a do mesmo gerador operado sob condições de ex-
citação separada ?
3-14. Defina regulação de tensão :
a. em função de uma equação
b. em suas próprias palavras
3-15. O que significa :
a. boa regulação de tensão
b. pobre regulação de tensã o
c. regulação de tensão negativa
RELA çãO DE TENSã O NAS Má QUINAS CC GERADORES CC 103
d . regulaçã o de tensão positiva
e. regulação de tensão zero.
3-16. Explique, para um gerador-série :
a. por que ele n ão se auto-excita sem carga
b. sob que condições a tensão terminal aumenta com a carga
c. sob que condições a tensão terminal cai bruscamente com carga
d . o que evita o aumento indefinido da tensã o terminal com carga.
3-17. Desenhe a característica de carga do gerador-série, e explique :
a. que porção é ú til como gerador de tensão e por qu ê
b. que porçã o é ú til como gerador de corrente constante e por qu ê
c. quatro aplicações para o gerador-sé rie CC, indicando qual a porção da característica
de carga utilizada e por quê.
3-18. Explique, para um gerador composto, usando ilustração onde necessá rio,
& a. a conexão shunt-longa
b. a conexão shunt-curta
c. composto cumulativo
d . composto diferencial
e. hipercomposto
f. composto normal
g. hipocomposto
h . quais as conexões acima que produzem regulação negativa
i. quais as conex ões acima que produzem regulação zero.
3-19 . Dê uma aplicaçã o para cada um dos seguintes geradores compostos :
a. hipercomposto
b. composto normal
c. hipocomposto
d. composto diferencial .
3-20. “ A maior parte das má quinas de CC compostas são normalmente fornecidas como
máquinas hipercompostas”. Explique:
a. por que este é o caso
b. como o grau de compensação pode ser ajustado
c. como a resistência de drenagem é determinada para produzir o desejado grau de
A compensação.
3-21. Usando a Fig. 3- 15, explique :
p- a . por que é normalmente impossí vel, para um gerador composto diferencial, fornecer
't? a corrente nominal de carga
k- b. como é possí vel , para o gerador composto diferencial, entregar um valor de corrente
de carga quando a sua tensão terminal é zero.
3-22. Para um dado valor de corrente de carga, qual é o efeito do aumento da velocidade da
I máquina prim á ria na tensão terminal de :
a. um gerador-shunt
b. um gerador composto cumulativo
c. um gerador hipocomposto
d. um gerador composto diferencial
e. um gerador-série operando na sua caracter ística de corrente constante
f. um gerador-sé rie operando na sua caracter ística de regulador de tensão.
PROBLEMA S
50 kW
3- 1 . Um gerador-shunt CC. 55 kW, 250 V tem uma resistê ncia no circuito de campo de 62,5 Q,
-
3 11. Um gerador-shunt, 30 kW, 250 V, produz uma tensão na armadura de 265 V a fim
de desenvolver a saída nominal quando a excitação de campo é 1 ,5 A. Calcule :
a. A resistê ncia do circuito de campo para produzir a tensão terminal nominal.
b. A resist ência do circuito da armadura ( n ão considere a queda no contato das escovas).
3-12. Um gerador-shunt, 30 kW , 250 V é excitado separadamente para determinar sua queda
de tensão, devida à reaçã o da armadura . Sua resistência da armadura é 0,1235 íf . Admi-
tindo uma queda nas escovas de 3 V, calcule :
a . A queaa de tensão no circuito da armaaura a plena carga, com velocidade e tensão
nominais,
b. A queda de tensão devida à reação da armadura, se a tensão sem carga é 275 V na
velocidade nominal.
3-13. Um gerador composto CC, 125 V, opera como gerador composto normal na sua velocida-
de nominal de 1.200 rpm. Supondo que não haja nenhuma variação na velocidade da
m áquina primá ria, discuta o efeito da compensação se : .
a . A tensão a vazio é aumentada para 150 V.
3-14. Um gerador composto CC, 125 V, opera como gerador composto normal na sua velocida-
de nominal de 1.200 rpm . Admitindo nenhuma variação na sua excitação, discuta o
efeito na compensação se:
a . A velocidade é incrementada para 1.500 rpm.
b. A velocidade é reduzida para 1.000 rpm.
RESPOSTAS
3-4(a) = 154.8 V ( b) = 151 V 3-5(a) = 145,8 V (b) = 140 V 3-6 16,7 por cento 3-7 131 ,3 V
3-8(a ) = 1,56 espiras / pólo ( b) = 1 ,545 espiras/ pólo 3-9(a ) = 3,08 espiras/ pólo ( b) = 0,0321 í l
(c) = -10,7% 3-10(a ) = 0,0208 Q ( b) = 300 Ae/ pólo (c) = 5,87 Ae/ pólo 3-11(a ) = 166,7 Q
( b) = 0, 1235 Q 3-12(a) = 14,8 V ( b) = 7,2 V.
QUATRO
torque em máquinas de
corrente contí nua motores de
corrente contí nua
4- 1 . GENERALIDADES
Na comparação entre a a ção de um gerador e de um motor de corrente cont í -
nua, concluiu -se na Seç. 1-20 com um sumá rio das diferen ças fundamentais entre
eles. Este capí tulo será dedicado às máquinas de corrente cont ínua funcionando
como motor. Ele diz respeito, portanto, às relações de torque das m áquinas de
CC e às caracter ísticas do motor de CC como meio de produzir um torque eletro-
magné tico. O sum á rio da Seç. 1- 20 estabeleceu para a açã o motora :
A Eq. (1-9) pode ser reescrita em termos da corrente da armadura, 7a, pro-
duzida para uma dada tensão aplicada e uma dada carga :
-
K = K K Ec ( 1 -9)
Foi mostrado també m na Seç. 1 -20 que os três fatores que determinam a mag-
nitude e que são requeridos para produzir a força eletromagnética num condutor
onde circula uma corrente elé trica ( uma força ortogonal a B e 7) pode ser expressa
por :
B.Il
F= 10 7 lbs “
d -8)
1,13
e, finalmente, a direção da força eletromagnética desenvolvida pela circulaçã o
de corrente no condutor num dado campo magné tico pode ser determinada pela
regra da mão esquerda (Seç. 1-18).
O leitor deverá revisar as relações acima e as Seções 1-16 até 1- 20, pois elas
são fundamentais e aplicam-se a todos os tipos de motores usuais e às caracter ís-
ticas discutidas abaixo.
4-2. TORQUE
i Centro de
rotação
ti Estrutura
F1
/ r \
S ®
/
V 2©
\
N
\ j /
/
F2
h
( a ) Bobina de uma ú nica espira , com ( b ) Defini ção do torque desenvolvido.
corrente num campo magn ético .
.
Fig 4 1 - — Produção de torque numa bobina de uma ú nica espira.
*
108 Má QUINAS ELé TRICAS E TRANSFORMADORES
unidades de for ça e dist â ncia, como lb- pé, grama -cm, N- m, etc.1, para distingui-lo
do trabalho , que é expresso em pé-lb, cm-g, etc. O torque que atua na estrutura
da Fig . 4-lb é a soma dos produtos /\ r e / r , ou seja , a soma total dos torques , atuan-
2
tes sobre ou produzidos pelos condutores individuais que tendem a produzir ro-
-
taçã o. Note se que as forças fx e f 2 sã o iguais em magnitude, pois os condutores
estão colocados num campo magné tico de mesma intensidade e conduzem a mesma
corrente. Isto é verdade para as forças desenvolvidas por todos os condutores
que carregam a mesma corrente num campo magnético uniforme ; mas os torques
desenvolvidos, por definição, n ã o sã o os mesmos para cada um destes condutores.
f
\
Eixo de refer ência
ft \
\
/ \
/ \
\
t Bobina
O N
\ /
\ /
/
2
f
f2
h
Fig. 4 2 - — Torque útil para rotação.
lO torque não deve ser confundido com o trabalho. O primeiro é definido em função de uma
for ça f atuando num corpo e causando o seu movimento através de uma dist â ncia d . O
trabalho
realizado é o produto da componente da for ça f que atua na mesma direção na qual o corpo
se move ( para vencer a resist ê ncia ) pela dist â ncia d . Se h á uma força aplicada mas nã o resulta
movimento, nenhum trabalho é realizado. Inversamente, uma força pode existir num corpo ten
dendo a produzir rotação ( um torque) e, mesmo se o corpo não gira, o torque existe como produto
-
daquela for ça pela dist â ncia radial ao centro do eixo de rota ção.
TORQUE EM Má QUINAS DE CC
— MOTORES DE CC 109
ao eixo, n ós podemos ver que a componente ú til da força desenvolvida na Eq.
(1-8) é
/ = F sen 6 Ib ( 4- 1 )
onde F é a força em cada condutor, desenvolvida de acordo com a Eq. ( 1-8), e
9 é o complemento do â ngulo criado pela força desenvolvida no condutor e a força
/ útil tangencial à periferia da armadura ; e, assim, o torque desenvolvido por qual-
quer condutor, Tc , na superfície da armadura é
Tc = fr = ( F sen 6 )r lb-pé (4- 2a)
onde f é a força em libras [Eq . ( 4-1)] perpendicular a r , e r é a distâ ncia radial ao
eixo de rotação em pés.
Solução :
a. F B II 24.000 x 26 x 24
= x 1(T 7 lb = = 1,325 lb (1-8)
1,13 1,13 x 107
b. / = F sen 0 = 1,325 x sen 60° = 1,145 lb ( 4- 1 )
c. 1 pé
Tc = f r = 1,145 lb 9 pol x
12 pol = 0,858 lb- pé ( 4-2)
S N S
. -
Fig 4 3 — Necessidade da comuta ção
em motores CC.
Fig. 4-4 —Reversã o da corrente no
condutor requerida para produzir
rotação cont í nua.
110 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
©0© 0 0©
\©00©© ©0© /
\\©©0© 00 ©/
®®
\©©©
© ©©
©©© /
/ ®,
®
®® \
®Tov®
® X
X
X
X
X
. -
Fig 4 5 — Sentido da força, fluxo da corrente e fcem num motor comercial CC.
Estas considerações nos levam à simples relação :
fmed = F c X Z a (4- 2b)
onde Fmed é a força média total .tendendo a girar a armadura
Fc é a força média por condutor diretamente sob o pólo ( Eq. 1-18)
za é o n ú mero de condutores ativos da armadura.
Isto simplifica o cá lculo do torque total desenvolvido pela armadura , pois
T’med = L d X f = f cxZaxr -
(4 2c)
onde todos os termos foram definidos acima .
EXEMPLO A armadura de um motor de CC contém 700 condutores e tem um diâmetro
4 - 2 : de 24 polegadas e um comprimento axial de 34 polegadas. Se 70 % dos con-
dutores estão diretamente sob os pólos, com uma densidade de fluxo de 50.000
linhas por polegada quadrada e com uma corrente de 25 A, calcule :
a. A força total média, que tende a girar a armadura.
b. O torque da armadura em lb-pé.
TORQUE EM MáQUINAS DE CC
— MOTORES DE CC 111
Solução :
Da Eq. (4 2b): -
a. F med = Fe x N ú mero de condutores ativos =
50.000 x 25 x 34
U 3 x 107
“
Solução :
f
med — /
... mad.
f
=
1.500 lb pé
14 pol
-x 12
pe
^ = 1.285 lb (4-2c)
1 L K X 1,13 X 107
cond caminho B x 1 x Za
1.285 x 1,13 * 107
60.000 x 14 (120 x 6 x 0,72) = 33,4 A por caminho (1-8)
P
T = 0,1173 ZIa 4> x 10 8 lb-pé j- (4-3)
"
2
V. Problema 4-3 ao final do capí tulo.
.
112 MáQUINAS ELETRICAS E TRANSFORMADORES
EXEMPLO Um motor desenvolve um torque de 150 lb- pé e está sujeito a uma redu çã o de
-
4 4 : 10% no fluxo do tampo, que produz um acréscimo de 50% na corrente da
armadura . Ache o novo torque produzido como resultado desta variaçã o.
Solução:
t
<> K T
Condições originais 1,0 1,0 150 lb- pé
Novas condições 0,9 1,5 9
T = kct> Ia ( 4 - 4)
Solução :
110 - 105
c. SEc = '
110
x 100 = 4,53 %
x 100 = 71,5 %
Ec Va ~ iIaRa + BD ) -
(1 9)
e substituindo k ( f ) N por Ec da Eq. (4-5), e solucionando em função da velocidade
( N ) , resulta
N =
K - (IaRa + BD) -
(4 6)
k ({ )
onde todos os termos foram previamente definidos.
A Eq. (4-6) pode ser chamada equação fundamental da velocidade do motor CC ,
pois permite predizer rapidamente a performance de um motor de CC. Por exemplo,
se o fluxo polar é enfraquecido consideravelmente, o motor tende a disparar . Se
o denominador da Eq. (4-6) tende a zero, a velocidade se aproxima do infinito.
Do mesmo modo, se a corrente e o fluxo são mantidos constantes, enquanto a
tensão aplicada através da armadura é aumentada, a velocidade aumenta na mesma
proporção. Finalmente, se o fluxo polar e a tensão aplicada nos terminais da arma-
dura permanecem fixos, e a corrente da armadura aumenta por acréscimo de carga,
a velocidade do motor cairá numa mesma proporção com o decréscimo da fcem
-
[Eq. (4 5)].
Solução:
a. a plena carga
, 120 V
Ia = / - 1 = 40 A - 6on = 38 A ;
|
K — 38 A
—* 9 A;
N Er . 113,2
= N orig £ = 1.800 1.860 rpm (4-5)
orig 109,4 =
K=
N5/ 4
^38 A = 47,5 A ;
Ec = Va - ( IaRa + BD) = 120 - (47,5 x 0,2 + 3) = 107,5 V
= 1.800 •
107,5
109,4 =
1.765 rpm . -o »
Os resultados estão tabulados no Exemplo 4-8.
Solução :
120
Ia = 4 - I f = 66 - 50 = 63,6 A
Ec = K - ( A + BD)
' - 120 - (63,6 X 0,2 + 3) = 104,3 V
da Eq. (4-6)
N = 104.3
= 1.800 109.4 1 ,0
X
1,12 = 1.535 rpm (4-5)
= ( Va ~ Ec ) Ia OU
( IaRa ) Ia
la Ra = KL - EcIa
Isolando EJa , n ós temos
EI = VI 2
a a - Ia
Ra (4-7)
c a
O significado da Eq. (4-7) é de que, quando pot ê ncia elé trica, VaIa , é suprida
ao circuito da armadura do motor para produzir rotação, uma certa parcela da
pot ê ncia é dissipada nos vá rios componentes que constituem o circuito da resis-
tência da armadura ; esta dissipaçã o é denominada perda no cobre da armadura,
.
í\ Ra A potência remanescente, EcIa , é requerida pela armadura para produzir
o torque interno ou desenvolvido (conforme Fig. 12- 1 ) . A rela ção entre a pot ência
desenvolvida e a pot ê ncia suprida à armadura, EcIJVaIa , é a mesma que a relaçã o
EJVa. Assim, quanto maior a percentagem da fcem com relação à tensã o aplicada
a armadura , maior a eficiência do motor. Mais ainda, para uma dada corrente
de carga, é evidente que, quando a fcem for má xima, o motor desenvolverá a
máxima potência para aquele valor da corrente da armadura, Ia.
A ú ltima sentença traz alguma reflexã o, porque poderia parecer, a partir
da Eq. (4-5) ( Ec = K<f ) N ) que, para desenvolver o m á ximo valor possí vel da fcem,
9
Solução :
Exemplo / Ec N P / EJJ
4-6 a 38 109,4 1.800 4.160 W a plena carga
19 113,2 1.860 2.510 W a 1 /2 carga
47,5 107,5 1.765 5.110 W a 1 carga
4-7 63,6 104,3 1.535 6.640 W c/sobrecarga
Note-se pelo Exemplo 4-8 que uma pequena reduçã o na fcem resulta propor
cionalmente num aumento grande na corrente da armadura, com o resultado
-
de que a potê ncia desenvolvida aumenta à medida que a fcem , , diminui com
carga . Ec a
Sinal de
erro
JL_Gerador de
^= corrente
constante
Armadura Carga
Solução :
- BD
4 = Va Ra
120 - 2
— 590 A (fcem é nula)
0, 2
Percentagem a plena carga = 590 A x 100 = 786
75 A %
O Exemplo 4-9 serve para ilustrar o dano que pode ser feito a um motor,
a
menos que a corrente de partida seja limitada por meio de um dispositivo de par
tida. 3
-
A corrente no problema acima é excessiva , devido à falta de fcem no instante
de partida. À medida que se inicia a rotação, a fcem cresce proporcionalmen
te
ao aumento de velocidade. O que se requer, ent ã o, é um dispositivo, usualmente
um reostato cont í nuo ou com tapes, cujo pfopósito é limitar a corrente
durante
o per íodo de partida e cuja resistência pode ser progressivamente reduzida
à medida
1 que o motor adquire velocidade. Dado um resistor externo, , em sé
Rs
armadura , a Eq . (1-9) pode ser modificada para computar a corrente
rie com a
da armadura.
-(
K Va R Ec++R
BD)
(4-8)
a s<
onde todos os termos foram definidos anteriormente.
O valor do resistor de partida, na velocidade zero ou em qualquer outra velo
v cidade, pode ser calculado a partir da Eq. (4-8), como ilustrado no seguinte exemplo-
.
t
EXEMPLO Calcule os vá rios valores (tapes) da resistência de partida para limitar a corrente
i !
4-10 : no motor do Exemplo 4-9 para
a. Uma carga 150 % superior na partida ao valor nominal.
b. Uma fcem com 25 % do valor da tensão da armadura, , com uma corrente
} de 150 % do valor nominal.
Va
1
Solução :
«. = Va - Ec +
( BD)
- Ra [da Eq. (4-8)]
K
a. Na partida, Ec é zero ; Rs = K
- BD
K
120 - 2
- 0,2 = 1,05 - 0,2 = 0,85 ft
1,5 x 75
V - ( Ec + BD) 120 - 30 - 2
b. s =
* ~ Ra =
1,5 x 75
- 0,2 = 0,782 - 0,2 = 0,582 ft
K
120 - (60 + 2)
c. Rs = - 0,2 = 0,516 - 0,2 = 0,316 ft
1,5 x 75
i
!
d . Ec = Va - ( IaRa + BD) = 120 - [( 75 x 0, 2) + 2] 103 V -
Note-se que, no Exemplo 4-10, é requerido um valor progressivamente de-
crescente da resistê ncia de partida à medida que o motor desenvolve uma fcem
crescente devido à aceleraçã o. Este é o princí pio do dispositivo de partida usando
resistência na armadura do motor.
A maneira pela qual o dispositivo de partida é usado junto com os três tipos
I básicos de máquinas de CC, empregadas como motores, ê vista na Fig. 4-7. As
Resistor vari á vel de partida
4
3
If
—
1Ia
Reostato de
ajuste de
velocidade
vi o
4
3
2
v/ 2 \
Rs \
Va
i
\N . o
\
o
Campo-shunt
J — ooo
' Carga
t Carga
d
i ( a ) Dispositivo de partida de motor -shunt. (b ) Dispositivo de partida de motor-sé rie.
Rs M \\s
6 'TOTP — Carga
Kd
( c ) Dispositivo de partida de motor composto.
. -
Fig 4 7 —
Conexões esquemáticas de dispositivos
de partida de motores shunt, sé rie e compostos.
TORQUE EM Má QUINAS DE CC — MOTORES DE CC 121
técnicas apresentadas aqui para partida de motores são apenas diagramas esque-
máticos ; como se estabeleceu previamente, as formas comerciais de dispositivos
de partida manuais ou autom á ticos diferem um pouco destes.
Os motores shunt e compostos t ê m sua partida efetuada com excitação plena
de campo (ou seja, a tensão nominal de linha é aplicada através do circuito de campo)
para desenvolver o m á ximo torque de partida, ( T = k ( j) ) . Em todos os três
Ia
tipos de máquinas, a corrente de partida é limitada por um resistor de partida va-
riá vel , de elevada dissipaçã o, ligado em sé rie com a armadura . Na prá tica , a corrente
inicial de partida é geralmente limitada a um valor mais elevado que a corrente
nominal, como vimos no Exemplo 4-10, novamente para desenvolver um grande
torque de partida , particularmente no caso de grandes motores , que possuem
grande inércia e que custam a acelerar.
-
Com o braço de partida na posição 1 na Fig. 4 17a, a m á xima resistê ncia -série
limitará a corrente da armadura na partida em 150% do valor nominal. À medida
que o motor acelera lentamente, a armadura desenvolve fcem e a corrente da arma
dura decresce aproximadamente até o seu valor nominal. Se o braço de partida
-
fosse deixado na posição 1, a corrente da armadura cairia um pouco mais e a velo -
cidade se estabilizaria num valor bem abaixo da velocidade nominal. Para ace-
lerar o motor uma vez mais, será necessá rio mover o braço para a posição 2. Nova-
mente , há um pico na corrente da armadura e o motor aumenta sua velocidade.
Este processo é cont í nuo at é o motor alcan çar sua velocidade nominal, onde a
fcem nesta velocidade e fluxo é suficiente para limitar a corrente da armadura ,
sem necessidade de uma resist ência -sé rie na armadura.
Deve-se notar que todos os três tipos de motores, se efetuada a partida com
uma carga mecâ nica acoplada, como se vê na Fig. 4-7, acelerarão mais lentamente
do que sem carga. O motor -sé rie, ademais, nunca deverá partir e acelerar sem carga
acoplada à sua armadura ( V . Seç. 4-10) , apesar de que os motores shunt e compos-
tos podem ter a partida efetuada com ou sem carga mecâ nica.
4-9.2 MOTOR-SÉRIE
Se as bobinas do campo-shunt fossem removidas da m áquina CC considerada
acima e substitu ídas por um enrolamento de campo-série, a id êntica armadura
produziria a curva de torque vista na Fig. 4-8 para o motor-sé rie. No motor-sé rie,
a corrente da armadura e a corrente do campo-série são as mesmas ( ignorando-se
os efeitos de uma resist ência-shunt de controle), e o fluxo produzido pelo campo-
sé rie. </> , é em todo o instante proporcional à corrente da armadura , Ia. A equação
básica do torque para a opera çã o do motor -sé rie torna-se T = K" I a. Desde que
2
Sé rie
Composto
cumulativo
*0)
Shunt
9
-
Q
O
O
E
o
-O Composto
03
3
<7 diferencial
O
H
Corrente
nominal
de carga
0
Corrente da armadura ( A )
Fig 4 8 . - — Comparação das características torque-carga para
uma dada má quina CC.
I
1.
TORQUE EM MáQUINAS DE CC
— MOTORES DE CC 123
magnetização) , a relação entre o torque do motor sé rie
- e a corrente de carga é
exponencial, como se vê na Fig. 4-8. Pode-se notar que o torque
do motor-série
para cargas extremamente leves ( baixos valores de ) é menor do que
Ia
shunt , porque desenvolve menor fluxo. Para uma mesma
o do motor-
corrente na armadura
a plena carga , contudo, o seu torque é maior, como se evidencia pela compara
ção
das duas equações, respectivamente, vistas na Fig. 4-8.
EXEMPLO Um motor composto cumulativo está operando como motor shunt (campo
- -
-
4 11 : sé rie desligado) e desenvolve um torque de 160 lb pé quando a corrente
- da arma-
dura é (40 A e o fluxo polar é 1,6 x 106 linhas). Quando religado como motor
composto cumulativo para a mesma corrente, desenvolve um torque de
190
lb- pé. Calcule :
a. O aumento do fluxo devido ao campo-série, em percentagem.
b. O torque quando a carga do motor composto aumenta de 10 (admita
ração na porção linear da curva de saturação).
% ope-
Solução :
Os dados apresentados estão arranjados abaixo numa forma tabular, para melhor
compreensão.
Torque , Corrente da armadura Fluxo Polar
em lb-pé /a, em ampères (pf , em linhas
B
Original 160 140 1,6 x 106
Fluxo adicional 190 140
Torque final
0r
Tr 154 1,1 x 1,9 x 106
124 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Solução:
50 1,6
b. T = k ( f ) Ia = 90 lb-pé
25 1,0 = 288 lb-pé -
(4 4)
= K kxj
A equaçã o fundamental da velocidade, Eq. (4-6), em que N - lgRa
)
4-10.1 MOTOR-SHUNT
-
Suponhamos que o motor shunt da Fig. 4-7a atingiu a velocidade nominal
e está operando sem carga. Como o fluxo polar do motor (ignorando a reação
da armadura) pode ser considerado constante , a velocidade do motor pode ser
expressa em funçã o da equaçã o básica da velocidade
E
N= (4-6)
k' 4> f t
<> f
TORQUE EM Má QUINAS DE CC.
— MOTORES DE CC 125
Quando uma carga mecâ nica é aplicada ao eixo do motor , a fcem decresce
e a velocidade cai proporcionalmente. Mas, como a fcem desde a vazio é a plena
at
carga sofre uma variaçã o de 20 % (ou seja de 0,95 a 0,75 Va ) , a velocidade do
Va
motor é essencialmente constante, como se vê na Fig. 4-9 .
\
\
\ y Composto
\ / diferencial
\ /
E \
a
o
o
E
o Shunt
T3
a>
o
to
T3 Composto
8 cumulativo
0)
>
Série
Corrente
nominal
Corrente da armadura ( A )
. - —
Fig 4 9 Comparação da característica carga- velocidade
de uma m á quina CC.
4-10.2 MOTOR-SÉRIE
N =K
, K . /.(*. + jy
-
( 4-10)
4
A Eq . (4- 10) nos d á uma indicaçã o da caracter
-
ística carga velocidade de um
motor sé rie. Se uma carga mecâ nica relativamente pequena é aplicada
-
ao eixo
da armadura de um motor-série, a corrente da armadura
Ia é pequena, fazendo
com que o numerador da fraçã o na Eq . (4-10) seja grande e o denomin ador pequeno,
resultando numa elevada velocidade não usual. Sem carga , portanto , com pequena
corrente na armadura e pequeno fluxo polar, a velocidade é excessivamente
vada . Por esta razã o, o motor-sé rie é sempre operado acoplado ou engrenado-
ele
com uma carga , como em guindastes , elevadores ou serviço de tração em CC (trens
).
Com o aumento da carga, contudo, o numerador da fração na Eq. (4-10) diminui
mais rapidamente do que aumenta o denominador (o numerador decresce
na
126 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Comparando a Eq. (4- 12), para o motor composto cumulativo, com a equação
KE
N= para o motor -shunt , é evidente que, com o aumento da carga e da cor-
V
rente da armadura, o fluxo produzido pelo campo-série també m aumenta , en-
quanto a fcem decai. O denominador da equaçã o, portanto, cresce, enquanto
o numerador decresce proporcionalmente mais do que no motor-shunt . O resul-
tado é que a velocidade de um motor composto cumulativo cairá numa razã o mais
elevada do que a velocidade do motor-shunt com a aplicaçã o de carga , como se
vê na Fig. 4-9.
N=
KE K - URg + R,) (4-13)
tf h
-
. -
Fig 4 10
— Comparação das caracter ísticas de torque e velocidade-carga com
corrente nominal.
EXEMPLO Um motor composto de 10 HP, 230 V, 1.250 rpm tem uma resistência de arma-
4- 13 : dura de 0,25 ohm, um enrolamento combinado de compensação e interpolos com
resistência de 0,25 ohm e uma queda de tensã o nos contatos de escovas de 5 V.
A resistência do campo-série é 0,5 ohm e a resistência do campo-shunt é 230
ohms. Quando ligado como motor-shunt, a corrente de linha na situação nomi-
nal é 55 A e a corrente de linha a vazio é 4 A. A velocidade sem carga é
de 1.810 rpm. Desprezando a reação da armadura na tensão especificada, calcule :
a. A velocidade para carga nominal.
b. Potência interna em W e HP.
128 M á QUINAS ELé TRICAS E TRANSFORMADORES
Solução :
. — —
a - / = IL l f = 4 A 1 A = 3 A
—
Ec sem carga = Va ( Jai% + BD) = 230 - (3 x 0,5 + 5) = 223,5 V numa
velocidade de 1.810 rpm
Ec plena carga = Va - ( IaRa + BD) = 230 - (54 x 0,5 + 5) = 198 V
198 (4-5)
1.600 rpm
223,5 =
N = 1.810 x
EXEMPLO O motor do Exemplo 4-13 é religado como motor composto cumulativo longo.
4-14 : Para carga nominal (55 A), o enrolamento composto aumenta o fluxo polar em
25 %. Calcule :
a. A velocidade sem carga (4 A corrente de linha).
b. A velocidade a plena carga (55 A corrente de linha ).
c. Os torques internos a plena carga com e sem o campo-série. Use a Eq . (4-15).
d. A pot ência interna em HP do motor composto baseado no acréscimo de
fluxo citado acima.
e. Explique a diferença entre a potência interna e a potência nominal.
Solução :
a. Ec sem carga = Va - ( laRa + IaRs + BD) = -
( 4 8)
Solução :
N2 = N 1LL
Ê .
. x Èl
<t> 2
232
= 600 234 85
J * TÕÕ = 506 rpm
b. Ec 3 = Va - Ia ( Ra + RJ - BD = 250 - 40 (0,15) - 3 = 241 V para / „ = 40 A
JV 3 = Ní X —^ -1
= 600
241
x
85
= 1.260 rpm
03 234,3 40
= 234,5 V para
( « (
Ia = 100 A
*c3 = K - W + R J ~ BD = 250 - 40 (0, 125) - 3 -
= 242 V para Ia = 40 A
234,5 85 A
= 1.022 rpm
= 2.630 rpm
A
2
-
Observe se que uma redu çã o de 50 % na corrente do campo-sé rie resultou
num aumento brusco dos valores da velocidade de aproximadamente 200 sobre
os valores originais (computados sem o resistor de drenagem).
%
#
130 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
4- 11 . REGULAÇÃ O DE VELOCIDADE
Pelo exame das curvas da Fig. 4-10b, é evidente que os motores-shunt podem
ser classificados como motores de velocidade praticanfente constante, cuja regu-
laçã o de velocidade é boa ( pequena percentagem). A regulaçã o de velocidade
do motor composto é mais pobre do que a do motor-shunt, e sua regulaçã o de
velocidade é maior em percentagem. A regulação de velocidade do motor série
é extremamente pobre ( pois ele possui uma velocidade infinita para situação sem
-
-
carga). Os motores série e compostos cumulativos são considerados motores
de velocidade variá vel. ( V. Seç. 12-20.) O motor composto diferencial possui
uma regulaçã o de velocidade negativa , que pode sempre ser associada a uma insta-
bilidade de carga.
Solu ção :
Para trocar o sentido de rota çã o de qualquer motor CC, é necessá rio inverter
o sentido da corrente através da armadura com relaçã o ao sentido do campo mag-
nético. Para o motor-shunt ou série, isto é feito simplesmente pela inversã o do
circuito da armadura com relaçã o ao circuito de campo ou vice versa. A inversão -
em ambos os circuitos manterá o mesmo sentido de rota ção.
Pode parecer que, desde que o circuito de campo carrega uma corrente menor
que o circuito da armadura , o primeiro seria o escolhido para a inversão. Contudo,
ao projetar dispositivos autom á ticos de partida e equipamento de controle, o
circuito da armadura é o usualmente escolhido para a inversã o, porque : (1) o
campo é um circuito altamente indutivo ( V. Fig. 2-7), e inversões frequentes pro-
duzem elevadas fem induzidas e desgaste dos contatos das chaves que servem para
executar a inversã o no circuito de campo ; ( 2) se o campo-shunt é invertido, o campo-
sé rie també m o deve ser, ou um motor composto cumulativo tornar-se-á um motor
composto diferencial ; ( 3) as conexões do circuito da armadura estã o normalmente
abertas para fins dinâ micos, de regeneração ou de ligaçã o de frenagem, e, como
estas conexões sã o normalmente dispon í veis , elas podem ser usadas para a inversão ;
e ( 4) se a chave de inversã o está defeituosa e o circuito de campo nã o é fechado,
o motor pode “disparar ” .
No caso de motores . compostos, contudo, a inversã o apenas das conexõea
da armadura provoca a inversã o do sentido de rotaçã o tanto para as ligações lon
gas como curtas, como se vê na Fig. 4-11, sem mudar o sentido da corrente nos
-
enrolamentos de campo.
Pelas razões acima , portanto, a troca do sentido de rotação implica apenas
na inversã o das conexões da armadura , como se vê nas Figs. 4-1 la e b.
Campo-sé rie
CW Desl . CCW
+
\[ \Campo-série
A
Campo - Campo -
-o
shunt r
1
\ shunt I A
Chave de inversão
CW Desl. CCW
( a ) Conexão shunt-curta . ( b ) Conex ão shunt -longa .
-
4 14. EFEITO DA REAÇÃ O DA ARMADURA NA REGUL
AÇÃO
DE VELOCIDADE DE TODOS OS MOTORES CC
í
i
BIBLIOGRAFIA
QUESTÕ ES
4- 12. Um motor-shunt , 50 HP, 230 V possui uma queda nas escovas de 5 V e uma resistência
na armadura de 0,05 Q . A resistência do circuito de campo é de 115 íl. Sem a carga,
o motor absorve 12 A numa velocidade de 1.300 rpm . Calcule :
a. Velocidade do motor com corrente de linha nominal (V. Apêndice
e corrija a corrente de linha de acordo) .
b. Velocidade do motor com uma corrente de armadura igual à
c. Regulação da velocidade.
—
137
d . Os HP internos desenvolvidos pela armadura para cargas de 20 e 45 A , respectivamente.
Tabela A-3
metade da nominal .
d. Potência mecâ nica desenvolvida pela armadura com carga nominal
e HP nominais
na sa ída .
e. Compare os HP computados a plena carga com os HP nominais (50
HP) e considere
as diferenças.
4- 13. Usando os HP desenvolvidos a plena carga e computados no Problema 4- 12, calcule :
a. O torque desenvolvido em Ib - pé.
b. Os HP e torque a meia carga, usando quaisquer dados do Problema 4
c. Os HP e torque na situação a vazio, usando quaisquer dados do Problema
- 12.
4-12.
d. Tabule os seguintes parâ metros para as condições de plena carga, metade
de carga
e a vazio : velocidade, HP e torque desenvolvido pela armadura . Leve em consi
deração diferenças na variação entre estes parâ metros.
-
4-14. Um motor-shunt tem resistência de campo-shunt de 600 Q, resistê ncia do circuito da
armadura de 0, 1 Q e queda de tensão nas escovas de 5 V. Os valores nominais de placa
do motor sã o 600 V, 1.200 rpm, 100 HP ; a eficiência a plena carga é de 90 . Para
estes valores nominais, calcule :
%
a. Corrente de linha do motor.
b. Corrente de linha do motor a partir dos dados do Apêndice-Tabela 4 3. Considere
as diferenças.
-
''p. Ache a corrente de campo e de armadura
usando a corrente de linha computada em (a).
d. A fcem na velocidade nominal.
e. Potê ncia interna e torque interno desenvolvidos .
f. Torque de sa í da .
g. Relaçã o entre o torque de sa í da e o interno (compare com a eficiência
e considere
as diferenças).
-
4 15. Calcule a velocidade do motor para metade dos HP nominais de saída, se a eficiência
no Problema 4- 14 é 85% nesta situação.
-
4 16. Um motor-série de 10 HP, 240 V, tem uma corrente de linha de 38
A e uma velocidade
nominal de 600 rpm . O circuito da armadura e a resistência do campo série , respectiva
mente, são 0,4 e 0, 2 O. A queda de tensão nas escovas é 5 V . Presuma que
- -
o motor
está operando na porção linear da sua curva de saturação com corrente da armadura
menor que a nominal . Calcule :
a. Velocidade quando a corrente de carga cai para 20 A , para metade da carga
nominal.
b. A velocidade a vazio quando a corrente de linha é 1 A .
c. A velocidade para carga nominal de 150% quando a corrente de linha é 60 A
e o fluxo
do campo-sé rie é 125% do fluxo a plena carga devido à saturaçã o .
-
4 17. Repita o Problema 4-6 usando um resistor de drenagem de 0,2 fi em paralelo
com o
campo-sé rie. Tabule os resultados dos Problemas 4-16 e 4-17 para uma referência
rá pida e comparação com e sem resistor de drenagem , a vazio, a 50 , 100 e
% % 150%
da carga nominal. Considere os efeitos do resistor. (Primeiro compute a velocidade
a plena carga, usando o resistor de drenagem . )
-
4 18. Um motor-sé rie 15 HP, 240 V , 500 rpm desenvolve um
torque interno de 170 I b - pé
para uma corrente nominal de 55 A na velocidade nominal. Considere a curva de sa
-
138 Má QUINAS EL éTRICAS E TRANSFORMADORES
turação como uma linha reta para correntes abaixo da carga nominal e calcule os torques
internos quando a corrente da armadura cai para
a. 40 A
b. 25 A
c. 10 A
d . Calcule o torque interno para 125% da carga nominal se o aumento na corrente
da armadura causa um acréscimo de 60% no fluxo do campo-sé rie.
-
4 19. Dadas as seguintes medidas, para o motor do Problema 4-18 : resistência da armadura
0,25 n, resistê ncia do campo-sé rie 0, 1 Q, queda de tensão nas escovas 3V. Calcule
para cada um dos valores de carga dados no Problema 4-18 :
a. A velocidade do motor (para cada carga).
b. HP internos desenvolvidos para cada carga.
c. Para correntes de carga de 10, 25, 40, 55 e 68, 75 A, tabule numa forma sumá ria o
torque interno, a velocidade e os HP internos computados nos Problemas 4-18 e
4-19.
d. Como HP é o produto de torque e velocidade, explique por que os HP de sa ída e
os HP desenvolvidos internamente aumentam com o acréscimo da corrente de carga,
a despeito das elevadas velocidades a vazio e com cargas leves.
e. Explique a discrepâ ncia entre HP desenvolvidos internamente para carga nominal
e os HP nominais de sa ída (15 HP).
- -
4 20. Um motor shunt CC de 10 HP, 1.800 rpm, 120 V possui uma resistência no circuito
da armadura de 0,05 Q e uma resistência no circuito de campo-shunt de 60 O. A queda
de tensão nas escovas é 2 V. Calcule :
a . A corrente de linha se o motor fosse conectado diretamente através de uma fonte
de 120 V sem a proteção de resistência de partida na armadura.
b. A resistê ncia do resistor de partida que limitará a corrente a uma sobrecarga de
50% da corrente da armadura do motor (Apêndice-Tabela A-3) no instante de par-
tida ( fcem nula ).
c. A fcem para plena carga .
d. Três tapes do resistor de partida, se cada passo deve ser limitado a 1 /4, 1/2 e 3/4
da fcem e velocidade a plena carga, respectivamente (suponha que cada passo na
corrente da armadura aumenta até um má ximo de 1,5 vezes a corrente nominal
e deve ser limitado àquele valor pelo resistor).
e. A velocidade para cada um dos valores acima .
f. Tabule os saltos de resistência contra velocidade de aceleração, desde zero até a
carga nominal computada acima .
4-21 . Um motor-sé rie CC 25 HP, 600 rpm, 240 V, possui uma corrente de linha nominal de
89 A, resistência de armadura de 0,08 Q, resistê ncia de campo-sé rie de 0,02 Q e queda
de tensão nas escovas de 4 V. Deseja-se que o torque de partida do motor seja 225%
do torque nominal . Calcule :
a . A resistência do primeiro passo do resistor de aceleração ( presumindo uma curva
de saturação linear, na qual o fluxo do campo-sé rie é proporcional à corrente do
campo-sé rie).
b. A velocidade nominal do motor, se a resistência de partida (computada acima )
é inserida em sé rie com a armadura quando o motor está girando.
TORQUE EM Má QUINAS DE CC MOTORES DE CC 139
RESPOSTAS
I - -
4 1(a ) 5,18 1 b/condutor ( b) 3111 b (c) 233 1 b- pé 4 2(a ) 3.140 condutores ( ) 15,
b 05 lb (c)
-
4.680 lb (d)2.730 Ib- pé 4-3 2.400 lb pé 4-5 2.740 lb-pé 4-6 1.500 lb pé 4 7(a) 84,5
( b) 28 , 17 lb- pé 4-8( a ) 207 V ( b) 8.280 W (c) 11 , 1 HP 4-9( a ) 50 A ( )
- - lb-pé
b 5 V 4- 10(a ) 111 ,8 V
( b) 111 ,9 V ( c) 111 ,9 V 4- 11(a ) 212 V ( b) 207 V (c) 1.020 rpm ( ) ,
d 5 675 HP 12,48 HP
4-12 ( a) 1.250 rpm ( b ) 1.275 rpm ( c) 4 % ( d ) 51,6 HP 4-13(a) 216,2 lb pé ( b) 26,
(c) 3,01 HP 12,2 lb-pé 4-14(a) 138 A í b) 136,5A íc) 137 A (d ) 581, V ( )
- 4 HP 109 lb- pé
-
3 e 466 lb pé (0437,5 lb- pé
(g) 0,9 4-15 1.191 rpm 4-16(a ) 1.200 rpm ( b) 25,185 rpm (c) 450 rpm 4 (
( b) 50.400 rpm ( c) 735 rpm 4-18( a ) 90 lb- pé ( b) 35,2 lb- pé ( )
- 17 a ) 2.420 rpm
c 5,62 lb- pé ( d ) 244 lb- pé 4-19( a )
705, 1.152, 2.720 e 432 rpm ( b) 16,2, 12,1, 7,73, 2,91, 20,1 lb pé 4-20(a ) 2.402 A ( b ) 1,012
- 0
(c) 114,3 V (d) 0,756 O, 0,498 O, 0,141 O (e) 4,50, 900 e 1.350 rpm
4-21( a ) 1,665 O ( b) 209 rpm.
CINCO
reação da armadura e
comutação nas
máquinas elétricas
5-1. GENERALIDADES
-.
5 2 CAMPO MAGN ÉTICO PRODUZIDO
PELA CORRENTE DA ARMADURA
Zona interpolar
/ ( neutro magnético )
(D
(8 )
(§ >
(D
N S <D
(D
(§ >
4>
( a ) Fmm produzida pelos condutores (b ) Núcleo de ferro
da armadura com corrente. equivalente dó
eletromagneto.
.
Fig 5-1 — Fluxo na armadura de máquinas universais.
2
A ú nica exceçã o a este princí pio, estranhamente suficiente, e o primeiro gerador descoberto por
Faraday, a má quina homopolar ( V. nota de rodapé, Seç. 1 11), e os geradores MHD ( magneto- hidro-
-
dinâ micos) baseados neste princí pio (Seç. 11-4).
142 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
polaridade oposta sob um pólo oposto. O efeito resultante das fmm individuais é a
produçã o de um fluxo resultante na armadura no sentido mostrado na figura.
O fluxo da armadura é análogo ao produzido no magneto de n úcleo de ferro equi-
valente, mostrado na Fig. 5-16, e o sentido do campo magné tico est á em acordo
com a regra de saca-rolhas, da mão direita.
O fluxo resultante na armadura produzido na Figura 5- la cai na assim chamada
zona interpolar ou neutro magnético , entre os pólos, perpendicular ao fluxo polar
principal. Se os pólos de campo da Fig. 5- la são girados no sentido horá rio, o
neutro magnético desloca-se no sentido dos ponteiros do relógio de um mesmo
grau , já que, por definiçã o, ele é sempre perpendicular ao campo magnético.
Há, naturalmente, duas fmm prim á rias e dois fluxos operando na m á quina
mostrada na Fig . 5- la. 3 Um é o fluxo da armadura, discutido acima , e o outro
é o fluxo de campo ou polar produzido pelos enrolamentos de campo em torno
dos pó los N e S da m á quina bipolar. A interação dos dois fluxos é mostrada na
Fig. 5-2a. O fluxo da armadura é mostrado na Fig. 5-2a com seu fasor do campo
magnético resultante, produzido pela fmm da armadura ( NaIa ) O fluxo de
campo principal é mostrado na Fig. 5- 2 b com seu fasor ( j> , produzido pela fmm
.
f
polar ( N f I f ) . A soma fasorial das duas fmm é mostrada na Fig. 5-2c com um
fluxo resultante, </> r. Note-se que nesta figura, o fluxo de campo que entra na arma-
N S N cJ /
' Neutro
magn ético
' ( carga )
*f
dura n ã o est á apenas deslocado , mas també m torcido . O deslocamento fez com
que o neutro magnético fosse deslocado no sentido horário ( mas ainda perpen-
dicular ao fluxo polar resultante). A distorção mostrada na Fig. 5- 2c produziu
concentração do fluxo (aumento da densidade do fluxo) numa extremidade do
pólo e uma reduçã o do fluxo (decréscimo da densidade do fluxo) na outra extre-
midade do mesmo pólo.
3
Isto resulta do conceito de que praticamente todas as máquinas elétricas sã o duplamente ex -
citadas, que diferem apenas na natureza de sua excitaçã o.
REAçãO DA ARMADURA E COMUTAçãO NAS Má QUINAS ELéTRICAS 143
O diagrama fasorial da Fig. 5-2c pode dar a impressã o de que o fluxo resul-
tante, 0 r , é agora maior do que o fluxo original de campo, </> ,., tendo sido aumen
tado peio iluxo perpendicular da armadura , ( f> . Isto n ã o e verdade, contudo,
-
a
devido ao efeito de saturaçã o de uma das extremidades de cada pólo. Presumindo
que os pólos fossem normalmente saturados, o efeito do deslocamento da linha
neutra (neutro magn ético) é de criar um caminho de maior relutâ ncia ao fluxo
tf . resultante ( j>r , e de aumentar a saturação de parte de cada pólo. O efeito resultante
í; da reaçã o da armadura é, portanto, duplo: ( 1) uma distorção do fluxo de campo
principal, no qual o fluxo m ú tuo no entreferro nã o é mais uniformemente distri
buído sob os pólos e o plano neutro está deslocada ; e ( 2) uma redução do fluxo
-
principal de campo. 4
Uma máquina multipolar universal é mostrada na Fig. 5-3, onde os condu-
-
tores da armadura são mostrados movendo se com respeito ao campo magnético,
ou vice-versa. A direção da corrente nos condutores da armadura apresentados
é a mesma da Fig. 5-1 . A Fig. 5-3a mostra a distribuição do fluxo produzido pelo
fluxo polar ( f> f sob os pólos N e S, respectivamente. O fluxo da armadura, < > ,
produzido pelos condutores da armadura que carregam corrente é mostrado na
/a
Fig. 5-3b. Note-se que o fluxo da armadura é um m á ximo nos planos da linha
magnética neutra e que este m á ximo é deslocado do fluxo polar de 90 . Por esta
°
razão, o fluxo da armadura é, algumas vezes, chamado de fluxo em quadratura
Linha neutra
, 5
l J "
Linha neutra
1
Aí x
i
0 0 0 0 0 U 0 0 0 ® © O 0 0 0 0 0 u®
x
( a ) Distribuição do fluxo
do entreferro
mú tuo
. -
[ Fig 5 2 ( b ) 1.
* f
I ( b)
0 0 0 0 0 0 3 ® 00® ® Distribui ção do fluxo da armadura
„
^ Ç 00 0 0 0O®
^ . -
produzido pela carga [ Fig 5 2 (a ) ].
Linha neutra
: com carga
O 0r0 0 0 0 O $ © 0 0 0 O 0
* x 0 0O© ( c ) Distribui ção do fluxo resultante
Linha neutra
. -
no entreferro [ Fig 5 2 ( c ) 1 .
com carga
&
4
A redução no fluxo polar é responsável, em parte, pela queda de tensão de um gerador
-
(Seç. 3 13) com o aumento de carga, e pelo aumento da velocidade de um motor (Seç. 4-14) com
o aumento de carga .
144 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
salmente o fluxo polar . A soma grá fica das duas formas de onda é mostrada na
Fig. 5- 3c , onde a distorção da forma de onda do campo resultante é evidente . A
aparência da onda (quase) quadrada da distribuição de fluxo principal de campo,
mostrada na Fig . 5- 3a, foi distorcida pela aparência de onda (quase) triangular
do fluxo da armadura para produzir uma distribuição de fluxo que não é mais
uniforme sob os pólos. Ao contrário , tende a se amontoar no lado direito de cada
pólo . Como este aumento da saturação ou da densidade de fluxo no lado direito
de cada pólo é produzido apenas pelo sentido da corrente da armadura , é inde-
pendente : ( 1 ) do sentido de rotação , (2) quer a máquina seja um motor ou um
gerador, e ( 3) quer a máquina seja CA ou CC.
Uma análise harm ónica 6 das formas de onda deveria também indicar uma
redução ou efeito subtrativo mesmo, produzido pelo fluxo da armadura sobre
o fluxo principal de campo, ignorando os efeitos de saturação. Esta mesma forma
de onda do fluxo resultante, </>r, pode ser demonstrada no laboratório, usando
5
Os estudantes ocasionalmente levantam a seguinte questã o, particularmente com relação às
máquinas CA (se bem que se aplique igualmente às máquinas de CC): “Se flui CA na armadura,
por que não existe qualquer ação transformadora desenvolvida , especialmente em vista dos circuitos
de ferro fechados tanto da armadura como do campo ?”
A resposta a esta pergunta é uma verificação da relação de quadratura entre os campos do
estator e do rotor. O mero fato de que estes campos estão em quadratura no espaço implica
em pouco ou nenhum acoplamento entre os circuitos de campo e armadura quando circula CA
num deles ou em ambos. Com efeito, não há fluxo m ú tuo e isto se verifica continuadamente na
operação real da máquina. Se, de fato, existisse acoplamento entre os dois circuitos ( V . Transfor -
madores, Cap. 13), cada vez que ocorresse uma variação na corrente da armadura de um gerador
ou de um motor CC devida à carga, ela produziria uma variaçã o na corrente do circuito de campo.
Isto não ocorre, quer nas má quinas CC quer nas m á quinas s í ncronas CA. Ocorre , contudo, nas
máquinas assí ncronas monofásicas e polifásicas ( tipo de indução), pela simples razã o de que os fluxos
do rotor e do estator não estão em quadratura. E é precisamente por esta raz ã o que a teoria dos
transformadores é, às vezes, empregada na explicação da operaçã o de motores monofásicos e poli-
fásicos ( V. Caps. 9 e 10).
6
Uma an á lise harmónica completa está al ém do objetivo deste texto. Para nossos propósitos
aqui, pode-se admitir que a curva de ( j) f é uma onda quadrada e aquela de tf )a é uma onda trian-
gular, deslocada de 90° com relação à onda quadrada. A equação para 4> f é da forma de uma onda qua -
.
j* drada
óm Óm
r ôJr
— <á m sen ot H
T
3
— sen 3 tot H
T
5
— sen 5 cot , etc.
1 t
<>a ~ </> m sen ( cur -I- 90°)
ó
’m sen (3 cot + 90°) -
Ó
f m
sen ( 5 tot + 90°), et''
>
\ Como ambas as formas de onda cont êm apenas harm ó nicas í mpares, a forma de onda resul -
tante deve conter harm ónicas í mpares. O fato de que a onda resultante exibe uma “ imagem espelho”
simétrica indica a ausência de harm ónicas pares. O fato de que a forma de onda resultante n ão
exibe simetria ao longo do eixo Z é uma indicação da presen ça de harmó nicas í mpares n ão maio -
íil res do que 0 ou 180° com relação à fundamental (obviamente, devido ao deslocamento de 90° do fluxo
!!! da armadura com relação ao fluxo polar ). Como os termos harmó nicos negativos em <fia são subtra í dos
dos termos harm ó nicos positivos de tfif , o fluxo resultante, tf )r , é diminu ído.
:
;
REA çãO DA ARMADURA E COMUTA çã O NAS M á QUINAS ELéTRICAS
' 45
um gerador especial contendo uma bobina exploradora na armadura, cujos ter-
w
{
minais tenham sido levados a anéis coletores. A natureza da tensã o induzida nesta
bobina sob carga pode ser vista num osciloscó pio. Medidas de laboratório indicam
jr que a redução no fluxo m ú tuo total no entreferro é aproximadamente de um a
i cinco por cento, desde a vazio até a plena carga, como resultado da reaçã o da arma-
% dura.
:
'
#
&
I-
-
5 4. DESLOCAMENTO DA LINHA NEUTRA EM
GERADORES COM RELAÇÃO A MOTORES
f *
ií
- O deslocamento da linha neutra com carga, como mostra a Fig. 5-3c, a partir
.-
V
I
da linha neutra original mostrada nas Figs. 5-1, 5-2 e 5- 3a e b, pode ter um sério
5ji
efeito na operaçã o de geradores CC e motores CC. No caso de um gerador de CC,
í
por exemplo, a bobina cujos condutores sã o marcados x-x está originalmente na
linha neutra (Fig. 5-3) e, assim, não está sofrendo variação no fluxo concatenado.
1
lí- Como resultado, esta bobina está normalmente sendo curto circuitada pelas es-
covas. Na Fig. 5-3c, contudo, se as escovas permanecem na linha neutra original,
-
a bobina que está sendo comutada (curto-circuitada ) está sofrendo a maior varia -
çã o no fluxo concatenado em comparaçã o com qualquer outra bobina sob o pólo.
Se os condutores cortam o fluxo enquanto estão sendo curto-circuitados pelas
escovas, a tensão induzida nos condutores pode ser suficiente para produzir uma
corrente circulante intensa e centelhamento nas escovas, cada vez que uma nova
bobina vem tomar o lugar da bobina x-x. Além disso, desde que as escovas de
um gerador CC foram colocadas [Seç. 2-11, Fig. 2-9a] num ponto de mí nimo fluxo
na bobina , mas má ximo caminho para a tensã o, é ó bvio que elas devem ser deslo-
cadas ( para nova linha neutra, para obter má xima tensão); mas em que sentido?
Desde que o sentido de rotaçã o n ão foi indicado na discussã o acima , surge a ques-
tã o de quanto as escovas devem ser deslocadas para um motor ou um gerador,
em função do sentido de rotação.
í
Um gerador CC é representado na Fig. 5-4a, no qual os condutores da arma-
dura giram no sentido horá rio devido à máquina prim á ria. Usando a regra da mão
l
direita, o sentido da fem induzida nos condutores da armadura é como se mostra.
!- Linha neutra com carga Linha neutra com carga
y /
/
/ \
í t£,
V
/
'
*1 \
N s N
f
/ \
/ Rotação no sentido \
/ hor á rio da armadura \
\
( a ) Linha neutra do gerador CC com carga . ( b ) Linha neutra do motor com carga .
Fig. 5-4 — Comparação do deslocamento da linha neutra com carga para gerador e motor,
mesma direçã o de rotação.
í
1
i
:
í-
146 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
-
5 5. COMPENSAÇÃO PARA A REAÇÃO DA
ARMADURA EM M ÁQUINAS DE CC
1
I
s
1
Ç
REAçãO DA ARMADURA E COMUTAçãO NAS MáQUINAS ELéTRICAS 147
2C ]1
N S 2 2C 31
V \
•v Ó
M3
ZpIt = ZJ
a a
a -
(5 1 )
onde Zp é o n ú mero de condutores de face polar em cada pó lo
é o n ú mero de condutores ativos da armadura sob cada pólo
a é o n ú mero de caminhos em paralelo na armadura
Ix é a corrente total ou de carga que entra na armadura
Ia é a corrente que cada condutor da armadura carrega .
Solucionando a equa çã o acima para Zp, o n ú mero de condutores de face
polar, por pólo, obtemos
_
Z = A
a -
(5 2)
Pólo de comutação
Fluxo de corrente
Condutores no enrolamento
da face polar de compensação
Condutores - Sentido
da armadura de
rotação
Fmm concatenada
Z 56
_
Zp x 1.000 A = 56 condutores x 1.000 A/10 caminhos
= 5,6 ou 6 condutores por pólo
Usando a Eq. 5-2, em lugar da Eq. (5-1) :
z> = -; - — = 6 condutores por
-
pólo
=
Solução :
si mesmo, o qual n ós nâo consideraremos. Como se mostra na Fig. 5-7 para todas
as m á quinas , os condutores da armadura sob um dado pólo terã o um sentido
particular de corrente ; e, à medida que os condutores movem-se sob um pólo
oposto , o sentido da corrente é invertido. Todas as má quinas CC, bem como
algumas máquinas CA , sã o equipadas com comutadores. O propósito do comu-
tador e suas escovas associadas é : (1 ) no caso de um gerador, mudar a corrente
alternada gerada para corrente contí nua externa ; ou, no caso de um motor, mudar
a corrente contí nua externa aplicada em corrente alternada, à medida que os con-
dutores se movem alternativamente sob pólos opostos ( para produzir rotação
no mesmo sentido) ; e ( 2) para permitir a transferência de corrente entre uma
armadura mó vel e escovas estacionárias.
A transferê ncia de corrente entre as bobinas, as barras do comutador e uma
escova é mostrada na Fig. 5-8 para um gerador CC. Este gerador CC particular
tem um enrolamento da armadura que produz dois caminhos [ou seja, um enro-
lamento imbricado simplex com dois pó los, ou um ondulado simplex com qual-
quer n ú mero par de pólos ; V. Eqs. ( 2-4) e ( 2-5)]. As bobinas conectadas em série
do caminho 1 e do caminho 2 carregam a fem induzida e a corrente solicitada pela
\ Barras do comutador
VY /
b d Sentido de
rotação
WUIUiUJUJUJWUJUJUUU
Caminho 2 **
Caminho t
Bobina x Bobina y
Fig. 5 8
- — Caminhos da corrente num gerador CC.
carga para a escova positiva. Assim , as bobinas do caminho 2 carregam corrente
que entra pela escova positiva na barra b do comutador, e as bobinas do caminho I
carregam corrente no sentido oposto, que entra pela escova positiva na barra c
do comutador . Como o desenho da Fig. 5-8 representa um processo din â mico,
é francamente evidente que, durante um curto intervalo de tempo, uma dada bobina
no caminho 2 carregando corrente num dado sentido (depois experimentando
comutação e passando pela escova), torna-se uma bobina especí fica conectada
em sé rie no caminho 1, carregando corrente no sentido oposto.
Vamos considerar o processo de comutaçã o quando afeta uma bobina parti-
> cular, bobina x, localizada no caminho 2, como se mostra na Fig. 5-8, que está
ú
sujeita a comuta çã o. A bobina .v na Fig. 5 -8 esta conectada à s barras do comutador
a Q b carregando toda a fem induzida no caminho e a corrente de a para b , í .
a b
_
A Fig. 5-9 é uma descrição grá fica incremental da bobina x experimentando
comuta ção, e as variações da fem em cada instante de tempo sã o descritas abaixo :
Instante t 2 : A bobina x, cujos lados est ão ainda experimentando alguma variaçã o no fluxo
-
( Fig. 5 9b) concatenado nas extremidades ( precedentes) de um pólo N e S, respectivamente,
está sendo parcialmente curto-circuitada pela escova positiva, que provoca uma
corrente circulante através da escova, barras a e b, e bobina x no sentido mostrado.
A corrente vinda do caminho 2 começa a entrar na escova através da barra a,
reduzindo a corrente do caminho na bobina x, como se mostra na Fig. 5-10.
\
\ A+
L 0 b c b
IcI\ b
I c 11
Caminho 2
yUJVcami -
* nho 1
Cami
nho 2
- *
\ Cami
nho 1
- Cami
nho 2
- x Caminho 1
( a ) Instante |
t . ( b) Instante t2 . (c) Instante t 3.
\
c a
vv o c
L 0 5 c J b
Caminho 2
yUAcami .
x nho 1
Cami
nho 2
- x
Cami -
nho 1
Cami
nho 2
IJLHJJ Caminho 1
X
Corrente na bobina lg
i
^
4 f5 r6 Tempo de comutação
- -fÍ
4 44
*2 3
Corrente na bobina l .a
^
Fig. 5 10 - — Inversão do sentido da corrente em qualquer
bobina sob comutação.
Instante t 3 : A bobina x está sendo agora completamente curto-circuitada pela escova posi-
!
(Fig. 5-9c) tiva. Devido ao curto-circuito no instante prévio, ela está ainda carregando
alguma corrente (pois, de acordo com a lei de Lenz, é produzida uma fem de
auto-indução que se opõe ao declínio da corrente na bobina), de acordo com a
queda exponencial de corrente num circuito contendo resistência e indutância.
A corrente que flui, portanto, tem ainda o mesmo sentido (mantido pela fem de
auto-indução).
Instante A corrente proveniente do caminho 2 está agora fluindo para a escova positiva
(Fig. 5-9d ) através da barra o, ea corrente provinda do caminho 1 está fluindo para a escova
positiva através da barra b. As fem dos caminhos são iguais e opostas na bobina
REA çãO DA ARMADURA E COMUTA çã O NAS MáQUINAS ELéTRICAS 153
Instante t 5 : A resistência bastante elevada entre a barra b e a escova causará o fluxo de uma
( Fig. 5-9e) corrente, do caminho 1, através da bobina x e barra a até a escova positiva. Como
a escova está ainda curto-circuitando as barras a e b, uma pequena corrente
circulante será estabelecida na bobina x no sentido oposto, como se mostra
na Fig. 5-9e e se indica na Fig. 5-10 no tempo í5. Note-se que previamente a
corrente na bobina x tinha sentido contrá rio ao dos ponteiros de um relógio,
e agora a corrente de curto-circuito tem o sentido horário, ou seja, / b a
-
-
Instante t 6: A bobina x está agora carregando toda a corrente do caminho 1, / b á> no sentido
- —
(Fig. 5 9f ) - -
oposto, como se mostra nas Fig. 5 9f e Fig. 5 10, e continuará assim até que al -
cance uma escova negativa. Na escova negativa, o mesmo processo é repetido,
exceto que a corrente entra no comutador em vez de deixá-lo.
1. Foi criada uma fem de auto-indu ção que se opõe à sú bita inversão de corrente na bobina,
mostrada na Fig. 5-10. Uma vez que cada uma e qualquer bobina entra em comuta -
ção consecutiva e continuamente, esta tensão constante é chamada tensão de reatância,
porque ela “reage” contra a inversão da corrente em cada bobina que está em comutação.
2. É uma corrente potencialmente elevada de curto-circuito desenvolvida devido à tensão
existente nos lados da bobina que está sendo comutada durante os periodos t 2 a t 4,
quando as resistências dos caminhos do curto-circuito são as mais baixas.
de onda vista na Fig. 5-3b pode ser deslocada para a direita ou para a esquerda
com rela çã o ao fluxo m ú tuo no entreferro mostrado na Fig. 5- 3a .
A maneira pela qual vá rias condições do fator de pot ê ncia da carga . afetam
a m á quina CA pode ser determinada pela relaçã o de fase entre a fem induzida
e a corrente que flui nos condutores da armadura, como se mostra na Fig. 5-11.
Os quatro conjuntos de condutores, que permanecem sob os campos polares, repre-
sentam , com efeito, a faixa de condições que pode ocorrer num ú nico conjunto
de condutores da armadura (apresentados na Fig. 5- 3) por causa da rea çã o da
armadura . O primeiro conjunto de condutores da armadura, mostrado na Fig.
5-11, representa a fem induzida nos condutores da armadura , como resultado do
movimento relativo entre os pólos e a armadura de uma máquina CA. Esta fem
pode ser ou a fem induzida Eg de um alternador CA , que produz a tensã o terminal,
ou a fcem ( £c ) de um motor sí ncrono CA, que, em parte, serve para limitar a corrente
da armadura , retirada da rede de alimentação, para produzir a a ção motora . Esta
fem induzida n ã o é diferente da mostrada na Fig. 5-3 para a má quina universal
e na Fig. 5-7 para a máquina CC. O fator de potência ( para propósitos desta dis-
cussã o ) ser á definido como a relaçã o de fase entre fem induzida nos condutores
da armadura , E por fase , e a corrente da armadura que flui nos mesmos, Ia por
fase, como resultado da açã o geradora ou motora . O efeito do fator de pot ência
sobre o fluxo de campo e a fem gerada ser á discutido abaixo para as condições .
extremas de varia çã o do fator de pot ê ncia, quer dizer o fator de pot ê ncia unit á rio,
fator de potê ncia de atraso zero e fator de potência de avan ço ( adianto ) zero.
Com fator de pot ê ncia unit á rio, a corrente de fase na armadura CA est á em
fase com a tensã o de fase induzida na armadura (como sucede na má quina CA ).
Isto é mostrado no segundo conjunto de condutores da armadura, na Fig. 5-11 ,
onde as correntes instantâ neas dos condutores se ajustam com as tensões instan-
tâ neas induzidas na armadura. A fmm da armadura produzida por estes condu-
tores da armadura ( pela regra da espiral , da mã o direita) produzirá um fluxo mag-
netizante transversal. Este fluxo é má ximo na regiã o interpolar, e se atrasa do
fluxo primá rio no entreferro de 90°.
Esta rela çã o nã o é diferente da que se mostra na Fig. 5- 2 e é a mesma da reação
da armadura magnetizante transversal que ocorre numa má quina CC ( uma vez
———
® 0) ® ® ( j) 0 ® 0 0 (J) ® 0) ® ® Corrente da armadura * FP unit á rio
t
0 © ® <X> ( ) 0 © ® (£> |
( ) ® O (X> ® Corrente da armadura FP zero em atraso
® ® © ® (j) © © <X) £ í) © © © ©
( ) ( Corrente da armadura FP zero em adianto
. -
Fig 5 11 — Deslocamento da corrente da armadura com rela o ao fluxo de campo
devido ao fator depot ência nas máquinas
çã
CA .
156 M áOUINAS ELéTRICAS F TRANSFORMADORES
que, num circuito CC, a corrente est á sempre em fase com a tensã o ) . O diagrama
fasorial mostrando a rela çã o entre o fluxo polar , ( f)f , tomado como referência ,
e o fluxo e a corrente da armadura, magnetizantes transversais, em quadratura ,
a e /a , respectivamente, é mostrado na Fig. 5-12a .
( j)
Note-se que isto requer 90 graus elétricos para que o fluxo primá rio no entre-
ferro, ( f ) f , produza a tensã o CA gerada na armadura Eg e sua consequente corrente
da armadura (em fase), Ia. O campo que circunda um condutor da armadura com
corrente, alé m disto, depende diretamente da corrente naquele condutor, e o fluxo
magnetizante transversal na armadura , <£a , está sempre em fase com a corrente
da armadura , Ia. Assim , um fluxo de reaçã o da armadura CA ( magnetizante trans-
versal), ( f)a , em atraso com o fluxo polar , <j) p é estabelecido pela corrente da arma-
Ear <b
Ear 4> ( IQ )
Q ra
4>.t 4>*. 4>.f
xa
Ear
Vt
Eg Eg
Eg
( a ) FP unit á rio. ( b ) FP zero em atraso . ( c ) FP zero em adianto.
4. Nas máquinas polif ásicas e monof ásicas CA, para o fator de potência zero em avanço,
onde a corrente de fase na armadura se adianta em relação à tensão induzida na arma-
dura por fase de 90° elétricos, a reação da armadura é magnetizante, e a tensão induzida
pela reação da armadura está em fase com a tensão gerada na armadura pelo fluxo
no entreferro.
5. Nas máquinas polif ásicas e monof ásicas CA, onde a corrente de fase na armadura se
adianta em relação à tensão induzida na armadura por fase segundo um ângulo entre
zero e 90° elétricos, a reação da armadura é parcialmente magnetizante e parcialmente
magnetizante transversal. Se 0 representa o â ngulo segundo o qual a corrente de fase
se adianta em relação à tensão induzida na armadura, a componente magnetizante
é sen 6 e a componente transversal é cos 6 do fluxo da reação da armadura. Note-se
que 6 é igual a 0o para o fator de potência unitário e igual a 90° para o fator de
potência zero.
6. Os itens sumarizados estão sujeitos às seguintes restrições 7 :
a. A reação da armadura em máquinas monof ásicas é pulsante, enquanto que nas
máquinas polif ásicas e máquinas CC o fluxo da reação da armadura é constante.
b. O fluxo resultante constante da reação da armadura é produzido como um resultado
de cargas balanceadas trif ásicas cujas correntes na armadura são iguais e deslocadas
de 120° elétricos. Se as cargas são desbalanceadas, o ângulo 0 acima não tem sentido,
do mesmo modo que a distribuição das componentes magnetizantes, desmagneti-
zantes e magnetizantes transversais do fluxo da armadura.
7. A reação da armadura é compensada e seus efeitos são neutralizados apenas em algumas
máquinas CC. Realmente, a reação da armadura é usada, como uma grande vantagem,
no gerador de três escovas, no gerador Rosemberg, no amplidine, e em excitatrizes
com campos mú ltiplos (V. Cap. 11).
BIBLIOGRAFIA
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2. BEWLEY , L. V. Tensor analysis of electrical circuits and machines. New York, Ronald Press.
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4. CROSNO, C. D. Fundamentals of electromechanical conversion. New York, Harcourt,
Brace, Jovanovich, 1968.
5. DANIELS. The performance of electrical machines. New York , McGraw-Hill, 1968.
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McGraw- Hill, 1971 .
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11. KLOEFFLER, S. M. ; KERCHNER, R. M. ; BRENNEMAN, J . L. Direct current machinery .
Rev. ed. New York, Macmillan , 1948.
7
Para um estudo mais completo das diferenças entre a reação da armadura monofásica e poli -
fásica , veja- se DAWES, Electrical engineering , New York, McGraw-Hill, 1948, Vol. II, Cap. 7 “Alter-
nating currents ”.
REA çãO DA ARMADURA E COMUTAçãO NAS M áQUINAS ELéTRICAS 159
QUESTÕES
5-6. a. Usando o diagrama desenvolvido na questão 5-5 acima, explique por que é impossí vel
para um fabricante Fixar as escovas para uma m áquina CC.
b. É possí vel colocar as escovas numa posição particular da linha neutra com carga ,
para um motor CC operando com carga fixa ? Explique.
c. Repita ( b) para um gerador.
5-7. Dê três técnicas de construção n ã o-elétricas asadas para compensar automaticamente
a reação da armadura, sem o deslocamento das escovas.
a. Quais as vantagens destas técnicas ?
b. Que desvantagens podem ser notadas, particularmente para grandes máquinas CC ?
5-8. a. Descreva um método elétrico para compensação da reação da armadura.
b. Qual é a vantagem deste método sobre os discutidos na questão 5-7 ?
c. Dê uma equação que expresse a relação entre o n ú mero de condutores na superfície
polar, requeridos para compensar um dado numero de condutores da armadura.
d. O enrolamento de compensação compensa a reação da armadura produzida pela
correm : nos condutores que permanecem na região interpolar ? Explique.
5-9. Dê duas razões para o centelhamento produzido nas escovas de grandes m áquinas
usando apenas enrolamentos de compensação nas faces polares.
5-10. Como resultado do processo de comutaçã o ( descrito na Seç. 5-6), descreva duas con-
dições que impeçam uma comutação suave e resultem em centelhamento nas escovas
em contato com o comutador.
5- 11 . a . Dê duas fun ções do enrolamento do interpolo ( pólo de comutaçã o ).
b. Onde ele é fisicamente colocado na máquina e como e conectado eletricamente?
c. Dê duas raz ões por que o interpolo é projetado para produzir mais fmm e tem mais
Ae que os normalmente requeridos para eliminar os efeitos da tensã o de reatâ ncia.
5- 12. Quando amoos os enrolamentos, de compensação e comutação dos pó los, são conectados
em sé rie com a armadura, é necessá rio deslocar as escovas do plano da linha neutra
sem carga para a máquina
a. operando sem carga como um motor ? Explique.
b. operando com carga como um gerador ? Explique.
5-13. São os enrolamentos de comutação requeridos nas máquinas síncronas CA, que não
estejam equipadas com comutadores ? Explique.
5-14. Com relação aos diagramas fasoriais, mostrados na Fig. 5- 12, explique :
a. por que Ia e 4>a estão sempre em fase
b. por que Eg sempre está atrasada de 90° com relação a <j) f
c. por que Ear sempre est á atrasada de 90° com relaçã o a ( j)a
d. por que Ia está em fase com Eg para o fator de potência unitário, mas está atrasada
ou adiantada de E para outros fatores de potência
£»
e. por que Ear é 100 % desmagnetizante com fator de potência zero em atraso
f. por que Enr é 100 % magnetizante com fator de potência zero em adianto
g. que proporção de Ear e magnetizante e magnetizante transversal a
um fator de po-
tência de 0,707 em adianto
h. que proporção de Ear é desmagnetizante e magnetizante transversal a um
fator de
potência 0,5 em atraso.
5-15. a. Por que é desnecessá rio, e mesmo indesejá vel, compensar a reação da armadura
em m á quinas CA, geralmente, e mesmo em algumas máquinas CC, particularmente ?
b. Dè dois tipos de maquinas nas quais o fluxo da reação da armadura é constante.
c. Dê um tipo de má quina na qual o fluxo de reação é pulsante.
MEA çãO DA ARMADURA E COMUTA çãO NAS M áQUINAS ELéTRICAS 161
PROBLEMAS
5-1. Um gerador com excitação independente, 50 kW, 250 V, tem uma resistência na armadura
de 0,05 Q, uma queda nas escovas de 6 V, e uma queda de tensão devido à reação da
armadura de 20 V para a carga nominal. Supondo um efeito linear da reação da armadura
com carga, calcule :
a . A queda de tensã o no circuito da armadura a plena carga, a 3/4, 1 / 2, 1 /4 e sem carga .
b. A queda de tensã o devida à reação da armadura nas condicÕes de carga acima.
c. A tensão gerada na armadura para cada uma das condições de carga em (a ) .
d . Explique por que a tensão gerada a vazio é diferente da tensão gerada a plena carga.
5-2. Um gerador de dois pólos, 125 V, CC, 5 kW tem um total de 1.800 condutores na arma -
dura colocados na periferia da mesma. Os lados das bobinas abraçam exatamente
180° elétricos em cada bobina. Desprezando a corrente de campo, calcule :
t
a. Os Ae por pólo, quando a corrente nominal é entregue pelo gerador.
b. Os Ae desmagnetizantes e magnetizantes transversais por pólo, quando as escovas
são deslocadas 5o elétricos a partir do plano da linha neutra (sem carga ).
c. Os Ae desmagnetizantes e magnetizantes transversais (componente de distorção)
por pólo, quando as escovas são deslocadas 10° elétricos.
d . Se o fluxo polar é 10.000 Ae/ pólo e a tensão gerada a vazio é 140 V, calcule a queda
de tensã o devida à reação da armadura com carga nominal, quando é necessá rio
deslocar as escovas de 10° elétricos.
5-3. Usando a relação entre os Ae desmagnetizantes e magnetizantes transversais no problema
5-2, derive uma equação universal para expressar os Ae desmagnetizantes e magneti-
zantes transversais por pólo para uma armadura tendo Z condutores ativos, a
cá minhos na armadura, P pólos. ( Presuma que as escovas podem ser deslocadas a
graus elé tricos / pólo e que os remanescentes graus el étricos. /?, sã o ( 180° - 2a ).)
5-4. Um enrolamento da armadura imbricado, triplex, 12 pólos, tendo um total de 720 con -
dutores, é usado num gerador de 120 kW, 600 V, cuja resistência de campo é 100 O.
O campo é enrolado com 20 espiras por pólo. Com carga nominal, é necessá rio deslocar
as escovas de 6o elétricos. Calcule :
a . A corrente na armadura por caminho, a corrente na armadura por condutor, os
ampè re-espiras totais por par de pólos e os ampè re-condutores totais da armadura.
b. Os Ae desmagnetizantes e magnetizantes transversais por pólo ( Ae por 180o) .
c. Verifique ( b), usando as equações derivadas no problema 5-3 .
d. A fmm total por pólo a plena carga, como resultado dos efeitos da reação da armadura.
5-5. Deseja-se compensar a componente de distorção da reação da armadura no gerador
do problema 5-2, usando um enrolamento de compensação nos condutores da super-
íf cie polar. Calcule :
a . O n ú mero de condutores na face polar requeridos para neutralizar a fmm magne-
tizante transversal ,
b. Os condutores da face polar neutralizarão completamente os efeitos degenerativos
da reaçã o da armadura ? Por que não ?
c. Será necessá rio deslocar as escovas como resultado de tal compensaçã o ? Por quê?
5-6. No gerador do problema 5-2, é desejá vel compensar a reação da armadura produzida
pelos condutores da zona interpolar, pela adiçã o de espiras em cada pólo de comutação.
Calcule :
a . O n ú mero de espiras do pólo de comutação a serem adicionadas ao enrolamento
de comutaçã o, para neutralizar a fmm produzida pelos condutores desmagnetizantes.
b. Se são empregados ambos, os enrolamentos de compensação e os de comutação
do pólo, será necessá rio deslocar as escovas do gerador do problema 5-2 ? Por quê ?
Explique.
162 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
RESPOSTAS
i
?
•
/
nhas por polegada quadrada 5-11(a) 288 V ( b) 4.800 (c) 480 (d) 7,2 V (e)
c) 3,13 x 104 li-
0,0464 polegada
(f ) 0,104 ms (g) 0,5975 V ( h ) 1,98 x 104 linhas polegada quadrada
•« / 5-12 ( f> R = 1,5 </> max para
todos os tempos e fatores de potência.
h5
•
$
5
*
s
1
SEIS
relações de tensão
em máquinas CA
alternadores
6-1. GENERALIDADES
-.
6 3 VANTAGENS DA CONSTRUÇÃ O DE ARMADURA
ESTACION Á RIA E CAMPO GIRANTE
Desta forma , terí amos má quinas universais, que poderiam suprir corrente con-
tí nua ou alternativa , ou ambas simultaneamente. Isto, de fato, é feito num con-
versor s í ncrono, conforme se verá no Cap. 11 ; mas uma sé rie de razões nos levam
a abandonar a id éia da má quina universal tendo uma armadura CA girante. Uma
vez que ela seja estacioná ria , não mais conseguiremos o chaveamento automá tico
de CA a CC por comuta çã o e entã o somente geraremos CA. As vantagens mais
significativas da construçã o com armadura estacioná ria e campo girante sã o as
que seguem.
Fig. 6-1 — Enfraquecimento dos dentes produzido por ranhuras mais profundas na
armadura girante.
Em uma armadura girante, os dentes podem ser sujeitos a forças centrí fugas
elevadas ; e, em qualquer armadura , quer girante quer estacioná ria , os dentes
podem sofrer choques durante a construçã o ou a operaçã o . Com os dentes mais
robustos, a armadura é menos propensa a sofrer danos.
k•
2-7) , uma vez que o caminho do fluxo da armadura experimenta uma relutâ ncia
£ aumentada, particularmente no caso daqueles condutores da armadura que se
situam na base das ranhuras.
de baixa tensã o como o elemento girante. A iné rcia do rotor desempenha um papel
importante na opera çã o de colocar o alternador na sua velocidade de regime ;
e, em alternadores de capacidade extremamente elevada , mesmo com o campo CC
como rotor , podem ser necessá rias vá rias horas para que a má quina atinja sua
velocidade e tensã o nominais, principal mente se as má quinas primá rias sã o tur-
binas a vapor.
TABELA 6- 1
RELAÇÕES VELOCIDADE-FREQU ÊNCIA PARA VÁRIOS
NÚMEROS DE PÓLOS EM MÁQUINAS SÍNCRONAS CA
FREOU Ê NCIA DESEJADA
N ú MERO DE PóLOS 25 Hz * 50 Hz * 60 Hz *
2 1.500 rpm ** 3.000 rpm ** 3.600 rpm **
4 750 1.500 1.800
6 500 1.000 1.200
8 375 750 900
10 300 600 720
12 250 500 600
14 214- 428* 514f
* Frequê ncia em hertz ( ciclos por segundo)
** Velocidade em rotações por minuto.
RELA çõES DE TENSã O EM Má QUINAS CA — ALTERNADORES 169
com o n ú mero de pó los e velocidades requeridos ; esta comparaçã o é mostrada
na Tabela 6- 1.
A Tabela 6- 1 indica que, quando a m á quina prim á ria é essencialmente um
-
acionador de baixa velocidade , como no caso de uma turbina hidrá ulica ( usada
em usinas hidrelé tricas ) , requerer-se-á um grande n ú mero de pólos. Como a venti-
lação nã o é um problema a baixas velocidades, pode-se utilizar um rotor de pólos
salientes. Da mesma forma , se a m áquina prim á ria for um motor a gasolina , óleo
diesel , gás ou vapor, ou seja, m á quina prim á ria de velocidade essencialmente
moderada , utilizar-se-ã o pólos salientes em n ú mero de quatro a doze. No caso
de m á quinas prim á rias de velocidade elevada , como turbinas a vapor ou a gá s ( o
vapor podendo ser obtido a partir de caldeiras convencionais a carvão ou a óleo ,
ou a partir de reatores at ó micos) , usualmente utilizam-se pólos não salientes . Em
grande parte, a determinação do tipo de construçã o de campo do alternador a ser
utilizado é feita a partir da espécie de combust í vel ou fonte de energia dispon í vel
no local geográ fico onde se irá gerar a eletricidade. Combustí veis tais como carvão
ou óleo podem ser transportados por via ferroviá ria ou fluvial ; alternativamente,
podemos levar óleo ou gás por tubula ções (gasodutos ou oleodutos) at é o local
da usina , se este n ã o for muito distante ou inacessí vel. O custo do transporte é
um fator a ser levado em conta no cô mputo do custo da energia gerada por kW / h .
Alternadores de baixa- velocidade e pólos salientes requerem armaduras do
estator de grande circunferê ncia , nas quais se possam inserir muitos condutores.
Tais estatores requerem condutores, para os enrolamentos de excitaçã o e da arma-
dura , que tenham pequeno comprimento axial . Por outro lado, rotores de alta
velocidade , cilí ndricos , de pólos não salientes t ê m uma pequena circunferê ncia, reque-
rendo condutores para os enrolamentos de excitaçã o e de armadura de grande
comprimento axial . Assim , pela diferen ça marcante na aparê ncia externa , podem
distinguir-se facilmente as m á quinas s í ncronas de pólos salientes e n ã o salientes,
mesmo sem observar o seu rotor, como mostra a Fig . 6- 2.
Eixo do
rotor
Eixo do
rotor
Base
( a ) P ólos salientes, (b ) Pólos cil índricos nâo salientes,
baixa velocidade . alta velocidade.
Fig. 6-2 — Aspecto geral das m á quinas sí ncronas.
Ia
Carga
Ra X0 R0 Carga
/W^
.
z< X0
vf
Campo
Ear
W\A
Ia/
OyA
Vf
Circuito
de campo Ear o
o
* ^
o- yC\
o &. ar
C
CC
o
o
o v CA
( a ) Monof ásico.
Ear
o
—
( b ) Circuito equivalente de um alternador
s íncrono trifásico ligado em estrela .
Fig. 6-3 — Circuito equivalente de um alternador síncrono.
Deve-se notar que há uma diferen ça muito pequena entre os circuitos equi-
valentes de alternadores CA mono e trifásicos, como mostram as Figs. 6- 3a e b,
respectivamente. Cada enrolamento de fase de um alternador trifásico é imaginado
como tendo uma resistência efetiva de armadura , por fase, valendo Ra, uma rea-
tâ ncia de armadura, por fase, de Xa e uma tensão gerada por fase de Egf . Além
disso, se a carga for equilibrada (como se viu na Seç. 5-9), pode-se imaginar que
a queda de tensã o devida ao efeito da reação da armadura é a mesma eni cada fase ;
assim, Ear é a queda de tensã o devida à reaçã o da armadura, por fase. Os compo-
nentes da Eq . ( 6- 2) aplicam-se corretamente a alternadores mono ou polif ásicos.
Uma vez que os pontos sobre os vá rios componentes da Eq. (6-2) implicam em
adição fasorial ( ou subtração), os diagramas para as vá rias condições de fator
de pot ê ncia ser ã o considerados, por sua vez, para predizer as rela ções de tensão
e escrever as equações para regulaçã o da tensã o de alternadores sí ncronos CA.
Antes de assim proceder , entretanto, será bom considerar os fatores que po-
dem explicar as diferen ças entre a tensã o gerada a vazio por fase, Eg ,, e a tensão
nos terminais por fase, Vf . O circuito equivalente mostrado na Fig. 6-3 emprega
excitações CC em separado para os enrolamentos de campos rotativos dos alter-
RELA çõES DE TENSãO EM MáQUINAS CA — ALTERNADORES 171
nadores sí ncronos, mono ou polif ásicos. Conseqiientemente, qualque
r variação
na tensã o dos terminais, como resultado da carga, não afeta a
excita çã o da fem
devida ao campo. Neste particular , o alternador é semelhante
ao gerador CC de
excitação independente e uma comparação entre eles revelará semelh
I renças. anças e dife-
-
6 6. COMPARAÇÃ O ENTRE O GERADOR CC DE EXCIT
AÇÃO
INDEPENDENTE E O ALTERNADOR SÍ NCRONO DE
EXCITAÇÃ O POR FONTE EXTERNA
-
6 7. RELAÇÃ O ENTRE A TENS Ã O GERADA E A TENSÃ O NOS
TERMINAIS DO ALTERNADOR PARA V Ã RIOS FATORES
DE POT ÊNCIA DA CARGA
e -- o vf
( a ) Cargas em fase . ( b ) Cargas em atraso.
