A. Língua Portuguesa
A. Língua Portuguesa
A. Língua Portuguesa
LÍNGUA PORTUGUESA
professorluisvicente@gmail.com
A língua portuguesa subdivide-se em QUATRO GRUPOS DE
ESTUDOS, levando em consideração cada aspecto da língua.
MORFOLOGIA
Classes gramaticais
CLASSIFICAÇÃO
Comum - é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de
forma genérica. Ex.: cidade, menino, homem, mulher, país,
cachorro.
Flexão de Gênero
Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e feminino.
Pertencem ao gênero masculino os substantivos que podem vir
precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes:
- O velho e o mar. / - Um Natal inesquecível. / - Os reis da praia
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem vir
precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
Formação
simples - Formado por um só radical. brasileiro, escuro.
Composto - Formado por mais de um radical. luso-
brasileiro, castanho-escuro, amarelo-canário.
Primitivo - aquele que dá origem a outros adjetivos. belo,
bom, feliz, puro.
Derivado - É aquele que deriva de substantivos ou verbos.
belíssimo, bondoso, magrelo.
*** Morfossintaxe do Adjetivo: O adjetivo exerce sempre
funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como
adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do
objeto).
Exemplos:
Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco.
[quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"]
Classificação
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico.
um, dois, cem mil, etc.
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada.
Por exemplo: primeiro, segundo, centésimo, etc.
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão
dos seres. Por exemplo: meio, terço, dois quintos, etc.
Flexão
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma,
dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas
em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas,
etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, etc. variam em
número: milhões, bilhões, trilhões, etc. Os demais cardinais
são invariáveis. Os numerais ordinais variam em gênero e
número:
primeiro segundo milésimo
primeira segunda milésimas
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando
atuam em funções substantivas:
Por exemplo:
Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de
produção.
Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal
até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
Por exemplo:
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a
importância da solidariedade. Ambos agora participam das
atividades comunitárias de seu bairro.
3 - Das palavras abaixo, qual pode trocar de gênero, sem sofrer nenhuma
alteração ortográfica, apenas pela troca de artigo que a anteceda?
a) cientistas
b) biólogo
c) princípio
d) professor
e) altura
Pronome
•Pronome pessoal
•Pronome possessivo
•Pronome demonstrativo
•Pronome relativo
•Pronome indefinido
•Pronome interrogativo
Pronome pessoais.
Os pronome pessoais são aqueles que indicam as
pessoas do discurso. Dividem-se em retos que exercem a
função de sujeito e os oblíquos que exercem a função
de complemento.
RETOS
Número 1ª pessoa 2ª pessoa 3ª pessoa
Singular *Eu *Tu (você) Ele
Plural Nós Vós (Vocês) Eles
EXERCEM A FUNÇÃO DE SUJEITO / PODEM EXERCER A FUNÇÃO DE
COMPLEMENTO
QUADRO DOS PRONOMES PESSOAIS
CASO
NÚMERO PESSOA PRONOMES OBLÍQUOS
RETO
ÁTONOS SEM TÔNICOS COM
PREPOSIÇÃO PREPOSIÇÃO
Eu vou à loja, talvez ele esteja lá. (eu sujeito do verbo “vou”)
“ele” sujeito do ver esteja.
.Os pronomes pessoais retos (eu, tu, ele, nós,vós, eles) NUNCA
aparecem DEPOIS DE UMA PREPOSIÇÃO. Torna-se obrigatório o
uso dos pronomes oblíquos:
Nos casos acima os pronomes “eu e tu” são sujeitos dos verbos
emocionar e comprares.
Ex: Era para eu sair mais cedo hoje”, pois o sujeito de “sair” é o
pronome “eu”;
“Ela trouxe o livro para mim”, pois o pronome não funciona como
sujeito. O sujeito dessa frase é “ela”.
***Agora preste atenção a esta frase:
Parece estar errada, não é mesmo? mas está certa, pois o pronome
não funciona como sujeito, como à primeira vista possa parecer.
