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Aulas Práticas CAT

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Aulas Práticas CAT

-Frequência 50%
- Participação (casos e análise de jurisprudência) + Trabalhos Blog (comentários de
acórdãos; trabalho relacionado com as nossas matérias até ao final de novembro) +
Simulação. – 50%

Materiais de Trabalho:

-Casos que o prof mandar


-Livro prof 2ªa edição 2009; Mário Aroso de almeida 6ª edição 2022
-Vieira de Andrade

-cpa
-cpta
-Estatuto dos tribunais administrativos e fiscais + DL 325/2023
-Lei dos tribunais dos conflitos
-CA
-Código dos contratos publicos

Aula 1 – 25/09

CRP:
209/1
212/3  Para que servem cada tribunal administrativo. Que litígios são esses? Quais
são os litígios da competência destes tribunais/ âmbito da jurisdição.

STA (1)
TCA (2)
TAC + TT TAF (17)

Aula 2

Aula 3 – 04/10

f) F., empresa de construção que celebrou um contrato para a requalificação de uma


estrada no concelho Fátima com a Infraestruturas de Portugal, EPE, pretende obter
desta uma indemnização por conta de alegados incumprimentos do contrato, sendo
que dele consta uma cláusula atributiva de competência a um tribunal arbitral, a
constituir pelas partes; e se se tratasse de G., empresa que havia participado no
concurso que deu origem a esse contrato, o quisesse agora impugnar invocando a sua
invalidade, e dele constasse uma cláusula atributiva de competência ao Tribunal
Administrativo de Círculo de Lisboa?

1ª hipótese:
Art.º 4 do ETAF, ver se é do âmbito dos tribunais administrativos.
As partes retiraram competência aos tribunais administrativos e atribuíram-na a
tribunal arbitral (art.º 209 nº2 CRP). A arbitragem é um método que o estado
reconhece de resolução jurisdicional de litígios.

Critério da disponibilidade do litígio.

180 e seguintes do CPTA  arbitragem

Convenção de arbitragem  subtrai o litígio dos tribunais administrativos do estado.


Não cumprimento da convenção  exceção dilatória de não preterimento da
convenção arbitral. Se nenhuma das partes invocar a exceção (que não é de
conhecimento oficioso), renunciam tacitamente à convenção.

Arbitragem ad hoc (arbitragem na qual escolhem os seus próprios árbitros e as regras


aplicáveis) =/= arbitragem institucionalizada (ao abrigo de um centro de arbitragem)
476 do Código Contratos Públicos  Preferência pela arbitragem institucionalizada.

2ª hipótese:

Art.º 19 CPTA  litígio relativo a um contrato

Aula 4 –09/10

última aula:
Acabámos a atividade contratual
Contratos relativos a serviços públicos essenciais

i)I., residente em Faro, pretende ser indemnizado pelo Estado por conta dos danos que
alega ter sofrido em virtude da dispersão policial de uma manifestação pela justiça
climática que decorreu diante da Assembleia da República; e se pretender ser
indemnizado pelo concreto agente policial a quem imputa a intenção de o agredir?

J. pretende ser indemnizado pela Brisa, S.A., por conta de um acidente rodoviário
ocorrido no km 178 da A2, próximo de Castro Verde, e que imputa à deficiente
sinalização da via por parte da concessionária.

H nº1 do art.º 4 do ETAF

K) K pretende ser indemnizado por conta dos danos que alega ter sofrido em virtude
do proferimento de uma decisão pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria, já
transitada em julgado, mas que da sua perspetiva é violadora de vários direitos e
princípios inscritos na CDFUE1; e se estivesse em causa uma decisão proferida pelo
Tribunal Judicial da Comarca de Leiria e K. pretendesse ser indemnizado apenas por
conta da duração excessiva do respetivo processo?

F Nº1 do art.º 4 do ETAF


Responsabilidade civil no âmbito da justiça.

Quer uma quer outra estavam incluídas no âmbito da justiça administrativa.


1º caso  tribunal administrativo
2º caso 

Responsabilidade Civil do Estado

Houve um alargamento do âmbito dos tribunais administrativos

Art.º 4 ETAF: ações abrangidas

f) o demandado é o estado ou uma PC de direito público. Sempre que o demandado


foi PCDP os tribunais competentes são os tribunais administrativos. A distinção entre
gestão pública e gestão privada já não serve para isto (opinião Vasquinho).

1
Cfr. os artigos 696.º, h), 696.º-A e 697.º/1 do Có digo de Processo Civil.
g) Distinguir entre o tipo de atividade que está em causa. Só quando está no exercício
das suas funções. Só o posso demandar se lhe imputar dolo ou negligência agravada.
O estado pagaria ao cidadão lesado com direito de regresso sobre o funcionário. A
ação de regresso também cabe no âmbito dos tribunais administrativos.

h) 1º nº5 RRCEEP. Hipóteses de entidades privadas no desempenho de funções


públicas.