Fig. 6-4 — Relação entre as tensões gerada, ( a vazio ) e nos terminais ( plena carga ) de um
alternador sincrono para os três tipos de condições de carga.
est á sempre adiantada de 90° em rela çã o à corrente através dela ( uma vez
que a corrente se atrasa de 90° em rela çã o à tensã o num circuito que possua apenas
reat â ncia indutiva). A um fator de potê ncia unitá rio, a queda de tensã o devida à
reaçã o da armadura , Ear , a partir da Seç. 5-9 e Fig. 5-12a , se adianta 1 em relação
à corrente da armadura , Ia , que a produziu, e está , portanto, sempre em fase com a
queda de tensã o na reat â ncia da armadura , í aXa . A equação básica do gerador,
Eq. (6-1 ), pode agora ser escrita para cargas de fator de potência unitá rio em forma
complexa
Eg f (Vf + IaRa ) + J (JaXa + Ear ) (6-3)
-
qua-
dratura, ou seja a queda de tensão combinada devida à reat ância da
armadura
e à reação da armadura.
Vl, 4.600 V
V f = —- 2.660 V ;
1,73 =
^kVA x 1.000 1.000 x 1.000
= 125 A
3V
> 3 x 2.660
Queda 7aRa /fase = 125 A x 2Q = 250 V
Queda IaXJfase = 125 A x 20 Q = 2.500 V
a. A um fator de potência unitá rio,
Eq = ( Vf + IaRa ) -f jIaXs = (2.660 + 250) + ;2.500 (6-3)
= 2.910 + 72.500 = 3.845 V/fase
2
Note-se que a solução é desenvolvida em valores por fase, devido à definição básica
de fator
de potê ncia nestes termos.
174 Má QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Pelo diagrama da Fig. 6-4c e pela Eq . (6-5), nota-se que, para a mesma tensão
nominal dos terminais, por fase, se requer uma tensã o gerada que é menor para
um fator de potência em adianto do que para um fator de potê ncia em atraso. Isto
é indicado pelo exemplo seguinte :
EXEMPLO Repita o Exemplo 6-1 para determinar a tensã o gerada por fase a plena carga
6 -2: para :
a. Uma carga de fator de potência 0,75 em avanço.
b. Uma carga de fator de pot ência de 0,4 em avan ço.
Solução :
Do Exemplo 6-1,
IaRJiase = 250 V
laXJfase = 2.500 V
a. Para o fator de potência de 0,75 em avanço
Eg = < vf COS e + 1 RJ + j ( Vf sen 6 - I X a ) -
(6 5)
Note-se que a tensão gerada é menor que a tensã o nos terminais para ambos
os fatores de potência e decresce à medida que o fator de pot ência se torna mais adian-
tado.
RELA çõES DE TENSã O EM MáQUINAS CA — ALTERNADORES 175
, 4.820 V L0 *
4
3.845 V &e.
" 4
*p
3
rv
> - - 2.660 V
JdL a*
o
- 2.660 V (Tensão,nominal
£ ,
)
£ pp 0,75 em avanç ^
2.360 V
i. ^
k *•
o
o.
o
8
0 )
H 1.315 V
Carga nominal
Solução :
a. Para fator de potência 0,75 em atraso
4.820 - 2.660
R% = x 100 = 81 ,3 por cento
2.660
b. Para fator de potência unitário
3.845 - 2.660
R% = x 100 = 44,4 por cento
2.660
c. Para fator de potência 0,75 em avanço
2.360 - 2.660
R% = x 100 = — 11,25 por cento
2.660
d . Para fator de potência 0,4 em avanço
1.315 - 2.660
R% = x 100 = - 50,6 por cento
2.660
i
i Deve-se notar que a regulação de um gerador CC de excitação independente
(cuja tensã o cai com a aplica çã o de carga devido à resist ência e à reaçã o da
arma -
de um alternado r sí ncrono CA excitado inde-
dura ) é inerentemente melhor que a geralmen te de
pendentemente . Uma vez que as cargas elé tricas comercia is sã o
natureza indutiva ( fator de pot ência em atraso) , a tensã o de um alternador
excitado
e cair á devido à resist ê ncia , à reat â ncia , e à rea çã o da armadura .
independentement
O efeito da reaçã o da armadura em um gerador CC é, principalmente
, de mag -
r
netização transversal e ligeiramente desmagnetizante, enquanto que no alternado
suá, componente desmagnetizante é o fluxo da armadura </> a , sen 6 ( Se ç . 5 -9) .
Mais ainda , os efeitos da reaçã o da armadura são compensados em uma m -
á
quina CA ; mas, embora se tenham feito numerosas tentativas para produzir-
se
uma a çã o de compensaçã o perfeita em alternadores para opor-se à reaçã o da arma -
dura em vá rios fatores de potência, nenhuma delas teve sucesso. Na prá
tica , pois ,
sua sa í da é
a regulação inerentemente pobre dos alternadores é ignorada e em
res de
mantido um valor constante de tensão nos terminais, através de regulado
a excita çã o do
tensão externos , que aumentam ou diminuem automaticamente
RELA çõES DE TENS ã O EM M á QUINAS CA ALTERNADORES 177
I
campo a partir de um gerador CC (excitatriz) , conforme varia a carga
elétrica e
o seu fator de potência. A excitatriz é usualmente montada no mesmo
eixo da
m áquina prim á ria e do alternador. Suas características estão normalmente
inti-
mamente relacionadas com a regulaçã o do alternador , isto é, se a excitatr
iz deve
manter a tensão constante em uma gama extensa de carga, os
limites de corrente
do campo, capacidade e potência da excitatriz dependerão do
valor da corrente
de campo necessá ria para que o alternador mantenha uma
boa regulação.
<4/
NT IA ZS xs
ff ff
IQ
Io Ra Ra
( a ) Diagrama vectorial . ( b) Triâ ngulo de
impedâ ncia.
Fig. 6 6-— Diagrama fasorial e triâ ngulo
de imped â ncia para imped â ncia sí ncrona
de um alternador.
O conceito de uma impedâ ncia sí ncrona interna equivalente, como parâ metro
de um alternador CA. é semelhante ao da resistência interna do circuito equiva
lente da armadura de uma m á quina CC ( Fig . 3- 1 ). Conhecendo-se a resistê
-
ncia
do circuito da armadura de uma m á quina CC, é possí vel calcular-se a tens
ã o nos
terminais de um gerador CC e a fcem de um motor CC, para qualquer valor
de
carga. Semelhantemente, se se conhecem a resistência efetiva da armadu
ra e a
178 Má QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
-
reat â ncia sí ncrona por fase, é possí vel calcular se a fem gerada de um alternador
ou motor sí ncrono. A vantagem do conceito da imped â ncia sí ncrona é que ele
possibilita tratar-se a queda de tensão em quadratura , necessá ria para superar
a tensã o devida à reação da armadura , como uma componente da impedâ ncia
reativa . Isto é permissí vel, uma vez que esta tensão está sempre em quadratura
com a corrente da armadura, como se mostrou anteriormente.
A imped â ncia sí ncrona e a resistê ncia efetiva por fase são determinadas atra -
vés de ensaios especí ficos, numa técnica chamada de método da impedância s íncrona.
Os resultados d ã o um valor da reat â ncia síncrona que, quando usados nas vá rias
equações de tensão, fornecem uma regulação de tensão para o alternador que é algo
maior que a obtida por carregamento direto. Por isso, o método da impedâ ncia
sí ncrona é chamado de um “ método pessimista” . Mas a sua simplicidade, aliada
à certeza de que ã máquina, no seu desempenho real, produzirá uma melhor regu-
laçã o, levou ao seu uso quase universal. 3
-
6 10. O MÉTODO DA IMPEDÂ NCIA SÍ NCRONA (OU FEM)
PARA O CÁ LCULO DA REGULAÇÃO DE TENSÃO
Um ú nico alternador comercial pode ter uma capacidade tão elevada como
500.000 kVA ou 500 milhões de watts, a um fator de potência unitário. Carregar
um tal alternador eletricamente, para determinar suas características de tensão
(e rendimento), é razoavelmente difícil ; e para obter-se uma tal carga , ter íamos
que “ tomar emprestada” uma cidade bastante grande. Mais ainda, se o alter-
nador foi construído numa usina elé trica , destinado ao uso com turbinas a vapor
ou hidrá ulicas especí ficas, nã o há garantia de que se disponha nas proximidades
da usina de máquinas primárias suficientemente grandes para acionar o alterna-
dor à sua carga normal. Costuma-se, pois, testar máquinas de grande capacidade
através de uma técnica “convencional ” a vazio, que duplicará ou simulará^ as con-
dições de carga. Tal técnica utiliza^ para a sua execuçã o, apenas uma parcela de
^
1 Leitura no voltimetro V
* « = 2 Leitura no amper í metro ~
A x 2
A resist ê ncia a CA por fase é obtida multiplicando-se a resistê ncia a CC por
um fator que varia entre 1,2 e 1,8, dependendo da frequência, qualidade do isola-
mento, tamanho e capacidade, etc. Para o caso presente, utilizamos um fator
1 ,5 no cálculo da resistência efetiva da armadura por fase (a CA).
Estator do alternador
S
A
í RCC =
V
A x 2
CC
© '
,
3
[ S2 RCA*1* 5 RCC
( a ) Medida da resist ê ncia ( efetiva ) por fase
da armadura CA ou CC.
Alternador
Curto-circuito
NR
S
000 \ 2 IV
0 -
© —
A| -f - A 2 + A 3
J Egf s 7T 3
Fig. 6-7 — Ligações do circuito de ensaio para determinação da impedâ ncia sí ncrona.
Conforme se estabeleceu acima, o ensaio da impedâ ncia sí ncrona consiste
de duas partes : *
amperímetros para ler as correntes de linha (mesmo que o alternador esteja ligado
em delta). A corrente de campo é ajustada a zero, e o alternador é acionado à velocidade
sí ncrona. Faz-se a leitura de pares de correntes, corrente CC de campo versus corrente
CA da armadura em curto-circuito. Os resultados são levados a um gráfico como mostra
-
a Fig. 6-8. Deve-se notar que esta curva é completamente linear ; isto é evidente a partir
da Eq. (6-1) e da Fig. 6-6a. A curto-circuito, a tensão nos terminais do alternador é
zero. Toda a tensão gerada por fase Egf é empregada para equilibrar a queda na impe
d â ncia síncrona interna, IaZs, por fase. Uma vez que Zs é quase, constante para uma
-
dada máquina, a corrente de curto-cirquito varia diretamente proporcional à tensão
gerada e à corrente de campo necessária para produzi-la (abaixo da saturação). Uma
vez que a impedância interna é uma carga de baixo fator de potência, extremamente
atrasada, o seu efeito desmagnetizante é tal que reduz o fluxo de campo (e a tensão ge
rada) consideravelmente. Assim, podem utilizar-se correntes de campo razoavelmente
-
grandes, sem que se produzam correntes de curto-circuito em excesso.
erj
o
I< >
i
—
0
T3
O)
LU
cu
Curva de magnetização
a circuito aberto
2|
3
O
a
V CD
o T3 Corrente de curto-
2
o
-o ro _
< &
.
b
I
circuito por fase
& o> c
Sl É I ^ Corrente nominal
o o 0 Si
U a
Corrente de campo ( A )
-
Fig. 6 8
— Caracterí sticas a vazio e de curto-circuito de
um alternador sí ncrono.
EXEMPLO Um alternador trif ásico de 110 kVA, 1.100 V foi testado de acordo com o proce-
6 -4 : dimento indicado, para que fosse determinada a sua regulação sob as vá rias
condições de carga e fator de potência. Os dados obtidos foram os seguintes:
Ensaio de resist , a CC Ensaio a vazio -
Ensaio de curto circuito
E (entre linhas ) = Corrente de campo = Corrente de campo =
= 6 V CC = 12,5 A CC = 12,5 A CC
/ ( linha ) = 10 A CC E entre linhas = Corrente de linha = cor-
= 420 V CA rente nominal
Com os dados acima, imaginando que o alternador está ligado em estrela, calcule:
a. A resistência efetiva, a reatâ ncia e a impedância síncrona por fase
b. A regulação de tensão do alternador para fatores de potência de 0,8 em avanço
e em atraso.
Solução :
Vx 6 V
V sfT .
1.100 x 1,73
= 52,5 A
^ —
cc 2 ~ 2 x 10 = 0,3 Q/enrolamento e
ia
RCA = 0,3 X 1 ,5 = 0,45 íí /fase
Z /, =
^ia = yy 420
x 52,5
= 4,62 O/fase (6-6)
r -
182 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Xs = Zf - Ra = V (4,62) - (0,45)
2 2
= 4,61 ítyfase [da Eq . (6-7)]
VI, 1.100
b. F/ = = 635 V/fase
/3
laRa = 52,5 ^
A x 0,45 O = 23,6 V/fase
IaXs = 52,5 A x 4,61 Q = 242 V /fase
Para o fator de potência de 0,8 em atraso
Egf = ( Vf cos 9 + IaRa ) + j { Vf sen 9 4 IaXa ) [da Eq. (6 8)] -
= (635 x 0,8 4 23,6) 4- 7 (635 x 0,6 -I- 242)
= 530 4 j 623 = 820 V/fase
R% =
V Vn
x 100 — 4 (3-9)
K
820 - 635
x 100 = 29, 1 por cento
635
Para o fator de potência de 0,8 em avan ço
Egf = ( Vf cos 9 + laRa ) + j ( Vf sen 9 - IaXs ) (Eq. 6-8)
-
EXEMPLO Repita o Exemplo 6 4 supondo que o alternador está ligado em delta e as
6 -5 : medidas feitas são as mesmas.
Solução :
Note-se que, em cada caso, a resistência equivalente, a reatâ ncia e a impedâ ncia
por fase ligada em delta é três vezes o valor correspondente à ligação em estrela
( veja Exemplo 6-4).
Tensão nominal Vx = Vf = 1.100 V e If = 30,31 A/fase
„
.
6-11 HIPÓTESES INERENTES AO M ÉTODO DA
IMPEDÂ NCIA SÍ NCRONA
O exame da Fig. 6-8 e da Eq . (6-6) revela que a impedâ ncia sí ncrona é, sempre,
a rela çã o do valor tirado da curva correspondente ao circuito aberto para o da
curva de curto-circuito. Quando as duas curvas são lineares , a impedâ ncia sí n-
crona é constante , isto é, a relação entre dois pontos em linhas retas. Acima do
joelho da curva de saturaçã o, entretanto, diminui a imped â ncia sí ncrona conforme
as curvas se aproximam . Como mostra a Fig. 6-8, a impedâ ncia sí ncrona é obtida
bem abaixo da saturaçã o e é, por isto, maior que sob as condições normais de ope-
ração. O que é pior, entretanto (como se pode ver nos Exs. 6-3 e 6-4), é o fato da
resist ê ncia da armadura ser desprezí vel quando comparada à reatâ ncia sí ncrona
por fase. Sob as condições de curto-circuito, portanto, a corrente da armadura
se atrasa em relaçã o à tensã o gerada , de quase 90°, e a reaçã o da armadura é quase
184 M á QUINAS ELé TRICAS E TRANSFORMADORES
%
pode ser excessivo , a ponto de implicar em dano para chaves , barramentos e mesmo
para os enrolamentos da máquina. Costuma se, pois
- , colocar reatores de limitação
da corrente, que consistem de espiras de cabos calibrosos ou barras, em sé rie
com cada fase do estator do alternador , externamente à máquina. Sem os rea-
tores em sé rie , a corrente de curto-circuito pode atingir valores da ordem de dez
vezes a corrente de plena carga. Com os reatores em série, é usual limitar-se aquele
valor a cerca de duas vezes a corrente de plena carga , criapdo os reatores uma
queda na impedâ ncia (quase uma reatâ ncia pura) da ordem de vinte por cento
da tensã o nominal do alternador . Transcorridos poucos ciclos de afluxo da cor-
rente, a reaçã o da armadura reduz a corrente de curto-circuito do valor má ximo
para o seu valor equilibrado ou constante de curto-circuito, que pode ser simul
-
taneamente interrompido pelos equipamentos de sobrecarga.
É principalmente devido à proteção do curto-circuito que não se tenta com-
pensar a reaçã o da armadura em alternadores grandes ( ver a última sentença da
Seç. 5-7). Em vez disto, costuma se projetar alternadores com uma relação ele
-
vada entre os valores da reatâ ncia sí ncrona da armadura e da resistência para
-
reduzir a corrente constante de curto-circuito a aproximadamente o valor da cor-
rente nominal , como mostra o exemplo seguinte.
E X E M P L O Um alternador trifá sico de 165.000 kWA , 11.000 V, ligação estrela tem uma
6 -6 : reatâ ncia sí ncrona de 1,0 ohm e uma resistê ncia de armadura de 0,1 ohm fase
Calcule :
/ .
a. A máxima corrente de curto-circuito no instante do curto e da sobrecarga.
b. A corrente permanente de curto-circuito e sobrecarga.
c. A má xima corrente de curto-circuito com reatores de 0,8 Q de reatâ ncia fase
/
e resistência desprezí vel.
Solução :
"
^ _ 11.000
,
Er/ nominal = —
T^ T7T = 7.040 V
"
E 7.040 V
b. I permanente
z/ i n = 7.040 A
7.040 A
sobrecarga = 0,9 x corrente nominal
7.810 A =
E 7.040 V 7.040 V
c. / max
z t Õ,1 + j 0,8
”
0,814 Q = 8.640 A
186 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
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1
QUESTÕ ES
-
6 1 . Para um alternador, estabeleça :
a. A relação entre o torque eletromagnético desenvolvido nos condutores da armadura
e o torque aplicado pela m áquina primá ria que aciona o alternador.
b. A relação entre a tensão gerada na armadura por fase, a corrente de armadura e a
tensã o nos terminais da armadura, também por fase.
c. As rela ções expressas em ( b) em forma de uma equação.
d. A equaçã o da tensão gerada por fase em termos de n ú mero de espiras por fase.
6-2. Um estudo de máquinas CC mostra que se gera CA nos condutores de uma armadura
girante. Isto leva à possí vel vantagem da construção de uma m áquina universal capaz
de suprir CA ou CC (ou ambas), tendo armaduras girantes e campos estacionários.
Explique :
a. Por que raramente se utiliza a máquina universal.
b. Dê 7 razões convincentes para a utilização de armaduras estacioná rias e campos
girantes em máquinas CA.
6-3. a. Descreva dois tipos construtivos de campos girantes utilizados em alternadores.
b. Que fatores determinam a escolha do tipo construtivo ?
c. Como é possí vel distinguir-se entre os dois tipos construtivos com base na aparência
geral ?
6-4. a . Desenhe o circuito equivalente de um alternador trifásico de ligaçã o estrela, ligado
a uma carga trifásica equilibrada reativa.
b. Escreva a equação que expressa a relação entre a tensão gerada por fase e a tensão
nos terminais por fase, incluindo os fatores que são responsá veis pela diferença
entre elas.
6-5. Desenhe diagramas fasoriais mostrando a relação entre V f c E q f para cargas com :
a . fator de potê ncia unitá rio
b. fator de potência em atraso
c. fator de potê ncia em avan ço.
-
6 6. a. Com base nos valores de fase, represente as características de tensão-carga de um
alternador para as três condições da questão 6-5 acima ,
b. Sob que condições de carga é possí vel para um alternador ter sua regulação nula ?
6-7. a. Compare a regulação de tensão inerente a um gerador CC de excitação independente
com a de um alternador de excitação independente e enumere as vantagens daquele.
b. Explique por que motivo a reaçã o da armadura é sempre compensada nos geradores
CC, mas nunca o é nos alternadores CA.
6-8. a. Defina impedâ ncia sí ncrona .
b. Quais são as vantagens deste conceito e onde o utilizamos ?
-
6 9. Em relação ao ensaio da impedâ ncia sí ncrona para determinar a regulação em tensão
do alternador :
a . desenhe as ligações do circuito de ensaio
b. descreva as precauções requeridas para a medida da resist ência efetiva da armadura
e explique por que se faz uma medida de CC em vez de CA
c. explique por que se utiliza um m étodo convencional para predizer a regulação em
tensã o e o rendimento, em vez do carregamento direto
d . explique que precauções são necessá rias para realizar-se o ensaio a circuito aberto
e. descreva o ensaio de curto-circuito.
6-10. Para o método da impedâ ncia síncrona, explique :
a . por que é chamado um “ método pessimista”
b. por que Zs, calculada a partir das curvas da Fig. 6-8, não é constante, mas decresce
para os valores maiores da corrente de campo
188 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
c. pelo menos quatro hipó teses do m é todo que n ão sejam equivalentes ao carregamento
direto e que, por isso, causem diferenças no cálculo da regulaçã o
d . por que o utilizamos apesar destas desvantagens.
6- 11 . a. Explique por que os altemadores são intencionalmente projetados para ter uma
relação elevada da reatâ ncia da armadura para a sua resistência.
b. Sob que condições utilizam -se reatores limitadores de corrente ?
6- 12. Admitindo que um altemador ligado em delta é ensaiado pelos métodos mostrados
na Fig. 6-7 e que todas as medidas sã o feitas de tensões entre linhas e correntes de linha,
explique por que:
a . obtê m-se os mesmos resultados supondo-se que o altemador é ligado em estrela
b. é preferível imaginar-se que o altemador está ligado em estrela
c. é necessário manter-se a hipótese em todos os sentidos durante todos os cálculos.
PROBLEMAS
6-1. Calcule :
a. O n ú mero necessá rio de pólos para que um altemador, acionado por uma m áquina
prim á ria de 720 rpm, gere uma tensão CA na frequência de 60 Hz.
b. De dois a dez pólos, calcule as diferentes velocidades das máquinas primá rias re-
queridas para gerar-se 25 Hz .
c. A frequência produzida num altemador de 10 pólos acionado por uma máquina
prim á ria de 800 rpm.
6-2. Dado um altemador sí ncrono de quatro pólos, 60 Hz, acionado a 1.000 rpm, calcule
a. O efeito em sua tensão gerada.
.
b O efeito em sua reatâ ncia de dispersão da armadura .
c. O efeito em sua reação da armadura .
6-3. Um altemador de 600 kVA , 125 V, ligação em delta é religado em estrela. Calcule
seus novos valores nominais em :
a . volts
b. ampè res
c. quilovolt-ampères.
6-4. Um altemador de 1.000 kVA , 440 V , ligação em estrela é religado em delta . Calcule
seus novos valores nominais em :
a . volts
b. ampères
c. quilovolt-ampères.
6-5. Um altemador ligado em delta alimenta uma carga resistiva, também ligada em delta,
que requer 150 kW a 550 V. Calcule
a. A corrente de linha.
b. A corrente de linha entregue à mesma carga resistiva e a potência total dissipada,
se o altemador for religado em estrela e acionado à mesma velocidade e excitação
do item anterior.
6- 6. Uma carga trifásica de 10 Q/ fase pode ser ligada por meio de chaves em estrela ou delta.
Se ligada a um altemador trifásico, de 220 V, calcule
a . A potência dissipada na ligação em estrela.
b. A potência dissipada na ligação em delta.
c. A relação de ( b) para (a).
6-7. Um altemador trif ásico entrega 500 kW a um grupo de motores de indu ção com
fator
de potê ncia de 0,8 em atraso. Se a capacidade do altemador é 750 kVA, calcule
r
RELA çõES DE TENSã O EM Má OUINAS CA ALTERNADORES 189
a . O n ú mero de lâ mpadas de 100 W que pode ser alimentado, além dos motores, sem
que o altemador ultrapasse a sua carga nominal .
b. Repita (a ) se o fator de potência dos motores cai para 0,7.
6-8. Um altemador de 1.500 kVA, 13 kV, trifásico, de ligação em estrela tem uma resistência
de armadura de 0,9 £2 e uma reatâ ncia sí ncrona de 8,0 £1 Quando ele estiver suprindo
a carga nominal à tensão nominal , calcule a tensão gerada para cargas de
a . fator de potência unitário
b. fator de potê ncia 0,8 em atraso
c. fator de pot ência 0,8 em avanço.
d . Calcule a regulação de tensão para cada uma dessas cargas e determine a melhor
regulação.
6-9. Um altemador trifásico de 2.500 kVA, 13.000 V tem uma resistência de armadura de
0,3 £2/ fase e uma reatâ ncia sí ncrona de 4,0 £2/ fase. A excitação do altemador é ajustada
em cada um dos casos para que a carga seja alimentada com a tensão nominal. Se,
uma vez feito o ajuste, a carga for subitamente removida dos terminais do altemador,
calcule a tensão por fase a vazio e o seu valor de linha para cargas de
a. fator de potê ncia unitá rio
b. fator de pot ê ncia 0,8 em atraso
c. fator de potê ncia 0,8 em avanço.
d. Calcule a regulação em tensão para cada uma dessas cargas e determine a melhor
regulação.
6- 10. Um altemador trif ásico de 2.500 kVA, 2.300 V, ligado em delta tem uma resistê ncia
de 0, 1 £2/ fase e uma reat â ncia sí ncrona de 1,5 Q/ fase. O altemador é ajustado à tensão
nominal a vazio. Calcule a sua tensão nos terminais quando passa a fornecer a corrente
nominal a um fator de potência de 0,6 em atraso.
6-11. Um altemador trifásico de 100 kVA, 220 V, ligado em estrela tem uma resistência de
armadura de 0,1 £2 por fase e uma reatâ ncia de 0, 5 £2. Supondo que, quando se lhe liga
uma carga de fator de potência 0,4 em atraso, que solicite a corrente nominal, a reação
da armadura tenha o dobro do efeito da reatâ ncia da armadura, e desprezando o efeito
da saturação, calcule
a . A tensão a vazio quando se desliga a carga, mantendo-se a velocidade e a corrente
de campo constantes.
b. A tensão a vazio necessá ria para produzir a corrente nominal, supondo que o altema-
dor esteja curto-circuitado.
6-12. A regulação em tensão de um altemador monofásico de 550 V, 100 kVA deve ser deter-
minada utilizando-se o método da impedâ ncia síncrona, a partir dos dados de ensaios
seguintes. Quando a armadura do altemador é curto-circuitada através de um ampe-
rí metro, o altemador entrega 350 A com uma corrente de excitação de 12 A. Para a
mesma corrente de excitação, quando se remove o curto-circuito, uma tensão de 350 V
é lida nos terminais da armadura. Medidas feitas com uma ponte de Wheatstone in
dicaram uma resistência de armadura de 0,1 £2. Supondo que o altemador tem uma
-
relação de resistência efetiva para ôhmica de 1, 25, calcule :
a. A imped â ncia e a reatâ ncia sí ncronas .
b. A regulação de tensão para FP de 0,8 em avanço e em atraso.
6- 13. -
Um altemador trifásico de 2.300 V, 60 Hz, 1.200 kVA é curto circuitado, posto a girar
à velocidade nominal e tem sua excitação de campo aumentada até que circule 1,5 vezes
a corrente nominal na armadura. Remove-se então o curto-circuito e, com os mesmos
valores de corrente de campo e velocidade, a tensão entre os seus pares de terminais
de linha é 1.000 V. A média das resistências a CC dos enrolamentos da armadura para
medidas entre linhas é 0, 255 £2. Supondo que o altemador esteja ligado em delta e
que 1 ,4 seja a relação da resistência efetiva para o valor ô hmico, calcule
190 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
a. Os valores nominais das correntes de linha e de fase e a resist ência a CA , por fase.
b. A queda de tensão na resistência da armadura e na sua reatâ ncia sí ncrona para a
tensão nominal.
c. A regulação de tensão para FP 0,8 em avanço e em atraso.
6-14. Repita o problema 6-13, utilizando a hipótese de que o altemador está ligado em estrela .
6-15. a. Tabule os resultados do problema 6-13, utilizando a hipótese da ligação em delta
e os problemas 6-14 utilizando a hipótese da ligação em estrela, e calcule a razã o dos
valores em delta para os valores em estrela para as quantidades seguintes : impe -
dâ ncia sí ncrona por fase, resistência da armadura a CA por fase, reatâ ncia da arma -
dura por fase, corrente da armadura por fase, queda de tensão a plena carga na
resistência da armadura, queda de tensão a plena carga na reatâ ncia da armadura,
regulação de tensão para um FP de 0,8 em atraso, regulação de tensão para um
FP 0,8 em avanço.
b. Utilizando as relações tabuladas, explique por que a regulação de tensão e as capaci -
dades em kVA para quaisquer das hipóteses devem apresentar uma relação unitá ria.
Para os dados da tabela abaixo, que correspondem aos dos problemas de 6- 16 a 6-19,
admitindo uma relação da resistência efetiva para a resistência a CC de 1 ,3, calcule a
regulação em tensão para (a) o fator de potência unitá rio e ( b) os fatores de potência
de 0,8 em avanço e em atraso.
-
6 17. A 1.000 600 10,0 nominal 275 25 nominal
6-20. a. Tabule a regulação de tensão para os fatores de pot ência unitário e 0,8 em avanço
e em atraso, conforme calculados nos problemas de 6-16 a 6-19.
b. A partir de sua tabulação, encontre relações entre os valores das regulações para
fatores de potência em avanço e em atraso, e as correspondentes aos fatores de po-
tência unitá rios.
RFLA ÇÕES DE TENSÃO EM M Á QUINAS CA — ALTERNADORES 191
i RESPOSTAS
6- 1( a ) 10 ( b) 1.500 rpm (c) 66 Hz 6- 2(a ) 0,555 E nominal ( b) mesmo (c) n ão tem efeito
f
6-3(a) 216 V ( b) 1.600 A (c) 600 kVA 6-4(a ) 254 V ( b) 2.270 A (c) 1.000 kVA 6-5(a) 157,5 A
( b) 272 A , 450 kW 6-6( a ) 4.830 W ( b) 14.490 W (c) 3:1 6-7(a) 1.500 lâmpadas ( )
b 500 lâmpadas
6-8( a ) 7.580,3 V ( b) 8.575 V (c) 7.275 V (d ) 0,798, 14,03, 0,732 por cento 6-9(a) 7.543 V ( b)
-
7.800 V (c) 7.275 V (d ) 0,439, 3,86, - 3,13 por cento 6 10.1.450 V 6- ll (a) 515 V ( b) 393,2 V
f 6- 12(a) 1a n
0,992 ( b) - 8,18, 18 por cento 6-13(a)J 3 x 174 A, 174 A ( b) 82,2 V, 661 V
( c) - 10,85, 22,2 por cento 6-14( a) 301 A ( b) 47,5 V, 384 V (c) - 10,9, 22,2 por cento
6-16 11,42,
- 14,28, 31,4 por cento 6-17 13, - 15,5, 34,8 por cento 6-18 43,6, - 4,48, 82 por cento 6-19 8,82,
- 13, 26,2 por cento.
1'
1
'
SETE
operação em paralelo
-
7 1. VANTAGENS DA OPERAÇÃO EM PARALELO
O velho prové rbio que diz “ n ã o ponha todos os ovos numa só cesta ” é o princí pio
fundamental que governa a opera çã o em paralelo. Um sistema ú til normalmente
consiste de vá rias estações centrais geradoras, todas operando em paralelo. Em
cada estaçã o central pode haver vá rios alternadores ou geradores CC operando
em paralelo . H á numerosas vantagens na subdivisã o de um sistema gerador em
vá rias centrais menores, tanto do ponto de vista econ ó mico como do militar. Estas
vantagens també m se aplicam ao uso de v á rias unidades geradoras menores, em
lugar de uma ú nica m áquina maior , embora esta ú ltima tenha um rendimento
maipr quando carregada à sua capacidade nominal . As principais vantagens da
operaçã o em paralelo de sistemas ou centrais sã o :
1. Se uma ú nica unidade de grande potência constitui uma estação e, por uma razão qual-
quer, deixa de funcionar, com isto deixará de funcionar também a esta çã o ; enquanto
que, se uma das v á rias unidades menores necessitar de um reparo, as demais ainda
estarão dispon íveis para fornecer o serviço necessá rio.
OPERA çã O EM PARALELO 193
t
!
2. Uma ú nica unidade, para operar com rendimento má ximo, deverá ser carregada até
sua capacidade nominal. É antieconomico operar -se uma unidade grande se as cargas
supridas são pequenas. V á rias unidades menores, operadas em paralelo, podem ser
removidas ou adicionadas, de forma a atender as flutuações da demanda ; cada unidade
pode ser operada à sua capacidade nominal ou próxima dela, funcionando assim a
estação ou o sistema no seu rendimento má ximo.
i 3. Se há necessidade de um reparo ou de uma parada geral para manuten ção, as unidades
1 menores facilitam as operações, do ponto de vista de peças de reposição ou reserva,
bem como dos serviços a executar.
%
4. Quando aumentar a demanda média do sistema ou da central, instalar-se-ão unidades
adicionais para acompanhar o acréscimo da demanda. O capital empregado inicialmente
será menor e o seu crescimento corresponderá ao crescimento da demanda m édia.
t 5. Há limites f ísicos e econó micos para a capacidade possível de uma só unidade. Por
exemplo, em uma determinada estação geradora, a carga pode chegar a 10 milh ões
de kVA. Embora existam operando unidades de até centenas de milhares de kVA,
n ão se constroem unidades singelas de capacidade suficiente para suprir uma tal demanda
da central ou do sistema.
VL = 1 LZL = Egl - 1 , Z 1 = E 92
/ 2Z2 — Eg 3 / 3Z3 ( 7- 1)
' A Eq . 7- 1 prové m do teorema de Millman, no qual a solu çã o para VL é obtida usando-se a lei
da corrente de Mrchhofl.
E E E
z + Z2 + Egl Yx + Eg 2 Y2 + Èg3 y3
=
1 1
z, 4
z2 4
z3
*
1 + 12 + 3
*
194 "
M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
II
II
- — Relações de corrente e tensão para fontes de fem em paralelo.
Fig. 7 1
Na equaçã o acima, nã o é necessá rio que cada fonte produza a mesma fem
gerada, ou entregue a mesma corrente à carga. Mas, para que qualquer unidade
-
sirva como fonte de fem como indica a Eq . (7 1 ) , è necessá rio que a fem gerada
por aquela unidade exceda a tensã o de barramento VL , a fim de que ela entregue
corrente ao barramento.
Se uma fonte de fem produz uma tensã o Eg , que seja exatamente igual à tensã o
terminal de barramento, KL, diz-se que a fonte está flutuando na linha, isto é, n ão
entrega nem solicita corrente do barramento. Por exemplo , se E 3 = VL na Fig.
7-1, / 3 é igual a zero ; e n ã o há queda de tensão interna relativa à fonte Eg 3, uma
vez que nã o se entrega nem se solicita corrente do barramento.
Se uma fonte de fem produz uma tensão E , que seja menor que a do barra-
mento, será entregue uma corrente pelo barramento, ou seja , pelas outras fontes
em paralelo, para suprir esta fonte. Uma vez que a corrente circula para a fonte
quando a tensã o do barramento excede a tensã o da fonte, a rela çã o entre elas será
expressa pela equa çã o
V .L = Ea9 + InZa
9 9
ou E9 = V .L - IZ
g g -
( 1 9)
onde Ig é a corrente eZ é a impedâ ncia (ou resist ê ncia ) interna da fonte geradora.
^
Quando a fonte da fem é uma maquina girante, cuja fem gerada Eg excede
a tensão nos terminais do barramento a operaçã o da má quina é chamada açã o-
gerador [ Eq . ( 1- 10)] e a m á quina funciona como gerador .
Quando a fem gerada pela má quina é menor que a tensã o aplicada à arma-
dura, e a máquina recebe corrente do barramento [Eq. (1-9)], a operação da má-
quina é chamada açã o- motor e a máquina funciona como motor . Conseq íiente-
mente , qualquer gerador (em paralelo com um barramento), cuja excita çã o seja
reduzida de modo que a tensã o gerada seja menor que a do barramento, passa a
funcionar como motor ; diz-se ent ã o que um tal gerador est á motorizado.
{
i;
Í-
i
\
OPERA çãO EM PARALELO
195
S
* A potê ncia total gerada por uma m áquina, em valores por fase,
quer para funcionamento como motor, quer como gerador
, é
onde E9 1
p
.= '
£ 1 a 1 cos 0 1
* i
/a 1 é a corrente de fase
ft 01 é o â ngulo de fase entre Eg e
í Ia í
l enquanto que a potê ncia entregue ou recebida do barram
ento,
em valores por fase, é
j
p
r L1 = vr L \ lI L 1
cos 0 X (7-2b)
onde V M é a tensão nos terminais ( por fase) no barramento
ou entre linhas
JL 1 é a corrente ide fase ) que entra ou deixa o barramento
ou as linhas.
£9 ~ KL 125 - 120
a -
^= =
K
120 V
o, i = 50 A (7-1)
' 120
/
A máquina
Q =1 A
A entrega 50 A ao barramento e tem uma corrente de armadur
de 50 A + 1 A = 51 A
a
E
-
k
0)
8c
o
*03 I2
</>
C I1
<u
h- Corrente de carga do gerador
< EXEMPLO O gerador 1 da Fig. 7-2 tem a capacidade de 300 kW, e o gerador 2 de 600 kW,
7-2 : a uma tensã o nominal ( de ambos) de 220 V CC. Se a tensã o a vazio dos dois
é 250 V, imaginando caracter ísticas lineares, calcule :
A carga total e os kW de sa ída, de cada gerador , quando a tensã o nos
terminais for a. 230 e b. 240 V . c. O percentual dos kW nominais com que
contribui cada alternador nas respectivas tensões geradas.
Solução :
a. A 230 V
O gerador 1 fornece 250 - 230 X 300 kW = 300 kW = 200 kW
250 - 220 y X
—
O gerador 2 fornece 2 x 600 kW = 400 kW
b. A 240 V
O gerador 1 fornece 250 - 240 x 300 kW =y
1
x 300 kW = 100 kW
250 - 220
1
O gerador 2 fornece y x 600 kW = 200 kW
c. Os dois geradores estarão a vazio em 250 V ; a 1 3 da carga nominal
/ a 240 V ;
a 2/3 da carga nominal a 230 V ; e à carga nominal a 220 V.
1. Cada gerador deve ter a mesma tensão nominal e a mesma regulação em tensão (queda
de tensão desde a vazio até plena carga ).
2. As polaridades de todos os geradores ligados em paralelo devem ser tais que estejam
em oposição ( isto é, mais com mais, menos com menos), e as tensões geradas devem
ser mais altas que a tensã o do barramento.
À carga
o
o
7 o
o
7 ^
o
/
G,
t© /
Barramento
/
/
/
/
i À carga
(MP)
.
Fig 7 3 - — Dois geradores-derivação ligados em paralelo. -
'
f 1. O gerador 1 desenvolve uma fem gerada mais elevada, carregando-se mais. Mas esta
carga mais elevada no gerador 1 faz com que a tensão tenda a aumentar. O gerador
1 assume mais carga, aumenta novamente a tensão, e assim sucessivamente, até que
ele assume toda a carga.
2. O gerador 2, ao mesmo tempo, perde carga, sua tensão cai, então ele assume menos
carga com uma nova queda na tensão resultante, até que ele deixa de suprir a carga e
passa mesmo a ser alimentado como motor, devido à diferen ça da tensão gerada entre
os geradores 2 e 1.
o +
E
e
2w.
a> Vt nominal +
7 .
+A i
7
-
Q
O
ra 1
Campo- g
derivação p
t Campo-
derivação
g
p *
O
</>
G2
©
c
Ek
03
_ Barra equalizadora
vi
o
c Campo-s é rie
Rs , Rs ,2 o
b
g Campo-sé rie
o
o
'31 iLi i1- 2
c
03
K Corrente de carga do gerador
Consegue-se equilí brio está vel entre geradores compostos cumulativos através
de uma barra equalizadora , ou seja um barramento ou um cabo de baixa resist ên -
cia , ligado ao lado da armadura do campo-sé rie da mesma polaridade em cada m á -
quina . Com efeito, a barra equalizadora coloca em paralelo todos os campos-
sé rie de todos os geradores compostos ligados em paralelo, como mostra a Fig. 7-4b.
1. Suponha que o gerador 1 aumente a tensão nos seus terminais, devido a um acréscimo
de velocidade da sua máquina prim á ria, como antes. O acréscimo de tensão, devido
a uma caracter í stica ascendente de tensão, produz um acréscimo de carga. A corrente
aumentada na armadura e no campo-série do gerador 1 causa um acréscimo na tensão
200 M á QUINAS EL é TRICAS E TRANSFORMADORES
3. Deve-se ligar uma barra equalizadora ao terminal comum ao campo série e à armadura
no lado de mesma polaridade para cada má quina.
4. A resist ência de todos os campos-série deve ser, mais ou menos, inversamente propor-
cional às capacidades ( kW nominais ) dos geradores ligados em paralelo.
Campo-
sé rie
i -©
/
/
^
/ Barra
/ equalizadora
+
nn5
-—
Fig. 7 5 Possí vel ligaçã o errada
-
dos campos série e da barra equa-
lizadora, em laborat ório, provo-
cando curto-circuito.
/
/
í°
o
o
o
o
G,
í
Barramento / /
/ Barra /
7 ] equalizadora
/ o
/
Campo- o o Barra
\ sé rie
Campo g - equalizadora
sé rie f
Reostato
Reostato
Fig. 7 6 - — Uso de reostato e chaves para ligação em paraJelo dos campos-sé rie de
geradores compostos.
1. Os valores eficazes ( CA ) das tensões devem ser idênticos, isto é, todas as máquinas devem
ter a mesma tensão eficaz.
2. As tensões de todos os alternadores a serem ligados em paralelo devem ter a mesma
forma de onda.
3. As tensões devem estar exatamente em oposição de fase ( um alternador em relação
ao outro ou em relação ao barramento).
4. As frequ ências de todos os alternadores, a serem ligados em paralelo, devem ser
as mesmas (isto é, o produto de seus nú meros de pólos por suas velocidades deve ser
o mesmo).
5. As caracter ísticas combinadas de tensão total dos alternadores e da velocidade da má-
quina primá ria devem ser descendentes com a aplicação da carga.
6. Apenas para as m áquinas polif ásicas, a seqiiência de fase das tensões polif ásicas da
m áquina que entra no sistema deve ser a mesma do barramento.
“ as caracter ísticas de tensão sob carga das fontes devem ser iguais ou semelhantes”.
Introduzem-se qualificações adicionais porque estamos lidando com tensões
alternativas de uma determinada forma de onda , que normalmente imaginamos
como senoidal , como resultado do uso de enrolamentos da armadura distribuídos,
como se vê na Fig. 2-17c.
Primeiramente, abordaremos a sincronizaçã o ou a operaçã o em paralelo
de alternadores monofásicos, antes de proceder à sincronizaçã o de alternadores
polif ásicos , uma vez que se trata de um processo menos complexo envolvendo
apenas as cinco primeiras condições estabelecidas acima.
o
E2 Eí
( c ) Relação fasorial do
circuito "interno"
mostrando a oposi-
(a ) Circuito local mostrando formas de ondas em oposição. ção de tensões.
6 L
+ +
cc
E , rn > cc E 9f
„
? t -J !E E 2 )
a, L
7 a2
( b ) Diagrama da fiação de circuitos internos e de barramentos.
( d ) Circuito de carga
"externo"
( barramento ).
t
r
E,
/
A t
/
\
//
/,
!< \\A
A
\
t\ \
/
A
\
\
\
r J
/ t
\\ /
v t
\
\ / \ /
E2
V \
V
ER / 2
A2
( a ) Formas de onda do circuito local. i
R /2 E
*l
ER - E , + E?
( c ) Circuito local .
(b ) Resultante.
A2
L
o —
( a ) Sincroniza ção peio método da lâmpada ( b ) Sincronização pelo mé todo da l âmpada
apagada. acesa .
Fig. 7-9 — Sincronização de alternadores monofásicos pelos métodos
da l â mpada acesa
e da lâmpada apagada .
Solução :
c . E pic -
_ 221 V
0,707 =
°
313 V
d . n = 1 /2 ciclo/seg x 60 seg/min = 30 puls min
/
206 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
E X E M P L O Cada alternador da Fig. 7-9 b gera uma tensão de 220 V CA. O alternador 1 tem
7 -4 : uma frequência de 60 Hz e o alternador 2 uma frequ ência de 58 Hz. Com a
chave aberta, calcule :
a . O má ximo valor eficaz em cada lâ mpada e sua frequência.
b. A relação de fase no instante em que ocorre a tensão máxima.
c. O mínimo valor de tensão eficaz aplicada a cada l â mpada e sua frequência.
d. A relação de fase no instante em que ocorre esta m í nima tensão.
Solução :
„ , .
a - £max/ amPada =
220 + 220
j = 220 V
/ = 60 - 58 = 2 Hz
b. As tensões sã o iguais e opostas no circuito local.
„ 220 - 220
= 0 à frequência zero
/t
„ J
C- Êmin/lamPada =
2
d . As tensões est ã o em fase no circuito local .
Egfi
2 9
6
I
*• Egfi Egf 2
IQXSI = IQXS 2
V L = V f l = Vf 2
EXEMPLO Se cada um dos alternadores dos Exemplos 7-3 e 7-4 têm uma resistência efetiva
-
7 5: da armadura de 0,1 ohm e uma reatância de 0,9 ohm, calcule a corrente de sincro-
nização nas armaduras de ambos os alternadores se a chave entre eles for fechada
no momento pr óprio para a ligação em paralelo.
Solução :
No Exemplo 7-3,
Er = 222 - 220 = 2 V
Er 2 V 2 /.0o V
Z , + Z 2 0,2 + j 1,8 1,81 L 83,65° ohms
= 1,105 L - 83,65° A
No Exemplo 7-4, Er = 220 - 220 = 0 V
=0
208 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Pot ê ncia total entregue pelo alternador 2 = Pot ência de sincroniza ção para o
( tendendo a atrasar o alternador 2) alternador 1 + perdas de pot ê ncia
( tendendo a adiantar o alternador \)
t*
r
Ignorando a carga externa nos dois alternadores, ent ã o poderemos
consi-
derar os efeitos da corrente sincronizante e da distribuiçã o da pot ê ncia sincro
t
nizante no seguinte exemplo ilustrativo.
-
Is
8 180 - 8
E
L \
9Í2 Er E
9< 1
Fig. 7- 12
— Corrente sincronizante interna produzida
como resultado de um acréscimo na excitação
do alternador 2.
210 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
nador tem uma resistência da armadura de 0,2 Q e uma reatâ ncia síncrona de
2 Q, calcule:
a. A ação-gerador desenvolvida pelo alternador 2.
b. A ação- motor ou potência sincronizante entregue ao alternador 1.
c. As perdas de potência em ambas as armaduras e a tensão nos respectivos
terminais.
d. Desenhe um diagrama fasorial mostrando as rela ções de tensão e todas as
quedas de tensão.
Solução :
a. Er = E 2 - Et = 220 - 200 = 20 V
20 V
Da Eq. (7-3), Is = (7-3)
4- Z 0,2 4- 0,2 4- j (2,0 4- 2,0)
20 L 0o V
4,98 L - 84,3° A
4,02 L 84,3° O =
Da Eq. (7-4), P 2 = Egf 2 Is cos 9
= 220 x 4,98 cos 84,3° = 108,9 W (a potência total entregue
pelo alternador 2)
b. Da Eq. (7-5)
P , = Egf í Is cos (180° - 0 ) = - 200 x 4,98 cos 84,3° =
= - 99 W (a potência sincronizante recebida pelo alternador 1)
c. Perda de potência = P 2 —
Pl = 108,9 99,0 = 9,9 W — (7-6)
Conferido por Erls cos 9 = 20 x 4,98 cos 84,3° = 9,9 W ou I ] ( Ral 4- Ra 2 ) —
—
(4,98) 2 x 0,4 = 9,9 W, como dado na Eq. (7-6)
Da Fig. 7-13, Vf 2, a tensão por fase dos terminais do alternador 2 é (da Eq. 7-1 ),
V f 2 = Egf 2 ~ KZfx = 220 K98 x
" 2,01 L 84,3o] (1-10)
= 220 - 10 =
= 210 V (ação-gerador)
Da Eq. (7-2)
Vn = Eqfi + IsZfl = 200 + [4,98 x 2,01 L 84,3o] d -9)
—
= 200 -F 10 210 V (ação-motor )
d. O diagrama fasorial é o da Fig. 7 13. -
S 'R' Q 2
Egfis 200 V 2 io v
Egf 2 = 220 V yfl =
Vf = 210 V ER = 20 V LR IsXSt
^ S ' ' 0 t V^
Fig. 7-13 — -
Diagrama fasorial do exemplo 7 6, item d.
I-
*V
EQÍ 2
Egfi
- — Posições
Fig. 7 14 fasoriais ajustadas como resultado da transferência
de pot ê ncia sincronizante entre dois alternadores.
5
212 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
h Is
E 9Z IQI
&2
Egh Er Egfi
)
i
Fig. 7 15- —
Variação no fator de potência da carga de ambos
os alternadores, como resultado da circula ção da corrente
sincronizante.
bem como as suas parcelas de carga , e, ainda, que eles tenham idênticas quedas
nas imped â ncias sí ncronas internas. Imaginemos que a má quina primá ria do
alternador 1 tende a aumentar a sua velocidade, o que faz com que a fem gerada ,
E f i , tenda a adiantar-se como mostra a Fig. 7-16. Operando originalmente como
geradores ideais em paralelo, as suas fem induzidas eram iguais e opostas a qual-
quer instante, e n ã o se produzia fem resultante. Agora , entretanto, a má quina
Is
d Egfi
Egf 2 a
Fig. 7-16 —acrVaria ção na posição de fase como resultado de um
éscimona velocidade do alternador 1.
primá ria 1 aumenta a sua velocidade, e a fem resultante, , é produzida pela dife-
Er
ren ça de frequê ncia entre as duas m á quinas e indicada pelo avanço da tensã o gerada
E g f l na Fig. 7-16. Como no caso da seçã o precedente, a tensã o resultante, Er,
faz com que se produza uma corrente circulante Is na armadura de ambos os gera-
dores, de acordo com a Eq. (7-3). Esta corrente sincronizante faz com que seja
gerada pelo alternador 1 uma pot ência sincronizante, —
Px E f l I5 cos (â ngulo 1).
Esta potê ncia sincronizante conté m uma componente correspondente à perda
de pot ência na armadura ( Erís cos 9 ) e uma componente correspondente à trans-
ferência de potência sincronizante, que é a potência transferida ao alternador 2
para produzir a açã o motora.
O alternador 1 está entregando potência por açã o geradora , e o alternador 2
está recebendo potência por ação motora . A potência recebida pelo alternador
2 é E q f 2 Is cos (â ngulo 2), potê ncia negativa esta , que é a diferen ça entre a potência
gerada pelo alternador 1 e as perdas no cobre das armaduras de ambos os alternadores
[Eq . (7-8)]. Uma vez que a máquina prim á ria do alternador 1 está com mais carga,
como resultado da potência adicional gerada , ela tender á a atrasar-se em fase e a
diminuir a velocidade. O alternador 2, por outro lado, pelo fato de receber uma
potência sincronizante e devido a uma ação motora , tender á a adiantar-se em fase.
Assim , mais uma vez, a corrente sincronizante age de modo a manter continuamente
os alternadores em sincronismo.3
Deve-se notar na Fig. 7-16 que a potê ncia sincronizante recebida pelo alter-
nador 2 realmente depende do â ngulo 9. Para um dado â ngulo a , de avanço do
alternador 1 em relação à sua posiçã o original , o â ngulo 1 entre a fem induzida
Egf j do alternador 1 e a corrente sincronizante, 7S, depende de 9 . Mas 6 depende
da imped â ncia sí ncrona interna dos alternadores. Se 9 é pequeno, o â ngulo 1 é
grande, e o co-seno de um tal â ngulo tem um valor baixo. Para desenvolver a mesma
3
As má quinas primá rias, por isso, devem ter uma caracter
ística de velocidade achatada ou de-
crescente, de modo que os acr éscimos de carga tendam a diminuir a velocidade e os decréscimos a
aumentá -la, ajudando assim o efeito descrito da corrente sincronizante.
OPERA çãO EM PARALELO
215
potência sincronizante no alternador 1 , será preciso , pois, uma maior corrente
sincronizante devido ao pequeno valor de 6 . Um valor extremamente elevado
da imped â ncia sí ncrona do alternador poderá, entretanto, reduzir a corrente
sin-
cronizante mais rapidamente que a diminuiçã o do â ngulo 1 entre a tensão gerada
e aquela corrente.
Obviamente, então , uma razoavelmente elevada relação entre a reatâ ncia
sí ncrona e a resist ência da armadura produzirá uma potência sincronizante rá pida
e suficiente para assegurar uma operaçã o em paralelo conveniente, embora possa
resultar numa pior regulaçã o (Seçs. 6-7, 6-8 e 6-9). Genericamente, entretanto
,
pode-se estabelecer que aqueles alternadores que operam melhor em paralelo
são
os que tendem a ter piores regulaçõ es.
No que diz respeito a variações de velocidade da m áquina prim á ria , ou sú-
bitas aplicações ou retiradas de carga, para a máxima estabilidade da operação
em paralelo , os alternadores devem ter ( 1 ) uma elevada relaçã o entre a reatâ ncia
sí ncrona e a resistência da armadura , e ( 2) uma impedâ ncia total suficientemente
baixa, de modo que pequenas varia ções no seu â ngulo de avan ço de fase (a ) produ
zam valores elevados para a corrente e a potência sincronizantes. Isto é ilustrado
-
nos Exemplos 7-7 e 7-8.
EXEMPLO Os alternadores do Exemplo 7-6 têm, cada um, uma tensão gerada
de 230 V e
-
7 7: uma impedância de 2,01 L 84,3° ohms. A máquina primária do
alternador 1
avança 20° em relação à sua posição correta. Calcule :
a. A corrente sincronizante.
b. A potência sincronizante desenvolvida pelo alternador 1.
c. A potência sincronizante recebida pelo alternador 2.
d. As perdas na armadura.
Solução:
b. Px = E g f l I s cos(
Ef / p Is ) = 230 x 19,85 cos 4,2° (7-4)
= 4.560 x 0,9973 = 4.558 W = potência entregue ao barramento
EXEMPLO Repita o Exemplo 7-7, se cada alternador tiver uma imped â ncia de 6 L 50°Q
7 8: -
Solução:
79,8 L 100, 1° V
a !s
* =Z + Z 12 L 50° n = 6,65 L 50,1° A (7-3)
1 2
b. P , = EgflIs cos (£g / 1, 7S) = 230 x 6,65 cos 30,1° = 1.322 W (7-4)
Note-se que o uso de uma imped â ncia maior a um Q mais baixo , ou seja XJRa,
resultou em ( 1 ) uma redução na potê ncia sincronizante, e (2) um acr éscimo nas
perdas , a despeito da reduçã o da corrente sincronizante. É por esta razã o (e outras
mais) que se prefere uma relaçã o elevada de reatâ ncia da armadura para a sua
resistência , a despeito de seu efeito sobre a regulação. Finalmente, como se men-
cionou na Seç. 6-8, a regulaçã o da tensã o pode ser controlada pelo uso de regu-
ladores de tensã o, que variam a excitaçã o do campo para manter a tensã o de sa í da
constante, independentemente de varia ções da carga.
Nas seções anteriores (Seçs. 7-10 e 7- 11) indicou-se que uma corrente sincro-
nizante instantâ nea é produzida sempre que a corrente de campo de um alternador
é aumentada, ou quando se aumenta a velocidade de sua má quina primá ria. O
efeito da corrente sincronizante é produzir uma potê ncia sincronizante instant â nea,
que faz com que o alternador que gera a potência se atrase até a posiçã o de sincro-
nismo, e os alternadores que recebem a potência se adiantem até o sincronismo.
Poderia parecer que estas tendências, acopladas à caracter ística descendente da
velocidade das máquinas prim á rias que acionam os alternadores, resultariam
numa situação de estabilidade extrema e equilí brio. Isto seria verdade, de fato,
t se a velocidade da m á quina primá ria fosse constante para um ciclo completo de
\ i rotaçã o.
Infelizmente, uma m á quina prim á ria de natureza alternativa ( tal como um
motor a gasolina ou diesel, ou uma m á quina a vapor) pode ter uma velocidade
\
média constante em rpm, mas nã o ter á uma velocidade constante durante um
\ ciclo completo de rotação. Durante o per íodo de expansão de uma máquina a
!! vapor, por exemplo, o alternador estará adiantado em relaçã o ao sincronismo ,
I enquanto que, durante o per í odo de extraçã o, o alternador atrasa-se em relaçã o
a ele. Um alternador de 30 pólos operando a 60 Hz ter á uma velocidade média
l
I
OPERA çãO EM PARALELO 217
da m á quina primá ria de 240 rpm , ou 4 rps. Em uma rota ção, ou seja um quarto
de segundo, o alternador percorrerá 15 ciclos! A resposta elé trica do alternador,
mesmo a pequenas variações ocorridas na velocidade da m á quina prim á ria, é
quase instantâ nea. Infelizmente, entretanto, os rotores dos alternadores são bas
tante pesados e tê m uma grande quantidade de iné rcia. -
Se, durante o perí odo de expansão, um alternador adianta-se levemente em
relaçã o ao sincronismo, ele estará, instantaneamente, entregando potência sin
cronizante aos outros alternadores. Os outros alternadores recebem esta potência
-
instantâ nea, mas, devido à iné rcia, sua resposta é muito lenta. O alternador em
avanço produzir á ent ã o mais e mais corrente sincronizante, numa tentativa de
trazer ao sincronismo os outros alternadores, ao mesmo tempo em que ele pr óprio
se atrasa. A potência transferida pode ser t ão grande e a demanda, em termos
de contratorque, tã o elevada que, em vez de atrasar -se para a posição de
sincronismo, ele eventualmente ficará abaixo da velocidade dos outros alterna
dores . Quando ele está nesta situaçã o, sua má quina primária est á em extração
-
(o que em nada auxilia a situaçã o) ; e, ao atrasar-se, ele receberá instantane
amente
pot ê ncia do barramento e funcionar á como um motor .
A potência sincronizante recebida mais o aumento extra da máquina pri
m á ria na sua expansã o fazem com que, mais uma vez, o alternador original oscile
-
até uma posição mais avan çada do que a da primeira vez. A inércia dos
demais
alternadores , ao n ã o responder imediatamente à potência instantaneamente rece
bida , faz com que o alternador em avanço desenvolva uma corrente sincronizante -
maior ainda que a anterior. Efetivamente, o alternador está “caçando” a velo
-
cidade sí ncrona está vel, mas n ã o pode alcançá la . -
Esta oscilação periódica repetida ou caça , acima e abaixo da velocidade sí n
crona do alternador acionado por uma m á quina alternativa , continua a ampliar -
se, cada oscilaçã o sucessiva aumentando em relaçã o à anterior . Se temos ligados
-
instrumentos tais como amper í metros e wattí metros, a caça ao sincronismo pode
ser observada pelo aumento e diminuiçã o da corrente lida no amperí metro e pela
reversão periódica da potência do wattí metro, em resposta à recepção e à geração
da pot ê ncia sincronizante. Desde que esta condiçã o n ão cessa por si mesma e n ã o
é autolimitante ( pelas razões acima descritas), é necessá rio tomarem se provi
-
d ê ncias , no projeto combinado de alternador — má quina primá ria , para eliminá
-
la. A seguir, apresentamos algumas das técnicas empregadas para reduzir a caça
-
ao sincronismo.
-
7 13. SINCRONIZAÇÃO DE ALTERNADORES POLIF
ÃSICOS
Embora desenvolvida em termos de alternadores monofásicos, toda
cussã o precedente aplica -se igualmente aos alternadores polifásicos, uma vez que-
a dis
todas as considerações e cá lculos são feitos por fase para os alternadores
tri ou
polifásicos genericamente. As únicas diferenças ocorrem no
método de sincro-
nização e nos critérios da sequência de fases (o sexto requisito na Seç. 7-8)
. Este
requisito estabelece que a sequê ncia de fases do alternador que vai
entrar em para-
lelo deve ser a mesma do barramento, isto é, dos alternadores que já est
ão ope-
rando em paralelo.
Como se estabeleceu na Seç. 2-13, há apenas duas sequências de fase possí veis
para um alternador trifásico, pela simples razã o de que há apenas
dois sentidos
possí veis para a rotaçã o dos pólos em relaçã o aos enrolamentos da
armadura. A
Fig. 7- 17 mostra um alternador, à esquerda, em vias de ser ligado
em paralelo
N N
A Ao
o
o
C B
q íiê ncia de fases da m áquina que vai entrar em paralelo é a mesma do barramento.
Se o motor de induçã o gira no sentido oposto, qualquer par de terminais do alter-
nador que vai entrar em paralelo deve ter suas posições invertidas ( terminais junto
* às chaves da Fig. 7-17) e com isto se assegura a sequ ência de fases correta. A se-
quência de fases pode ser també m conferida por um indicador de sequência de fases
( Seç. 7- 15).
A sincronizaçã o pode ser conseguida utilizando-se os mé todos das lâ mpadas,
semelhantes, em princí pio , aos empregados para os alternadores monofásicos,
mostrados na Fig . 7-9 . O mé todo empregado na Fig. 7- 17 é o mé todo da lâmpada
apagada. Mesmo que os valores eficazes das tensões de fase e de linha , do alter -
nador que entra em funcionamento e das má quinas já operando, sejam idênticos
e també m o sejam as frequências dos alternadores , as lâ mpadas da Fig. 7-17 podem
n ã o estar apagadas. H á uma escassa possibilidade de que as tensões tendam a
‘‘fechar-se” em precisa oposiçã o, fase a fase. Assim , se as lâ mpadas permanecem
fixas em um dado brilho, isto indicará que tanto a m á quina que entra em funcio-
namento como as que já est ã o operando t ê m a mesma frequência, mas que uma
diferen ça de potencial é produzida seja ( 1 ) por um deslocamento fixo de fase entre
as fem induzidas dos alternadores, seja ( 2) por uma diferença entre os valores efi-
cazes das tensões de fase.
Depois de descartar-se a segunda possibilidade através de um volt í metro,
será necessá rio acelerar ou retardar levemente o alternador que est á entrando
em funcionamento, a fim de encontrar o momento preciso para fechar a chave
sincronizante ( isto é, quando as lâ mpadas se apagam) , enquanto as l â mpadas estão
piscando juntas. Se as l â mpadas não piscam juntas, as fases não estão corretamente
ligadas às chaves , ou a sequê ncia de fases est á incorreta . A inversã o de um par
qualquer de terminais resolverá o problema.
A desvantagem de usar-se o método da lâ mpada apagada para alternadores
polif ásicos é a mesma , discutida na Seç. 7-9 para alternadores monofásicos , em
que se achou dif ícil determinar, mesmo para um piscar lento, o ponto intermediá rio
do período apagado (quando os alternadores estã o exatamente em sincronismo
e as fem exatamente defasadas de 180° umas em relaçã o às outras).
Como no caso de alternadores monofásicos ( Fig. 7-9 b), o método da lâmpada
acesa pode ser usado para indicar o instante da sincronização através do brilho
m á ximo da lâ mpada. A Fig. 7-18a mostra as ligações correspondentes ao mé todo
da lâ mpada acesa para a ligaçã o em paralelo de alternadores trifásicos, no qual
as três lâ mpadas tiveram todas as ligações invertidas em relação às da Fig. 7-17.
A Fig. 7-18 b mostra um terceiro m é todo, chamado método da lâmpada girante,
no qual teremos as l â mpadas piscando de forma que duas estejam acesas e uma
apagada, sucessivamente. A chave sincronizante é fechada quando as duas l â m-
padas de fora , da Fig. 7-18 b, est ã o acesas e a do centro est á apagada. A vantagem
deste m é todo é que ele permite a sincronizaçã o em termos de brilho má ximo e
m í nimo. A figura mostra també m o uso de lâ mpadas em sé rie, para prevenir-se
a queima das l â mpadas devido a tensões de pico. Para alternadores de alta tensã o,
utilizam-se transformadores de potencial, quer com as lâ mpadas quer com o sin-
cronoscó pio, descrito a seguir.
220 iVlAOUINAS ELÉTRICAS E TRANSFORMADORES
.
( a ) Mé todo da l âmpada acesa
A°
o
7-14. S1 NCRONOSCÓPIOS
Bobinas 1 , 2 do estator
if
o
o
í2
Má quina a ser ligada
( a ) Circuito.
Indicador
(D s
' ®
r \ N
\ S
\
Lento f R á pido
I© x ®! |® ©
rS N
® ©
( b ) Mostrador. ( c ) Fluxo do campo girante e magnetiza ção do
ponteiro em sincronismo .
Fig. 7- 19
— Mostrador do circuito do sincronoscó pio e princí pio de operação
( tipo ponteiro polarizado).
/
N
-,
1 2- 3
_
N °) Nj
C
r^VW wv vw
i ( A) TB
2 3
(0
A lista a seguir pode servir como um sumá rio dos passos necessá rios para
colocar alternadores polif ásicos em paralelo com outros alternadorés , atrav és
de um barramento.
•
1 . 0 alternador é trazido à velocidade nominal e seu valor eficaz de tensão de linha é ajus
tado à tensão do barramento através de um volt í metro.
-
2. A sequência de fases é verificada através do indicador da sequência de fases ou das lâm
Y padas de sincronização.
-
3. A frequência do alternador a ser ligado é comparada à do barramento através de um
sincronoscópio ou pelo método das lâ mpadas. Se a frequência da máquina a ser ligada
-
é baixa, aumenta se a velocidade de sua máquina primá ria ; se é alta, a velocidade é
reduzida.
4. A chave de paralelismo é fechada no instante em que as lâ mpadas ou o sincronoscópio
indicam que as tensões fase-a -fase são exatamente iguais e opostas. O alternador estará
então ligado e flutuando na linha.
5. Faz-se com que o alternador assuma carga, aumentando-se a velocidade de sua á
quina prim á ria.
m -
6. O fator de potência no qual funciona o alternador, no que diz respeito à sua potência
reativa, é ajustado por meio de seu reostato de campo.
7. A tensão do barramento é ajustada, atuando-se simultaneamente em todos os reostatos
de campo.
BIBLIOGRAFIA
-
16. SISKIND, C. S. Direct current machinery. New York, McGraw-Hill, 1952.
17. SKILLING, H. H . Electromechanics : a first course in electromechanical energy conversion.
New York, Wiley /Interscience, 1962.
18. THALER, G. J. & WILCOX, M. L. Electric machines : dynamics and steady state . New
York, Wiley / Interscience, 1966.
19. WHITE, D. C. & WOODSON, H. H. Electromechanical energy conversion. New York ,
Wiley / Interscience, 1959.
QUESTÕ ES
PROBLEMAS
7-1. Dois geradores são ligados em paralelo a uma carga de § Cl O gerador A é ajustado
.
a uma tensão gerada de 124 V, tendo uma resistência da armadura de 0,1 ft. O gerador
B é ajustado a uma tensão gerada de 125 V, tendo uma resistência da armadura de 0,05 ft.
Desprezando a corrente de campo drenada por gerador, a queda de tensão nas escovas
e a queda de tensão devida à reação da armadura, calcule
a. A corrente entregue, por gerador, ao barramento.
b. A corrente entregue pelo barramento à carga.
c. A tensão nos terminais do barramento.
7-2. Repita o problema 7 1, com a excitação do gerador A reduzida de forma que sua tensão
-
gerada seja 120 V, e a do gerador B aumentada de modo que sua tensão gerada seja
127 V.
7-3. Repita o problema 7-1, com a excitação do gerador A reduzida de forma que sua tensão
gerada seja 118 V. e a do gerador B aumentada de modo que sua tensão gerada seia 128 V.
7-4. a . Em relação ao problema 7-2, qual é o efeito sobre o gerador B de desligar-se A do
barramento ? Por qu ê ?
b. Em relaçã o ao problema 7-2, qual é o efeito sobre o gerador B de aumentar-se a
resistência interna da armadura do gerador A? Por quê ?
7-5. a. Em relação ao problema 7-3, qual é a natureza da operação do gerador A ? Por quê ?
b. Qual a denominação normalmente empregada para a tensão gerada pela máquina A ?
c. Qual o efeito de diminuir-se a excitação da m áquina A sobre
1. A corrente drenada do barramento pela máquina A.
2. O torque produzido pela máquina A.
3. A direção do torque produzido pela máquina A em comparação ao produzido
por sua máquina prim á ria.
OPERA çã O EM PARALELO 227
d . Qual é a tensão nos terminais da máquina A ? Dê a equação que estabelece a operação
da máquina A .
e . Dê a equação que estabelece a operação da máquina B.
7-6. Dois geradores-derivação, idênticos, de 50 kW, 250 V, 1.200 rpm têm uma regulação
de tensão de 10%. Um gerador está entregando metade de sua carga nominal a uma
tensão de 262,5 V em seus terminais, enquanto o segundo gerador está ligado em paralelo
à linha, em flutuação. Imaginando que ambos tenham velocidade e excitação constantes,
calcule
a . A potência total entregue a uma tensão do barramento de 262, 5 V .
b. A potência má xima entregue sem que se exceda a capacidade do gerador original.
c. A potência que cada gerador entrega em ( b).
7-7. Um gerador-derivação de 10 kW, 125 V, 1.800 rpm está ligado em paralelo a um gerador
-
derivaçã o de 5 kW , 125 V, 1.200 rpm . O gerador de 10 kW tem uma regulação em tensão
de 8%, enquanto o de 5 kW tem de 10%. Supondo que ambos são ligados em paralelo
a uma tensão a vazio de 135 V e que a velocidade de suas máquinas primá rias nã
o varia
com a aplicação da carga , para uma corrente total de carga de 100 A entregue à carga
,
calcule
a. A corrente de carga que cada gerador entrega .
b. Os quilowatts entregues à carga .
c. Os quilowatts que cada gerador entrega.
7-8. Repita o problema 7-7 para uma corrente de carga total de 60 A .
7-9. Repita o problema 7-7 para uma corrente de carga total de 120 .
A
7-10. a . Supondo que cada um dos geradores do problema 7-7 deve ser carregado à
carga
nominal quando a corrente de carga é 120 A, calcule a excitação a vazio para
cada
uma das máquinas antes da ligação em paralelo.
b. Se os dois geradores ficam ligados em paralelo e a carga externa é desligada
, qual
das máquinas funcionar á como motor e qual funcionará como gerador ?
7-11. Dois geradores compostos CC de 250 V e diferentes capacidades são ligados em paralelo
O gerador A tem uma capacidade nominal de 50 kW e o gerador B de 100
.
kW. Para
possibilitar que os geradores tenham o mesmo grau de compensação, ao campo
-série
do gerador B é ligada em paralelo uma resistência de 0,05 Q. Os campos-sé rie dos gera
dores A e B têm idênticos valores de resistência de 0,05 Cl. Se as ligações de ambos
-
os geradores são do tipo curto-derivação determine
a. Se os geradores funcionarão satisfatoriamente em paralelo. Se não, por que não ?
b. A resistê ncia necessá ria a produzir-se numa operação em paralelo satisfat
ória e
mostre que circuito levará a isto.
c. A queda de tensão em cada um dos campos série ligados em paralelo, quando ambos
-
os geradores estiverem suprindo a plena carga e a meia carga, respectivamente.
7-12. Dois altemadores monofásicos devem ser sincronizados utilizando-se o método da
-
lâ mpada apagada, como mostra a Fig. 7 9(a). O altemador A tem nos terminais uma
tensão de 220 V e uma frequência de 60 Hz. O altemador B tem uma tensão de 222 V
e uma frequência de 61 Hz. Calcule :
a. A tensão efetiva m á xima em cada lâ mpada,
b. A frequência do piscar das lâ mpadas ( batimento),
c. A tensão efetiva mí nima em cada l â mpada .
-
7 13. Cada altemador do problema 7-12 tem uma frequência de 60 Hz. Calcule a tensão
efetiva em cada lâ mpada quando
a. A diferença de fase entre os altemadores é 0o.
b. A diferença de fase entre os altemadores é 180°.
c. Calcule a frequência do piscar das lâ mpadas em (a ) e ( b).
228 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
7- 14. Nos problemas anteriores, os dois altemadores monofásicos A e B têm, cada um, uma
resistência efetiva de 0, 1 O e uma reatâ ncia sí ncrona de 1.0 Q , respectivamente. Eles
sã o sincronizados convenientemente (isto é, suas fem estão a 180° em relação ao circuito
local ), mas no instante da sincronização a fem do altemador A é 220 V e a do B 210 V,
em valores médios quadrá ticos. No instante em que fecha a chave de sincronizaçã o,
e antes que os altemadores ajustem suas posições de fase, calcule .
a. A tensão resultante entre os altemadores.
b. A corrente sincronizante.
c. O â ngulo do fator de potência entre (a ) e ( b).
d. A potência desenvolvida pelo altemador A e sua forma de operaçã o.
e. A potência desenvolvida pelo altemador B e sua forma de operação .
f. A perda de potência em ambas as armaduras e a potência sincronizante.
g. A tensão nos terminais de cada altemador ( tensão no barramento).
7-15. Dois altemadores trifásicos, ligados em estrela, de 150 kVA, 3.980 V são sincronizados
a vazio, de forma que o altemador A está adiantado de 20 graus elé tricos em relação
à posição de 180° que deveria tomar no circuito local, com respeito ao altemador B.
Cada altemador tem uma resistência de 0,12 Q/ fase e uma reatâ ncia de 1,275 0/fase,
respectivamente. No instante em que se fecha a chave, e antes que os altemadores
tenham ajustado suas posições de fase, calcule
a. A diferença de fase entre os altemadores em graus elétricos e o valor médio quadrá-
tico de volts.
b. A corrente de sincronização por fase e seu respectivo â ngulo do fator de potência.
c. A pot ência desenvolvida por fase pelo altemador A e sua forma de operação *
RESPOSTAS
? 1(a ) 40 A , 100 A ( b) 140 A (c) 120 V 7-2(a) 140 A , 0 ( ) 140 A
'
b (c) 120 V 7-3(a) - 20 A,
160 A ( b) 140 A (c) 120 V 7-6(a ) 26,25 kW ( b) 75 kW (c) 50 kW, 75
kW 7-7(a) 28,6 A ,
71 ,4 A ( b) 12,62 kW (c) 3,61 kW, 9,01 kW 7-8(a) 17,15 A, ,85
42 A ( b) 7,78 kW (c) 5,56
kW, 2,22 kW 7-9( a ) 34,3 A, 85,7 A ( b) 149,2 kW ( c) 42,7, 106,5 kW 7-10(a ) 137,5 V, 135 V ( b)
Gerador A, Motor B 7-12(a ) 221 V ( b ) 1 Hz (c) 1 V 7-13(a ) 221 V ( b ) 1 V (c) zero 7-14(a )
10 V ( b) 4,98 A (c) 0,09932 (d ) 108,8 W (e) - 103,8 W (f ) 103,8 W (g) 215 V 7-15ía ) 160°
( b ) 312,5 A (c ) 7,15 kW (d ) 693 kW motor ( e) 69 kW , 704.5 kW
/fase ( f ) 2.300 V 7-16( a ) 118 V
( b) 58,75 A ( c ) 0,09932 ( d ) 8.440 W ( e ) 7.750 W ( 690 W ( g) 2.400 V.
0
r
OITO
relações de torque
t. em máquinas CA
motores sí ncronos
8 1. GENERALIDADES
-
Cabe repetir que todos os motores elé tricos, CA e CC, atuam como geradores
enquanto tem lugar a acã o-motor. No capí tulo anterior sobre a operaçaò em
paralelo, estabeleceu-se que, quando uma m á quina (CA ou CC) é ligada em para-
lelo a um barramento ou a uma outra fonte de fem , ela pode atuar ( 1) como gerador,
se sua fem induzida for superior à tensã o do barramento (e a má quina fornecer
potência ao barramento) ; ou (2) como motor, se sua fem induzida for menor que
a tensã o do barramento (caso em que a m á quina recebe potê ncia do barramento).
-
Estabeleceu se també m que uma armadura de motor ligada a um barramento
pode ser considerada como estando em paralelo com ele. Considerando a opera-
ção em paralelo de alternadores mono e polifásicos, demonstrou-se que dois fa -
tores poderã o ocasionar a “ motorizaçã o” do alternador e fazê-lo receber potê ncia
sincronizante do ^ barramento (ou dos outros alternadores em paralelo) ; eles são
^
( 1 ) um decréscimo da corrente de campo e da fem gerada ( tornando-a menos que
I
^
a tensã o do barramento) e (2) um decréscimo na velocidade instant ânea da má quina
230 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
8-2. CONSTRU ÇÃ O
-
Anel de curto circuito
u
7>
N úcleo N S
do polo
Barras
do
rotor
Enrolamento
do campo CC
-
Fig. 8 2 — Torque resultante nulo desenvolvido pelos condutores do
estator de um motor sí ncrono, quando o rotor est á parado.
.
( a ) Torque instantâ neo ( b) Torque produzido pela inversão
do sentido da corrente.
. -
Fig 8 3
— Torque no mesmo sentido quando o rotor gira
à velocidade síncrona.
RELA çõES DE TORQUE EM Má QUINAS CA — MOTORES S í N < RONOS 233
Sentido de
rotação
Torque resistente
devido à carga
É evidente, ent ã o, que se deve trazer o motor sí ncrono a uma velocidade sufi-
cientemente pró xima da sí ncrona, para que ele possa entrar em sincronismo com
o campo girante. Os meios pelos quais ele é trazido a essa velocidade sã o : ( 1 ) um
motor CC acoplado ao eixo do motor s í ncrono ; ( 2) a utilizaçã o da excitatriz como
motor CC, para o mesmo fim ; ( 3) um pequeno motor de induçã o com, no m í nimo,
um par de pó los menos que os do motor s í ncrono ; e (4) a utilizaçã o dos enrola-
2
Isto n ão é a mesma coisa que a velocidade de escorregamento num motor de induçã o, onde
o estator gira à velocidade sí ncrona, mas a velocidade do rotor deve ser sempre menor que aquela.
234 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
t
mentos de compensa çã o, para que a partida se dê como a de um motor de indução
do tipo gaiola de esquilo.
O primeiro mé todo é, algumas vezes, utilizado em laboratórios com motores
sí ncronos que não sã o equipados com enrolamentos amortecedores. Geralmente,
o motor s í ncrono deve funcionar como a má quina primá ria de velocidade cons-
tante para acionar o gerador CC. Mas, para colocar-se o motor em sincronismo,
o gerador CC funciona como motor, e a máquina CA é sincronizada em relação
à fonte CA (Seç. 7-16) como se fosse um alternador. Uma vez em paralelo com a
fonte, a m áquina s í ncrona funciona como um motor. O “ motor” CC não atuará
como gerador se a sua corrente de campo for aumentada de forma que sua fem
gerada exceda a do barramento CC.
O segundo mé todo é, em ú ltima an á lise, idêntico ao primeiro, exceto que a
excitatriz ( um gerador -derivaçã o CC) é operada como motor, e a máquina sí ncrona
CA é sincronizada com a fonte CA (Seç. 7-16).
O terceiro mé todo, utilizando um motor de indução auxiliar, com um n ú mero
de pólos menor, implica no mesmo processo sincronizante para o motor s í ncrono
CA como alternador. Requer-se, no m í nimo, um par de pólos a menos, no motor
de indu çã o, para compensar -se a queda na velocidade dele devida ao escorre-
gamento.
Nos três métodos discutidos acima é necessário ( 1) que o motor sí ncrono
tenha pouca ou nenhuma carga, e ( 2) que a capacidade do motor de partida (CA ou
CC) esteja ent 5 e 10 por cento da nominal do motor s í ncrono a ele acoplado.
^
Decididamente, o mé todo de partida mais comum para moto-
res sí ncronos é o que usa os enrolamentos amortecedores para que a
partida se dê como se o motor fosse de induçã o. Este m é todo é o
mais simples e n ão requer má quinas auxiliares especiais ( V. Seç.
8-5, a seguir ).
de grande porte, eles ser ã o estudados no Cap. 9 (V. Seç. 9-14 e seguintes). Os mé
todos ali discutidos incluem, especificamente, partida estrela-delta, partida por
-
meio de resist ê ncia em série com a linha, autocompressadores de partida, etc.
É praticamente impossí vel partir-se um motor sí ncrono com o seu campo CC
energizado. Mesmo quando desenergizado, o campo magn ético do estator, que
gira rapidamente, induzirá tensões extremamente elevadas nas muitas espiras do
enrolamento de campo. É costume, pois, curto-circuitar o enrolamento CC de
campo durante o per í odo da partida ; assim, mesmo que nele sejam induzidas
tensões e correntes, ele auxiliará os enrolamentos amortecedores a produzir uma
ação de motor de indução. Em motores s í ncronos muito grandes, usam-se chaves
^
para seccionar os diferentes enrolamentos de campo, que curto-circuitam os enro
-
lamentos do campo individual, para evitar a adição das tensões induzidas de pólo
a pólo (uma vez que estas tensões induzidas elevadas poderão provocar perfura
çõ es no isolamento do campo). -
, Entre as vantagens dos motores sí ncronos, em relação aos de indução, está
o fato de que o entre ferro nas má quinas sí ncronas é maior (Seç. 8-1). O enrolamento
de indução do rotor desenvolve, portanto, durante a partida uma relação razoa
velmente grande de sua reatâ ncia para sua resistência. Embora isto possa resultar
-
em maiores correntes de partida e menores fatores dc potê ncia para o desenvol
vimento do mesmo torque, ou mesmo de um torque menor, o fato resulta em me -
lhor velocidade de escorregamento a vazio do motor sí ncrono. Assim , quando -
se remove o curto-circuito do campo e se aplica CC ao enrolamento de campo
do rotor , numa velocidade que é a sí ncrona ou próxima dela, o rotor entra facil
mente em sincronismo com o campo girante do estator. Ocasionalmente, quando
-
se usa uma l â mpada estroboscó pica para medir a velocidade do motor sí ncrono,
os estudantes podem observar, em laboratório, que n ã o h á variação instantâ nea
na velocidade por ocasião da aplicação de tensão cont í nua, indicando este fato
que o rotor já terá entrado em sincronismo “ por seus meios” . Este é o princí pio
pelo qual o motor de histerese e o motor sí ncrono de indução (Seç. 8 29) operam ;
-
quer dizer, o ferro do rotor se magnetiza pelo fluxo do estator, e o rotor entra em
sincronismo sem requerer excitação de campo CC, utilizando o torque de relu
t ância (Seçs. 1-2 e 8-17). -
—
Fig. 8-5 Magnetização do campo
que resulta no “ escorregamento de
um pólo”.
236 MAQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
ER
Egf
. -
Fig 8 7 —do Relação
a
entre a tensão
\8
IS < IQ ) - vf
gerada pelo motor s í ncrono e a tensão
barramento após a sincronização daquele, a vazio.
seja a de tomar como tensã o de refer ê ncia a tensã o terminal do barramento que
fornece a corrente sincronizante, e está representada como a tensão terminal por
fase V p em vez de E g f V Deve-se notar na figura que a tensão gerada, E g f [ Eq.
( 2-15)], é mostrada como igual à tensão do barramento ( o que deve ocorrer no
instante de sua sincronizaçã o em relação ao barramento), mas deslocada da posiçã o
180° de um â ngulo a como resultado da potência sincronizante recebida. Apesar
da tensão gerada Egf ser igual à tensã o do barramento, deve-se notar que a corrente
de armadura e sincronizante do motor, Is ou Ia , é um resultado da tensão resul-
tante, Er. Imaginando que o suprimento do barramento CA, consistindo de um
ou mais alternadores em paralelo, tenha impedâ ncia interna desprezá vel (uma
hipótese justificá vel, na maioria dos casos), a Eq. (7-3), que expressa o valor da
corrente sincronizante de armadura, pode ser simplificada para :
J
_ Vf - È gr Er (8- 1 )
K +J Z/
onde Ia
°
^
é a corrente de armadura por fase drenada pelo motor síncrono, do
barramento CA
V f. é a tensão de fase aplicada à armadura do estator do motor síncrono
Eof é a tensão gerada por fase, de acordo com a Eq. (2-15), nos condutores
da armadura
Er é a diferença fasorial entre a tensão aplicada na armadura e a tensão
gerada por fase [V. Eq. (8- 3)]
Z f é a imped â ncia do motor sí ncrono por fase, consistindo de Ra e
K é a resistência efetiva da armadura por fase
x sa é a reatância síncrona da armadura por fase.
RELAçõES DE TORQUE EM Má QUINAS CA — MOTORES Sí NCRONOS 239
A semelhança entre a Eq . (8- 1) acima e a equação genérica do motor, Eq.
( 1 -9), deve ser levada em conta. Entretanto deve-se dizer que a corrente de arma -
dura solicitada por um motor s í ncrono CA é limitada por sua impedâ ncia e sua
(contra) fem gerada, quase que da mesma forma como a corrente de armadura
solicitada por um motor CC é limitada por sua resistência e sua fcem.
H á uma diferença importante, entretanto , entre o motor sí ncrono CA e o
motor CC derivação. No caso do motor CC derivaçã o, conforme a carga é apli-
cada , o torque resistente produz uma diminuição na velocidade ; a reduçã o de
velocidade tem o efeito de reduzir, por sua vez, a fcem gerada, permitindo, assim,
a circulaçã o de uma maior corrente de armadura [Eq. ( 1-9)]. O aumento de cor-
-
rente de armadura supre um maior torque motor [Eq. (4 4)] e desenvolve mais
potência na armadura [Eq. (4-7)]. A fim de que se produza ação motor e para
-
que o motor receba corrente do barramento, a fcem gerada nunca pode igualar
à tensã o do barramento num motor CC.
Num motor síncrono, entretanto, a velocidade é constante e a fem gerada por
fase, Egp é uma função ( Eg = K ( j) N ) da excitação do . campo apenas.