Isso ocorre porque “os alunos, eles e nós” não exercem a função de
sujeito de estudar, e sim a de complemento do verbo bastar (objeto
indireto).
Os pronomes oblíquos “se, si, consigo” são pronomes
reflexivos ou recíprocos, portanto só poderão ser usados
na voz reflexiva ou na voz reflexiva recíproca.
O verbo fazer é verbo transitivo direto, que tem como objeto direto
toda a oração “ o acusado confessar o crime”. A oração que funciona
como objeto direto chama-se “oração subordinada substantiva
objetiva direta.”
O verbo da oração subordinada substantiva objetiva direta está no
infinitivo (confessar) e tem como sujeito “o acusado”. Portanto, “o
acusado” é sujeito acusativo.
Uso da próclise –
1- Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais,
nada, ninguém, nem, de modo algum.
MESÓCLISE
Gerúndio
- Ia-lhe dizendo o que aconteceu. / Ia dizendo-lhe o que aconteceu.
Gerúndio
- Não lhe ia dizendo a verdade. / - Não ia dizendo-lhe a verdade.
EXERCÍCIOS
Pronomes Demonstrativos
Pronomes Indefinidos
Pronomes Relativos
Outro exemplo:
01) Encontrei o garoto. Você estava procurando o garoto.
• Substantivo repetido = garoto
• Colocação do pronome após o substantivo = Encontrei o garoto
que ...
• Restante da outra oração = ... você estava procurando.
• Junção de tudo = Encontrei o garoto que você estava procurando.
Obs: O pronome que pode ser substituído por “o qual, a qual, os
quais e as quais” sempre. O gênero e o número são de acordo com
o substantivo substituído. Observe esses exemplos:
Pronomes de Tratamento
11) Por favor, passe _______caneta que está aí perto de você; ________ aqui
não serve para__________ desenhar.
a) essa, esta, eu
b) esta, esta, mim
c) essa, essa, eu
d) essa, esta, mim
Militares
Vossa Excelência - V. - Ex.ªOficiais generais (até coronéis)
Vossa Senhoria -V. S.ª - Outras patentes militares
Vossa Senhoria - V. S.ª - Diretores de Autarquias Federais, Estaduais
e Municipais.
Autoridades eclesiásticas.
Vossa Santidade - V. S. – Papa
Vossa Eminência Reverendíssima - V. Em.ª Revm.ª - Cardeais,
arcebispos e bispos
Vossa Reverendíssima V. Revm.ª - Abades, superiores de conventos,
outras autoridades eclesiásticas e sacerdotes em geral.
Autoridades monárquicas
Vossa Majestade - V. M. - Reis e Imperadores
Vossa Alteza - V. A. - Príncipe, Arquiduques e Duques
Vossa Reverendíssima - V. Revmª - Abades, superiores de
conventos, outras autoridades eclesiásticas e sacerdotes em geral.
Outras autoridades
Doutor - Dr. - Doutor
Comendador - Com. – Comendador
Professor - Prof. – Professor
Artigo
Não queria, mas vou ter que ir a outra cidade para procurar um
tratamento adequado.
Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. / Creio que a
conhecemos melhor que ninguém.
2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio das
preposições:
Destino - Irei para casa.
Modo - Chegou em casa aos gritos.
Lugar - Vou ficar em casa;
Assunto - Escrevi um artigo sobre adolescência.
Tempo - A prova vai começar em dois minutos.
Causa – Ela faleceu de derrame cerebral.
Fim ou finalidade - Vou ao médico para começar o tratamento.
Instrumento - Escreveu a lápis.
Posse - Não posso doar as roupas da mamãe.
Autoria - Esse livro de Machado de Assis é muito bom.
Tipos de preposição: essenciais: por, para, perante, a, ante, até,
após, de, desde, em, entre, com, contra, sem, sob, sobre, trás. As
essenciais são as que só desempenham a função de preposição.