Erro judiciário:
f) + 4º/4 a)  Ação que tem por facto danoso uma decisão que considero ilegal/
errada e quero ser indemnizado  Responsabilidade civil por erro judiciário.
Jurisdições não se tocam, não poderia ser um tribunal administrativo a apreciar uma
ação de responsabilidade civil de um tribunal de comarca.

Em termos processuais, a ação de responsabilidade por erro judiciário segue o regime


de recurso (espécie de ação rescisória e possível indemnização) Bom tema para post
do blog.

Se for um erro judiciário feito por um tribunal administrativo está no âmbito


administrativo. Se for de um tribunal judicial, é do âmbito dos tribunais judiciais.

Má administração da justiça:

O Tribunal competente é o tribunal administrativo.

Aula – 11/10

l) L. pretende impugnar a coima que lhe foi aplicada pelo facto de,
distraidamente, circular no seu motociclo sem capacete em plena Avenida da
Liberdade.

No que diz respeito ao âmbito da jurisdição, estamos perante a impugnação de


uma
decisão administrativa de aplicação de uma coima por violação de normas do
código da estrada, sendo que não cabe no âmbito do artº4 nº1 do ETAF. Da alínea
a contrário podemos excluir do âmbito de jurisdição dos tribunais
administrativos a impugnação da aplicação da norma relativa ao código da
estrada, não se tratando de norma relativa ao urbanismo. Neste caso, em
matéria de impugnação de decisão administrativa de aplicação de coima que
não seja de matéria urbanística, vigora o regime do ilícito de mera ordenação
social (DL 433/82 ARTIGOS 55,59,52).

Quando em 1979, foi criado o ilícito de mera ordenação social, a impugnação das
decisões de aplicação das coimas que lhe correspondem foi assumidamente reservada
aos tribunais judiciais, por razões relacionadas com o reduzido número de tribunais e
juízes administrativos existentes – na altura em Portugal e com as limitações relativas
aos poderes instrutórios, de conhecimento e de pronuncia que o tradicional regime do
recurso contencioso conferia aos juízes administrativos.

Na revisão de 2015, o legislador do ETAF, assumiu o reconhecimento da natureza


administrativa dos litígios sobre o ilícito de mera ordenação social, reconhecendo aos
tribunais administrativos o poder de fiscalizarem a legalidade desses atos, mas ao
mesmo tempo, continuou a assumir que as insuficiências de que enferma a rede dos
tribunais administrativos não permite a atribuição, em bloco, àqueles tribunais de
competência genérica na matéria. E nesse sentido consagrou a alínea l) do n.1 do artigo
4.o , uma solução de meio termo.

m)M. pretende impugnar a coima que lhe foi aplicada pela Câmara Municipal de
Sintra, por alegada violação do RJUE pela realização de obras no seu terreno
junto à Praia das Maçãs em desconformidade com projeto oportunamente
aprovado; e se a infração em causa violasse simultaneamente o Regime Jurídico
da Avaliação de Impacte Ambiental e, bem assim, o Plano de Ordenamento do
Parque Natural de Sintra-Cascais?2
n) N., sociedade gestora de um conjunto alargado de clínicas privadas, pretende
impugnar a coima que lhe foi aplicada pela CNPD por conta da violação de

2
Cfr. o artigo 75.º-A da Lei-Quadro das Contraordenaçõ es Ambientais.
diversas disposições do RGPD quanto ao tratamento de dados pessoais de
saúde de utentes de uma clínica localizada em Aveiro3.
Aula 25/10

Acórdão 2009 
Impugnar ato de licenciamento do centro comercial com fundamento no prejuízo
derivado da perda de clientela (aumento da concorrência).

Legitimidade 

 Interesse Direto e Pessoal: Tem de ser pessoal (para a minha esfera jurídica;
vantagem que obtenho para mim); Vantagem direta e imediata. O que se fala
aqui é a pessoalidade do interesse.
 Há aqui muita discricionariedade judicial para reconhecer (ou não) a
legitimidade.

Interesse 
 Fala-se aqui de utilidade

Interesse difuso  Bens de natureza comunitária que pertencem a todos, mas


não pertencem a ninguém.

Artº52 nº3 a) CRP

77º A legitimidade específica

Ao contrário da teoria tradicional, a legitimidade no âmbito destas ações é não só das


partes, porque um contrato público interessa a muito mais gente por natureza.

Caso seguinte na próxima aula

2.5 Mecanismo do artigo 48 (antigo processo em massa)


55 nº1 a)
3
Cfr. o artigo 34.º da Lei de Execuçã o do RGPD.
b) deverá ser demandada a pessoa coletiva e não o orgão

2.6

Artº77 cpta

a)
10 nº1, 1ª parte – regra geral  pessoa coletiva
10 nº2, 2ªparte- exceção  desdobra-se a pessoa coletiva (o estado ou as regiões
autónomas) pelos ministérios (os ministérios não são pessoas coletivas, mas
departamentos da pessoa coletiva estado).

b)

2.7
2.8

Próxima aula 3.1.

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