O motor síncrono é, pois, incapaz de solicitar majs_ corrente da fonte, como
resultã do 3è lhã~dÍTnfmitçãD 3aTcem Egf . Se o motor está sobreexcitado por
^
^
^
uma corrente de campo elevada, a fem gerada por fase pode exceder a tensão nos
terminais. Desde que o fluxo de campo do motor sí ncrono é independente da velo -
cidade, como procede então o motor sí ncrono para ajustar a sua corrente de arma -
dura na Eq . (8- 1 ), de modo que se desenvolva um acréscimo de pot ê ncia quando
se aplica carga ao seu eixo?
-
Estabeleceu se que, quando o motor fosse sincronizado ao barramento, a sua
tensão gerada por fase fosse igual e oposta à tensã o por fase do barramento. Neste
instante, a chave seria fechada para fazer se o paralelo. Se o motor sí ncrono con
-
tinuar a ser acionado por sua máquina primária, a sua tensão gerada por fase
-
igualará a tensã o do barramento, como mostra a Fig. 8-8a ; e ele passar á a flutuar
em relação à linha (Seç. 7- 2). Imaginemos que a m á quina primária é subitamente
desacoplada do motor sí ncrono, que é precisamente a situaçã o que ocorre quando
um motor síncrono descarregado entra em sincronismo devido à excitaçã o de
seu campo CC.' Desde que ele n ã o mais est á sendo acionado, atrasa se de fase,
-
de um â ngulo a, passando então a compor com Vf uma resultante , de acordo
com a Eq . (8-1 ) e como mostra a Fig. 8-8 b. Mas o â ngulo a pode ser Er
insuficiente
para manter a rotaçã o do motor sí ncrono, uma vez que se desenvolve uma potên
cia sincronizante muito pequena quando for muito baixo o valor da corrente de
-
armadura. E necessá rio, então, que o pólo do campo girante do rotor se atrase
de mais alguns graus elétricos (com relaçã o ao campo girante produzido na arma
dura do estator) para manter a rotação.
-
Conforme o pólo do rotor se atrasa de fase : ( 1 ) a diferença de tensão resul
tante Er aumenta ; (2) a corrente da armadura, 7 , també m aumenta [desde que -
fl
Zf na Eq . (8- 1 ) pode ser suposta constante]. A Fig. 8-7 mostra esta situaçã o, na
qual uma potência sincronizante positiva de valor VfIa cos 6, por fase, é entregue
ao motor sí ncrono. Desde que o motor n ão mais é acionado pela m á quina pri
má ria, esta potência sincronizante positiva (como no caso de alternadores em
-
paralelo) não adianta o motor sí ncrono, de modo que a sua fem gerada seja des
-
240 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
E f
9
Egf vf «i 'f
.
Fig 8 8 - — Passos no desenvolvimento do torque devido à potência sincronizante
drenada do barramento por um motor sí ncrono a vazio . ( )
locada de 180° em relaçã o ao barramento. Em vez disso, a pot ência positiva produ -
zida é suficiente para vencer o contratorque do motor síncrono correspondente
ao atrito, à ventilação e a outras perdas rotacionais do motor . O rotor gira, assim,
a uma velocidade síncrona constante com uma posiçã o de fase em atraso fixa , a ,
entre o centro de um pólo N do rotor e o centro de um pólo oposto S no campo
girante do estator.
Deve-se notar que o â ngulo de atraso a vazio, a , entre o campo girante e os
pólos do rotor representa apenas alguns graus elétricos. O n ú mero de graus mecâ
nicos , p, é o mesmo ou menor ainda que a, e a rela ção entre eles é
-
2a
^
onde P é o n ú mero de pólos, e a é o n ú mero de graus elétricos.
P
( 8- 2 )
gfx sen a
E«
h a
U
— 'Vf Egf cos a
Egf cos d
Vf
EXEMPLO Um motor síncrono de 20 pólos, 40 HP, 660 V, 60 Hz, trif ásico, ligado em estrela
8- 1 : está funcionando a vazio com a sua tensão gerada por fase exatamente igual
a tensão de fase aplicada à sua armadura. A vazio, o rotor atrasa-se de 0,5 grau
mecâ nico em relação à sua posi ção sí ncrona. A reatâ ncia síncrona é 10 ohms
e sua resistência efetiva de armadura é 1 ohm por fase. Calcule:
a. O giro do rotor em relação à posição sí ncrona, em graus elétricos
b. A fem de armadura resultante, por fase
c. A corrente de armadura, por fase
d. A potência por fase, e a potência total drenada do barramento pelo motor
e. A perda de potência na armadura e a potência desenvolvida.
i
Solução :
b. Vf - K.
yfJ
660
173
= 381 V ; Egf = 381 V também, conforme dado.
:
242 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
A A
Condutor
EXEMPLO Repita o Exemplo 8-1 com um deslocamento mecâ nico de 5 o entre o rotor e a
8-2 : posição sí ncrona.
Solução:
PA 20 x 5
a. a
2
-
— = 50° graus
( elétricos)
C' a ~
Er ~
324 L 64,2° V
= 32,4 L - 20,1° A
Z f/ 10 L 84,3°
d. Pf = Vsla cos 0 = 381 x 32,4 cos 20,1° = 11.600 W
Pí = 3 P/ = 3 x 11.600 = 34.800 W
e. 3 Ia2 Ra = 3 x (32,4)2 1,0 = 3.150 W
34.800 - 3.150 W
- V
"
E f Er
)• E f 9
9 Er
- fl
OL
\
L Ia
Vf
a
Vf
IQ
( a ) A vazio, excitação normal 0 =0. (b ) Carga aumentada, excitação normal
Er aumenta; la aumenta e atrasa-se
levemente de delta.
Egf
\
\
\
\
\
\
\
a
i
l
8
' Vf\
—- ** IQ cos 8
Ia
(c ) Sobrecarga , excitação normal l g e B aumentam.
Egf e'3,
E f
9
E f
9 5 Er .
ÍL I
log Vf
ez %
Iq 3
( d ) Diagrama composto para o efeito da carga à excitação normal .Eg^Vf.
Fig. S l1
- — Efeitos do aumento de carga na excita ção normal ( E g f = V f ).
\
244 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
E f
9
Er 3
'
Er 2
a-. Er,
Esrf «z
1« 1
\8
u
Ia 2
-
8 12. EFEITO DA REAÇÃO DA ARMADURA
Mostrou -se , na Seç. 7- 10 e na Fig. 7- 14, que um fator adicional para a esta-
bilidade dos alternadores sí ncronos funcionando em paralelo era que um alterna-
dor sí ncrono sobreexcitado tenderia a drenar uma corrente mais atrasada , a qual ,
por sua ação desmagnetizante, reduziria a fem gerada pelo alternador. Vimos
da discussão acima , entretanto, que um motor sí ncrono sobreexcitado tende a
drenar uma corrente em avanço que produz uma ação desmagnetizante crescente.
Quer atuando como motor, quer como alternador, a m á quina sí ncrona está
em paralelo e sincronizada em relaçã o ao barramento ; e, portanto, pode-se dizer :
1. Um alternador sí ncrono sobreexcitado fornecerá uma corrente em atraso ao barramento,
produzindo um efeito desmagnetizante como resultado da reação da armadura.
2. Similarmente, um motor síncrono sobreexcitado solicitará do barramento uma corrente
em avanço, produzindo um efeito desmagnetizante como resultado da reação da arma-
dura (Fig. 7- 15).
3. Inversamente , um alternador sí ncrono subexcitado fornecerá ao barramento uma cor-
rente em avanço e magnetizante .
4. Semelhantemente, um motor sí ncrono subexcitado solicitará do barramento uma cor-
rente em atraso e magnetizante .
Assim , uma m á quina sí ncrona CA, quer operando como gerador , quer como
motor, terá uma reaçã o da armadura de efeito desmagnetizante quando sobreexci-
tada e de efeito magnetizante quando subexcitada. Este efeito obviamente tende
-
à excitação normal e à extrema estabilidade do motor (V. Fig. 8 17), tal como
no alternador sí ncrono CA . Vimos (Cap. 5) que a reaçã o da armadurá e um efeito v
vf
total drenada do barramento, Efli » estará sendo efetivamente utilizada para acio
7
i -
nar a carga mecâ nica. Para uma carga maior , a 3, uma porçã o maior de Ia 3 estará
em fase com V p desenvolvendo a potê ncia necessá ria por fase VfIa 3 cos 03 para
acionar a carga mecâ nicã aplicada ao seu eixo.
{
8-12.3 SOBREEXCITAÇÃ O ( Figs. 8-13 e 8-15)
A sobreexcitação produz um efeito desmagnetizante devido ao aumento da
rea çã o da armadura com o aumento da carga. O efeito lí quido de uma tal desmag-
netizaçã o é també m o de melhorar o fator de potê ncia com o aumento da carga.
Como mostra a Fig. 8- 15, apenas uma pequena componente da corrente total
Ial está produzindo potência mecâ nica ú til ao acionar a carga a um â ngulo de
torque a { ; por outro lado, para uma carga pesada, praticamente toda a corrente
produzida por Ia 3 estará produzindo potência mecâ nica ú til .
Egf 3 E3
' Ia
Egf 2
3
E9f , Ia 2
«2 E7
02 Ia 3
£ f
03
Fig . 8- 15 — Efeitoscondi
do aumento de carga e da reação da armadura
ções de çã o
sobreexcita .
-
8 13. AJUSTE DO FATOR DE POTÊ NCIA DO
MOTOR SÍ NCRONO SOB CARGA CONSTANTE
Imagine-se que um motor síncrono está operando com sua excitaçã o normal
( fator de potência unitá rio) com uma dada carga mecâ nica . Vê-se uma tal situação
-
na Fig. 8 16a, na qual a excitaçã o do campo CC foi ajustada para que circule a
corrente mí nima (ou seja , a de fator de potência unitário) para uma dada carga
aplicada ao eixo do motor. A diferença fasorial entre a tensã o aplicada por fase
V f e a fem gerada por fase Egf y é a tensão resultante £„ que produzJLJÇorrentejde
armadura Ç, em fase, de acordo com a Eq. (8-1), Ia = E J Z f . Imaginar-se-á a im-
ped â ncia por fase Z / como constante e defasada de 90° em atraso em relaçã o áTEr ,
em toda esta discussão. A corrente da armadura, la , depende apenas do valor
e do â ngulo de fase de Er para que se desenvolva a potência mecâ nica V f I a necessá ria
para acionar a carga acoplada ao eixo do motor. Qual é o efeito de diminuir- se
ou aumentar- se a excitaçã o, para uma dada carga?
3
A construção da Fig. 8-16 não leva em conta (1) o efeito da reação da armadura na variação
da tensã o gerada, ou (2) o efeito do aumento das perdas no cobre da armadura, produzidas por
sua maior corrente, o que requer um acréscimo da potência de entrada do barramento para o motor,
para suprir estas perdas adicionais, representando uma componente adicional, em-fase. No caso
de fatores de potência em atraso, a componente magnetizante adicional, produzida pela reação
da armadura, seria contrabalançada pelo acréscimo das perdas, e o â ngulo de torque ainda aumen-
taria. No caso de um fator de potência em avanço, a variação do â ngulo de torque seria pequena, por-
que se requeria uma corrente tal como IaV para manter as perdas adicionais ( Fig. 8-16c).
RELA çõES DE TORQUE EM Má QUINAS CA MOTORES Sí NCRONOS *
. 249
*,
E
Er
Y
-
Q
0 Vf
( a ) Excitação normal, carga constante.
E f
92
t' 2
E 'J*
9* 1 Er,
*2 «1
O\0 li1 Io Vf
(b ) Excitação diminufda , carga constante .
Io 2
Iq 2 Ia ,
F"
Egfi ErI
E 'gf
2
ÕT\
0 Ia Vf
(c ) Excitação aumentada, carga constante.
Fig. 8 16 - — Efeito da variação do fator de potê ncia (excita ção) sob carga constante.
decresce, por esta razã o, de ap para a , como mostra a Fig. 8-16c. Este decrés
2
cimo no â ngulo de carga ocasiona a diminuiçã o proporcional de
-
Er 2 e /a 2, até um
valor necessá rio para ir de encontro à potê ncia mecâ nica necessá ria por fase . VfIa
RESUMO
A pot ê ncia total fornecida ao motor pelo barramento é três vezes a pot ência
-
por fase, ou 3VfIa 2 cos 8. Como se vê na Fig. 8 16, esta potência é relativamente
constante, ignorando-se os efeitos da reaçã o da armadura e as perdas devidas às
alterações na corrente da armadura. A única variação apreciável, produzida por
uma varia çã o na excitação acima da normal, foi (1) uma varia çã o na corrente da
250 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
E
,
a
*7
e - vf Egf
0 =0
I-
1Q
*-
o r
vf
Ec
Io 4>f
Yo-
(a )
*
Efeito magnetizante da reação da ( b ) Reação da armadura de magnetização
armadura , para cargas em atraso. transversal a um fator de pot ência
unit á rio.
Egf 4 !(] <£(] - r
B
Eo *
Eo - r Ec
f
<fia _ r
produz, nos condutores da armadura , uma tensã o de reaçã o da armadura
Ea_r que tem uma grande componente de tensão desmagnetizante Ed, como mostra
a Fig. 8-17c.
Em suma , dada uma fonte de tensã o constante, a capacidade do motor sí n-
crono de manter constantes tanto seu fluxo m útuo no entreferro ( <j) f na Fig. 8-17),
como sua fem induzida, dentro de uma larga faixa de carga e de fatores de potência,
permite-nos colocá-lo na mesma classe do transformador ( Cap. 13) e do motor
de induçã o (Cap. 9) que possuem características semelhantes neste respeito.
r\
C/)
CD \v
'<D
Q . FP 0,8 em atraso Unitá rio FP 0,8 em avanço
E
<0 Plena carga
CU
Meia carga
CD
& A vazio
o
Q.
<
o v / •
t
3
o
*
CU
E
cu
cu FPs em Excitação normal
-o atraso
CD FPs em avanço
c
a>
w.
o
o
Corrente de campo CC ( If ) a m pé res
(a ) Relação entre a corrente de armadura e
a corrente de campo para vá rias cargas .
1 2 3
1.0
(Q
O
so
<
a
Plena carga
*o Meia carga
eo
LL
A vazio
FPs em atraso | FPs em avanço
0
Corrente de campo CC ( If ) ampères
( b ) Relação entre fator de potência e
corrente de campo para vá rias cargas .
.
Fig 8 18- — Famí lia de curvas V para um motor sí ncrono.
-
40 método empregado na Fig. 8 19 é o método dos dois watt í metros. Como o motor sí ncrono
é uma carga trif ásica equilibrada, para a leitura do fator de potência da carga poder-se- iam igual-
. mente usar os métodos de um watt í metro, dos três watt í metros, do analisador industrial ou do
-
watt í metro polif ásico. Para uma descri çã o destes métodos, veja se JACKSON, H. W., Introduction to
Electric Circuits, 3. ed., Englewood Cliffs, N. J., Prentice- Hall Inc., Se çs. 23-8, 9, 1970.
RELA çõES DE TORQUE EM MáQUINAS CA MOTORES Sí NCRONOS 253
o± ,o o
A
OOOO n ^
o
Fonte o
CA 3 0 A o
Carga mecâ nica
——
-wo- -ot -
i
O
II
cc
.
Fig 8-19 — Ligações em laboratório para obtenção das curvas V.
de pot ência (determinado a partir da leitura do watt í metro) é levado a
um gr á fico ,
em fun ção das diferentes cargas dadas . Note-se que ambas as curvas
mostram
um pequeno aumento da corrente de campo, necessária para produzir a excita
ção
normal, conforme aumenta a carga (pontos 1 , 2 e 3, respectivamente)
. Note-se
també m que a vazio a corrente de armadura para o fator de potê
,
ncia unitá rio
(excitação normal ) n ão é nulo ( Fig. 8- 1 la ), mas tem um pequeno
valor de corrente
de armadura CA por fase, que é o necessário para produzir um torque
que equi-
libre as perdas rotacionais. Conforme se aumenta a carga (desprezada
a reaçã o
da armadura ) , n ã o apenas cresce a corrente de armadura ( Fig. 8 1 ld ),
é necessário que se aumente a excitação para levar a corrente de
- mas també m
armadura nova-
mente a uma posiçã o de defasamento nulo em relação à tensã o do barramento,
por fase, Vf .
Cada uma das curvas da famí lia terá , pois, um deslocamento para a direita
conforme aumenta a carga , como mostram as Figs. 8-18a e b, de modo
que seja
fornecida a excitaçã o necessá ria para obter-se o mesmo â ngulo de fase (
corres-
pondente aos fatores de potência 0,8 em atraso, unit á rio ou 0,8 em
avanço) para
uma carga maior. Assim, as curvas V representam os diagramas fasoriais
, e vice-
versa , para as diferentes condiçõ es de carga e de fator de pot ência.
As curvas V també m verificam o ponto básico visto na Fig. 8- 16, onde se
de-
monstrou que, se se varia a excita çã o para qualquer valor dado de carga
mecâ nica
aplicada, o â ngulo de torque oc1 deve variar de modo que a potência desenvolvida
por fase, V f I a cos 0, possa permanecer a mesma . Assim , no ponto 2 da Fig
. 8-18a,
se se aumenta a excitaçã o, a carga aumenta e se desenvolve uma potência
maior ;
a Fig. 8-16c també m permite verificar isso. Semelhantemente, se
a excitação di-
minui a partir do ponto 2 da Fig. 8- 18a; a carga diminui e desenvo
lve-se menor
potê ncia ; a Fig. 8- 16a també m permite verificar isso. Os exemplo
s seguintes
ilustram o fato de que, se se imagina constante o â ngulo de torque, o
aumento
da excitaçã o resulta num aumento da potência desenvolvida a um fator
de potência
em maior avanço.
E X E M P L O Um motor trif ásico de ligação estrela, 6 pó los, 50 HP, 440 V, 60 Hz tem uma
8-3 : resistência efetiva da armadura de 0,1 ohm e uma reatâ ncia sí ncrona de 2,4 ohms
fase. Quando o motor está operando a um â ngulo de torque, a, de 20 graus elé
/
tricos e o motor está subexcitado, produzindo uma tensão gerada por fase de
,
-
240 V, calcule:
r .
o.o
:«
í
X' )
254 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Solução :
440 V
a. Vf =
1,73
= 254 L 0° = 254 + j 0 V
N/ 3
Eq = 240 L 160° = 240 ( - cos 20° + j sen 20°) = - 225,5 + j82,2 V
£r = Eg + Vf = 28,5 + j 82,2 = 86,8 L 70,85° V
Er 86,8 L 70,85° 86,8 L 70,85° V = 36 L - 16,75° A
0,1 + j 2,4 2,41 L 87,6°
—
Fator de potência = cos 9 cos 16,75° = 0,9575 (em atraso)
Pd = 3 E \a cos (£g, /J = 3 x 240 x 36 cos 176,75°
= 3 x 240 x 36 ( cos 3,25°) —
HP desenvolvidos =
5 800 W ,
746 746 W/ HP ' v
_
= 25.800 W (drenados do barramento)
A A 34,6 HP
s 2,41 Z. 87,6° íí
Fator de potência = cos 0 = cos 0° = 1 ,0 ou fator de potência unitário
Pd = 3 EgIa cos (Es, /J = 3 x 265 x 37,7 cos 160°
= 3 x 265 x 37,7 ( - cos 20°)
= 28.200 W (drenados do barramento)
28,200 W
HP desenvolvidos = Pd = 37,8 HP
"
Zs 2,41 L 87,6° Q
Fator de potência = cos 0 = cos 12,7° = 0,9757 em avanço
Pd = 3 £g /a cos (£p, /J = 3 x 290 x 41,7 cos 147,3°
= 3 x 290 x 41,7 ( - cos 32,7°)
= 30.600 W (drenados do barramento)
30.600 W
Hp desenvolvidos = Pd ” = 40,9 HP
746 746 W/ HP
RELA çõES DE TORQUE EM Má QUINAS CA — MOTORES Sí NCRONOS 255
r
256 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Elf + v] - E l
a = cos -! ( 8 - 8)
„
2E f v f
5
Como se vê na Fig. 8-20, a pode ser determinado como are tg l a X J [ V — Talvez a
mais simples determinaçã o de a derive da lei do seno, pois a = arc sen E J E , sen como se v ê na
Fig g .ç
m
s' -
r
70
Vf -m
>
Eg 0
<
o»
m
Egf C/3
E7
D
m
a ,8 a
H
O
73
Vf o
8= 0
8 = /3 - 0 ? (9 c
rn
Er =I0 Zf £ gf m
Io 2
r 2
( Er ) Egf o
C
pm 4
IaZf >
Z
zn
Ia Zf sen 8 n
P
\ 8 a >
1 t
ml cos ( 180 - 8 ) 8 [-*- Vf
^^
0 0 Wf IQRQ HaZf -* IQZ
^
COS
2
Vf o
H
8 - P+6 8 = /3 - 0 C
Egr « Vf - aRa > + i aX:
73
Egrvf + lazfc« < 180 - 6 ) + i|azf Vf - laZf cos 5 ) + j laZf sen 5
' ' la 2 f sen ( 180 - 5 )
Egf =(
IgZf sen 5
n
I>3
' **
in
a
a = arc tg a = arc tg a = arc tg Z
n
Va Vf + lazf cos ( 180 - 5 ) cos 5
" a
2
Vf IgZf
-
O
z
o
73
cos a =
Egf + vf “ E ? cos a =
Egf + Vf
2
-E 2
cos a =
Egf + Vf
2
‘ E ? cn
( a ) Relações para FP unit ário . (b ) Relações para FP em avanç o . ( c ) Relações para FP em atraso .
Fig. 8 20 - — Rela ções fasoriais entre a tensão aplicada e a tensã o gerada por fase para
o cá lculo de a para qualquer fator de pot ência . K>
v
258 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
1 I a Z f sen ( 180 - ô )
a = tg (8-13)
Vf + IaZf cos (180 - á)
a = tg - 1 IaZf sen ô
(8-14)
V f - Í Z f cos ò
onde todos os termos foram definidos previamente.
Como no caso do alternador sí ncrono CA, resulta uma simplificaçã o nos
diagramas acima se todos os fasores forem projetados sobre a corrente da arma-
dura (7fl) como referê ncia ( V. Seç. 6-7, Fig. 6-4). As três condições de fatores de
potê ncia unit á rio, em avanço e em atraso, vistas na Fig. 8-20, sã o reproduzidas
mais uma vez na Fig. 8- 21 , utilizando a corrente como referência.
As relações resultantes são, n ã o apenas mais simples para visualizaçã o e com-
preensão, mas, alé m disso, as equações que se seguem sã o algo simplificadas e,
como se verá, apresentam uma forma unificada, em comparação a das Eqs. (8-9)
e (8-11 ). Alé m disso sã o da mesma forma que as utilizadas para a regulaçã o de
um alternador sí ncrono CA e permitem a comparaçã o, bem como o entendimento
unificado, do ponto de vista de uma máquina síncrona CA.
Os resultados das representações fasoriais mostradas na Fig. 8-21 permitem-
nos expressar a tensã o gerada por fase para os vá rios fatores de potência como
Para fator de potência unitário
Ef - t V f -W + jíJ . (8-15)
Vf cos 9 - I0 R 0
-
Vf IaRa '9
IQ
Io Vf
Vf
-a
s = /3y sen 9
I0 Zf = E
/ IoXs 8 = /3 + 0
I / Vf
IQ Zf - E r
!/ IQ ^ S
h -
Q fi
la^ o - EgfW
Ia ^a
a = tg-
I laXs '1
Er - Vf sen 0 + lg Xs Er
= tg 1
* sen sen Ô a - 0 = sen-1 sen ô
Vf - aRa Egf
'
(a) Relações para FP unit ário .
Vf COS 9 - igRg Egf
(b ) Relações para FP em avanç o .
vf.
8 = /9 - 0
IoZ =Er , IQ ^ S
VfSenfl
" Egf 70
IQRQ
T
Vf sen 5
9 IQXS
\ IQRQ
IQ1-
•Vf cos 0 - IaR 0 -l
— -
Vf cos 9 —
= (
Vfcos 0 - laRa) + j ( Vf sen 0 - laXs)
a= 6 -
Vf sen 0 - la Xs -1 Er - sen sen 6
Vf COS 0 - igRg Egf
( c ) Relações para FP em atraso .
Fig . 8-21 — Relações vetoriais da Fig 8-20 redesenhadas com a corrente como referência
.
.
260 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
-
Note se que, para o fator de potência unitário, a Eq . (8-18) é idêntica à Eq.
(8-15), uma vez que sen 8 é zero e cos 6 é unitá rio.
A Fig. 8- 21 mostra a forma pela qual o â ngulo de torque pode ser determinado,
a partir das componentes real e em quadratura da tensã o gerada por fase. Os
correspondentes â ngulos de torque para os vá rios fatores de potência são
Para fator de pot ência unit á rio
(8-19)
a = tg - 1 iaxs
Vf - h*a
a = tg 1 V , 9 + IaXs
- 9 (8- 20)
F,f cos e - Ia Ra
6
Uma comparaçã o da Eq. 8-18 com a Eq. 6-8 revela a semelhança na forma de determinação
da fem gerada numa máquina sí ncrona e num transformador.
Como um alternador Egf = C0S 9 + !aRa ) + j( Vf Sen 0 ± 7«* ) S
no numerador :
+ - ( fatores de pot ência em
í
Vf Sen 9 ± !aXs \ l
'
a =0 — tg - 1 avanço) (8-22)
,
^COS e - IaR„
J f- ( fatores de potê ncia em
atraso)
-
Em vista da relativa simplicidade das Eqs. (8-18) e (8 21), e da nota de rodapé
relativa a Eq . (8-18), o leitor pode inquirir-se, neste ponto, por que era necessá rio
usar a representaçã o da Fig. 8- 20 e de todas as equações a ela correlatas. Um exa-
me das construções da Fig. 8- 20 mostrar á que ambos, Egf e a , são representados
na Fig. 8- 21 com sentido contrá rio (da í o sinal negativo). É relativamente difícil ,
f alé m disso, obter -se um valor ( para o â ngulo entre a tensão resultante £ tensã o rea
\ aplicada por fase), a partir dos diagramas da Fig. 8- 21, em funçã o dos â ngulos
/? e 0 . Finalmente, desde que a tensão do barramento por fase, Vp é a referência
para a operaçã o como motor ou como alternador sí ncrono CA, os diagramas da
Fig. 8-20 sã o mais significativos quando se fazem cálculos empí ricos.
Dependendo de preferências pessoais, podemos utilizar qualquer um dos
tr ês mé todos vistos acima. O exemplo seguinte ilustra todos os três mé todos e é
j
uma verificação de todas as equa ções acima apresentadas.
EXEMPLO Um motor síncrono trif ásico de 1.000 HP, 6.000 V, 60 Hz, dois pólos, ligado
8-4 : em estrela tem uma resistência efetiva da armadura de 0,52 ohm e uma reatância
sí ncrona de 4,2 ohms/fase. O rendimento do motor para a carga nominal e fator
de potência de 0,8 em avanço é 92 por cento, desprezando as perdas no campo
devidas a excitação CC. Calcule :
a. A fem gerada por fase, Egf . Ao resolver esta parte, utilize os seguintes mé todos :
( 1 ) a solução pela lei do co-seno, Eq. ( 8-4) ; (2) a solução através da tensão
de referência, Eq . ( 8- 10) ; e ( 3 ) a solução através da equação universal, Eq . ( 8-8 )
b. O ângulo de torque, a .
c. A potência mecâ nica desenvolvida pela armadura à carga nominal em watts
e em HP.
d . O t o r q u e interno desenvolvido .
Solução :
) 1.000 HP X 746 W / HP
Potência de entrada em watts = 811.000 W
v' 0,92 ( rendimento ) =
J
f EL cos 9
-
811.000 W
1 ,73 x 6.000 V x 0,8
= 97,6 A
i
262 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Egf = J é' 2
+ Vj - 2 Er Vf cos ô
c. A potê ncia mecâ nica desenvolvida por fase é o produto da fem induzida por
fase, da corrente da armadura e do co-seno do â ngulo entre elas [V. Figs.
8-20( b) e 8-21( b)]
Pot ência mecâ nica total
pd = 3 Egfla cos (« + 0 ) = 3 x 3.683 x 97,6 cos ( 5 ,5 + 36,8°) = 796.000 W
Pot ência interna desenvolvida em HP
pd 796.000 W
746 746 W/ HP
= 1.065 HP
HP x 5.252 1.065 x 5.252
d. Torque T =
S S = 1.552 lb-pé [da Eq. (4-15)]
Im sen 8m
8-
§L
h
1
"
Im sen m
Im 0
ILsen 0L r
fim
l
Fig. 8-22 —umMelhora do fator de potê ncia pelo uso de
motor sí ncrono sobreexcitado.
EXEMPLO Uma f á brica consome uma potência total de 2.000 kW, a um fator de potência
8-5 : de 0,6 em atraso, a partir de uma subestação transformadora, cuja tensão de
linha primá ria é 6.000 V. Ao adicionar-se um novo setor, dedicado exclusiva -
mente à galvaniza ção, necessita -se adquirir um conjunto motor-gerador CC
para entregar aproximadamente 750 kW. A escolha deve ser feita entre um
motor sí ncrono de 1.000 HP, 6.000 V, de fator de potência 0,8 em avanço
( Exemplo 8-4) e um motor de indução de 1.000 HP, 6.000 V, de fator de potência
de 0,8 em atraso correspondente à plena carga. Imaginando que os custos tenham
rendimentos de 92 %, calcule :
a. A corrente de carga e o fator de potência totais, utilizando o motor de indução.
RELA çõES DE TORQUE EM Má QUINAS CA — MOTORES Sí NCRONOS 265
b. A corrente de carga e o fator de potência totais, utilizand
o o motor sí ncrono.
c. A redu ção percentual da corrente de carga produzida,
utilizando (b) como
percentagem de ( a ).
d. A melhora no fator de potê ncia total.
: úução :
TN
HP - 5.252 ou 5.252 HP
N
T = ( 4- 15 )
A pot ência solicitada ao barramento pela armadura de um motor
sí ncrono,
por fase , é
266 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
P f VfIa cos 0 ;
“ (8- 23)
por outro lado, a pot ê ncia desenvolvida pela armadura do motor sí ncrono por
fase foi expressa como o produto de sua fem gerada por fase, Egp pela corrente
de armadura , /a , e pelo co-seno do â ngulo formado por eles [com base na Eq . (4-7)
estabelecida para má quinas CC], ou
Pot ê ncia desenvolvida por fase : Pd = EgfIa cos ( Egp Ia ) (8- 24)
Se a pot ê ncia desenvolvida na Eq. ( 4-15) é expressa em watts, a expressã o do
torque desenvolvido por fase é
5.252 Pd _ 7,04 Pd 7,04
T= = ESSla COS ( Egf , IJ (8- 25)
N x 746 N N
—
Da Eq . ( 2-16), na qual Ns 120// P, o torque eletromagnético desenvolvido
por fase em qualquer m áquina sí ncrona, em lb - pé, pode ser derivado de
7,04 P
T= E J a cos ( EgpK ) ( 8- 26)
120/
-
Entretanto, é possí vel “derivá la ” de uma construção fasorial, como a da
Fig. 8-23, que mostra a potência entregue por fase à carga por um motor sí ncrono
CA ou um barramento. Façamos 0 representar o â ngulo pelo qual a corrente
Ia se atrasa em relação a V p tensão do barramento, e a o â ngulo entre Egf e V p
conforme já definimos. A diferença Egf - V f ê Er, que é a mesma coisa que IaZf .
Desprezando a resist ência da armadura , Ia atrasa-se de 90° em relação a
mesmo que jIaXs. A corrente de armadura pode ser ent ão expressa por Er e é o
/ =
°
A
j s =
E r Vr . ~
= Çsa . H
* JXs JXs J XS
'
, E f ,
\
Xs
\ r ,
= E f - Vf Egf
Dist â ncia ; V a\ Raio Egf
\
Xs
\
\
a
Vf
- Vf a 9 \
IQ T0 - £r
’
.
'
lajXsí
JXS jXs
J sen a
Xs
“
Egf
Raio Egf usando ( - Vf ) como centro
- — Construdeçãoumaparamáderiva
Fig. 8 23 çã o da máxima pot ê ncia e torque
quina sí ncrona CA .
T=
7,04 P VpEQf
sen a (8-28)
120/
:
?
268 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Um exame da Eq . (8- 28) indica que, para valores dados do n ú mero de pólos,
frequência, tensão do barramento, reatâ ncia sí ncrona e excitação (produzindo
Egf ) , o torque máximo pode ocorrer apenas quando a iguala 90 graus elétricos.
Mais ainda, desde que todos os outros termos da Eq . (8-28) são relativamente
constantes para um dado motor, a forma da curva de torque deveria ser senoidal
O torque e a potê ncia desenvolvidos por ambos, rotores salientes e não salientes
(cilí ndricos), são vistos na Fig. 8- 24. O torque m á ximo do rotor é obtido a 90°
el é tricos no caso do rotor cil í ndrico não saliente ( enrolamento distribuído), que
não produz rea çã o da armadura em quadratura.7 O torque má ximo do rotor é
maior em má quinas de pólos salientes , mas acontece mais cedo, entretanto,• devido
ao chamado torque de relut ância (Seç. 1-12) devido à variação da relutâ ncia no
entreferro, que é produzida pela reação da armadura (Seç. 6-11) ; o torque de
relutâ ncia varia com sen 2 a.
o (O c
i Rotor de pólo saliente
> ro c
o
>
ao
a> c I
c
a>
50 £ S*
TJ
co
o
—
I o
I
Rotor de pólo n ão saliente
c
« 0> I
o 2
Q. D l
1
D 10
I
a> z
3 ra 55°
Ssa
h*
i i
Fig 8 24 . - —
Curvas do â ngulo de potência para dois motores
sí ncronos semelhantes (mesmo estator), mostrando os â ngulos
de torque má ximo para rotores de pólos salientes e não salientes.
J!
s:
.
RELA çõES DE TORQUE EM Má QUINAS CA — MOTORES Sí NCRONOS 269
! na Eq. (8- 27) varia com a excitação do campo CC, e desde que é tensão do barra
mento ( normalmente constante), se a excitaçã o é reduzida, como mostra a Fig-
Vf
.
8-16 b, o â ngulo de torque a deve aumentar para desenvolver a mesma pot
ência
mecâ nica. Inversamente, ignorando-se os efeitos da reação da armadura, se a
excitaçã o Egf for aumentada , como mostram a Fig. 8-16c, a Eq . (8-27) e o Exemplo
8-3, o â ngulo de torque será reduzido.
Aumentando a excitação, além disso, aumentamos o torque máximo e a “ fir
meza ” do motor sí ncrono, n ão apenas por aumentar a tensão gerada por
-
fase
Egf na Eq. (8- 28), mas também porque diminui a reat â ncia sí ncrona
aumento da saturação. Genericamente, além disso, um motor sí ncronoXs
com o
de baixa
impedâ ncia (e baixo Xs ) n ão requererá um â ngulo de torque t ã o grande para
acionar
. uma dada carga [como mostra a Eq. (8-28)] quanto uma m áquina de alta impedâ n
cia, isto é, uma m áquina de baixa imped â ncia é mais firme na sua oposição a
-
varia-
ções do â ngulo de torque com a carga.
EXEMPLO Calcule o torque interno por fase e a potência total desenvolvida para a excitação
8-6 : original dada no Exemplo 8-3, utilizando a Eq. (8-28).
Solução :
7,04 P
7/fase = 120
/ X .
sen a -
(8 28)
\
í 7,04 x 6 254 x 240
V 120 x 60 j
” X
2,4
sen 20° = 50,8 lb pé/fase-
75 3 x 50,8 120 x 60
HP = x = 34,6 HP
5.252 5.252 6
Note-se que o mesmo resultado foi obtido no Ex. 8-3a. Esta é uma verificação
da Eq. (8-28).
.
8-18. CAPACIDADES DE MOTORES SÍ NCRONOS \
*
Os motores sí ncronos podem ser adquiridos em três capacidades normali
zadas , ou sejam : fator de potê ncia unitá rio, fator de pot ência 90 em avanço
-
%
e fator de potência 80% em avanço. Outras capacidades poderão ser ofertadas
pelos fabricantes mediante cotação especial. Um motor síncrono de 100 HP e
fator de potência unit á rio tem 80% da capacidade de corrente e do valor nominal
de corrente de armadura de um motor sí ncrono de 100 HP e fator de potência de
0,8 em avanço (o ú ltimo tem um tamanho de carcaça maior ). Ambos os motores
entregar ã o 100 HP às suas polias ; mas o ú ltimo poderá ser també m utilizado
para correção do fator de potência até funcionar com um fator de potência de 0,8
em avan ço, enquanto o outro será ajustado para uma corrente m í nima ( fator de
potê ncia unitá rio) a plena carga. É possí vel, naturalmente, operar qualquer
motor
de fator de potência unit á rio (ou de outros fatores de potência nominais) como
um motor sí ncrono sobreexcitado, mas deve-se constatar que a capacidade em
HP do motor em questão n ão mais será a mesma se se mantiver no mesmo valor
a corrente da armadura. ( V. curvas “ V” , Fig. 8- 18a.)
270 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Ia
E
Ia cos 8
Vf
-
Fig. 8 25 — Relações fasoriais do capacitor sí ncrono.
EXEMPLO Uma f á brica drena uma carga em atraso de 2.000 kW a um fator de potência
8-7 : de 0,6, a partir de uma rede de 6.000 V. Um compensador síncrono é adquirido
para elevar, até a unidade, o fator de potência total. Imaginando que as perdas
do compensador sí ncrono são 275 kW, calcule:
a. Os kvars originais da carga em atraso.
b. Os kvars de correção necessá rios para trazer o fator de potê ncia a um valor
unitá rio.
c. A capacidade em kVA do compensador síncrono e seu fator de potência.
É costume n ã o tentar a correçã o do fator de pot ência de um sistema até levá -lo
ao fator de potência unit á rio. Há uma razão econ ómica para isto, a despeito do
fato de se dispor de compensadores sí ncronos grandes e de alta capacidade, e de
í serem eles ( para a mesma capacidade em kVA ) normalmente menos dispendiosos
que os motores sí ncronos ; porque ( 1) partem e funcionam sem carga, n ã o neces-
sitando enrolamentos pesados em gaiola , e ( 2) requerem diâ metros menores do
eixo e mancais mais leves, embora seus enrolamentos de campo sejam algo mais
pesados.
A razã o econ ó mica de estabelecer-se um limite na m á xima correção do fator
* de pot ê ncia pode ser inferida dos dados da Tabela 8- 1 abaixo, correspondentes
a um sistema de 10.000 kVA .
TABELA 8-1
r
272 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
-
8 8 : e o custo do compensador síncrono para melhorar o fator de potência é Cr$ 600,00
por kVA . Desprezando as perdas do compensador sí ncrono, calcule o custo
do aumento do fator de potência para
a. o fator de pot ência unit á rio
b. um fator de potência de 0,85 em atraso.
Solução :
O motor síncrono opera com o mesmo rendimento do motor de indução que ele
substituiu e, por isso, a potência total do sistema permanece inalterada. A solução
envolve a construção de uma tabela que mostra o estado original do sistema,
a alteração, e o estado final. Na tabela, os kvars em atraso são mostrados como
quantidades negativas e os kvars em avanço como quantidades positivas. Todos
os valores calculados nas tabelas estão sublinhados. A tabela, para cada parte
da solução, é mostrada imediatamente após os cá lculos correspondentes àquela
40.000 kW
a. kVA originais = = 50.000 kVA
0,8 FP
kvars originais = 50.000 kVA x 0,6 = 30.000 kvars
7.500 HP x 746 W/ HP
kW do motor de indução = 1.000 W/kW x 0,91 = 6.150 kW
23.380 kvars 1
tg 6 final = 40.000 kW = 0,584; 6 = tg "
0,584 = 30,3°
cos 6 = cos 30,3° = 0,8625 em atraso
kW 40.000
kVA finais = cos 6
"
0,8625 = 46.300 kVA
274 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
KW K VA
cos 6
EST Á GIO DO SISTEMA KVARS
FP
6.150 kW
b. kVA do motor síncrono = 7.680 kVA
0,8 FP =
kvars do motor sí ncrono em avanço = 7.680 kVA x 0,6 = 4.620 kvaís
kvars finais do sistema =
18.760
— ——
30.000 ( 6.620) + 4.620 = —
18.760 kvars
tg 6 final = 0,468; 6 = tg - 1 0,468 = 25,1°
40.000 =
cos 6 = cos 25,1° = 0,905 em atraso
kW 40.000
44.200 kVA
0,905 =
kVA finais =
cos 6
cos 6
ESTÁGIO DO SISTEMA KW KVARS KVA
FP
EXEMPLO Uma carga de 500 kVA funciona com um fator de potência de 0,65 em atraso.
-
8 10: Deseja-se acrescentar ao sistema um motor síncrono de 200 HP com um rendi-
mento de 88 por cento, e trazer a carga final do sistema (incluindo o motor a ser
acrescentado) a um fator de potência de 0,85 em atraso. Calcule:
a. Os kVA e o fator de pot ência do sistema com o motor acrescido.
b. A capacidade em kVA do motor sí ncrono e o fator de potência em que ele
irá funcionar.
Solução :
kW originais = 500 kV A x 0,65 = 325 kW
kvars originais = 500 kVA x 0,76 = 380 kvars
200 HP x 746 W/HP
kW do motor síncrono = = 169,5 kW
1.000 x 0,88
RELA çõES DE TORQUE EM M á QUINAS CA MOTORES SÍ NCRONOS 275
i
Os resultados da solução são apresentados na tabela abaixo, na qual os valores
calculados estão sublinhados; os kvars em atraso são mostrados como quanti-
dades negativas na tabela, e aqueles em avanço são mostrados como quantidades
positivas.
a. kW finais = 325 + 169,5 = 494,5 kW
kVA finais do sistema = 494~5rzkW 582 kVA
—U 5—
, o
=
Fator de potência do sistema = k W/k VA = 494,5 582 0,85 em
/ = atraso
kvars finais do sistema = 582 kVA x 0,525
= - 306 kvars (em atraso)
b. kvars do motor sincrono = kvars finais — kvars originais
=
— — —
= 306 ( 380) = + 74 kvars em avan ço
tg 6 do motor sí ncrono kvars 74
= kW = 0,436
169,5
0 = tg 1 0,436 = 23,6°
'
Eí
IZ linha
Vr IX linha
ILsen 0 IR linha
II K
.
Fig 8 26 - — Estado original representando tensões na entrada
e junto à carga para plena carga .
cada no início da linha, £., produzirá na extremidade próxima à carga uma tensão
Vr que excede de muito o valor de E i *
Es IX linha
,1c
IZ linha IR linha
Vr
Fig. 8 27 - — Condição original representando tensões na entrada
e junto à carga, a vazio.
Vr
( a ) Correção para plena carga . (b) Correção a vazio.
.
Fig 8-28
— Efeito do reator síncrono sobre uma linha de transmissão.
RELAçõES DE TORQUE EM Má QUINAS CA — MOTORES Sí NCRONOS 277
5 -
8 23. UTILIZAÇÃO DO MOTOR SÍ NCRONO
PARA VARIAÇÃO DE FREQ ÚÊ NCIA
-
Estabeleceu se previamente que, devido à sua característica de velocidade
constante , o motor sí ncrono pode ser utilizado para acionar um gerador CC deri -
vaçã o, que mantenha uma tensã o CC relativamente constante desde a vazio até
plena carga. Devido à sua caracter ística de velocidade constante, ele pode també m
ser utilizado para acionar um alternador CA mono ou polif ásico, de vá rias fre -
quê ncias, mantendo uma tensã o CA constante bem como constante a frequência
do alternador.
H á vantagens especí ficas inerentes ao uso de equipamentos de frequ ê ncias
mais elevadas, embora as perdas tendam a aumentar com a frequência. Para a
mesma capacidade em HP ou kVA, uma máquina ou um transformador de frequên -
cia mais alta pode ser de menor tamanho, requerendo menos ferro para obter o
mesmo grau de saturação magné tica. Mais ainda, a 60 Hz a má xima velocidade
possí vel com um motor sí ncrono bipolar é 3.600 rpm ( Ns = 120// P). A fim de
- -
obter se maiores velocidades nas má quinas, é necessá rio empregar se um variador
de frequência.
Um conjunto motor -gerador CA no qual ocorre uma variaçã o de frequência
é chamado variador de frequência. Desde que o motor sí ncrono é acoplado ao
alternador , eles estão ambos operando à mesma velocidade e, portanto, '
120 / . .
120/ .
Pa Pm
OU
fa
J f
Jm
(8-29)
Paa Pmm
onde fa e fm são frequê ncias em Hz do alternador e do motor, respectivamente, e
Pa e Pm são os n ú meros de pólos do alternador e do motor, respectivamente.
EXEMPLO Determine as velocidades e os nú meros de pólos do alternador e do motor, respec-
-
8 11 : tivamente, para três diferentes variadores de frequência que permitirão a con-
versão de frequência de 60 para 400 Hz.
Solução :
Desde que PJPm = fjfm = 400/60 ou 20/3, a relação fjfm determina as combi -
nações de pólos e velocidades. A primeira combina ção deve ter 40 pólos no
alternador e seis pólos no motor síncrono a uma velocidade
120/ 120 x 60
- = 1.200 rpm
P 6
A segunda combinação é um nú mero mú ltiplo de 20/3 = 80/12, ou 80 pólos no
alternador e 12 pólos no motor síncrono a uma velocidade de 600 rpm.
A terceira combinação é 20/3 vezes 6/6, ou 120 pólos no alternador e 18 pólos
no motor síncrono a uma velocidade de 400 rpm.
278 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
imprecisa , uma vez que o motor sí ncrono de indução opera segundo uma carac-
ter ística de torque que é a combinação da do motor sí ncrono com a do motor de
indução, como mostra a Fig. 8-30. Quando projetado com enrolamentos de alta
resistê ncia no rotor, conseguem-se torques de partida da ordem de 400% em rela-
çã o aos de plena carga. Por outro lado, o uso de enrolamentos de alta resist ê ncia
no rotor resulta num acréscimo do escorregamento (Seç. 8- 5), numa redução do
rendimento, e em menores possibilidades de que o rotor entre em sincronismo sob
carga por efeito do torque de relutâ ncia. Como mostra a Fig. 8-30, a entrada em
sincronismo se d á a um torque que está algo acima do torque nominal de plena
carga .
100
U
l
+ "
——
“
j
Torque de entrada em sincronismo
M Torque de perda do sincronismo
Velocidade do
(0 Ssi motor s íncrono
s.
k
80 I
l
M l
I
60
Motor de indução
8 i
40 I
> I
3 Carga nominal
* 20 i
i
M á ximo torque de indu ção
i I,
°<r
i i
200 400 600 800 1000
% do torque de plena carga
Fig. 8-30 — Caracter ísticas torque- velocidade do motor
sí ncrono de induçã o.
- .
8 27 MOTOR DE RELUT Â NCIA
100
—
<0 I
y/
^
*
20
/
j Carga nominal
Varia com a posi çã o
de partida do rotor
Ojf
/ T
0 100 200 300 400 500 600 700
% do torque de plena carga
Fig. 8 31 - — Características de velocidade-torque do motor de
relutâ ncia.
282 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Os motores sí ncronos de indu ção monof ásicos, de rotor cil í ndrico ( pólos
não salientes ) ou de pólos ranhurados sã o classificados como motores de histerese.
A diferen ça entre este motor e o da seção precedente está ( 1 ) na forma do rotor
e (2) na natureza do torque produzido. Enquanto o motor de relut ância entra
em sincronismo e funciona a partir de um torque de relut ância , o motor de histerese
entra em sincronismo e funciona a partir de um torque de histerese. As lamina ções
-
do tipo histerese, vistas na Fig . 8 23, são normalmente feitas de aço endurecido
de alta retentividade, em vez do aço normalmente utilizado em m á quinas de baixa
retentividade.
Como resultado de um campo magnético girante, produzido pelo estator
de fase dividida ou de pólo ranhurado ( Cap. 10), induzem-se correntes parasitas
no ferro do rotor , que se desloca através dos caminhos das duas barras do rotor
vistas na Fig. 8-32a. Um a ço de elevada retentividade produz uma perda por his-
terese elevada , e uma quantidade apreciá vel de energia é consumida ao campo
girante, na inversã o da direção da corrente do rotor. Ao mesmo tempo, o campo
magn é tico do rotor estabelecido pelas correntes parasitas faz com que o rotor gire.
Produz-se um torque de partida elevado, como resultado da elevada resistê ncia
do rotor ( proporcional às perdas por histerese). Conforme o rotor se aproxima da
velocidade sí ncrona , passa a decrescer a frequê ncia com que se inverte o sentido
da corrente nas barras cruzadas, e o rotor se torna permanentemente magnetizado
num sentido, como resultado da alta retentividade do rotor de aço. Com dois pólos
de campo, o rotor da Fig. 8-32a desenvolverá uma velocidade de 3.600 rpm a 60 Hz.
O motor funciona como um motor de histerese com base no torque de histerese,
porque o rotor está magnetizado permanentemente.
( a ) Rotor de histerese. .
( b ) Rotor subs íncrono
-nrOTD
r An é is coletores
Carga
/ 00 o mecâ nica
Escovas
''OTff Rotor do
Estator do motor
Reostato
motor
s íncrono
s íncrono
A/VV -
L
H
-nrooo -o
^ : L_f !
L2
o
o
o
o-
-^ OOOtP o Tensão de
sa ída CC
o
H-o-
tfoOTD
Transfor
mador A- Y
- do surto de
_
Supressão 1 1
1. Os retificadores de sil ício da Fig. 8-33 são substitu ídos por tiristores (retificadores con -
trolados de sil ício).
2. Os tiristores são controlados por trans í stores que controlam a sua tensão de sa ída CC.
3. O transformador da Fig. 8-33 é substitu ído por um alternador CA que tenha seu campo
estacioná rio e a armadura polif ásica girante, na qual são geradas as tensões. A exci -
tação CC do motor síncrono é controlada por um variador monof ásico, que excita o
campo CC estacionário do alternador polif ásico, que está no mesmo eixo do campo
do rotor do motor síncrono, como mostra a Fig. 8-34.
4. O rotor do motor síncrono, da Fig. 8-34, carrega a armadura do alternador, o sistema
está tico de controle CC e de retificação, que consiste dos transístores e dos tiristores
descritos acima, e o campo do rotor do motor síncrono.
Fonte
CA 1 0 o
n o v oS
o Retificador
a onda com-
pleta
o
o
r-G5OT
'TRTff
Fonte
está tica CC
do estado
do rotor
o
o
o
/
L
—
' O õ cP O
L Fonte
25Wv-o 2 3 0 CA
*
e filtro s ólido
Campo
^0 0 0
Variac 1 0 estacion á rio
CC do
alternador
Fig. 8-34 — Representa -
ção tipo bloco diagrama de um motor s í ncrono sem escovas.
^
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RELA çõES DE TORQUE EM MáQUINAS CA MOTORES Sí NCRONOS 287
QUESTÕ ES
8- 1 . Enumere dois fatores que podem ocasionar a “ motorização” de um alternad
or .
8-2. Indique a equação que determina a velocidade média de um motor
sí ncrono.
8 - 3. Por que é o motor sí ncrono um caso especial de má quina duplamente
excitada ?
8- 4 . Devido à possibilidade de variação da excitação do campo, quais as três
caracterí sticas
r não usuais que o motor s í ncrono possui e que mais nenhum outro motor
tem ?
8 -5. Indique quatro vantagens dos motores s í ncronos em relação
8-6. a . Explique por que um motor sí ncrono não tem torque
CA (ou CC)
aos de indução .
de partida .
b. Explique por que um motor s í ncrono ou funciona
à velocidade s í ncrona ou não
funciona .
8- 7 . a . Indique quatro métodos utilizados para a partida
de motores sí ncronos .
b. Explique qual dos métodos acima é mais comumente
utilizado e por quê.
8-8. a . Por que é impossí vel dar partida a um motor sí ncrono
com seu campo CC energizado ?
b. O que significa “saltar um pólo” e em que condiçõ
es ocorre isso ?
8 -9 . a . Descreva a construçã o de um motor s í ncrono de um rotor simplex .
b. Quais as vantagens que ele possui em relação às máquinas sí ncronas CA normais
?
c. Compare o torque de partida das máquinas s í ncronas CA usuais , que
arrancam
através de enrolamentos amortecedores , com o torque de partida
de um motor
sí ncrono com rotor simplex.
8-10. a . Qual a reação ao aumento de carga que ocorre em um motor-denva
ção permitindo
que ele solicite mais corrente da linha ?
b. Explique, utilizando a Eq. (8- 1 ), por que um pólo de um rotor de motor
sí ncrono
deve atrasar-se na posição de fase , em relação ao fluxo do estator , para que se
desen-
volva pot ência sincronizante . Compare o fato com o comportamento do
motor-
derivação em ( a ) acima.
c . Explique , utilizando a Eq . ( 8 -2), por que mesmo uma l â mpada estrobos ópica
c seria
incapaz de detectar o deslocamento do pólo do rotor com a aplicação de carga ao
i
eixo desse último.
8- 11 . a . A partir das condições dadas no Exemplo 8 - 1 , defina “excitação normal ”
.
b. Ilustre a excitação normal através de um diagrama fasorial mostrando
Vp 7a, Er e E
c. Qual é o fator de potência e o ângulo 0 a ele associado, nas condições de excitação
normal ?
8-12. Sob as condições de excitação normal , descreva o efeito de um aumento de carga
sobre :
a . o ângulo de torque, f ou a
b . o ângulo associado ao fator de potência, 6
c . a corrente de armadura, Ia de um motor sí ncrono.
8 - 13. Repita as questões 8 - 12 a, b, e c no que diz respeito ao aumento
de carga num motor
s í ncrono que esteja
a . subexcitado
b. sobreexcitado.
8 - 14. a . Independentemente do estado de excitação de um motor s ncrono
í , explique por que
a reação da armadura terá a tendê ncia de melhorar o fator de pot
ê ncia do motor.
b. Com base na sua resposta a (a), explique por que a reação da armadura
não é com-
pensada em máquinas CA .
8 - 15 . Dado um motor s í ncrono que esteja funcionando com
can » ; i constante e excitação
normal explique que efeito terão no seu ângulo de torque, a. na sua
,
corrente ce armadura,
la , e no seu â ngulo de fase, 0 :
a uma diminuiçã o da excita ção
.
b. um aumento da excitação.
288 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
8- 1 . Calcule :
a . A frequência da tensão que deve ser aplicada ao estator de um motor
sí ncrono tri-
fásico. de 220 V, 10 pólos que deve operar a 1.200 rpm
b. O n ú mero de polos necessá rio para que um motor sí ncrono trif ásico, de
220 V ,
ó .
60 Hz, 220 V, ligação estrela
tem uma corrente nominal de armadura de 108 A e funciona a uma velocidad
e de 450 rpm.
A excitação do campo do motor é ajustada para produzir uma tensão gerada
igual à
tensão de linha aplicada a vazio, produzindo um â ngulo de torque de
1 grau mecâ nico.
Calcule :
a . O n ú mero de pólos
b. O número de graus elétricos que mede o defasamento a do rotor em relaçã
o ao campo
do estator
c. A tensão de fase resultante, Er, entre a tensão aplicada e a tensão gerada por
fase
d . O â ngulo, Ò, entre a tensão resultante, , e a tensão de fase aplicada,
Er
e A corrente de fase drenada pelo motor se a impedâ ncia de fase é 1 , L
.
Vf
0 84, 3° Q
f. O fator de potência do motor e 9
g. A potência total solicitada pelo motor ao barramento e a potência
desenvolvida
í pela armadura .
Não 8- 3. Repita o Problema 8- 2 para uma carga que produza um â ngulo
de torque de 2,5 graus
mecâ nicos.
Não 8-4. Repita o Problema 8-2 para uma carga que produza um â ngulo de
torque de 3 graus
mecâ nicos e uma tensão gerada por fase de 150 V.
Não 8-5. Repita o Problema 8-2 para uma carga que produza um â ngulo de torque
de 3 graus
mecâ nicos e uma tensão gerada por fase de 100 V .
Não 8-6. A partir dos cálculos realizados para os Problemas de 8- 2 a 8-5, inclusive
, calcule para
cada condi çã o de carga
a . A potência desenvolvida em HP
b. O torque desenvolvido .em lb pé -
c. Conclua a respeito dos efeitos de aumentar-se a carga e manter-se a excitação cons
tante ( Problemas 8-2 versus 8- 3) -
d. Conclua a respeito dos efeitos de manter-se “constante” o â ngulo de torque e
dimi-
nuir-se a excitação (Problemas 8-4 versus 8-5) .
Não 8-7. Calcule a potência de sa í da em HP e o torque se os rendimen
tos do motor sí ncrono,
para as várias cargas e condições de excitação, são :
a. 70 por cento no Problema 8-2
b. 75 por cento no problema 8-3
c. 85 por cento no Problema 8-4
d . 80 por cento no Problema 8-5
e. Saliente as diferenças entre potência e torque desenvolvidos em relação à pot
ência
e torque de saí da.
Não 8-8. A carga aplicada ao motor do Problema 8- 2 é aumentada até que o â ngulo do torque
de carga iguale exatamente o angulo da impedâ ncia sí ncrona, ou seja 84, 3° ; a
excitação
é normal. No ponto correspondente ao torque máximo, calcule
a. A tensão resultante por fase, Er , entre a tensão aplicada e a tensã o gerada , por fase
b. O â ngulo, <5, entre a tensão resultante por fase, £ , e a tensão aplicada,
r Vf
290 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
P a
GRAUS GRAUS Er I.f w.
MEC. ELÉTR . (V) (A) 6 cos 6 (W totais) (W)
5°
10°
83, 5°
83,65°
84,0°
15°
20°
Não 8- 10. A partir da tabela do problema anterior, determine o ponto no qual ocorre o torque
máximo . Explique
a . Por que o torque máximo não ocorre quando a é igual a 90°
b. O que determina o ponto no qual ocorrerá o torque máximo, ignorando os efeitos
da saturação e da reação da armadura
c. Por que a potência desenvolvida não continua a crescer quando crescem o â ngulo
de torque, Er e Ia
d. O efeito de uma redução de XJRa (isto é, um rotor mais rígido) sobre o ponto no qual
ocorrerá o torque máximo
e. A variação do fator de potência com o aumento de carga .
Não 8- 11 . No Problema 8-9, a tensão gerada por fase foi imaginada como igual à tensão aplicada
pôr fase, embora isso raramente v á ocorrer, mesmo para um fator de pot ência unit ário.
Imaginando um rendimento de 88 por cento, para o motor do Problema 8-9, calcule
a . A corrente de armadura a plena carga, as quedas IaRa e IaXs a plena carga, bem como
a tensão gerada a plena carga por fase para o fator de potência unitário.
Use qualquer método ou a equação que quiser .
b. O n ú mero de graus el étricos, a, entre o estator e o rotor
c. O número de graus mecânicos, /?, entre o estator e o rotor
d. A tensã o Er resultante das tensões aplicada e gerada , por fase, e o seu â ngulo de fase
e . A potência drenada , pela armadura , do barramento c as peidas el é tricas no cobre
(apenas da armadura)
I:
7
Não 8-18. Compare os dados calculados e fornecidos para os Problemas 8-16 e 8- 17 com o apêndice
da Tabela A -5 e atente para diferenças no que diz respeito
a. À corrente de armadura
b. À potência em HP.
8- 19. Calcule a capacidade do compensador sí ncrono trifásico necessá rio para elevar o fator
de potência de uma carga de 20.000 kW, que funciona a um fator de potê ncia de 0,6
em atraso, para
a . Um fator de potência de 0,8 em atraso (desprezando as perdas do compensador)
b. O fator de potência unitá rio (imaginando um compensador sincrono com um fator
de potência de 10% em avan ço)
c. Em ( b), qual a potê ncia em quilowatts que pode ser acrescentada ao sistema para
produzir os kVA totais originais ?
8-20. Um altemador trifásico de 50.000 kVA é carregado até sua capacidade nominal a um
fator de potência de 0,7 em atraso. Um compensador síncrono, com um fator de potência
de 0, 1 em avan ço, cornge o fator de potência do sistema para o valor unitá rio . Calcule :
a . Os quilowatts adicionais que poderão ser supridos pelo altemador à carga, com o
fator de potência unitá rio
b. A capacidade em kVA do compensador síncrono necessária para realizar essa cor-
reção.
8-21 . Um motor sí ncrono trif ásico de 1.300 HP, com fator de potência de 0,8 supre uma carga
mecâ nica desse valor. O motor é ligado a uma linha, que também alimenta uma carga
de 1.200 kVA com um fator de potência de 0,6 em atraso, constituída por vá rios motores
de indu ção. Imagine que o rendimento do motor sí ncrono é 90 por cento e calcule
a. Se é possí vel que o motor síncrono traga o fator de potência da linha para o valor
unit á rio sem que se exceda a capacidade do motor sí ncrono
b. O fator de potência final do sistema, com o motor sí ncrono funcionando em sua
capacidade nominal , entregando 1.300 HP e estando o motor em sobreexcitação .
8-22. Um motor sí ncrono trif ásico eleva o fator de potê ncia de um sistema de 0,7 para 0,9
quando o ligamos à linha . Se o motor síncrono solicita 500 kVA, a um fator de potência
de 0,8 em avanço, qual era a carga original do sistema em kVA antes de acrescentarmos o
motor ?
8-23. Um altemador polif ásico de 20.000 kVA é carregado até a sua carga nominal por motores
de indução, o que faz com que o fator de potência vá a 0,6 em atraso. Se um motor de
indução de 5.000 HP, funcionando a um FP de 0,65, é substitu ído por um motor síncrono
de 5.000 HP com um fator de potê ncia nominal de 0,8, tendo o mesmo rendimento
(isto é, 93 por cento) e a mesma corrente nominal de plena carga, calcule
a. o aumento no fator de potência do sistema
b. o n ú mero de kVA adicionais que podem ser utilizados para suprir cargas de lâ mpadas
incandescentes.
8-24. Uma á rea industrial tem uma carga de 4.000 kVA a um fator de potência de 0,6 em atraso.
Um motor síncrono de 800 HP, com um rendimento de 88 por cento, e acrescido para
acionar uma carga mecâ nica, mas, sobretudo, para melhorar o fator de potência do
sistema para 0,9 em atraso. Calcule :
a . o fator de pot ê ncia no qual funciona o motor sí ncrono
b. a capacidade nominal , em kVA , do motor sí ncrono
c. a potência ú til do motor sí ncrono de ( b), se ele funciona para acionar uma carga
que lhe solicita a capacidade nominal com um fator de potência unit á rio ( imaginando
o mesmo rendimento).
8- 25. Um conversor de frequ ência consiste de duas m á quinas sí ncronas acopladas, sendo
o altemador de 10 pólos, 50 Hz acionado por um motor de 60 Hz. Calcule o n ú mero
de pólos que o motor deve ter.
RELA çõES DE TORQUE EM Má QUINAS CA MOTORES Sí NCRONOS 293
8-26. Utilizando-se um motor sí ncrono de 60 Hz para produzir 400 Hz, especifique o menor
n ú mero de pólos necessá rios para cada uma das máquinas sí ncronas, de modo a conse-
guir-se a conversão de frequência.
8-27. Repita o Problema 8- 26 para o caso de 60 Hz para 25 Hz.
8-28. Um centrifugador de alta velocidade foi projetado para funcionar a uma velocidade
constante de 1.000 rpm. a fim de produzir a força centr ífuga necessá ria . Escolhe-se um
motor que satisfaz a condiçã o, mas dispõe-se apenas de 60 Hz. Especifique o conversor
de frequê ncia que realizará a conversã o necessá ria para que o motor funcione.
RESPOSTAS
8-1(a ) 100 Hz í b ) 12 (c ) 200 rpm 8-2(a) 16 pólos ( b) 8o (c) 17,7 V (d ) 86,8° (e) 17,7 A
(0 FP 0.999 em avanço ( g ) 6.750 W, 6.650 W 8- 3(a ) 16 pólos ( b) 20° (c) 46,25 V ( d ) 79,85° (e)
46,25 A ( 0 FP 0,998 em atraso (g) 17.550, 16.910 W 8-4(a ) 16 pólos ( b) 24° (c) 61,8 V
( d ) 99,3° (e ) 61,8 A (f ) FPO,996 em avan ço ( g) 22.700 W, 21.558 W 8-5(a) 16 pólos ( b) 24° (c) 54 V
( d ) 48,7° (e) 54 A ( f ) FP 0,813 (g) 16.750 W, 15.876 W 8-6(a ) 8,85 HP, 22,65 HP, 29,0 HP,
21,3 HP ( b) 103,3 ; 257 ; 338; 248 lb- pé 8- 7(a ) 6,33 HP, 73,8 lb- pé ( b) 17,8 HP, 207,5 lb-pé
(c) 25,85 HP, 302 lb- pé ( d ) 17,95 HP, 209,5 lb- pé 8-8( a ) 170,3 V ( b) 47,8° (c ) 170 A, 1,575
( d ) 58,2 HP, 678 lb- pé (e ) 1 ,162 : 1 8-9 Pd apenas: 64.150; 109.400; 123.600, 124.000, 123.800,
123.500. 102.200 8- 11 ( a ) Eg = 134,5 V ( b) 26,55° (c) 4,425° (d ) 60,25 V, 83,65° (e)
84.800 W, 4.500 W ( f ) 107,5 HP, 940 lb- pé ( g) 166,3 HP, 1.455 lb- pé 8-13 179,5, 226,5
232,5 lb- pé 8- 14 888 lb- pé, 1.072 lb- pé, 1.940 lb- pé 8-16(a ) 23,65 A ( b) 16.4° (c)
I .580 V ( d ) 35,85° ( e ) 46,35 A , 196 por cento ( f ) 210 HP 8-17(a) 1.387 V ( b) 473 V
(c) 19,95°, 4,99° ( d ) 113,5 HP 8- 19(a ) 16.667 kVA ( b) 26.800 (c) 10.653 kW 8-20(a )
II .415 kW ( b) 35.850 kVA 8-21 (a ) Não ( b) 0,9967 8-22 1.320 kVA 8-23(a) FP
0,822 ( b) 6.200 kW 8-24( a) FP 0, 37 ( b) 1.8-32 kVA (c) 2.160 HP 8-25 12 pó los
8- 26 Alternador : 40 pólos, motor : seis pólos 8-27 10 pólos, 24 pólos 8-28 motor : 72 pó-
los, alternador : 10 pólos.
;
NOVE
máquinas de indução
polifásicas (assí ncronas)
-
9 1. GENERALIDADES
Nos capí tulos precedentes, estudamos as máquinas de corrente cont í nua, as
quais operavam com uma tensã o contínua aplicada a seu enrolamento de campo e
(como resultado de rotaçã o ou comutaçã o) uma tensão alternada aplicada ao enrola -
mento da armadura. Consideramos também as má quinas sí ncronas de corrente
alternada que, da mesma forma que as má quinas de corrente cont í nua, tinham
tensã o contí nua aplicada ao seu enrolamento de campo e tensão alternada apli -
cada diretamente ao enrolamento da armadura. Ambas as máquinas são consi -
deradas como máquinas de dupla excitação, porque duas fontes de tensão de exci-
tação são requeridas para sua operação normal. Nas seções 8-25 a 8- 29 discutimos
tipos especiais de motores sí ncronos : aqueles em que os enrolamentos polares
estão permanentemente magnetizados requerendo, portanto, apenas uma ú nica
fonte de excitação para sua operação normal (desde a vazio até a situação a plena
carga) ; mas estas má quinas també m são consideradas verdadeiramente como
má quinas de dupla excitaçã o.
M áQUINAS DE INDUçãO POLIFáSICAS ( ASS í NCRONAS) 295
9-2. CONSTRUÇÃO
;
296 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
fonte CA ou CC, mas pode ser usada qualquer uma [no l .° caso em concatena-
ção e no ú ltimo caso em máquina universal].2 Usualmente um resistor trifá-
sico ou polif á sico equilibrado variá vel é ligado aos aneis coletores através das es-
covas, como meio de variar a resistência total do rotor por fase. Devido ao seu
elevado custo inicial e maior custo de manutençã o, os motores de rotor bobinado
são usados apenas ( 1) quando se necessita elevado torque de partida ; (2) quando
se deseja o controle da velocidade, e ( 3) quando se introduzem tensões externas ao
circuito do rotor .
.
9-3 PRODU ÇÃ O DE UM CAMPO MAGN ÉTICO GIRANTE PELA
APLICAÇÃ O DE TENSÕ ES ALTERNADAS POLIFÁSICAS AO
ENROLAMENTO DA ARMADURA
Um campo magn é tico girante e de amplitude constante, girando à velocidade
sí ncrona
2
Ver a nota de rodapé anterior.
MáQUINAS DE INDU çãO POLIFáSICAS (ASS í NCRONAS) 297 •
y
Do nosso estudo dos enrolamentos das m á quinas sí ncronas
CA (Seçs. 2-14
a 2-17), vimos que os condutores de cada fase est ão distribu í dos
uniformemente
através da armadura do estator . O diagrama da Fig. 9- lc, que empreg
a bobinas
concentradas (em vez de enrolamentos distribu ídos), permite
predizer o fluxo
resultante produzido por todas as bobinas de uma fase. Cada grupo
de fase na Fig.
9- lc consiste de 12 condutores (ou 6 bobinas) por fase, nos quais os correspo
'‘ fins ” de bobinas de cada
ndentes
fase, FÁ , FB e Fc , estão ligados a um ponto comum. Os
correspondentes “começos” de cada fase, ,
de tensão trifásica. No instante tvisto na Fig
SA SB ou Sc, est ã o ligados à alimentação
1’ . 9- lb, mostra-se a corrente em cada
Fonte CA 3 0
C
Ic
+
f (b+a+c)
- 0
i
I IB
1 ciclo
f (c+a+b) f (a+b+c)
(a ) Correntes defasadas ( b) Relações entre correntes de
- (c) Relações entre enrolamentos
°
de 120 num enro
lamento de armadu
-- °
fasadas de 120 no tempo . °
defasados de 120 no espaço,
ra 3 0 .
(d ) Instante 1. (e ) Instante 2. (f ) .
Instante 3
?
S s
LQA9] N N âaai
f
(g ) Instante 4 . (h )
Instante 5 . ( i ) Instante 6.
Fig. 9- 1 — Produçã o de um campo magné tico girante constante à velocidade sí ncrona
.
t
298 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
3
Pode-se mostrar que o n ú mero de pólos, P , produzido no campo magnético girante é P — 2n ,
onde « é o n ú mero de ranhuras/ pólo- fase (Seç. 2-16).
M áQUINAS DE INDU çã O POLIFáSICAS ( ASSí NCRONAS) 299
Desde que o per íodo ou intervalo de tempo das varia ções senoidais de corrente,
visto na Fig. 9- lb, é o mesmo nos condutores, a velocidade do campo magnético
girante varia diretamente com a frequ ência, mas inversamente com o n.° de pólos,
'
1 velocidade do
verificando-se novamente a Eq. (2-16) ou
^ Ns =
campo girante na Fig. 9-1 na frequência de 60 Hz é de 3.600 rpm . Da mesma
Assim,
ma-
neira , a velocidade do campo girante (com referência a um pólo unitá rio N) visto
na Fig. 9-2a é de 1.800 rpm e na Fig. 9-2b é de 1.200 rpm, e assim por diante.
Ao
Bç FB S* Ranhuras
CÇ
HA
S
8
o
SB
9
FA o
A V
X
Sey) f y #ic
^
s; FB
^ Fio
Imã
permanente
Sentido das
correntes
parasitas
induzidas
N
s Disco girante
de cobre ou
Rotação
do imã
•Á
Rotação
do disco
Mancai n Pivô
Vista anterior.
W alum ínio
Placa de ferro
( b ) Vista superior.
. -
Fig 9 3
— Princí pio do motor de indução.
-
Com efeito, como mostra a Fig. 9 3b, as correntes parasitas induzidas tendem
a produzir um pólo unitá rio S no disco num ponto situado sob o pólo girante N
do imã, e um pólo unitá rio N no disco sob o pólo girante S do imã. Enquanto
o imã continua seu movimento, portanto, continuará a produzir correntes para-
sitas e pólos de polaridades opostas no disco sob ele. O disco, assim, gira no mesmo
sentido que o imã, mas deve girar a uma velocidade menor que a do imã. Se o disco
fosse acionado à mesma velocidade do imã, não haveria movimento relativo entre
o condutor e o campo magnético, e não se produziriam correntes parasitas no disco.
E devido à ação geradora que ocorre, produzindo correntes e um resultante
campo magnético oposto, que o motor de indução pode ser classificado como
uma máquina duplamente excitada. Alé m disso, como em todas as máquinas,
enquanto o torque eletromagnético é o resultado da interação entre os campos
magnéticos produzidos pelas duas correntes de excitação, ocorre simultaneamente
uma ação geradora. No motor síncrono CA, ocorriam a açã o-motor e a ação gera -
Má QUINAS DE INDU çãO POLIFáSICAS (ASSí NCRONAS) 301
dora à velocidade síncrona do campo magnético girante.. No motor
de indução
CA, nem a açad- motor nem a ação-gerador poderão ocorrer à velocida
de s í ncrona*
Por isso , as máquinas que funcionam sob o princí pio de indução são
classificadas
como assíncronas ou não síncronas.
Conforme se estabeleceu previamente, a velocidade do disco nunca
pode
ser igual à do imã. Se o fosse, a corrente induzida seria zero e n
* ão se produziriam
fluxo magnético nem torque. Assim ele deve “escorregar em
” velocidade a fim
de que se produza torque. Isso resulta numa diferença de velocidades produzid
as
entre (1) a velocidade síncrona do campo magnético girante, basicam
ente uma
função da frequência para qualquer máquina de indução dada ; ( )
e 2 a velocidade
de “ escorregamento’’ na qual gira o disco como resultadp
do torque produzido
por interação entre seu campo e o campo magnético girante. Esta
. diferença na
velocidade entre (1) e (2) é chamada velocidade de escorregamento
(ou rotação
de escorregamento) e é normalmente expressa como uma percentagem
da velocidade
síncrona (como escorregamento percentual ou simplesmente escorrega
mento).
velocidade de escorregamento _ velocidade síncrona - velocidade do rotor
velocidade síncrona
_ Ns tir
( - ) x 100
velocidade sí ncrona
1
nO'
Ns -
(9 1)
OU
Nr = JVs ( l - s) = 120 / ( 1 - s) -
(9 la)
a. P = 2 n = 2 x 3 = 6 pólos
total de ranhuras = 3 ranhuras x 6 pólos x 3 fases = 54 ranhuras
pólo-fase
A
' jo:. .
302 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
120 / 120 X 60
6
= 1.200 rpm (2-16)
120/ 120 x 50
6
= 1.000 rpm
/T\
/
s
Gap
\
0®® ® ® ©0®®® ® ®0
A B c
( a ) Fem induzidas produzidas nos condutores
do rotor.
,
.
( b ) Relação entre o campo e as fem do rotor
Imaginemos que o rotor está parado ( num bloqueio) e que o fluxo do estator
está girando à velocidade sí ncrdlia no sentido horá rio em relação ao condutor
( estacioná rio) A do rotor, situado diretamente sob um pólo unitá rio N. O sentido
do movimento relativo do condutor A , para fins de determinação da força eletro -
motriz induzida, é à esquerda (regra da mão direita, Seç. 1 5). Este movimento-
relativo produz uma fem no sentido do observador , e a corrente a ela associada
produz um fluxo no sentido contrá rio ao dos ponteiros do relógio em torno do
condutor A , como se viu. Com respeito ao campo que penetra no n úcleo de ferro
na vizinhança do condutor A , a força que age sobre o condutor A, como resultado
da interação entre os campos magn éticos, produz repulsão à esquerda e atração
à direita do condutor, ou seja, um movimento no mesmo sentido que o do campo
magn ético. Pela regra da m ã o (a ação- motor requer a regra da mão esquerda
-
para o movimento do condutor), ver se-á o condutor desenvolvendo um torque
eletromagnético que tende a mover o rotor também no mesmo sentido da rotação
do campo magnético.
MáQUINAS DE INDU çãO POLIFáSICAS (ASSí NCRONAS) 303
fr = -S X / (9-2)
z
Solução :
—
a. No instante da partida, s = ( Ns Nr )/ Ns, onde Aír é a velocidade do rotor.
Desde que a velocidade do rotor neste instante é zero, s = [(
ou escorregamento unitário. A frequência do rotor é
—
Ns 0) / JVs] = 1
fr = s x / = 1,0 x 60 Hz = 60 Hz ( 9-2)
Deve-se notar que é precisamente pela razão ilustrada no Ex. 9-2 que o motor
de indução de rotor bobinado pode ser usado como dispositivo de alteração de
frequência quando o seu rotor é acionado a uma dada velocidade e quando se
retira a fem de seus anéis coletores. (V. Seç. 9-23.J Quando um motor de indução
^
é acionado por uma máquina primá ria (e desta forma é que será operado), chama-
mo-lo um gerador de indução. Consequentemente, se ele está parado (escorre-
gamento unit á rio), um gerador de indução gerará a uma frequê ncia (do rotor)
de (1 x 60) ou 60 Hz, como mostra o Exemplo 9-2. Se ele gira exatamente à velocidade
sí ncrona no mesmo sentido do campo magnético girante (escorregamento zero),
a sua frequência gerada (do rotor) é (0 x 60) ou zero. Se ele gira na mesma velo-
^
cidade íncrqna) mas enr sentido -opost (escorregamento 2) a sua frequ ência
^
gerada é ( 2 x 60) ou 120 Hz. Se ele gira a uma velocidade que
^ ^
seja o dobro da
síncrona no sentido oposto (escorregamento = 3), a sua frequência gerada é 180 Hz.
Escorregamentos maiores que a unidade, bem como escorregamentos negativos
{ rotação acima da velocidade sí ncrona no mesmo sentido), são, pois, possí veis, num
gerador de indução.4 Na maior parte do estudo das caracter ísticas do motor
de indução, estaremos tratando com escorregamentos positivos entre o unitá rio
( rotor bloqueado) e o nulo (velocidade síncrona).
Desde que os condutores do rotor tê m uma resistência relativamente baixa
( barras de grande á rea, curtas no comprimento e curto-circuitadas nas extremi-
dades), mas estão engastados no ferro, eles possuem a propriedade da indutâ ncia
e, consequentemente da reatâ ncia indutiva (Seç. 2-7). Para um dado rotor de uma
máquina de indução, a indutância das barras do rotor ( Lr ) é unia quantidade fixa
(variando com o n ú mero de espiras, a permeabilidade, o comprimento e a á rea
do circuito magnético), mas a reatâ ncia indutiva do rotor ( ) , variará com a
Xr
frequ ência do rotor. A determinação direta da indutâ ncia do rotor, independen
temente da frequência é um assunto dif ícil, particularmente para máquinas grandes.
-
É usual, pois, determinar-se a reatâ ncia do rotor com ele bloqueado, através do
4
Um ponto importante na definição do escorregamento é o que diz respeito ao sentido do campo
magnético que tomamos como referência. Se o campo girante tem a velocidade sí ncrona de 1.800 rpm
-
velocidade de escorregamento de 1.800 - ( 1.800) = 3.600 rpm e um escorregamento
-
no sentido horá rio, então uma velocidade do rotor de 1.800 rpm no sentido anti horá rio produzirá uma
600/1.800 = 2.
Escorregamentos negativos são também possí veis, se o rotor for acionado a uma velocidade maior que
a sí ncrona no mesmo sentido, digamos 2.000 rpm no sentido horário, produzindo um escorregamento
de 1.800- 2.000, ou - 200 rpm e um escorregamento de - 200/1.800, ou - 0411.
MáQUINAS DE INDUçãO POLIFáSICAS (ASSí NCRONAS) 305
x, = * Xbi (9-3)
como a maior reatâ ncia possí vel, porque, como já se mostrou, o gerador de indução
pode desenvolver reatâ ncias do rotor maiores que aquela a rotor bloqueado, para
escorregamentos maiores que o unitá rio. A reat â ncia a rotor bloqueado é mera-
mente um padr ã o ou referência conveniente que simplifica os cálculos.
Se a frequência da tensão CA induzida nas barras do rotor de um motor de
indução varia entre zero, à velocidade sí ncrona, e a frequência do estator, a rotor
bloqueado, então pela Eq. (2-14), ( E = a tensão induzida no rotor para
qualquer escorregamento é também uma função da tensão induzida a rotor blo-
queado ; ou seja
Er = SEU -
(9 4) .
onde s é o escorregamento expresso como quantidade decimal
Ebl é a tensão induzida no rotor para a condição de estar ele bloqueado
(ou seja motor parado)
Ef é a fem induzida no rotor para qualquer valor do escorregamento
(positivo, negativo, maior ou menor que o unit ário) e/ou a frequ ên-
cia do rotor.
Assim, a tensã o induzida no rotor, a reatâ ncia deste e a sua frequência variam
todas em fun ção do escorregamento desde um má ximo “ normal ” para rotor blo -
queado até zero quando a velocidade do rotor for igual à velocidade síncrona
(escorregamento nulo).
O torqué desenvolvido na situação de motor parado para cada um dos con -
dutores individuais no rotor 5 pode ser expresso em função do fluxo ou corrente
(que produz o fluxo), no estator e no rotor, respectivamente, [a partir da Eq. (4 4)] -
como
T = Kt j Ir cos 9
()
r -
(9 5)
5Como um principio
unifícante, o torque desenvolvido em cada condutor de uma máquina dupla-
mente excitada é proporcional a <f> 1 4> 2 cos a > onde <f> 1 e <t> 2 representam os fluxos resultantes produ-
.
zidos pelas duas tensões de excitação, e a é o â ngulo entre os fluxos Assim, o torque é produzido pela
repulsão ou atraçãó m útua de dois campos magnéticos. Este princí pio, portanto, é igualmente verda-
'
-
deiro para instrumentos eletrodinamométricos e para alto faiantes dinâ micos. Assim, as Eqs. (4 4), -
-
(8-26) e (9-5) são todas elas formas da Eq. (1 8) baseadas na força eletromagnética desenvolvida por
um condutor percorrido por uma corrente e situado em um campo magnético.
306 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
.
Fig 9 5 - — Deslocamento da corrente do rotor em relação à sua tensão e
produção do respectivo torque.
, É agora possí vel derivar uma equaçã o para o torque desenvolvido quando
>
o motor est á parado, ou seja, sob as condições de rotor bloqueado (que é o torque
de partida) para o motor de indu çã o. Seja Rr a resistência efetiva do rotor (para
a posição bloqueada) de todos os condutores do rotor combinados, e seja Xbl
a reat â ncia a rotor bloqueado de todos os condutores do rotor combinados ; então
a impedâ ncia para rotor bloqueado, Zw, é
Zu = Rr + jxbl = JW + Xi,
e
Z
cos 0r = X
zhl Q
R
MáQUINAS DE INDUçãO POLIFáSICAS (ASSí NCRONAS) 307
t A corrente no rotor bloqueado é
4, = 2Ebl Eu EM -
(9 6)
bl Rr + JXbl V K + *1
onde Ebl é o valor efetivo da tensão induzida no rotor com este bloqueado,
sendo
os demais termos já definidos acima.
i Substituindo-se na Eq. (9- 5) Ibl da Eq. (9-6) e também o valor de cos 9
r = RrjZbV
o torque de partida total desenvolvido por um motor de indução com
rotor parado é
,
K <t> Ebl Rr
Tp = K ,W r COS 6r =
V Rr2 + X bl2
v
JR? + X 2
bl
^
R , EblRr
R? + X bl2
(9-7)
que a resistência
efetiva do rotor i?r e a reatâ ncia a rotor bloqueado são
Xbl constante s (para uma
dada tensão de barramento aplicada, a uma frequência constante), elas podem
ser incorporadas numa nova constante K' e a Eq. (9-7a) é finalmente simplificada
t
para o torque de partida ( motor parado) na expressão
Tp = KV 2f -
(9 8)
A Eq. (9-8) estabelece que, para qualquer dado motor de indução tipo gaiola
CA (particularmente aquele que não permitia a variação da resistência do rotor
por meios externos), o torque de partida é apenas função da tensão aplicada
ao
-
enrolamento do estator .6 Ao reduzir se a tensão nominal aplicada por fase, a me
tade, durante a partida, então, produzir-se-á um torque de partida que será um-
quarto do que seria produzido a plena tensão. Ao reduzir se a tensão primá ,
- ria
també m se reduzirá a corrente secundá ria e a prim á ria, uma vez que a corrente
primá ria reflete a corrente drenada pela resistência e pela reatâ ncia secund
árias
6
Esta equação deriva muito naturalmente do conceito do motor de indu ção como uma quina dupla
má -
mente excitada, na qual ambos os enrolamentos são excitados por corrente
alternativa. Esta excitação
do rotor depende do valor da excita ção do estator, por ação-transformador.
A excitação do campo
girante do estator també m depende da tensão aplicada ; assim, ambos
os fluxos, o do rotor e o do estator,
são função da tensão aplicada, bem como do torque desenvolvido.
%
• EXEMPLO Um motor de indução, trif ásico, de 50 HP, quatro pólos, 208 V, tem um torque
-
9 5; de partida de 225 lb-pé e uma corrente de linha, de partida, instantânea, de 700 A
(rotor bloqueado) à tensão nominal. Uma tensão trif ááica reduzida de 120 V
é aplicada aos terminais de linha. Calcule :
a. O torque de partida
b. A corrente de partida.