*** Obs: Não se deve contrair a preposição “de” com o artigo que
inicia o sujeito de um verbo, nem com o pronome ele(s), ela(s),
quando estes funcionarem como sujeito de um verbo.
Por exemplo a frase "Isso não depende do professor querer" está
errada, pois professor funciona como sujeito do verbo querer.
Conjunções coordenativas
Por exemplo, na frase “Ontem, ela não agiu muito bem” temos
quatro advérbios: ontem, de tempo; não, de negação; muito, de
intensidade; bem, de modo.
FLEXÃO DO ADVÉRBIO
O advérbio pode flexionar-se nos graus comparativo e superlativo
absoluto.
SER IR
Presente Pretérito Perfeito Presente Pretérito Perfeito
sou fui vou fui
és foste vais foste
é foi vai foi
somos fomos vamos fomos
sois fostes ides fostes
são foram vão foram
Verbos Abundantes
Ex. Colorir
Eu a tela.
Eu pinto a tela.
coloro
Eu estou colorindo a tela.
• 2) falir, precaver, reaver (no presente do
indicativo só têm 1ª e 2ª pessoas do plural –
nós, vós – ).
Ex.
nós falimos, vós falis; nós reavemos, vós
reaveis.
FLEXÃO DE MODO
Modo verbal é a maneira pela qual o falante expressa sua atitude em
relação ao que diz. São três os modos.
Imperativo afirmativo -
*** O verbo poder - Quanta dúvida há em relação ao verbo poder! Mas não é por
menos, há formas com acento, sem acento, com “o”, com “u”... mas, vamos
esclarecer de forma clara e rápida essa confusão!
Veja:
1. Ele não pôde vir! / 2. Ele não pode vir!
Qual a diferença? Não, não é só o acento. A questão é também temporal. Um é
presente, o outro é passado.
Na primeira oração, pôde (com acento fechado no “o”) indica que em algum
momento uma ação foi tomada e concluída no passado. Já na segunda, “pode” trata
de um fato que ocorre no momento em que se fala. Veja:
1. Ele não pôde vir ontem, pois estava com muitos afazeres!
2. Ele não pode vir agora, pois ainda está limpando a casa!
Note os termos em destaque acima: percebe que há diferença entre a primeira oração
e as demais? Está evidente que esta diferença acontece por causa do acento
circunflexo. Mas por que isso ocorre? A primeira sentença está no singular, o sujeito
é “nosso céu”. Logo após essa frase, há duas orações no plural, onde os sujeitos são
“nossas várzeas” e “nossos bosques”.
Tem acompanha o sujeito na terceira pessoa do SINGULAR.
Têm acompanha o sujeito na terceira pessoa do PLURAL.
Observação 1: Os derivados do verbo “ter” (deter, manter, conter, obter) têm acento
agudo na 3ª pessoa do singular e acento circunflexo na 3ª pessoa do plural: Isto
contém glúten, Esses caldos de carne contêm glúten, Ele obtém vantagem nisso?,
Eles obtêm vantagem em ter uma equipe assim! Observação 2: A diferença entre
tem e têm continua com a reforma ortográfica. Observação 3: A forma verbal
“teem” não existe!
Ver ou vir - Há muita dificuldade no uso dos verbos “ver” e “vir”, pois há modos
em que as conjugações ficam muito parecidas e, consequentemente, causam
confusão.
Vejamos: o pretérito imperfeito do subjuntivo inicia-se com o uso da conjunção
“se” (indicativa de hipótese) e é caracterizado pela terminação “sse”: se ele visse
(ver), se ele viesse (vir).
O futuro do subjuntivo inicia-se com o uso das conjunções “quando” ou “se”,
indicativas de possibilidade, e é caracterizado pelas terminações “ar”, “er”, “ir”:
quando eu o vir (ver), quando eu vier (vir).
A dúvida maior surge quando o verbo “vir” está no infinitivo (vir) e o verbo
“ver” está no futuro do subjuntivo (vir). Como saber qual está sendo empregado?