Solução : 1
a TP = rorig K ) = 225 lb-pé 120V = 75 lb-pé (9-8)
*
y 208
VÍt- 120
b - 1P = 7orig S 1
= 700 A 208 = 403 A (9-6)
K
e gira , sua frequência, a reatâ ncia do rotor, e a tensão induzida por este são repre-
sentadas por sf 9 sXbl,, e sEbl, respectivamente. A medida que a frequ ência do rotor
e a sua reatâ ncia decrescem, a força eletromotriz induzida do rotor também de-
cresce à proporção que a velocidade do motor aumenta . Uma diminuição na
reatâ ncia do rotor aumenta o valor de cos 9r na Eq. (9-5)' mas, ao mesmo tempo,
a diminuição da tensão do rotor tende a reduzir a corrente do rotor. Para uma
dada excitação constante, portanto, deve haver um valor particular de escorre-
gamento onde o aumento do cos dr e a diminuição da corrente do rotor produzam
Ir
um valor máximo do torque na Eq. (9-5) ( T = K<j)Ir cos Qr ) . Para quálquer escor-
regamento dado, a corrente do rotor é
SEH (9-9)
e desde que
V R' + (sxblr
cos 6 r = -
(9 10)
VR, + ( sX „,)2
2
70 significado de 9r não pode ser desprezado mesmo quando ele desaparece na Eq. (9-11). Não
somente é o â ngulo pelo qual a corrente do rotor se atrasa em relação a tensão induzida do rotor
mas també m o â ngulo entre o eixo polar do estator e o do condutor do. rotor, que está carregando a
máxima corrente instantâ nea, como mostra a Fig. 9 5. - *
MáQUINAS DE INDUçãO POLIFáSICAS (ASSí NCRONAS) 309
STmx ^ bl (M 2) |
Em outras palavras, o torque máximo é obtido ao escorregamento corres-
pondente sTmx K Mas, como notado anteriormente, 4> 2 é proporcional
a Vj ; e, assim, a expressão para o torque máximo que pode ser desenvolvido por
qualquer motor de induçã o, substituindo a Eq. (9-12) na Eq. (9-11), é
KV 2
Tmax ~
2(Srmx w)2 -
(9 13)
*
P EXEMPLO Um motor de indução de rotor de gaiola de 8 pólos, 60 Hz é deliberadamente
9-4 : carregado ao ponto onde ocorre o seu torque máximo . A resistência do rotor,
por fase, é 0, 3 Q e o motor desacelera por ter atingido o torque máximo a
650 rpm. Calcule :
a. O escorregamento correspondente ao torque máximo, sTmx'
b. A reatância a rotor bloqueado.
c. A frequência do rotor correspondente ao ponto do torque máximo.
Solução :
120/ 120 x 60
a N = P
= 8
= 900 rpm (2- 16)
N s - N rr 900 - 650
c
= 0,278 (9-1)
900
0,3
= 1,08 Q (9-12)
^
b- / w =
STmx 0,278
C. f r = s f = 0,278 X 60 = 16,7 Hz (9- 2)
8
-
Tomar se o escorregamento correspondente ao torque má ximo como a relação RJXbl é uma
aproximação que é suficientemente correta para todos os propósitos práticos. Um valor mais
preciso para S Tmx onde Rp é a resistência primá ria do estator por fase (usual-
KV 2P
mente desprezada ) e é igual a . Veja também a Eq. (9-21) para outras
[2(*, + V *í + *ã)]
maneiras de determinar o torque máximo, como mostra o Exemplo 9 10. -
310 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Corrente de partida
^
aU Corrente do rotor
l
I i Velocidade
100 AT I 00T íorque desenvoíx s íncrona
t
(O
c
Lyido pelo rotor
o
t o
c
< M
0)
O
o
o 3
Õ
o
O -O>CD
_
O)
*
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2
h E>
Q
O Ui
O to
c
CL
D
O
a> t d
i
Intervalo
desde
ya vazio á
plena carga^i -
0l OL 100 * \ a
ô
-
Torque desenvolvido ( Ib- pé )
.
Fig 9 6 - — Efeitos da carga na velocidade, torque desenvolvido e corrente no rotor.
e escorregamento. Esta figura é uma representaçã o grá fica da corrente desenvol
vida pelo rotor do motor e de seu torque em função do escorregamento, desde o
-
instante da partida ( ponto a ) até as condições de funcionamento em regime per-
manente ( usualmente entre a posiçã o a vazio e a posição em plena carga pontos
c e d ) , onde os torques desenvolvido e aplicado são iguais. Note-se que ao escor-
>
-.
9 8 CARACTER ÍSTICAS DE FUNCIONAMENTO
DE UM MOTOR DE INDUÇÃO,
As caracteristicas de funcionamento normal de um motor de indução de tipo
gaiola ocorrem no intervalo entre o funcionamento a vazio e à plena carga
( pontos
d a c na Fig. 9-6). Consideremos o comportamento do rotor de um motor de
indu-
çã o na sua velocidade a vazio, que é levemente inferior à sí ncrona, e
consideremos
que se lhe aumenta a carga.
Condição a vazio : A vazio, o escorregamento é muito pequeno ( uma fração
de 1 %), e a frequência do rotor , sua reat â ncia e sua fem induzida [Eqs. (9 ), (
2 9-3)
e (9-4)] sã o todas muito pequenas. A corrente do rotor é, assim, pequena e apenas -
suficiente para produzir o torque necessá rio a vazio. Desde que a corrente do rotor
é pequena , a corrente do estator ( primá ria) é a soma fasoriãl da sua corrente
de
excitaçã o, 7e, e de uma componente primá ria de carga, 7 , induzida no rotor por
o
ação de transformador. A Fig. 9-7a mostra a soma fasorial dessas
correntes a
vazio, onde a corrente de excitação prim ária do estator a circuito aberto é
isto é,
soma fasorial de uma componente de potência ou histerese, Ih, e uma componente
de magnetiza çã o. í m , requerida para produzir o campo girante do estator. As
componentes de pot ê ncia, Ih e I 0, est ã o ambas em fase com
Egf . O fator de po-
t ência a vazio é assim representado por 0, o â ngulo entre e Egf . Assim, Inl cos
Inl
0 é a soma de Io e í h , isto é, a pequena corrente do estator produzida pela cor-
Io
rente do rotor e uma componente de perda primá ria , devida à histerese e às cor
Ih -
9
Um paralelo interessante pode ser feito entre o motor -derivação CC e os motores de indução,
pelo fato de que a diminuição de velocidade em ambos os motores com a carga é apenas suficiente
para proporcionar um aumento de corrente para produzir o torque desenvolvido necessá rio para
contrabalançar o torque aplicado. No motor-derivação, isto é conseguido por uma diminuição na
força contra -eletromotriz induzida. No motor de indu çã o, o aumento de escorregamento ( e també m
j da frequência do rotor e da força eletromotriz induzida no rotor) produz um aumento na corrente
do rotor e no fator de potê ncia necessá rios a contrabalançar o torque aplicado.
-
l.
312 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
rentes parasitas do circuito magn ético do estator e do rotor. Note-se que, como o
ângulo 9 é grande, o fator de potência é extremamente pequeno e em atraso.
Condição de meia carga : Quando uma carga mecâ nica é aplicada ao rotor
,
a velocidade decresce um pouco. O pequeno decréscimo na velocidade causa
um
aumento no escorregamento e na frequência do rotor, na sua reatância e na sua
força eletromotriz induzida [Eqs. (9-2), (9-3) e (9-4)]. O aumento da corrente
indu-
-
zida no rotor (secundária) reflete se num aumento da corrente primária do
7 , mostrada na Fig. 9-7b. Esta componente da corrente primária do
estator,
^ estator,
7sr, é uma componente que produz potência, como 7 , e está em fase
o com a tensão
E 9f E 9f E f
9
Isr Is
Isr e,
Io,
B InL
In Ie InL In *
Im +
.
(a ) A vazio ( b ) Meia carga. (c ) Plena carga ( escala
reduzida ).
Fig. 9-7 —
Componentes primá rias de excitação do estator e da corrente de carga,
mostrando o efeito do aumento da carga no fator de potê ncia e na corrente do
estator.
Corrente Partida
de linha
.o2
o
§
V)
s
w
3
Torques - \ \
i
silOOr
«
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§ 2 /
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50l- fc t Fator de
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4»
c
©
WJí' Velocidade
^
©
cc I
<3 2
Vezes a potência nominal
( a ) Diagrama fasorial . ( b) Caracter ísticas.
.
Fig 9 á- — Efeitos de cargas pesadas na corrente primá ria
do estator e seu fator de potência.
As caracter ísticas desde a vazio até alé m da plena carga estão representadas
resumidamente na Fig. 9-8b, onde o rendimento e o fator de potência estão ambos
num má ximo para uma carga aproximadamente nominal, e a corrente de linha
e o torque continuam a aumentar até o torque máximo. Note se que, acima do
torque m á ximo, a corrente de linha aumenta mas o torque diminui, porque a razão
-
da diminuição do fator de potência é maior que a razão do aumento da corrente
na Eq. (9-5).
O assunto do rendimento da m áquina, genericamente, e do rendimento do
motor de indução, especificamente, está detidamente estudado no Cap. 12. A
forma da curva de rendimento mostrada na Fig. 9-8b pode ser explicada sumaria-
mente aqui, como se segue. A cargas leves , os valores das perdas fixas relativa-
mente altos em proporção à pequena potê ncia de saí da produzem um baixo ren-
dimento. A cargas pesadas , os valores relativamente altos das perdas variáveis,
mais as perdas fixas, novamente produzem um baixo rendimento apesar da grande
potência de saída. O má ximo rendimento ocorre a cargas médias, para as quais
os valores das perdas fixas e os das perdas variá veis são aproximadamente iguais
(Seç. 12-6) e a potência de saída está aproximadamente no seu valor nominal.
314 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
-
Note-se que o torque má ximo na Fig. 9 8 b ocorre bem acima do dobro de
potência de saída nominal , ponto em que o escorregamento correspondente ao
torque má ximo é aquele valor da frequê ncia do rotor em que a reatâ ncia variá vel
do rotor é igual à resistência do rotor. Desde que a resistência efetiva do rotor
de um motor de indução tipo gaiola é praticamente constante, o torque má ximo
depende, em última análise, da resist ê ncia do rotor ( Eq. 9 12). -
òl I. 13
Barra
cu rt o-ci rcu i t a nte
AA/ —
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Fonte _
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indo Rr tando
—-
1
Rr
Estator Rotor Anéis coletores Resistê ncia do rotor
( Estrela ou delta ) (estreia ) ( estrela )
. -
Fig 9 9
— Motor de indução de rotor bobinado e
resistência controladora externa.
Tpartida = K : (9-7a )
R} + K ,
Se a resistê ncia variá vel Rx for ligada em série com a resistê ncia do rotor Rr ,
de um motor de rotor bobinado, a Eq. (9-7a) para o torque de partida pode ser
escrita como se segue
Tp = K", ( 9-14)
( Rr + Rf + X 2bl
cos 6 r =
+ iÇ
*
r
(9-15)
J ( Rr + R f + ( X b2l )
É razoavelmente evidente, para um motor de rotor bobinado, que uma variação
na resistê ncia total do rotor na Eq . (9-15) produzirá uma variação no fator de po-
tência no instante da partida. Desde que o torque, tal como expresso na sua equação
fundamental [Eq . (9- 5)], depende do fator de pot ê ncia do rotor ( T = Kt ( j)í r cos 0r),
para qualquer tensã o dada, a excita ção é constante, isto é, </> = k . Aumentan-
do a resistência do rotor e o fator de pot ência na partida, portanto, aumenta-
remos a imped â ncia total, reduziremos a corrente de partida e, ao mesmo tempo,
aumentaremos o torque de partida. O aumento no fator de potência ocorre a uma
razão maior que a da diminuição da corrente do rotor, como mostra a Fig. 9-10a.
A figura representa uma famí lia de curvas para vá rios valores da resist ência do
rotor semelhantemente à curva ú nica mostrada na Fig. 9-6. Na Fig. 9-6, notava-se
que, no escorregamento unitá rio ou partida (ponto a), a corrente do rotor é obtida
tomando-se a interseção do torque de partida com a menor interseção da corrente
do rotor.
A famí lia de curvas apresentadas como linhas contí nuas na Fig. 9-10a repre-
senta as curvas de torque — escorregamento para vá rios valores de resistência do
rotor adicionadas à resistê ncia básica, Rr, num motor de indução de rotor bobi-
nado. O torque de partida , Tr , que ocorre com a resistê ncia básica do rotor Rr ,
produzirá uma corrente de partida Ir na interseção mais alta da curva da corrente
do estator como mostra a Fig. 9-10a. Quando a resist ê ncia Rv é adicionada
316 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
o
I o
•
- 3 x Nominal r2 o
13
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I
Rr + R 4
Rr
1001
1
Rr + R 3
Tr T , T2 T4 T3
Torque
( a ) Corrente de partida x torque .
0
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Torque
S2 >N
S
\
T7
\
\
V
(b ) Percentagem de escorregamento x torque . '
/
»
Fig. 9-10 —
Efeito da variação da resistência do rotor nas caracter ísticas
de partida e funcionamento de um motor de indução de rotor
bobinado.
EXEMPLO O motor do Exemplo 9-4 desenvolve o duplo do torque de plena carga quando
9-5 : arranca com seu rotor em curto-circuito, e sua velocidade de plena carga é
875 rpm. Se se adiciona uma resistê ncia de 0,7 O por fase em série com o rotor,
calcule:
a . A nova velocidade a plena carga com a resistência adicionada.
b. O torque de partida com a resistência adicionada.
Solução :
s = Ns
- N 900 - 875
900 = 0,0278 (9-1)
CONDIÇÃ O *, 1
^ partida
Original 0,3 0 1 ,080 2 x rfi
Nova 1 ,0 0 1 ,08 0 9
( jshi) *[
0,3 0,3
T0 = x; J
(0,3) 2
+ (1,G8) _
= K"
2 t
1,25
(7-9a )
= K"t x 0,24
U J-
1,0 1,0
T f,= K
= K\
* ,+
x 0,463
+ *, ú
2 = K" (1,0)2 + (1,08)2
K"
2,162
(9-14)
Então
K x 0,463
11 - ”t
T
T .
Assim
x; X 0,24 = 1 ,925 e Tf = 1,925 Tn .
T/ = 1,925 ( T f l x 2) = 3,95 Tn
O novo torque de partida com resist ência adicionada ao circuito do rotor foi
quase duplicado.
EXEMPLO A tensão induzida por fase no rotor do motor de induçã o dos Exemplos 9-4 e
-
9 6 : 9-5 é 112 V. No instante da partida do motor, calcule :
a. A corrente do rotor por fase e o fator de potência do rotor com o mesmo curto-
circuitado.
b. Repita (a ) com a resistência adicionada de 0,7 Q/fase.
Solução :
112
K = Ebl 1,12
= 100 A (9-6)
m
K = EK
Zbl
= 147 = 76,3 A (9-6)
1,0
cos 0r = cos 47,2° =
1,47
= 0,68
MáQUINAS DE INDU çãO POLIFáSICAS (ASSíNCRONAS) 319
Solução :
TORQUE DE
CONDIÇÃ O * l r
PARTIDA
a. Ta = K'[ (0,3)2
0,3
+ (1,08) 2 ê)
Hf = K" x 0,24 (9-7a)
Tn = To = Kt
0,3 + Rx
(0,3 4- Rf 4 ( 1,08) 2 ]= K"t x 0,24 (9-14)
Simplificando :
2
0,3 4 Rx = 0,24 [(0,3 4 Rf 4 (1,08 ) ]
Rx(0,24 Rx - 0,856) = 0
donde
0,856
= 0,24 = 3,57 O
^ =0 e
^
Note-se que esta solução mostra que o valor original do torque será obtido
com uma resistência externa ou de valor nulo ou de valor igual a doze vezes
a resistência original do rotor. Portanto,
RT = Rr 4 Rx = 0,3 4 3,57 = 3,87 í f
4 jXbl
cos 6 — RT _ ~
3,87
4£2
= cos 15,6° = 0,963 (9-15)
c. /r =
E „, 112 V
= 28 A (9 6)-
4.02 Q
O Exemplo 9-7 ilustra como é possí vel tirar vantagem do mesmo torque que
existe para ambos os casos: a uma grande corrente de partida e a uma baixa cor-
rente de funcionamento, como mostram as Figs. 9-6 e 9-10. O último é usado
para reduzir a corrente da linha e as objet á veis quedas de tensão (V. Seções 9-14
e 9- 21). Deve ser notado, entretanto, que, no caso de resistências inseridas no
circuito do rotor, como mostra a Fig. 9- 10 b pela curva de Rr + Rx, o torque de
partida é també m o torque m á ximo .
M á QUINAS DE INDUçãO POLIFáSICAS (ASSí NCRONAS) 321
EXEMPLO O motor dos problemas prévios ( Exs. 9-4 a 9-7) tem uma velocidade a plena carga
9-<$: de 875 rpm com o rotor em curto-circuito. A resistência do rotor é 0,3 O. Para
o Ex. 9-5, foi utilizada uma resistência adicionada ao rotor de 0,7 Qea veloci-
dade de plena carga passou a 817 rpm. Determine as velocidades a plena carga
* para resistências adicionadas ao rotor de :
a. 1,7 Q
b. 2,7 fi
c. 3,7 Q
d. 4,7 Q.
Solução :
+ **
*( ohms)
r MENTO PLENA CARGA
( rpm)
Escorregamento:
Sr R .
Velocidade do rotor : N —N 0
(1
— sr )
322 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
A relação básica entre a potê ncia externa e interna , bem como o torque e a
velocidade do motor de indução para qualquer tipo é dada por :
HP - TN
5.252
(4-15)
Como no caso do motor sí ncrono (Seç. 8-17), é necessá rio avaliar o torque
e/ ou a potê ncia desenvolvida pelo rotor do motor de indução em função da tensão,
corrente e fator de potê ncia do seu estator. Assim, para qualquer escorregamento
dado ou velocidade do rotor, o torque de funcionamento pode ser determinado
[ Eq. ( 4- 15)] se a potê ncia desenvolvida pelo rotor for conhecida . Para qualquer
escorregamento dado, sob quaisquer condições de funcionamento, a corrente do
rotor é expressa por :
I sEbi (9-9)
V «í + (sXbi )2
Dividindo ambos, numerador e denominador pelo escorregamento, 5, temos
K= 4, (9-9a)
V ( RJs ) 2 + X h2 l
A Eq. (9-9a) implica em que a corrente do rotor sob condições de funciona-
mento, pode ser avaliada em fun ção da tensão de rotor bloqueado, e da reatâ ncia
para as mesmas condições, por fase, juntamente com termo complexo RJs. Assim,
a corrente do rotor bem como potência desenvolvida podem ser avaliadas consi -
derando-se o circuito equivalente do rotor mostrado na Fig. 9-1 la. Com o motor
parado, o escorregamento é unitário , e o circuito mostrado na figura satisfaz as
condições de rotor bloqueado dadas na Eq. (9-6). Conforme o rotor gira, o escor-
regamento diminui e então aumenta a resistê ncia “ aparente” do rotor. A resis -
M áQUINAS DE INDUçãO POLIFáSICAS (ASSí NCRONAS) 323
tê ncia variá vel do rotor, como mostra a Fig. 9- 11a, pode ser considerada como
consistindo dos dois termos mostrados na Fig. 9- 11 b, ou sejam
—s s
^ = Rr + Rr
s ' r
1
-
(9 16)
i R,
Ir =
Ebl « m
—
Ebl
O
I
s
°
ã xbl
V
o
Ebl
O
— — —l^ * ^y
<
Rf /s
V V\ /
*bl
.
( a ) Baseado na Eq 9-9 ( a ) . .
(b) Baseado na Eq 9-16
. -
Fig 9 11
— Circuitos equivalentes do rotor nas condições de funcionamento.
O primeiro termo da Eq. (9- 16) representa a resistência real efetiva do rotor,
por fase, Rr , e o segundo termo representa uma resistência de carga fict ícia, equi-
valente a ela Rr [( 1 - s) /s], que varia diretamente com a carga e com o escorregamento
para as condições de funcionamento. Assim, o circuito da Fig. 9- 1 lb representa
verdadeiramente o rotor nas condições de funcionamento em função da tensão
induzida com rotor bloqueado, da reat â ncia do rotor bloqueado, e dos valores
da resistência do rotor fixos e variá veis mostrados.
A resistê ncia fixa do rotor Rr pode ser considerada como a componente de
perda de pot ência no circuito do rotor para qualquer dada corrente, e o termo va-
riá vel, Rr [( 1 - s )/ s ] , pode ser considerado como o termo associado à pot ência desen
volvida pelo rotor ( para a potê ncia desenvolvida pelos condutores do rotor) a fim
-
de produzir o torque. Multiplicando cada um dos termos acima da Eq. (9-16)
pelo quadrado da corrente do rotor, portanto, para obter as expressões de potência,
obtemos a expressã o básica
PrR
—
5
2
= í rrRr
r +
I r2 Rr
\ —
1-s
S
(9-17)
ou
potência de entrada _ perda no cobre do + potência desenvolvida pelo
~
no rotor por fase rotor por fase rotor por fase10
A Eq. (9-17) é muito significativa não apenas para efeitos de cálculo da po-
t ência desenvolvida no rotor e do torque de funcionamento do motor de indu çã o,
10
-
A semelhança da Eq. (9-17) com a Eq. (4 7) deve ser notada. No ú ltimo caso, a potência desen -
volvida por uma armadura de uma máquina CC é a potência suprida à armadura menos a perda no
-
cobre. A Eq. (9 17) estabelece que a potência desenvolvida pelo rotor de um motor de indução
é a potência suprida ao rotor menos a perda no cobre do rotor.
\
mas també m como base para a determina çã o do rendimento a partir dos testes
-
de rotor bloqueado (conforme Cap. 12, Se ç. 12 13). É interessante notar -se que,
pela Eq. (9-17), a pot ência de entrada do rotor para qualquer carga dada ou escor-
regamento é dada pela perda no cobre do rotor à quela carga, dividida pelo escor -
regamento. Mais ainda, a pot ência desenvolvida pelo rotor é sempre a diferen ça
entre a potê ncia de entrada no rotor e as suas perdas no cobre.
É agora possí vel expressar o torque desenvolvido no rotor em fun çã o da Eq.
( 4-15) como
Pé = { 2 Rr
(1
^
7 = ^ in d - S) (9-18)
Mais ainda, mostrou -se na Eq. (9- la ) que a velocidade sí ncrona, Ns , é igual
—
a N / l s. Desta relaçã o, segue-se que o torque pode ser expresso como
T = 7,04 [
^ ( 9 - 19 )
onde Pin é a potê ncia de entrada total do rotor (em todas as fases) e Ns é a veloci-
dade s í ncrona, 120 // P, em rpm.
EXEMPLO Um motor de indução de anéis, trif ásicos, de 4 pólos, 60 ciclos, 220 V , 1 HP,
-
9 9 : ligação delta, tem o rotor ligado em estrela, ao qual corresponde um quarto
do número de espiras do estator. A velocidade a plena carga é 1.740 rpm, a resis-
tência do rotor é 0, 3 Q e a reatância com rotor bloqueado é 1 £2. Calcule :
a. A tensão por fase com rotor bloqueado .
b. A corrente do rotor, por fase, nas condições de funcionamento.
c. A potência de entrada no rotor a plena carga ( potência de entrada total nas
três fases ) .
d. As perdas no cobre do rotor a plena carga .
e. A potência desenvolvida no rotor em watts e HP .
f . O torque desenvolvido no rotor a partir de (e), usando a Eq . (9- 19).
MáQUINAS DE INDUçãO POLIFáSICAS ( ASSí NCRONAS) 325
* Solução :
/r EM 55 V
V (R J f + x 2
bl V (0,3/0,0333) 2
+ (1,0)2
55
= 6,075 A/fase (9-6)
> / 82
(6.075)2 x 0,3
c*
Ein 993 W (9-17)
0,0333
Ebl (9-9a )
V *A*J
( 2
+ (*M)a
Substituindo a Eq. (9- 12) na Eq. (9-9a), temos
t
326 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
2
E
^ in = 2^ bi W / fase ( 9- 21 )
* hl
O valor de Pin assim obtido pode ser substituído na Eq. (9-19 ) para levar ao
torque má ximo, como demonstrado pelo Exemplo 9-10.
EXEMPLO Calcule o torque máximo que pode ser desenvolvido pelo motor de 1 HP dado
-
9-10 : no Exemplo 9 9, o escorregamento percentual e a velocidade na qual se desen-
volve o torque máximo.
Solução:
E& (55)2
_
= 1.513 W/fase x 3 fases = 4.539 W (9-21)
2 Xbl 2 x 1
Tmax
7,04 Pin _ 7,04 x 4.539 = 17,72 lb-pé (9-19)
1.800
Então
Rr 0,3
^ —
Tmx
1,0
= 0,3 (9-12)
e
N = Ns ( l — s ) = 1.800 (1 - 0,3) = 1.260 rpm (9- la)
K Ebl
= no momento da partida (9-9b)
R 2r + Xh
e a pot ência de entrada do rotor, por fase, no escorregamento unitá rio é
P (9-17a)
Solução :
^ in =3 ( — x
D2
r
i
3 x (55)
' r
\R + X íJ\ K = L (0 3) + (1,0) ] =
10,3 2.495 W
, 2
2
2 -
(9 22)
-
Da Eq. (9 19), o torque de partida é
2.495
Ts = 7,04 = 7,04 = 9,76 lb-pé (9-19)
i 1.800
- - -
Ver se á mais adiante (Seç. 12 13) que, ao se realizar o teste de rotor bloqueado
(que é usado para determinar a resistência efetiva do rotor e a reat â ncia do rotor
bloqueado para um motor de indução, como parte do método convencional de
determinaçã o do rendimento desse motor ), é mais facilmente encontrada a potên-
cia de entrada do rotor calculada no Exemplo 9 11, a partir da qual o torque de -
partida é computado como no Ex. 9-11 acima.
Uma aproximaçã o conveniente, que muitas vezes é empregada na solu ção
de problemas de torque do motor de indu çã o, é uma equa çã o para o torque do rotor
a qualquer valor, s, do escorregamento, baseada no torque má ximo que foi cal
culado a partir do escorregamento m á ximo ou de bloqueio. Este pode ser calcu-
-
\
lado a partir da equaçã o
T = Tmax
2
(STm (9-23)
/ S) b (5/ Srmx )
"
{
onde T é o torque para qualquer escorregamento s e Trmax é o torque m áximo que
I
ocorre para o escorregamento sTmx '
EXEMPLO O torque máximo no Ex. 9-10 era 17,72 lb-pé para um escorregamento
de 0,3.
9-12: Calcule:
a. O torque a plena carga para o escorregamento de 0,03333 (do Ex. 9 9)
b. O torque de partida para o escorregamento 1,0 (do Ex. 9-11).
- .
Solução :
Da Eq. (9-23),
~
a. T = 17,72 lb-pé | 2
(0,3/0,03333) + (0,03333/0,3)
2 N
= 17,72 9,111 =
3,88 lb pé -
b. T = 17,72 lb-pé
[ 2
(0,3/1,0) + (1,0/0,3) ]- (é ) =
17'72 9,76 lb-pé
Note-se que este método leva às mesmas respostas obtidas nos Exs. 9-9 e 9-11.
328 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
*
Éw/ / n \\m
Engrenagem
rK C C de sa fda
E
h ( a ) Contador eletromecã nico. ( b ) Contador diferencial mecâ nico.
Rede
V.
T , \ T3 $ ©
i o Fonte 3 0
o
%
(c ) Método estroboscópico
<6 pólos) .
Fig. 9-12 — Vá rios m étodos para medida direta do escorregamento.
tensão da fonte, porque ele mede apenas as tensões de linha do estator com o motor em operação.
Ele não se dá conta de que o motor equilibrou suas tensões do estator desequilibrando suas corren-
tes, algumas vezes gravemente.
1
JPara uma discussão de dispositivos manuais e automá ticos de partida, veja Kosow, Control
-
of Electric Machines , Prentice Hall, 1973, Cap. 5 e 7.
14
A teoria dos autotransformadores é apresentada na Seç. 13-12.
332 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
ç2 LJ
L1 1- 2 L3
o o o
o o o o
o o o
o o o
Chave
tripolar í Chave
O- \ bi polar
-
L O o
- -b
L O r O
^Partida
o \
.
o pPartida
Funcio -
namento
, T' Funcio - T
namento
% M 7T2 M
T3
TJ
( a ) Três compensadores ligados ern Y. ( b) Dois compensadores ligados em delta aberto.
E X E M P L O Um motor de indu ção trif ásico, 208 V, 15 HP. rotor em gaiola , tem uma cor -
0- 13 : rente nominal de 42 A e uma corrente de partida de 252 A para a tensão nominal. À
tensão nominal , o torque de partida é de 120 ib- pé. Um compensador é usado
na liga çã o do motor e para a partida usam -se t a p s de 60 %. Calcule :
a. A corrente de partida do motor à tensão reduzida .
b. A corrente de linha do motor, desprezando-se a corrente de excitação do
transformador e as perdas.
c. O torque de partida do motor à tensã o reduzida .
d . A corrente de linha na partida à tensão reduzida como percentagem da corrente
à tensã o nominal .
e. O torque na partida à tensão reduzida como percentagem do torque à tensão
nominal.
Solução:
Como mostra o Exemplo 9-13, uma redu ção de tensão de 60 por cento de tensão
nominal resulta numa reduçã o da corrente de linha e do torque para 36 por cento
dos valores nominais. Semelhantemente, uma reduçã o na tensã o para 70 por cento
produziria aproximadamente a metade (49 por cento) do torque de partida e apro-
ximadamente a metade da corrente de linha na partida. O tap de 70 por cento
é um valor razoá vel que costuma ser usado na prá tica.
F o n t e 3 (p
E
L L2 L3 &
O O O JS
/ / / S O
o
&
Funcio - E
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& A onamento
®
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2 3
///
| Partida
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E
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1
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LU
T1 100
M r3 Torque
1-1
Funcionamento ( A )
Funcio-
C Partida
Lly ^20 ^
L- 3( > ò namento
Chave
T, ^7o .
T8
o
T9
o
o o o
tripolar
;
T 5
T\
'
0
0r
TWj
° ' \ Zf
T 0
? ? ?
Partida
( estrela )
Fonte Li L3
Desligado fl\ mi nu /
T3 Desligado
R
M , M2 t
Anel de
curto-ci rcuito
/
/
/
/
o
o
o Off
M3 E1 Desligado
( e ) Resistê ncia secundá ria para partida e controle.
Fig. 9- 14 — Métodos de partida para motores de indução.
9- 17. PARTIDA ESTRELA-TRI Â NGULO
A maioria dos motores polif ásicos de indução tipo gaiola é bobinada com seus
enrolamentos no estator em delta (ou malha) . Alguns fabricantes fornecem mo-
tores de indução com in í cio e fim de cada enrolamento de fase marcados , a fim de
M áQUINAS DE INDU çã O POLIFáSICAS (ASSí NCRONAS) 335
que seja feita a ligação externa. No caso de motores de induçã o trif ásicos , estes
podem ser ligados à linha quer em delta , quer em estrela. Quando ligados em
estrela, a tensão de fase impressa no enrolamento é L ou 57,8% da tensã o
V 3=
~
de linha. Assim, por meio de chaves, como mostra a Fig. 9-14c, é possí vel fazer
partir um motor de induçã o em estrela com pouco mais da metade da sua tensão
nominal aplicada a cada bobina e fazê-lo funcionar em delta com toda a tensão
da TinHaaplicada _póF Bobina. Como o torque varia com o quadrado da tensão
aplica3ã~por fase, a reduçã o de tensã o quando da ligaçã o em estrela produzir
á
aproximadarnente um terço do torque normal de partida à plena tensão.
Quando èsf è torque de partida baixo for possí vel, com uma corrente de partida
de aproximadarnente 58% da corrente normal de partida, este método, que é razoa-
velmente barato, é freq úentemente empregado. Deve-se dizer que um tal motor
(com 6 terminais de estator no caso de um motor trif ásico) é um tanto mais caro
que o motor de indução convencional ; mas seu custo é menor do que o de um
compensador de partida ou impedâ ncias primá rias associadas ao dispositivo de
' partida .
O chaveamento da posição estrela para a posição delta deve ser feito tão rapi
damente quanto possí vel para eliminar grandes correntes transit ó rias devidas à
-
momentâ nea perda de potência. 15 Por esta razão, usam-se chaves com mola aco-
plada, tripolares, de dupla posiçã o, em lugar das chaves com folha de faca.
utilizada quando o motor parte com carga muito pequena ou sem carga nenhuma,
como no caso de ventiladores ou furadeiras.
i Barras de baixa
resistê ncia
Barras de alta
—
-^ reatâ ncia e alta
-
reatâ ncia e baixa V? I
resistê ncia »
í .
(a ) Laminação t ípica ( b ) Ligas diferentes. ( c ) Rotor de alum ínio fundido.
possa ser usada uma liga comum. As barras de baixo tê m maior á rea e menor
resist ência com maior reatâ ncia , e as barras de cima de menor á rea tê m maior
resist ência e menor reatâ ncia.
9- 21.1 CATEGORIA A
Como mostra a Fig. 9-16, o motor da categoria A é um motor de indução
do tipo gaiola normal construí do para uso à velocidade constante. Tem grande
a á rea das ranhuras ( para uma boa dissipaçã o de calor) e as barras do rotor razoa-
velmente profundas. Durante a partida, a densidade da corrente é elevada em
pontos pró ximos à superfície do rotor ; durante o funcionamento, ela se distribui
• de maneira razoavelmente uniforme. Esta diferença permite alta resistência e
baixa reatâ ncia na partida, resultando em um torque de partida de 1,5 a 1,75 vezes
o torque nominal (de plena carga). O torque de partida razoavelmente alto e a
baixa resistência do rotor produzem uma aceleraçã o bastante rá pida at é a velo-
cidade nominal. Como mostra a Fig. 9-16, o motor de indução da categoria A
tem a melhor regulaçã o em velocidade (cerca de 3 a 5% ). Mas a sua corrente de
partida infelizmente varia entre cinco e sete vezes a corrente nominal , tornando-o
menos desejá vel para partida direta, principalmente para os tamanhos maiores.
Em potê ncias menores que 5 HP, entretanto, um motor de induçã o da categoria A
tem frequentemente partida direta ; e, devido à sua rá pida aceleração, nã o se pro-
duzem os efeitos indesejá veis das correntes extremamente elevadas.
16
A classificação em categorias, aqui discutida, não deve ser confundida com o código de letras
do National Electric Code (NEC), adotado também pela ABNT. A parte especial do NEC aqui
-
mencionada é dada no apêndice como Tabela A 6. Cada letra representa uma relação específica
- -
dos kVA na partida para a potência nominal unitária. A Tabela A 6 é usada para determinar se o tipo
- -
de fusí vel para um dado motor. As letras do código da Tabela A 6 aplicam se a todos os motores
-
CA mono ou polifásicos, enquanto que a classificação em categorias refere se aos motores de indução
apenas. Os dois grupos de letras não são correlacionados : a classificação em categorias nada tem
a ver com as letras do código.
I
M áQUINAS DE INDU çãO POLIFáSICAS (ASSí NCRONAS) 339
i
f Velocidade
0
síncrona
o
c I
•» <D A
E B
*
t *
o
o
U)
Categoria A : Normal
B: Utilização geral
C: Dupla -gaiola -
CD
0)
elevado torque
TJ D: Elevada resis -
E t ência do rotor i D
8to> F: Dupla-gaiola -/
c)
O
o
baixo torque /F c
Q-
100
Nominal 2 x Nominal 3 x Nominal
Torque
Fig. 9 16 - — ísticas torque-escorregamento de motores de
Caràcter
indução de rotor em gaiola de esquilo comerciais (padrão NEMA ).
rè
x. -
*•
fv
t -
9-21.2 CATEGORIA B
9-21.3 CATEGORIA C
O motor de induçã o identificado pela letra C é um motor cujo rotor é do tipo
dupla - gaiola descrito na seçã o anterior e mostrado na Fig. 9-15. Desenvolve um
torque de partida maior, de 2 a 2,5 vezes o nominal, em comparação com os das
categorias A e B, e uma corrente de partida ( menor) de 3,5 a 5 vezes a nominal.
Devido ao seu elevado torque, ele acelera rapidamente. Quando usado com cargas
pesadas, de elevada iné rcia, entretanto, tem dissipaçã o t é rmica limitada, já que
a maior parte da corrente se concentra no enrolamento superior. Sob condições
W
li
pt í
)
Íí
340 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
9- 21.4 CATEGORIA D
9- 21.5 CATEGORIA F
i
342 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Acerta -se, de modo geral , que, para se obter controle de velocidade em moto-
res do tipo gaiola polif ásicos, por alteraçã o da frequ ência , a fonte de pot ê ncia deve
ser um conversor de frequê ncia eletr ónico polif ásico ou um alternador acionado
por uma .má quina primá ria de velocidade variá vel . Conforme aumenta a veloci-
dade do alternador, ambas, tensã o e frequ ência do alternador aumentam, o que
simplifica , em muito, o controle da velocidade pela alteraçã o da frequ ê ncia. Não
sã o necessá rios ajustes especiais da tensã o, mas deve-se notar que um tal m étodo
de controle da velocidade, particularmente em motores maiores, é extremamente
caro. Por esta razã o, vá rios arranjos mecâ nicos com engrenagens e polias cónicas
são seguidamente usados em lugar dos métodos elétricos acima apontados.
4*
. -
Fig 9 17
— Relações fasoriais aproximadas para motores
e geradores de indução.
!
-
E . aumenta, aumentando a corrente geraéw em adianto, 7 entregue ao barra -
mento . A um escorregamento de aproximadamente -0,05, ou -5 %, o gerador
de induçã o est á a plena carga (as barras do rotor e os enrolamentos do estator
carregando a corrente nominal). Como o gerador de indução sempre fornece
uma corrente em adianto à linha, ele tem uma prová vel aplicaçã o como corretor
do fator de pot ê ncia . Nã o é usado para esta finalidade, entretanto, uma vez que
requer uma máquina prim á ria, enquanto um compensador sí ncrono superexci-
tado nã o a requer.
O princí pio do gerador de indu çã o é importante, entretanto, na frenagem
dinâmica de motores de indução ; a m á quina atua como um dispositivo de sobre-
velocidade e produz ação de frenagem quando a velocidade do motor excede à *
-
sí ncrona , uma vez que o motor de induçã o tornar-se á automaticamente gerador
de induçã o neste caso. ( É també m importante no estabelecimento do sistema
de proteção contra curto-circuito quando se utilizam motores de indu çã o.)
I 18
Acima da velocidade sí ncrona, o gerador de indução serve como freio dinâ mico automa-
ticamente. Abaixo da velocidade sí ncrona, qualquer motor do tipo gaiola polif ásico é frenado dina-
micamente, (1) removendo-se a potência aplicada ao estator e (2) substituindo-a por CC. O motor
se toma um gerador CC com a armadura em curto circuito, produzindo elevadas correntes do rotor
e levando o motor rapidamente à parada. V. KOSOW, Control of Electric Machines, Prentice- Hall,
1973, Cap. 7.
í
344 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
'
Ji
- .
9 23 M Á QUINAS DE INDUÇÃ O COMO
CONVERSORES DE FfcEQOÊ NCIA
A fem induzida no rotor de um motor de induçã o de rotor bobinado pode
ser coletada dos anéis do circuito do rotor. Se o motor de rotor bobinado é acio-
nado a qualquer velocidade, o gerador de indução atuará como conversor de fre-
quência meramente pela variaçã o da velocidade do rotor e do sentido de rotação
do mesmo. Por exemplo, se o estator de uma máquina de induçã o é excitado a
60 Hz, o acionamento do rotor no mesmo sentido (que o movimento como motor)
produzirá frequ ê ncias abaixo da de 60 Hz da fonte, e â velocidade síncrona a fre-
quência será zero. Em repouso, a frequência gerada é 60 Hz; e, quando acionada
à velocidade sí ncrona no sentido oposto, a máquina gerará 120 Hz. A equaçã o
geral para a frequência de um conversor de indu çã o é :
Ncom
íconv fsínc 1 +
.
N s inc
(9- 24)
EXEMPLO Um motor de indução de rotor bobinado de oito pólos, operando lyjaJo a uma
9- 14 : fonte de 60 Hz, é acionado por uma máquina primá ria de velocidade variá vel
para funcionar como conversor de frequência.
a. Se for operado a 1.800 rpm no sentido oposto e ent ão a 450 rpm no mesmo
sentido, que frequências resultarã o?
b. Calcule as velocidades e os sentidos de rota ção requeridos para obterem -se
as frequências de :
1. 25 Hz
2. 400 Hz
3. 120 Hz
Solu ção :
Usando a Eq . ( 9-24 ),
(
a ‘ f conv = / 1 +
1.800
900 =
60 x 3 = 180 Hz para 1.800 rpm no sentido oposto
b. 1. 25 = 60 [ 1 + 4 conv
900
25 35
N conv —
- 1 + 60 900 =
60
900 = — 525 rpm ou 525 rpm no mesmo
MáQUINAS DE INDU çãO POLIFáSICAS ( ASSí NCRONAS) 345
sentido do campo girante.
N
2. 400 = 60 1 + ÇQflV
900
400
*conv = l - 1 60
900 = 900 = 5.100 rpm , no sentido oposto.
N
3. 120 = 60 1 conv
+ 900 .
120
- *co„ ! = I - 1 +
v
60
900 = (1) 900 = 900 rpm, em sentido oposto, com-
parado ao do campo girante.
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-
QUESTÕ ES
9-1. Descreva as diferenças, no que diz respeito à construção, entre um motor sí ncrono e
um motor de indução de rotor em gaiola de esquilo com relação
a. ao estator
b. ao rotor.
r
d. Em relação a (c), qual o termo variá vel e qual o termo fixo para um dado motor do
tipo gaiola ?
e. Explique a expressão “o torque m á ximo ocorre àquele valor de escorregamento
para o qual a reatâ ncia do rotor iguala a resistência efetiva do rotor” (V. Eqs. 9-3,
9-12).
f . Por que deve aumentar o escorregamento quando a carga aumenta ?
9-11. Se o escorregamento correspondente ao torque m á ximo na Fig. 9-10b. devido a R , é 0, 2,
encontre :
a . a relação da reatâ ncia a rotor bloqueado para a resistê ncia para um escorregamento
s e um escorregamento 4 x 5
b. a relação da resistência para a reatâ ncia a rotor bloqueado para um escorregamento s
e um escorregamento 4 x 5
c. qual dos valores acima representa a relação STmx !
d . qual das curvas da Fig. 9-10b produz uma relação STmx menor que a unidade ?
e. qual das curvas Droduz uma relação STmx maior que a unidade ?
f. a que valor de escorregamento a resistência do rotor será sempre igual à reatâ ncia
a rotor bloquead 9
g. que curvas na Fig. 9-10b têm uma reatâ ncia a rotor bloqueado maior que a resistência
no momento da partida ( motor parado) ?
h. que curvas têm uma resistência do rotor maior que a reatâ ncia a rotor bloqueado
( motor parado) ?
9-12. A partir das curvas da Fig. 9-6, encontre :
a. o valor aproximado do escorregamento para o qual ocorre o torque má ximo
b. o escorregamento para o qual ocorre o torque de partida
c. o valor aproximado do escorregamento para o qual o torque de operaçã o iguala
o torque de partida
d . o valor aproximado da corrente do rotor que corresponde ao torque de funcionamento
em (c), acima
e. o escorregamento aproximado para o torque correspondente à carga nominal
f . o valor aproximado da corrente do rotor que corresponde ao torque de funciona -
mento em (e) acima.
9-13. Explique por que o FP ( fator de potência) de um motor em gaiola é
a. pequeno para cargas pequenas
b. pequeno para cargas grandes (devido a razões outras que não as correspondentes
ao item a )
c. razoavelmente elevado para cargas próximas da nominal
d. importante na determinação da quantidade de corrente do rotor e do esta tor que
devem circular para desenvolver o torque necessá rio para contrabalançar o torque
de carga .
9-14. Explique por que o rendimento de um motor do tipo gaiola é
a . pequeno para cargas pequenas
b. pequeno para cargas pesadas (devido a razões outras que não as correspondentes
ao item a )
c. razoavelmente elevado para cargas próximas da nominal
d . um má ximo, e as condições para as quais ocorre este má ximo.
9-15. Explique por que o torque de um motor do tipo gaiola é :
a. um má ximo para cargas bem além da potência nominal
b. maior na partida que para cargas nominais
c. essencialmente uma função da resistência efetiva do rotor.
9-16. Para um motor de anéis, explique por que
a. é possí vel variar a resistência efetiva do rotor
M áQUINAS DE INDU çãO POLIFáSICAS ( ASSí NCRONAS) 349
^b.
c.
d.
Como é poss vel
í
sobre um conjunto
obterem
sí
-se
ncrono
frequ
motor
ê ncias
-
abaixo
gerador ( V
da
Repita ( b) para frequências acima da frequência s ncrona
.
frequ
Se
í
Qual a vantagem de se utilizar um motor de anéis, como gerador de
ç . 8-
ência
23)
do
?
sí ncrona
estator .
do estator ?
frequência,
PROBLEMAS
f
352 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
9-7. A reatâ ncia a rotor bloqueado de um motor do tipo gaiola de 6 pólos, 60 Hz é três vezes
a resistê ncia do rotor por fase. Calcule :
a. Escorregamento.
b. Velocidade.
c. A frequê ncia do rotor para a qual o torque má ximo é desenvolvido.
9-8. A partir Aos dados do motor do tipo gaiola do Problema 9 4, calcule -
a . A potência m á xima de entrada do rotor, em watts, para o torque m á ximo
[use a Eq. (9- 17)]. Confira a sua resposta através da Eq. (9 21). -
b. O torque m áximo desenvolvido pelo rotor em lb- pé .
c. O torque para um escorregamento de 5%.
9-9. A velocidade nominal de um motor de indução trifásico, de anéis, 6 p ólos, 60 Hz é
1.120 rpm, com os anéis curto-circuitados. Calcule a velocidade quando
a. Se adiciona ao circuito do rotor uma resistência externa, por fase, igual à sua re-
sistência .
b. Repita (a) para uma resistência igual ao dobro da do rotor .
c. Repita (a ) para uma resistência três vezes maior que a do rotor.
9- 10. A velocidade a plena carga de um motor de anéis, de 60 Hz, 12 pólos é 550 rpm. Com
.
rotor bloqueado, a reatâ ncia do rotor è 2 Q e a sua resistê ncia 0,6 Q Calcule :
a. O escorregamento e a velocidade para o ponto do torque m á ximo.
b. A resistência a ser inserida no rotor para que o torque máximo se dê na partida.
c. A nova velocidade a plena carga com a resistência adicionada no circuito do rotor.
d. A regulação em velocidade com a resistência no circuito do rotor.
e. A relação das velocidades a plena carga com e sem resistência externa no circuito
do rotor.
9-11 . Um motor do tipo gaiola polifásico, de 60 Hz, seis pólos tem uma velocidade de plena
carga de 1.160 rpm, e seu respectivo torque é de 7, 2 lb- pé. A fem induzida no motor
é 50 V por fase. A reatâ ncia a rotor bloqueado é 0,8 Q e a resistência é 0, 2 Q/ fase, res-
pectivamente. Para escorregamentos de 1 ,0 ; 0,75 ; 0,5 ; 0,25 ; 0,1 ; 0,05 ; 0,0333 ;
0,02 e 0,01, respectivamente, calcule e tabele as seguintes quantidades : fem do rotor,
a reatâ ncia , a impedâ ncia, a corrente e o fator de potência, por fase.
9-12. A partir dos dados tabelados do Problema 9-11, calcule
a. A potência trifásica na entrada do rotor utilizando a Eq. (9-3),
da partida.
ErIr cos 6, no instante
b. A potência trifásica na entrada do rotor utilizando a Eq. (9-17) no instante da par-
tida.
c. O torque de partida utilizando a Eq. (9-19).
d . O torque máximo utilizando a Eq. (9 23). -
e. O torque de plena carga , a partir do torque de partida, utilizando a Eq. (9-23). Com-
pare com o valor dado no Problema 9-11.
9-13. Utilizando os valores do torque de plena carga dados no Problema 9-11
a. Calcule os torques para cada um dos valores tabelados no Problema 9-11.
-
b. Desenhe a curva torque escorregamento utilizando o escorregamento em ordenadas
e o torque em abscissas.
9- 14. Utilizando os valores da corrente do rotor calculados no Problema 9- 11, calcule, para
cada um dos valores do escorregamento
a. A potência de entrada do rotor [utilizando a Eq. (9-17)].
b. O torque [utilizando a Eq. (9-19)]. Compare os valores com os obtidos no Problema
9-13.
9-15. O estator, ligado em delta, de um motor de anéis, trifásico, de seis pólos, 60 Hz, 220 V
tem o dobro do n ú mero de espiras do rotor, por fase. A resistência do rotor é 0,1 Q/ fase
e a reatâ ncia a rotor bloqueado é 0, 5 Q/ fase. A velocidade a plena carga é 1.140 rpm.
Calcule :
DE INDU çãO POLIFáSICAS (ASSí NCRONAS) 353
MáQUINAS
a. A fem a rotor bloqueado por fase, a tensão entre os anéis coletores, a frequência
e a corrente do rotor.
b. O escorregamento para o qual ocorrerá o torque má ximo e a correspondente corrente
fcr
do rotor, ç fase, bem como a potê ncia de entrada total do rotor a partir dos valores
do escorregamento e daqueles correspondentes ao rotor bloqueado.
c. O torque m á ximo.
d. O torque de partida e o torque a plena carga.
9-16. A potência total suprida a um motor do tipo gaiola trifásico é 4.000 W e as perdas cor-
respondentes ao estator são 150 W . Calcule :
a . A perda de potência quando o escorregamento é 4% .
b. A potência mecâ nica total desenvolvida .
c. A potência de sa ída do motor em HP se as perdas de atrito e ventilação são 80 W.
d . O rendimento total do motor.
RESPOSTAS
9- l ( a ) 570 rpm ( b ) 600 rpm (c) 5,27 por cento 9-2(a ) 1.200 rpm ( b) 5 por cento (c) 5,26 por
cento 9-3(a) 215,5 V, 60 Hz ( b) 19,4 V, 5,4 Hz (c) 360 V, 100 Hz (d) 431 V, 120 Hz
9-4( a ) 148,8 A ( b) 64,8 A (c) 106 A 9-5( a ) 70,7 lb- pé ( b) 379 V (c) 367 V 9-6(a)
87,3 A ( b ) 110 V 9- 7(a) 1/3 ( b ) 800 rpm (c) 20 Hz 9-8( a ) 9.000 W ( b) 70,4 lb-pé
( c) 36,1 lb- pé 9-9( a ) 1.040 rpm ( b) 960 rpm ( c) 880 rpm 9-10( a) 0,3, 420 rpm ( b ) 1,4 Q
(c) 0,278 (d ) 38,5 por cento ( e) 0,807 : 1 9-11 Para um escorregament o apenas de 0,25 :
f 44,2 A 707 0, FP 9-12 ( a ) 2.210 W ( b) 2.210 W (c) 12,95 lb-pé
12.5 V, 0,2 fi, 0,283 í , ,
( d ) 27,5 lb- pé -
(e ) 7,22 lb- pé 9 13( a ) Torques, partindo com escorregamento unit á rio :
12,95 lb- pé, 16,5 lb- pé, 22,0 lb- pé, 27,5 lb- pé, 18,95 lb-pé, 10,56 lb- pé, 7,20 lb-pé, 4,375 lb- pé,
2,20 lb- pé 9-14( a ) Potência de entrada do rotor apenas : 2.210 W, 2.800 W, 3.780 W, 4.680 W,
3.240 W, 1.800 W, 1.230 W, 745 W, 375 W 9-15(a ) 110 V, 60 Hz, 215 A, 190,5 V ( b) 0,2,
155.5 A, 36.300 W (c) 213 lb- pé (d) 81,9 lb- pé 9-16(a) 154 W (b) 4,95 HP íc) 4.85 HP
(d ) 0,904.
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motores monofásicos
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MOTORES MONOFá SICOS 355
mente serã o t ã o, ou talvez mais, severos que os das m á quinas polif ásicas, devido
à falta de procedimentos de manuten çã o rotineira em instala ções dom ésticas ou
residenciais. Os motores-série CA monofásicos, particularmente, sã o algumas
vezes projetados para aplica ções extremamente pesadas, como em guindastes,
elevadores ou serviços de traçã o ( locomotivas el é tricas ), podendo ent ã o ter tamanhos
que vã o de alguns HP a vá rios milhares. Alternadores e motores s í ncronos mono-
f ásicos sã o muito comumente utilizados em serviços de ferrovias. Genericamente,
as m á quinas de maior capacidade sã o realmente máquinas sí ncronas trifásicas,
de liga ção estrela , desequilibradas, com uma fase aberta e, como tal , utilizadas
em locomotivas em conjuntos M -G que atingem v á rios milhares de HP.
Devido ao fato de que o motor de indução monof ásico não tem , inerentemente ,
torque de partida , isto é , não tem o verdadeiro campo magn é tico girante , que é
I . Um motor de 3/4 HP, 9v , J rpm, n ão é considerado um motor fracioná rio, porque sua carcaça,
se utilizada em um motor de 1.800 rpm , conduziria a uma potência maior que 1 HP. Assim,
considerá-lo-emos um motor de potê ncia inteira ou 0,75 HP x
1.800
900 - 1,5 HP.
2. Um motor de 1 , 5 HP a 3.600 rpm é um motor fracion á rio devido ao tamanho da sua carcaça,
que, se utilizada para um motor de 1.800 rpm , conduziria a uma potê ncia menor que 1 HP, ou
seja 1 ,5 HP x
1.800
3.600 - 0, 75 HP.
356 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
tador.
-.
10 2 CONSTRUÇÃO DE MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS
O rotor de qualquer motor de induçã o monof ásico é intercambiá vel com o
de um motor do tipo gaiola polifásico (Categorias A ou B), V. Seç. 9- 21. Nã o há
ligações f ísicas entre o rotor e o estator, havendo, isto sim , um entreferro uniforme
entre elesA As ranhuras do estator sã o uniformemeVteTciistribu í das e normalmente
utiliza-se um “ enrolamento- parcial" monof ásico, imbricado* de dupla camada.
Um enrolamento monofásico “simples" não produziria campo magnético girante
nem torque de partida, pelas vá rias razões que se discutirão na seçã o seguinte.
É necessá rio, portanto, modificar ou dividir o enrolamento do estator em duas
partes, cada uma delas deslocada no espaço e no tempo no estator.2 Assim há dois
enrolamentos, em paralelo, ambos ligados à mesma fonte CA monofásica.
Um destes enrolamentos do estator, normalmente de impedâ ncia apreciá vel
para manter baixa a corrente de funcionamento , é chamado de enrolamento prin- JN
(0) 6
1
UTV
CA * ( b ) Torque pulsante equivalente .
(a ) Torques em um rotor gaiola de esquilo.
Torque
_ J? devido a 6?
horá rio t
/
( T} /
*
( V*t —
Torque
,
rJf
2
u i orque
0 1 resultante
2 -^
j
II
s, 7
/
2
/
Anti-horá rio Horá rio
Torque
Escorregamento Ti\ /
-
anti horá rio
,
(c) Dois campos T devido a £,
<
girantes opostos. (d ) Teoria do duplo campo girante.
-
Fig. 10 1 — Torque equilibrado no rotor bloqueado de um motor tipo gaiola,
excitado por um enrolamento monofásico.
torque
eles produzem forma â ngulos retos com qualquer movimento do rotor. O
. muda de sentido a tens ã o CA , mudam tamb é m de
líquido é, pois zero
, Quando
l í quido
sentido os torques e as correntes nos condutores do rotor, mas o torque
é ainda zero.
Desde que o válor do torque desenvolvido por condutor depende do valor
do campo CA resultante, que, por sua vez, varia sinusoidalmente com a fonte CA
,
h 4>\
( b) (c)
!</>
CA
. . 'V ,
(a ) Tensões e correntes induzidas (O (9)
num rotor girante .
ao motor de indu çã o polif ásico, portanto, a frequ ê ncia do rotor , relativa à fem de
velocidade , induzida nos condutores de um motor em funcionamento, é elevada
( desde que é proporcional à velocidade ) e a reat â ncia do rotor (
Xr a / ) também
o é. O resultado é que, enquanto a fem de velocidade é produzida nos condutores
do rotor no instante representado na Fig. 10- 2a , n ã o circulará a corrente do rotor
até uma posiçã o correspondente a quase 90 graus elé tricos decorridos . Quando
circula a corrente nos condutores do rotor, como mostra a Fig. 10 2a, produzir-
sc-á um fluxo no rotor , ( f )r, cujo sentido, para baixo, é mostrado.
-
A Fig. 10- 2 b mostra o fluxo pulsante do campo, ( f> f , em um má ximo, produ-
zindo uma fem de velocidade m á xima ( mas nem corrente nem fluxo no rotor )
nas barras, cujo sentido está mostrado na Fig. 10- 2a . Um breve instante depois,
360 MAQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
entretanto, circulará uma corrente no rotor, que irá produzir um fluxo em qua -
dratura, 0r, como mostra a Fig. 10-2c. Note se que o fluxo pulsante de campo
-
diminuiu algo e que o fluxo do rotor se atrasa em relação ao fluxo de campo de
-
90 graus elétricos. Um instante após, na Fig. 10 2d, o fluxo pulsante de campo
é zero, mas a corrente no rotor está num má ximo, produzindo fluxo máximo no
rotor, <f>r . Um instante depois, Fig. 10-2e, o fluxo do campo <l> f pulsa no sentido
oposto e, ao mesmo tempo, decresce o fluxo do rotor. Um instante após, na Fig.
-
10 2f, o fluxo do estator atinge um má ximo no sentido oposto ( utilizou se, por - i
simplicidade, uma máquina bipolar) e o fluxo de rotor é zero. Na Fig. 10 2g, entre
- - t
tanto, conforme diminui o fluxo de campo, aumenta o fluxo do rotor no sentido
oposto. Na Fig. 10 2c, e, e g, portanto, o fluxo de campo e o fluxo do rotor com
- -
-
binam se para formar o fluxo resultante total 4> t, que atua na régião interpolar,
-
através da qual se deslocam os condutores do rotor. Pode se notar que, ao se
iniciar o movimento do rotor :
f
1
fins de explicação, uma vez que eles são suplementares, e não contraditórios. Por
-
exemplo, a Fig. 10 !d mostra o torque lí quido desenvolvido como um motor de
-
indução pelo rotor, enquanto a Fig. 10 2 dá uma indicaçã o do torque desenvolvido
devido à fem de velocidade. Deve-se notar que, próximo da velocidade sí ncrona ,
a fem de velocidade é elevada, produzindo um campo magné tico girante razoa -
velmente constante (conceito do campo cruzado). Simultaneamente, numa velo -
cidade pr óxima da sí ncrona , o torque no sentido horá rio e o torque resultante
(conceito do duplo campo girante) sã o praticamente iguais, e o torque do motor
monofásico é, para todos os efeitos prá ticos, igual ao torque do motor polifásico.
Semelhantemente, para o rotor bloqueado, não se desenvolve campo cruzado,
porque a fem de velocidade é nula , bem como o fluxo do rotor, e o motor não pode
partir ( teoria do campo cruzado). O torque resultante no roto? é zero para um
escorregamento unit á rio ( teoria do duplo campo girante), uma vez que os tor -
-
ques no sentido horá rio e anti horá rio são iguais e opostos.
Como se estabeleceu na Seç. 10-2, o estator do motor tipo gaiola de fase divi
dida tem sua construção consistindo de dois enrolamentos em paralelo, deslocados
-
de 90° elé tricos no espaço, e cujas correntes se defasam no tempo de algo menos
que 90°. A Fig. 10-3a mostra o diagrama de enfiaçã o dos dois enrolamentos de
um motor de indução de fase dividida.
R elevada do
enrolamento
auxiliar de
Ilr partida
Is cos 0S .V
X 8, u
R baixa CX> B, x >
'
c \
X baixa 2 \
\
\
X elevada
.
-
N
o IfX
Chave centr ífuga ' -U / « •
.
( a ) Diagrama de ligações ( b ) Relações de fase.
Fig. 10 3- — Diagrama de ligações e relações de fase do motor de indução de fase
dividida e partida à resistência.
15° em relaçã o à tensão da fonte, enquanto que a corrente maior que circula no
enrolamento de funcionamento se atrasa de 40°. Apesar do fato de que a corrente
nos dois enrolamentos em quadratura espacial não é igual, as suas componentes
em quadratura são praticamente iguais, como indica o Exemplo 10- 1 .
EXEMPLO Um motor monof ásico de 1/4 HP, 110 V, de fase dividida, solicita, por seu enro-
10-1 : lamento de partida, uma corrente de 4 A que se atrasa de 15° em relação à tensão
da fonte, e, por seu enrolamento de funcionamento, uma corrente de 6 A que se • í
atrasa de 40°. No instante da partida, calcule:
a. A corrente total a rotor bloqueado e o fator de potência.
b. A componente da corrente do enrolamento de partida que está em fase com
a tensão da fonte.
c. A componente da corrente do enrolamento de funcionamento que está atrasada
de 90° em relação à tensão da fonte.
d. O seno do â ngulo entre as correntes de partida e de funcionamento.
Solução :
ve centr í fuga
estejam em curto e ó ê n rola mento 'cie partida seja energizado .
Uma vez que o tor- _
que monofásico é maior que àquele correspondente ao campo dividido
“ ” o motor
continuará a operar como monofásico rio sentido em que já funciona *
va origina-
riamen íe. Õ motor de fase dividida , com partida à resist ê ncia, é
classificado, por-
tanto, como um motor não reversí vel.5
A capacidade do enrolamento de partida baseia-se apenas no
seu funciona -
mento intermitente. Se a chave centrí fuga apresentar defeito e deixar de
abrir (nor-
malmente, devido a contatos soldados), o excessivo calor produzido pelo
enrola-
mento de partida de resist ência elevada aumentar á a temperatura
do estator de
modo que, eventualmente, ambos os enrolamentos (de partida e de
funcionamento)
chegarã o a queimar . Motores de fase dividida, de projeto comum
, utilizando .
isolamento melhorado, têm, em condi ções normais de funcionamento, vida
extre-
mamente longa , mas muitos motores de qualidade excelente tê m sido destru
ídos
devido a chaves centr í fugas defeituosas. (Se um motor tende a se sobreaquecer,
ouvindo-se o clique caracter ístico de um rel ê centr í fugo ou magnético
se a chave est á ou nã o funcionando.) Um amper í metro alicate pode tamb -
saber se á
é m ser
-
utilizado para medir a diminuição da corrente quando se abre o enrolamento
auxiliar (V. Exemplo 10-1 ), indicando o funcionamento normal da chave
fuga . Entã o, a causa do sobreaquecimento pode ser investigada a partir da
centr í-
í : falta
de lubrificaçã o , mancais defeituosos, carga excessiva , enrolamento parcialm
ente
em curto, etc., até sua descoberta e eliminação.
Conforme se estabeleceu acima, o escorregamento a plena carga de um
motor
de lase dividida , com partida à resist ência, é de cerca de 5 por cento. A corrente
de partida com rotor bloqueado varia entre 5 e 7 vezes a corrente nominal ,
e o
torque de partida entre 1, 5 e 2,0 vezes o torque nominal. 6 O motor
de fase dividida
e partida à resistência é normalmente um motor fracionário e, desde que o
seu
rotor é pequeno, tem uma inércia baixa mesmo quando ligado à carga . O
resul -
tado é que a corrente de partida relativamente elevada cai quzse instantaneamente
durante a partida, de modo que esta alta corrente, em si, não constitui uma obje
çã o maior a este motor. Objeções maiores são, isto sim, ( 1) o seu -
baixo torque
de partida ; e ( 2) o fato de que, para cargas pesadas, o escorregamento excede
5 por cento, reduzindo a fem de velocidade e produzindo um torque el í ptico
e .
50 motor de fase dividida, com partida a capacitor, entretanto, é um motor reversí vel. (V. notas
-
de rodapé relativas às Seçs. 10-5 e 10 7 para as definições e distinções suplement
ares.)
6
Pode-se mostrar que o torque de partida para qualquer motor de fase dividida, de
acordo com
-
a Hq. (9 5), é Tp = Kt4>Ip sen (0, - 0 ), onde todos os termos foram definidos
nas Figs. 10-3b e
-
10 4b. Assim, para a mesma corrente de partida, o torque de partida é proporcional
r
ao ngulo entre
as correntes nos dois enrolamentos. Quando o â ngulo é 90°, o torque de partida é â
maximizado.
-
[V. Exemplos 10-1 d e 10 2c.]
364 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
pulsante, o que faz com que o motor se torne, para algumas aplicações, muito
ruidoso. Por isto, o motor de fase dividida é utilizado para acionar cargas por
si mesmas barulhentas: queimadores de óleo. máquinas ferramentas, esmeris,
máquinas de lavar, lavadoras de pratos, ventiladores e exaustores, compressores
de ar e pequenas bombas hidrá ulicas.
O controle da velocidade em enrolamentos de fase dividida é relativamente
dif ícil, já que a velocidade sí ncrona do fluxo do estator girante é determinada pela
frequência e pelo n ú mero de pólos desenvolvidos pelo enrolamento de funciona-
mento ( Ns = 120 f / P ). As técnicas envolvem o uso de enrolamentos parciais
ou pólos consequentes, como meio de variar-se o n ú mero de pólos, bem como
a impedâ ncia adicional do estator-sé rie ou a variaçã o da tensão comunicada para
assegurar uma alteraçã o das caracteristicas de torque, de acordo com a Eq. (9 8) -
e a Fig. 10-5. Deve-se notar, entretanto, que todas as variações de velocidade
devem ser realizadas numa faixa que Fique acima da velocidade de operação da
chave centr —
ífuga ( n 0,25), e abaixo da velocidade sí ncrona. Isto resulta numa
faixa bastante limitada de controle de velocidade. Finalmente, desde que o con-
trole da velocidade é conseguido através de uma redução do torque, ele não é uti-
-
lizá vel com cargas pesadas, devido à possibilidade de superar se o torque máximo,
como mostra a Fig. 10-5.
-
10 6 . MOTOR DE FASE DIVIDIDA COM PARTIDA A CAPACITOR
L
MOTORES MONOFáSICOS 365
TABELA 10- 1
VALORES T Í PICOS DE CAPACITORES PARA
MOTORES FRACION Á RIOS MONOF ÁSICOS, DE
1.725 RPM , 60 Hz, DE FASE DIVIDIDA, COM
PARTIDA A CAPACITOR 7
capacitores eletrol í ticos do tipo seco, de forma cil í ndrica e tamanho razoavelmente
pequeno, para uso em linhas CA de 110 ou 220 V (com tamanhos aproximados de
1 V4 polegadas de di â metro por 3 V 2 polegadas de comprimento) é acompanhado
por um dimensionamento do capacitor para um ciclo intermitente, que corres
ponda a uma utilizaçã o total de um minuto durante um perí odo de uma hora,
-
com base no n ú mero de partidas. Os capacitores sã o ensaiados nesta base durante
vinte per í odos de 3s ( ou quarenta de 11/ 2 S), distribu ídos igualmente em uma hora.
Como a capacidade do capacitor é estabelecida a partir de um ciclo intermitente
( al é m da capacidade intermitente do enrolamento de partida), uma have
de par-
tida defeituosa , em um motor com partida a capacitor poder á produzir danos
^ .. Portanto, os
^
n ã o apenas nos enrolamentos, mas també m no .capacitor mesmos
coment á rios feitos para os motores com partida à resist ê ncia , com relaçã o à manu
tençã o e ubstituiçã o . das chaves de partida, .aplicam-se com mais ênfase ainda
-
^
aos motores com partida a capacitor.
Diferentemente dos motores com partida à resistê ncia, os motores com par -
tida a capacitor sã o motores reversí veis . Se os desligamos temporariamente da
fonte, a velocidade do motor cai até um escorregamento de 20 (cerca de quatro
%
vezes o escorregamento nominal de 5 % ) e fecha -se a sua chave centr í fuga . Se,
ao mesmo tempo, inverte-se a polaridade do enrolamento auxiliar em relaçã o
à do enrolamento principal , e se o religamos à linha , estabelecer -se-á um campo
rotacional bifásico no sentido oposto ao da rotaçã o do rotor. De forma contrá -
ria à que ocorria no motor com partida à resist ê ncia cujas correntes nos enrola -
mentos principal e auxiliar estavam defasadas de 25° apenas, o motor com partida
a capacitor apresenta um deslocamento de cerca de 82° ( V . Exemplo 10- 2) . O
torque proporcional a este deslocamento (sen 82°) é 0,9903 do torque a 90 .
°
No motor com partida a capacitor, assim , o torque “ bif ásico" ou de “ campo
dividido" excede o torque devido à fem de velocidade monof ásica , produzida
7
Com base em SISKIND, C. S., Electrical machines, direct and alternating . New York. McGraw-
Hill, 1959, Cap. 10, Tab. 9, p. 426.
366 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
pelo campo cruzado do rotor. O campo girante no sentido inverso ao da rota ção
do rotor diminui lentamente a velocidade do motor ( reduzindo ainda mais a sua
fem de velocidade e o torque do campo cruzado), lã z com que ele pare e o faz girar
no sentido oposto. O motor acelera até 20% do seu escorregamento no sentido
oposto ; e, quando se abre sua chave centr í fuga , o motor atinge sua velocidade
nominal como um motor de indu çã o monof ásico no sentido oposto.
Devido ao seu torque de partida mais elevado , de 3, 5 a 4, 5 vezes o torque
nominal , e à sua corrente de partida reduzida para uma mesma pot ê ncia na par-
tida (como se ver á no Exemplo 10- 2 abaixo ), o motor com partida a capacitor é
normalmente constru í do em tamanhos de pot ê ncia inteira at é 7 , 5 HP. ( Os mo-
tores com partida à resist ê ncia t ê m torques de partida que variam entre 1 , 5 e 2,0
vezes o torque nominal, e tamanhos que n ã o excedem 3/4 HP.) Motores de partida
R elevada
Is !
.
o ii VA Enrolamento
auxiliar de
t
\ <>
partida 9S = 42 °
o
I 2
o X baixa
CA O
o
%= 40° Ilr
o
O
Chave centr ífuga
I
( a ) Diagrama de ligações. ( b ) Relações de fase.
.
Fig 10 4 - — Diagrama de ligaçõ es e relaçõ es de fase de um motor de indução de fase
dividida e partida a capacitor.
Solução :
Devido à propriedade de ser revers í vel , do motor de fase dividida , com par-
tida a capacitor, desenvolveu -se um motor monofásico com dois enrolamentos
permanentes ( normalmente enrolados com fio da mesma bitola e com o mesmo
n ú mero de espiras, isto é, id ê nticos ) . Devido ao fato de que . ele funciona c nti -
nuamente como um motor de fase dividida , não se requer chave centr í fuga. O
,
^
motor parte e funciona devido a deslocamento existente entre as correntes 3e fase
dos dois enrolamentos deslocados no tempo e no espa ço. Como rgsult ã d ó dfsto,
de não.possui um torque . elevado de funcionamento como o dos motores com
,
par id
^ ^^ rpglstt nnia mi com partida a capacitor . Mais ainda , o capacitor utilizado
^
no motor de fase dividida como capacitor permanente e de um só valor , é proje-
tado para uso cont í nuo e é do tipo a ó leo . O valor do capacitor é baseado nas suas
condições ideais de funcionamento , em lugar das de partida . No instante da par -
tida , a corrente no ramo capacitivo é muito baixa . O resultado é que o motor à
capacitor permanente e de um só valor ( de modo contrá rio ao motor com partida
a capacitor ) tem um torque de partida muito baixo , cerca de 50 a 100 por cento
do torque nominal .
Como mostra a Fig . 10- 5a , uma chave reversora permite que se desloque
facilmente o capacitor a ó leo para qualquer um dos enrolamentos . Pode parecer
que, com um torque de partida baixo e um baixo torque de funcionamento, as
perspectivas para a utiliza çã o deste tipo de motor fossem extremamente pequenas.
Entretanto esta mesma fraqueza conduz diretamente às suas vantagens, sendo
um motor muito popular. Trata -se de um motor que não requer chave centrí fuga,
que pode ser invertido facilmente devido ao seu torque de funcionamento baixo.
Al é m disto, o seu torque de funcionamento baixo o torna mais sensí vel às varia -
368 Má QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Autotrans .
formador I
ajustá vel
0 1 /2 carga
o A B Carga nominal
o o o
1
1
CA * O
o
o E
o
o
o
o
3
c
©
a
1 — da carga
2 nominal
I
^ O
V
( i'
&
O
c
a>
E
Chave revisora CD
Reversora £
( a ) Diagrama de ligações . o
O
t /l
Ui
Torque nominal
I 00
0 Torque
Flg. 10-5 — Diagrama de ligações, relações de fase e caracter ísticas de tensã o do motor
da fase dividida permanente.
A Fig. 10- 5b mostra as rela ções de fase do motor nas condições de funciona- )
mento para a posiçã o da chave seletora de inversã o representada na Fig. 10- 5a.
Devido ao campo magn é tico girante, razoavelmente uniforme, criado por enro-
lamentos iguais, cujas correntes est ã o deslocadas de quase 90°, o torque é razoa -
velmente uniforme e o motor não apresenta a caracterí stica pulsante comum à
maioria dos motores monof á sicos quando carregados. O valor do capacitor para
ciclo contí nuo é selecionado de modo que as correntes de funcionamento sejam
iguais e deslocadas, como se vê na Fig. 10- 5 b, para um valor de carga entre tr ês
quartos de plena carga e este valor. Como se estabeleceu previamente, entretanto,
este valor é pequeno demais para as finalidades de partida , e o valor do torque
de partida est á compreendido entre a metade do de plena carga e o total, o que
representa a Fig. 10- 5c.
Al é m de sua vantagem como motor reversí vel 8^ o motor a capacitor perma -
nente permite o controle da velocidade através da varia çã o da tensã o aplicada. i'
Uma vez que o torque de qualquer motor de indu çã o varia com o quadrado da
8
A ASA distingue entre o motor reversí vel em funcionamento (reversing) e o motor reversí vel
a baixa velocidade (reversible). O motor de fase dividida com capacitor permanente é um motor
“ reversing”, uma vez que ele pode ter o seu sentido de rotação invertido quando funcionando a plena
carga e à velocidade nominal. O motor de fase dividida com partida a capacitor é um motor “rever
'
-
&
MOTORES MONOFáSICOS 369
sible”, porque é capaz de ter sua velocidade invertida apenas para valores bastante abaixo de sua
velocidade nominal , sem ser, entretanto, necessá rio para o motor. O motor de fase dividida com
partida à resistência é um motor não reversí vel, pelas razões acima apontadas. ( N.T.
Brasileira não faz esta distinção . )
— A Norma
9
Desde que o torque de partida é Tp = Kt <t>í psen( 0r - 0S), a corrente de partida Ip no ramo
.
capacitivo é baixa. Uma diminuição na reatâ ncia capacitiva resultará num aumento de Ip Donde,
a necessidade de um capacitor grande na partida.
370 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
ambos mediante o emprego da chave centrí fuga para tal fim . O primeiro método,
semelhante ao antes descrito, utiliza um capacitor eletrol í tico, como mostra a
Fig . 10-6a , em paralelo com um capacitor a óleo, através de uma chave centrí fuga
normalmente fechada . O capacitor eletrol í tico, de alta capacidade, é desligado
a cerca de 75 por cento da velocidade sí ncrona, produzindo assim o torque de par-
tida elevado de que se necessita . O motor continua ent ã o a acelerar como um
motor a capacitor , com o valor de capacit â ncia ótimo para o capacitor a óleo de
funcionamento, para operar na carga nominal ou pr óximo a ela .
O’ o rm - '-
(
> è é Lé
“
« / "* fuga
o / centrí
Fig. 10-6 — Diagramas de ligação para dois tipos de motores a duplo capacitor.
O segundo m é todo ( embora també m utilize uma chave centr í fuga ) emprega
apenas um capacitor a óleo de alta tensã o, em combinação com um autotransfor -
mador , como mostra a Fig. 10-6 b. Esta t écnica utiliza o princí pio do trans -
formador , no que diz respeito à reat â ncia capacitiva refletida a partir do secund á - \
VBIBLIOT ECA /
!
U "P l J
MOTORES MONOFáSICOS
371
A vantagem primordial do motor a duplo capacitor é o seu elevado
torque _ .
de partida , alé m de sua opera ção silenciosa e do bom torque de funciona
mento.
j\inda _á classificado como um motor reversível (
. reversing ), pois, quando se inverte
a polaridade da linha em relaçã o a um dos enrolamentos, o seu sentido de rotaçã o
també m se inverte. Quando a velocidade cai a um valor correspondente
a um
escorregamento de mais de 25 por cento durante a reversão, a chave
centrí fuga
fecha o seu contato de partida , providenciando o torque m á ximo enquanto o motor
desacelera e inverte o sentido. Os contatos abrem novamente quando o motor
atinge 75 por cento da velocidade sí ncrona no sentido inverso. Inversões
frequen-
tes reduzir ã o entretanto , a vida ú til da chave centr í fuga . Por isto, quando
se rea -
lizam frequentes reversões, prefere-se usar um motor monof ásico a capacitor
permanente, sem nenhum tipo de chave centrí fuga, de preferência.
O motor a duplo capacitor encontrou aplicaçã o recente em pequenas
dades dom ésticas de ar condicionado , que utilizam este motor para acionar o seu-
uni
compressor e operar num circuito de 15A.10 A sua menor corrente de partida
,
bem como de funcionamento ( 7,5 A no m á ximo) a um fator
de potência melhor
que o do motor com partida a capacitor , sã o obtidas pela seleçã o precisa
dos capa -
citores de partida e de funcionamento para uma determinada carga correspo
ndente
ao compressor.
Bobina
em curto N ::: : |: 3
Fonte CA
monof ásica
( b ) aumento (c ) 0 constante. ( d ) Diminui ção
de fluxo.
*
(a ) Construção gené rica de um motor
de dois pólos ranhurados. ( e ) Relaçã o da variação da corrente e do fluxo nos pólos.
f
MOTORES MONOFáSICOS 373
-
laçã o ao fluxo principal . A fim de inverter se o sentido da rotaçã o, seria necessá -
rio desmontar a estrutura polar e invertê-la, fisicamente . Para eliminar este pro-
cesso lento e complicado, foram desenvolvidas novas técnicas para a produçã o
de motores reversí veis de pólo ranhurado.
O primeiro destes métodos é ligar-se as bobinas, correspondentes às ranhuras,
em sé rie nas correspondentes ranhuras dos pó los e curto-circuitá las através de -
uma chave. Vê-se isto na Fig. 10 8a , onde aquelas bobinas situadas numa das
-
extremidades dianteiras do pólo saliente sã o curto circuitadas para a rotaçã o -
no sentido horá rio, e as situadas no lado oposto do pólo sã o curto circuitadas -
•
L
/ *
k. o
Horá rio
-
Anti horárioo
^^o i ¥rr e c )
--
pela chave.
-
ranhurado curto circuitados
!
( N ão est á representado o
enrolamento principal ) .
\
^- Horá rio
Horá rio
o
-
Anti horário :
para rotaçã o no sentido anti- horá rio. Em nenhuma circunstâ ncia , entretanto,
teremos ambos os conjuntos curto-circuitados.
O segundo método é genericamente utilizado em estatores de pólos não
salientes. Dois enrolamentos distribu í dos, separados, deslocados no espaço de
90° em rela çã o aos pólos ranhurados curto-circuitados , est ã o indicados como A
e B na Fig. 10-8 b. Quando se energiza A (que n ã o est á indicado como distribuí do ),
estabelece-se o padrã o do fluxo numa ordem hor á ria : enrolamento A , pólo ranhu-
rado A' ; enrolamento A ( na posiçã o de B ) , e pólo ranhurado B' . Quando B é
energizado, o estabelecimento do fluxo se d á na ordem anti-hor á ria : enrolamento
B, bobina ranhurada A\ enrolamento B distribu í do em A, e pólo ranhurado B' .
O terceiro mé todo, visto na Fig . 10-8c, emprega també m um ú nico enrolamento
contí nuo distribuí do com deriva ções apropriadas nos pontos de 90° . Quando
se energizam as liga çõ es de um conjunto, através de uma chave bipolar, o rotor
gira no sentido hor á rio . Quando se energizam as liga çõ es do segundo conjunto,
deslocado de 90° .em rela çã o à s bobinas do pólo ranhurado, o motor gira no sen-
tido oposto.
A vantagem dos estatores distribuí dos, nã o salientes, sobre os tipos de pólos
salientes, vistos nas Figs. 10-7 e 10-8 , é que, uma vez iniciado o movimento, o rotor
com o fluxo uniforme no entreferro tende a produzir um campo magnético mais
uniforme, em vez do campo girante el í ptico, em virtude da sua fem de velocidade
(teoria do campo cruzado).
O motor de pólo ranhurado é áspero, barato, pequeno em tamanho e requer
pouca manuten çã o. A corrente circulante a rotor bloqueado é apenas um pouco
mais elevada que sua corrente nominal normal , de forma que ele pode funcionar
a rotor bloqueado por per í odos curtos, sem que haja preju í zos maiores. Infeliz-
mente, o seu torque de partida é muito pequeno, bem como sã o - baixos o seu ren-
dimento e o seu fator de pot ência , embora estas duas ú ltimas considerações tenham
pouca importâ ncia quando se trata de motores pequenos. O fato do torque de
partida ser baixo limita sua aplica çã o a motores para toca -discos, projetores cine-
matogr á ficos, m á quinas el é tricas para cortar frios, pequenos ventiladores, má -
quinas vendedoras autom á ticas, dispositivos girantes para vitrines, e outras cargas
ou servomecanismos relativamente leves.
De forma geral , o controle da velocidade usado consiste em reduzir-se a tensã o
CA aplicada , para fazer com que o escorregamento aumente, de modo semelhante
ao que se empregou para o motor a capacitor, como se viu na Fig . 10- 5c .
nO motor com partida à relutâ ncia é um motor de indução cuja partida tem in ício através do
-
princí pio da relutâ ncia (Seç. 1 2). Não é a mesma coisa que o motor de relutâ ncia ( um motor
-
síncrono não excitado), discutido na Seç. 8 27. O motor monofásico de relutâ ncia , o motor de
MOTORES MONOFá SICOS 375
salientes n ã o uniformes, vistos na Fig. 10-9, um efeito de varredura se produz
no fluxo do campo principal . O princí pio de relut â ncia, segundo o qual o motor
funciona , estabelece simplesmente que , onde o entreferro é pequeno , a auto-indu
tâ ncia no enrolamento de campo é grande, fazendo com que a corrente nele se
-
atrase em rela çã o ao fluxo que a produz ( num circuito altamente indutivo , a cor
rente se atrasa de quase 90° em rela çã o à tensã o e ao fluxo) . Inversamente, onde
-
o entreferro é muito grande, a auto- indut â ncia é reduzida , e a corrente est á quase
em fase com o fluxo. O fluxo m ú tuo no entreferro atrasa-se, portanto, na vizinhança
do entreferro menor , produzindo um efeito de varredura semelhante ao produ
zido no motor de pó lo ranhurado . Desde que os fluxos estã o algo defasados no
-
espaço e també m no tempo, produz-se um campo magnético girante em todos
os pó los do campo , nos instantes t í , t 2 e t 3, sucessivamente, como mostra a Fig. 10-9.
o
Fonte CA Enr ô - À
monofásica lamento
de campo
<y
Rotor
gaiola de
esquilo
( a ) Secção transversal .
.
Fig 10-9 — Motor de indução com partida à relu-
t â ncia e desenvolvimento do campo girante.
com partida à relutâ ncia també m é pior que o do de pólos ranhurados ( menosn
de
o dos p ó los do estator , ão
50 por cento do torque nominal ). A n ã o ser a revers ã
çã o de um motor de indu çã o com
há outra forma de variar-se o sentido de rota
alto
partida à relutâ ncia . A sua operaçã o é sempre no sentido do entreferro mais
para o mais baixo.
O motor de pólo ranhurado é, de modo geral, preferido em relação ao motor
o mais
de induçã o com partida à relut â ncia , uma vez que a sua constru çã o n ã é
partida e de funcionam ento , sendo ainda pron-
cara e ele tem melhores torques de
do motor de indu çã o com partida
tamente revers ível . Controla -se a velocidade
à relut â ncia da mesma forma que a utilizada para os motores de pólo ranhurado
.
-
10 11. MOTORES DE COMUTADOR MONOFÁSICOS
Os motores estudados neste capí tulo foram , até aqui , motores de induçã o
monof á sicos com rotores fundidos do tipo gaiola de esquilo, sendo as suas varia -
ções principalmente na forma da partida . H á um outro grupo de motores, que
sã o os motores monofásicos a comutador , uma vez que o rotor bobinado desta
espécie de motores é equipado com comutador e escovas. Este grupo é formado
por duas classes : ( 1 ) os que funcionam segundo o princí pio da repulsã o ( motores
de repulsã o), nos quais a energia é transferida indutivamente do enrolamento do
campo monof á sico do estator para o rotor : e ( 2) os que funcionam segundo o
princí pio dos motores-sé rie, nos quais a energia é transferida condutivamente tanto
para o campo monof ásico do estator como para a armadura do rotor, à qual está
ligado em série ( V . Seç. 10-18) .
Uma vez que o princí pio da repulsã o é utilizado como um m é todo de partida
para um tipo de motor de indu çã o conhecido como motor de indu çã o com partida
à repulsã o, trataremos em primeiro lugar dos motores de repulsão.
-
10 12. O PRINC Í PIO DE REPULS Ã O
pó los , distribu ído em volta do estator de forma que se produzam os pó los neces-
sá rios. N ã o se utilizam enrolamentos auxiliares ou parciais . A estrutura do estator
de um motor de repulsã o é , portanto, idê ntica e intercamb i á vel com a de qualquer
motor de indu çã o monof ásico. As lamina çõ es do estator sã o intercambiá veis
com as de quase qualquer outro motor de indu çã o (com exce çã o do motor de pólo
que se seguem , por conveni ê ncia , representar-se-á
ranhurado). Nos desenhos
um campo de dois pólos no estator .
O rotor de um motor de repulsão é muito semelhante a armadura CC “ padrão ,
-
normalmente de enrolamento imbricado ( Seç. 2 11 ), com um ou mais pares de
escovas, dependendo do n ú mero de pares de pólos do enrolamento do estator .
Estas escovas sã o, entretanto, curto-circuitadas , podendo a estrutura que as su -
MOTORES MONOFáSICOS 377
porta girar de forma a alterar a posiçã o delas em rela çã o ao eixo polar . Por simpli-
\
cidade, representar-se-á a armadura do rotor de repulsã o como um enrolamento
i
i
em anel de Gramme (Seç. 1 - 12), uma forma primitiva do enrolamento imbricado .
A Fig. 10-10a mostra o sentido instantâ neo do fluxo do campo, <f> , produzido
f
por um estator bipolar. De acordo com a lei de Lenz, uma fem induzida , que se
opõ e ao fluxo do campo, estabelecer-se -á na armadura do enrolamento em anel
de Gramme do rotor. As fem induzidas individualmente combinam-se vetorial-
mente em cada um dos dois caminhos, para produzir uma polaridade instant â nea
positiva na escova esquerda e uma polaridade negativa na direita. Circula a cor-
rente má xima pelo condutor que liga as duas escovas em curto. Quando se inverte
o campo , 180 graus elé tricos mais tarde, inverte-se també m a polaridade das es-
covas, uma vez que as fem se invertem e circula a corrente má xima no sentido oposto.
A Fig. 10-10b mostra as correntes instantâ neas nas escovas e nos enrolamentos
para o sentido do fluxo de campo tomado na Fig. 10- 10a . Entretanto, n ã o se pro-
duz torque ú til como resultado desta corrente circulante: como se pode notar
a partir das forças perpendiculares desenvolvidas por condutor perpendicular-
t
\
o
Fonte CA monof ásica
oooooff
+
o- 4>f.
! (c ) Diagrama vetorial mostrando
o campo, o torque e o fluxo
I ( b ) Correntes nas escovas e nos
de transformador.
enrolamentos ( instant â neas ).
. - — Posimçãáxima
Fig 10 10 o neutra forçada mostrando a corrente
e o torque nulo.
l
r
O *=0
t
l
*1
«
( c ) Diagrama vetorial ,
mostrando o campo,
o fluxo,e o fluxo
( b ) Fem equilibradas , nenhuma
d © transformador .
corrente nas escovas e
no enrolamento.
Fig. 10- 11
— Posição neutra aliviada, mostrando corrente nula e
nenhum torque.
MOTORES MONOFáSICOS
379
Se o eixo das escovas se desloca de um â ngulo a a partir do eixo polar
, sendo
a menor que 90°, produz-se movimento . Embora as fem sejam
ainda as mesmas
das Figs. 10- lOa e 10- 1 la , uma fem desequilibrada se produz em cada um dos
ca-
minhos pela posição da escova , circulando uma corrente proporcional à diferen
ça
de tensão através dos condutores do rotor , como se vê nas Figs . 10- 12a b
e . O eixo
das escovas é x - x\ e o eixo polar é ainda a- a'. Note - se que os condutores de
a a .v
e de a' a x' carregam correntes num sentido que é oposto ao de sua
tensão induzida ,
porque as tensões a- x' e x - a' são maiores que a tensão a' - x' . Há agora
um dese-
quil í brio dos condutores sob os pólos N e S , respectivamente , que
conduzem cor-
rente num dado sentido , e o rotor gira no sentido horá rio como
resultado destas
forças, como se vê na Fig . 10- 12a . Outra maneira de indicar isto , de uma
forma
um pouco mais sofisticada , é apresentada na Fig . 10- 12c. O fluxodí quido
'
da arma -
dura , 4>a , pela lei de Lenz deve ter sido produzido por um fluxo de transfo
rmador
que é uma componente do fluxo de campo <> . H á , pois , uma
\f componente
Posição
neutra
aliviada
(Tnnp| Posição
neutra
forçada
*
t
*
a *1
- —
Fig. 10 12 Eixo das escovas entre as posições neutras for çada
e aliviada, produzindo os fluxos de torque e de transformador
com o respectivo torque do motor.
380 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
4>a,, tendendo a produzir rotação pela interação ( ou repulsã o) dos campos mutua-
mente perpendiculares. Assim, a repulsão entre os campos do rotor e do estator
resulta na rotação do rotor ; donde, o nome motor de repulsão.12
Deve-se notar que o torque é zero a zero graus (corrente má xima ), posiçã o
neutra forçada , e també m é zero a 90° (corrente nula), posiçã o neutra aliviada .
Desde que o torque é um produto do fluxo da armadura ( produzido pela corrente
da armadura ) e do fluxo de torque ( produzido pelo campo, como resultado do
seu afastamento da posiçã o neutra forçada ), é evidente que o torque m á ximo ocor -
rerá mais pró ximo à posição neutra for çada, onde é elevada a corrente da armadura.
Em motores comerciais, o torque m á ximo, para um motor de repulsã o do tipo
de escovas deslocadas, usualmente ocorre para um a de cerca de 25 graus de deslo-
camento a partir da posição neutra forçada .
Deve-se notar que a rota çã o no sentido horário se produziu quando o eixo
das escovas se deslocou , em rela çã o à posi çã o neutra forçada , no mesmo sentido,
ou seja o horário . O deslocamento do eixo das escovas no sentido anti- horá rio,
em rela çã o à posiçã o neutra forçada , ocasiona a rotaçã o no sentido anti- horá rio.
Campo de 0
— torque o
o
Fonte I
monof ásica L/ Eixo das
Campo de escovas
transformador
o
Campo do
pQ Fluxo do rotor
< transformador <j>%
sss.£
Eixo das
Campo de
escovas
torque 0f
(b ) Relação de fases.
Fig. 10-13
— Motor de repulsão comercial.
leves, e bem abaixo dela para cargas pesadas. Sua característica torque-velocidade
é vista na Fig. 10- 14 e assemelha-se muito à de um motor -sé rie. E isto se torna
explicá vel, porque ele é, de fato, um motor “série” indutivamente acoplado, no
qual a corrente da armadura é fornecida por acoplamento do tipo transformador,
ao invés do acoplamento direto por condução. Como no motor-série, um aumento
da carga, no motor de repulsão, produz um aumento na corrente da armadura
(secund á ria) e na sua corrente de campo ( primá ria ) face ao acoplamento indutivo.
Assim, para cargas pesadas e na partida , o motor de repulsã o desenvolve uma
corrente de partida de 1,5 a 2 vezes a corrente de carga nominal.
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0 12 3 4 5
Torque ( vezes o nominal )
Fig. 10-14
— ística torque-veloci-
Caracter
dade de um motor de repulsão.
382 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
0
'\ « . Characteristics
de indu çáio
-
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Caracter ística
o de repulsão
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100 1
0 2 3 4 5
Torque ( vezes o nominal )
Flg. 10 15- —
Caractenstica torque veloci
dade de um motor com partida à
- -
repulsão.
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Caracter ística
15 l\ combinada
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Torque ( vezes o nominal )
Fig. 10-16 —
Característica torque-veloci-
dade de um motor repuls ão-induçã o.
Braço Campo
1 Braço o
o Campo
o
CA
Vp Vp
8 Io (
*>
a
MU)
If ( «Af )
t
< >a e
^
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-
( b ) Motor sé rie .
-
(a ) Motor derivação
-
\
rv r\ A r\
N S S N
\7
- w XJ
.
Fig 10 17 - — Operaçã o do motor-série ou universal .
*
MOTORES' MONOFáSICOS 387
-
Campo sé rie
rç\ Ifls 1ZQ +
Vp — Ei f
Zc + Zi 4- Zs
I
Fonte CA
IQZS
IaZi Interpolo
Enrolamento
IQZQ
Eg
Vp
monof ásica IaZc de compensação IoZc
IaZi
IpZa A ) Armadura ,
IQZ e
Io
-
( a ) Motor sé rie CA acoplado condutivamente . (b ) Diagrama fasorial para um motor
.
acoplado condutivamente
-
Campo sé rie
E
\
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IQZS
CL \ E
\ ISS> o
Fonte
CA
Interpolo e enro - Q>
TJ \ <3
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monof á IaZs
(A lamento de <D
sica
- compensação
"O
5 Gama de
© operação
o >
Corrente da armadura
(c) -
Motor sé rie acoplado indutivamente. (d ) Caracterfctica do motor sé rie - CA .
-
Fig. 10 18
— Motor-série CA.
Na grande maioria dos casos, os motores-sé rie CA monof ásicos, de pot ê ncia
mais elevada, foram superados nas respectivas aplicações pelos motores de indução
e sí ncronos polifásicos, face à maior simplicidade destes. Os motores-sé rie são
ainda utilizados extensivamente, entretanto, em locomotivas elé tricas para trans-
r>-
porte ferroviá rio. Tais motores sã o projetados para tensões abaixo de 300 V,
alimentadas pelo secund á rio de transformadores ligados a uma rede primá ria de
11.000 V , 25 Hz, normalizada nos Estados Unidos para serviços ferroviá rios. As
capacidades dos motores para tais usos variam desde algumas centenas at é mais
de mil HP, com fatores de pot ê ncia de 0,95 e rendimentos de cerca de 0,88, como
resultado das modifica ções discutidas acima . O serviço europeu de tra çã o usa
uma frequ ê ncia padronizada de 162/ 3 Hz. As frequê ncias mais baixas ( menores
que 60 Hz ) sã o preferidas, porque se reduz a queda de tensã o na imped â ncia em
sé rie e , consequentemente, sã o maiores as pot ê ncias desenvolvidas. Isto resul-
ta també m num melhor rendimento , devido à diminuiçã o das perdas por histerese
e por correntes parasitas .
A regula çã o de velocidade é facilmente obtida através da varia çã o da tensã o
da fonte, da qual o motor-sé rie se alimenta , normalmente um regulador de indu çã o
ou um transformador com as respectivas deriva ções . Desde que os rendimentos
dos transformadores sã o extremamente elevados, h á praticamente pouca perda • *
i
r
MOTORES MONOFáSICOS 389
BIBLIOGRAFIA
QUESTÕ ES
10-1 . Defina :
a. motor de potência inteira
b. motor de potência fracioná ria
-
10 2. Com base nas definições acima, explique por quê :
a. os motores de alta velocidade (10.000 rpm ou mais) são normalmente fracioná rios
b. os motores de baixa velocidade (50 rpm ou menos) são normalmente motores de
potência inteira.
-
10 3. Explique :
^ ba.. por
por que nenhum motor do tipo gaiola monofásico tem torque de partida
que os vá rios tipos de motores do tipo gaiola monof ásicos são classificados
com base no método de partida ( V. Seç. 10- 18)
c. se há alguma diferença na construção do rotor de um motor polifásico em relaçã o
à de um monof ásico
d. por que um único enrolamento monofásico no estator de um motor do tipo gaiola
não produz rotação de seu rotor.
V
\
MOTORES MONOFá SICOS 391
10-4. a. Explique por que um ú nico enrolamento no estator, como na quest ão 10-3d , acelera
um rotor do tipo gaiola , se este tiver sido posto a girar em um sentido determinado.
Utilize a teoria do duplo campo girante para ilustrar sua resposta.
b. Repita (a ) acima , utilizando a teoria do campo cruzado.
10-5. a . O que significa torque el í ptico ?
b. Quais as condições de carga que o produzem ?
c. Como é possí vel identificar a produção de um torque el í ptico ?
d . Explique o mecanismo pelo qual o campo magnético girante e o torque se tomam
el í pticos e d ê as razões para isto.
10-6. No projeto de um motor de indução monofásico, com partida à resistência, explique
as razões para
a. um enrolamento de partida consistindo de poucas espiras de fio de cobre de um
diâ metro menor, em oposição ao uso de muitas espiras de fio mais pesado
b. desligar-se o enrolamento de partida, uma vez atingido um escorregamento de
0, 25 ou menos
c. não se necessitar que as correntes de partida e de funcionamento sejam iguais
d. deslocar -se de 90° no espaço os enrolamentos de partida e de funcionamento.
10-7. a. Dado um estator monofásico, tendo dois enrolamentos idê nticos, defasados de 90°
no espaço, desenhe um esquema de fiação utilizando uma chave e um resistor,
de modo que o motor gire em qualquer dos sentidos.
b. Ilustre o esquema acima, utilizando um diagrama fasorial para cada posição da chave.
-
c. Requer se um resistor de resistência baixa ou elevada ? Explique.
10-8. a. Explique por que o torque de partida de um motor de fase dividida é relativamente
pequeno.
b. O que significa inversão do circuito de partida ?
c. Com base em (a) e ( b) acima, explique por .que tal inversã o em um motor com par -
tida à resistência, quando em funcionamento, nã o implica na inversão do seu sen
tido de rotação.
-
d. Como se inverte o sentido de rotação de um motor com partida à resistência, quando
ele está parado ?
e. Com base no respondido acima, defina um motor não reversí vel e explique por que !
um motor com partida à resistê ncia é classificado como tal .
10-9. a Explique por que a corrente de partida elevada de um motor com partida à resis -
tência não é um aspecto objetá vel .
b. Dê as maiores objeções e três desvantagens deste tipo de motor.
c. Com base em ( b), d ê as maiores aplicações para este motor.
10-10. a. É possí vel controlar-se a velocidade de um motor de fase dividida, em funciona-
mento, com o enrolamento de partida desligado ? Explique de que forma, sem que
haja variação de frequência.
b. Dentro de que gama de escorregamento é possí vel controlar a velocidade pelo
método exposto em (a) ?
c. É possí vel obter-se o controle de velocidade para cargas pesadas ? Explique.
-
10 13 . Defina :
a um motor reversí vel a baixa velocidade ( reversible)
b. um motor reversível em funcionamento (reversing)
c. um motor não reversí vel a baixa velocidade ( nonreversible)
d . um motor n ã o reversí vel em funcionamento ( nonreversing).
10- 12. Com base nas definições acima, explique *
a. por que um motor de fase dividida, e com partida a capacitor é classificado como
um motor reversí vel a baixa velocidade, mas n ão como um motor reversí vel em
funcionamento.
392 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
b. por que é necessá rio desligar temporariamente o motor de sua fonte para conseguir
a reversão do motor.
c. Modifique a Fig. 10-4, utilizando uma chave bipolar para mostrar a forma de con-
seguir a reversão. (Inclua uma chave seccionadora para sua ligação à linha.)
10-13. a. Explique por que o torque de partida, de um motor com partida a capacitor, é mais
que o duplo do motor com partida à resistência.
b. A redução da resistência do enrolamento de partida ( utilizando condutores de maior
calibre) para a obtenção de maiores correntes de partida corresponde a um aumento
no torque de partida. Explique por quê.
c. Discuta os prós e contras da utilização de um enrolamento de partida de corrente
elevada e baixa resistência, em função do tamanho do estator, da economia e da
corrente de partida.
10-14. a . Explique por que os motores com partida a capacitor são construídos nos tamanhos
correspondentes às potências inteiras, e os motores com partida à resistência não o
são.
b. Explique por que os motores com partida a capacitor são utilizados em aplicações
correspondentes a torques de partida elevados, enquanto os motores com partida
à resistência não o são.
c. Dê vá rias aplicações para motores com partida a capacitor.
^
10 5. a . O motor de um só capacitor é, algumas vezes, chamado de motor bif ásico. Explique
por quê.
b. Por que o motor acima tem um baixo torque de partida ?
c. Por que o motor acima tem um baixo torque de funcionamento ?
d. Dê 3 vantagens deste motor em comparação aos motores de fase dividida com
partida a capacitor.
e. Por que se utilizam capacitores a óleo, em vez dos eletrolí ticos, para este tipo de
motores ?
10-16. a. Distinga entre um motor reversí vel a baixas velocidades e um motor reversí vel em
-
funcionamento. Veja a questão 10 11 acima.
b. Explique, com base nas definições acima, por que o motor a capacitor permanente
e fase dividida é um motor reversí vel em funcionamento.
c. Por que o motor acima se adapta mais facilmente ao controle da velocidade pela
variação de tensão que os outros tipos de motores de fase dividida ?
d. Quais as aplicações indicadas para o motor acima ?
x
10-17. á. Por que o motor de fase dividida permanente e de duplo capacitor produz um torque
de partida elevado ? Quais as desvantagens que este motor tem em relação aos
outros motores monofásicos ?
b. Por que se utiliza um capacitor eletrol í tico nos motores a duplo capacitor ?
c. Compare os prós e contras da utilizaçã o de um autotrans formador e de um motor
com capacitor a óleo, com relação à deste mesmo capacitor a óleo e de um capacitor
eletrol í tico de partida, como se vê na Fig. 10-6 .
10 18. Explique por qud' uma chave centrí fuga defeituosa (em curto) constitui uma seria
-
desvantagem para
a. ó motor com partida à resistência
b. o motor com partida a capacitor
c. o motor a duplo capacitor.
-
10 19. Para um motor do tipo gaiola, de pólo ranhurado, mostre
a. que o fluxo na porção ranhurada do pólo sempre se atrasa em relação ao fluxo
correspondente à parte não ranhurada, no espaço e no tempo, produzindo rotação
num rotor do tipo gaiola
MOTORES MONOFáSICOS 393
b. Por que os motores de pólos ranhurados reversí veis utilizam técnicas de enrola
mentos distribu ídos em estatores n ão salientes ou bobinas na parte dividida dos
-
estatores salientes
c. vantagens dos estatores não salientes em relação aos salientes
d. vantagens e desvantagens dos tipos comerciais
e. métodos para o controle de velocidade.
-
10 20. Para motores do tipo gaiola, com partida à relutâ ncia, mostre
a. que o fluxo da parte de relutâ ncia baixa do pólo sempre se atrasa em relação ao
fluxo correspondente à parte de relutâ ncia elevada, no espaço e no tempo, pro-
duzindo assim a rotação do rotor em curto
b. por que o sentido da rotação de um dado motor é irreversí vel
c. por que este motor é inferior ao de pólo ranhurado.
10-21. Para o motor de repulsão, mostre
a. que o torque é nulo na posição neutra forçada , zero graus
b. que o torque é nulo na posição neutra aliviada, 90°
c. a posição para a qual ocorre o torque m á ximo e justifique
d . como se inverte o sentido de rotaçã o.
-
10 22. Para o motor de repulsão comercial, mostre
a . por que se necessitam 2 enrolamentos de campo separados e ligados em sé rie
b. por que pode ele ser considerado um motor-sé rie indutivamente acoplado
c. as condições para as quais podem ocorrer velocidades superiores à síncrona
d . que o torque de partida é muito alto e a respectiva corrente muito baixa
e. por que se produzem, correntemente, poucos motores de repulsã o.
-
10 23. Para o motor comercial do tipo gaiola , de partida à repulsão, mostre
a . o princí pio de opera çã o
b. os dispositivos mecâ nicos especiais e de chaveamento empregados
c. como se inverte seu sentido de rota çã o (d ê dois métodos)
d. vantagens e desvantagens
e. por que tal motor nã o é mais constru í do nos tamanhos fracioná rios.
10-24. Para o motor comercial de repulsão-induçã o, mostre
a . o princí pio de construção e operação
b. os dispositivos mecâ nicos especiais e de chaveamento empregados
c. como se inverte o sentido de rotação de um tal motor
d. vantagens e desvantagens
e. aplicações e tamanhos comerciais de fabricação.
10-25. a . Explique por que um motor-derivação CC não funciona satisfatoriamente em
CA, apesar da inversão da polaridade de linha não causar alteração no sentido de
rotação.
-
b. Repita o raciocí nio para um motor sé rie, mostrando por que ele opera intermi-
tentemente em CA ( V. questão 10-26a).
c. Por que a velocidade de um motor universal independe da frequê ncia ?
d. Quais as precauções necessá rias à utilizaçã o de motores universais e como podemos
contomá-las ?
10- 26. a . Quais as modificações a serem feitas nos motores série CC para tomar melhor
a sua operação comercial em CA ?
b. Por que prefere-se motores sé rie monofásicos em vez de motores trifásicos sí ncronos
ou de indução para serviços de tração ?
c. Qual a gama de potência dos motores série CA comerciais ?
d. Como se faz o controle da velocidade e a inversã o do sentido de rotaçã o dos motores
série CA ?
394 Má QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
10-27. Siga os itens seguintes para compor um quadro resumo. Para cada um dos motores f
PROBLEMAS
10-1. De acordo com as definições da Seç. 10-1, determine se os motores seguintes são de
potência inteira ou fracioná ria J
a. 3/ 4 HP, 1.200 rpm
b. 3/4 HP, 1.800 rpm
c. 1 V2 HP, 6.000 rpm
d. 1 V4 HP, 3.600 rpm.
10-2. Um motor monofásico CA, de 1 / 2 HP, fase dividida, solicita uma corrente 3 L - 15° A
para seu enrolamento de partida e uma de 4,9 L - 40° A para seu enrolamento de
funcionamento, em relação a uma fonte de 230 L 0o V. No momento da partida,
calcule
a . A corrente total a rotor bloqueado.
b. O fator de potência e a potência consumida na partida.
c. O fator de potência e a potência consumida nas condições de funcionamento, ima-
ginando que a corrente a plena carga para o enrolamento de funcionamento é
igual à da partida e tem o mesmo â ngulo de fase.
d. o rendimento a plena carga.
-
10-3. a. Repita o Problema 10 2(a) e ( b), se se acrescentar um capacitor ao enrolamento
de partida, de modo que a sua corrente se adiante naquele enrolamento e passe a
2,38 L 40° A na partida.
b. Compare o fator de potência na partida e a corrente correspondente, do motor de
partida a capacitor, em relação ao motor de fase dividida convencional, do Pro-
blema 10-2.
c. Calcule o valor do capacitor necessá rio para produzir aquela corrente em avanço
no enrolamento de partida.
d. Compare o valor do capacitor calculado em (c) com o dado na Tabela 10-1 e note
a diferença.
-
10 4. Um motor monofásico CA , de 1/3 HP, fase dividida, quatro pólos, solicita uma cor-
rente de 7,2 A de uma fonte de 115 V, 60 Hz a um fator de potê ncia de 75 por cento,
funcionando a 1.720 rpm quando se aplica a carga nominal ao seu eixo. Calcule :
MOTORES MONOFá SICOS 395
a O rendimento a plena carga.
b. O escorregamento a plena carga.
c. O torque de saída nominal .
d. O torque máximo se a pane ocorre a um escorregamento de 30 por cento.
e. O torque de partida .
f. A relação do torque máximo e do torque de partida, respectivamente, para o torque
nominal .
10-5. Um motor de indução monofásico de dois pólos, 115 V, 60 Hz, partida à relutâ ncia
tem como dados de placa 1 / 25 HP, 3.300 rpm e o seu rendimento a plena carga é 60 por
cento. Calcule .
a. A potência de entrada a plena carga .
b. A corrente a plena carga, se o seu fator de potência é 0,65.
c. O escorregamento e o torque, a plena carga .
d . O torque m á ximo, se o escorregamento para o qual ele ocorre é 20 por cento (em
onças-polegadas).
e. O torque de partida.
f. A relação do torque má ximo e do torque de partida, respectivamente, para o torque
de plena carga.
10-6. Um ensaio através de um dinamô metro levou aos dados de funcionamento, que
se
seguem, para um motor monofásico de quatro pólos, 115 V, com carga e velocidade
nominais : potência solicitada pelo motor, 150 W ; corrente de entrada, 2,0 A ; velocida !
de, 1.750 rpm ; comprimento do braço do freio, 12 pol ; leitura da escala do dinamô
-
metro, 6 onças para a carga nominal. Quando operado em sobrecarga para determinar
-
-
o torque máximo, obtiveram se os dados : potência solicitada pelo motor, 550 W ;
corrente de entrada 10,0 A ; velocidade 1.400 rpm ; leitura da escala do dinam ômetro,
26,5 onças para a carga m á xima. Calcule
a. O rendimento a plena carga
b. O fator de potência a plena carga
c. A potência do motor e o torque nominal
d . O torque m á ximo e o torque de partida
e. O rendimento e o fator de potência para o torque máximo
f. O torque nominal a partir do torque m á ximo.
-
10 7. Um motor de 110 V, a duplo capacitor parte e funciona através de um autotransformador
com derivações, em combinaçã o com um ú nico capacitor de 5 iF, como mostra a
/
Fig. 10-6b. Calcule :
a. Os valores efetivos da capacitâ ncia em sé rie com o enrolamento B nas posições
de partida e funcionamento, respectivamente, e a tensão nominal CA do capacitor
utilizando derivações do transformador com uma relação de 5,0 : 1 na partida e
1,2 :1,0 na posição de funcionamento
b. Repita (a), utilizando as derivações que levem a condições de partida e funciona-
mento de 8 :1 e 2 :1, respectivamente.
10-8 . O motor de 60 Hz e de duplo capacitor , do Problema 10 7, tem um enrolamento prin-
-
cipal com uma resistência de 30 í f e uma indutância de 0,1 H. O segundo enrolamento
(do capacitor) tem uma resistência de 25 fi e uma indutâ ncia 0,5 H. Calcule :
a. Os valores relativos da corrente de partida em cada enrolamento, o â ngulo entre
estas correntes e a corrente de linha, o fator de potência , e a potência de entrada
no instante da partida usando o autotransformador na relação de 5 :1 .
b. Repita (a) usando a relação de 8 : 1.
c. Qual das duas relações do autotransformador produzirá um maior torque de par
tida, e por quê ?
-
396 M áQUINAS ELé TRICAS E TRANSFORMADORES
Não -
10-9. Um motor sé rie CA carregado drena uma corrente de 6,5 A de uma fonte de 115 V ,
60 Hz a um fator de potência de 0,85 em atraso quando está fornecendo um torque
de saída de 0,5 lb-pé a uma velocidade de 5.000 rpm. Para produzir o mesmo torque
a uma velocidade reduzida, utiliza-se uma resistência em sé rie para produzir uma tensão
CA de 110 V e uma corrente de 9,0 A a um fator de potência de 0,8 em atraso. A
-
queda de tensão combinada na resist ência da armadura e no campo sé rie do motor
é 0,5 Q. Supondo que a queda de tensão na impedâ ncia está se’mpre em fase com a
tensão da fonte, e desprezando a saturação, calcule
a. À velocidade reduzida;
b. O rendimento na velocidade mais elevada.
c. O rendimento na velocidade mais baixa .
Não 10-10. Os dados de projeto de um motor universal de dois pólos, 115 V, 1/8 HP d á as resist ências
efetivas da armadura e do campo-série como 4 Q e 6 Q, respectivamgnte. O torque de
saída é 24 onças- pol quando ele está entregando a corrente nominal de 1 ,5 A (CA ) a
.
um fator de potência de 0,88 e à velocidade nominal Calcule :
a. O rendimento a plena carga.
b. A velocidade nominal.
c. As perdas no cobre a plena carga.
d. As perdas combinadas de atrito, de ventilação e no ferro.
e. A velocidade do motor quando a corrente é 0,5 A, desprezando as diferenças de
fase e a saturação.
-
10 11 . Um motor de indução trif ásico, ligação delta, 220 V, 7!/ 2 HP solicita uma corrente de
8 A e uma potência total de 546 W da linha quando está funcionando a vazio. Se,
quando em funcionamento, um fusí vel defeituoso fizer com que caia uma linha, calcule
a. O valor aproximado da corrente de linha.
.
b As perdas totais.
c. Descreva um teste simples para diferenciar a operação monofásica existente, de
um possí vel aumento da corrente devido à carga mecâ nica.
-
10 12. O motor do Problema 10- 11 está entregando 5 HP a uma carga, sendo seu rendimento
0,8 e seu fator de potência 0,85 ; as perdas no cobre do estator, para esta carga, são
4 por cento da entrada total. Se uma das linhas é aberta de repente, calcule
a. As novas perdas no cobre do estator.
b. A capacidade aproximada deste motor para a operação monofásica, supondo
que as perdas totais no cobre do estator não devem exceder as perdas nominais no
circuito trifásico do estator.
RESPOSTAS
10- 1 (a) inteira ( b) fracioná ria (c) fracion âria (d ) fracioná ria 10-2(a ) 7,73 A ( b) 1.530 W,
0,86 FP em atraso (c) 862 W, 0,766 FP em atraso (d) 0,433 10-3(a ) 1.278 W a 0,96 FP
em atraso (c) 32,4 /rF 10-4(a ) 0,4 ( b) 0,0444 (c) 1,015 lb- pé (d ) 3,44 lb- pé (e) 1,9 lb- pé
(0 3,39 :1 1,87 :1 10-5(a ) 49,7 W ( b) 0,665 A (c) 0,0833 lb- pé, 0,0636 lb pé (d ) 14,9 oz
(e) 5,73 oz- pol
- - pol
(0 1,22:1, 0,47 :1 10-6(a) 0,622 ( b) 0,653 FP (c) 72 oz- pol ( d ) 318
oz- pol, 135 oz- pol (e) 0,598, 0,478 FP (!) 72,2 oz-pol 10-7 (a ) 125 fiF , 7,2 fiF , 550 V
-
( b) 320 i/ F , 20 nF , 880 V 10 8(a ) 2,31 A, 3,2 A, 94,2°, 3,8 A, 0,995 FP, 416 W ( b) 1,012 ,
2,31 A, 25,7°, 3,25 A, 0,517 FP, 185 W (c) relação 5 :1 10-9(a) 3.090 rpm ( b) 55,9 por cento
A
(c) 26,5 por cento 10-10(a ) 61,5 por cento ( b) 5.252 rpm (c) 22,5 W (d ) 36,2 W (e) 17.350 rpm
10-11(a ) 13,85 A (b) 1.640 W 10-12(a ) 558 W ( b) 2,5 HP.
í
ONZE
máquinas especiais
11-1. GENERALIDADES
Os princí pios básicos das m áquinas CA e CC, discutidos nos capí tulos ante-
riores, foram utilizados no desenvolvimento de uma sé rie de m áquinas e suas com -
bina ções. Utilizam-se, geralmente, tais m áquinas para a conversã o de energia
mecâ nica em el é trica e vice-versa. Este capí tulo tratar á de outros tipos de m á -
quinas e suas combinações que, embora também realizem conversões de energia
similares, sã o mais especializadas por sua natureza ou aplicaçã o. O estudo destas
m áquinas especiais foi deixado para este ponto porque, para o seu entendimento
e apreciação , é necessá rio um conhecimento pré vio das m á quinas já discutidas .
Este cap í tulo será dedicado aos seguintes tipos especiais de m á quinas el é tricas :
geradores de pó lo desviador, geradores de três escovas, geradores homopolares,
dinamotores*, conversores sí ncronos, seisins potê ncia e sistemas de laço sincro,
•O termo dinamotor, bem como outros que designarão as máquinas especiais estudadas neste
capí tulo, se constitui em denomina ção não consagrada pela Norma Brasileira, por se tratar de m á quina
de uso não difundido entre nós.
398 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
í
M áQUINAS ESPECIAIS
399
causando uma queda rá pida da tensã o . Isto, també m , é uma vantagem adicional ,
pois, em condições de curto-circuito, o gerador é autoprotetor. O fluxo
do pólo
desviado, <£ d , cancela o fluxo do campo, </> quase completamente se o gerador
é curto-circuitado, reduzindo drasticamente/ a tensã o gerada .
5
Pólo desviado
Id =0
®.® ® ) \\ Pólo Id
v J ^ principal
/
S < pó
^ ^ o
o
*1 S
o
o
X'
53? ® ® x
7// v\
'r(mi/Zk ®0©Y
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7ZLTZ J
\
—
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L
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/ /® ® ) /
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80
O
c
_
9>
k
® ® zZ / H
)
õ
®J 1®.
(c) Caminhos do fluxo sob carga (d ) Caracter ística de carga.
.
Fig. 11 1- — Operação e característica do gerador de pólo desviado.
11-3. GERADOR DE TR ÊS ESCOVAS
Durante muitos anos, utilizou -se o gerador com a terceira escova para a carga
de baterias de autom ó veis . Foi desenvolvido em resposta à demanda de um gerador
capaz de produzir a característica apropriada para o carregamento de baterias
400 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
=
V)
c
/ +" 2 i
m 7
/ h
MP Corrente de carga
( a ) Circuito do gerador. (b ) Caracterfstica tensão na carga x velocidade.
Culatra Armadura
Gerador mhd
Aranha
A
3 Eixo Bomba eletromagnética
( motor mhd )
Bobinas S
do campo
\ OOS tons positivos
negatWOS
L íquido ou gás ionizado
\
^ Escovas Armadura
(a ) Gerador homopolar comercial. (b ) Gerador magnet o-hidrodinâ mico e
bomba eletromagnética .
\ -
Fig . 11 3
— Má quinas homopolares (acíclicas).
r
402 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
11-5. DINAMOTORES
:
M á QUINAS ESPECIAIS 403 í
:
desvantagens de um conjunto M -G de duas unidades são ( 1 ) elevado custo inicial ,
( 2) diminuiçã o do rendimento da conversã o, devido ao fato de que o rendimento
total do conjunto é o produto dos rendimentos das duas m á quinas. r
A conversão de tensões CC é conseguida mais eficientemente a um custo *
unitá rio menor por meio de um dinamotor . O dinamotor é constitu ído de uma
estrutura de carcaça ú nica , tendo um só campo e um só n ú cleo da armadura , com
dois enrolamentos separados. Cada enrolamento da armadura é isolado do outro,
localizado em ranhuras comuns na armadura e tem o seu pró prio comutador,
um de cada lado, como se v ê na Fig. ll -4a . Uma vez que existe uma velocidade
comum e um fluxo comum para ambos os enrolamentos, a fem por condutor e
por bobina deve ser a mesma para cada enrolamento [Eq. ( 1-5)]. A fem total entre
escovas , portanto, é uma fun çã o do n ú mero de condutores em cada caminho da
—
armadura ( V J V 2 Z í / Z 2 , para um enrolamento imbricado ou ondulado), t
i
de acordo com a Eq . ( 1 -6). Desprezando a corrente tomada pelo campo na Fig.
11-4a, então, e supondo um rendimento de 100 por cento, a potência de sa í da é
igual à de entrada , ou
Z
V 1.'I 1 = V 2 I 2 OU T T ± = N± = I_2 ( 11 - 1 )
V
2 Z2 N2 I1
onde N é o n ú mero de espiras ou Z / 2 condutores por caminho.
> c
o
I1
N
> h o ' cc N
1 CA
Vi C
Armadura
de dois
+ í
V2
Enrolamento
ú nico da
V
CA -
+
enrolamentos
l
o
armadura
uriT i
o- s s
<
)
C >
> )
;
-
I
la ) Dinamotor. ( b) Conversor s íncrono rotativo monof ásico.
.
Fig 11 4 - — Dinamotor e conversor sí ncrono rotativo monof ásico.
}•
'
b. Ib = K
rend.
0,5 A
0,9
400
32 - 6,994 A
-
11 6. CONVERSOR ROTATIVO MONOF ÁSICO
Falando tecnicamente, um dinamotor é um conversor rotativo CC-CC, uma
vez que é uma má quina girante, que converte energia CC, a uma dada tensã o de
entrada em energia CC a uma desejada tensã o de sa ída . O t í tulo “conversor rota-
tivo” e o termo “ conversã o sí ncrona ” sã o normalmente reservados para as con-
versões CC em CA, e vice- versa. Assim, se qualquer conversão ( frequência, fase
ou CC /CA ) é realizada por uma má quina rotativa, essa m á quina é chamada de
conversor rotativo. Um conversor rotativo (sí ncrono) monof ásico est á repre-
sentado na Fig. 1 l -4 b, devendo-se notar a semelhança guardada com o dinamotor
do par ágrafo anterior. A m áquina vista pode ser considerada como a combinação
seja de um motor CC e um alternador sí ncrono monofásico, seja de um motor
'
4
—
direita ). També m , pela Eq . ( 11- 1 ), ignorando as perdas, / , N , = / 2 iV 2 , e I l N 1 I 2 N 2 = 0.
Estes exemplos são unicamente teóricos, uma vez que na prá tica utilizam-se apenas conver-
sores polifásicos (V. Seç. 11-7).
í
M áQUINAS ESPECIAIS 405
S
(b )
ECA = 0,866 EQQ ( 30° ).
<
o 2
O c
!m 0J
iA O
£ &
0 30 60 90
(e ) Rota ção em graus a partir do eixo polar .
-
Fig. 11 5 — Varia çã o na tensão CA instantâ nea com rela ção à
conversor s í ncrono rotativo monof ásico.
tensã o CC em um
M áQUINAS ESPECIAIS 407
F — EV 2
CA( max )
= 0,707 E CA ( max) — 0, 707 EyCC (med )
ou
ECA = 0,707 Ecc ( 11 - 2)
Se se imagina um rendimento de 100 por cento na conversã o , como no caso
do dinamotor, temos
ECA
Fc\Jc\ = ^Fcc ícc
^ x /cc
à Â
0 , 707
e , dividindo ambos os lados por £CA , chegamos a
I.CA cc
0 , 707
= l ,414 / cc ( 11 - 3)
19, 28 A
b - ^cc — 1,414 I x rend.
CA
1,414 x 0,9
= 15,15 A
220 V
^cc — 0*,707
CA
a *
0,707
= 315 V
kW x 1.000 5 x 1.000 W
fCA ~
E CA 315 V
= 15,88 A
b. /CA
— ECA
kW x 1.000
x PF x rend . 220 x
5.000
0,85 x 0,9
= 29,7 A
5
Estes exemplos são unicamente teóricos, uma vez que na prá tica se utilizam apenas conversores
polif á sicos ( V. Seç. 11-7).
408 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
—
Fig . 11-6 Conversor sí ncrono rota -
tivo trif ásico, com derivações e ané is
coletores.
( três para cada par de pólos) , cada uma deslocada de 120 graus el é tricos das adja -
centes. Um conversor de três fases requer três anéis ; se for de seis fases requererá
seis ané is ; doze an é is para doze fases, etc. O n ú mero de derivações , Z), para qual -
quer armadura polifásica é
D = nF ( 11-4)
ô
—
27C
= n radianos elétricos
= —n
360
graus elé tricos ( 11 - 5 )
71
^F CA = sen
n
( 11 - 6)
-/CA
2 V2 lcc -
(11 7)
n
TABELA 11-1
ECK entre an é is 11 - 6 0,707 Ecc 0 , 612 £cc 0, 354 Ecc 0,182 Ecc
IQK nos an é is -
11 7 L414 Icc 0, 943 Icc 0,472 7CC 0, 236 7CC
graus el é tricos entre
derivações 11 - 5 180 120 60 30
D derivações por par de
pólos 11-4 2 3 6 12
* Para fator de pot ê ncia unit á rio e rendimento de 100 por cento.
Solução: r
a . £CA = 0, 182 Ecc
ECA = 0, 182 x 600 V = 109 V entre anéis coletores
kW x 1.000 500 x 1.000 W
k ^cc “ = 833,3 A
*cc 600 V
0, 236 Icc _ 0,236 x 833, 3
C - ^ CA — PF x rend . 0,93 x 0,92
= 229,5 A
*
CC
Resultante
CC
^
CA
(a ) Forma de onda , para fator de potê ncia
unitá ria , em bobinas entre as derivações.
Resultante
TABELA 11 - 2
EFEITO DO FATOR DE POTÊ NCIA E DO N Ú MERO DE FASES NO AQUECIMENTO
E NA SA Í DA RELATIVOS DE UM CONVERSOR SÍ NCRONO, COMPARADO À SUA
OPERAÇÃO COMO GERADOR CC6
6
Segundo SISKIND, C. S. Electrical machines , direct and alternating . 2. ed New York , McGraw-
Hill, 1959.
412 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Transformadores
interfase — 1
J N k Carga
IT
o
o
o
c
* Armadura
do conversor
o
o Carga
o
T^ r J
Neutro
. -
Fig 11 8
— Conversor trif ásico para hexaf ásico, vendo-se a transforma çã o e a produçã o
de uma sa í da CC a três fios.
porte com isoladores, para extinguir qualquer faiscamento que se possa iniciar
entre teclas do comutador . Os enrolamentos amortecedores sã o essenciais para
a construção do campo do estator .
Os conversores s í ncronos diretos fornecem usualmente de 250 V até cerca
de 750 V em CC (alimentados a 60 Hz) , e 1.500 V em CC (alimentados a 25 Hz).
A tensã o CC de sa ída é limitada pela m á xima tensã o permiss í vel entre segmentos
do comutador (cerca de 15 V por segmento). Quando se exigem tensões mais ele-
vadas, ligam-se em sé rie as sa ídas CC.
Os conversores s í ncronos sã o dispon í veis desde pequenas unidades, 100 kW ,
até 4.000 kW. Os retificadores a arco de mercú rio, com tanques de aço grandes,
devido ao seu maior rendimento em maiores tensões, na maioria dos casos, deslo-
caram os conversores sí ncronos de suas aplicações como fontes de corrente contí-
nua. De modo semelhante, os desenvolvimentos contemporâ neos no uso de reti-
ficadores de sel ênio e sil ício começam agora a substituir os retificadores do tipo
tanque e gasosos do tipo tiratron ou ignitron , oarticularmente nas menores capa
cidades ( Seç. 13-21 ).
-
E mesmo possí vel acionar um conversor s í n í ono rotativo através de uma
m á quina prim á ria e desenvolver potê ncia CC num lado do comutador, e potê ncia
CA nos anéis coletores do outro lado. Sob tais condições, a soma das correntes
cont í nua e alternada perfar á a capacidade total da m á quina ; as correntes ser ã o
aditivas, uma vez que a ação geradora tem lugar em ambos os enrolamentos. Uma
tal má quina é conhecida como “ gerador de dupla corrente'’. Nunca é utilizada
comercialmente ( uma vez que, normalmente, se dispõe de uma das correntes) ;
apenas a mencionamos devido à sua semelhança ao gerador Dobrowolsky (Seç.
11 -8.4).
Um conversor s í ncrono pode ser utilizado para alimentar um sistema CC a
tr ês condutores. Numa tal aplicaçã o, o fio neutro é trazido de volta ao neutro
secundá rio do transformador de interfase, fornecendo uma tensã o de entrada CA,
como se vê na Fig. 11-8 . Como resultado, a corrente desequilibrada , que circula
no neutro do sistema CC, volta à armadura do conversor através do transformador
e de seus anéis coletores . Esta é precisamente a disposiçã o utilizada no gerador
Dobrowolsky ( Fig. 11 -9d ) para se obter o sistema a três condutores.
gem do uso de uma tensão mais elevada (a uma corrente menor ) para as aplicações
de maior tensã o ( fogões e aquecedores, por exemplo), e de menor tensã o para as
cargas menores, como a de iluminação e outras, A grande vantagem do
sistema a tr ês condutores para a empresa que o fornece é que, apesar do condutor
de linha adicional , resulta uma economia de cobre para a mesma pot ê ncia trans
-
mitida.8 Al é m disto, ele encoraja a utilizaçã o de energia elé trica e de novas apli -
ca ções ao fornecer tensões de maior versatilidade .
O sistema CA a três condutores é alimentado através do secundá rio de deri
va çã o central , de uma fase de um transformador polif ásico . O sistema CC a três
-
condutores é normahnente fornecido através de um simples gerador , em combi
na çã o com dispositivos auxiliares ou da combina çã o de geradores . Os m é todos
-
seguintes sã o empregados para suprir um sistema CC a três condutores : ( 1 ) o
m é todo dos dois geradores , ( 2 ) o conjunto compensador ; ( 3) o m é todo do gerador
ú nico de resistor com derivaçã o ; (4) o gerador de Dobrowolsky : e ( 5) o conversor
s í ncrono . Os quatro primeiros métodos sã o abaixo descritos e ilustrados. O m
é-
todo do conversor sí ncrono foi abordado na Seç. 11- 7.
8
-
Pode se ver que a duplica ção da tensão de transmissã o de um sistema a dois fios resultar
numa economia de cobre de 75 por cento. Adicionando-se o terceiro fio, o neutro, para
á
fornecer
a tensão original, bem como uma tensão dupla, o resultado ser á uma economia de cobre de 62 por
cento, em comparação com o sistema original de baixa tensão, a dois fios.
M áQUINAS ESPECIAIS 415
+ +
k
o= > 1t5 V A , 515 V
cH
/
/ „ /230 V
ger
A , H A2
230 V
Neutro —* 230 V
r=>
o
ger 5C +
+ s // m A2
115 V / 115 V
/
4 //
=
K>
+
+
i
115 V
r +
115 V +
1 5V
+.
+
4 *
115 V 115 V 115 V
1 L f L
(c ) Método do gerador ú nico
com resistor com derivação.
(d ) Mé todo do gerador Dobrowolsky .
Fig. 11-9 — Métodos de geração de um sistema CC a três condutores.
resposta mais rá pida e melhor é também obtida pela inversão
das ligações da linha
do campo-derivaçã o das duas m á quinas . Supondo que
A x est á mais carregada
e que sua tensã o cai abaixo dos 115 V, o seu campo estará agora
recebendo uma
tensã o que é maior que os 115 V, ajudando-o a desenvolver,
como gerador , uma
tensã o maior . Ao mesmo tempo, o motor A está recebendo
2 corrente de sua fonte
de tensã o aumentada . A 2 tende a acelerar, como resultado da diminuiçã o de ten-
são em A j , que está també m aplicada ao campo de A Esta çã o .
2 a tende a manter
uma regulaçã o do sistema razoavelmente boa, seja qual for o desequil í brio que
ocorra. Na prá tica comercial, a regulação també m melhora pelo
acréscimo de
um campo-série às má quinas AA e A .
i 2
ii
416 Má QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
(
lhante ao mé todo dos dois geradores, uma carga pesada num lado leva a um
aumento cumulativo da queda de tensã o no resistor de derivaçã o, bem como a
um aumento da queda nas linhas , ambos os fatores produzindo uma diminuição
na tensã o dos terminais do lado carregado. Mais ainda, a perda de potê ncia nos
resistores resulta numa considerá vel reduçã o do rendimento da operação. Este
mé todo é visto aqui porque ele sugere o gerador a três fios de Dobrowolsky, uma
vez que o gerador da Fig. 11-9c , tal como todos os geradores , est á internamente
produzindo CA . Se se ligasse a este gerador internamente uma indut â ncia com
deriva çã o central , ter í amos ent ã o um neutro .
EXEMPLO Um sistema CC a três condutores, 115/ 230 V, é utilizado para alimentar duas
11 -5 : cargas concentradas de iluminação, Lx e L?, a uma distância de 2.000 pés do ge-
rador, e uma carga concentrada de potência, L3, distante 200 pés de fonte gera-
dora. A carga de potência, L 3, é 100 A e cada uma das de iluminação 200 A . Os
alimentadores de linha são de 500 MCM e o neutro 250 MCM . A resistividade
do cobre é considerada, para o presente exemplo, como 11 Q-CM/pé. Calcule :
a. a tensão aplicada às cargas Lv L 2 e Lv respectivamente
b. a tensão Vx _ 2
Solução :
[V . Fig. 1140(a )]
resistividade x comprimento pl
a. Resistência = área A
11 Q
ri. 2 “ x 2.000 pés = 0,044 O
500.000/1
200
r3 =
2.000
0,044 = 0,0044 Q
ii n
rN = 250.000 1 x 2.000 pés = 0,088 Q
/
7 i = 7LI + 7L3 = 200 + 100 = 300 A ;
/ 2 = IL 2 + / L 3 = 200 -E 100 = 300 A
/ = h\ - lL 2 = 200 - 200 = 0
*
Utilizando a lei das tensões de Kirchhoff , na qual ( 1 ) a soma algébrica de todas
as tensões em qualquer rede em malha fechada é zero, e (2) uma queda de tensão
corresponde ao sentido da circulação da corrente no condutor e um acréscimo
de tensão corresponde ao sentido oposto, teremos :
Resolvendo para EL 1 :
- Ilr í — ELl ± INrN + Ex = 0
- ( 300 x 0,044) - EL 2 + 0 + 115 = 0
ELi = 101,8 V
Resolvendo para EL 2 :
± INrS ~ EL 2 ~ l 2 r 2 + E 2 = 0
0 - EL2 - ( 300 x 0,044 ) + 115 = 0
EL = 101,8 V
Resolvendo para EL 3 :
- Ixrx - / 3 r 3 - £l 3 - / 3r 3 - I 2 r 2 + 230 = 0
- 13,2 - ( 100 x 0,0044) - EL 3 - ( 100 x 0,0044) -
-
EL 3
( 300 x 0,044) + 230
= 230 - 27 ,28 -
- 0
202,72 V
:
418 Má QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
o AAA/
ir —
r2
v2 L2
r3
saindo da fonte n
t inha 2
Queda —
na linha I 2 r 2
T"
(
Queda na linha
I 2 f 2 4- I 3r3^
e, desde que IN =0
203,6
ELl EL 2 —
~
2
= 101,8 V
Tensão K3 = £ L3 = ( El + £ 2 ) - 2 ( / 1r 1 ) - 2 ( / 3 r 3 ) =
= 230 - (2 x 13,2) - (2 x 0,44) = 202,72 V
Conferência :
K - 2 = EL 1 + EL 2 = 106,2 + 95,2 = 201,4 V
EL3 = Ei 4 £2 — (^ 1^ 1 + ^ 2 r 2 4 2/ 3r3) =
* *
"
Tensão
Distância da Volts
fonte ( pés) (V)
de a
(a ) 400 Linha 1 Neutro 113,24
( b) 800 Linha 1 Linha 2 218,56
( c ), 1.200 Linha 2 Neutro 104,32
(d ) 1.600 Linha 1 Linha 2 207, 12
( e ) 2.100 Linha 1 Linha 2 202,72
O conversor de fases de induçã o está discutido aqui, ao invés de estar nos caps. 9 ou 10,
10
devido à sua semelhan ça com o conversor rotativo e à sua fun çã o especializada. Ao contr á rio do
conversor rotativo monof ásico, cuja teoria foi abordada na Seç. 11-6, o conversor de fases de indu çã o
tem partida pró pria, como um motor bifásico.
M áQUINAS ESPECIAIS 421
—
Fonte o 4
o o
g THnP oB > Sa ída 3 6
monofásica
o
o
o
o
o
Ligações do
i
o enrolamento
o o do estator
o o
o o
oC
( a ) Esquema de ligações.
oA
o Rotor
em curto
A
0
2
*C
-
oB 3 '
i
/
QQQQO
/
\ /
2 \/
4 B ;
oC
( b ) Localização dos enrolamentos do estator. (c ) Diagrama fasorial.
. -
Fig 11 11
— Conversor de fases de induçã o.
.
11-11 DISPOSITIVOS SINCRONIZANTES (SELSIN)
Os termos “ seisin” ou “ sincro”, largamente utilizados na bibliografia e na
ind ústria, são apenas abreviaturas da expressão “self-syncronizing” (auto-sincro-
nizante) que designa os mesmos dispositivos. H á, essencialmente, cinco dispo-
sitivos auto-sincronizantes básicos, que caem nesta categoria : o transmissor
seisin, o receptor seisin , o transmissor diferencial seisin, o receptor diferencial seisin
422 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
TABELA 11 - 3 } *
Transmissor trifásico monof ásico não não Converte uma entrada me-
de pólos câ nica em uma sa í da elé-
salientes trica
Receptor* trifásico monofásico sim sim Converte a informação elé-
de pólos trica de posição de um eixo
salientes em posição mecâ nica de um
eixo de sa ída
* Qualquer receptor pode ser usado como um transmissor correspondente mas não vice- versa ,
já que o transmissor n ã o possui um amortecedor.
M á QUINAS ESPECIAIS 423
Transmissor Receptor
S , s2 s, S2
Is’ Is’
Fonte CA o o
g
monof ásica
7
u R2
t
I
8
/ Indicador
Disco de
—
/ indicação
\
\ calibrado
-daPosição
antena
Chave reversora
S /// — ° Fonte
3 0
. -
Fig 11 12 — Sistema seisin transmissor - receptor simples.
r
e prá ticos para esse acoplamento a grandes dist â ncias, ou mesmo para dist â ncias /
menores, do que a transmissã o por eixos mecâ nicos, que é relativamente r ígida
e pouco prá tica para a transmissã o à dist â ncia . Por isto, a sua utiliza çã o é exten-
siva em navios e aviões, para fornecer as indicações de controle.
O princí pio, sob o qual ocorre a sincroniza çã o, é que sã o induzidas fem dos
rotores (do transmissor e do receptor ) para os enrolamentos dos estatores. Uma
vez que estas fem dos estatores sã o excitadas a partir de uma fonte monof ásica ,
todas elas est ã o em fase ; mas diferem em valor com a posiçã o de seus respectivos
rotores. Quando o rotor do receptor está precisamente na mesma posiçã o que
o rotor do transmissor, as fem induzidas em cada um dos três enrolamentos “ tri-
fásicos” sã o iguais e opostas , e não se produzem correntes no estator .
Por outro lado, se o rotor do transmissor é acionado mecanicamente até uma
nova posiçã o do eixo, de modo que ele se desloque em relaçã o ao seu pr ó prio enro-
lamento do estator , produzem -se novas fem no estator do transmissor em rela çã o
ao estator do receptor. As correntes do estator circulam, produzindo no receptor
um campo resultante do estator , que tende a fazer girar o rotor do receptor (que
est á livre para tanto ) para uma posiçã o paralela à do campo do estator , isto é ,
tal que n ã o se produzam correntes no estator. Desde que os rotores est ã o sempre
em fase (em paralelo) na nova posiçã o por açã o de transformador, as fem induzi-
das no estator do receptor sã o iguais e opostas à quelas do transmissor , e o sistema
est á novamente em equil í brio. Qualquer variaçã o na posiçã o do rotor do trans
missor, portanto, quer no sentido horá rio, quer no anti-horá rio, causará correntes
-
no estator e uma variaçã o imediata correspondente na posiçã o do rotor do recep
tor , at é que estas correntes sejam nulas.
-
Em alguma bibliografia, chama-se de “gerador” ao seisin transmissor e de
“ motor ” ao receptor. Nenhum destes termos é tecnicamente correto, já que um
transmissor n ã o gera energia el étrica nem um receptor converte energia elétrica
em movimento mecânico. Desprezando o atrito, a potência mecânica de entrada
do transmissor é igual à de sa í da do receptor.
Um ú nico transmissor de grande porte é , algumas vezes , utilizado em con -
junto com dois ou mais receptores ligados em paralelo e remotamente localizados.
A ú nica limitaçã o de uma tal operaçã o é que a unidade transmissora deve ter ta-
manho suficiente e uma imped â ncia interna suficientemente baixa para suprir
corrente suficiente e torque normal a cada um dos receptores, qualquer- que seja
a alteraçã o havida mecanicamente na posiçã o do rotor do transmissor.
R, R2
,
S' s2 Sí s2 S? S2
o o o o
o o o o
o o
7 s! a r S3 /' *
7 1 b‘
7 R«
Fonte CA g /
monof ásica p /
—
/
/ / / T Rz
/ /
Entrada mecâ nica ! * Entrada mecâ nica ^2 Indicador
.
Fig 11 13 - — Uso de um diferencial em um sistema seisin .
Fonte CA
KR I
o
7 VRI
o
monofásica
/ o
/o
/
/
2h /
*
/° R
r 2
/ /
Entrada mec ânica & 1 Indicador Entrada mecânica ^2
Fig. 11-14 — Uso de um receptor diferencial em um sistema seisin.
mecâ nica desejada é convertida num sinal elé trico, trazido ao estator do trans-
formador de controle através de um seisin transmissor. A posição mecâ nica efe-
tiva da carga é acoplada mecanicamente ao rotor do transformador de controle.
Assim , o transformador de controle recebe a informa çã o da posiçã o desejada na
forma de um sinal elétrico no seu estator, e recebe a posiçã o efetiva em funçã o do
deslocamento de seu rotor. Se ambos est ã o em correspond ê ncia , isto é , se o rotor
do transformador de controle est á a 90° em rela çã o ao rotor do transmissor , o rotor
do transformador de controle n ã o produz sa ída monofásica . Se h á um erro entre
eles, entretanto, a tensã o produzida no rotor, pelo campo resultante do estator,
é amplificada e utilizada para acionar um motor bif ásico num sentido que leve
à reduçã o do erro. O sinal de erro amplificado aciona a carga (e o rotor do trans-
formador de controle) até anular o sinal , isto é, até que a carga ocupe a posição
mecâ nica desejada . Note-se que, no sistema apresentado na Fig. 11 - 15, o trans-
missor pode estar localizado numa esta çã o remota , e com três linhas apenas trans-
mitir-se-á o sinal de informaçã o desejado à distâ ncia , até o local correspondente
ao sistema de laço fechado, junto à carga.
A comparaçã o das Figs. 11 -12 e 11 -15 com a Tabela 11- 3 servir á para indicar
por que se necessitam amortecedores apenas em dois dos dispositivos seisin : no
Fonte CA
o 1'
o
s $2 S , S2 r
— o
Amplificador
o
Motor
° 'de voltagem
monof á sica /o
/ O
o
o ÍÉZJL
c° /
e força CA
bif ásico
Entrada Th /
mec ânica
.
f
M áQUINAS ESPECIAIS 427
receptor diferencial e no receptor seisin simples. Seus rotores nunca estão ligados
a qualquer carga , enquanto que os rotores do transformador de controle, do trans-
missor e do transmissor diferencial est ã o sempre acoplados mecanicamente a
uma carga.
E desnecessá rio dizer-se que um sistema seisin não funcionar á conveniente-
mente se ocorrer um circuito aberto ou um curto-circuito em quaisquer das liga
ções do estator ou do rotor. As sobrecargas sã o particularmente danosas aos dispo
-
sitivos seisin , que n ã o giram como os motores nem possuem ventiladores em seus
-
eixos para realizar o arrefecimento. Qualquer circuito aberto , em qualquer das
linhas do estator , ocasionar á uma sobrecarga cont í nua na corrente solicitada do
rotor funciohando como primário.
o co
—
Fonte CA c
o cT\ j>
/
5 10 15 20
/ / c
0>
Entrada Indicador r* (b ) Graus de diferença
da sa ída entre os rotores.
( a ) Indicadores de sobrecarga.
<T\J>
Fus ível
C — 1 1 K ~lR o )
>
c
c
_ )
Aos rotores
Fonte CA
monofásica
-
oj
O»
5
o
O
O
o
o
Oi
c *
o cr\s>
Fusível
1 h R
Lâmpada
2
— crvp
V\ Lâmpada-
a néon - / a néon
( c ) Fus íveis indicadores (d ) Transformador e lâmpada
no circuito do rotor. associados a fus í vel
e lâmpada indicadora.
. -
Fig 11 16 — Indicadores de fus í vel e de sobrecarga utilizados nos sistemas seisin .
j
428 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
3 S2
4 o
Fonte CA de g Fonte CA de
baixa tensão o
o bai xa tensão
R2 f S
l S3
I
( a ) Ajuste do zero de um transmissor ( b ) Ajuste dozero de um transmissor
ou receptor s í ncrono ou ou receptor diferencial.
transformador de controle.
. - —
Fig 11 17 M étodo de ajuste do zero para dispositivos cujos rotores têm
movimento de rotação possí vel.
M áQUINAS ESPECIAIS 429
o
Ri o
o v o
o
1
S2 p Fonte CA de °
Fonte CA de o OOOC
1 baixa
baixa tensão 2 o
tensão
O
/O
3 Fonte CA de s,3 °o/K
R2
^ bai xa tensão' T
Ajuste grosso / Ajuste fino
( a ) Transmissor. ( b) Transformador de controle.
s? IR 2
í
Fonte CA de
o
o
o
Fonte CA de
baixa tensão bai xa tensão
/
s, S3 R , / S
V
Ajuste grosso
"
A Ajuste fino A
“
(c ) Transmissor diferencial .
.
Fig 11 18 - — Métodos deacoplados
ajuste do zero de dispositivos seisin quando os rotores est ão
mecanicamente num sistema.
,
Cada rotor bobinado est á acoplado mecanicamente à sua respectiva carga . Tanto
os estatores como os rotores dos dois motores de indu çã o de rotor bobinado est ão
ligados eletricamente em paralelo, como se v ê nas Figs. 11-19a e b. Quando ambas
as m á quinas prim á rias ( motores ) estiverem acionando as suas respectivas cargas
mecâ nicas à mesma velocidade, o escorregamento de cada motor é o mesmo , e as
tensões induzidas no rotor sã o iguais em valor e opostas em fase, uma em rela çã o
à outra. Assim , nos enrolamentos dos rotores n ã o circularã o correntes e nã o se
produzir á torque por qualquer deles ( efetivamente , do mesmo modo que se os
rotores estivessem com o circuito aberto).
Motor de
indu ção de
rotor bobinado
Estatores Rotores
Máquina Estatores Rotores
primá ria
Carga S3 &
#1 R2
-/ ooo
%—
R
000
Fonte o Fonte o -<
Máquina
prim á ria
30 t 30
& r-MJOO
R ,
Pz
Carga
#2
2 s3nonf
\ Motor de
indu çã o de
rotor bobinado
( a ) Sistema a la ç o .
s íncrono ( b ) Esquema de la ço s íncrono el étrico.
.
Fig 11 19 - — Uso de motores de induçã o de rotor bobinado num sistema a laço sí ncrono.
11 - 13. SERVOMOTORES CC
Campo L O
o a
Sinal Ampli - O Sinal Ampli - S E
de erro ficador .
O
S 3 T
ficador,
I
O
de erro
CC cc
7
À carga ^S à carga \j
Imã
permanente
Sinal
de erro
^
Ampli
ficador
CC
-
m OH
V
À carga
Pequenos motores-sé rie CC, fracioná rios, de campo dividido podem ser
operados como se fossem motores de excitaçã o independente com controle no
campo , como se v ê na Fig . 11 - 21 a . Um enrolamento é chamado de enrolamento
principal e outro é o auxiliar, embora tenham genericamente a mesma fmm e este-
jam enrolados sobre os pólos num sentido tal que se produza a inversão do sentido
de rota çã o de um em rela çã o ao outro. Como se vê na Fig. 11 - 21 a , os motores
podem ter excitaçã o independente e a armadura pode ser alimentada por uma
fonte de corrente constante. As vantagens do mé todo do campo dividido, de con-
, trole do campo , sã o que ( 1 ) melhora a resposta din â
mica da armadura , uma vez
que os campos estã o sempre excitados ( n ã o h á atraso devido à constante de tem-
po indutiva), e ( 2) obt é m-se um controle mais fino , porque o sentido de rotação
é mais sensí vel a diferen ças extremamente pequenas entre as correntes dos enro-
lamentos principal e auxiliar.
11-14. SERVOMOTORES CA
A pot ê ncia mecâ nica dos servomotores de pólo ranhurado, utilizados nos
servomecanismos, varia de 1/1.500 a 1 /8 de HP. Os motores CC, conforme acima
descrito, sã o usados invariavelmente nas pot ê ncias maiores, apesar das suas des-
vantagens , uma vez que os motores CA , nas pot ê ncias maiores , sã o també m de
baixo rendimento ; se forem construídos com as características de torque- velo-
cidade desejá veis para a operaçã o como servomecanismos, os motores CA ser ã o
de dif ícil refrigeraçã o.
Um diagrama esquemático do servomotor bif ásico é jnostrado na Fig. 1 l - 22a ,
\
Sinal Ampli -
/. Rotor
em curto Sinal Ampli- o
em curto
o
o r
cadí>r o o
de erro
£ de erro ficador o Fonte CA
Enrolamento
CA
r 000
o
^ ^ —s
Eixo
1 Diretamente acoplado
ao eixo do rnotor
\ JTT> m
Enrolamento
Mancais Xfy i
wr bif á sico do
i HP estator Rotor $888888«
caneca
m
de baixa in é rcia
fmff permanente
( ( a ) Servomotor caneca . . (b ) Amortecedor .
magn é tico "caneca "
. -
Fig 11 23 — Servomotor caneca CA e amortecedor magnético.
carca ça delgada cil í ndrica de cobre ou lat ã o, e seu eixo é suportado por um só
mancai . Devido à sua baixa in é rcia , o motor caneca é, assim , capaz de partir mes-
mo quando sã o extremamente pequenos os sinais aplicados ao seu enrolamento
de controle .
O princí pio do motor caneca é també m utilizado para amortecer ou desa -
celerar servomotores CA ou CC, de modo que parem instantaneamente quando
se anula o sinal do erro ; desta forma , eles reduzem o balanço ou o disparo, quando
aparece um sinal de erro. Como se vê na Fig. 11- 23 b, um rotor caneca de baixo
peso e baixa iné rcia é acoplado ao motor. O rotor caneca circunda um im ã perma-
nente e, por sua vez, é circundado por guarnições de ferro mole, para preservar
a retentividade do imã permanente. Qualquer variaçã o da velocidade , isto é,
partida , parada ou inversã o do sentido de rotação, produzirá um efeito de amor-
tecimento. As vantagens deste mé todo de amortecimento são a sua vida longa
e sua resist ê ncia ao desgaste.
A A
l <f>Q (Sentido
inverso )
*Carga *1
Corrente
inversa TTQ
(b ) Relações vetoriais.
Interruptor
( a ) Esquema .
sadas sapatas polares sã o necessá rias para completar o caminho do circuito mag-
né tico necessá rio para que circule o fluxo magnetizante transversal da armadura
( reaçã o ) . Nã o h á compensaçã o para a reaçã o da armadura ; e, como se verá ,
sem rea çã o da armadura , o gerador é incapaz de funcionar.
Quando o gerador de Rosenberg é acionado pela sua máquina primá ria (nor-
malmente o eixo de um trem ), a tensã o CC gerada por seus condutores é coletada
de suas escovas interpolares e imediatamente curto-circuitada . As grandes cor- 4
-
rentes de curto circuito, auxiliadas pelas pesadas sapatas polares, produzem um
efeito elevado transmagnetizante da reaçã o da armadura, e seu fluxo tem o sentido i
visto na Fig. 11 - 24 a e b. Os condutores girantes, acionados pela m á quina pri -
m á ria do gerador, sã o concatenados por este fluxo magnetizante transversal, e a ã
nova tensão é gerada em todos os condutores da armadura. Esta tensão é indi-
-
cada pelos cí rculos com pontos e cruzes vistos na Fig. ll 24a. Um segundo con-
junto de escovas em quadratura no comutador ( n ã o representado) do gerador ,
coleta esta tensã o gerada e a entrega à carga , neste caso uma bateria a ser carregada ,
através de uma chave interruptora normalmente fechada .
Como se vê no diagrama fasorial da Fig. 11 -24 b, o fluxo original , 4> , produz
f
uma tensã o de armadura que é curto-circuitada pelas escovas externas, e é produ -
zido um fluxo de reaçã o de armadura , </> a, que é grande. A tensã o resultante de
</> a é entregue a uma carga externa, e a corrente nos condutores da armadura produz
um fluxo de carga na armadura, </> carga que se opõe diretamente ao fluxo de campo.
’
O fluxo resultante do campo principal, </> r , é a diferen ça entre ( f ) f e <j>carga , necessá -
ria para estabelecer e sustentar o fluxo de armadura </> a .
O gerador de Rosenberg, tal como o gerador de três escovas, foi projetado
( 1 ) para entregar uma corrente constante independentemente da velocidade, e
( 2) para gerar uma fem de mesma polaridade, independentemente do sentido de
rotação, como já se viu.
A caracter ística de corrente constante independentemente da velocidade deriva
diretamente do diagrama fasorial visto na Fig. ll - 24b. Um aumento de veloci-
438 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
-
dade tende a aumentar a tensão curto circuitada , o fluxo magnetizante transver -
sal da armadura e o fluxo de carga. Um aumento no fluxo de carga diminuirá o
fluxo de campo resultante, <t> r , mantendo assim constante a corrente entregue à
carga ou à bateria . Tanto um aumento, como uma diminuiçã o, na carga externa
terá també m o mesmo efeito.
A característica de polaridade de. saída constante independentemente do sentido
de rotação pode ser explicada como se segue : imagine que o gerador é acionado
no sentido oposto. A corrente circulará no curto-circuito no sentido oposto, e
o sentido da corrente nos indutores é invertido internamente nos cí rculos mostrados
na Fig. 11 - 24a . O fluxo da armadura está agora no sentido indicado pela linha
tracejada na Fig. 11 - 24b. A tensã o induzida nos condutores da armadura , entre-
tanto, está no mesmo sentido, uma vez que se inverteram , respectivamente, o sen-
tido de rotação e o fluxo induzido na armadura. Q resultado é que, independen-
temente do sentido de rotaçã o e do valor da velocidade (acima de um certo m í nimo),
o gerador de Rosenberg sempre produz uma corrente constante para o carrega-
mento de uma bateria. Sua m áquina primá ria é uma locomotiva que anda freqiien -
temente para diante e para trás.
O propósito da chave interruptora é evitar que o gerador funcione como
motor quando o carro pá ra ou cai abaixo de uma determinada velocidade m í nima ;
em qualquer destas situações , uma corrente inversa será entregue pela bateria
ao gerador .
O gerador de Rosenberg foi introduzido principalmente porque sua teoria
de operaçã o é semelhante à do Amplidino, um amplificador de potência CC rota -
tivo de elevado ganho, que discutiremos abaixo.
11-16. O AMPLIDINO
Olhado por alguns como o desenvolvimento mais importante no campo das
má quinas rotativas, na primeira metade do século XX, o Amplidino, juntamente
com os retificadores controlados a sil ício (SCRs), foi o responsá vel pelo uso con-
tinuado e pelos novos desenvolvimentos dos motores CC. Basicamente, um ge-
rador CC é um amplificador de pot ência rotativo , capaz de um tremendo ganho
em potê ncia CC e de uma resposta relativamente rá pida. Tal como o motor de
induçã o monof ásico simples ( V. Seç. 10-4, teoria do campo cruzado), o gerador
de Rosenberg, o Rototrol e o Regulex (a serem considerados subseq úentemente),
ele se inclui na categoria das máquinas rotativas de campo cruzado. 13
A teoria do Amplidino pode ser entendida através do desenvolvimento passo
a passo mostrado na Fig. 11 -25. Consideremos um gerador com excitaçã o inde-
pendente, como se vê na Fig. 11-25. Nos tamanhos compará veis de Amplidinos,
um tal gerador de excitação independente requereria uma potência para excitação
130 autor considerou uma certa organização deste volume com base em máquinas sí ncronas,
-
assíncronas e de campo cruzado, mas abandonou a em favor da presente organização. Todas
as m áquinas rotativas de campo cruzado apresentam ( 1 ) fluxos do estator e do rotor em quadratura ;
(2) geração de correntes do rotor que contribuem para a excitação dos fluxos em quadratura ;
e (3) uso da reação da armadura para dela tirar partido.
M áQUINAS ESPECIAIS
439
000
Fonte Campo Campo
CC de controle de controle
O
K
(a ) Gerador com excita ção independente . ( b ) Campo em quadratura devido à reação da armadura.
Io
*1
o— nnnr
Campo
Vo Carga
de controle
Enrolamento
de compensação
^,
o
(c ) Adição do enrolamento de compensação. ( d ) Diagrama vetorial.
Fig. 11-25 — Desenvolvimento passo a passo do Amplidino. I
do campo de controle que representa ( na melhor das hipó teses) 1 por cento de sua i
potência de sa í da nominal . Sob estas circunstâ ncias , então , podemos considerar
os geradores CC de excitação independente como amplificadores de pot ência rota-
tivos , nos quais , por exemplo , cada ampè re a 100 V ( 100 W) produz uma sa í da de
100 A (carga nominal ) a 100 V . Então, efetivamente, qualquer gerador pode ser
considerado como um amplificador de potência rotativo.
A Fig . 11 - 25 b mostra o mesmo gerador com a sua armadura curto-circuitada . f
A fim de desenvolver a carga nominal , sem que se cause danos ao gerador, é neces-
sário reduzir a excitação de campo até, digamos, um centésimo de sua excitação
i
original . A corrente curto-circuitada nominal nos condutores da armadura pro-
duz um fluxo de reaçã o de armadura 4>aV Imaginando que o fluxo da armadura li
é do mesmo valor que o fluxo de campo, a mesma tensão, , é agora gerada na j
Ea
armadura à mesma velocidade . Assim, uma corrente de campo de 1 / 100 da exci-
tação original , ou 1 / 100 A é agora capaz de gerar a mesma tensão em uma má quina
cujos condutores podem carregar a mesma corrente de carga, isto é, 100 A a 100 V.
Há, assim , dois estágios de amplificação produzidos dentro de uma só máquina .
O primeiro estágio de amplificação ocorrido quando , à tensão reduzida , um fluxo
de campo suficiente ocasionou a circulação da corrente nominal nos terminais
em curto-circuito . O segundo estágio de amplificação ocorrido quando o fluxo
em quadratura de reaçã o da armadura produziu uma tensão gerada nos seus con-
dutores da armadura ( uma vez que qualquer gerador é um amplificador de po-
tência rotativo) . Desde que a geração produz um ganho de potência de 100 e,
desde que ocorre a dupla geração no Amplidino , o ganho total de potência é 100 x
x 100 ou 10.000.
O diagrama fasorial , Fig. ll -25d, mostra o resultado da corrente de carga -
circulando nos condutores da armadura quando se alimenta uma carga com Ea
da Fig . ll - 25b. Os condutores da armadura produzem um fluxo </> q 2 , diretamente
em oposição ao fluxo do campo de controle. </> r. Seria altamente indesejável ter
reação da armadura em quadratura como resuítado do segundo estágio de ampli-
ficação, uma vez que ela se oporia ao campo principal e agiria como uma forte
r
Comp .
2 kW @ 200 kVA
Fonte /// r-MÍOO
0
3 <t> 777 .Campo
G Carga
CC
Alternador CA
aumente ; isto, por sua vez, faz com que o enrolamento de controle CC “amarre”
o campo de referê ncia e reduza a excitaçã o do Amplidino. A sa í da do Amplidino
para o campo do alternador decresce, pois , e a sa í da do alternador conseq ú en-
temente també m decresce. Inversamente, se cai a tensã o do alternador , a ação
do enrolamento de realimentaçã o, em oposi çã o , é menor e a excitaçã o do Ampli-
dino é aumentada . A sa í da do Amplidino para o campo do alternador aumenta ,
e aumenta a tensã o do . alternador.
t o vação de
excitação
Carga
03
Ui
o
0
Excitatriz ira
Ui
O Resistor . I c
03
O
o de sintonia H
Campo de controle
piloto ou de sinal 0
-
Excitação do campo derivação
R de sintonia
o - \ o
n <
o
o
G Carga
Fonte CC Referência
Excitatriz I
^
constante o R
o i
o
o Gerador
Realimentação CC
o- Armadura
1 Fonte
de corrente
Fonte CC
constante
Referê ncia
o
do motor
Excitatriz
T constante
o
o Gerador CC
O \
Realimentação
o
o
o <0h taquim étrico
Campo CA
Pólo N Pólo S
do alternador
/ OQQS
\
\ Sa ída
J
Excitatriz do campo -
da armadura do alternador
/
M? o _o9-
Cada uma das três categorias acima engloba motores que usam técnicas e
projetos diferentes . Até o presente , o estado da técnica é tão fluido e dinâ mico
que nã o há predominâ ncia de um só projeto em cada categoria . Esta seçã o não
pretende descrever cada um dos tipos disponí veis atualmente . Antes , ela apresenta
o leitor a alguns dos tipos mais comuns empregados correntemente em aviação
e em sistemas de controle mais sofisticados .
Os motores CC sem escovas, embora genericamente mais caros para a mesma
potência em HP , possuem certas vantagens sobre os motores com comutador e
escovas , quais sejam :
Todos os motores CC sem escovas , sob este tí tulo , têm um estator bobinado
e um rotor com im ã permanente, como se vê na Fig . 1 l - 30a . Montado no eixo
do rotor há algum tipo de transdutor - sensor da posi ção do rotor , que serve como
entrada para o sistema de chaveamento por componentes de estado só lido, eli-
minando a necessidade do comutador e das escovas .
-
*0 item refere se à produção americana ; no Brasil, não há itens de linha neste tipo de
máquinas.
446 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Bobina de Vcc
Bobina de
\ torque 1
Rotor MP
torque 3
Energia
í-
N luminosa
Rc Rc
.
Chave Chave Rc o) Bobina de
g torque 3
Rotação N4TL 601 0
Sensor de luz N? I
( fototransfstor)
-S<.*íjEixto £
do rotor 5
gj Bobina de
02 1
I
Sensor 3 torque 2 RE 03 I
y RE Chave do
trans ístor
Blindagem RE de potência
â luz Chave
2
<> + v Sensor de luz
Tensão de Fototransfstor Chave N? 3
sensor 2 N? 3
entrada CC ( fototransfstor)
e anti-horá rio). Não é necessá ria comutação em tais motores, uma vez que não é
necessá ria uma corrente reversa para produzir a rotaçã o contí nua .
Motores de rotação limitada têm um rotor com imã permanente e um estator
bobinado. Quando o estator é energizado por uma fonte CC, o rotor de imã per-
manente é acionado no sentido horá rio ou no anti-horá rio, dependendo da pola-
ridade da fonte que energiza o enrolamento do estator, fornecendo um torque
razoavelmente constante dentro dos 90° de rota çã o em qualquer dos sentidos.
Os motores de rota çã o limitada t ê m aplica çã o como motores de torque para
articulações giroscó picas em elementos est á veis de plataformas espaciais , em mo-
tores que acionam as penas para indicadores grá ficos , como fornecedores de tor-
que para o ajuste fino de posiçã o com servomecanismos , e como servomotores
CC para instrumentos, tais como indicadores tacomé tricos CC.
Alguns motores sem escovas , de rotaçã o limitada, t ê m a aparê ncia de motores
homopolares, uma vez que eles utilizam uma “ panqueca ” de discos chapeados
sem carca ça , que n ã o usam comutador para servirem como produtores de torque.
Deve -se notar que o motor homopolar ( Seçs. 1 -11 e 11 -4) n ã o precisa comutador,
mas não pode ser incluído como um “ motor sem escovas”, porque se necessitam de
escovas em cada extremidade do disco do rotor.
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450 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
i
QUESTÕ ES
11- 1. a. Quais as desvantagens que ocorrem ao se utilizar um gerador-derivação comum
para dar carga a baterias CC?
b. Utilizando a caracter ística sob carga do gerador-derivação, explique por que
ocorrem estas desvantagens .
c. Usando a caracterí stica do gerador de pólo desviador, explique como o gerador
de pólo desviador se adapta idealmente ao carregamento de baterias .
11-2. Usando a Fig . 11 - 1 , explique como se mantém o mesmo fluxo mútuo no entreferro
a . a vazio
b. a plena carga
c . se a fmm produzida pelo campo desviado ocasiona um acréscimo muito grande da
tensão de sa í da . Quais as modificações que seriam necessárias ? ( Indicaçã o : Veja
a Seç . 3- 19 . )
11 - 3 . Qual é a tensão de saí da relativa para velocidades altas, baixas e médias no gerador
de três escovas, que tenha
a . uma carga de resistência elevada ?
b. uma carga de resistência baixa ?
11 -4 . Para o gerador de três escovas,
a . quais as modificações de projeto especí ficas que são exigidas em comparação com
um gerador-derivação?
b. como se aumenta a relação de carregamento, independentemente da velocidade
da máquina primária ?
c. qual a função de interromper-se a corrente no sentido inverso ? *
d. explique por que ele foi superado, no carregamento de baterias, pelo
1 . gerador-derivação
2. altemador.
11 -5 . a. Utilizando a regra da mão direita do gerador, determine a polaridade do eixo do
gerador homopolar representado na figura da nota de rodapé da Seç. 1 - 11 , se a
parte superior do disco de Faraday gira no sentido do observador.
b. Por que se diz que o gerador homopolar é o único gerador CC verdadeiro ?
c. Como pode ser invertida a polaridade das escovas do gerador homopolar comercial,
representado na Fig. 11 - 3a ? Dê 2 mé todos.
d. Como se pode inverter a polaridade do gerador MHD ? Dê 2 mé todos .
e. Qual a modificação necessária para se produzir um gerador MHD CA ?
f. Quais as vantagens possí veis de geração MHD, pelo princí pio de Faraday , em
comparação ao sistema de geração a vapor convencional , utilizando um altemador ?
g . Qual o significado da afirmativa de que “com a fusão nuclear a temperaturas eleva -
das, voltamos novamente à primeira descoberta de Faraday” ? Explique .
-
11 6. a . O dinamotor foi chamado de “transformador CC” . Explique.
b . Por que o dinamotor apresenta um maior rendimento que um conjunto MG con-
vencional na conversão de CC de baixas e altas tensões, e vice - versa ?
c . Enumere as vantagens e desvantagens do dinamotor em contraposi ção ao conjunto
MG convencional.
d . Por que nunca se utilizam reostatos de campo nos dinamotores ?
e . Por que nunca se compensa a reação da armadura dos dinamotores ?
f. Qual a função do comutador na saí da de um dinamotor ?
11-7 . a. Por que se necessita apenas um enrolamento num conversor síncrono, enquanto
são necessários dois num dinamotor?
b. O que é um conversor direto ?
r
MáQUINAS ESPECIAIS 451
b. Como é afetada a precisão do sistema quando há uma falha no dial de ajuste fino
do zero ?
11-27. a. O que são seisins ou sincros potência, e por que esta denominação não é correta ?
b. Por que a denominaçã o gerador ou motor sincronizante é melhor adaptada aos
motores de indução de rotor bobinado, utilizados em sistemas a laço sí ncrono ?
-
c. Imaginando que a máquina primá ria 2, na Fig. 11 19a, aumente a sua velocidade,
explique a ação do sistema a laço síncrono Representada.
d. Se as máquinas primá rias 1 e 2 são motores CC de 20 HP, qual seria a capacidade
dos sincros potência que manterão o laço sí ncrono ?
-
11 28. Mostre como o sistema a laço síncrono pode ser utilizado para manter um andaime
pesado na posição horizontal, enquanto ele é elevado por duas talhas motorizadas,
uma em cada extremidade. Os motores de içamento são motores de indução de 50 HP.
Desenhe um diagrama mostrando todas as ligações elétricas e mecâ nicas. Especifique
a capacidade dos sincros potência .
11-29. a. Quais as fontes eletró nicas usadas para controlar servomecanismos CC ?
b. Dê 4 tipos de servomecanismos CC. P
c. Para cada tipo, indique especifícamente a gama de potência.
11-30. a . Qual é a vantagem do método de controle visto na Fig. 1 l -20a, e por que é limitado
a motores pequenos? Por que o motor deixa de disparar na ausência de corrente de
campo ?
t
-
b. Qual é a vantagem do servomotor visto na Fig. 11 20b e por que este mé todo se t
adapta particularmente a motores extremamente grandes ?
-
c. Qual é a vantagem do servomotor visto na Fig. 1 l 20c e por que o seu uso é limitado
i
principalmente a servomecanismos CC de instrumentos ? i
;
11-31 . a. Dê duas razões pelas quais os servomecanismos CC são genericamente do tipo de i
campo dividido. n
b. Qual é a vantagem do servomotor de campo dividido, visto na Fig. 11 -2 la, e por-
que seu uso é limitado à potê ncia fracioná ria ?
c. Qual é a vantagem do servomotor CC de excitação-série direta e campo dividido
i
visto na Fig. 11 r 21 b e por que é utilizado em potências inteiras ? t
-
11 32. a. Para servomecanismos pequenos e sensí veis, dê 4 razões pelas quais os servomeca-
nismos CA são preferí veis em relação aos CC.
b. Por que os tipos preferidos CA são os de fase dividida, pólo ranhurado e motores
caneca ?
c. Que tipos de servomotores levam aos maiores reqpisitos de pot ência ?
d. Que tipos de servomotores genericamente levam aos menores requisitos de potência ?
11-33. a. Dê uma vantagem do servomotor bifásico em relação ao tipo de pólo ranhurado,
que se vê na Fig. 11-22.
b. Discuta o projeto do servomotor segundo o princí pio do rotor caneca e mostre
por que ele é utilizado extensivamente nos projetos de rotores de servomecanismos
bif ásicos.
c. Como se usa o princí pio no amortecimento magnético do motor caneca em servo
motores CA e CC ?
-
d . Quais as desvantagens deste mé todo de amortecimento em comparação ao amorte-
cimento por fricção ?
e. Por que o amortecimento é necessá rio em servomotores, especif ícamente, e em
servo-sistemas de modo genérico ?
-
11 34. a. Qual a particularidade do gerador de Rosenberg em relação aos demais geradores ?
b. Descreva a construção do gerador de Rosenberg.
c. Descreva o princí pio de operação do gerador de Rosenberg.
454 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
PROBLEMAS
11-1. O gerador de três escovas, visto na Fig. ll -2a, é normalmente ligado com a sua escova
negativa aterrada ao chassi do ve ículo. Explique o que pode ocorrer, se o gerador for
acionado à velocidade normal, sob cada uma das condições seguintes
a . Aterramento acidental da terceira escova
b. Aterramento acidental da escova positiva
c. Ligação acidental dos terminais de campo através da terceira escova e da escova
principal errada
d . Ligaçã o acidental dos terminais de campo através das escovas positiva e negativa
e. Inversão do sentido de rotação da m á quina prim á ria (quando ensaiada num labo-
rat ó rio, antes da instalaçã o).
11-2. Um gerador homopolar consiste de um disco de cobre de 36 polegadas de diâ metro,
que gira a 5.000 rpm, num campo de 80.000 linhas / pol 2. O eixo do gerador tem 2 pol
de diâ metro. Calcule :
a. A tensão induzida entre a superfície externa do disco de cobre e a externa do eixo.
b. Se o disco do problema fosse mantido estacion á rio e o campo girasse a 5.000 rpm
no mesmo sentido, explique a natureza da fem nas escovas.
c. Se se ligasse uma fonte CC de 67,7 V às escovas do gerador homopolar comercial,
visto na Fig. 1 l - 3a, observando a mesma polaridade das escovas, qual seria o sentido
de rotação do motor homopolar ? Explique.
MáQUINAS ESPECIAIS 455
- -
11 3. Um conjunto gerador motor CC, cujo gerador é de 250 V a 320 mA e o motor que o
aciona, de 1 /6 HP, cuja potência nominal de entrada é 12 V e 16 A, é substitu ído por um
dinamotor de saída idêntica, com uma entrada de 7,5 A e uma tensão CC de 12 V.
Calcule
a . O rendimento total do conjunto MG.
b. O rendimento do motor CC e do gerador, respectivamente .
c. O rendimento do dinamotor.
d . A economia anual, se o conjunto funciona 18 horas/ dia a um custo de
Cr$ 0,8/ kW hora .
11-4. Um conversor rotativo de 25 kW é alimentado a 550 V, a partir de uma fonte mono-
fásica, e funciona a um fator de potência de 0,9 em atraso num rendimento de 92 por
cento para a carga nominal. Desprezando as quedas de tensão nos enrolamentos,
calcule
a . A tensão e a corrente CC de saída.
b. A corrente CA solicitada à fonte.
- -
11 5. O conversor do problema 11 4 é operado como um conversor invertido, a partir de
uma fonte CC 800 V, com o mesmo rendimento a plena carga . Desprezando as quedas
de tensão nos enrolamentos, calcule
a. A tensão e a corrente de saída CA .
b. A corrente CC a plena carga.
-
11 6. Um conversor sí ncrono CC hexafásico, de 1.000 kW, 250 V opera como um conversor
direto a um rendimento de 94 por cento a plena carga e a um fator de potê ncia de 0,9
em atraso. Ignorando as quedas da tensão, calcule
a . A tensão CA entre anéis coletores
b. A corrente CC de saída a plena carga i
1~Í 5~I I
T
6 I
3 6A
-O
2
1500' f -f -
500'
,
1 1
500 *j 500 *|
,
—— 1000' |
)
M áQUINAS ESPECIAIS 457
t
RESPOSTAS !
f<
11 -2(a ) 67,7 V 11 -3(a ) 41 ,67 por cento ( b) 64,8 por cento, 64,3 por cento (c) 88,8 por cento »i
(d ) Cr$ 536,00 11-4(a ) 777 V, 34,4 A ( b) 54,9 A 11-5(a) 565,5 V, 44,2 A ( b) 34 A 11 -6(a) J
88.5 V ( b) 4.000 A (c) 2.230 A (d ) 1.184 kVA 11 -7(a ) 8 pólos ( b) 909 A (c) 100 V Ui
( d ) 275 A (e) 213,3 kVA 11 -8(a ) 262 A ( b) 524 A ( c) 1.048 A (d ) 1.573 A 11 -9(a) i
FP 0,8344 ( b) FP 0,865 (c) 29,5 por cento (d) 44 por cento 11-10(a) 110 V, 110 V (b) ki
-
105 V, 120 V (c) 130 V, 100 V (d ) 95 V, 0 V 11 -11( b) 12 por cento 11 12(a ) 110,33 V
12-1. GENERALIDADES
Os cap í tulos de 1 a 11 ocuparam-se principalmente de máquinas elétricas giran-
tes de vá rios tipos, quer genérica quer especif í camente. Como tal, elas servem como
dispositivos de conversão de energia , convertendo energia mecâ nica em el é trica
-
ou vice versa. Em alguns casos, como no do conversor síncrono ou dinamotor,
a energia elétrica é convertida em energia mecâ nica , que, por sua vez, produz nova-
mente energia el é trica. Quando e se esta conversã o de energia ocorre numa relação
uniforme , isto é, quando a energia entregue à m á quina por unidade de tempo e
aquela entregue pela m áquina na unidade de tempo forem ambas uniformes e
constantes, podemos considerar que a máquina está atuando como dispositivo
de conversão de pot ência.
Uma má quina é um dispositivo din â mico. Nã o desenvolverá uma conversã o
de pot ê ncia (ou energia) quando n ã o há movimento, ou seja , num estado est á tico.
Ela deve estar funcionando ou operando a fim de converter energia . Por esta
razão, é incapaz de contar com a propriedade de armazenar energia. Por esta
RELAçõES DE POTêNCIA E ENERGIA 459
+ Pperdas ( 12- 1)
onde Pin é a pot ê ncia total recebida por uma m á quina
Pout é a potê ncia ú til entregue pela máquina para exe-
cutar o trabalho
p é a perda total produzida dentro de uma máquina,
perdas
como resultado da .conversã o de energia , isto é ,
out *
Pout
7 = ( 12-2a )
Pin
Pin - Pperdas , para motores -
(12 2b)
^ in
Pout
, para geradores (12- 2c)
Pout +' Pperdas
1
máquinas do tipo a comutador, uma pequena porção das perdas produz luz visí vel e outras
perdas de radiação (energia luminosa), mas estas são desprezá veis em proporção à perda té rmica.
r
TABELA 12- 1
DISTRIBUI ÇÃ O DAS PERDAS DE POT Ê NCIA DAS M Á QUINAS
A . PERDAS ELÉTRICAS
Descri ção e f ó rmulas para as perdas compo- Efeitos da aplica çã o de carga
nentes
1. Perda no circuito de excitação CC do campo 1. Razoavelmente constante com a carga. mas
No reostato, I 2fRr pode aumentar um pouco, dependendo da
No enrolamento de campo, ljRf VA
regulação requerida e do fator de potência
Fluxo disperso nos dentes, cantos de ranhuras , estrutura -suporte, faces polares, - etc .
Fluxo de rea ção da armadura nos dentes, cantos de ranhuras, estrutura -suporte, faces polares, etc.
As perdas adicionais sã o usualmente estabelecidas como sendo de 1 por cento da potência de sa ída
de geradores acima de 150 kW e de motores acima de 200 HP ; são consideradas desprezí veis
para máquinas abaixo destas potências.
os fatores que contribuem para as perdas . Desta tabela , é possí vel generalizar
as perdas que sã o funçã o da carga e as que são independentes dela .
As perdas elétricas , mostradas na Tabela 12- 1 , são aquelas que resultam pri-
mariamente da circulaçã o da corrente elétrica . Se , por exemplo, o campo-série
de um gerador compound CC é curto-circuitado (mantendo-se inalteradas todas
462 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
as demais condições), as perdas totais serã o reduzidas do valor das perdas no co-
bre para o campo-série e o rendimento aumentará ( embora possa piorar a regu-
lação em tensão, como consequência ). As perdas elétricas são, algumas vezes,
citadas como perdas no “cobre” , mas nem as escovas nem as resistências de contato
das escovas sã o feitas de cobre. Mais ainda , os enrolamentos do rotor e da arma-
dura sã o ocasionalmente constru ídos de alum í nio fundido, e o termo “enrolamento”
é mais descritivo e tecnicamente mais correto que o termo “cobre” . Todas estas
perdas el é tricas tendem a variar com o quadrado da corrente de carga , exceto aque-
las , tais como a perda no campo , que é independente da carga , e a perda nas escovas
que varia diretamente com a carga .
As perdas rotacionais sã o subdivididas naquelas que sã o fun çã o apenas da
velocidade (as chamadas perdas mecâ nicas , que sã o essencialmente perdas por
atrito) e nas que são fun çã o de ambos, o fluxo e a velocidade ( as chamadas perdas
no núcleo ) . Estas perdas ocorrem quando uma estrutura de ferro de armadura
ou rotor gira num campo magn é tico, ou quando ocorre uma variaçã o do fluxo
concatenado numa estrutura de ferro. A perda por histerese Ph é uma medida
da energia elé trica necessá ria para superar a retentividade do ferro no caminho
do fluxo magné tico ; usando o watt como unidade,
PH =VfV ( 12-3)
Pe = Kxt 2 B 2 f 2 V (12-4)
el étricas
2 . Perdas no n úcleo |Í OC 03<U1
OTT
Potê ncia mecâ nica de sa ída
menos as perdas elétricas, ou a tensão nos terminais vezes a corrente total entregue i!
à carga , VtIt , representada à direita na Fig. 12-1.
•
*
Assim , a m á quina é , realmente , muito simples e só bria , como mostra a Fig .
12-1 . A á rea da pot ê ncia mecâ nica est á à esquerda da linha pontilhada vertical,
e a á rea da potê ncia el é trica est á à direita dela . A á rea central é representada pela
mudança de estado de energia , ou conversão eletromecânica (desde que nã o se pode
criar ou destruir energia ) onde não ocorrem perdas. A introdu çã o de pot ê ncia
el é trica njima má quina acarreta perda de pot ê ncia elé trica , mudan ça de estado
da energia, perda de pot ê ncia mecâ nica e pot ê ncia elé trica de sa ída . O leitor deve
estudar com muito cuidado a Fig . 12-1, uma vez que ela é fundamental para a com-
preensã o do assunto.
Reostato
íVt 0
vari ável no
circuito da
Campo -
derivação
Campo g - armadura
Io
derivação °
Vt Reostato vari á vel
Reostato no circuito do campo
vari ável
it
0
( a ) Ensaio de funcionamento a vazio. ( b ) Duplicação da carga e velocidade do fluxo.
2
.
Fig 12 2 - — Mé todos para a determinação de perdas rotacionais de m á quinas CC.
Uma ilustração possí vel da dificuldade assinalada pode ser compreendida se se considera
a seguinte situação hipotética. Imaginemos que um altemador de 1.000 kVA é construído numa
fá brica situada numa á rea suburbana. Imaginemos que ele está recé m -conclu ído e pronto para os ensaios
de rendimento relativo. O gerente da f á brica pergunta : “ Onde podemos conseguir uma carga de
1 milh ão de watts?” Seu assessor responde : “ Vamos pedir aos prefeitos de três ou quatro das cidades
-
pró ximas que nos deixem usá las como carga , por algumas horas, de modo que possamos carregar
nosso alternador ”.
466 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Fazer uma m á quina funcionar como motor a vazio significa não retirar po-
tê ncia mecâ nica da mesma . Se a pot ê ncia elé trica de entrada for medida e compu-
tadas as perdas el é tricas, a diferença entre a pot ê ncia el é trica total de entrada e
as perdas elétricas computadas deve representar as perdas rotacionais do motor
à velocidade nominal , como mostra a Fig. 12-1. Estabelecendo isto ( para a má-
quina CC funcionando como motor) em fun çã o de uma equaçã o :
Perdas rotacionais = Potê ncia elé trica de entrada - Perdas elé tricas
= Potê ncia elé trica de entrada - ( Perdas no circuito do
campo 4- Perdas com-
binadas no circuito da
armadura)
2
Perdas rotacionais = VaIL - ( VaIf 4-2 I aRa )
a .
= VI - VIa J - I a Ra
L
,
= VJl 0
, I ,) - I a2 Ra
' L - f'
A Eq. (12-5) é uma verificaçã o da Fig. 12-1 , uma vez que estabelece que as
perdas rotacionais de um motor funcionando a vazio (sem sa í da mecâ nica ) são
iguais à pot ê ncia elé trica de entrada ao circuito da armadura menos as perdas elé-
tricas na armadura ( I 2aRa ) . Como se verá no Exemplo 12- la , as perdas el é tricas
na armadura, a vazio, sã o tã o pequenas que podem ser desprezadas, e as perdas
rotacionais podem então ser imaginadas iguais a VaIa , como estabelece a Eq . 12-5.
EXEMPLO Um gerador-derivação de 10 kW, 230 V, 1.750 rpm foi posto a funcionar como
12-1 : motor, a vazio, para determinar suas perdas rotacionais à carga nominal. A
tensão aplicada aos terminais da armadura, Va, para o ensaio foi de 245 V, e a
corrente solicitada pela armadura 2 A. A resistência do campo do gerador é
230 Q e a resistência medida do circuito da armadura 0,2 Q. Calcule:
a. As perdas rotacionais ( potência extraviada) a plena carga
b. As perdas do circuito da armadura, a plena carga, e as perdas no campo
c. O rendimento do gerador a 1/4, 1/2 e 3/4 da carga nominal ; à carga nominal
e a lV4 dela.
Solução :
a. Perdas rotacionais = _
VJa - I ] Ra \da Eq. ( 12-5)]
Note-se que se pode usar 490 W com um erro desprezí vel, devido à pequena
perda elétrica na armadura.
RELAçõES DE POTêNCIA E ENERGIA 467
b. À carga nominal,
W10.000 W
II 230 V =
43,5 A
K
230 V
K = i f + iL = 230 íl + 43,5 = 44,5 A
A perda da armadura a plena carga
l\ Ra = (44,5) 2 x 0,2 = 376 W
A perda no campo
V f I f = 230 V x 1 A 230 W -
c. O rendimento, a qualquer carga, do gerador, usando a Eq. (12-2c) é
>
12-6. RENDIMENTO M Á XIMO
Uma aná lise da Tabela 12-1 revela que, para a m á quina CC, a soma das perdas
no campo ( VfIf ) e das perdas rotacionais (determinadas a partir do ensaio a vazio
como sendo VJJ pode ser considerada como um valor combinado de perdas
fixas que nã o variam com a corrente de carga , Ia . ( O Exemplo 12- 1 ignorou as
perdas nas escovas e nos contatos das escovas VJa, para maior simplicidade do
problema que ilustra a determinaçã o do rendimento.) As perdas variá veis , ent ã o,
consistem nas perdas combinadas do enrolamento da armadura e da corrente
associada à armadura, I ] Ra e VJa, a primeira variando com o quadrado da cor -
rente de armadura e a segunda em proporçã o direta com aquela corrente.
3
O rendimento do gerador, para qualquer carga , pode ser expresso como
Rendimento, rj = Sa ída
Saida Via
+ Perdas VIa + K + VJa 4- RJ ]
onde K representa as perdas no campo mais as perdas rotacionais, portanto, as
perdas fixas.
A fim de determinar o rendimento m á ximo, é necessá rio derivar esta expressã o
em relaçã o a Ia e igualar a primeira derivada a zero :
.
Sn_ = ( VI + K + VeIa + RJl ) V - VIa ( V + Ve + 2 laRa ) =
.
*1. ( VI + K + vela + RJl ) 2
o que leva a
- VI - VJa - 2 RJ ] = 0
VI a 4- K + e a + RJ
VJn a a] a e a a a
í
simplificando
K - IaR la =0
OU
K = I a2 Ra ( 12-6)
ocorre quando as perdas fixas são iguais a todas as perdas variá veis. Esta rela çã o
aplica -se igualmente a todas as m áquinas rotativas, independentemente do tipo ;
aplica -se às máquinas mecâ nicas e també m às turbinas, bem como a todas as má-
quinas elé tricas abordadas neste livro e também a dispositivos n ã o rotativos, como
sejam transformadores, amplificadores de pot ê ncia, fontes de suprimento, etc.4
No Exemplo 12-1 mostrou -se que, a meia carga, o rendimento era 86,2 e que,
a 125 por cento de carga, o rendimento era 90,6 por cento e ainda em crescimento .
Aparentemente, as perdas variá veis crescentes ainda n ão eram iguais às perdas
fixas, mesmo para esta carga de 125 por cento. Na gama das cargas pró-
ximas do rendimento má ximo , o rendimento nã o parece variar muito, de modo
-
que n ã o é importante tentar obter se o rendimento m á ximo para a carga nominal .
A maioria das máquinas comerciais, de fato, apresenta o rendimento má ximo
a uma carga algo menor que a nominal . O mé todo usado para encontrar aquele
valor da carga nominal correspondente ao rendimento m á ximo, para a m á quina I
-
do Exemplo 12 1 , é ilustrado no Exemplo 12-2.
Solução :
a. I 2 Ra =
rotacionais]
K — VIf + VJa [a partir da Eq. 12-6; K = perdas no campo + perdas 1n
I
l 2aRa = 230 + ( 245 x 2) = 720 W
720 *1
0,2
= 60 A ; —
IL = Ia ls = 60 - 1 = 59 A
59 A
Percentagem da carga nominal : = 135,5 %
/ L nominal 43,5 A
b. Rendimento máximo
230 x 59
x 100 = 90,75 %
(230 x 59)
+ 720 + 720
c. Rendimento a 1,5 da carga nominal
10.000 x (3/2)
” x 100 = 90,55 %
[10.000 ( 3/2 ] + 489,2 + [376 (9/4)] + 230
)
derivação de corrente cont í nua, a relação pode ainda ser usada . No caso de mo-
tores de velocidade variável , entretanto, é necessá rio levar a um grá fico os rendi-
mentos calculados versus as correntes de carga , e determinar graficamente o valor
da carga para a qual ocorre o rendimento má ximo. O cá lculo da variaçã o das per-
das rotacionais baseia -se na hipó tese de que a perda é uma fun çã o direta da varia -
çã o da velocidade. Isto é ilustrado no Exemplo 12- 3.
E X E M P L O Um motor composto de 150 HP, 600 V tem 250 A de corrente nominal para a
-
/ 2 J: velocidade nominal de 1.500 riDm . A resist ê ncia do circuito do campo -derivação
é 300 ohms ; a resist ê ncia total do circuito da armadura é 0,05 ohm ; e a resis-
t ê ncia do campo-sé rie é 0, 1 ohm . Quando foi posto a girar a vazio, como motor,
à velocidade nominal e com uma tensã o aplicada , Va, de 570 V , a armadura soli-
citou 6 A. A velocidade ^ a vazio, do motor foi 1.800 rpm. Calcule :
a . As perdas rotacionais a plena carga e para 1/4, 1/ 2, 3/4 e 11 / 4 da plena carga.
b. As perdas el é tricas variá veis a plena carga e também as perdas el é tricas variá -
veis para as cargas do item (a ).
c. O rendimento do motor para as cargas do item (a ).
Solução :
a. Perdas rotacionais = Vln
a a = 570 V x 6 A —
= 3.420 W a 1.500 rpm (carga nominal) (12-5)
Velocidade a 1/4 da carga =
= 1.800 -
300
4 -
1.800 - 15 = 1.725 rpm
1.650
Perdas rotacionais a 1.650 rpm = x 3.420 W = 3.760 W
1.500
3
Velocidade a 3/4 da carga = 1.800 —
-7- x 300 = 1.575 rpm
4
1.575
Perdas rotacionais a 1.575 rpm = x 3.420 W = 3.590 W
1.500
í
- x 3 0 0 = 1.425 rpm
Velocidade a 5/4 da carga = 1.800 - -
1.425
Perdas rotacionais a 1.425 rpm = x 3.420 W = 3.250 W
1.500
b. I 2a( Ra + Rs ) = ( 203)2 (0,05 4- 0,1) = 6.150 W a plena carga
= perda variá vel a plena carga
2
Perdas variá veis a 1/4 da carga = 6.150 W x = 384 W
-
Os Exemplos 12- 1 e 12 3 indicam que os dados obtidos do ensaio a vazio
( no qual a m á quina CC gira a vazio, como motor ) podem ser usados na determi-
naçã o do rendimento, tanto do gerador como do motor . Os cá lculos para o rendi -
mento do motor são algo mais complexos, devido à variaçã o da velocidade.
E X E M P L O Um motor composto de 150 HP, 600 V tem a velocidade nominal de 1.500 rpm
12-4 : e a corrente nominal de 205 A . A resist ência do campo-derivação é 300 ohms,
a do circuito da armadura é 0,05 ohm e a do campo série 0, 1 ohm. Para a carga
nominal , calcule:
a . A fcem a ser aplicada à armadura quando funcionando a vazio, nas mesmas 4
condições de fluxo e velocidade .
b . As perdas rotacionais, se a corrente da armadura é 6 A quando se aplica a
1
tensã o apropriada e a velocidade é 1.500 rpm .
Solução :
A plena carga,
600 V
Ia = 1 L — If = 205 A — 300 n = 203 A ii
a . A plena carga, Ec = Vt - Ia ( Ra + Rs ) = 600 - 203 (0, 15 ) = 600 - 30,5 =
J
= 569,5 V
b Pperdas
*
“
= 569, 5 x 6 = 3.410 W = perdas rotacionais
Note-se que o valor das perdas rotacionais , obtido em ( b) no Exemplo 12-4,
compara -se de maneira favorá vel com o obtido à carga nominal em ( a) , no Exem-
plo 12- 3 .
o 'Ttnrs Ia II
w°
“
"
If
Tensão
-- V , VL
3 <£ o
nominal ©Y M Fonte CC
o o
. -
Fig 12 3
— M é todos para determinação do rendimento de máquinas sí ncronas CA.
Pr = V 3 x 2
Valacos 6 - 3 I aRa ( 12 -7)
onde I a é a corrente da armadura de fase ou de linha e Ru é a resist ê ncia efetiva
da armadura por fase.
Uma vez que ambos, motor s í ncrono e alternador, sã o operados à velocidade
constante a uma frequ ê ncia fixa , as perdas rotacionais podem ser consideradas
constantes. O rendimento à plena carga , para o fator de pot ê ncia unit á rio ou
qualquer outro, é ent ã o calculado como mostra o Exemplo 12- 5.
E X E M P L O O alternador trif ásico, liga ção em estrela, testado pelo m é todo da imped â ncia
12-5 : síncrona no Exemplo 6-4 é posto a girar a vazio como um motor síncrono ali-
mentado à sua tensão nominal, para determinar suas perdas rotacionais. A
corrente da armadura a vazio é 8 A e a pot ê ncia de entrada é 6 kW. Uma tensã o
de linha a circuito aberto de 1.350 V é obtida com uma excita çã o CC de 18 A a
125 V no campo. Supondo que n ão variem as perdas no nú cleo e a excita çã o CC,
desde a vazio até a carga nominal, calcule :
a. as perdas rotacionais da m á quina síncrona
b. a perda no cobre do campo
c. as perdas elétricas na armadura para 1/4, 1/2, 3/4, e para a plena carga
d. o rendimento para estas cargas a um fator de pot ência de 0,9 em atraso.
RELAçõES DE POTêNCIA E ENERGIA
475
Solução :
_ ., . .
= 3l ] nRa = 3 x (52,5) 2 x 0,45 = 3.725 W
Perdas no cobre da armadura
1 , „
a
3
d p
^ carga = 233 W
= 932 W
i
*
a
4
—
da plena carga = 3.725 xl
16
= 2.100 W it
d . Rendimento em percentagem
( potência nominal x a carga )
x 100
( potê ncia nominal x a carga ) 4- perdas
e també m
4 *- ( 12-8)
P c = 3 / aXa =3 2
Ra = I?l Ra
6
Pc = 11? (12-9)
Em alguns casos, pode ser necessá rio usar valores de tensã o de excitação mais altos (acima
de 10% ) para obter a corrente nominal da armadura do estator. Em tais casos, as perdas do n úcleo
não podem ser desprezadas. Sob estas circunstâ ncias, é costume se utilizarem tensões de excitação*
que produzam metade da corrente nominal e das perdas no cobre, e modificar as Eqs. ( 12 9) e
( 12-9a ) de acordo, na determinaçã o de
-
Rel e Pc.
480 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
It Ra
MKTO
? Ia
Rei
HTBTsimwtr'
Ia
lI f
— RQ
Ra
(a ) Ligação em delta . ( b ) Ligação em estrela.
.
Fig 12 4- — Determinação da resistência equivalente do estator (e rotor ),
através de medição entre linhas do estator .
onde It é a corrente de linha de um motor de indu çã o trif á sico é Rel é a resist ê ncia
equivalente total entre linhas de um tal motor ( representando as resist ê ncias com-
binadas do estator e do rotor ), referida ao estator.
Semelhantemente, imaginando que o estator do motor é ligado em estrela,
como mostra a Fig . 12-4 b :
ft
Rel = A e Ra = —^ ( para um estator ligado em estrela )
t
Rc = 3/2A = 3/A y , Re<
I2 (12-9a)
E X E M P L O Um motor de indu ção trif ásico, de 5 HP, 60 Hz, 220 V, fator de potência 0,9
12-6 : tem uma corrente nominal de placa de 16 A, correspondendo à corrente de linha,
e uma velocidade de 1.750 rpm. Os dados obtidos pelos ensaios de circuito aberto
e de curto-circuito sã o:
Ensaio de Ensaio a
circuito aberto curto-circuito
Corrente de linha 6,5 A 16 A
*
7
V. Seç. 13-8.
8
Ibidem.
482 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Calcule :
a. A resistência total equivalente, entre linhas, do motor de indu ção.
b. As perdas rotacionais.
c. As perdas equivalentes no cobre a 1/4, 1/2, 3/4 e lV4 da carga nominal.
d. O rendimento para estas cargas.
*
e. A potê ncia de saída em HP para estas cargas.
f . O torque de sa ída à plena carga.
Solução :
a. Rel = (3/Pc
800
X
2 ..
= 2,08 n
O „
2)If 162 y
b. Perdas rotacionais = Pr - l ] Rel = 300 — 6,52 —
x 2,08 = 300 132 = 168 W
c. Perdas equivalentes no cobre para as v á rias frações de carga
A 1/4 da carga = 800 W x ( 1 /4) 2 = 50 W
A 1/2 da carga = 800 x (1/2)2 = 200 W
A 3/4 da carga = 800 x (3/4)2 = 450 W
A plena carga = 800 W, conforme indicaram os dados do ensaio a curto-
circuito
A ll /4 da carga = 800 x ( 5/4)2 = 1.250 W
d . O rendimento em percentagem, para o motor é, pela Eq . (12-2b)
_
( P. de entrada à plena carga vezes a fraçã o da carga ) menos as perdas
x 100
^ (Potência de entrada à plena carga vezes a fração da carga )
A pot ência de entrada à plena carga = V 3 x 220 x 16 x 0,9 = 5.480 W
As perdas rotacionais, da parte ( b) = 168 W
As perdas equivalentes no cobre foram calculadas em (c)
O rendimento percentual
(5.480/4) - ( 168 + 50) 1.370 - 218
A 1/4 da carga = x 100 = x 100 =
(5.480/4) 1.730
= 84,2 %
( 5.480/2 ) - ( 168 + 200)
A 1/ 2 da carga = x 100 = 86,5 %
( 5.480/2)
[5.480 ( 3/4)] - (168 + 450)
A 3/4 da carga = x 100 = 84,9 %
5.480 (3/4)
[5.480 (4/4)] - (168 + 800)
A 4/4 da carga = x 100 = 82,1 %
5.480 (4/4)
A 5/4 da carga = —
[5.480 ( 5/4)] (168 + 1.250)
x 100 = 79,3 %
5.480 ( 5/4)
e. Potência de saída em HP = —
Potência de entrada perdas
746 W/HP
f
Potência de saída em HP
(5.480/4) - 218
A 1/4 da carga = = 1,545 HP
746
(5.480/2) - 368
A 1 /2 da carga =
746
= 3,18 HP
RELAçõES DE POTê NCIA E ENERGIA 483
A 3/4 da carga =
[5.480 x (3/4)] - 618
746 = 4,68 HP -
[5.480 x (4/4)] - 968
A 4/4 da carga = = 6,04 HP
746
[5.480 x (5/4)] - 1.418
A 5/4 da carga = = 7,28 HP
746
HP x 5.252
f . Torque de saída =
Velocidade
A plena carga , o torque de saída
6,04 x 5.252
T= = 18,1 Ib-pé
1,750
mais baixo do rendimento ( de 2 a 3 por cento menos) em rela ção ao que realmente V-
ocorreria sob condições de carregamento real. O valor pessimista é preferido,
devido ao fato dos fabricantes poderem garantir que, no uso prático, o motor terá
um rendimento mais elevado.
1-S
( I2 R >- 2 V -
' s 'A (9- 17)
donde
Solução :
Cálculos prévios
Re[ = 1,25 Rcc = 1,25 x 1,0 ohm = 1,25 ohms
As perdas rotacionais são iguais à potência de entrada a vazio menos as perdas
no estator a vazio (conforme o ensaio a vazio, Exemplo 12-6), e assim as perdas
rotacionais são iguais a
486 Má QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
P saída
—
as perdas totais do rotor, ou 5.020 359,4 = 4.660,6 W.
4.661
a. Rendimento percentual = x 100 = x 100
P entrada 5.500
= 84,6 % à plena carga
4.661
b. HP à plena carga = = 6,25 HP
746
HP x 5.252 6,25 x 5.252
Torque T = = 18,7 lb-pé
N 1.750
c. O m étodo usado no Exemplo 12-6 deu um resultado de 6,04 HP à plena carga,
comparado a 6,25 HP do Exemplo 12-7; e um torque de 18,1 lb- pé, compa-
rado a 18,7 lb- pé obtido no Exemplo 12-7.
Note-se que as condições mais reais do método do AIEE levam a um valor
maior do rendimento ( isto é , menos pessimista) e , por isto, a valores de torque
e de potência de sa í da à plena carga correspondentemente mais elevados. Não
é necessá rio dizer- se que , se o motor de induçã o pode ser fisicamente carregado ,
o seu rendimento deve ser determinado usando - se o mé todo do AIEE , que é mais
acurado e realista . Por outro lado , os rendimentos algo pessimistas obtidos pelo
m é todo do rotor bloqueado , semelhantemente às regulaçõ es pessimistas de alter-
nadores , determinadas pelo mé todo da imped â ncia sí ncrona , podem ser prefe-
rí veis face à facilidade de obtençã o , à simplicidade do cá lculo e à confiança de que ,
sob condiçõ es reais de carga , o desempenho da m á quina superará ao calculado.
Finalmente , o método do AIEE requer carregamento direto e nã o se aplica ao
ensaio de motores de induçã o maiores .
carga, através de uma escala de mola ou do tipo Chatillon para medição da força ou
torque desenvolvido pelo dinamô metro. Este método usa carregamento direto.
2. -
Podem se usar geradores calibrados (de rendimento conhecido) para medir -se o rendi-
mento relativo de motores monof ásicos de potência fracioná ria, de maneira idêntica
à descrita na Seç. 12- 10. Este m é todo usa também o carregamento direto.
3. Motores monof ásicos de potência integral podem ser ensaiados pelo método conven -
cional do rotor bloqueado. A técnica é algo mais f ácil, devido à relativa simplicidade
dos cá lculos monof ásicos e por n ão serem necessá rios equipamentos especiais.
4. O método de carregamento direto do AIEE, já descrito, pode também ser utilizado,
se o que se deseja é uma determinação mais precisa do rendimento (Seç. 12- 14).
5. Em lugar do gerador dinamom é trico, apresentado em (1) acima, pode-se usar um freio
de Prony com um bra ço de torque e uma escala que permite a leitura da potência em
HP, por carregamento direto.
sobreaquecer á muito e (como resultado ) terá genericamente uma vida mais curta ;
e ( 3) operar á a um rendimento mais baixo em sobrecarga , durante o tempo em
que esta durar. Assim , o menor custo inicial é contrabalan çado pelo desempenho
mais fraco e mais caro, bem como pela necessidade de uma substituiçã o a mais
curto prazo. Por esta razão, portanto, em todas as máquinas elétricas girantes
se fornece uma indica ção de placa sobre a elevação de temperatura permiss ível e
sobre o ciclo de trabalho, bem como tensã o, corrente, frequ ê ncia e velocidade
nominais.
A temperatura permissí vel para ó ponto mais quente numa dada máquina,
usando uma classe especí fica de isolante, pode ser difícil de determinar, uma vez
que este ponto pode estar imerso nos enrolamentos do estator ou armadura , ou
pode nã o ser acessí vel por alguma outra razã o. Termómetros do tipo termopar
ou do tipo de bulbo lí quido ( merc ú rio ou álcool ) t ê m de ser localizados nas partes
mais acessí veis ou mais externas da má quina, e um tal valor de temperatura depende >
do gradiente termodin â mico criado pelo inv ólucro f ísico da m á quina . E costume
adicionar uma correçã o de 15 °C à temperatura da superfície, para determinar
aquela do ponto mais quente . Um valor mais elevado e mais verdadeiro da tem-
peratura interna m á xima é usualmente obtido comparando-se os valores das resis-
t ê ncias a quente e a frio dos enrolamentos do estator ou do rotor , antes e imedia -
tamente após o funcionamento, utilizando-se o coeficiente de temperatura do
9
Temperatura ambiente, conforme definida pelo Standard do AIEE N . ° 1 , de junho de 1947,
é ‘a temperatura do meio usado para refrigera çã o, quer direta quer indiretamente, e que deve ser sub
k
-
-
tra í da da temperatura medida na má quina para determinar se a elevação de temperatura sob deter -
minadas condições de ensaio ”. É definida para os casos particulares que seguem :
1. Para aparelhos autoventilados, a temperatura ambiente é a temperatura média do ar nas vizi -
nhan ças imediatas do aparelho .
2. Para m á quinas ventiladas a ar ou a g ás, com ventila çã o for çada ou refrigera çã o secund ária
a á gua, a temperatura ambiente é tomada como a do ar ou do gás refrigerante de entrada.
3. Para aparelhos que usam óleo ou outro líquido para imersã o das partes aquecidas, em que é
usada água para a refrigeração, a temperatura ambiente é tomada como a da água de refri
geração na entrada.
-
Para que se estabeleçam classes, 40 °C é tomada como a temperatura ambiente limite do ar refri -
gerante ou de outro gás.
•O
RELAçõES DE POTê NCIA E ENERGIA 489
TABELA 12 - 2
TABELA 12- 3
TENSÕ ES NOMINAIS NORMALIZADAS PARA
M Á QUINAS ELÉTRICAS GIRANTES
M Á QUINAS TENSÕES NOMINAIS NORMALIZADAS
GERADOR CC 125, 250, 275, 600 V
MOTOR CC 120, 240, 550 V
MOTORES MONOF Á SICOS CA 115, 230, 440 V
MOTORES POLIFÁ SICOS CA 110, 208, 220, 440, 550, 2.300, 4.000, 4.600,
6.600 V
ALTERNADORES CA 120, 240, 480, 600, 2.400, 2.500, 4.160, 4.330,
6.990, 11.500, 13.800, 23.000 V
* *
RELAçõES DE POTêNCIA E ENERGIA 491
12-19. EFEITO DO CICLO DE TRABALHO E DA
TEMPERATURA AMBIENTE NA CAPACIDADE
j
492 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
podérá ser feita por meio de uma válvula ou um orif ício de drenagem , que ligue a parte mais
baixa do mancai ao sistema de drenagem.
Carcaça à prova de poeiras e ignição — é uma carcaça totalmente fechada, projetada e
construída de forma a excluir quantidades inflamá veis de poeiras, ou em quantidades tais que
possam afetar o desempenho da máquina.
Carcaça à prova de explosão — é uma carcaça totalmente fechada, projetada e construída
para suportar uma explosão de um gás ou vapor específico que possa ocorrer dentro de si mesma,
e também para evitar a ignição de um gás ou vapor específico que a circunde, através de fa ís-
cas, centelhas ou explosões que possam ocorrer dentro dela.
Carcaça totalmente fechada — é uma carcaça que não permite a livre troca de ar entre
o lado de dentro e o de fora, mas que n ão é suficientemente encapsulada para ser consi -
derada estanque.
—
Carcaça à prova de tempo é uma carcaça aberta, cujas passagens de ventilação são proje-
tadas de modo a minimizar o ingresso de chuva, neve ou outras part ículas aéreas que possam
incidir sobre suas partes elétricas.
Carcaça guardada — é uma carcaça aberta, na qual todas as aberturas, que têm contato
direto com partes vivas ou girantes (exceto o eixo liso do motor ), tê m um tamanho limitado
pelo projeto das partes estruturais ou por grades, telas, metal expandido, etc. a fim de evitar-se
contato acidental com tais partes. Tais aberturas não devem permitir a passagem de um calibre
cil índrico de meia polegada de diâ metro.
Carcaça à prova de respingos — é uma carcaça aberta, na qual as aberturas de ventilação
são constru ídas de modo que gotas de líquido ou part ículas sólidas, caindo sobre ela a qualquer
â ngulo não maior que 100° em relação à vertical, n ã o possam entrar na m áquina, nem direta -
mente nem por deslizamento sobre uma superf ície horizontal ou inclinada para dentro dela.
Carcaça à prova de pingos — é uma carcaça aberta, na qual as aberturas de ventilação
são construídas de modo que gotas de líquido ou partículas sólidas, caindo sowre ela a qualquer
ângulo não maior que 15° em relação à vertical, não possam entrar na máquina, nem direta-
mente nem por deslizamento sobre uma superf ície horizontal ou inclinada para dentro dela.
Carcaça aberta
— é uma carcaça que tem aberturas de ventilação que permitem a passa-
gem do ar externo de refrigeração em torno dos enrolamentos da máquina . Quando existe
ventilador interno, tais máquinas se chamam autoventiladas.
-
12 21. VELOCIDADES NOMINAIS; CLASSIFICAÇÕES
EM VELOCIDADES; REVERSIBILIDADE
TABELA 12-4
CLASSIFICAçã O DE MOTORES COM BASE NA REGULAçã O DE VELOCIDADE
E NA VARIAçã O DE VELOCIDADE
CARACTERíSTICAS DE REGULAçãO
GRUPO TIPO DE MOTOR
DE VELOCIDADE
—
1. ciclo cont í nuo a m á quina opera a uma carga aproximadamente constante, por pe-
ríodos de tempo razoavelmente longos.
—
2. ciclo periódico os requisitos de carga repetem -se regularmente, a intervalos perió-
dicos, durante um período de tempo razoavelmente longo.
3. ciclo intermitente — ocorrência irregular de requisitos de carga, incluindo per íodos
bastante longos de repouso, nos quais não há ocorrência de carga.
—
4. ciclo variável quer as cargas, quer os per íodos de tempo em que os requisitos de carga
ocorrem, podem estar sujeitos a uma ampla variação, sem repouso, durante um período
razoavelmente longo de tempo, sem que haja, entretanto, qualquer regularidade.
EXEMPLO Um motor- teste, de 200 HP, foi empregado para determinar a melhor capaci -
12-8 : dade nominal para uma carga de ciclo variável , dentro de um per í odo de 30
minutos . O motor teste funciona em 200 HP durante 5 minutos, em 20 HP du-
rante 5 minutos, em repouso por 10 minutos, seguido de um per í odo de 100 HP
por 10 minutos. Calcule a potência requerida para uma tal carga intermitente
variável .
Solução :
TABELA 12-5
GUIA DE REFER Ê NCIA PARA AS CAUSAS PROV Á VEIS DE PROBLEMAS EM MOTORES
MONOFáSICO CA MOTORES DF i
POLIFÁSICOS ESCOVAS
PARTIDA PARTIDA CA ( universal , sé rie ,
atinge a velocidade —
severamente as escovas.
faísca
10, 11, 12, 13, 14
Velocidade anormalmente
alta —
fa í sca severamente
nas escovas.
Redução na pot ê ncia
motor se sobreaquece —
.
o
8, 16, 17 8, 16, 17 8, 16, 17 8, 16, 17 8,? 16, 17
15
13, 16, 17
i
12-23. MANUTENÇÃO
A manutenção preventiva e as técnicas de inspeção rotineira conservam
e
prolongam a vida das máquinas el étricas . As máquinas do tipo de indução reque
-
i j
.
498 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
rem apenas lubrifica çã o peri ódica , enquanto que algumas equipadas com mancais
autolubrificados “ perenes” nã o necessitam nem mesmo lubrificação. As máquinas
equipadas com escovas requerem manutençã o periódica destas, do comutador
ou ané is coletores, al é m da lubrifica çã o. Motores-sé rie de elevadas velocidades
(CC, CA ou universais) não devem ser selecionados para ciclos de trabalho longos
ou cont í nuos, uma vez que o severo faiscamento das escovas pode implicar em
frequentes limpezas do comutador e spbstituiçã o das escovas.
Na lubrifica çã o de m á quinas el étricas, o excesso de óleo pode ser t ã o preju-
dicial como a lubrifica çã o insuficiente. Comutadores sujos de óleo ou escovas
encharcadas podem resultar num faiscamento severo nas m á quinas a comutador .
Vazamento de óleo sobre o estator pode causar ruptura na isolaçã o dos enrola-
mentos do estator , de má quinas CA e CC.
A maior parte das m á quinas elé tricas requer um m í nimo de manuten çã o,
que se restringe apenas a uma pequena lubrificaçã o. Mas muitos tipos de motores
fracion á rios monofásicos, dos tipos de fase dividida e de repulsã o, sã o equipados
com chaves centrí fugas, que podem ser fonte de problemas que avariem seriamente
o motor . Se um mecanismo centr í fugo “emperra na posiçã o de funcionamento”,
o motor nã o conseguirá partir. Se “ emperra na posiçã o de partida ” , o enrola-
mento de partida se sobreaquece e o motor nã o consegue atingir a velocidade
nominal. Por outro lado, os contatos das chaves poaem se apresentar grudados
ou oxidados, ou mesmo gastos. Tais mecanismos devem ent ão ser substitu ídos,
ao invés de consertados.
Uma vez que a manuten çã o normalmente é restrita a uma mera rotina de
lubrificaçã o, a inspeção torna-se um fator importante para prolongar a vida da
máquina , e nã o deve ser, pois, ignorada. Quatro dos cinco sentidos sã o aqui de
extrema importâ ncia : visão, audiçã o, olfato e tato. A inspeçã o visual revelará
alguns dos problemas relacionados na Tabela 12-5. Um motor ruidoso é uma
indicaçã o de rolamentos gastos, sobrecarga ou falta de uma fase na alimentaçã o.
Cheiro de queimado, caracter ístico de isola çã o queimada , é uma indicaçã o de
sobrecarga . Um enrolamento ou rolamento sobreaquecido é detect á vel por toque
( a superfície n ã o deve estar t ã o quente que não se possa colocar a m ã o sobre ela ).
Mais ainda , em caso de d ú vida, certos sintomas, se identificados ( V . Tabela
12-5), automaticamente eliminam outros. Se ocorre o aquecimento e a tempe-
ratura aumenta significativamente, automaticamente est ã o eliminadas outras
possibilidades, tais como fusí vel queimado ou impossibilidade de partida .
A lista acima dos 19 problemas mais comuns e suas causas nã o é exclusiva,
mas pode ser ú til no diagn óstico da maioria dos problemas. (V. Tabela 12-5.)
14
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V
QUESTÕ ES
r
RELAçõES DE POTêNCIA E ENERGIA 501
b. Enumere aquelas perdas elétricas que variam em função da carga em todas as
máquinas.
12-6. a . Imaginando que um altemador é acionado à velocidade constante e com excitação
de campo constante, quais as perdas (elétricas e rotacionais) que são constantes
em relação à carga ?
b. Imaginando que um motor sí ncrono, com excitação de campo constante, é car -
regado desde a vazio até a plena carga, enumere as perdas ( rotacionais e elétricas)
que são constantes em relação à carga.
c. Quais as perdas enumeradas em (a ) e ( b) que existem a vazio ?
12-7. A partir das suas respostas às quest ões 12-5 e 12-6, resuma, para máquinas de velo
-
cidade aproximadamente constante
a . as perdas que são razoavelmente constantes, independentemente da carga
b. as perdas que variam em função da carga .
12-8. a . Explique por que as perdas por histerese são confinadas apenas aos materiais
magnéticos, enquanto que as perdas por correntes parasitas ocorrem para materiais
magné ticos e para materiais condutivos, embora n ã o magné ticos,
b. As perdas no n úcleo são, algumas vezes, chamadas de perdas no ferro. Por que
isto é uma designação err ó nea? *
12-9. Desenhe o diagrama de fluxo de potência para um gerador derivação CC, mostrando
a . a equação da potência mecâ nica de entrada
b. a equação da potência gerada na armadura ( potência elétrica desenvolvida) ki .
c. as perdas mecâ nicas e no n úcleo, em função dos. itens (a) e ( b) acima « <
d . as equações das perdas no cobre da armadura e do campo (perdas elétricas)
e. a equação da potência de sa í da. 1
f. o rendimento em função da Eq. (12-2c).
12- 10. Desenhe o diagrama de fluxo de potê ncia para um motor derivação, mostrando
a . a equaçã o de potência de entrada elétrica
b. a equação das perdas no cobre da armadura e no campo
c. a equaçã o da potê ncia el é trica convertida em potência mecâ nica
d . as perdas rotacionais e no n úcleo.
e. a equação da potê ncia de sa ída mecâ nica
f. o rendimento com base na Eq. (12-2b).
12- 11 . a . Mostre que a mudança de estado EgIJ 146 ou
EJJ 146 não envolve perdas na
-
conversão de watts em HP ou vice versa, na Fig. 12 1.-
b. Converta 1 kW em unidades de potência térmica ( Btu / min ) e potê ncia mecâ nica
( HP e pé lb / min ) respectivamente.
12- 12. a. Qual é a vantagem dos mé todos convencionais da determinação do rendimento
em relação ao do carregamento direto ?
b. Por que é relativamente impossí vel o carregamento direto quando se trata de
m á quinas maiores ?
c. Dê um tipo de método convencional aplicável à m áquina CC.
d . Dê outros tipos de mé todos convencionais aplicá veis a m áquinas sí ncronas e
assí ncronas.
12- 13. a . Explique por que a potência de sa ída de uma m áquina CC é zero, quando ela
funciona a vazio como motor, a uma certa velocidade predeterminada.
b . Como se determinam, exatamente e aproximadamente, as perdas rotacionais em (a) ?
c. Que perdas especí ficas estão inclu ídas nas perdas rotacionais ?
12- 14. Na determinação do rendimento de um gerador CC pelos métodos convencionais,
explique
502 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
12- 16. a . A relação para o rendimento má ximo permanece verdadeira para máquinas de
velocidade variá vel ?
b. Como se determina o valor da carga ( para a qual ocorre o rendimento má ximo)
para má quinas de velocidade variá vel ?
c. Indique 2 métodos grá ficos que possam ser utilizados para determinar o ponto
de carga onde ocorre o rendimento má ximo em ( b) acima.
-
12 17. a. Que hipóteses são feitas ao se realizar apenas uma medida no ensaio de funcio-
namento a vazio, para a determinação das perdas rotacionais?
b. Por que é mais exato fazer-se uma série de medidas, duplicando o fluxo e a velo-
cidade na qual funciona a máquina ?
c. Que fator deverá ser duplicado para duplicar-se fluxo e velocidade uma só vez ?
d. Por que o mé todo da velocidade- fcem é mais preciso na determinação do rendi -
mento de uma m áquina de velocidade variá vel , do que simplesmente as medidas
do ensaio a vazio ?
-
12 18. a. Na determinaçã o do rendimento convencional , qual a perda especí fica que se
determina através do método do ensaio a vazio, para uma máquina síncrona?
b. Na determinação do rendimento convencional, qual a perda especí fica que se
determina usando os dados do ensaio de curto, para uma máquina síncrona ?
c. Quais as perdas que são consideradas fixas para um alternador ?
d. Quais as perdas que são consideradas variá veis para um alternador ?
e. Qual o fator que é alterado, na equação do rendimento, como resultado de uma
variação no FP do alternador ?
-
12 19. a . Dê quatro vantagens da utilização do hidrogénio sobre a do ar, como meio refri-
gerante dos altemadores.
b. Dê cinco razões para se utilizarem métodos especiais de refrigeração das máquinas.
c. Compare o aumento na capacidade, com a utilização do hidrogénio, em vez do
ar, como meio refrigerante.
d. Compare o aumento no rendimento, com a utilização de hidrogénio, em vez do ar,
como meio refrigerante.
-
12-20. a. O método do motor calibrado apresentado na Seç. 12 10 é um método conven-
cional ou um método de carregamento direto para a determinação do rendimento ?
b. Quais as perdas especí ficas que são avaliadas nos passos ( 1) e (2) acima ?
c. Quais as perdas especí ficas que são avaliadas no passo ( 3) ?
d. A que valores conduz o passo (4), e são os mesmos necessá rios para a determinação
do rendimento ? Se nã o, para que servem ?
12-21. a. Indique um método convencional utilizado para a determinação do rendimento
de máquinas assíncronas.
n
12-30. a . Como será afetada a capacidade de uma máquina por uma diminuição de sua
velocidade ?
b. Por que os motores estão mais sujeitos a uma varia çã o de capacidade, devida a
variações na rotação, que os geradores ?
c. Distinga entre um motor de velocidade variá vel e um de velocidade ajustá vel.
d . Distinga entre um motor de velocidade variá vel e ajustá vel, e os tipos definidos
em (c) acima .
12-31. a . Explique por que a Tabela 12-4 distingue as caracter ísticas de regulação de velo-
cidade, das caracter ísticas de variação ajustá vel de velocidade.
b. Qual a classe de motores que fornece a melhor regulação em velocidade , com a
mais ampla variação da velocidade ?
c. Pode-se variar a velocidade de um motor de histerese ? Como ?
d. Qual a classe de motores que fornece a menor variação de velocidade ? Por quê ?
e. Por que seria idealmente correta a utilização de um altemador polifásico, acionado
por uma máquina primária de velocidade variá vel, para promover a variação de
velocidade em motores sí ncronos e assí ncronos ? (V. Seç. 9-21.)
f. Que efeito terá, sobre a capacidade , o aumento de frequê ncia e velocidade , de
acordo com o item (e) anterior ?
12-32. Além dos fatores de tensã o nominal, corrente nominal , frequência , velocidade, ciclo
de trabalho e acréscimo de temperatura, enumere algumas considerações outras que
afetem a seleção de
a . geradores e alternadores
b. motores. I
12-33. a . Defina 4 tipos de ciclo de trabalho.
b. O que significa potência média quadrática?
c. Na equaçã o para o cálculo de potência média quadrá tica , por que se dividem por
3 os per í odos de repouso ?
d. Imaginando iguais todos os outros fatores, com base na potência média quadrá tica ,
coloque em ordem decrescente de tamanho í f sico os seguintes motores de 1 /4 HP :
de ciclo intermitente, de ciclo variá vel, de ciclo contí nuo e de ciclo periódico. i
-
12 34. a. Por que a inspeção periódica da operação da máquina é um fator importante na
manutenção preventiva e na vida da máquina ?
b. Um motor do tipo gaiola, à prova de explosã o, autolubrifícá vel, exige algum tipo
de inspeção periódica ? Explique.
c. Por que o excesso de lubrificação é tão perigoso quanto a lubrificação deficiente,
ou mesmo a ausência de lubrificação ?
d. Ao realizar inspeções de rotina, como se utilizam os sentidos humanos ?
e. Quais as limitações dos sentidos e quais as causas possí veis de problemas, que í
apenas serão revelados por instrumentos (V. Tabela 12-5) ?
-
12 35. Com relaçã o à Tabela 12-5, para cada tipo de motor relacionado nas colunas, enumere
a. o n ú mero total de diferentes causas prová veis de falha
b. o n úmero total de diferentes sintomas de problemas
c. com base em (a) e ( b) acima, qual o motor monofásico menos suscept í vel a pro-
blemas ?
d. Compare a sua resposta à questão (c) com a correspondente a motores polifásicos t
e motores com escovas. Tire conclusões.
I
RELAçõES DE POTêNCIA E ENERGIA 505
PROBLEMAS
12-1 . Uma bobina de choque, de n úcleo de ferro, sujeita a uma frequência de 60 Hz, tem
uma densidade de fluxo no n úcleo de 60.000 linhas/ pol 2, o que produz uma perda
por histerese de 2,5 W. Calcule a perda por histerese, se
a. A frequência aumenta para 100 Hz.
b. A densidade de fluxo é reduzida para 40.000 linhas/ pol 2 ( utilize B1 . 6 para este
tipo de ferro ).
12-2. As perdas por correntes parasitas, de um transformador de 3 kVA, 208 V, 400 Hz
são de 40 W e as perdas por histerese 25 W para a tensão e frequência nominais, sendo
52.000 linhas/ pol 2 a densidade de fluxo permissí vel . À plena carga, as perdas no cobre
são de 65 W. Calcule o rendimento para
a . A carga nominal , para fator de potência unitá rio.
b. Fator de potência unitário e cargas de 1 V4, 3/4, 1/2 e 1/4 da carga nominal.
12-3. Deseja-se utilizar o transformador do problema 12-2 a 60 Hz. Calcule :
a . A tensão aplicada que manterá a mesma densidade de fluxo permissí vel .
b. A capacidade do transformador em VA . s
c. As perdas por histerese .
d. As perdas por correntes parasitas.
e . O rendimento a plena carga .
f. Tire conclusões a respeito das perdas no ferro, verifique se a capacidade e o ren-
dimento se reduzem proporcionalmente aos valores da frequê ncia e da tensão de
uma máquina el é trica.
12-4. O rendimento de um motor de 5 HP, 125 V é determinado através de ensaio, utilizan-
do-se um gerador calibrado de 250 V . O rendimento a plena carga, do gerador
calibrado, é 0,86 quando ele entrega 13 A a 247 V a uma carga resistiva. O motor,
funcionando à velocidade nominal de 1.750 rpm drena 36 A de uma fonte de 125 V.
Calcule :
a. A potência de sa ída do motor em watts e em HP .
b. O rendimento do motor.
12-5. Dos dados e resultados do problema 12-4, calcule as perdas à plena carga, do
a . gerador.
b. motor.
12-6. Quando uma m áquina funciona a 1.800 rpm e a uma densidade de fluxo de 60.000
linhas / pol 2 , as perdas rotacionais são separadas em perdas por atrito, no valor de
250 W, e perdas no n úcleo, no valor de 180 W . Calcule as perdas rotacionais totais
para
a. Uma velocidade de 2.000 rpm .
b. Uma densidade de fluxo de 70.000 linhas/ pol 2 ( utilize o fator de B 1 ,8) e uma velo
cidade de 1.800 rpm .
-
c . Fluxo e velocidade ajustados, de modo que a fem gerada aumente de I 20 V para
125 V .
12-7. Cálculos preliminares para a determinação das perdas de potência (rotacionais) a
plena carga , de um motor-derivação de 10 HP, 115 V, 1.750 rpm, tendo a resistência
da armadura de 0,1212 e a do campo de 52,5 Q, requerem
a . A tensão a ser aplicada à armadura e
b. A velocidade à qual o motor deve ser acionado a vazio. Faça todos os cálculos
necessá rios para obter (a ) e (b) (conforme Tabela A-3 do Apêndice).
506 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
12-8 . Quando o motor de 10 HP, do problema 12-7 , funciona a vazio nas condições de
velocidade e tensão determinadas, ele solicita uma corrente de 10 A . Calcule :
a. A perda de potência a plena carga .
b. O rendimento a plena carga .
c . As perdas rotacionais e as perdas no cobre para as condições de meia carga
-
(4 38 A ) .
d . O rendimento a meia carga .
e . A potência de sa í da quando o motor drena a corrente nominal , e uma corrente que
é metade da nominal , respectivamente .
12-9 . Um gerador composto , ligação longa , de 100 kW , 120 V tem uma resistência de
armadura de 0,008 fl, uma resistência do campo-série de 0 ,01 fi , uma queda de tensão
nas escovas de 1 ,2 V e uma resistência do campo-derivação de 30 Í2. Cálculos pre-
liminares para a determinação das perdas rotacionais a plena carga , pelos métodos
convencionais, requerem
a. A tensão a ser aplicada à armadura se o gerador deve funcionar a vazio , como
motor .
b.. A velocidade à qual o gerador deve funcionar a vazio , como motor . Realize os
cá lculos necessários .
12- 10. Ouando funciona nas condi ções de tensão e velocidade determinadas no problema
12-9, a corrente drenada pela armadura é 32 A . Calcule
a. As perdas totais a plena carga.
b . O rendimento a plena carga.
c. As perdas rotacionais e no cobre a meia carga .
d . O rendimento a meia carga.
12- 11 . Para os cá lculos do problema 12- 10
a . Tabele as perdas fixas e variáveis para as condições de meia carga e de plena
carga .
b. Explique por que o rendimento a meia carga é maior que aquele a plena carga.
c. Calcule o valor da carga para o qual ocorrerá o rendimento máximo .
d. Calcule o rendimento máximo.
12- 12 . Um gerador-derivação de 125 V tem uma corrente nominal de armadura de 80 A e
as seguintes perdas a plena carga : por atrito e ventilação 250 W , no núcleo 300 W ,
no campo-derivação 125 W , no cobre da armadura 500 W , no contato tecla -escova
100 W . Imaginando um rendimento máximo, que ocorra de acordo com a Eq. ( 12-6) ,
onde as perdas aproximadamente constantes são iguais àquelas que variam com o
quadrado da velocidade, calcule
a . A corrente da armadura para o rendimento má ximo
b . O rendimento a plena carga
c. Se a velocidade da máquina primária é reduzida de dez por cento, e o fluxo
( imagine que as perdas variam com f 2 x B 2 ) aumenta de 20% para obter-se a
mesma tensão a plena carga, calcule o rendimento a plena carga , imaginando que
não há variação de capacidade devido a uma refrigeração inadequada.
12- 13. Um motor composto de 40 HP tem um rendimento de 82% quando funciona à carga
nominal . As perdas rotacionais são 25% das perdas a plena carga e podem ser
imaginadas como constantes enquanto todas as demais variam com o quadrado da
corrente de carga. Calcule o rendimento, quando a carga é
a . 20 HP.
b . 50 HP.
RELAçõES DE POTêNCIA E ENERGIA 507
12-14. Um motor-série de 35 HP tem um rendimento má ximo teórico de 85 quando
entrega três quartos de sua potência nominal. Imaginando que as perdas no
%
contato
tecla-escova sã o desprezá veis, calcule
a. As perdas totais para esta carga.
1
L
b. As perdas rotacionais e as variá veis no cobre para o rendimento má ximo
c. Imaginando uma diminuição de 20% na fcem à plena carga, calcule as perdas
.
rotacionais a plena carga, as perdas no cobre e o rendimento.
d. Explique por que o rendimento a plena carga é maior que o rendimento má ximo
teórico.
12-15. Um altemador de 1.000 kVA, 2.300 V, ligação estrela, de seis pólos, 60
Hz opera a
um fator de potência de 0,8 em atraso quando supre a carga nominal. A
resistência
a CC do circuito da armadura, medida entre os terminais, é 0,1 Q e o campo CC
requer 30 A a 125 V entre os anéis coletores, cuja alimentação se faz a partir
de uma
excitatriz montada sobre o mesmo eixo do altemador. Quando acionado
a uma
velocidade nominal de 1.200 rpm, utilizando um motor calibrado e um
-
eletrodina
mômetro, determinaram se as seguintes perdas : perdas no ferro de 7,5 kW, perdas -
de atrito e ventilação 5,75 kW . Imaginando um fator de resistência efetiva f
de 1, 25
multiplicativo em relação à resistência a CC, calcule
a . O rendimento a plena carga do altemador para um fator de potência de 0,8.
b. A carga percentual para a qual ocorrerá o rendimento máximo.
c. O rendimento m á ximo, admitindo que nã o há variaçã o no fator de potência ou
na excitação.
-
12 16. Um motor-derivação calibrado é utilizado para acionar um altemador trif
ásico de
1.000 kVA , 6.990 V à velocidade nominal. Os dados obtidos foram :
calcule
a. As perdas por atrito e ventilação do altemador à velocidade nominal.
b. As perdas no n úcleo à velocidade nominal.
-
c. As perdas no campo para produzir se a tensão nominal .
d . As perdas totais fixas a plena carga.
e. O rendimento do altemador para cargas de fator de potência unitário nos pontos
correspondentes à plena carga, à meia carga e no ponto de rendimento
máximo.
f. Se se aumenta a excitação para 75 A CC, sendo a carga correspondente
a um
fator de potência de 0,8 em atraso, calcule o rendimento a plena carga e
a meia
carga.
12-17. Um altemador, ligação estrela, de 10 kVA, . 250 V foi ensaiado a vazio e a curto-
circuito, para determinar -se a regulação, tendo seu valor de resistência efetiva da
armadura, por fase, dado um valor de 0,3 f í/ fase. Quando funciona a vazio como
motor sí ncrono, à tensão e velocidade nominais, ele drena uma potência total de
508 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
532 W a uma corrente a vazio de 7,75 A. Os dados do ensaio a vazio indicam que o
campo CC requer uma excitação de 20 A a 125 V CC para que se produza a tensão
nominal no ensaio a vazio, correspondendo ao funcionamento como carga do fator
de potência unitá rio. Calcule :
a. As perdas rotacionais.
b. As perdas no cobre do campo.
c. As perdas no cobre da armadura para 1 /4, 1 / 2, 3/4 e 1 * /4 de carga nominal.
d. O rendimento para as cargas enumeradas em (c) correspondentes a um fator de
potência unitá rio.
12- 18. Um motor de indução de rotor gaiola de esquilo de 7,5 HP, 220 V, trifásico, de quatro
pólos, 1.750 rpm , 22 A, com fator de potência 0,8 tem o mesmo n ú mero de espiras
no estator e no rotor. Quando funciona a vazio à tensão nominal, o motor drena
9,5 A e uma potência total de 600 W. Com o rotor bloqueado, o motor drena 22,0 A
e 1.100 W de uma linha de 40 V. Calcule :
a. A resistência equivalente entre as linhas do motor de indução, referidas ao estator.
b. As perdas rotacionais.
c. As perdas no cobre equivalentes a 1 /4, 1 /2, 3/4 e 11/4 da carga nominal .
d . O rendimento para cada um destes pontos de carga.
e. A carga para a qual ocorre o rendimento má ximo e o seu valor .
f. A relação entre as perdas no n úcleo à tensão reduzida e aquelas que ocorrem à
tensão nominal, no ensaio a rotor bloqueado.
12- 19. a. Recalcule o rendimento a plena carga correspondente ao problema 12- 18, utili-
zando o mé todo do circuito equivalente do AIEE, através do conceito de carga -
escorregamento, e os demais dados do problema anterior .
b. Compare o rendimento obtido no item anterior com o do problema 12 18, e
explique por que este é pessimista ( isto é, o rendimento é menor).
-
c. Tabele, para as condições de 1 /4, 1/ 2, 3/4, plena carga e lJ /4 desta, os valores que
se seguem calculados, através ao mé todo de carga-escorregamento do AIEE :
perdas no cobre do estator, potência de entrada do estator, escorregamento, perdas
no cobre do rotor, perdas rotacionais, perdas totais do rotor, potência de saída
do rotor e rendimento.
d . Calcule a carga para a qual ocorre o rendimento m áximo e o seu valor.
e. Compare as suas respostas aos problemas 12-18c e 12-19d e atente para a diferença
no valor do rendimento m á ximo e no ponto para o qual ele ocorre.
12- 20 Os ensaios realizados em um motor de indução trif ásico de 10 HP, 220 V e quatro
.
pólos levaram aos dados seguintes :
Calcule :
a . As perdas por atrito, ventilação e no ferro.
b. As perdas no cobre do estator a plena carga.
c. A potê ncia de entrada no rotor a plena carga.
RELAçõES DE POTêNCIA E ENERGIA 509
12-21 . O ensaio de um motor de indu ção monof ásico de partida e capacitor , de quatro pólos,
115 V levou aos dados seguintes :
Dinamômetro Leitura
Veloci-
Tensão Corrente Potência ( comprimento de
dade
do braço ) escala
(V ) (A ) (W ) ( rpm ) ( pol ) (on ças)
A vazio 115 4,8 203 1.795 12 0
Carga nominal 1
115 5,8 493 1.720 12 9,16
Carga corresponden -
te ao T má ximo 115 11 , 2 600 1.440 12 20,65
Rotor bloqueado 60 5,8 150 0 12 7 ,93
Calcule :
a. O rendimento para a carga nominal, bem como o fator de potência , a pot ência em
HP e o torque nominal . Ií
RESPOSTAS
12- l(a ) 4,167 W ( b) 1,28 W 12 2(a) 0,958 ( b) 0,956 0,957 0,948 0,915
- 12 3( a ) 31, 2 V
( b) 450 VA (c) 3,75 W ( d ) 0,9 W ( e) 0,866 12-4( a ) ,
5 01 HP ( b) 0,831 12-5( a ) 525 W
( b) 760 W 12-6(a ) 478 W ( b) 487, 5 W (c) 447 W 12-7(a ) 106, 1 V ( b) 1.750 rpm
-
12 8(a ) 1.048 W ( b) 0,778 (c) 1.090 W 164,5 W ( d) 0,659 (e) 9,11 HP 3,86
HP
12-9(a ) 136,3 V ( b) 870 rpm 12- 10(a ) 4.310 W { ) 0,844 ( c) 4.070 W 3.150 W (
&
0 859 12- 11 (a) 473,5 A (d ) 0,86 12-12(a ) 93 A 0,891 ( b ) 0,8875 ( c) 0,885 12 ( )
,
d)
0,842 ( b) 0,8 12- 14(a ) 2.470 W ( b) 1.235 W (c) 998 W 2.195 W 0,853
- 13 a
12- 15(a ) i
0,965 ( b) 120 por cento (c) 0,966 12- 16(a ) 12,92 kW ( b) 13,48 kW ( c
) 7,5 kW ( d )
33,9 kW (e) 0,94 0,924 0,9475 ( f ) 0,9275 0,90 12- 17(a ) 478 W (
b) 240 W (c)
30 W 120 W 270 W 480 W 750 W ( d ) 0,77 0,856 0,883 0,895 0,896 12- ( )
18 a
1 ,515 0 ( b) 395 W (c) 68,75 W 275 W 618 W 1.100 W 1.720 W
(d ) 0,723 0,8
i
k
TREZE
transformadores
n
V\Ar—
ii M
MáQUINAS
I2
*~
Á/SA/
r2
—° * o
__
ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
IL ( = I 2 )
•<
E Ez
© V, h Li L? í t
<>z V2 Carga
<Ê m o o
II Iz
Circuito 1 Circuito 2
Fig. 13 1- — Transformador de n úcleo de ar, indutivamente acoplado,
com os sí mbolos definit ó rios.
* T RANSFORMADORES 513
Note-se o significado da convenção dos pontos , usada na Fig. 13- 1 para mostrar
a polaridade instant â nea positiva da tensão alternativa induzida em ambos os
enrolamentos, primário e secundá rio, como resultado da ação de transformação.
Assim , quando V í é instantaneamente positivo , uma tensã o E { é induzida no
c enrolamento primá rio, de uma polaridade tal que se opõe a V de acordo com
19
< a lei de Lenz, como mostra a Fig. 13-1. També m, deve-se notar (na Fig. 13-1)
que a corrente l 2 est á em oposiçã o em relação a Iv Isto est á també m de acordo
V com a lei de Lenz , uma vez que Ix produz </> m , / 2 deve circular numa direçã o tal
o. Y que se oponha a / ,, e (ao mesmo tempo) que esteja conforme com a polaridade
instaht â nea de £ 2, como se vê na Fig. 13-1. A polaridade instant â nea de Ê 2 e / 2
estabelece a polaridade instant â nea de V2 ( terminal superior positivo) e a direção
da corrente na carga.
entre duas bobinas é a rela çã o do fluxo m ú tuo
para o fluxo total , definido como 1
<t> m M
k= (13-1)
4m +
)
V Lx x L2
l A Eq. 13- 1 pode ser derivada como se segue. A indutância mútua, como qualquer indutância,
é proporcional à tensão induzida ( eM = M di / d t ) onde eM é a força eletromotriz desenvolvida na bobina 2
pela porção do fluKO que é comum às bobinas 1 e 2, <f> m . De acordo com a lei de Faraday, da indu-
ção eletromagnética ( Eq . 1 - 5)
Em oc k N l N 2 mas Nx oc J E ] e N 2 oc
e, assim, Em oc M oc kNXN 2 = K f L{ L2 onde k ( ou k ) é o coeficiente de acoplamento, por defini ção,
e yjLyL 2 é a média geométrica das auto-indutâncias das duas bobinas.
514 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
-
13 2. RELAÇÕES NO TRANSFORMADOR IDEAL
Consideremos um transformador ideal, de n úcleo de ferro, çonforme mostra
a Fig. 13- 2, onde os fluxos dispersos ef 2 = 0 e f c = l . Tal transformador
9 ^
possui apenas fluxo m ú tuo <pm comum a ambas as bobinas, primária e secundária.
Quando Vl ê instantaneamente positivo, como se vê na Fig. 13-2, a direção da
corrente primá ria I í produz a direção do fluxo m ú tuo </> m, como se vê. A força
It
0: ll.
O
<
; A
°1 í
^ v, Et .>
V2 Carga
o
o
. -
Fig 13 2 — Transformador de n úcleo de ferro, caso ideal.
mm a ,
lei de Lenz produz uma pnlariH ^ Hp pnçitjya na parte superior bobina
primaria que se npne instantaneamente à tensã o aplir.ada
)
SemelhantementeJ f
no secundário, para a direção de </> mostrada , a polaridade positiva de F 2 deve i
ser tal que crie um fluxo desmagnetizante oposto ó m (lei de Lenz). Uma carga
ligada aos terminais do secund á rio produz uma corrente secundá ria / 2, que circula
em resposta à polaridade de E 2 e produz um fluxo desmagnetizante.
Estamos agora em condições de compreender qualitativamente como um
transformador desenvolve potência secundá ria e transfere potência do primá rio
para o secundá rio, na forma seguinte :
?
i
T RANSFORM ADORES 515
1. Imagine um circuito aberto, impedância infinita ou carga zero no secundário, e I 7 = 0.
2. Como resultado do fluxo alternativo mú tuo ( pm (criado pela tensão aplicada), são produ-
zidas forças eletromotrizes e E 2 tendo a polaridade instantâ nea mostrada com res-
peito a <j>m (Fig. 13 2). -
3. Uma pequena corrente primária, /m, conhecida como corrente de magnetização, deve
circular mesmo quando o transformador está descarregado. A corrente é pequena,
porque a fem induzida prim á ria, Ev se opõe à tensão aplicada, Vv a cada instante. O
valor de lm é uma função primariamente da relutâ ncia do circuito magnético,
Rm, e
ppm
do valor de pico do fluxo mú tuo magnetizante, < , para um dado n úmero de espiras
primá rias. 2
4. Como mostra a Fig. 13-3a, o valor pequeno de Im se atrasa, em relação à tensão pri-
mária, de 90° produzindo </> m.
I2
(E2)
v, ez v,
£
.
I = Im
lz 61
;
i
K 'Pm
(a ) Relações primá rias a vazio. ( b ) Relações secundá rias, transformador carregado.
5. por sua vez, requer 90° para produzir as tensões induzidas primária e secundária
£ i e E2 Estas tensões induzidas estão em fase uma com a outra, por serem ambas pro^-
t
duzidas por <pm. Note-se que £ , na Fig. 13-3a opõe-se a Vx ( lei de Lenz). Sem carga,
a Fig. 13-3a representa todas as relações de corrente e tensão num transformador ideal.
6. Imagine uma carga em atraso (indutiva) ligada aos terminais do secundá rio do trans-
formador ideal da Fig. 13-2. Tal carga produz uma corrente / 2 atrasada em relação
a E 2 de um ângulo 02, como se vê na Fig. 13-3b.
-
7. Os ampère-espiras secundários, N 2 / 2, como mostra a Fig. 13 2, tendem a produzir
um fluxo desmagnetizante que reduz o fluxo m ú tuo <£ m, e as tensões induzidas, E e Ev
2
instantaneamente.
8. A redução de Ex produz uma componente primária da corrente de carga, I [ que circula
no prim á rio, tal que I 'lNi = J 2 iV 2, restabelecendo <j)m em seu valor original. Note-se
que, na Fig. 13-3b, 7 J se atrasa em relação a Vt de 0/, enquanto I 2 se atrasa em relação
2
Pode-se mostrar que o valor de pico da corrente de magnetização, / = ( f> pm ( R J N J onde
Rm ca relut â ncia do circuito magnético, <f> pm é o valor de pico do fluxo m ú tuo magnetizante
e N| é o n ú mero de espiras do prim á rio, conforme JACKSON, Introduction to Electric Circuits, . ed.
3
Englewood Cliffs, N. J., Prentice- Hall, 1970, p. 585.
516 Má QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
a E 2 de 02, tais que 9\ = 02. Esta última igualdade é necessá ria a fim de que os ampè re
espiras primários restaurados N Í I [ sejam iguais e opostos aos ampè re-espiras secun -
-
d á rios desmagnetizantes JV 2 / 2.
9. O efeito da componente primá ria da corrente de carga I [ é visto na Fig. 13-3c, onde
a corrente primá ria / , é a soma fasorial de Im e JJ . Dois pontos devem ser notados no
que diz respeito às relações do fator de pot ência no circuito prim á rio da figura :
a. o â ngulo de fase do prim á rio diminui de seu valor original sem carga de 90° a seu
valor 6 t com carga, e
b. o â ngulo de fase do circuito prim á rio nã o é exatamente o mesmo do circuito secun-
d á rio. ( Para uma carga em atraso, > 02.)
Os passos acima revelam a maneira pela qual o circuito ^primá rio responde
à carga no circuito secund á rio . Num certo sentido , a operaçã o de um transfor-
mador carregado pode ser considerada semelhante ao carregamento de um motor-
derivação de corrente contí nua 3 ( Seç . 4-4).
A igualdade entre a fmm desmagnetizante do secundário N 212 e a componente
primária da fmm N XI V' que circula devido à carga para equilibrar sua açã o des -
magnetizante , como se descreveu no item 8 acima, pode ser sumarizada e rearran-
jada como
( 13- 2a)
=
'^
2 2
r»
OU
/ .2 N1
=a ( 13- 2 b)
/í N2
Solução :
a = NN i
2
500 espiras
^ (13-2b)
-7 b. Da Eq . (13-2 b
^ /; =
100 espiras
l2/a = 12 A/5 = 2,4 A
-
A maneira de escrever do Exemplo 13 1 implica em que tanto o lado de baixa
tensã o como o de alta, de um transformador, podem ser usados como primá rio
(o lado que é ligado à fonte de energia ). Assim , a relaçã o de transformaçã ,
o para
um transformador dado (constru ído), depende de sua aplicação, como mostra
o Exemplo 13- 2 .
Solução :
Como transformador elevador, o lado de baixa tensão é ligado como primário.
A relação de transformação,
100 espiras
a =—- 500
N2 espiras = 0,2 -
(13 2b)
Et = N 1 dtK
à
(13-3)
‘-
d <t>m
e n > d , -
(13 4)
518 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Uma vez que a rela ção de variação do fluxo mútuo que concatena primá rio V.
N
a = ± = E±_ = V_1 (13-5)
N2 E2 V2 *
A equaçã o (13- 5) estabelece que as relações das tensões primá rias para as
secund á rias sã o proporcionais às relações dos n ú meros de espiras primá rias para
secund á rias. També m se verifica que a relaçã o de transformaçã o, a, é maior que X
a unidade para um transformador abaixador, mas é menor que a unidade para
um transformador elevador ( V. Exemplo 13-1 e 13- 2).
Considerando as Eqs. (13- 2b) e (13-5), teremos
HN± = !± = =K
a =
2 I; ^E2 V
±
2
(13-6)
EJl = E 2 I 2 -
(13 7)
4
e, se a componente de carga da corrente primá ria, / i » é muito
maior que a corrente de magnetização, 7m, podemos escrever
TRANSFORMADORES 519
de especificar um transformador em volt-ampéres ( VA) ou quilovolt-ampéres
(kVA), onde V 1 e I x são os valores nominais da tensão e da corrente primária,
respectivamente , e F2 e / 2 os valores nominais secundários da tensão e da corrente,
respectivamente .
E X E M P L O Um transformador de 4,6 kVA , 2.300/ 115 V , 60 Hz foi projetado para ter uma
-
/ 5- 3: fen) induzida de 2,5 volts/espira. Imaginando o um transformador ideal, calcule
a. O n ú mero de espiras do enrolamento de alta, Na .
b. O n ú mero de espiras do enrolamento de baixa, Nb .
c. A corrente nominal para o enrolamento de alta, la .
d. A corrente nominal para o enrolamento de baixa, Ib .
e. A relaçã o de transformação funcionando como elevador.
f . A relação de transformação funcionando como abaixador.
Solução :
K 2.300
a. Na = 920 espiras —
-^
2,5 V /esp 2,5 V /esp
1 espiras 1 esp
b' N> = £ x
V =
115 x 46 espiras
2 2,5 V =
c- h =
kVA x 1.000
~
4,6 x 1.000 VA
2,3 x 103 V
kVA x 103 4,6 x 103 VA
2 A - (13-9)
,
d. / =
1,15 x 102 V =
40 A (13-9)
K
e. a = NL = = = J_ 0,05, como elevador
46
920 20 =
~
N,
^
N
N. Na ~ 920 20, como abaixador
'
f. a = “ = -
(13 26)
N2 Nb 46
No Exemplo 13- 3, a relação volts/espira foi dada como 2, 5 V/esp, para ambos
os enrolamentos , de alta e baixa tensões . Pode-se mostrar que este valor é dire-
tamente proporcional ao valor de pico do fluxo mútuo,. </> , e à frequência , con-
pm
forme expressa a relação volts/espira ou 5
5
A quantificação da Neumann, da lei de Faraday, estabelece que a Fem média induzida
numa
bobina de N espiras é
—l <*
T P
x i <r 8 v ( 1 - 1)
-
onde t é o tempo que o fluxo m ú tuo leva para elevar se de zero ao valor de pico, sendo o fluxo
expresso em maxwells. Imaginando um sinal de entrada sinusoidal, tendo uma frequ ncia
ê de /
ciclos por segundo, o fluxo eleva-se ao má ximo num quarto de ciclo ( / = 1 4 ) e
//
_
10 - 8 = 4 f N +pm 10 - 8 V
^ med
1 /4 /
X X
Mas, desde que o fator de forma de uma onda sinusoidal é a relação do seu valor efetivo para
seu valor médio (0,707/0,636 = 1,11), o valor efetivo da fem induzida = 1,11 ou
E dm 1,11 E med = 4,44 / N <j) pm x 10 8 V “
E 2_
= K 4 Mf <t> pm X 10 - 8
'
volts
V <Ppm = kf ( BmA ) (13-10)
I
*2 esp
Ea = 220 V
60 Hz A
^
= 33 V
400 Hz rn
\1 \ "
e
Ccx
E1 Ea 33 V = 16,5 V
„
6
2 a — (13-6)
e
A
A
VJa = Vxlx = 33 V x 4,545 A = 150 VA ( 13-9)
O significado do Exemplo 13-4 é que é poss í vel fazer altera ções de frequ ê ncia
na operação de um transformador, mas somente com as correspondentes altera-
j
ções da tensão. Se a frequê ncia e a tensão sã o ambas reduzidas, a capacidade em
kVA do transformador é correspondentemente reduzida. Se a frequê ncia e a
tensão forem ambas aumentadas, a capacidade em kVA é aumentada correspon-
dentemente (contanto que as tensões máximas permissí veis em relação aos enro-
lamentos do transformador não sejam excedidas). Note se que, OTI qualquer -
TRANSFORMADORES
521
easov a máxima de?fsMade de fluxo ©Rôisslvel deve permcmeeer tí jftesma. Isto é
necessáriò para que ò ^
transformador n ãcr sef sobreaqueça, como mostra o Exem -
p\o 13-5.
EXEMPLO Admitindo que as perdas por correntes parasitas e de histerese variem com o
13-5 : quadrado da densidade de fluxo (V. Eqs. 12- 3 e 12-4), calcule as perdas no ferro
se o transformador do Exemplo 13-4 for operado à tensão nominal, mas à fre-
quência reduzida de 60 Hz. Imagine que as perdas originais no ferro a 400 Hz
sejam 10 W .
Solução :
kCj Desde que E = kfBm, e a mesma tensão prim ária é aplicada ao transforma \Ô
^ dor
r à frequ ência reduzida, a densidade final de fluxo, Bmf aumenta significativamente
^ além de seu valor máximo permiss í vel original Bmo para :V>
N
"
fo
B m / = Bmo -T = Bmo (400/60) = 6,67 Bmo
ff
Desde que as perdas no ferro variam aproximadamente com o quadrado da ^^
O. 3( 13 - 10)
-
O transformador a n úcleo de ferro, da Fig . 13 2 , é mostrado novamente na
Fig. 13-4a, com uma carga ZL ligada aos terminais do secundá rio. Note-se que,
se a carga for removida , o transformador fica a vazio, / = 0 ; e a imped â ncia ,
2
ZL, é infinita (desde que Zz F2 / / 2 ). Para qualquer valor da impedâ ncia de
carga , ZL, a imped â ncia secund á ria , vista olhando-se os terminais secund á rios
a partir da carga , como mostra a Fig. 13-4 b, é
( 13- 11 )
12
6
Deve-se notar que o mesmo se aplica às má quinas elétricas. É poss í vel operar um
alternador
ou motor a uma frequência reduzida, mas a tensão nominal deveria também ser
reduzida na mesma
proporção. A capacidade em kVA é també m correspondentemente
reduzida, pelas razões ilustradas
acima. Mas o rendimento da má quina é aumentado devido às menores perdas no
n úcleo em frequên -
cia mais baixa, como mostram as Eqs. ( 12-3) e (12-4).
522 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Vi
z1
n
mas V 1 = a V 2 > como se viu na Eq. (13-5), e / í = / 2 /a , como mostra a Eq. (13-26) ;
então
aV
Zi = / 2 /a2 = a 2 V l
*2
I i
o * I 12 V
Fonte CA V <- >
\ ki
) c" * V2 ZL \
V ,
'
cx
o
o
o
o
o V áo ll
í 1
O
v, v2
Z2 =
^
T
2
(a ) Transformador ideal com carga. (b) Impedância equivalente
de sa ída e de entrada.
o
'V a2 z 2 S :s
o o
00
O
-
Fig. 13 4 — Impedâ ncia refletida do secundá rio ao primá rio.
mas V 2 / I 2 é a imped â ncia secund á ria Z 2 , como mostra a Eq. ( 13-11 ) ; então .
2
Zx = a 2Z2 ou
Z1
Z2 — — a2
N1
N2 J
(13-13)
TR ANSFORMADORES 523
-
A Fig. 13 4c mostra a imped â ncia olhando-se para dentro dos terminais a
partir da fonte quando a impedâ ncia secund á ria foi refletida de volta ao primá rio.
-
Admita se agora que o secund á rio est á a circuito aberto, conforme mostra a Fig.
13-4c, e que a imped â ncia do enrolamento secundá rio é desprezí vel comparada
à impedâ ncia da carga ZL, que é igual aZ2. A Eq. ( 13 13) estabelece que a relação
-
da impedâ ncia de entrada para a de sa ída é (igual a ) o quadrado da rela çã o de
transformação. Desde que Z x = a 2 Z 2, esta relaçã o implica em que os transfor-
madores podem servir como dispositivos para o acoplamento de imped â ncias,
de modo a prover a m á xima transferê ncia de pot ê ncia de um circuito a outro. 7
Um exemplo comum é o caso de um transformador de saída, usado para acoplar
-
a impedâ ncia da carga do alto- falante à impedâ ncia de saída de um amplificador
de á udio. O Exemplo 13-6 ilustra a simplicidade e a elegâ ncia da Eq . (13-13) na
soluçã o dos cálculos que envolvem a impedâ ncia da entrada. O Exemplo 13-7
-
ilustra a conjugaçã o de impedâ ncias de um servo amplificador a um servomotor.
EXEMPLO
13-6 :
O lado de alta tensão de um transformador abaixador tem 800 espiras e o lado
de baixa tensão tem 100 espiras. Uma tensão de 240 V é aplicada ao lado de alta
“
e uma impedância de carga de 3 O é ligada ao lado de baixa tensão.
Calcule:
a. a corrente e tensão secundárias »
b. a corrente primária
c. a impedância de entrada do primário a partir da relação entre a tensão e a
corrente primárias
d . a impedâ ncia de entrada do primário por meio da Eq. ( 13 - 13 ).
Solução :
v 1 240 V
a . V2 = ——a = 240 V 800 espiras/100 espiras 8
= 30 V ( 13-6) \
‘‘ -t /2
30 V
3 n =
10 A
10 A ( 13- 11 )
b. / i — a 8 =
1,25 A ( 13- 26)
c. Z Vx 240 V = 192 Q
_
( 13- 12)
1,25 A
d . Z , = a Z 2 = 82 x 3 Q = 192 fl
2
( 13- 13)
Solução : t
1/ 2
250\ 1 /2
a. a2 = ^ i
e a= = (100)1 / =
2
10 ( 13 - 13)
^ 2 2,5
b. iVj = C L N 2 10 ( 10 espiras ) = 100 espiras ( 13- 2b)
O fluxo disperso prim á rio , <b v produz uma reatâ ncia indutiva prim á ria XL .
O fluxo disperso secundá rio, <£ 2, produz uma reatâ ncia indutiva secundá ria, XLi .
Alé m disto, os enrolamentos primá rio e secund á rio sã o constituídcfs de condutores
de cobre, que tê m certa resistê ncia. A resistê ncia interna do enrolamento primá rio
é r , e a do secund á rio é r 2.
As resistências e reatâ ncias dos enrolamentos do prim á rio e secund á rio , respec-
tivamente, produzem quedas de tensã o no interior do transformador, como resul -
tado das correntes prim á ria e secund á ria . Embora estas quedas de tensã o sejam
internas, é conveniente representá-las externamente como parâ metros puros em
sé rie com um transformador ideal, como mostra a Fig. 13-5b. O transformador
ideal , mostrado na Fig. 13-5 b, é imaginado sem quedas internas nas resistê ncias
e reat â ncias de seus enrolamentos. A dispersã o foi incluída na queda de tensão
r
y
-
\
» '
II r
\ I2
r
O “C
<Ê m
,^ t
V +1 E E2 #
< >2 V2 ZL \
/
V c
t
c
. /
c fl
'' J O
// < T
2
(a) Fluxos dispersos em um transformador real carregado. /
Vz2 fr -
I, X r2 XL 2 I2
wv—'innr'
• I2 z
— -1— o j
1
^
* V2
Zi
o
I
_i Transformador ideal
-
Fig. 13 5
— Transformador real.
1
TRANSFORMADORES 525
primá ria / 1 Z 1 e na queda de tensão secundá ria, / 2Z 2. Uma vez que estas são
quedas de tensão indutivas, pela teoria da corrente alternativa podemos dizer
que a imped â ncia interna primá ria do transformador é
Z r j -f j X u onde todos os termos foram definidos na Seç. 13-1 (13-14)
E poss í vel agora ver a relaçã o entre as tensões terminais e induzidas do pri-
m á rio e secund á rio, respectivamente. Do acordo com a Eq. (13-10), as fem indu-
zidas prim á ria e secund á ria podem ser avaliadas a partir da relaçã o fundamental
Ex = 4 A4 f N x B m A x 10 “
8
V (13-16)
e
E 2 = 4 A4 f N 2 BmA x IO ' 8
V (13-17)
Ex = V X - ( I X Z X ) = V x -í x (r x + JXJ (13-18)
È2 -V 2
-
^
(J2 2 ) = V 2 - h( r 2 +JXJ -
(13 19)
Note-se, pela Fig. 13- 5b e Eq . (13-18), que a tensã o aplicada ao primá rio,
Kj, é maior que a fem induzida no enrolamento primá rio, Ev E també m, pela
Fig. 13- 5 b e Eq . (13- 19), que a fem induzida no enrolamento secund á rio, E 2, é
maior que a tensã o nos terminais do secund á rio , V 2 . Assim , podemos escrever
EXEMPLO Um transformador abaixador de 500 kVA, 60 Hz, 2.300/ 230 V, tem os seguintes
13-8 : parâmetros : rx — 0, 1 Q , XL Í = 0, 3 Q, r 2 = 0,001 Q, XL = 0,003 Í1 Quando
o transformador é usado como abaixador e está com carga nominal , calcule :
a . as correntes primária e secundária
b. as impedâncias internas primária e secundária
c. as quedas internas de tensão primária e secundária
d. as fem induzidas primária e secundária, imaginando-se que as tensões nos
terminais e induzidas estão em fase
e. a relação entre as fem induzidas primária e secundária, e entre as respectivas
tensões terminais.
526 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Solução :
-
( 13 15)
Zj = + jXL = 0,1 + y 0,3 = 0,3160
Í
'
(13-14)
•n '
Ê2
~ ~
236,88 =
9,43 = a = Ni (13-5)
V\
*2
2.300
mas
230 =
10
^ 2
O Exemplo 13-8 mostra que, num transformador real, para se obter uma dada
relação entre tensões terminais prim á ria e secund á ria , a relaçã o de transformação
( N J N 2 = E J E 2 ) sieyeserjgvgnjfi ntcjnenor , se forem levadas em conta as quedas
nas imped â ncias internas prim á ria e secundaria . També m se verificam as relações
sumarizadas nas Eqs. (13-18) a (13-20).
Solução :
K 230 V
= lf = 2.175 A
= 0,1055 Q
2
2.300 V
b. Zp =
^
/! = 217,5 A
= 10,55 n
c. a imped ância de carga, ZL = 0,1055 Q é muito maior que a imped â ncia secun
dária interna, Z2 = 0,00316 Q. A impedância primária de entrada, Zp =
-
= 10,55 Q é muito maior que a impedância primária interna, Zl = 0,316 Cl
d. é essencial que ZL seja muito maior que Z 2, de modo que a maior parte da
fem induzida E 2 seja aplicada à imped â ncia de carga ZL. Como ZL é redu
zida em proporção a Z 2, a corrente de carga aumenta e á queda interna em
-
Z 2 maior se torna.
TRANSFORMADORES 527-
A impedâ ncia primária de entrada , Zp, representa a impedância de carga
refletida, Zp = oc 2 ZL = ( 10) 2 x 0, 1055 = 10 , 55 Q . Novamente, para um dado
valor da corrente prim á ria de carga drenada da fonte, a impedâ ncia primária interna ,
Zp deve ser pequena em comparação com a impedância refletida primária, de
modo que Ex será grande em relação a V v
Ii rt Ii a 2 rz « 2 XL 2
AAA/
-— I , 2 t \ Im
A/W
r
':
V, a 2 ZL
- r
Rm I XLm
li Ii n + a 2 r2 XLl + a 2 XL 2
o -A/W- nRRT^—
I Im Re , xe .
V, O: 2 ZL
Rm X Lm aV 2
o-
Ii Re , Xe ,
o -ww MJO ÍP
r , + oc 2 rz x Li, + a2 x L 2
V, a V2 « 2 ZL
o
tc) Circuito equivalente simplificado imaginando nula a corrente de magnetização.
Fig. 13-6 —
Circuitos equivalentes para transformador de potência.
528 Má QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
O circuito da Fig. 13-5b é mostrado na Fig. 13-6a com a impedâ ncia de carga
e a resistência e reatâ ncia internas secundárias refletidas de volta ao primá rio.
Note-se que a corrente primária , Iv é a soma da componente primá ria de ma ne-
t i z a âo e j d a &mpqassiS&. qrresppoçl de carga /;, nzfi 7\3-6a.
^^^
'
£ ^
^ ^
Isto est á perfeitamente de acordo com as relações fasoriais de um transformador
tf
carregado, conforme mostra a Fig . 13-3a . Alémjdisto, Jlm representa o parâmetro
_ _
equivalente às perdas _dg _pot ê ncia nqJerro dqjmcleQ o-tramfarmadnr ( perdas ^
_ ^
^
V ycuito aberto, I [ = 0, e apenas Im circula (/ j = í m ) produzindo uma pequena queda
interna de tensã o na imped â ncia primá ria Z 1 (igual a r { + jXLí ) . Desde que a
imped â ncia primá ria Zj e a queda de tensã o prim á ria I í Z l sã o relativamente
pequenas, é poss í vel obter-se um circuito equivalente aproximado deslocando
o ramo paralelo L- R diretamente junto à fonte de suprimento, Vv Fazendo isto,
é poss í vel agrupar as resist ê ncias e reatâ ncias internas dos circuitos primá rio e
secund á rio, respectivamente, como mostra a Fig. 13-6b, de modo a produzir os
seguintes parâ metros equivalentes :
V V
7i
Z
*
+« 2
ZL ( Rei + j X J + « 2 ( R L ± jxj
v (13- 24)
[ Rei + « R L] + j [ Xei ± « 2/*J
2
Solução:
2.300 V 2.300 V
~
= 10,21 - = 225 A
(10,2 + j 0,6) n Q
— -
a . Carga com ângulo de fase em avanço Fig . 13 7a. A corrente de carga secund á ria refle-
-
tida, / 2/a, adianta se em relação à tensã o secund ária refletida da carga, aV , de um
â ngulo de
fase em avanço 02. Como mostra a Fig. 13-6c, a diferença fasorial entre aF2 e
tensão na impedâ ncia equivalente IlZeV A queda na resistência equivalente I 2 V v é ã queda de
] Rel est á em
fase com Iv A queda na reatância equivalente, adianta-se de 90° em relação a lv Devido
IxXeV
a estas quedas de tensão equivalentes, a tensão V ainda se adianta em relação a I de um â r
1 ngulo
6 j. O â ngulo de adianto é, necessariamente, menor que devido ao fato do { transform
ser, internamente, indutivo. 02 ador
530 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
[ l 2 /a )
II
01 V, >
B2
aV 2
h1 l e t
i
4U
U 2 /a ) I
( c ) Cargas com fator de pot ê ncia unitá rio.
.
Fig 13 7- — Transformador de potência com condições variáveis de carga secundá ria e
seu efeito no â ngulo de fase do primá rio.
—
b . Carga com ângulo de fase em atraso Fig . 13-7 b . A corrente de carga secundá ria refle-
tida , / 2 / a , atrasa-se da tensã o secundá ria refletida, ocV 2 , de um â ngulo de fase em atraso, .
A diferen ça fasorial entre a tensão secundá ria refletida, aV , e a tensão prim á ria aplicada, V »
02
2 i
é a queda na impedâ ncia equivalente, / , Zel . Neste caso, o ângulo de fase em atraso, 0 é i
í f
maior que o â ngulo de fase em atraso 02 , devido ao fato do transformador ser altamente indutivo
internamente e disto tender a tornar o circuito mais indutivo ainda .
c . Carga com fator de potência unitário
—
Fig . 13-7c . A corrente de carga secund á ria
refletida, IJa, está em fase com a tensão secundária refletida, aK , a um fator de potência uni-
2 (
tário, sendo resistiva a carga no secundá rio do transformador. A diferença fasorial entre a tensão
Ji
secund á ria refletida <xV2 e a tensã o primária aplicada Vx é a queda de tensã o na imped â ncia
-
equivalente lxZeV A corrente primá ria lx atrasa se em relação a Vi de um pequeno ângulo
0 j. Com fator de potência unitário no secundário, o primário vê um pequeno atraso entre a
corrente primá ria e a tensão prim á ria, devido à indutâ ncia interna equivalente total do trans-
formador.
Re 2
- r2 +
^
e a equação para a reat â ncia equivalente referida ao secund ário é
( 13- 25)
•
e2 = xLi, + a2 -
( 13 26)
Z e2 = R e2 + J X e2 (13-27)
_ tar a Para qualquer valor dado de corrente de carga, / , portanto, é possí vel compu
2
fem induzida, E , e a regulação em tensão do transformador, respectivamente,
2
-
a partir das condições seguintes derivadas da Fig. 13-8.
E2
I 2 Re 2
( l , a)
.
(a ) Cargas de fator de potê ncia unit á rio ( b ) Cargas com fator de potência em atraso.
i 2 Rez
( c ) Cargas com fator de potdncia em adianto .
. -
Fig 13 8
—
Regula ção da tensão secund á ria de transformadores de potê ncia
as tensões e correntes referidas ao secundário
—. todas
tensão secundá ria usada como fasor de
—
referê ncia
532 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
onde E 2 é O valor a vazio da fem induzida secund á ria, como determinado pela
Eq. ( 13- 28),
e y é o valor da tensão secund á ria do transformador com carga nominal
2
no secund á rio.
EXEMPLO Medidas feitas num transformador de 500 kVA, 2.300/230 V conduziram aos
-
13 11: seguintes valores para a reatâ ncia e resistência equivalentes referidas ao secun -
dário (lado de baixa tensão): Xe 2 = 0,006 Cl e Re 2 = 0,002 Q.
Calcule:
a. A fem induzida, £ 2, quando o transformador estiver entregando a corrente
nominal secundá ria a uma carga de fator de potê ncia unitá rio. V
—
b. Repita (a) para uma carga com cos 02 0,8 em atraso.
V
—
c. Repita (a ) para uma carga com cos 02 0,6 em avan ço.
d. A regulaçã o de tensã o para (a ), ( b) e (c), respectivamente.
e. Comente as diferen ças na regula çã o de tensã o com referência à Fig. 13-8.
Solução :
Cá lculos preliminares :
Corrente nominal secund á ria
kVA x 103 500 x 103 VA
h= 230 V = 2,175 x 103 A -
(13 9)
Vi
Queda correspondente à corrente nominal na resistê ncia equivalente
= (2,175 x 103 A ) (2 x 10 3 Q ) = 4,35 V
“
*
.
d . 1 R % para cos 02 = 1 ( FP)
E - V2 234,5 - 230
R% = 2 x 100 = x 100 = 1,956 % (3-9a )
230
2. R % para cos d 2 = 0,8 ( FP em atraso)
E - V2 241,8 - 230
R% = 2 x 100 — 230
x 100 = 5,13 % ( 3-9a )
!
S)O Exemplo 13- 11 mostra que a regulação de um transformador pode ser
melhorada por uma carga em avanço , / 2 , com respeito à tensão terminal secundá ria ,
V 2 . Tal corrente em avanço (capacitiva ) tende a contrabalançar as quedas internas
indutivas devidas à s reatâ ncias indutivas primá ria e secundá ria do próprio trans-
formador .
I , Z eí .
I Ze,
o
V
— —
,
Re,
v\A
i1
/
Xe ,
/
« v2 a 2 ZL
o
v,
V\A
Re,
iI — Xe ,
OffiV
<
\
v
- o
,
O
\ í
, = 7, ZP
V1 1 Cl -
(13 29)
donde
y r
Z< .= /1
1
tf „
-
( 13 30)
V '>
JS
e pela teoria de circuitos CA simples
/i / ?í
-
(13 31 )
/ 80 lado de baixa tensão é t ,rto-circuitado porque o seu enrolamento tem : 1) uma tensão nominal
menor e 2) uma corrente norir ã l maior. Embora qualquer lado possa ser curto-circuitado, é usual *
\
I
T RANSFORMADORES 535
Equações estas ( 13 - 30) a ( 13- 32) que indicam claramente que medições de
tensão, corrente e potência primária, quando o transformador está curto-circuitado,
levam ao cá lculo dos parâ metros Ze t X «i * Rer
A Fig . 13- 10 mostra uma disposição t í pica de instrumentos e dispositivos
para se obterem os dados do ensaio a curto- circuito de um transformador . O
processo é o que se segue : %
P / 0 n. iQw0. C '
' a
Potenci ômetro.
ou transformador V
o 1 ajustá vel
H, </
, ( nominal ) •:
^
o .I <2
o
Fonte de tensão g o
Oí O A S !
o •
CA
1J
o
l W
!( V
o
o
o
o
o
o
o
o
-
Curto circuito
o
H2
JJ I 2 ( nominal )
* 2
- —
Fig. 13 10 Ligações tipicas de instrumentos para o ensaio de
curto-circuito, visando a determinação de
Zel , Xex e Ret .
1. Com um potenciô metro ou um transformador de sa ída variá vel, ajustado para dar
tensão de saída nula, curto-circuitam -se os terminais de baixa tensã o,
formador.
Xx X 2 do trans- -
2. Lenta e cuidadosamente, aumenta -se a tensã o usando o transformador ajustá vel ou
o potenciômetro, até que a corrente nominal primária seja lida no amper ímetro (a cor
r
<!.
rente nominal primá ria é determinada a partir da capacidade nominal do transformador
-
em VA, dividida pela tensã o nominal do lado de alta tensão, VA/ V .
3. Lê-se a potência de curto-circuito, Pcc ; a tensão de curto circuito
m á ria de curto-circuito, , Icc = Ix ( nominal ).
c c e a corrente pri- - ^ ^
4. Calcula-se Zel pela relação das leituras do volt í metro e do amper í metro:
7 = Kc ££.
_
leitura do volt í metro
K , leitura do amperímetro
5. Calcula -se Rei pela relação da leitura do watt í metro dividida pela leitura do amper í -
metro ao quadrado :
Pcc
cc leitura do watt í metro
^ el
l\c ( leitura do amper ímetro) 2
6. Calcula se - Xel a partir de Zel e ReV obtidos pelos passos 4 e 5 acima, usando:
a- Xml = V -Z 2el R 2elou • / C‘ K
r
b. 0 = arc cos ( Rei / Zel ) X
> / •
-X Xe\ — sen 9 ; ,
A
I
536 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Solução :
a. Kc
Zei = Kc
50 V
5,75 Q
8,7 A = (13-30)
Pcc 250 \
(8,7) 2 =
3,3 Q ( 13-31)
(U 2
Zei 5,75 n
b-^ e2 =
a2 102 =
0,0575 Q (13-13)
3,3 n
Re2 = -ar = 102 = 0,033 Q
4
2 Re 2 = 87 A X 0,033 n = 2,87 V
! 2 Xe 2 = 87 Ax 0,0471 H = 4,1 V
4
í
TRANSFORMADORES 537
1ò ,
EXEMPLO Calcule a fração das perdas no n úcleo, à tensão nominal, que são medidas pelo
13-13 : wattí metro no Exemplo 13-12.
Solução :
, / Ji
i
de ferro. A_s .perdas no ferro podem , assim, ser desprezadas na maioria das condi-
ções dos ensaios de curto-circuito. ( Note-se que as perdas no n úcleo não podem
,
-
ser desprezadas no ensaio de curto circuito, a rotor bloqueado, do motor de indução
conforme se descreveu na Seç. 12-13, último parágrafo, precisamente devido à
relaçã o relativamente alta entre a tensã o de ensaio e a tensã o nominal, no caso.)
rs , Í jL
O Ti 1 9 r\ { . ‘
y
Potenciômetro ]y< * r
ou transformador Oj
o ajustável
o
o
Im X , x i
Fonte de tensão ® f *
ot
.± W
a A
o
OH ,
CA S o
o V o
o
Grcuito aberto
o o o ( PERIGOl Alta tensão. )
o o o
p
f1 ^
o O H2
*2 1
'v
-
Fig. 13 11 — Ligações tí picas dos instrumentos para o ensaio a
circuito aberto, que determinará as perdas no n úcleo. A > *
I
'
[
CU !
1 2 -
nominal aplicada aos terminais de baixa tensã o X X , e com os terminais de alta
tensão, HX - H 2 , a circuito aberto. Uma vez que a tensão nominal é aplicada ao
:
<
lado de baixa tensã o, a tensã o nominal també m aparece nos terminais do lado
de alta tensão. Deve-se atentar para que estes terminais de alta tensã o estejam
—
[
apropriadamente isolados um do outro e do contato com pessoas ( V. Fig. 13- 11 ).
. t
p r i n c i p a l razã o para executar-se o ensaio a vazio é medirem se as perdas
- rf
do n úcleo à tensã o nominal . O processo para a execuçã o do ensaio a vazio é o - : v t
que se segue : A
/' r
s.
/
r
1. Leva-se o potenciô metro ou o transformador ajustá vel, desde zero até a tensã o nominal -
y
!
J
para o enrolamento em que está ligado o voltímetro CA. -3
-
2. Lê se a potência a circuito aberto, Pca, a tensão nominal,
Kom,, e a corrente de magne-
tização, Im, nos instrumentos respectivos.
3. Calculam-se as perdas no n úcleo a partir de Ph Pca - I
do enrolamento de baixa tensão escolhido. — ^RX , onde Rx é a resistência
>
f
(•
i
í
r \
!
N.
i
TR ANSFORMADORES 539
Como o transformador est á a circuito aberto, a corrente a vazio é relativamente
pequena, bem como a resist ê ncia do enrolamento de baixa tensã o no qual o teste
é realizado . Na maion -dos-casos aGGim , é tCTigtTorn ãFseirleitura dl) waltmietro
^
^
^
^
como o valor das~perdas no- n úcleo, sem subtrair aspeqiiena pefda
»~ »-tKrTobrej
produzidas pela corrente de magnetiza çã o ( V. Exemplo 13 14).
-
t- " ' Alé m da regulaçã o em tensã o, é poss í vel usarem-se os dados do ensaio a circuito
aberto e do ensaio de curto-circuito para prever o rendimento do transformador.
Deve-se notar que ambos os testes empregam t écnicas convencionais , em vez do
carregamento direto. ( A vantagem, conforme se assinalou na Seç. 12-4, das t c
é-
nicas convencionais é a utilizaçã o de pouca potê ncia para o teste, uma vez que
usualmente n ão se dispõem de cargas grandes para testar transformadores grandes.)
Um transformador cujo secund á rio está a circuito aberto apenas consome potência
para suas perdas-no n úcleo , menos de um por cento de sua potê ncia nominal .
A
potência consumida durante o ensaio de curto-circuito, semelhantemente, é muito
pequena , uma vez que a pot ê ncia de entrada é èsselicialmente a correspondente
^
às çercjas noiç ipais Q çpbre, que, novamente, serão menos de um por cento da
t
a ^ sa fda V 2 I 2 cos 6 ?
PC ( 13-33)
^ sa ída -f P perdas V 212 cos 02 -h T Perda no
n úcleo
+ l\ R
4 bt c ’ o C- <
y .
que apenas é fixo na Eq. (13-33) o termo perdas no n úcleo. A potência ú til de sa ída l
e as perdas equivalentes no cobre sã o ambas fun çã o de / , corrente secundá ria ,
2
Como estabelecido para o rendimento das m á quinas girantes na Eq . ( 12-6),
^
o m á ximo rendimento ocorre quando as perdas fixas e variá veis são iguais, ouy JLGF
rsO'
.. u ^
s> Ph para o rendimento m á ximo ( 13-34)
^ :
( 13-35)
12 = yfPJK para o rendimento m á ximo
Alé m disto, deve-se notar que o fator de pot ê ncia de carga , cos 02 , determina
-
o valor do termo potê ncia ú til secundá ria na Eq . ( 13 33). Para o mesmo valor
da corrente nominal de carga, / 2 , uma reduçã o no fator de potê ncia é acompanhada
pela correspondente reduçã o no rendimento ( V. Fig. 13-12). Finalmente, como
no caso de todas as m á quinas, el é tricas ou outras, a curva de rendimento de um
transformador segue a mesma forma geral ditada pela Eq . 13-33. Sob cargas rela-
tivamenteJev _as .das Jjxas_são levâdas emj ação à saída, e o rendimento
^ ^^ ^
^ ^
^^
é faajxo Sob çargaspesadas (sa í da al é m da n omjnal)T perc
^ novamenteJ ^^
aixo . O
o cobre)
rendimento
sã o elevadas em jglaç$o.à~sa í da -a xendimenio A
g .
^
má ximo, evidentemente, ocorre a um valor de carga para o qual as perdas fixas
( no n ú cleo) igualam as perdas variá veis ( no cobre), como sumarizadcTnas Eqs.
( 13 34) e ( 13- 35). A curva do rendimento , portanto, eleva -se desde zero (com sa í da
-
zero, a vazio ) at é um má ximo à, aproximadamente , metade da carga nominal,
e cai novamente para cargas pesadas (acima da nominal).
Os exemplos seguintes indicam como utilizar os dados dos ensaios a vazio
e de curto-circuito para predizer o rendimento para vá rios valores de carga , e a
carga para a qual ocorre o rendimento m á ximo do transformador em teste. Note-se
no Exemplo 13-14 que o m é todo convencional empregado requer apenas uma
pequena fraçã o dos kVA nominais (aproximadamente 1 ,6 % para o ensaio de curto-
circuito e mesmo menos para o ensaio a vazio) para a sua realizaçã o.
í
!
'
y K j K .' ^ V .
' » v V. -
V. '
; -A <r ~ ' '
Y V1 - A. J '\ V A *
^v \ o5 Y ' r-
~
'^ f. wtwCi -
£>JLX <^\\.CXYN ^
( I (
\ \ v
&
< CO O V A f <y >
TRANSFORMADORES 541
R ea
0,173 Q _ 0,173 Q
= 0,001417 n
(11,05)2 =
eb ^
a 2 .(2.300/208)2 i
i
b. Resistência do enrolamento do lado de baixa tensão apenas
0,001417 Í2
(^
cf . Exemplo
^ 13-10) =— ~b
2
= 7,1 x 10 4 Q “
c. / 2 /% = 852 x 7,1 x 10 “ 4
= 5,125 W
d. P ndcleo = P0 - I Rb = 1.800 - 5,125 = 1.794,9 W
2
e. Sim, a potência obtida no ensaio a vazio pode ser usada como perda no n úcleo.
O erro é aproximadamente 5/1.800 = 0,00278 ou 0,278 %. Isto está dentro
da margem de erro permitida aos instrumentos usados no ensaio. Podemos,
pois, admitir que as perdas no n úcleo são 1.800 W.
fração de carga =
1.125 A
2.400 A
0,47 -
e. rendimento
— V2 I 2 cos 02
V2 I 2 cos e2 + ( Pj + ( l
208 x 1.125 x 1
\Re 2 )
n ~
208 x 1.125 x 1 + 2( 1.800)
f
234.000 234.000
n= 234.000 + 3.600 237.600
= 98,48 %
Várias conclusões importantes podem ser tiradas dos Exemplos 13- 14 e 13- 15 ,
com respeito ao rendimento do transformador . São elas
1 . A vazio, com tensão nominal aplicada a um dos enrolamentos de baixa tensão, a po-
t ência solicitada, Po9 é essencialmente devida às pardas no núcleo. As pequenas perdas
no cobre a vazio podem ser desprezadas.
2. Embora o rendimento seja zero a vazio ( / 2 = 0 e a potência de saída K / cos
2 2
ele se eleva rapidamente com uma pequena aplicação de carga ao secundário. Con-
02 0),
forme mostram a Fig. 13- 12 e os Exemplos 13- 15a e b, o rendimento é maior que 97 %
—
para 1/4 da carga nominal.
3. O rendimento máximo ocorre à, aproximadamente, meia carga, conforme mostra o
Exemplo 13- 15d. Estabelecendo-se o máximo rendimento para estes valores de carga,
-jjk permite-se que o transformador mantenha um rendimento razoavelmente alto para
cargas pequenas abaixo daquele valor e para cargas pesadas acima daquele valor. O
transformador, assim, mantém seu elevado rendimento através de uma larga faixa de
valores de carga, conforme mostra a Fig. 13-12.
4. Para o mesmo valor da corrente de carga, o efeito da diminuição dos valores do fator
de potência é uma pequena redução no rendimento, conforme mostra a famí lia de cur-
vas da Fig. 13- 12. Note-se pelas curvas e tabulações (ú ltima coluna) do Exemplo 13- 15a
e b, que, a cada acréscimo de carga, o rendimento é maior para os maiores fatores de
pot ência.
TRANSFORMADORES 543
100
1,0 FP
0,8 FP
0,6 FP 'Í
0,4 FP
E
8
to
> 0, 2 FP
c
8
0)
a
I
o
50
c
©
E
-D
•
C
©
tr
0
0, 2 0,4 0,6 0,8 1,0 12
Fração da carga nominal
. -
Fig 13 12
— Rendimento do transformador segundo o fator de potência
da carga.
5. A carga para a qual ocorre o rendimento máximo, entretanto, para cada curva da famí-
lia mostrada na Fig. 13-12, permanece a mesma, porque as perdas no n ú cleo e as perdas
variá veis no cobre ( I 22 Re2) são independentes do fator de potência. Como no caso do
item anterior, o rendimento má ximo é menor neste ponto de carga que para aqueles
de menores fatores de potência.
6. Os rendimentos dos transformadores são algo maiores que aqueles das m áquinas elé-
tricas girantes, uma vez que, para a mesma pot ência (capacidade), as ú ltimas possuem
outras perdas, tais como perdas rotacionais e as adicionais sob carga. Assim, um trans-
formador bem projetado tem sempre rendimento maior que a máquina girante ligada
como carga ao seu secund á rio.
onde Wov Wor W03 etc. são as energias requeridas do transformador pelas di-
ferentes cargas ligadas, durante o per íodo de 24 horas. A Wperdas
{ totaI ) e a
soma das energias perdidas, constitu ída das perdas no n ú cleo (fixas ) e no
cobre ( variá veis), para o per í odo de 24 horas.
Note-se que a energia perdida durante um per í odo de 24 horas, fKperdas ,
( totaI )
consiste das perdas no n úcleo para 24 horas (desde que o transformador est á sempre
energizado) mais as perdas variá veis no cobre, que variam diretamente com a L
carga flutuante durante o per íodo de 24 horas, conforme mostra o Exemplo 13- 16
abaixo. També m , nota -se que a Eq . ( 13- 36 ) é uma rela çã o de energias e n ã o de
potências, como mostra o Exemplo 13- 16.
1.800 W x 24 horas
a. W = Pc t = = 43,2 kWh = energia total perdida no n ú -
103 W/kW
cleo em 24 horas, incluindo as 2 horas a vazio,
b. A partir do ensaio de curto-circuito, as perdas no cobre à carga nominal são
8,2 kW , e os valores de energia perdida para per íodos de 24 horas são tabu -
lados da forma seguinte
20 (0, 2 ) 2 x 8,2 4 1 , 31
40 ( 0,4) 2 x 8,2 4 5,25
80 (0,8) 2 x 8,2 6 31 ,50
100
125
8, 2
(1,25) 2 x 8,2
6
2
49, 20
25,62 r
Perda total de energia durante per í odo de 24 h = 112,88
( excluindo 2 h a vazio) ;
i .
TR ANSFORMA DORES 545
c. a energia fornecida total durante um perí odo de 24 horas é tabulada também
ENERGIA
% PERíODO DE
ENTREGUE
CARGA TEMPO
w
rr out
NOMINAL COS 9 kVA cos 9 kW h kWh
W
d . rendimento diário = out ( total )
W out ( total ) + W perdas ( total )
7.422 kWh
7.422 4- 43,2 + 112,88 kWh
7.422 kWh
98 ( 13 - 36)
7.578, 1 kWh = %
Note-se que, apesar das condições de fator de pot ê ncia e de variaçã o de carga ,
o rendimento energético total de um transformador de distribuiçã o, durante um
per íodo de 24 horas, é relativamente alto . Isto pode ser antecipado se se observam
as curvas da Fig. 13-12, que mostram um rendimento relativamente alto para
uma ampla variaçã o da carga a fatores de potê ncia relativamente elevados . Somente
a falta completa de uso, ou a operaçã o a fatores de pot ê ncia extremamente baixos
resultaria num baixo rendimento diá rio para transformadores reais de distribuição.
^^
Vi \ ficar a maneira pela qual o ponto (ou o subí ndice í mpar) é utilizado para assinalar
<o os enrolamentos da Fig. 13-13. Imaginemos que o primá rio, Hx H 2, é energizado-
e que H i é instantaneamênte ligado ao terminal positivo da fonte. O fluxo m ú tuo,
r —
</> m , estabelece-se instantaneamente no n úcleo no sentido dos ponteiros do rel ógio ,
)
conforme assinalado. De acordo com a lei de Lenz, as fem induzidas estabelecem-se
nos demais enrolamentos no sentido mostrado. Um mé todo alternativo, para
verificar a conven çã o dos pontos na Fig. 13-13, é comparar-se a maneira pela qual
-
as bobinas sã o enroladas no mesmo n úcleo. As bobinas H X H 2 e X 3 X 4 são enro-
ladas na mesma direção, portanto o ponto situa-se no terminal da esquerda. As
-
bobinas X .- X ? e H . H . sã o enroladas no mesmo sentido um em relaçã o ao outro,
-
-
mas em oposiçã o a Hx H 2 . Estas bobinas devem ter o ponto no terminal direito,
para significar polaridade positiva e, també m, polaridade oposta a HX H 2 . -
Infelizmente, é imposs í vel examinar-se um transformador comercial para
se deduzir o sentido de enrolamento das bobinas,1b da í determinar-se a identificação
das fases e a polaridade relativa dos terminais. Um transformador de m últiplos
enrolamentos pode tanto ter apenas 5 bornes como 50 na sua placa de terminais.
Se for possí vel examinar os condutores de cada bobina, o diâ metro dos fios pode
fornecer alguma pista com o que bornes ou terminais sã o associados às bobinas
TRANSFORMADORES 547
Transformador
f õW
x, ^
000
H , H2 H3 H4 x2 x3 x4
i:
ô O Ô Placa de terminais
1 I 5 V \ \ |/ / Ponteira exploradora
—
lâ mpada \ /x\
o K> <M
115 V
CA o
.
Fig 13 14 - —Ensaio para determinar os terminais das bobinas do transformador e os
respectivos taps usando uma lâ mpada como elemento para o teste de continuidade.
( Pode-se usar um voltí metro CA em lugar da l â mpada .)
115 V, ligada em sé rie a uma fonte de 115 V-CA, fornece um meio de se proceder
à identifica çã o das bobinas. Se o terminal de carga da lâ mpada é ligado ao terminal
H í como mostra a Fig . 13-14, e o terminal explorador é ligado ao X 4 , a l â mpada
9
JL
548 M áQUINAS ELé TRICAS E TRANSFORMADORES
( 1.000 fi/ V), em lugar da lâ mpada , ligado na escala de 150 V . O volt í metro lerá
»*
a tensão da fonte para cada tap de uma bobina comum , uma vez que a sua resis-
tê ncia interna ( 150 kíi) é muito maior que a resistência do enrolamento do trans-
w
formador. Um ohmômetro a pilha ou eletrónico pode então ser usado para iden-
tificar os taps através da medição da resistê ncia e també m para verificar os enro-
lamentos da bobina pelo teste de continuidade.
5V CA 5V CA
X2 X , X , X2
1
i
Ul QSU
110 V
• nnnnftftTi oMWtn
i ^ i
Vr )
Hi H2 HI H2
*
115 V CA 115 V CA
115 V CA
( a ) Teste de polaridade . ( b ) Polaridade aditiva. ( c ) Polaridade subtrativa .
( Vt > Vr ) ( Vt < Vr )
-
Fig. 13 15
— Teste de polaridade dos enrolamentos de um transformador, mostrando a
polaridade aditiva, subtrativa e a designação dos terminais.
i
1. Escolhe-se qualquer enrolamento de alta tensão para servir como bobina de referência.
2. Liga-se um dos terminais da bobina de referência a um terminal de qualquer outro
enrolamento de polaridade desconhecida.
3. Atribui -se ao outro terminal do enrolamento de referência a polaridade assinalada pelo
ponto (instantaneamente positiva).
4. Liga-se o voltímetro (CA ) na sua maior escala entre o terminal identificado da bobina
de referência e o outro terminal da bobina, de polaridade instantâ nea desconhecida.
5. Aplica-se a tensão nominal (ou menor) à bobina de referência.
6. Lê-se a tensão sobre a bobina de referência Vr e a tensão de ensaio entre as bobinas, .
7. Se a tensão de ensaio, Vg é maior que Vr, a polaridade é aditiva, e o ponto é aplicado
Ve
1
X , Ht X , T
115 V o
o 10 V 115 V o
o 10 V 10 V
230 V
H2 x?
20 V 230 V
H2 3
< 1
Hj Xj H3
x3
115 V 10 V 115 Vo 10 V
H4 x4 i
(a ) Bobinas de alta tensão em série,
— o
' x4
(b ) Bobinas de alta tensão em série,
bobinas de baixa tensão em série. bobinas de baixa tensão em paralelo. r
I X , 1 M— i* X , t
115 V 115 V S 10 V 115 V 10 V
115 V o 10 V
1 H? Í X2
20 V
1 O
^ i 1 K
X3
115 Vg
—^
10 V 115 V O
® 10 V
X4 H49 X4
a. Bobinas de alta tensão em sé rie ; bobinas de baixa tensão em série ( Fig. 13- 16a ).
b. Bobinas de alta tensã o em série ; bobinas de baixa tensã o em paralelo (Fig. 13-16b).
c. Bobinas de alta tensão em paralelo ; bobinas de baixa tensão em série (Fig. 13 16c).
d. Bobinas de alta tensão em paralelo ; bobinas de baixa tensão em paralelo (Fig. 13-16d).
-
Note-se que, quando as bobinas sã o ligadas em paralelo , as bobinas que tê m
a MESMA tensão e polaridade instant â nea sã o postas em paralelo (terminais
que tê m n ú meros í mpares sã o ligados a um lado da linha e os de n ú meros pares
ao outro).
550 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
?X,
|
o 50 V
ôX2 120 V / 115, 110, 95. 90, 75 , 65, 60,
JX, 55, 50, 45, 40, 25, 20, 5 volts
ri O
o
o 40 V
( b) Diferentes tensões produzidas por transformação direta ou
combinações utilizando polaridade aditiva.
o
o
0 X4
120 V 2
O
o
o
í* 5 120 V / 150, 85, 70, 35, 30, 15, 10 volts
(c) Outras diferentes tensões produzidas por ligações utilizando
oHj
O
1 20 V
polaridades subtrativas.
* X6
j x7
1
O
5V
i x8
(a ) Transformador original.
-
13 17 - Ligação de enrolamentos de tensões desiguais de um transformador em
f
combinações sé rie aditiva e sé rie subtrativa .
o Exemplo 13-17.
EXEMPLO Um transformador para filamento, de 10 VA, tensão primária 115 V, tem dois
13- 17 : enrolamentos secundários de 6, 3 V e 5 V , com impedâ ncias de 0,2 Q e 0,15 í l
respectivamente. Calcule
t
a . a corrente secundária nominal quando os secundários de baixa tensão são
ligados em série, com as tensões se somando
b. a corrente circulante quando os enrolamentos são ligados em paralelo e a
percentagem de sobrecarga produzida .
1
*
T RANSFORMADORES 551
Solução :
Note- se que o Exemplo 13- 17 mostra que , mesmo quando a tensã o nominal
parece ser quàse a mesma, os enrolamentos não podem ser ligados em paralelo.
Somente enrolamêntos que tenham id ê ntica (a mesma ) tensão nominal podem ser
ligados em paralelo , devendo ser dada a devida atençã à polaridade instantânea .
^
Se a polaridade instantânea é desobedecida, o resultado é um curto-circuito, como
mostra o Exemplo 13- 18 .
Solução :
V 4,5 V
a- = 87 A
= 0,05175 Í1
K 2
20 V
b Zet = Zea * = 0,05175 Í1
230 / = 3,91 x 10“ Q
20 kVA x 1.000
c. I 2 nominal =
20 V = 1.000 A = 1 x 103 A
20 V
-
d. / 2 curto circuito =
3,91 x 10 4 Q" = 5,1 x 104 A = 51 x 103 A
51 x 103 A
A percentagem de sobrecarga é x 100 = 5.100 %
1 x 103 A
J
552 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
13-12. O AUTOTRANSFORMADOR
Todas as combina ções discutidas para o transformador da Fig. 13-17a , na
Seç. 13- 11 , pressupõem isolação entre prim á rio e secund á rio. Transformações
com maior rendimento e sem grande redu çã o ( na verdade com aumento) da capa -
cidade em kVA sã o possí veis num autotransformador , desde que estejamos dis-
postos a sacrificar a isolaçã o do circuito secundá rio em relaçã o ao prim á rio.
Teoricamente, um autotransformador é definido como um transformador
que só tem um enrolamento. Assim, um transformador de enrolamentos m úl-
tiplos pode ser considerado um autotransformador , se todos os seus enrolamentos
são ligados em sé rie, em adiçã o (ou oposiçã o), para formar um único enrolamento.
Tais ligações do autotransformador são mostradas nas Figs. 13-18a e b. À pri-
T.
TRANSFORMADORES 553
P= I2.V2
I h
I1+IC-I2=0 V2<V1
o o
—. —
o o
cl
!-Jf = o
i
i
<
S
S v2 Carga
I »! Carga Ic| ÍO
o
(a ) Abaixador.
I l T
(b ) Elevador .
. -
Fig 13 18 — Ligações de um transformador nas configurações
abaixador e elevador.
h=h+ /. ( 13-37 )
h = i2 + ( 13-38)
formador com taps , como dispositivo de transfer ência de imped â ncia, é discutida
na Seç. 10-8.
o
o o
Tensão - Salda o
de entrada o
vari ável V2 o o
Vi Tensão o
o
Tensão
o o variável
de entrada o de saída V2
V, o
o
o o
(a ) Autotransformador variável . (b ) Autotransformador variável com
possibilidades de elevador e abaixador .
. - — Autotransformador variá vel.
Fig 13 19
-
Deve se notar que a corrente instant â nea na parte comum do autotransfor-
mador , /c, mostrada nas Figs. 13- 18a e b, pode circular em qualquer sentido , para
cima ( para fora) ou para baixo ( para dentro) em relaçã o à conexã o comum , depen-
dendo do transformador ser usado como dispositivo abaixador ou elevador. Ve-
remos també m que a direçã o da corrente instant â nea é funçã o do fato do enrola-
mento comum ser usado com polaridade aditiva ou subtrativa em relaçã o à parte
do enrolamento n ã o-comum aos dois circuitos (primá rio e secundá rio). Assim, a i-
ú nica maneira de determinar-se o sentido da corrente no enrolamento comum
é se desenharem as direções instant â neas da corrente prim á ria , I 1 e secund á ria , / 2.
A diferença é , e deve ser, suprida por Ic .
Qualquer transformador comum , de dois enrolamentos isolados, pode ser
convertido num autotransformador como mostra a Fig . 13- 20. A isolaçã o original
do transformador , com as marcas de polaridade, é mostrada na Fig. 13-20a . O
10 kVA
A •X A •H,I X t A
—
o o
o o Saída
1200 V o 120 V Entrada o
o
o
t t 'H2 X 2 o ?
? í
(a ) Transformador original isolado, ( b ) Ligação como autotransformador elevador ,
de lOkVA. usando polaridade aditiva.
o
h
A W
o Hl
O
o o
o
c
“V
A; .
í
1200 V o
O
o
t 7 H2 1320 V A, H 2 1320 V
Yx , 1200 V Icjlf O
120 V| I1 o
o
r x2
o H , h
<5 O iz O
Solução :
lOkVA x 1.000
a. / baixa = 83,3 A (13-9)
120 V
10 kVA x 1.000
b- 7;i ,a = = 8,33 A (13-9)
1.200 V
c. Desde que o enrolamento de 120 V é capaz de carregar 83,3 A, a nova capa-
cidade em kVA do autotransformador é
1.320 x 83,3 A
VJi tseê = 110 kVA (13-9)
li
556 M á QUINAS ELé TRICAS E TRANSFORMADORES
t
o
o
Hep x2
x2
x»
120 V
1200 V
Ii ft" h
i
( a ) Ligação como transformador ( b ) Tens ões produzidas (c ) Figura redesenhada com
abaixador usando pela polaridade ponto comum inferior
polaridade subtrativa. subtrativa. mostrando as relações de corrente.
. -
Fig 13 21
— Transformador isolado ligado como autotransformador
abaixador usando polaridade subtrativa .
Solução :
^
“
kVA ( isol ) lO kV À
kVA x 1.000 90 kVA x 1.000
e. 7 = 75 A ( 13-9)
K 1.200 V
/ = / 2 - / , = 83, 3 - 15 = 8, 33 A ( 13- 38 )
VPI , transformados
V2 I| transferidos condutivamente
I1
Má QUINAS ELé TRICAS E TRANSFORMADORES
Vs I 2 transformados
V| I 2 transferidos condutivamente
7
)
I U
Vt
Vp
h. f
I . Vc
Is
0
S V2 Carga
Ict V2 Carga Vi M SS 1
± I1
I1 II II
( b ) Correntes e tensões no elevador.
ia ) Correntes e tensões no abaixador.
-
Fig. 13 22 — Representa ção do autotransformador nas configura çõ es de abaixador
-
e elevador mostrando os volt ampères transferidos condutivamente
por a çã o transformadora.
V-
TRANSFORMADORES 559
kVA ( total ) kVA transferidos condutivamente -f - kVA transformados ( 13-43)
Assim , para um autotransformador abaixador
V pI 1
kVA total ' ( 13-44)
1.000 1.000
Enquanto que , para um autotransformador elevador ,
kVA total
y j2 sM 2 VI
1.000
+ 1.000 ( 13-45 )
-
E X E M P L O Para o autotransformador do Exemplo 13 19 e Fig. 13-20d, calcule
13-21 : a. Os kVA transferidos condutivamente do primá rio ao secundá rio.
b. Os kVA transformados.
c. Os kVA totais.
d. Compare a resposta (c) acima com a (c) do Exemplo 13-19.
Solução :
Solução : :
V2 IY 1.080 V X 75 A
a. kVA transferidos condutivamente = = 81 kVA
1.000 1.000
560 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
- .
13 13 RENDIMENTO DO AUTOTRANSFORMADOR
O rendimento de um transformador real isolado, conforme mostra a Fig.
-
13 12, é razoavelmente elevado, desde cargas relativamente pequenas at é a plena
carga. Conforme descrito na Seç. 13-8, apenas duas ciasses de perdas podem ser
encontradas num transformador convencional : uma perda fixa no n úcleo e uma
perda variá vel no cobre dos enrolamentos prim á rio e secund á rio. Esta ú ltima
L
perda aumenta com o quadrado da corrente de carga . Assim, a perda variá vel
no cobre, a 5/4 da carga nominal , é 25/ 16 ( aproximadamente 156%) da perda
a plena carga .
Mostrou -se també m , na Seç. 13- 12, que o autotransformador transfere parte
dos seus kVA por condu çã o. Consequentemente, para os mesmos kVA de saída ,
um autotransformador é algo menor ( menos ferro usado) que um transformador
convencional isolado. Assim, as perdas no n úcleo são significativamente menores
para a mesma potê ncia de sa í da num autotransformador.
O autotransformador possui apenas um enrolamento, por definição, em
compara çã o aos dois do transformador convencional isolado . Al é m disto, como
mostra a Fig. 13-23, a corrente que circula em parte daquele enrolamento é a dife-
rença entre as correntes primá ria e secund á ria. Estes dois fatores ( um só enro-
lamento e a menor corrente) tendem a reduzir també m as perdas variá veis.
~ 83,33 % ~ 66,66 %
~ 100 %
10 A 6,25 A
1
( a ) Relação 1: 1 . ( b ) Relação 5:4 . (c ) Relação 2 1.
'
•
Fig. 13-23
— Efeito da relação de transformação no rendimento do autotransformador.
'>
T RANSFORM ADORES 561
1A
—- o
23 kVA
IA
— o o
i
23.000 V
o
a
g
.—100 A —-
*I
23.000 V
o
o
a <00 ft
o
2 a
o
o
o 2 3.000 V g
o<
o
o o
230 V o T
o
c«
o
o
230 V Carga 99 A| 1 Carga o
o * 23.000 V
l
- IA == 100 A
" "
H '
—o
H2
1330 / 230 V
10 kVA
H
n r
,
B
000000 Q
H2
1330 / 230 V
10 kVA
H
r
,( 0 0 0 0 0 0 0 J
9
-
Mostrar-se-á na Seç. 13 17 que o uso de transformadores individuais é prefer
ível a uma unidade
polif ásica, quando se requer continuidade no serviço. Uma bancada A -A pode ser operada em V V
com um transformador removido.
—
t
TRANSFORMADORES 563
e a mesma rela çã o da alta para a baixa tensã o. Note-se també m que os transfor-
madores tê m as fases indicadas e apropriadamente marcadas, de maneira que o
subí ndice í mpar mostra polaridade instantâ nea positiva (Seç. 13 10) em ambos
os lados de alta e baixa tensã o.
-
Imaginemos que a tensão trifásica de linha dispon í vel, para a excitação dos
transformadores é 2.300 V, 60 Hz , como mostra a Fig. 13- 26a. As três tensões
vamente, onde cada uma tem o valor de 2.300 V , alguma coisa acima da tensã o
nominal do lado de alta dos transformadores individuais. Isto, evidentemente,
dita o tipo de ligaçã o dos transformadores individuais que deve ser Y , como mostra
a Fig. 13-26b. Note-se que, ao fazer isto, deve-se tomar cuidado para assegurar
que os terminais Hv de polaridade instant â nea positiva , sejam ligados à rede,
enquanto os terminais H 2 de cada transformador sã o ligados num ponto comum
( N ) . Note-se ainda que as bobinas de alta tensão são designadas por A , B e C
na Fig. 13-26 b, enquanto que as de baixa tensã o ( ainda n ão ligadas) são designadas
por a , b e c , respectivamente.
V = , 2Á = 0,577 VL ( 13-46)
10
Para uma discussão completa dos sistemas trif á sicos, veja se JACKSON, H. W., Introduction
-
to Electric Circuits. 3. ed. Englewood Cliffs, Prentice Hall, 1970, Cap. 23.
-
11
Ibidem, nota 10.
J íJ
.
\l
v r.
v;
564 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
VBC
A 0
2300 / 120 ° V LinhaAo
‘ I
VAB
• 000000
y
H ,
B
H2
o—
X,
b
— o
x2
2300 / 0 ° V VCA
VAB
Linha B o4— HI H2
N
X , o
X2
(a )
VCA
2300 / -1200 V LinhaCc>
\
VBC
i
H ,
C
H2 X,
c
— o
X2
i
Tens ões 3 d de linha dispon íveis Ib ) Tensões de linha aplicadas nos terminais
para excita çã o dos transformadores. de alta tensão dos transformadores A ,
B , C, ligados em Y.
2300 / 120 ° V
> 230 / 150° V 230 / 30 ° V
o
<x>
NJ
o
rO
rO
C
\
B
2300 / 0° V 230 / - 90 ° V
(c ) Tens ões de fase e linha aplicadas nos (d ) Tens ões de fase induzidas
primá rios dos transformadores A , nos secund á rios de baixa tensão a ,
B, C ligados em Y. b , e c , em ( b ) acima.
Fig. 13 26 - —
Tensões de linha e fase 3 <t> aplicadas no lado de alta tensão dos
transformadores ligados em Y e tensões de fase induzidas no lado de baixa tensã o.
r
7
'
fasoriais da Fig. 13-26d , as tensões de fase e linha dos secund á rios ligados em Y
sã o mostradas no diagrama fasorial da Fig. 13-27b. Note-se, a partir da Fig.
13-27 b, que, de acordo com a teoria convencional do circuito trifásico12, a soma
12
Ibidem , nota 10.
•
4 -
T R ANSFORMADORES 7 565
/
A Q
t , x2 , T O’
.onw
H H2 X O)
Vab c
-
VAB
Vu
Nl
400Z - 120° o 400 ZI200
V
t
Bo JL N n
b
V o rCM1
ro
VCA f Hi H2 X2 X1 b
VBC Vbc
C I -MIOTP
, H H2 —x 2
c
x,
I a
400 Z 00
b
fasorial de quaisquer duas tensões de fase produz uma tensã o de linha. Assim,
a tensã o de linha entre a e b, Vab, é a soma fasorial das tensões entre X x X 2 da bo - -
bina a e X 2 —
X l da bobina b. Assim, Vab, como mostra a Fig. 13-27b, é N/r3 vezes
~
b 400 ZI 800 a
SE
Ao
H
A
, 3 oo H>
/ (
—2 X ,
o
x2 t
Vab
I
oa hio 1
o
° n
>
400 Z - 60° <r> 400 Z + 600
Bo -nnns
, N
, ob
t
vvco NI C
O
Co
., c
H
H
, H2
H2
X
—
Xt
X2
x2
Vbc
J
ro
c
( a ) Ligações com Xj comum. ( b ) Diagrama
fasorial .
Fig. 13-28 —
Secundá rios ligados em Y (terminais Xj) e diagramas fasoriais mostrando
as tensões de fase e linha. ( Note que as tensões de fase e linha são fasores invertidos
se comparados aos da Fig. 13 27 b.) -
566 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
o estudante no laborató rio) que os três secund á rios da Fig. 13- 28 podem ser colo-
cados em paralelo com os secund á rios da Fig. 13-27. Esta simples justaposiçã o
de ligações produz um curto-circuito, quando postas em paralelo, pela mesma
raz ão que obriga à preservação da polaridade nas unidades monof ásicas simples.
Note-se que, ao se ligarem a n, em vez de à linha, os terminais instantaneamente
positivos ( pontuados), produz-se um deslocamento de 180° nas tensões de linha
e de fase , como mostra o diagrama fasorial da Fig. 13-28 b. Assim , embora os
valores absolutos de todas as tensões de linha e de fase sejam os mesmos nas Figs.
-
13 28 b e 13- 27 b, eles estã o defasados de 180° um em rela çã o ao outro, e nunca
poderão ser ligados em paralelo. Qualquer tentativa de fazer isto resultará num
-
imediato curto circuito . Assim , os secund á rios das Figs. 13- 28a e 13- 27a não
podem ser ligados em paralelo.
Um curto-circuito imediato també m resultará da ligaçã o em paralelo, se um
dos enrolamentos secund á rios tem sua polaridade acidentalmente invertida du-
rante a ligação em Y . Isto é mostrado na Fig. 13-29a , quando a bobina b tem seu
terminal pontuado Xt ligado à jun çã o comum n , em vez de ao terminal X . Embora
2
as tensões de fase estejam ainda defasadas de 120° uma em relação à outra , como
mostra a Fig. 13- 29 b, a inversã o da polaridade de b produz uma reduçã o nas ten-
sões de linha e uma alteraçã o na sua posiçã o de fase (
Vab = 230 L 90° V e Vbc =
—
= 230 L 30° V ) e ainda em Vca 400 L - 120° que se torna maior que as outras
duas. Note-se que as 3 tensões de linha n ã o sã o mais iguais, em valor absoluto,
nem estão mais defasadas de 120° umas em relação às outras e, mais ainda, não
estã o mais em fase com as tensões de linha prim á rias da Fig. 13-27 b. Assim , inver-
tendo-se acidentalmente a polaridade de um enrolamento, nã o mais será possí vel
aos secund á rios em Y da Fig. 13- 29a serem ligados em paralelo aos secund á rios
em Y da Fig. 13-27a .
Vbc 4
230 Z 30 V
a c
Ao 230 Z -900
H H2 x2 t
Vab
B • 0 0B0 N n
b \
ob 230 Z. 900 n
H , H2 x, x2 t
w
VCQ
Co
.- ,nnRp
C
— ç Vbc
—X^2OOO ^X-, r- 1 oc a
^X230Z 30 °.
H H2
(a ) Um enrolamento acidental mente invertido . ( b ) Diagrama fasorial .
. -
Fig 13 29
—
Efeito da inversão acidental de um enrolamento de fase ( bobina B dos
secundá rios ligados em Y) e tensões de fase e linha desbalanceadas produzidas.
Semelhantemente , com todos os prim á rios ligados em Y , nunca ser á possí vel ¥
ligar em paralelo secundá rios em Y a secund á rios em Á . As bobinas de baixa tensão
dos transformadores da Fig. 13-25 são mostrados na Fig. 13- 30a em sua ligação
-
em delta . Note se que a ligaçã o em malha do delta requer que terminais de bobinas
de polaridades instantâ neas opostas sejam ligados através da malha para formar
Y
T R ANSFORMADORES 567
A Q
nyoo
, t
o
.,
H
B
-'75TO
H2
N b vco VCQ =
Vbc = 230Zt 50°
b
o
.-', —_
H
H
TOP
c
H2
H2 X 2.
I
x,
Vbc 230 Z - 900
c
VoR = 0 ^
b
Ligação errada
—. , — —^
A X2 a X oa
A o TOSTO- nnsrop
H H2 I Vca = 230 Z + 90° V
B o
—,H
njoooo
B
H2
N
X2 b x 1#
.
ob
VR = 460 Z 90° <
c
Vbc = 230 Z 150° V
C
—,
O
r
H
C
H2
X2 c
Q
b
5 Vob = 230 Z 30° V
( b ) Diagrama fasorial .
acidental mente invertido .
Fig . 13-31 — Efeito da inversão acidental de um enrolamento de fase ( bobina c) dos
secu çdários ligados em delta.
i
TRANSFORMADORES
569
Solução :
t
a.
[3 VJL cos 6
y 1,73 x 230 x 100 x 0,7
PT =
1.000 1.000 = 28 kW
I
28 kW
s- A kVAT = cos 9 0,7 =
40 kVA
Vr '
-'
kVA x 1.000 60 kVA x 1.000
b. / F 2 nominal
3 VF 3 x 230 = 87 A
/
IL 2 nominal = > 3 / F 2 nom = 1,732 x 87 A = 150 A
corrente de carga por linha 100 A
C.
corrente nominal por linha = 150 A = 0,67 x 100 = 67 %
;
_ 40 kVA x 1 000 = 10 A
-
d !FI = hi =
kVA x 1.000
VL
,
‘ 3 ' x 2.300 o
r :
, A
= kVAT
60 kVA L
|l
e. 1kVA
irA /
/transformador
3«
— 3 = 20 kVA
-
13 24 : de linha primá rias com as da transformação Y- A.
Solução :
a. PT = 28 kW e kVAr = 40 kVA, do Exemplo 13-23a.
b. / F 2 nominal = 87 A ; / L 2 nominal = 150 A, do Exemplo 13 23 b.
c. carga percentual de cada transformador = 67 %, do Exemplo 13 23c.
-
d . / F 1 = 10 A, do Exemplo 13-23d.
-
r
mas IL { — 3' IFl = 1,73 x 10 A = 17,3 A
^
A corrente de linha primária drenada por uma bancada A-A é 3 vezes a
corrente prim á ria de linha drenada por uma bahcada Y- A.
e. kVA /transformador =
60 kVA
^
3 = 20 kVA, o mesmo que no Exemplo 13-23e.
Deve-se notar nos Exemplos 13- 23 e 13- 24 que a única diferença entre a dis- i
Transformador
Y-Y Carga ligada em A
2300 V N n 230 V
OOTD / 000 000^ í *
2300 V 2300 V 230 V 230 V
t *
t '' OOtP-J é
T
è
1330 V 115 V
Alternador I
1
-
Fig. 13 32
— Alternador suprindo um transformador Y - Y com carga ligada em A.
i
40 escritor demonstrou em laborató rio que, se o volt í metro é removido e um amper í metro CA
é colocado no seu lugai , a tensã o desaparece e a corrente circulante é zero ! A terceira harmónica
é imediatamente suprimida quando há uma malha fechada ou um delta .
TR ANSFORMADORES 571
c o—Vflinp-
• N
1
1
I n b
120 V
 Fonte
Carga ligada Cargas
em V ( 3 0) monof ásicas
(a ) Transformação Y- Y com cargas ligadas em Y, A e 1 0 .
c
AA/V-1
o
o
o
I .
e-s
O
230 V
AAA/ — "R
—
o
Cl a AA/v
Carga ligada Carga ligada
115 V em A (3 0) em Y ( 3 0 )
A
B
Õ OO
oQo ^
—
•Jo ot
o
o
o
o
o
a
—nsw' a
1
o
o
o n A b
C
o
o
000 ^ b
N C
V / OOCP
Fonte
(c ) Transformação Y - A
1 0 , 3 fios
.
— (d ) Transformação A . Y.
n
-
FIg. 13 33
— Cargas monof ásicas e trif á sicas e posição do neutro
em vá rias transformações.
a tensã o de fase , e nã o para a tensã o de linha . Assim , a tensã o prim á ria nominal
requerida para um transformador 23.000 / 230 V na configuraçã o Y - A (como mostra
a Fig. 13-33c) é apenas 13.300 V . Esta redu çã o de tensã o resulta numa economia
considerá vel nos custos de construção para transformadores de alta tensão. .
Semelhantemente, a transformaçã o A - Y , mostrada na Fig. 13-33d , aplica -se
à transmissão em alta tensão , porque fornece uma tensã o secundá ria de linha maior
que a tensão nominal do transformador secund á rio. Assim, uma transformação
TR ANSFORMADORES 573
de 230/ 23.000 V pode ser realizada com transformadores cujos secund á rios sejam
de 13.300 V nominais. Note-se na Fig. 13-33d que é necessá rio um neutro secun-
d á rio para a supressã o das harm ónicas para sistemas Y - Y .
a Í LO a
o AA/V-i
a
A o
o
o
o b
O Cg
o
Sc
o
-AAA
IlB * B o o
b
••
ILC c ILC
c
o AAA/
Carga ligada em A
—
Carga ligada em Y
VC 0 7
V0 b
(b ) Tensões de linha aplicadas (c ) Tensõ es de linha secundárias
ao primá rio do sistema V- V . produzidas pela bancada V - V .
-
Fig. 13 34 — Bancada transformadora V- V ou delta aberto e relações fasoriais.
A Fig. 13- 34 b mostra as rela ções fasoriais para as tensões de linha trifásicas
aplicadas aos prim á rios do sistema V - V . As relações fasoriais para as tensões
de fase e de linha induzidas nos dois secund á rios estã o mostradas na Fig. 13- 34c .
Note-se que as tensões de fase e linha sã o as mesmas. Vab é a fem induzida na bobina
secund á ria a do transformador. Vbc, por sua vez, corfesponde à bobina b . A soma
fasorial Vab -f Vbc produz VCfl, como mostram as Figs . 13-34a e c. Conseq íien-
temente, o sistema V - V ainda produz três tensões de linha defasadas de 120°.
A pot ê ncia suprida por transformador num sistema V V não é a metade (50% )
da pot ê ncia total , mas sim 57, 7 %. Isto pode ser demonstrado como se segue.
-
574 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Solução :
-
Deve-se notar , a partir do Exemplo 13 25, que, quando a carga de cada trans-
formador aumentou de 173% , como resultado da remoçã o de um transformador
da bancada A -A , os transformadores n ã o se sobrecarregaram demais como mostra
o Exemplo 13- 25 b. Originafiamente , a carga de cada transformador de 20 kVA
na bancada A-A , que supria uma carga de 40 kVA, era 13,33 kVA. Assim , os trans-
-
formadores em A-A , nos Exemplos 13- 24 e 13 25 nã o estã o fornecendo a sua capa-
cidade nominal à carga.
Como resultado da ligaçã o V - V , entretanto, a carga aumenta drasticamente
-
em cada transformador , como mostra o Exemplo 13 25c , em 173,2 %. Os dois
transformadores em V - V est ã o, assim , carregando uma sobrecarga de 15,5%
cada um . Esta sobrecarga deVe ser mantida enquanto o terceiro transformador
nã o for substitu ído.
-
O Exemplo 13 25 verifica a relaçã o da Eq . (13-47) e o fato de que cada trans-
formador carrega 57,5 % da carga total e n ã o 50% , como se dissera antes.
Companhias fornecedoras seguidamente tiram partido da relaçã o acima ,
-
ao iniciarem um sistema trifásico pela ligaçã o V V , e acrescentam um terceiro
transformador quando as condições de aumento de carga o exigirem . Este expe -
diente é facilmente justificá vel , desde que o aumento de capacidade (73%) supra
o do investimento adicional (50% dos 2 transformadores).
- -
Tal como a liga çã o A - A (e Y Y ), o delta aberto ou V V , n ã o produz rotação
-
de fase entre as tensões de linha primá rias e secund á rias, como mostra a Fig. 13 34 b
e c. Pode, portanto, ser ligada em paralelo com aqueles transformadores ( para
mesmas tensões de linha, primá rias e secund á rias) que nã o d ã o deslocamento
angular ( V. Tabela 13 1 ).-
13-18. A TRANSFORMA ÇÃO T - T
Como na transformaçã o V - V , é poss í vel usar apenas dois transformadores !
para executar uma transformaçã o trifásica , se os ligarmos em T- T . Diferentemente
de V -V , entretanto, a ligaçã o T- T requer dois transformadores especiais, um dife-
-
rente do outro. Como na V -V , a. T T tem seu nofrie derivado da aparê ncia de sua
ligação, como mostra a Fig. 13-35a .
Os transformadores especiais, requeridos pela liga çã o T- T , sã o um transfor-
mador de equil íbrio ( B , b na Fig. 13-35a), cujas tensões nominais prim á ria e secun-
d á ria sã o 0,866 ( ou 86,6%) das tensões nominais do transformador principal ( A , a).
O transformador principal é ou um transformador com tap central , ou um trans-
formador com enrolamentos m últiplos , que tenha dois enrolamentos primário
5
i
576 Má QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Ao oo
A
—
Q
í
Bo o W-^ Õ OO oocn-y- ob
Transformador principal S k ®
Ca
o
g B com tap central
(A a) .
o
3 b - oc
Transformador equilibrador
( B, b ) = 0 ,866 VA e 0 ,866 Va
-
( a ) Ligação T T do transformador.
VAC c
/
\
\
/ > V
\A0, rC
/ °
/
/ O)
co
v« X“\
0 *
/ 0.5 VL
- 05 VL\ b
Vto vM ( Vct )
VBA VCB Vba Ict
(b) Tensão 3 0 aplicada. (c ) Tensão induzida secundá ria. (d ) Correntes secundá rias.
Fig . 13-35 — Ligação T-T do transforrfiador e rela ções fasoriais.
e secundá rio, cuja tensã o nominal total (ligaçã o em sé rie) é 1 ,15 (ou 115%) das
tensões prim á ria e secund á ria do transformador de equil í brio, respectivamente .
As tensões trif ásicas aplicadas ao prim á rio do T , VAC, VCB e VBA sã o resol -
vidas em VBt , VtA e VtC ( para as polaridades instantâ neas mostradas), segundo
a Fig. 13-35 b , onde t é a jun çã o entre o transformador de equil í brio e o tap central
do transformador principal na Fig. 13-35a . As fem induzidas secund á rias est ã o
em fase com as componentes mostradas da tensã o aplicada , e sã o representadas
pelos fasores, em linha cheia na Fig. 13- 35c. Como se pode ver pela Fig. 13- 35c,
a tensão de linha sólida Vhc é a soma fasorial de Vbt + Vtc. Uma vez que Vbt é 0,5
onde VL é a tensã o de linha secund á ria e Vtc é 0,866 VL9 que é a tensã o secund á ria
VL
do transformador de equil í brio, ent ã o
Vv bc ~ V
Y - V
bt A v t c ( 13-48)
'
= 0,5 VL ~b y 0,866
‘
VL = VL 9 a tensã o de linha secund á ria ( 13 49)-
Semelhantemente , como mostra a Fig. 13- 35c, a tensã o de linha
Vac é
>
vac = Va t + V tc
1
\
TR ANSFORMADORES 577
r
Enquanto a tensã o de linha Vba é
yha = + Vta
0, 5 VL + 0,5 VL = VL (13- 51)
Desde que as tr ês tensões de linha secund á rias, mostradas na Fig . 13- 35c ,
sã o iguais (a VL ) elas constituem um triâ ngulo equil á tero e sua rela çã o fasorial
é de 120°, produzindo assim uma transforma çã o trif ásica verdadeira das tensões
de linha originais aplicadas ao prim á rio.
As rela ções fasoriais entre as correntes e as tensões para o transformador
-
principal (de tap central) e o transformador de equilí brio, respectivamente, sã o
mostradas na Fig. 13- 35d . A soma fasorial das correntes é zero, como em qualquer
sistema trif ásico verdadeiro . Note-se, entretanto , que a corrente no transformador
de equil í brio Itc est á em fase (com cos 9 = 1 ) em rela çã o à sua tensã o Vtc. Mas,
note-se també m que as correntes no transformador principal adiantam-se ou
atrasam-se, das tensões de fase , de 30°. Estas relações de correntes implicam numa
redução de capacidade de ambos os transformadores, da forma que se segue.
A carga total suprida pelo transformador principal é
= 0,5 VLIL cos 30° + 0,5 VLIL cos 30° = VLIL cos 30°
que é exatamente o mesmo fator que aparece para cada transformador na ligação
T- T , como mostram as Eqs . ( 13- 53) e ( 13- 54).
Pelas relações acima , então, a bancada T- T tem pouca aplicação, exceto para
servir de introduçã o à ligaçã o Scott , dada na Seç . 13- 19 .
Como a V - V ( Y - Y e A - A também) , a ligaçã o T - T , como se mostra nas Figs.
13- 35 b e c , não produz rotação de fase do primário em relação ao secundário. Pode
então ser ligada em paralelo com quaisquer daqueles transformadores que não
apresentem rotaçã o de fase , desde que as tensões primárias e secundárias sejam
iguais e a mesma polaridade instantâ nea seja preservada , como mostra a Tabela
13- 1 , abaixo.
TABELA 13- 1
TIPOS DE TRANSFORMADORES OUE PODEM SER
LIGADOS EM PARALELO1 5
COLUNA A COLUNA B
( deslocamento de fase 0o) ( deslocamento de fase 30°)
-
Y Y A- y
A- A y- A
-
T T
-
V V
’Imaginando idênticas as tensões primá ria e secundá ria, bem como a apropriada consideração
1
com respeito à sequência de fases, polaridade instantâ nea e mesma rotaçã o de fases ( V. Seç. 13-14).
m
TRANSFORMADORES 579
consigo e com os demais da Coluna A. Semelhantemente, qualquer transformador
da Coluna B pode ser ligado em paralelo a outro idê ntico e a qualquer um da Co-
luna B. Assim , um transformador A - Y pode ser ligado em paralelo a outro A - Y
-
ou a uma bancada Y A , uma vez que, para ambos os casos, uma rotaçã o de fase
de 30° é a produzida.
Transformadores da Coluna A nã o podem ser ligados a. transformadores
da Coluna B em nenhuma circunst â ncia, porque os últimos produzem uma rotação
de 30° entre as tensões prim á ria e secund á ria.
16
É impossí vel o uso de transformadores para converter um sistema monofásico em trif ásico
para grandes quantidades de energia. Naturalmente, um motor monofásico acionando um altemador
polifásico produzirá um sistema polifásico, mas o rendimento de uma tal conversão é o produto dos
rendimentos das máquinas individuais. Uma conversão de rendimento algo mais elevada é conseguida
ao utilizar-se o chamado conversor de fase a indução ( V . Seç. 11 10). Pequenas quantidades de potên -
-
cia podem ser produzidas por um sistema monof ásico utilizando uma rede de defasamento R C para -
produzir um sistema bif ásico, que pode, por sua vez, ser transformado num sistema de três ou mais fases.
580 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
I LA
Ao -T a Ia
n
VAB A t VQ
BO — i- —Íí'M
O
Í LB
000
r VBT = 0,866 VAB b ã
o
Va
j-o VL = y2 Va = V? Vb
B Vb
Co — i LC
1 £
ib i
( a) Transformação de trif ã sica a bif ásica ( 3 fios ).
o1
t
Ao
T
VAB A .^ 9
|o b ,
"
O
o2
o2
Bo—Lo —^ 000
o
n
I n
ã B = 0 ,866 VAB «3
Co o4
( b ) Transformação tetraf ásica ( 5 fios ) .
Fig. 13 36 - — Ligações Scott para transformações 2 4> e 4 </>.
onde Ff é a tensã o de fase ou a tensão induzida em qualquer dos transformadores,
Vaa ou Ko.
Um sistema bif á sico a cinco fios é produzido quando se ligam os taps centrais
dos secund á rios dos transformadores e se traz um condutor neutro a partir desta
junçã o, como mostra a Fig. 13-36 b. Tal sistema é , por vezes, chamado de sistema
tetraf ásico (ou de 4 fases) a 5 condutores . Como se mostra através do diagrama
fasorial , ele produz quatro tensões de linha e quatro tensões de fase (entre linha
e neutro). As quatro tensões de linha est ã o deslocadas, umas das outras, de 90°,
e o mesmo vale para as tensões de fase . As tensões de linha sã o a soma fasorial
das tensões entre duas fases e guardam a mesma relaçã o dada na Eq. (13-55), ou
seja VL = yf 2 VF .
A liga çã o Scott é usada para produzir potência trif ásica a partir de alimenta
dores bifásicos (ou vice-versa), em quantidades suficientemente grandes para operar
-
motores e outros equipamentos polifásicos à sua tensã o nominal . Assim , uma
liga çã o que seja suprida em 115 / 110 V, por um sistema bif ásico a três fios, pode
facilmente usar um motor em gaiola trifásico de 440 V , com uma perda de potência
relativamente baixa , usando uma transformaçã o Scott do sistema bif ásico ao
trif ásico , como se mostra no Exemplo 13-26 abaixo . O confronto entre a aquisiçã o f
de um novo motor especial contra a utilização de um facilmente disponível , mais ' 1
o custo dos transformadores , faz com que esta ú ltima hipó tese seja a menos dis-
pendiosa (os transformadores custam menos que as m á quinas rotativas para a
mesma capacidade).
TRANSFORMADORES 581
K = h = Y IL
V3 ~ para a relaçã o de transformaçã o unitá ria .
V—3 I l N
"
4=
V—3 IL a rj = Ih para a transformaçã o de 30 a 20 ( 13-56a )
e
E X E M P L O Um motor de indu çã o em gaiola 3 0, de 100 HP, 440 V com cos 9 0,8 deve
=
13-26 : ser operado a partir de uma fonte 115/110 V, 2 0. Supondo que o transformador
escolhido tem um rendimento de 98 % à plena carga, calcule
a . a corrente de linha do motor ( V. Apêndice A -5)
b. a relaçã o de transforma çã o
c. a corrente primária dos transformadores Scott
d . os kVA nominais para o transformador principal e o de equil í brio.
Solução
a.
IL = 123 A x 1,25 = 154 A
Sm= 74.250/0,8 = 93,25 kVA
b3 a Va
110 V 1
“
N2
Jy V
VL 440 V 4
582 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
c / * .- V 2
3 IL
arj
y /3
154
0,25 x 0,98 =
2
544 A -
(13 56b)
, x2 A
X
o—• X2
B
nnnn proin # x2
C
Hji H 2 A AH 3 •
*1 *2 t
( a ) Transformador t ípico ( b ) Ligações primá rias,
( um dos 3 usados) .
.nnnn o
Q
,
Hô H2õ
•rwb ín
Hò
.,, ronn
H A
c
H2 O
H2 õ
b
Fig. 13 37 - —
Transformador tí pico requerido para a verdadeira transformaçã o 3 <f )
em 6 0, com ligações primá rias, sentido fasorial das tensões secund á rias e carga 6 .
0
17
Uma transformação verdadeira é aquela na qual se produz o sistema polif ásico (desejado) no
secund á rio, sem que seja necessá rio recorrer à interligaçã o dos terminais secundá rios carga
à . Somente
as ligações estrela ou em malha produzem um verdadeiro sistema polif ásico.
X
TRANSFORMADORES 583
São necessá rios três destes transformadores monof ásicos (embora possa ser usado
um transformador polifásico com 6 enrolamentos secund á rios separados), como
mostra a Fig . 13- 37a . (Para a conversã o verdadeira a 12( f ) sã o requeridos trans-
formadores com quatro secund á rios separados ; para 24( f ) é o caso de 8 secundá -
rios separados, e assim por diante.)
Os três transformadores sã o ligados em Y (embora a liga çã o Á possa ser usada )
a uma fonte 3$ , com atençã o à polaridade instant â nea , como mostra a Fig . 13- 37a .
Para a aplicaçã o mostrada , se se deseja produzir um sistema 6 </> de alta tensã o,
ent ã o temos prim á rios de baixa tensã o e secund á rios de alta tensã o. ( A mesma
liga çã o prim á ria ser á usada para todos os 5 tipos de transforma ções 6( f ) mostrados ,
e somente as liga ções secund á rias sã o mostradas nas Figs. 13- 38 a 13-42, já que
se trata de liga ções diferentes.) Note-se que a polaridade instant â nea e o sentido
dos fasores da tensã o induzida em cada secund á rio sã o mostrados nas Figs . 13- 37c
e d , respectivamente. Estas tensões est ã o defasadas de 120°, já que sã o provenientes
de uma fonte trif ásica , como seria de esperar. Assim , os terminais instant â neos
( pontuados), mostrados na Fig. 13- 37c, t ê m o sentido instant â neo dos fasores
correspondentes mostrado no diagrama fasorial da Fig . 13- 37d .
Uma carga tí pica 6( f ) de liga çã o em malha é mostrada na Fig . 13-37c. Esta
carga com seus terminais (de 1 a 6) será a utilizada para carregar todos os tipos
de transformações 6 ( f ) mostrados abaixo.
1. A tensã o £ wl entre o terminal 1 da linha e o neutro tem o mesmo sentido que o da pola -
-
ridade do fasor H 2 Hv da bobina a, visto nas Figs. 13- 38a e b.
2. A tensã o En 2 entre o terminal 2 da linha e o neutro tem o sentido oposto em rela çã o
ao da polaridade do fasor HA- HV da bobina ò, visto nas Figs. 13- 38a e b.
3. Assim, as tensões Eni a £n 6 podem ser desenhadas no diagrama fasorial como mostra
a Fig. 13- 38 b.
4. As tensões de linha E6 V £ 12, £ 23, etc., sã o indicadas pela dupla notaçã o de subí ndices.
Assim, £ 61 = £6 n + E „v Isto é a mesma coisa que tra çar uma linha entre as extre-
midades de En6 e Enl no diagrama fasorial da Fig. 13- 38 b.
5. Note-se que, na ligação estrela 6 0, o valor absoluto das tensões de linha (£ 12, £ 23, etc.)
é o mesmo que o das tensões de fase (medido entre fase e neutro, que é o mesmo que a
tensão da bobina ).
6. Assim, mesmo na ausência da carga, existe a relação mostrada no diagrama fasorial
da Fig. 13-38b, e a estrela 6 <f ) é um verdadeiro sistema 6 ( f ).
i
584 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
a a
A A \ c\
n c i
*
nmr 7w&
H9, H2 < > Hj h4 J h2 H3 > H4
000 ]
, ||f OH O O ) H
H i H2
| 3 4
n
1
!í 26 59 4
3
^-5 6
O E 6 - 7, jo
cr
En - 4
Efi - i /n \£ )
E , -2 K
N
/> V /E 3 - 4
5 4 f
E 2 -3
1 . Começa-se com a bobina a- b que serve de referência . Com b ligado a n ( ver tabela ),
a tensão n-m deve ter o sentido oposto mostrado (já que a ponta da seta corresponde
ao ponto).
2. Com o terminal m ligado a c, a tensão na bobina c -d está no sentido mostrado ( ponta
da seta correspondendo ao ponto ).
3. A tensão na bobina h- j está conforme se mostra, mas queremos a tensão j - h, desde que
d é ligado a /. Desta maneira, o fasor é invertido na Fig. 13 - 39c .
i
*
o
b fiJTO o d
/
footn c y .V
g õ ocnt
Tabela de ligações
ban
a
h nnnn
#
* rmr\\ A
mnnnnn mac
d a j t
h a f
g a l
Ligações aos
k a ( V)
\6 4ô '
5 <->
^
terminais da
2 6 3 60 malha de }
carga 6 0 ® a a
( b ) Tabela de ligações .
(a ) Ligações secund á rias para malha 6 0.
4 5
h
d f
c g
3o 6
m 1
n k
b a
2
(c ) Diagrama fasorial e ligações aos terminais
da carga ( carga igual è da Fig. 13 38 a ) - .
Fig . 13-39 — Ligações secundá rias da malha 6 0 (carga igual à da Fig. 13-38 a ).
Note-se que o diagrama fasorial da malha mostrado na Fig. 13-39c produz
um sistema de tensões 60 verdadeiro entre os terminais das linhas de 1 a 6, respec -
tivamente , independentemente de ligaçã o a uma carga 60 , e que as tensões de linha
e de fase na malha sã o as mesmas. 18
Ocasionalmente, quando se liga a malha 60, ( Fig. 13-39a), uma tensã o devida
às harmónicas aparece no voltímetro, se o neutro de Y primário não está aterrado.
O aterramento do neutro primá rio (ou a ligação dos primá rios em delta) eliminará
esta tensã o de harm ó nicas (Seç . 13 15 ). -
13- 20.3 O 60 DIAMETRAL
O leitor observador poderá descobrir , examinando as Figs . l 3-38a e 13-39a ,
que há uma maneira particular de ligar à carga as ligações estrela e malha
p __ ^ ~ 14
T
e ent ã o
^ t *2* — p
3
6< > ( 13- 57)
a \
c
3 ^-
2 3 2
# E 3-4 b EI - 2
(TD7T) VWíT) '
H,<
? H 24 fH3 Hy 4 1
bf H 2Y TH 3 4
a
I 04 03 °6 E 4- 5 c L6-1
Ligações aos terminais da carga 6 0 em malha 5 E 5-6 6
(b ) Diagrama fasorial
( a) Ligações secundá rias para carga 6 0 quando interligado
. -
diametral ( mesma da Fig 13 38 a ) . através da carga 6 0 .
cos podem ser usados.) Não é produzido um verdadeiro sistema 60, pois, se uma
das linhas da carga 60 é aberta ou se se abre uma ligaçã o na malha 60 da carga ,
a relaçã o fasorial da Fig. 13-40 b retorna ao simples sistema 3$.
nnnnn
a
»
V TOR X
° H| $ H 2 nfiSOT) °H, 6 H 2 mSW ] 6H , 6H 2 nnnnr
? H3 n2
?H3 T H3
< * H4
n3
I 64 65 àl 63 *6
<
n2
6 . E 5- 6 5
6
3 E 6 -i E 4 -5
n3 4 4
Ei - Í E 3- 4
2 2 E2 - 3 3
-
Fig. 13 41 — Ligações secundá rias do duplo-Y 6 0 e diagramas fasoriais.
588 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
a Tabela de ligações
b c
Ytnnro5 1 jnm VBWíP H a a d
Hi o b oK Md C? H2 f? 2
c a g
*(Wtr fwinn
© H 3$ h 1K
í H 3 <? k
®
f a ®
< v) a b
j a m
n a k
5 4 1 6 3 2 l a ®
À carga 6 0 ligada em malha ( Fig. 13-38 a )
®a h
6
kÀn
5a 1
\b
d d
l m
2 0T gVc
3
(d ) Diagrama fasorial do
(c ) Diagramas fasoriais para duplo - A .
duplo - A interligado
através de uma carga
em malha 6 0 .
-
Fig . 13 42 — Tabela das ligações secundá rias em duplo- A 6 0 e diagrama fasorial.
TABELA 13- 2
COMPARAçã O ENTRE SISTEMAS POLIFáSICOS DE RETIFICAçã O
N Ú MF.RO DE 1
3 6 12 oo
FASES , n ( onda completa)
VCC
0,9 U7 1 ,35 1 ,4 1 ,414
vf>
0,667 0, 25 0,057 0,014 0
V CC
Pte 0,54 0,675
VA2
0,551 0,400 0
Ao
Is* •£ x
O A1
o o
o
H? r
o °x2
Bo +
M
o
04
Sx <
Sx 2
CO
H
*7 RL
(oX
o
o
Sx 2
V
Fig. 13-43 — Retificação trif ásica em meia onda.
i
m
592 Má QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
A»
220 V 220 V
l
O
S
o
o
-
A a .
O
Sx ?
o A
o X3
X]
—
f
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1
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Sx 4
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CTx 1 H '
Sx 2 o3 i
220 V
o
I
o
o
B b .o X3 D4
+ h
Sx 4
Co i- *
É0Tx 1 *054
o oXV 2 < RL vCC
I
o
c c•
f© X 1
Sx 4 De
0 visando retificação
(a ) Ligações 3 0 para 6
em meia onda através da estrela 6 0 .
Ae
2
\
/N \
/ / \ \
\ / \ /
y
\ / \
A \ /
/\
\
\ /
/
\
\
\ //
v/
/
/ \ \y/
V \
0 T 2r TR 4r 5 TT 2 ir
3 3 3 3
( b) Forma de onda de safda sobre RL sem capacitor como filtro.
\
Em
Nv V X
X
Ex
Note-se que a onda de saída da Fig. 13-44 b conté m uma componente de ripple
relativamente pequena, de modo que varia de Em a Ex, onde Em = 1,414 E f 2 . O
valor médio da onda CC retificada para a onda de saí da da Fig. 13-44 b é 21
F 1 , 35 E / 2 - (13- 59)
Como mostra a Tabela 13- 2 , este valor CC é um pouco maior que o valor
compará vel obtido para a retifica çã o 3 </> (1,17 E f 2 ) , com um conte údo em ripple
consideravelmente menor .
Ao
v*
Ti
^ o
SCR 1
4 =^
o
o o ; CR 4 i2
SCR G, *1 +
BO o
o
O
o O
Co
o
o
o
SCR 3
Ep 2
4 = G , RL
o
o S
n
T2
,
í
o o
O
o o D 02
o
o
o o 4
o o
o o T
— vw
Rp
< .
. -
Fig 13 45
— -
Transformação duplo Y 6 <j> para controlar a tensã o
de sa í da CC através de uma rede de deslocamento de fase.
2
^ode-se mostrar que, para n fases (2 ou mais), a relação
Substituindo n
V«
En
= ^" n
sen
180°
n
- 6 nesta equação, teríamos 1,35, como mostram a Tabela 13-2 e a Eq. ( 13-59).
1
594 M á QUINAS EL é TRICAS E TRANSFORMADORES
BIBLIOGRAFIA
1 . CROSNO, C. D. Fundamentals of electromechanical conversion. New York , Harcourt,
Brace, Jovanovich , 1968.
2. DANIELS. The performance of electrical machines. New York, McGraw-Hill, 1968.
.
3. HINDMARSH, J. Electrical machines Elmsford, New York , Pergamon, 1965.
4. MAJMUDAR , H. Introduction to electrical machines. Boston , Allyn and Bacon , 1969.
TRANSFORMADORES 595
QUESTÕ ES
-
13 1 . Para um transformador
a. defina enrolamentos primá rio e secundá rio
b. enrolamentos dos lados de alta e baixa tensão
c. é possí vel , para qualquer dos enrolamentos, servir como primá rio ? Explique.
13- 2. Qual é o significado da convenção dos pontos para
a . o primá rio ?
b. os enrolamentos secund á rios em separado ?
c . por que est ã o em fase as fem em todos os enrolamentos, inclusive no primá rio ?
13-3. a. O que significa um acoplamento frouxo e como ele afeta os valores de M , k ,
V2 e 12 ?
b. Que condições produzem o acoplamento frouxo ?
c. É possí vel que a média geométrica das indutâ ncias primá ria e secundá ria seja
menor que a indutâ ncia m ú tua ? Explique.
13-4. a. Por que se deseja um acoplamento í r gido em transformadores de potência ?
b. É sempre possí vel o acoplamento unitá rio em transformadores reais de potência ?
Por que n ão ?
c. Defina um transformador ideal .
13-5. Explique, detalhadamente, a forma pela qual um transformador transfere potência
do primá rio ao secundá rio para uma carga em adianto. Utilize diagramas fasoriais
para ilustrar a sua explicação.
13-6. a . Defina a relação de transformação, a.
b. A relação de transformação é constante para um dado transformador ? Explique.
c. Defina relação de transformação em termos de ( 1 ) relação de espiras, (2) relação
de correntes e ( 3) relação de tensões.
d . Por que a relação de tensões varia diretamente com a relação de espiras ?
e. Por que a relação de correntes varia inversamente com a relação de espiras ?
-
13 7. Por que os transformadores são especificados em kVA, em vez de watts ou kW ?
-
13 8. Mostre que a relação volts/espira de um transformador
a. é proporcional à frequência e ao valor de pico do fluxo m ú tuo
b. segue as mesmas relações (idênticas) que correspondem a um alternador.
-
13 9 . a. É possí vel que um transformador de 60 Hz funcione em 400 Hz ? Sob que con-
dições ?
b. Por que é necessá rio manter o valor de pico do fluxo m ú tuo e a densidade de
fluxo em um valor constante, independente das variações da frequ ência?
-
13 10. Se um transformador de 400 Hz funciona em 60 Hz, explique
a. por que a tensão deve ser reduzida na mesma proporção da frequência
b. por que a capacidade em kVA é reduzida na mesma proporção da frequência
c. por que as perdas no cobre são consideravelmente reduzidas
d . por que aumenta o rendimento.
596 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
13-11 . Com base na questão 13- 10 acima, explique por que um transform í
ador de 1 kVA,
400 Hz é menor que um de 1 kVA, 60 Hz .
13- 12. É possí vel “ aumentar -se” a capacidade, em kVA, de transform
adores de 60 Hz, por
alterações convenientes nos valores nominais de sua frequê ncia e tensã o ? (
V . problema
13-9.) Explique detalhadamente como isto seria feito.
13- 13. a . Estabeleça a rela çã o entre a imped â ncia primá ria e
a secund á ria de um trans-
formador .
b. Explique, com base em (a) acima, como o transformador funciona como 4
dispo-
sitivo de acoplamento de imped â ncias.
c . Qual a finalidade do acoplamento de imped â ncias ?
d . Indique duas aplicações onde seja necessário o acoplamento de impedâ
ncias.
13-14. Para um transformador real carregado, explique
a . por que a tensão aplicada primá ria
Vx é maior que a fem induzida prim á ria, Ex
b. por que a tensão nos terminais do secund á rio V é menor que a fem induzida
2
secund á ria, E 2
c. por que a relaçã o de transformação é algo menor que a relação do n
ú mero de
espiras do primá rio para o secundá rio.
13-15. Para um transformador real carregado, com uma carga
secundá rios , explique por que ZL ligada aos seus terminais
a . a imped â ncia de carga é usualmente maior que a imped â ncia interna do enrola
mento secundá rio
-
b. a imped â ncia de entrada do prim á rio é muito maior que a impedâ
ncia do enro-
lamento primá rio
c. os projetistas tentam fazer com que as impedâ ncias internas sejam tão próximas
quanto poss í vel das resist ê ncias internas para ambos os enrolame
ntos
d . os transformadores tê m de ter resistê ncia interna primá ria e secund
á ria.
13- 16. Desenvolvendo o circuito equivalente para um transformador
de potê ncia à plena
carga ,
a . qual é a vantagem de um tal circuito equivalente ?
b. por que é ele referido usualmente ao primá rio ?
c. quais as hipóteses feitas ao se reduzirem resistências e reatâ ncias ao
primá rio ou
ao secund á rio ?
d. por que é possí vel desprezar-se a corrente magnetizante ?
13-17. Se se carrega um transformador real a seu valor nominal, sendo carga
a em adianto,
explique por que o FP prim á rio é maior que o secundá rio, utilizando
a . diagramas fasoriais
b. a Eq. ( 13-24).
13-18. Se um transformador real é carregado a seu valor nominal,
estando a carga em
atraso, explique por que o FP primá rio é menor que o secund á rio, utilizando
a . diagramas fasoriais
b. a Eq. (13-24).
13- 19. Utilizando como fasor de referência a tensão nos terminais do
secundá rio, explique,
usando os diagramas fasoriais e a Eq. (13-28),
a. por que cargas em atraso apresentam uma regulação pior que cargas com
FP
unitário
b. por que algumas cargas em avanço apresentam uma regula ção melhor que cargas
com FP unitário
c. É possí vel que um transformador tenha uma regulação de tensão negativa
?
Explique.
TRANSFORMADORES 597
- -
13 20. Compare a Eq. (13-28) com a Eq. (6 8) e discuta
a. semelhanças
b. diferenças.
c. Explique por que os transformadores têm melhor regulação que os alternadores,
para a mesma capacidade .
-
13-21. Ao realizar o ensaio de curto circuito de um transformador
-
a . por que é o lado de baixa tensão que é usualmente curto circuitado ? Dê 2 razões,
-
b. ao utilizar-se a Fig. 13 9, explique por que o fato de se pôr em curto-circuito o
secund á rio de um transformador permite o cá lculo, a partir das medidas da
tensão, corrente e potê ncia, das resistê ncias, reatâ ncias e impedâ ncias equivalentes,
c . por que são consideradas desprezá veis as perdas no n úcleo ?
-
d . sob que circunst â ncias devem se levar em conta as perdas no n úcleo de um trans-
formador ? Por quê ?
13-22. a . Necessita-se do ensaio a vazio para a determinação da regulaçã o em tensão do
transformador ?
b. Que informação especí fica se obté m do ensaio a vazio e onde é ela (apenas)
utilizada ?
c. Por que é usual realizar -se o ensaio a vazio no lado de menor tensão existente no
transformador ?
d . Quais são, entretanto, as precauções necessá rias em (c), acima ?
e. A perda do cobre seria a mesma se se utilizasse o enrolamento de alta tensão?
Explique.
13-23. Ao determinar-se apenas o rendimento , a partir dos ensaios a vazio e de curto-
circuito,
a. por que é desnecessário o cálculo da impedâ ncia e reatâ ncia equivalentes, a partir
dos dados do ensaio de curto-circuito ?
b. qual o instrumento especí fico que fornece informações ú teis no cálculo do ren -
dimento ?
c. é necessá rio determinar-se a resistência equivalente? Por que nã o? Explique
(Consulte as tabelas de perdas no cobre do Exemplo 13- 15 a e b.)
d . a perda no cobre, referida ao lado de AT, é igual à referida ao lado de BT ?
Explique.
13- 24 . Com relaçã o à curva do rendimento de um transformador, conforme mostra a Fig.
-
13 12, explique
a . por que o rendimento é zero para uma carga nula (circuito aberto)
b. por que cresce t ão rapidamente o rendimento
c. para que valor de carga è m á ximo o rendimento ( V. Eq. 13-34, 35)
d . por que é algo menor o rendimento para cargas pesadas
e. por que é menor o rendimento para cargas de baixo fator de potê ncia
f. por que um transformador bem projetado é normalmente mais eficiente que a
m áquina girante que ele alimenta .
13-25. Com relação ao rendimento diá rio
a . quais os dados de ensaio e informações necessá rias para o seu cá lculo ?
b. por que se faz o cálculo em energia e n ão em potência ?
c. por que o valor encontrado é normalmente elevado, apesar da incidência ocasional
de cargas de baixos fatores de potência e de per íodos de utilização à pouca carga ?
-
13 26. a. Além dos ensaios a vazio e de curto-circuito, por que são necessários os ensaios
de polaridade e identificação de fases, antes da colocação em serviço de um
transformador ?
tf
598 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
í »
600 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
PROBLEMAS
13-1 . O prim á rio de um transformador , totalmente acoplado, tem uma indutâ ncia de
20 H , um coeficiente de acoplamento de 0,98 e uma indut â ncia m ú tua de 9,8 H . Calcule
a indutâ ncia do enrolamento secundá rio.
13- 2. Um transformador comercial de 400 Hz, 220 V / 20 V tem 50 espiras no seu enrolamento
de BT. Calcule :
i
a. o n ú mero de espiras do lado de AT
b. a relação de transformação, a, quando utilizado como transformador abaixador
c . repita ( b) quando a utilização é de transformador elevador
d . a relação espiras/ volt para AT
e. a relação espiras / volt para BT.
13-3. O lado de AT de um transformador tem 750 espiras e o de BT 50 espiras. Quando
a AT é ligada a uma rede de 120 V, 60 Hz, e uma carga de 40 A é ligada à BT, calcule
a . a relação de transformação, a
b. a tensão secundá ria, imaginando que n ão há quedas na impedâ ncia interna do
transformador
c. a resist ência da carga
d . a relação volts /espira do primá rio e secund á rio, respectivamente
e. a capacidade em VA do transformador.
13-4. Um transformador comercial de 220 V/ 30 V, 3 kVA, 60 Hz tem a relação de 3 V /espira .
Calcule
a. as espiras de AT
b. as espiras de BT
c. a relação de transformaçã o, se o utilizamos como abaixador
d. a relaçã o de transformação, se o utilizamos como elevador
e. a corrente nominal de AT
f. a corrente nominal de BT.
13-5. Uma carga de 10 Q solicita uma corrente de 20 A do lado de AT de um transformador,
cuja a = 1 /8. Imaginando que n ã o haja quedas de tensão internas no transformador,
calcule
a . a tensão secundá ria
b. a tensã o primá ria
c. a corrente primá ria
d . os VA transferidos do primá rio ao secundá rio
e. a relação de transformação quando o utilizamos como abaixador.
13-6. Utilizando a relação volts / espira, calcule o valor de pico do fluxo m ú tuo. para
os transformadores
a. do problema 13-2
b. do problema 13 3 -
c. do problema 13-4.
»
>
602 M áQUINAS ELé TRICAS E TRANSFORMADORES
13- 7. Um transformador de 600 V /20 V, 1 kVA, 400 Hz, 3.000 esp / 100 esp deve ser utilizado
a partir de uma rede de 60 Hz. Mantendo a mesma densidade de fluxo permissí vel ,
calcule
a . a má xima tensão que pode ser aplicada ao lado de AT a 60 Hz
b. a m á xima tensão que pode ser aplicada ao lado de BT a 60 Hz
c. os valores originais da relação volts/espira a 400 Hz
d . as relações volts /espiras a 60 Hz
e. a capacidade em kVA do transformador a 60 Hz
13-8. Um transformador de filamento de 110 V /6 V, 60 Hz, 20 VA é testado para suportar
tensõ es eficazes de 1.000 V, quer para o prim á rio, quer para o secundá rio . Se
utilizado a 400 Hz, mantendo-se o mesmo fluxo má ximo permissí vel, calcule
a . a capacidade do lado de AT
b. a capacidade do lado de BT
c. a capacidade do transformador, em VA.
13-9. Tendo resolvido os problemas acima, um aluno engendrou um esquema brilhante.
Os transformadores, normalmente , têm seus preços em função de sua capacidade em
kVA . O desenvolvimento de dispositivos de estado sólido tornou obsoleta a maioria
dos transformadores correspondentes à utilizaçã o em equipamentos com v á lvulas.
Ao mesmo tempo, a introdução da técnica de estado sólido em 400 Hz levou à
necessidade de transformadores de potê ncia para suprir em alta tensão dispositivos
CC . Por que, ent ã o, n ão comprar transformadores de filamento de 60 Hz, mudar
-
sua capacidade de placa e vendê los como de maior potência, usufruindo o lucro?
Ele verifica que pode adquirir partidas, com desconto, sendo os transformadores de
60 Hz, 200 VA , testados a 2.000 V tendo um enrolamento AT de 120 V e dois
enrolamentos BT de 6 e 12 V, respectivamente, a Cr$ 50,00 cada um deles. Ele
pretende ligar em sé rie os lados de BT para utilizar integralmente a capacidade dos
secundá rios. Calcule Sim.
A 060 Hz é 0.200,00 VA, custa Cr$- 100,00.
a . a capacidade de BT em 400 Hz A 400 Hz é 1.333,33 VA, custa Cr$- 666,66 para rendimento de 6,665.
b. a capacidade de AT em 400 Hz Aaviltamento
aquisição custa cr$- 50,00 e placa Cr$- 10,00, deduzidos de Cr$-666,66, impondo
do lucro para Vr$- 606,70.
c. a capacidade do transformador em 400 Hz
d . o preço de venda do transformador numa base de Cr$ 500,00/ kVA
e . o lucro do transformador , se cada nova placa custa para ele CrS 10,00.
f. O produto à venda está aviltado de alguma forma? Explique a situação em função
do rendimento do transformador.
13- 10. O prim á rio de um transformador , consistindo de dois enrolamentos de 120 V em
paralelo, serve como carga fixa e solicita 6 A de uma fonte de 120 V, 60 Hz. Calcule
a corrente drenada da fonte quando
a. se liga à linha apenas uma bobina
b. ambos os enrolamentos de 120 V são ligados em sé rie a uma fonte de 240 V , 60 Hz
c. se usa uma fonte de 120 V, 50 Hz
d . se usa uma fonte de 120 V, 50 Hz.
13- 11. Se a densidade de flux ó m á xima permissí vel em um transformador de 220 V, 60 Hz
n ão deve exceder 60 quilolinhas por polegada quadrada, quantas espiras se devem usar
no lado de 220 V ? A á rea transversal do n úcleo é 22, 5 pol 2 .
-
13 12. Há 1.000 espiras no lado de AT de um transformador de lOkVA , 10/ 1 .
a. Quando se aplicam 1.000 V a 60 Hz, ao lado de AT, a densidade má xima de fluxo
é 5.000 gauss ( maxwells/cm 2 ). Qual a á rea do n úcleo em cm 2 e em pol 2 ?
b. Se se aumenta a tensão aplicada a 1.500 V, encontre a densidade má xima de fluxo.
c. Repita ( b) para 50 Hz e a mesma tensão (1.500 V).
p I
a . as perdas por histerese e por correntes parasitas , quando se diminui a tensão para
110 V à mesma frequência. Use as hipóteses do problema 13- 13
b . as perdas por histerese e por correntes parasitas e a densidade má xima de fluxo
1
se se aplica a tensão nominal a 50 Hz
c . a densidade má xima de fluxo , e as perdas por histerese e por correntes parasitas,
quando se aplicam 60 V a 30 Hz .
13- 15 . Um transformador de 20 kVA , 660 V / 120 V tem perdas a vazio de 250 W e uma
resist ência do lado de AT de 0, 2 f í . Imaginando que as perdas relativas à carga nos
enrolamentos são iguais, calcule
a . a resistê ncia do lado BT
b. a perda no cobre equivalente à plena carga
c . os rendimentos do transformador para cargas de 25 , 50, 75 , 100 e 125
% da
nominal , com FP unit á rio, imaginando que a regula ção do transformador é zero % .
13- 16. O rendimento de um transformador de 20 kVA , 1.200 V/ 120 V é máximo a 50 da
carga nominal e vale ent ão 98% . Calcule
%
a . as perdas no n úcleo
b . o rendimento à plena carga
c . o rendimento para cargas de 75% e 125% .
13- 17. Um transformador de 20 kVA , 1.200/ 120 V , que está .permanentemente ligado, é
carregado com cargas de fator de potê ncia unitá rio durante um per í odo de 24 horas,
como se segue : 5 horas à plena carga , 5 horas à meia carga, 5 horas a um quarto
de carga . O rendimento má ximo ocorre à plena carga e é 97%. Calcule o rendimento
di á rio .
13- 18 . Um transformador de 10 kVA , 60 Hz , 4.800/ 240 V é ensaiado a vazio e a curto-
circuito , respectivamente , sendo os resultados :
-
13 19. A partir dos dados do problema 13-18, calcule
a. as perdas no n úcleo do transformador
b. as perdas no cobre, à plena carga, do transformador
c. o rendimento à plena carga para FP de 0,9 em atraso
d. o rendimento diá rio, quando se carrega o transformador com : 6 h à plena carga,
FP unitá rio ; 4 h à meia carga com FP 0,8 em atraso ; 6 h a um quarto de carga
com FP 0,6 em atraso e 8 h a vazio.
13-20. Um transformador de 100 kVA, 60 Hz, 12.000/240 V foi ensaiado a vazio e a curto-
circuito, e os dados obtidos foram os seguintes :
13-36. Uma instalação industrial é alimentada a partir de uma fonte 2 a 3 fios em 230 V.
Deseja-se utilizar um motor sí ncrono que solicita 50 kW a FP unitário e deve ser
alimentado por um sistema trifásico a três fios em 230 V. (O motor sí ncrono é
^
necessá rio para correçã o do FP, mas não se dispõe de um motor síncrono bif ásico
de tal capacidade.) Desenhe um diagrama que mostre a ligaçã o Scott para a trans-
formação do sistema 2</> em 3$, mostrando todas as correntes primá rias e secundárias
nos transformadores principal e equilibrador, respectivamente.
RESPOSTAS
13-1 5 H 13-2(a) 50 esp (b) 11 (c) 1 /11 (d) 0,4 V/esp (e) 0,4 V/esp 13-3(a)
15 ( b) 8 V (c) 0,2 Q (d ) 0,16 V/esp (e) 320 VA 13-4(a) 73 esp ( b) 10 esp (c) 7,33
(d ) 0,136 (e) 13,62 A ( f ) 100 A 13-5(a ) 200 V ( b) 25 V (c) 160 A (d ) 4 kVA (e) 8
13-6(a) 2,25 x 104 Mx ( b) 6,0 x 104 Mx (c) 1 ,125 x 106 Mx 13-7(a) 90 V ( b) 3 V (c)
0, 1 V/esp (d ) 0,03 V/esp (e) 150 VA 13 8(a ) 733 V ( b) 40 V (c) 133 VA 13-9(a)
120 V ( b) 800 V (c) 1 ,333 kVA ( d ) Cr$ 666,70 (e) Cr$ 606,70 ( f ) Sim 13-10(a ) 6 A
( b) 3 A (c) 7,2 A (d ) 14,4 A 13-11 61 esp 13- 12(a) 75 cm 2, 11 ,61 pol2 ( b) 7,5 kG (c)
9 kG 13- 13(a ) 2,25/ 1 ( b) 2,06/ 1 13- 14(a ) 172 W 84, 15 W ( b) 240 Wb/ m 2 229, 5 W
100 W (c) Wb/ m 2 100 W 25 W 13- 15(a ) 0,0066 Q ( b) 367 W (c) 94,75 96,7 97 , 1
97,0 e 96,8 % 13- 16(a ) 100 W ( b) 97 ,5 % (c) 97,8% 13- 17 95, 1 % 13-18(a ) 41 ,6 Q
76 a ( b) 0,104 a 0,19 n (c) 1 ,875% (d ) 3,33% 13- 19(a ) 60 W ( b) 180 W (c)
97,4 % (d ) 98,3 % 13- 20(a) 4,17 % ( b) 95,25 97,3 97,9 98,1 97,7 97,6 % (c)
0,633 ( d ) 98, 2 % 13-21 93,8 96,5 97,5 97,3 97,0 % 13-22 - 4,167 % 13-23
13- 25(a )
'
25,5 kVA 13-24(a ) 50 A 12,5 A ( b ) 62,5 A (c) 60 kVA ( d ) 150 kVA
83,3 A 16,7 A ( b) 83,3 A (c) 66,7 kVA ( d ) 200 kVA 13 26(a ) 30 kW ( b) 120 kW
13- 27(a ) 33,3 kW ( b) 166,7 kW 13- 28(a ) 682 esp ( b) 1.182 esp 13-29(a ) 1.790 esp
( b) 49 esp 13-30(a ) Y - Y : 16,67 kVA 7.625/127,2 V 2,19/131 A ( b) Y- A : 16,67 kVA
7.625/ 220 V 2,19/75,8 A (c) A-Y : 16,67 kVA 13.200/ 127,2 V 1 ,26/ 131 A (d ) A - A :
16,67 kVA 13.200/ 220 V 1 ,26/75,8 A (e) V- V : 28,85 kVA 13.200/ 220 V 2,19/ 131 A
13-31 (a ) 866,7 kVA . ( b) 500 kVA 13-32( a ) 866,7 kVA ( b) 500 kVA 13-33(a ) 400 kVA
( b) 26,6 kV a 15,05 A 2,4 kV a 174 A (c) 0,866 (d ) 1 ,2 MW (e) 73,2 % 50 % 13-34
Transf. princ. V 1 — 132 kV
MVA Transf. de equil. Vt = 114,2 kV
l l = 52,5 A V 2 = 13,8 kV I 2 = 435 A, capacidade = 6,93
= 52,5 A V 2 = 13,8 kV I 2 = 435 A, capaci-
dade = 6,0 MVA 13- 35 tanto (a) como ( b ) I 2 = 90, 2 A e I , = 781 A 13-36 Transf. princ.
- ,
V 2 230 V I 2 = 125,5 A V = 230 V Ij = 108,7 A Transf. de equil. V 2 = 199,2 V
I 2 = 125.5 A Vj = 230 V I = 108,7 A. ,
I
apê ndice
!
608 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
i
T
Ângulo, * sen tang cot cos Ângulo, 9 Ângulo, 9 sen tang cot cos Ângulo, °
0,0 0,00000 0,00000 oo 1 ,00000 90,0 4,5 0,07846 0,07870 [
,1 ,00175 ,00175
12,706 0,99692 86,5
572,96 1,00000 ,9 ,6 ,08020 ,08046 12,429 ,99678
,2 ,00349 ,00349 ,4
286,48 0,99999 ,8 ,7 ,08194 ,08221 12,163 ,99664 ,3
,3 ,00524 ,00524 190,98 ,99999 ,7 ,8 ,08368 ,08397
,4 11,909 ,99649 >2
,00698 ,00698 143,24 ,99998 ,6 ,9 ,08542 ,08573 11,664 ,99635 ,1
,5 ,00873 ,00873 114, 59 ,99996 ,5 5,0 0,08716 0,08749 11 ,430 0,99619 85,0
,6 ,01047 ,01047 95,489 ,99995 ,4 ,1 ,08889 ,08925 11,205 ,99604 ,9
,7 ,01222 ,01222 81 ,847 ,99993 ,3 ,2 ,09063 ,09101 10,988 ,99588
,8 ,01396 ,8
,01396 71,615 ,99990 2 ,3 ,09237 ,09277 10,780 ,99572
,9 ,01571 * ,7
,01571 63,657 ,99988 ,1 ,4 ,09411 ,09453 10,579 ,99556 ,6
LO 0,01745 0,01746 57,290 0,99985 89,0 ,5 ,09585 ,09629 10,385 ,99540 ,5
,1 ,01920 ,01920 52,081 ,99982 ,9 ,6 ,09758 ,09805 10,199 ,99523 4
,2
,3
,02094 ,02095
,02269 ,02269
47,740 ,99978
44,066 ,99974
,8
J
,7
,8
,09932
,10106
,09981
,10158
10,019
9,8448
,99506
,99488
.
»
3
,2
,4 ,02443 ,02444 40,917 ,99970 ,6 ,9 , 10279 , 10334 9,6768 ,99470 ,1
,5 ,02618 ,02619 38, 188 ,99966 ,5 6,0 0, 10453 0, 10510 9,5144 0,99452 84,0
,6 ,02792 ,02793 35,801 ,99961 ,4 ,1 ,10626 , 10687 9, 3572 ,99434 ,9
,7 ,02967 ,02968 33,694 ,99956 ,3 ,2 , 10800 , 10863
,8 9,2052 ,99415 ,8
,03141 ,03143 31,821 ,99951 ,2 3 , 10973 , 11040
,9 * 9,0579 ,99396 ,7
,03316 ,03317 30,145 ,99945 ,1 ,4 , 11147 ,11217 8,9152 ,99377 ,6
2,0 0, 03490 0,03492 28,636 0,99939 88,0 ,5 , 11320
,1 ,03664 ,03667 27,271 ,99933
, 11394 8, 7769 ,99357 ,5
,9 ,6 , 11494 , 11570 8,6427 ,99337 ,4
,2 ,03839 ,03842 26,031 ,99926 ,8 ,7 , 11667 , 11747 8,5126 ,99317 ,3
,3 ,04013 ,04016 24,898 ,99919 ,7 ,8 , 11840 , 11924 8,3863 ,99297
,4 ,04188 ,04191 23,859 ,99912 >2
,6 ,9 , 12014 ,12101 8,2636 ,99276 ,1
,5 ,04362 ,04366 22,904 ,99905 ,5 7,0 0, 12187 0,12278 8, 1443 0,99255
,6 ,04536 ,04541 22, 022 83,0 r
,99897 ,4 ,1 , 12360 , 12456 8,0285 ,99233
,7 ,04711 ,9
,04716 21 ,205 ,99889 ,3 ,2 , 12533 ,12633 7,9158 ,99211
,8 ,04885 ,8
,04891 20, 446 ,99881 ,2 ,3 , 12706 , 12810 7,8062 ,99189
,9 ,05059 ,05066 19,740 ,7
,99872 ,1 ,4 , 12880 , 12988 7,6996 ,99167 ,6
3,0 0,05234 0,05241 19,081 0,99863 87,0
,1 ,05408 ,05416 18 ,464 ,99854 ,9
,5
,6
,13053
, 13226
,13165
,13343
7,5958
7,4947
,99144
,99122
.,54
,2 ,05582 ,05591 17,886 ,99844 ,8 ,7 ,13399 ,13521 7,3962 ,99098 ,3
,3 ,05756 ,05766 17, 343 ,99834 ,7 ,8 ,13572 ,13698 7,3002 ,99075 ,2
,4 ,05931 ,05941 16,832 ,99824 ,6 ,9 ,13744 ,13876 7,2066 ,99051 ,1
,5 ,06105 ,06116 16,350 ,99813 ,5 8,0 0,13917 0,14054 7,1154 0,99027 82,0
,6 ,06279 ,06291 15 ,895 ,99803 ,4 ,1 , 14090 ,14232 7,0264 ,99002
,7 ,06453 ,06467 15,464 ,9
,99792 ,3 ,2 ,14263 ,14410 6,9395 ,98978
,8 ,06627 ,06642 15,056 ,8
,99780 ,2 ,3 ,14436 ,14588 6,8548 ,98953 ,7
,9 ,06802 ,06817 14,669 ,99768 ,1 ,4 , 14608 , 14767 6,7720 ,98927 ,6
4,0 0,06976 0,06993 14,301 0,99756 86,0 ,5 , 14781 , 14945 6,6912 ,98902 ,5
,1 ,07150 ,07168 13,951 ,99744 ,9 »6 ,14954 ,15124 6,6122 ,98876 ,4
,2 ,07324 ,07344 13,617 ,99731 ,8 ,7 ,15126 ,15302 6,5350 ,98849 ,3 l
,3 ,07498 ,07519 13,300 ,99719 ,7
,4 ,07672 ,07695 12,996 ,99705 .6
,8
,9
,15299
,15471
,15481 6,4596
,15660 6, 3859
,98823
,98796
,2
J
,5 ,07846 ,07870 12, 706“ ,99692 ,5 9,0 0,15643 0, 15838 6,3138 0,98769 81,0
Ângulo, • cos cot tang sen Ângulo, ° Ângulo, 9
cos cot tang sen Ângulo, 9
( continua )
1
\
A Pê N D I C E 609 í
( continuação )
Ângulo, * sen ung cot cos Ângulo, * Ângulo, ° sen tang cot cos Ângulo, •
9,0 0,15643 0,15838 6,3138 0,98769 81 ,0 14,0 0,24192 0,24933 4,0108 0,97030 76,0
,1 , 15816 ,16017 6,2432 ,98741 ,9 ,1 ,24362 ,25118 3,9812 ,96987 ,9
,2 ,15988 ,16196 6,1742 ,98714 ,8 ,2 ,24531 ,25304 3,9520 ,96945 ,8
,3 ,16160 ,16376 6,1066 ,98686 ,7 ,3 ,24700 ,25490 3,9232 ,96902 ,7
,4 ,16333 ,16555 6,0405 ,98657 ,6 ,4 , 24869 ,25676 3,8947 ,96858 ,6 • •
*
,5 ,16505 ,16734 5,9758 ,98629 ,5 ,5 ,25038 ,25862 3,8667 ,96815 ,5
,6 ,16677 ,16914 5,9124 ,98600 ,4 ,6 ,25207 ,26048 3,8391 ,96771 *4
J ,16849 ,17093 5,8502 ,98570 *
3 ,7 ,25376 ,26235 3,8118 ,96727 ,3 i
.8 , 17021 ,17273 5,7894 ,98541 ,2 ,8 ,25545 ,26421 3,7848 ,96682 ,2
,9 ,17193 , 17453 5,7297 ,98511 ,1 ,9 ,25713 ,26608 3,7583 ,96638 ,1
10,0 0,17365 0,17633 5,6713 0,98481 80,0 15,0 0,25882 0,26795 3,7321 0,96593 75,0
,1 ,17537 ,17813 5,6140 ,98450 ,9 ,1 ,26050 , 26982 3,7062 ,96547 ,9
,2 ,17708 ,17993 5,5578 ,98420 ,8 ,2 , 26219 , 26169 3,6806 ,96502 ,8
,3 ,17880 ,18173 5,5026 ,98389 ,7 ,3 , 26387 , 27357 3,6554 ,96456 ,7
,4 ,18052 , 18353 5,4486 ,98357 ,6 ,4 , 26556 ,27545 3,6305 ,96410 ,6
*5
,18224 ,18534 5,3955 ,98325 ,5 ,5 ,26724 ,27732 3,6059 ,96363 ,5
,6 ,18395 ,18714 5, 3435 ,98294 ,4 ,6 ,26892 ,27921 3,5816 ,96316 ,4
,7 ,18567 , 18895 5,2924 ,98261 ,3 ,7 , 27060 ,28109 3, 5576 ,96269 ,3
,8 ,18738 , 19076 5,2422 ,98229 ,2 ,8 ,27228 , 28297 3,5339 ,96222 ,2 :
,9 ,18910 ,19257 5,1929 ,98196 ,1 ,9 ,27396 ,28486 3,5105 ,96174 ,1
11,0 0,19081 0,19438 5,1446 0,98163 79,0 16,0 0, 27564 0,28675 3,4874 0,96126 74,0
J ,19252 ,19619 5,0970 ,98129 ,9 ,1 ,27731 ,28864 3,4646 ,96078 ,9
*2
,19423 ,19801 5,0504 ,98096 ,8 ,2 ,27899 ,29053 3,4420 ,96029 »8
,3 ,19595 ,19982 5,0045 ,98061 ,7 ,3 , 28067 ,29242 3,4197 ,95981 J
A ,19766 ,20164 4,9594 ,98027 ,6 A , 28234 ,29432 3,3977 ,95931 ,6
,5 ,19937 , 20345 4,9152 ,97992 ,5 ,5 , 28402 ,29621 3, 3759 ,95882 ,5
,6 ,20108 , 20527 4,8716 ,97958 ,4 ,6 , 28569 , 29811 3,3544 ,95832 ,4
J ,20279 ,20709 4,8288 ,97922 ,3 ,7 ,28736 , 30001 3, 3332 ,95782 ,3
,8 , 20450 , 20891 4,7867 ,97887 ,2 ,8 ,28903 ,30192 3, 3122 ,95732 ,2
,9 ,20620 , 21073 4,7453 ,97851 ,1 ,9 ,29070 ,30382 3,2914 ,95681 ,1
12,0 0,20791 0,21256 4,7046 0,97815 78,0 17,0 0,29237 0,30573 3,2709 0,95630 73,0
,1 ,20962 ,21438 4,6646 ,97778 ,9 ,1 , 29404 ,30764 3,2506 ,95579 ,9 )
.,56 ,21644
,21814
, 22169 4,5107
,22353 4,4737
,97630
,97592
,5
,4
,5
,6
,30071
,30237
,31530
,31722
3, 1716
3,1524
,95372
,95319
,5
A
,7 ,21985 ,22536 4,4373 ,97553 ,3 ,7 ,30403 ,31914 3,1334 ,95266 ,3
»8 ,22155 ,22719 4,4015 ,97515 ,2 ,8 ,30570 ,32106 3,1146 ,95213 ,2
.9 ,22325 ,22903 4,3662 ,97476 ,1 ,9 ,30736 ,32299 3,0961 ,95159 ,1
13,0 0,22495 0,23087 4,3315 0,97437 77,0 18,0 0,30902 0,32492 3,0777 0,95106 72,0
,1 ,22665 ,23271 4,2972 ,97398 ,9 ,1 ,31068 ,32685 3,0595 ,95052 ,9
» 2 , 22835 , 23455 4,2635 ,97358 ,8 ,2 , 31233 ,32878 3,0415 ,94997 ,8
,3 ,23005 ,23639 4,2303 ,97318 J ,3 , 31399 ,33072 3,0237 ,94943 ,7
,4 ,23175 ,23823 .
4 I 976 Í ,97278 ,6 A , 31565 ,33266 3,0061 ,94888 ,6
í
,5 ,23345 ,24008 4,1653 ,97237 ;s ,5 ,31730 ,33460 2,9887 ,94832 ,5
,6 ,23514 ,24193 4,1335 ,97196 A ,6 ,31896 ,33654 2,9714 ,94777 A 1
14,0 0,24192 0,24933 4,0108 0,97030 76,0 19,0 0,32557 0, 34433 2,9042 0,94552 71,0
( continua )
610 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
( continuação )
>
Ângulo, 0
sen tang cot cos Ângulo, Ângulo, ° Ângulo, °
0
sen tang cot cos
19,0 0,32557 0,34433 2,9042 0,94552 *71 ,0 24,0 0, 40674 0,44523 2,2460 0,91355 66,0
,1 , 32722 ,34628 2,8878 ,94495 ,9 ,1 ,40833 ,44732 2,2355 ,91283 ,9
2 ,32887 ,34824 2,8716 ,94438 ,8 ,2 ,40992 ,44942 2,2251 ,91212
,3 ,33051 ,35020 2,8556 ,94380 ,8
,7 ,3 ,41151 ,45152 2,2148 ,91140 ,7
,4 , 33216 , 35216 2,8397 ,94322 ,6 ,4 ,41310 ,45362 2,2045 ,91068 ,6
,5 ,33381 , 35412 2,8239 ,94264 ,5 ,5 ,41469 ,45573 2,1943 ,90996 ,5
,6 , 33545 , 35608 2,8083 ,94206 ,4 ,6 ,41628 ,45784 2,1842 ,90924 ,4
,7 , 33710 ,35805 2,7929 ,94147 ,3 ,7 ,41787 ,45995 2,1742 ,90851 ,3
,8 , 33874 , 36002 2,7776 ,94088 ,2 ,8 ,41945 ,46206 2,1642 ,90778 ,2
,9 , 34038 , 36199 2, 7625 ,94029 ,1 ,9 ,42104 ,46418 2,1543 ,90704 ,1
20,0 0,34202 0,36397 2, 7475 0,93969 70,0
,1
25,0 0, 42262 0,46631 2,1445 0,90631 65,0
, 34366 , 36595 2, 7326 ,93909 ,9 ,1 ,42420 ,46843 2,1348 ,90557 ,9
,2 , 34530 , 36793 2, 7179 ,93849 ,8 ,2 ,42578 , 47056 2,1251 ,90483
.3 , 34694 , 36991 2, 7034 ,93789 . ,7 ,3 ,42736 ,47270 2, 1155 ,90408
,8
,7
,4 , 34857 , 37190 2,6889 ,93728 ,6 ,4 ,42894 ,47483 2,1060 ,90334 ,6
,5 ,35021 ,37388 2,6746 ,93667 ,5 ,5 ,43051 ,47698 2,0965 ,90259 ,5
,6 ,35184 , 37588 2,6605 ,93606 ,4 ,6 ,43209 ,47912 2,0872
,7 ,35347 ,37787
,90183 ,4
2,6464 ,93544 ,3 ,7 ,43366 , 48127 2,0778
,8 ,3551 1 ,90108 ,3
,37986 2,6325 ,93483 ,2 ,8 ,43523 ,48342 2,0686 ,90032 2
,9 ,35674 ,38186 2,6187 ,93420 ,1 »
,9 ,43680 ,48557 2,0594 ,89956 ,1
21,0 0, 35837 0, 38386 2,6051 0,93358 69,0 26,0 0,43837 0,48773 2,0503 0,89879 64,0
,1 , 36000 , 38587 2, 5916 ,93295 ,9 ,1 ,43994 ,48989 2,0413 ,89803 ,9
,2
,3
, 36162 , 38787 2,5782 ,93232
, 36325 ,38988 2, 5649 ,93169
,8
,7
,2 .,44151 , 49206 2,0323 ,89726 ,8
,3 , 44307 ,49423 2,0233 ,89649 ,7
,4 , 36488 ,39190 2, 5517 ,93106 ,6 ,4 , 44464 , 49640 2,0145 ,89571 ,6
,5 ,36650 , 39391 2,5386 ,93042 ,5 ,5 ,44620 , 49858 2,0057 ,89493 ,5
,6 , 36812 ,39593 2, 5257 ,92978 ,4 ,6 ,44776 ,50076 1 ,9970 , 89415 ,4
,7 , 36975 , 39795 2,5129 , 92913 ,3 ,7 ,44932 ,50295 1 ,9883 , 89337 ,3
,8 , 37137 ,39997 2, 5002 ,92849 ,2 ,8 ,45088 , 50514 1 ,9797 ,89259 ,2
,9 , 37299 , 40200 2,4876 ,92784 ,1 ,9 , 45243 , 50733 1 ,9711 ,89180 ,1
22,0 0,37461 0,40403 2,4751 0,92718 68,0 27,0 0,45399 0,50953 1 ,9626 0,89101 63,0
,1 ,37622 ,40606 2,4627 ,92653 ,9 ,1 ,45554 , 51173 1 ,9542 ,89021 ,9
,2 , 37784 ,40809 2,4504 ,92587 ,8 .2 ,45710 , 51393 1 ,9458 ,88942 ,8
,3 ,37946 ,41013 2,4383 ,92521 ,7 ,3 , 45865 , 51614 1 ,9375 ,88862 ,7
,4 ,38107 ,41217 2,4262 ,92455 ,6 ,4 ,46020 ,51835 1,9292 ,88782 ,6
,5
.67 , 38268
,38430
,41421
, 41626
2, 4142
2,4023
,92388
,92321
,5
,4
,5 .46175 , 52057 1 ,9210 ,88701 ,5
,6 , 46330 , 52279 1 ,9128 ,88620 ,4
, ,38591 ,41831 2 , 3906 ,92254 3 ,7 , 46484 ,52501 1 , 9047 ,88539 ,3
,8 , 38?752 ,42036 2, 3789 ,92186 ,2 ,8 ,46639 ,52724 1 ,8967 ,88458 ,2
,9 ,38912 ,42242 2,3673 ,92119 ,1 ,9 , 46793 , 52947 1 ,8887 ,88377 J
23,0 0, 39073 0,42447 2, 3559 0,92050 67,0 28,0 0,46947 0,53171 1,8807 0,88295 62,0
,1 ,39234 ,42654 2,3445 ,91982 ,9 ,1 ,47101 ,53395 1 ,8728 ,88213 ,9
,2 , 39394 ,42860 2, 3332 ,91914 ,8 ,2 ,47255 ,53620 1 ,8650 ,88130 ,8
,3 ,39555 ,43067 2,3220 ,91845 ,7 ,3 ,47409 ,53844 1 ,8572 ,88048 ,7
,4 ,39715 ,43274 2,3109 ,91775 ,6 ,4 ,47562 , 54070 1,8495 ,87965 ,6
24,0 0,40674 0,44523 2,2460 0, 91355 66,0 29,0 0,48481 0, 55431 1 ,8040 0,87462 61,0
Ângulo, 0
cos cot tang sen Ângulo, 0
Ângulo," cos cot tang . sen Ângulo, *
( continua )
T
APêNDICE 611
( continuação )
Ângulo, 0 sen tang cot cos Ângulo, °  ngulo, ° sen tang cot cos  ngulo, c
29,0 0,48481 0,55431 1,8040 0,87462 61 ,0 34,0 0,55919 0,67451 1 ,4826 0,82904
,1 56,0
,48634 , 55659 1 ,7966 ,87377 ,9 ,1 ,56064 ,67705 1 ,4770 , 82806 ,9
,2 ,48786 ,55888 1 ,7893 ,87292 ,8 ,2 ,56208 ,67960 1 ,4715 ,82708
,3
,8
,48938 , 56117 1 ,7820 ,87207 ,7 ,3 ,56353 ,68215 1,4659 ,82610 ,7
A ,49090 ,56347 1*7747 ,87121 ,6 ,56497 ,68471 1,4605 ,82511
A ,6
• ,5 ,49242 ,56577 1,7675 ,87036 ,5 ,5 ,56641 ,68728 1 ,4550 ,82413 ,5
,6 ,49394 ,56808 3,7603 ,86949 ,4 ,6 ,56784 ,68985 1,4496 ,82314 ,4
,7 ,49546 ,57039 1, 7532 ,86863 ,3 ,7 , 56928 ,69243 1 ,4442 , 82214 ,3
,8 ,49697 ,57271 1, 7461 ,86777 ,2 ,8 , 57071 ,69502 1,4388 ,82115 ,2
,9 ,49849 ,57503 1 ,7391 ,86690 ,1 ,9 ,57215 ,69761 1 ,4335 ,82015 ,1
30,0 0, 50000 0,57735 1 ,7321 0,86603 60,0 35,0 0,57358 0,70021 1 ,4281 0,81915
,1
55 ,0
,50151 ,57968 1 ,7251 ,86515 ,9 ,1 , 57501 ,70281 1,4229 , 81815 ,9
,2 ,50302 ,58201 1 ,7182 ,86427 ,8 ,2 , 57643 ,70542 1 ,4176 ,81714
,3
,8
,50453 ,58435 1,7113 ,86340 ,7 ,3 ,57786 ,70804 1,4124 ,81614 ,7
,4 ,50603 ,58670 1 ,7045 ,86251 ,6 ,4 ,57928 , 71066 1,4071 ,81513 ,6
,5 ,50754 ,58905 1 ,6977 ,86163 ,5 ,5 , 58070 , 713291 ,4019 ,81412 ,5
,6 , 50904 ,59140 1,6909 ,86074 ,4 ,6 ,58212 , 715931,3968 ,81310 ,4
,7 , 51054 ,59376 1 ,6842 ,85985 ,3 ,7 , 58354 , 718571 ,3916 ,81208 ,3
,8 , 51204 ,59612 1, 6775 ,85896 ,2 ,8 ,58496 ,72122 1 ,3865 ,81106 ,2
,9 ,51354 ,59849 1 ,6709 ,85806 ,1 ,9 , 58637 ,72388 1 ,3814 ,81004 ,1
31 ,0 0, 51504 0,60086 1,6643 0,85717 59,0 36,0 0,58779 0, 72654 1, 3764 0,80902 54,0
, 51653 ,60324 1 ,6577 ,85627 ,9 ,1 ,58920 , 72921 1 ,3713 ,80799 ,9
,2 ,51803 ,60562 1 ,6512 ,85536 ,8 ,2 , 59061 ,73189 1 ,3663 ,80696 ,8
» 3 , 51952 ,60801 1,6447 ,85446 ,7 ,3 , 59201 , 73457 1, 3613 ,80593
,4 , 52101 ,61040 1 ,6383 , 85355 , 6 ,4 , 59342 , 73726 1 , 3564 , 80489
,7 I!
,6
,5 , 52250 , 61280 1 ,6319 ,85264 .5 ,5 , 59482 , 73996 1 ,3514 , 80386 ,5
.6 ,52399 ,61520 1,6255 ,85173 ,* ,6 , 59622 , 74267 1 ,3465 ,80232 ,4
,7 ,52547 ,61761 1 ,6191 ,85081 ,3 ,7 ,59763 , 74538 1, 3416 ,80178 ,3
,8 ,52696 ,62003 1,6128 ,84989 ,2 ,8 , 59902 ,74810 1, 3367 ,80073 ,2
,9 ,52844 ,62245 1,6066 ,84897 ,1 ,9 ,60042 , 75082 1 ,3319 , 79968 ,1
32,0 0, 52992 0,62487 1 ,6003 0,84805 58,0 37 ,0 0,60182 0, 75355 1 , 3270 0, 79864 53, 0
,1 ,53140 ,62730 1 ,5941 ,84712 ,9 ,1 ,60321 , 75629 1 ,3222 ,79758 ,9
»2 ,53288 , 62973 1 ,5880 ,84619 ,8 ,2 ,60460 , 75904 1 ,3175 , 79653 >8
*
,3 ,53435 ,63217 1,5818 , 84526 ,7 ,3 ,60599 , 76180 1 ,3127 , 79547 ,7
,4 , 53583 ,63462 1 , 5757 , 84433 ,6 ,4 ,60738 , 76456 1 , 3079 ,79441 ,6
,5 ,53730 ,63707 1 , 5697 ,84339 ,5 ,5 ,60876 , 76733 1,3032 , 79335 ,5
,6 , 53877 ,63953 1,5637 ,84245 A ,6 ,61015 , 77010 1 , 2985 , 79229 ,4
,7 , 54024 ,64199 1 , 5577 ,84151 ,3 ,7 , 61153 ,77289 1 ,2938 , 79122 ,3
,8 ,54171 ,64446 1 ,5517 ,84057 ,2 ,8 ,61291 , 77568 1 ,2892
.9 , 54317 ,64693 1, 5458 ,83962 ,1 ,9 , 61429 ,77848 1,2846
,79016
,78908
,2
,1
33,0 0, 54464 0,64941 1 , 5399 0,83867 57 ,0 38,0 0,61566 0,78129 1 ,2799 0,78801 52,0
,1 ,54610 ,65189 1 ,5340 ,83772 ,9 ,1 ,61704 , 78410 1 ,2753 ,78694 ,9
,2
,3
,54756 ,65438 1,5282 ,83676 ,8 ,2 .61841 , 78692 1,2708 ,78586 ,8
, 54902 ,65688 1,5224 , 83581 ,7 »3 , 61978 , 78975 1 ,2662 ,78478 ,7
,4 , 55048 ,65938 1 , 5166 ,83485 ,6 A ,62115 , 79259 1 ,2617 ,78369 ,6
,5 ,55194 ,66189 1,5108 ,83389 ,5
.6
,7
,55339
,55484
,66440 1,5051
,66692 1 , 4994
,83292
,83195
,4
,3
,5
,6
,62251
,62388
,79544 1,2572
, 79829 1 ,2527
, 78261
, 78152
,5
,4
,7 ,62524 ,80115 1 ,2482 ,78043 ,3
,8 ,55630 ,66944 1,4938 ,83098 2 ,8 ,62660 ,80402 1 ,2437 , 77934
» ,2
,9 ,55775 ,67197 1,4882 ,83001 ,1 ,9 ,62796 ,80690 1,2393 ,77824 ,1
34,0 0,55919 0,67451 1 , 4826 0,82904 56,0 39,0 0,62932 0,80978 1 ,2349 0,77715 51 ,0
Ângulo, ° cos cot tang sen Ângulo, ° Ângulo, 0
cos cot tang sen Ângulo, °
( continua )
612 M áQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
( continuação )
1
Ângulo, ° sen tang cot cos Ângulo, * Ângfclo, ° sen tang cot cos Ângulo, *
39,0 0,62932 0,80978 1,2349 0,77715 51,0 42,0 0,66913 0,90040 1 ,1106 0,74314 48,0
,1 ,63068 ,81268 1,2305 ,77605 ,9 ,1 ,67043 ,90357 1,1067 ,74198 ,9
,2 ,63203 ,81558 1,2261 ,77494 ,8 ,2 , 67172 ,90674 1 ,1028 ,74080 ,8
,3 ,63338 ,81849 1,2218 , 77384 ,7 *
3 ,67301 ,90993 1 ,0990 ,73963 ,7
A ,63473 ,82141 1,2174 ,77273 ,6 ,4 ,67430 ,91313 1 ,0951 ,73846 ,6
v
,5 ,63608 ,82434 1,2131 ,77162 ,5 ,5 ,67559 ,91633 1 ,0913 ,73728 *
5
,6 ,63742 ,82727 1,2088 ,77051 ,4 ,6 ,67688 ,91955 1,0875 ,73610 ,4
,7 ,63877 ,83022 1,2045 ,76940 ,3 ,7 ,67816 ,92277 1,0837 ,73491 ,3
,8 ,64011 ,83317 1,2002 ,76828 ,2 ,8 ,67944 ,92601 1 ,0799 ,73373 ,2
,9 ,64145 ,83613 1 ,1960 ,76717 ,1 ,9 ,68072 ,92926 1 ,0761 ,73254 ,1
40,0 0,64279 0,83910 1 , 1918 0,76604 50,0 43,0 0,68200 0,93252 1,0724 0,73135 47,0
,1 ,64412 ,84208 1,1875 , 76492 ,9 ,1 ,68327 ,93578 1,0686 ,73016 ,9
,2 ,64546 ,84507 1 , 1833 , 76380 ,8 ,2 ,68455 ,93906 1,0649 ,72897 ,8
,3 ,64679 , 84806 1 , 1792 ,76267 ,7 ,3 ,68582 ,94235 1 ,0612 ,72777 ,7
A ,64812 ,85107 1 , 1750 , 76154 ,6 A ,68709 ,94565 1 ,0575 ,72657 ,6
40,5 0, 64945 0,85408 1 ,1708 0, 76041 49,5 > 5 ,68835 ,94896 1 ,0538 ,72537 ,5
,6 ,65077 ,85710 1 , 1667 ,75927 ,4 ,6 ,68962 ,95229 1 ,0501 ,72417 ,4
,7 ,65210 ,86014 1 ,1626 , 75813 , 3- ,7 ,69088 ,95562 1 ,0464 ,72297 ,3
,8 ,65342 ,86318 1 , 1585 ,75700 ,2 ,8 ,69214 ,95897 1,0428 ,72176 ,2
,9 ,65474 ,86623 1,1544 , 75585 ,1 ,9 ,69340 ,96232 1,0392 ,72055 ,1
41,0 0,65606 0,86929 1,1504 0, 75471 49,0 44,0 0,69466 0,96569 1,0355 0,71934 46,0
,1 ,65738 ,87236 1 , 1463 ,75356 ,9 ,1 ,69591 ,96907 1 ,0319 ,71813 ,9
,2 ,65869 ,87543 1, 1423 , 75241 ,8 ,2 ,69717 ,97246 1,0283 ,71691 ,8
,3 ,66000 ,87852 1,1383 , 75126 ,7 ,3 ,69842 ,97586 1 ,0247 ,71569 ,7
,4 ,66131 ,88162 1,1343 , 75011 ,6 ,4 ,69966 ,97927 1 ,0212 ,71447 ,6
42,0 0,66913 0,90040 1 ,1106 0,74314 48,0 45,0 0, 70711 1,00000 1 ,0000 0, 70711 45,0
Ângulo, * cos cot tang sen Ângulo, • Ângulo, * cos cot tang sen Ângulo, °
v
n
i
A P HN D I C E 613
i
J f
AP ÊNDICE A-2 — SÍ MBOLOS GR Á FICOS*
(a ) <b ) (c ) (d )
(e ) IP (f ) (g ) (h)
Imã permanente N úcleo magn ético N ú cleo moldado N úcleo ajust á vel
(i )
r\ ? II
?
( j) -
o nnp o -
Contador Pulsador Vibrador Toróide
. - — Sí mbolos
Fig A l para enrolamentos, n úcleos e
dispositivos magnéticos. ;
J
•
( c)
< j) (I )
.
Fig A 2 - — Sí mbolos para má quinas girantes.
( b) f)
t
Com derivações
( C)
< g)
( d) —[
w
*
(a ) (b) «o —>M (d )
( f)
Base
; ( g) ( h)
(i) (] ) (k )
(h)
—o
Fechamento de circuito
(a )
o
(d) —o
Abrir — fechar
o
V
Abertura de circuito
DPDT
• i,
o
(b) Fechar
( e) t
Chave
Interromper
;T
o o- Transferência !
(c )
Fechar O o T a
(g) o
Q. & o o o
Interromper 3 posi ções 2 circuitos
I
TNTP
I
N -\ P N Ph —1 N| PT I N |—
Emissor Coletor
(a ) <b)
tipo p - n - p Tétrodo
—I PIN P Nf — — PI N| P ] N —~
/ Â nodo Cátodo
( f)
*
Base dupla Unijunção Retificador controlado
(a ) ) 1
(b) (c) (d ) iT (e )
i
Interruptor de circuito SPNO SPNC Transferência Fechamento em sequência
no tempo
1 11 -+
< *
n i I ll4
( ) j
(f ) ( g) (h)
nzn
ô [
r-rr c J tf !
oca
Fechamento em sequência Limite Rotatório Chave de mostrador
no tempo
o
(a ) o O
o t (d )
A
(9)
O
Forma A ( fechar ) Forma D ( fechar , interromper )
SPSTNO ( transferência de continuidade) o
o
n
o
(b )
o
O 1 (e )
o I A
<h )
o
<> t
Forma B (fechar) O t
Forma E Laço mecâ nico
SPSTNC ( fechar , abrir, fechar )
o
r\
(c ) (f ) SR U) D (k)
o
Forma C ( fechar, abrir ) '
Livrador lento Diferencial Disposição
SPOT ( transferência ) de contato
A Pê NDICE 617 j 1
I*
( a) (b) (c ) ( d) !
*
(f) (g) i h)
/
!
( j)
L
TermistQr Semicondutor
. -
Fig A 9 — Sí mbolos para dispositivos operados termicamente.
f
í?
;
1
i
618 MáQUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
Os valores seguintes de correntes à plena carga são para motores funcionando à velocidade de base.
HP 120 V 240 V
lu
í
2,9 1,5
/3 3,6 1 ,8
v 2 5,2 2,6
7* 7,4 3,7
1 9,4 4, 7
1 V2 13,2 6,6
2 17 8,5
3 25 12, 2
5 40 20
772 58 29
10 76 38
15 55
20 72
25 89
30 106
40 140
50 173
60 206
75 255 .
100 341 ;
125 425
150 506
200 675
'!
A Pê N D I C E 619
Os valores seguintes de correntes nominais são para motores funcionando às velocidades usuais
e motores com caracter ísticas normais de torque. Motores constru ídos para velocidades especial - /
mente baixas ou torques elevados podem ter correntes à plena carga mais altas, em cujo caso
dever ã o ser usadas as correntes nominais de placa .
-
Para obter correntes à plena carga de motores de 208 e 200 V, aumentam se em 10 e 15
por cento, respectivamente, as correspondentes correntes nominais do motor de 230 V .
As tensões relacionadas são tensões nominais do motor . Tensões de sistema nominais cor -
respondentes são 110 a 120, 220 a 240, 440 a 480.
i
í
HP 115 V 230 V 440 V
i
u 4, 4 2, 2
v» 4 5, 8 2,9
'
5
/3 7 ,2 3,6
1
/2 9,8 4 ,9
3
U 13,8 6,9
1 16 8 •i
I 1/, 20 10
2 24 12 Á
3 34 17
5 56 28
71 1/ 2 80 40 21
10 100 50 26
*
620 M á QUINAS ELéTRICAS E TRANSFORMADORES
lVa 10 5 2, 5 2,0
2 13 6,5 3,3 2,6
3 9 4,5 4
5 15 7,5 6
7 V2 22 11 9
10 27 14 11
15 40 20 16
20 52 26 21
25 64 32 26 7 54 27 22 5,4
30 78 39 31 8,5 65 33 26 6, 5
40 104 52 41 10,5 86 43 35 8
50 125 63 50 13 108 54 44 10
:
60 150 75 60 16 128 64 51 12
75 185 93 74 19 161 81 65 15
100 246 123 98 25 211 106 85 20
Para correntes de plena carga de motores de 200 e 208 volts, aumenta-se a correspondente corrente
de plena carga do motor de 220 volts em 6 e 10 por cento, respectivamente.
* Estes valores de corrente de plena carga são para motores funcionando às velocidades
usuais,
acionados por meio de correia e com caracter ísticas normais de torque. Motores constru í dos para
velocidades especialmente baixas ou torques elevados podem exigir mais corrente de
funcionamento,
em cujo caso dever á ser usada a corrente nominal de placa.
T Para FP de 90 e 80 por cento, os dados acima deverão ser multiplicados por 1 , 1 e 1 ,25,
respectivamente .
As tensões relacionadas são para tensões nominais do motor. Tensões de sistema nominais
correspondentes são 110 a 120, 220 a 240, 440 a 480 e 550 a 600 volts.
i
APENDICH 621 Í fl
A 0 3 , 14
B 3, 15 — 3,54
C
D
3, 55 — 3,99
4,0 4,49
E
í
4, 5 4,99
F 5 ,0 5, 59
G 5,6 6, 29 i
H 6,3 7,09
J 7, 1 7,99
K 8,0 8,99
L 9 ,0 9 ,99
M 10,0 — 11 , 19
'
N 11 , 2 — 12 ,49
P 12 ,5 — 13,99 !
R 14,0 — 15,99
S 16,0 — 17 ,99
3
T
U
18,0 — 19,99
20,0 — 22 , 39
V 22,4 — e acima
i
622 M áQUINAS EL éTRICAS E TRANSFORMADORES
Para certas exceções dos valores especificados nas Seçs. 430- 52 e 430- 54 ( NEC) .
Os valores dados na ú ltima coluna també m cobrem as capacidades dos
tipos com limite de
tempo , n ã o ajust á veis, de interruptores de circuito, que també m podem ser
modificados como na
Seç. 430-52 ( NEC).
Os motores s í ncronos do tipo de baixo torque e baixa velocidade ( usualmente
450 rpm ou menos ),
tais como sã o usados para acionar bombas , compressores alternados, etc , que
. partem a vazio , n ão
requerem ajustamento da capacidade do fusí vel ou do interruptor do
circuito acima de 200 por cento
de corrente de plena carga .
Para os motores não marcados com uma letra de código, veja a Tabela
A -8 .
623 *!
A PÊNDICE 0
TABULA A-8 —
CAPACIDADE M Á XIMA OU AJUSTAMENTO DOS DISPOSITIVOS
PROTETORES DO CIRCUITO DERIVADO DO MOTOR , PARA MOTORES N ÃO
MARCADOS COM UMA LETRA DE CÓ DIGO INDICANDO ROTOR BLOQUEADO,
KVA ( NEC 430-153)
Ajustamento do interruptor
Tipo de motor do circuito
Capac.
fusí vel
Tipo Limite de tempo
instant â neo tipo
Para certas exceções aos valores especificados nas Seçs . 430- 52 e 430-59 ( NEC). Os valores
dados na última coluna també m cobrem as capacidades dos tipos de limite de tempo, n ã o ajust á veis,
de interruptores de circuito, que també m podem ser modificados como na Seç. 430- 52 ( NEC).
Os motores sí ncronos do tipo de baixo torque e baixa velocidade ( usualmente 450 rpm ou menos),
tais como os usados para acionar bombas e compressores alternados, etc., com partida a vazio, n ã o
requerem um ajustamento na capacidade do fusí vel ou no interruptor do circuito alé m de 200 por cento
da corrente de plena carga.
Para motores marcados com uma letra de c ódigo, veja a Tabela A -7.
* Os kVA a rotor bloqueado sã o o produto da tens ã o do motor e da corrente a rotor bloqueado,
do motor, dados na placa do motor, divididos por 1.000 para motores monof á sicos, ou divididos por
580 para motores trifá sicos .
Í Este valor pode ser aumentado até 225 por cento , se necessá rio, para permitir a partida.
624 MáQUINAS ELéTRIC AS E TRANSFORMADORES
0, 5 2 ,0 12 150
J .O 3, 5 24 275 175 150
1 ,5 5,0 35 265 175 150
2 6, 5 45 250 175 150
3 9,0 60 250 175 150 250 225
5 15 90 185 160 130 250 250 225
7 ,5 22 120 175 150 125 250 225 200
10 27 150 175 150 125 250 225 200
15 40 220 165 140 125 225 200 200
20 52 290 150 135 125 200 200 200
25 64 365 150 135 125 200 200 200
30 78 435 270 150 135 125 200 200 200
40 104 580 360 150 135 125 200 200 200
50 125 725 450 150 135 125 200 200 200
60 150 870 540 150 135 125 200 200 200
75 185 1.085 675 150 135 125 200 200 200
100 246 1.450 900 125 125 125 200 200 200
125 310 1.815 1.125 125 125 125 200 200 200
150 360 2.170 1.350 125 125 125 200 200 200
200 480 2 900 1.800 125 125 125 200 200 200
=—
V
a . Corrente de partida x Is
em que K, é a nova tensão aplicada ao estator e é a corrente de partida na tabela
Is
acima .
1
r
INDICE REMISSIVO j
Amplidino , 438 -
resultante, 143 4 \
Amplificador rotativo, 438 Campo de referê ncia:
Anel de Gramme, enrolamento da armadura, 18 entrada, 441
Ângulo de torque, 240 e ss., 255 e ss. tensão, 443
Armadura : -
Campo série, 40
construção, 39, 41
controle da tensão, 124 e ss.
-
Campo shunt , 40
Capacidade:
enrolamento em anel de Gramme, 18 de máquinas elétricas, 22, 487
enrolamentos, 40, 48 e ss., 55 e ss. de motores, 495
estacionária, 165 e ciclo de trabalho, 491, 495
fluxo da, 141, 142, 184 e potência, 22 , 487
impedância total, 45 e temperatura, 487
inversão do circuito, 132 fatores que afetam a, 487 , 495
ligada em estrela , 178 trabalho continuo, 491, 495
núcleo da, 39 trabalho intermitente, 491, 495
reação da, 88, 140 Capacitor (compensador ) síncrono, 275 , 270
reatância, 44, 153, 166, 171 Carcaças, 39, 491 e ss.
reatância indutiva, 45 Chave centrífuga, 126, 362, 497
resistência, 53, 73 Ciclo de trabalho , 491
-
Auto excita ção, condições para a , 83, 85
Autotransformador:
Circuito de armadura, queda de tensão, 88
Circuito equivalente:
capacidade, 557 e ss. da armadura , 18
fásicos, 367
-
controle da velocidade em motores mono do gerador CC, 7 3
do gerador composto, 76
liga ções, 553
monof ásico, 331
-
do gerador série, 75
do gerador -shunt , 73
na partida à tensão reduzida, 331 do motor de indução, 323
partida , motor a duplo capacitor, 369 Circuitos magnéticos, 43, 45
-
perigos no , 561 2
polifásico, 331
Cobre, perdas ( v. Perdas no cobre)
Coeficiente de dispersão, 47
l
í
J
*
S
.
ÍNDICE REMISSIVO 629 K'
if
de indu ção assíncrona, 294 e ss. de histerese, 282 , 235
multipolar universal, 143 de potência fracionaria, 354
potência interna desenvolvida, 195 de relutâ ncia, 281
pot ência sincronizante, 211 e ss
pot ência total gerada /fase, 195
. de repulsão, 376, 380
-
de repulsão indução , 376, 380
!
síncrona, 41 , 66, 168, 246 , 296 de velocidade ajustá vel, 493
síncrona de campo mó vel , 41 constante, 230, 240
universal , 140, 168, 295 múltipla, 341, 493
Máquinas elétricas: variá vel, 493
ac íclicas , 401 variá vel e ajustável, 493
compara ção gerador x motor, 29 e ss. definições (velocidade ) , 492 e ss.
constru ção , 39 fcem no , 25 - 6 , 29, 31, 113 e ss.
conversão de energia nas, 2 e ss., 463 e ss. não reversível, 493
conversão de pot ê ncia nas, 463 e ss. pequeno, 354
correntes nominais, 22 reversível à baixa velocidade, 368, 493
de indução , 43 reversível em funcionamento, 368, 493
de indu ção assíncrona, 43 seleção do , 495
efeito do nP de pó los, 21 síncrono , vantagens, 230 k
especiais, 397 síncrono de indu ção , 279
estator, 39 síncrono nã o -excitado , 279 e ss.
girantes, 458 supersíncrono, 27 8
homo polares, 15 , 401 Motor CC:
perdas de pot ê ncia, 460 e ss. armadura, 119 e ss.
possibilidades, 38 características, 106
princípios, 29 e ss. características de torque, 121 e ss., 130
reação da armadura em, 157 caracter ísticas de velocidade, 114, 124
relações de energia em, 463 e ss. carcaças, 491
rendimento, 460 composto, 123 x
•
i
630 MÁQUINAS ELÉTRICAS E TRANSFORMADORES
-
regulador , 480 81
Motor de indução polif á sico:
universal, 385
Motor polif ásico de relutância, 279
armadura do , 295 Motor polif á sico síncrono :
características de funcionamento , 310 e ss. ajuste do fator de potê ncia , 248
caracterí sticas operacionais, 310 e ss. alto torque de partida, 234 e ss.
carcaças, 491 e ss. ângulo de torque no, 255 , 258
classes de , 338 aplicações do , 230, 263, 266
constru ção, 491 e ss. caça ao sincronismo , 230
controle da resist , secundária , 314 capacidade, 269
controle da veloc. no rotor bobinado, 321 carcaças, 491
corrente de partida , 315 carregamento, 242
corrente do rotor , 307 constru ção , 231
de campo girante , 235 , 296 correção do fator de potência, 263, 271
de m ú ltipla velocidade, 493 curvas V, 251
de gaiola de esquilo dupla , 336 de indu ção, 279
de rotor bobinado, 314 de rotor simplex , 236
ensaio a vazio, 481 enrolamentos amortecedores, 230, 234
ensaio de resist ência do estator , 479 escorregamento do pólo, 235
ensaio do rotor bloqueado , 322 480 excitação do , 243-4, 242 , 284
escorregamento, 301 ^ excitação normal , 242
fator de pot ê ncia, 315 excitatrizes, 230, 284
fem do rotor no, 305 manutenção, 497 e ss.
frenagem dinâ mica , 343, 493 e ss. não excitado, 279, 284
frequ ência , 238 operação, 237
liga ções ( encaixe) , 493 e ss. partida do, 236 e ss., 238-9
manutenção, 497 princípio, 231
partida do, 314 , 330, 331, 333-4, 335-6 reação da armadura, 246
princípio do , 300 supersíncrono, 278
rendimento do, 324, 478 , 480 e ss. torque no, 239 , 265
síncrono, 279 torque máximo, 268
tensão do rotor , 305 vantagens, 230 e ss.
torque de partida , 307 , 315 , 334
torque do rotor , 305 e ss.
variação da corrente de campo, 247 8, 251
variador de frequ ência, 277
-
torque máximo , 308 velocidade do, 230, 233
variação de pólos, 341 Motor-série, 122, 125
Motor monof ásico:
a capacitor , 365
-
Motor série:
CA, 387
a capacitor de valor duplo, 369 CC, 122, 125
carcaças, 491 e ss. . universal, 385
classificação, 389 Motor-shunt CC, 121
constru çã o, 356 Motor sincro ( V. Sincros)
controle da velocidade, 367 Motor subsíncrono, 283
de campo girante, 360 e ss. Motor supersíncrono, 278
de comutador , 376 Motor universal:
de fase dividida , 361 aplica ção do , 385
de histerese, 282 características, 385
de indução, 43, 356, 389 velocidade do, 385
de indução com partida à repulsão, 382 Motores:
de partida a capacitor , 364 causas prováveis dos problemas, 497
de partida à relutância, 374 e ss. classif. pela regulação e pela velocidade, 494
de pólo ranhurado, 282, 371
de relutâ ncia, 282
de repulsão, 376 , 380 e ss. N úcleo , perdas ( V. Perdas no n ú cleo )
de repulsão-indu ção, 382 , 383
manutenção, 497 e ss. Operação em paralelo: 1
resumo dos tipos, 389 divisão de carga entre alternadores, 213
síncrono, 279 e ss. exig ências para alternadores, 202
subsíncrono, 283 exig ê ncias para geradores CC, 198, 199
teoria do campo girante, 360 gerador composto CC, 198 e ss.
teoria do duplo campo cruzado, 360 -
gerador derivação, 196 e ss.
%
**
%
1
3
I»
í
¥'
r
APÊNDICE '
*
/
Sí MBOLOS GRáFICOS DE ELETRICIDADE
SB —4
Natureza da corrente e sistemas elétricos, métodos
de conexão, condutores e linhas, acessórios
1. Objetivo
CAPITULO I
Natureza da corrente t
CAPITULO II
Sistemas elétricos
i
636 Normas Para Desenho Técnico
N. SÍ MBOLO SIGNIFICADO
° OBSERVA ÇÃO
619 3+N 60
Trif á sica , com neutro , 60 Hz A indicação do condutor
neutro ser á feita pela letra N
620 3+N 60 Hz 380 V Trif ásica com neutro , 60 Hz , 380 Para circuitos trif á sicos, de -
V entre fases ve ser indicada a tensão en-
tre fases
CAPITULO III
Métodos de conexão
Ligações
621 Em série
622 Em paralelo
623 Em ponte
624 Em L
625
A Em triâ ngulo ( delta )
627 Em estrela
628
T Em estrela com neutro acess í vel !:
629
A Em ziguezague
630
V Em V
631
T Em T ( Ligação Scof?)
t
Símbolos Gráficos de Eletricidade 637 Nl
r
X
V
632 De 4 fases, com neutro acessí vel
634
o Em hex ágono
i
635
* Em dupla estrela
636
*
Yr Em duplo ziguezague
n
638 De n fases em estrela
*
640
Til Tri â ngulo estrela
Triângulo : enrolamentos ligados em
série
i
;
Número de fases
2
643 Bif ásico
3
644 Trif ásico
6
645 Hexaf á sico
n
646 De n fases
638 Normas Para Desenho Técnico
CAPlYULO IV
Condutor, cabo e linha
N.
° S Í MBOLO SIGNIFICADO OBSERVA ÇÃ O
Condutor e cabo
649 De fase
650 =\ Neutro
651 Jt De retorno
Linha
652 Executada
653 Em execução
654 Planejada
655 Prevista
656 Mó vel
660 De sinalização
661 De telefone
662 De rádio
663 Coaxial
664 Subterrânea
J
Símbolos Gráficos de Eletricidade 639
666 e A érea
^N
667 + Protegida nã o aterrada
^s
668 t Protegida aterrada , com indicaçã o >
do ponto de aterramento
4 t
^ 1
Com prote çã o coletiva de linha , re -
669 -fc- presentada separadamente
4- 4.
V
Jl/
672 De tr ês condutores
:
y n íi
673 De n condutores
Exemplos
,5
675.1 h Com representa ção unipolar
// 110 V
677 2 x 125 mm2 Al Circuito de corrente contínua , 110 V,
2 condutores de 125 mm2 , de alu-
110 V mínio
2 x 125 mm2 Al
678
—
013 x6050Hzmm6000
2 Cu
V
Circuito trif ásico de corrente alter - Os símbolos das unidades
3 ~ 60 Hz 6 000 V nada, 60 Hz, 6 000 V, 3 condutores podem ser omitidos se não
de cobre com 50 mm2 de seção causarem ambiguidade
3 x 50 mm2 Cu
I. I
640 Normas Para Desenho Técnico
I
CAPIYULO V
\
Conexão de condutores
N.
° SÍ MBOLO SIGNIFICADO OBSERVA ÇÃ O
CAPltULO VI
Acessórios
Muflas
686
<3 Terminal
Bloco terminal
i
ti
N.
° S Í MBOLO SIGNIFICADO OBSERVA ÇÃ O
H
!
f
1
691 Com derivação permanente f
t
1
692 Com derivaçã o não permanente
-
i
Buchas
P
693 Sem terminais w
I
SÍ MBOLOS GR ÁFICOS DE ELETRICIDADE
SB - 7
Dispositivos de comando, partida e proteção
Em Votação
1 . Objetivo
!
1.1 Esta simbologia tem por fim fixar os
sfmbolos gráficos usados para dispositivos
de comando , partida e proteção.
2. Terminologia
/
2.1 Estando as definiçõ es relativas a
equipamento de manobra ainda em com-
pila ção na Comissão Permanente de Ter -
minologia, dever á ser anexada a parte
correspondente è terminologia somente
depois de terminado o trabalho a ser ela -
borado pelo Grupo 15 da TB -19.
3. Sfmbolos
i
í -
I
Símbolos Gráficos de Eletricidade 643 í
i
í.
! t
CAPITULO I
h
h
1. Dispositivo de comando
: í
f
1.1 Elementos de comando i
N.
° SÍ MBOLO SIGNIFICADO OBSERVA çõ ES
i
forma I forma II forma Hi A forma II é usada quando
não há necessidade de se in-
1 201
1 J J Permanente dicar o tipo de ligação
Contatos fixos
*
1 203 Passante com ligação permanente
Passante com ligação não permanen- \
1 204 »
te
1 205 1 Garra
Contatos fixos com funcionamento m
especial
1 206
S7 Unidirecional
«
1 207 O - -
O O Prolongado
i
1 208
i Não permanente com sopro magné-
tico
Contato móvel ou faca
1 211
i Alimentado por contato não perma -
nente, por exemplo: aparafusado
1 212
III Prolongado, alimentado por conta -
to não permanente, também com
indicação no sentido de rotação
Cursor
1 215
I
forma I forma II forma Hl
Para anéis coletores, linhas de con-
tatos ou barras alimentadoras
Exemplos de contatos
\
N.
° SÍ MBOLO SIGNIFICADO OBSERVA ÇÕ ES
forma \ forma II forma III
1 220
ft
Passante em ambos os sentidos
1 225
N
U i
Chave unipolar . Símbolo Geral
\Yv
1 226 Chave tripolar . Símbolo Geral Com-
pleto I
i
1 227 .
Chave tripolar Símbolo Geral Stm
plificado
í ‘
Símbolos Gráficos de Eletricidade 645
Ni
N
1 228 Secionador
11
-
Secionador comutador com inter*
1 229
\ rupção
11
-
Secionador comutador sem inter - *
•
1 230
\ rupção
4-
Secionador -interruptor
1 231
\ l
s.
-
1 232
% Secionador -disjuntor
i
V
1 233
Conta tor . Representação simplifiça -
da
I
i
1 234 .
Contator Representação completa
1 236 .
Disjuntor Representação completa
N. SI MB .
° S Í MBOLO
ALF . SIGNIFICADO OBSERVA ÇÕES
i
i
i i
1 243
t Ch Complexa 13 pólos, 12 posições
i
i
I
I
I ' l
Pi i I I I
)
>
647
Símbolos Gráficos de Eletricidade
1.4.1 Chaves A
• »
#
Ct Acionadq.à mão com retorno auto -
<
1 245 máticoTÕ retorno automático à po -
sição de repouso representada dar -
se-á quando cessar a força de acio -
.
namento A flecha aponta o sentido
)>
de retorno automático
1.4.2 Botões
P
Ct Bò toneira fechadora. Símbolo Ge- A flecha aponta o sentido
1 248 ral de retorno automático
T
Ct Com acionamento manual e retorno
1 250 .
automático Os algarismos designam
os contatos
648 Normas Para Desenho Técnico
\
N.° SÍ MBOLO SIMB.
ALF. SIGNIFICADO OBSERVAÇÕES
T
Ct Com acionamento manual e sem re -
1 252 torno automático e na posição fe-
chada
M
Ct De alavanca com contatos acionados
á mão em um dos sentidos
.
Os sí mbolos 1 250 1 251,
1 252, 1 253, 1 254 e 1 255
1 254 -
+D
P/M designação da chave
são para desenhos suplemen-
tares nos esquemas
N. SfMB.
° S Í MBOLO
ALF .
SIGNIFICADO OBSERVA ÇÕES
Exemplos de aplicação
1 Ct Contato de trabalho
1 266 II
m m o contato pertencente ao en -
3 rolamento M do relé
II designação da fileira onde se
encontra o contato
1: designação do contato na sua fi -
leira (suprimida quando só há um
contato na fileira )
(D
Ct Contatos sequenciais
u
i
Os números entre par ênteses indi
cam a sequência do trabalho: em
-
1 266
4 primeiro lugar fecha -se o contato
( um), em seguida abre -se o contato
( 2)
650 Normas Para Desenho Técnico
«
SIMB. *
°
N. S Í MBOLO
ALF . SIGNIFICADO OBSERVA ÇÕ ES
í
1 270 b Com dois processos de ajuste dife -
rentes ( elevação e giro )
1: representação da década quando
necessário
.j
i
Símbolos Gráficos de Eletricidade 651
1
;
CAPITULO II í
F
Dispositivos de partida í
v
í
i
No S Í MBOLO SIGNIFICADO OBSERVA ÇÕ ES ú
!j
i•
1
r
1 277 Se mi-automático
:
rente contínua
do tipo de retificador tríodo
tiratron, retificador semi -
condutor
CAPITULO III
Blocos fusíveis
r
I
4
í
N.
SI MB .
° SÍ MBOLO
ALF .
SIGNIFICADO OBSERVA ÇÕES
1 289
I F Símbolo Geral
1 290
$ F Com indicação da extremidade que
fica sob tensão após a ruptura
t
f
i
1
1 292 SF Seeio nador fusível
;
1
I
CAPITULO IV l
\í
Pára-raios
S
k'
c
1 294
ifl P Símbolo Geral
5
p
T í.
r"
í 1,
'
!
f
I
1 295 PL Limitador de tensã o a gás
;
Sí MBOLOS GR áFICOS DE ELETRICIDADE
P- SB- 1
Válvulas, semicondutores, grandezas elétricas,
capacitores, indutores e resistores
Em Votação
1 . Objetivo
2. Símbolos
ma.
CAPITULO I
1 . Válvulas
N.
° SÍMBOLO SIGNIFICADO OBSERVA ÇÕES
3
n Contorno decomposto de semicondutores e
i
t
U válvulas i
5 Anodo
1í'
6
r Cátodo quente
1
8 Filamento duplo
ti ,
i
9 Filamento com derivação 1
r
k
>
10 Cátodo de aquecimento indireto -
•
P
ft
11 Cátodo liquido { não isolado do bulbo) O contorno circular representa
o bulbo
13
T Cátodo frio ou com aquecimento iônico
656 Normas Para Desenho Técnico
N. S Í MBOLO
° SIGNIFICADO OBSERVA ÇÕ ES
A
14 Cátodo frio , incluindo aquecimento iônico,
com aquecimento suplementar
i
K
15
t Elétrodo servindo alternadamente de ânodo e
de cátodo frio incluindo aquecimento iônico r>
17
V Cá todo fotoelétrico
1B ignitor ou disparador
22 Grade
23 H h- Par de defletor
*
27 Bobinas de deflexão magnética
28 j
Elétrodo de focaliza ção por lentes eletr ónicas
$
j
30 Elé trodo de modula ção de intensidade
;
;4
i" .
31 —H! II Elétrodo de abertura mú ltipla
v;
31.1 Exemplo de aplicação r
32
i -
Elétrodo de quantifica ção
»
f
\
N.° SÍ MBOLO SIGNIFICADO OBSERVA ÇÕES
34 Ânodo fluorescente
I
/\
>
35 Â nodo de emissão secundária
I
39 V Válvula triodo aquecimento indireto
r
\
N. SIMB .
° S Í MBOLO
ALF . SIGNIFICADO OBSERVA ÇÕ ES
1
.
f ;
V
45 V V álvula indicadora visual de sintonia ( olho
mágico )
’,
v
)
V V álvula de raios catódicos com elétrodo de Exemplo típico de cinescópio
modulaçã o de intensidade de feixe, lentes ele - aluminizado com focaliza ção
49 trost á ticas de focalização ( com e sem diafrag - eletrost á tica e deflex ã o eletro - :!>
ZJ , ma), deflex ão eletromagnética e camadas con- magné tica
dutoras interna e externa; a ligação referente a
alta tensão també m est á representada .
d
660 Normas Para Desenho Técnico
N? S Í MBOLO SIMB.
ALF . SIGNIFICADO OBSERVA çõ ES
51 v V álvula fotemissora
52 V Válvula fotomuitiplicadora
,4
V'
N .°
SÍ MBOLOS
PREFERENCIAL OPTATIVO
SIMB.
ALF. SIGNIFICADO
í
OBSERVA ÇÕ ES
56 V Ignitron
í
1'
\
60
íít V Retificador com elétrodo ignitor e ânodo de
excita ção. 6 ânodos
- P
t
61 V V álvula klistron reflexo
r
v
Símbolos Gráficos de Eletricidade 661
S Í MBOLOS
SfMB. SIGNIFICADO OBSERVA ÇÕES
N
° PREFERENCIAL OPTATIVO
ALF .
CAPIYULO II
Semicondutores
67.2
± Região N sobre uma região P
N.
° SÍ MBOLOS SIGNIFICADO OBSERVA ÇÕES
70.3
=L
j
Entre um coletor e uma região de tipos de
condutividade diferente, formando uma es-
trutura PIN ou NIP. A ligação ao coletor é
feita direta mente ao traço inclinado longo
NOTAS REFERENTES AOS SlfaBOLOS ( tipo vista em espelho ) não mudar á o significa-
do do símbolo.
Em geral o ângulo formado pela linha de cone-
xão e o símbolo do elemento não tem signifi- Os elementos do símbolo devem ser desenhados
cado particular. em tal ordem que mostre claramente as diferen-
tes funções do dispositivo.
O contorno poder á ser omitido se isto não cau-
sar nenhuma confusão e se nenhum dos elemen- O prolongamento das extremidades da linha
tos estiver ligado ao invólucro quando este ó horizontal que representa a( s ) região ( ões ) do se-
usado como blindagem. micondutor além de um emissor , um coletor ou
uma conexão , não possui nenhum significado
Orientação induindo -ie uma imagem invertida especial.
SIMB .
OBSERVA ÇÕ ES
N.
° SÍMBOLO
ALF . SIGNIFICADO
<
P 1) As letras e os números não fa -
71 D D iodo PN
N ( 2) zem parte do símbolo
V
Sí mbolos Grá ficos de Eletricidade 663
N. SI MB .
° S Í MBOLO
Ai F .
SIGNIFICADO OBSERVA ÇÕ ES
P
Símbolos elemen-
D Estrutura real tares usados suces-
sivamente N.os 65
e 67.1 .
I
v
As letras e os nú-
72 T Transistor PNP meros não fazem
parte do símbolo.
0)
T
12)
T Estrutura real
Sí mbolos elemen-
tares usados su-
cessivamente N.os
*
(3) 68.1, 65 e 69
ti ) 12) ( 3)
p l NrÍ7 N /rVp
73
p
^^
( 4) ( 5) ( 6) (7M8) ( 9 )
T Transistor PPISMNIP com 2 emissores tipo P, 6
conex ões e 1 coletor, cada emissor intercalado
entre duas conexões
As letras e os nú-
meros não fazem
parte do símbolo
( 4) ( 5) (6) 19)
m, i
P T Estrutura real
17 ) (8) ( 3)
74 D Díodo semicondutor
77 D Díodo túnel
80 FR Fotorresistor
82 FV C élula fotovoltaica
!
664 Normas Para Desenho Técnico
N. SÍMBOLO SÍMB .
° ALF . SIGNIFICADO OBSERVA ÇÕES
84 FT Fototransistor PNP
98
Transistor PNIN com uma conexão à região
intrínseca
Símbolos Gráficos de Eletricidade 665
CAPlYULO III
Grandezas elétricas, Resistores, indutoracapadtores *
N. S Í MBOLO
° SIGNIFICADO OBSERVA ÇÕ ES
103 z Impedáncia
104 x Reatância
3.2 Ca pacitores
N .° S Í MBOLO SIMB.
ALF . SIGNIFICADO OBSERVAÇÕ ES
107
_L C Com capacitância fixa
T O espaçamento entre os elétro -
dos do capacitor deverá estar
compreendido entre! : 3 a 1 : 5
108 C Fixo com representação do elétrodo externo do comprimento do elétrodo
112 C Com capacit ância variável, símbolo geral O símbolo para grandeza elétri -
ca é o de n . 101
°
113
# C Com ajustagens predeterminadas da capaci -
t áncia
/
666 Normas Para Desenho Técnico
SÍMB.
NP S Í MBOLO
ALF . SIGNIFICADO OBSERVA ÇÕES
115 C Vari á vel com representação do elé trodo mó - Se for necessário distinguir o
vel elemento móvel e a interseçã o
deste com a flecha, ser á indi -
cado um ponto
SÍMBOLOS SIMB .
N .° ALF.
SIGNIFICADO OBSERVA ÇÕ ES
PREFERENCIAL OPTATIVO
wv*
121 L Símbolo gerai Os símbolos de
n. 121 a 132
°
servem para re -
122 Fixo com núcleo de ferro laminado presentar so -
mente as peças
0 símbolo para
123 Variá vel continuamente grandeza elétri-
ca é o de n .°
100
124 Com elemento de ajuste fixo
r
128 i i i i
Com blindagem eletrostática
i rh
SÍ MBOLOS
N. SIMB.
° PREFERENCIAL OPTATIVO ALF . SIGNIFICADO OBSERVA ÇÕ ES
Cu Fe Cu + Fe
-i
iPn
1
132
i
i i Fixo com indicação do material usado para
i i blindagem x
*
3.4 Resistores
133 R Quando não é necessário indicar se é ou não 0$ símbolos de n. 133 a 140 V <
reativa °
servem para representar somen
te as peças; o símbolo para
grandeza elétrica é o de n. 99
134 R Com derivações fixas °
140 R Potenciômetro
141 R Com resistê ncia variável não linear mente no Corresponde ao NTC
sentido inverso da temperatura
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