Só através do contexto é possível. Veja:
***Haja ou aja - Haja paciência! Ou seria: Aja paciência! Se você tivesse que
escrever essa oração tão escutada no cotidiano, ficaria em dúvida? Se a resposta for
sim, é completamente aceitável, já que a maioria das pessoas teria sim seus
questionamentos a respeito.
Mas vejamos: é necessário que você aja rápido e decida qual usar! Pois não quero que
haja nenhum tipo de reclamação depois! É dessa forma, percebeu a diferença?
Agora, se fosse “Aja com paciência” seria dessa forma, pois significaria: “Proceda
com paciência”.
Importante: Não dizemos meio-dia e meio, mas sim meio-dia e meia, pois “meia”
está relacionada à hora: meia hora.
*** Houve e ouve? - É reincidente a confusão entre “houve”, dessa forma com “h”
e “ouve” sem o “h”. Vamos esclarecer:
Pode ser substituído por “escutar”! Portanto, não tem porque errar, pois os
significados são diferentes! a) Quem ouve mais, tem mais o que dizer depois! b)
Houve um arrependimento genuíno? c) Ele ouve seus conselhos porque sabe que és
sábio!
d) Nesta semana houve muitos afazeres!
***O verbo trazer - O verbo trazer é alvo de muitas dúvidas, duas delas muito
habituais em nosso cotidiano: Traz ou trás, tinha trago ou tinha trazido?
“Tinha trago” não existe porque o verbo “trazer” não é abundante, ou seja, só
apresenta uma forma de particípio: trazido. Portanto, é considerado regular.
O equívoco de dizer “tinha trago” acontece porque alguns verbos admitem duas
formas de particípio, como limpar (limpado, limpo) e suspender (suspendido,
suspenso).
“Trago”, dessa forma, sem o verbo ter (tinha) é presente do indicativo do verbo
trazer:
Trago este presente para lhe dizer o quanto gosto de você!
Logo, nunca diga “eu tinha trago” e sim:
Eu tinha trazido todas as minhas coisas para vocês verem!
Só mais um lembrete: Devemos dizer “trouxe” e não “truxe”: Eu trouxe as coisas
para vocês verem!
Muitos escrevem com “z” por comparação com outros verbos, como fazer (eu fiz)
ou dizer (ele diz): Eu fiz (passado) um presente para você! / Eu quis (passado)
comprar um presente para você!
Ele diz (presente) umas coisas... / Ele quis (passado) umas coisas...
Na dúvida, fique sempre atento ao seguinte: nas conjugações do verbo “querer”
não existe “z”, há o som, mas não há a consoante. Assim, toda vez que aparecer o
som de “zê”, escreve-se “s”: quando eu quiser, tu quiseste, ele quis, se eu quiser,
quando ele quiser, etc. O gerúndio é querendo e o particípio é querido. Já o
infinitivo é querer: Nada disso me faz querer ser milionário!
Para as questão de 23 assinale a alternativa completando corretamente as lacunas abaixo:
________, agora, avisá-lo de que se ela ______o conteúdo da mensagem, todos verão
quais são
nossos planos:
a) Vimos - ver
b) Viemos - ver
c) Viemos – vir
d) Vimos – vir
Ela sempre _______ o carro antes da faixa de pedestres, mas ontem não ____: mesmo que
_______ não evitaria o acidente:
a) frea – freiou - freiasse
b) freia – freiou - freiasse
c) frea – freou - freasse
d) freia – freou - freass
Ela _____ por dias melhores, mas não há bem que sempre dure, nem mal que não
se _______:
a) ansia - remedie
b) ansia - remedeie
c) anseia - remedie
d) anseia – remedeie
Tempos Compostos
Veja a transformação:
o verbo ter não sofreu modificação, o verbo da passiva é incluído
como segundo verbo da combinação flexionado no particípio
masculino singular. O terceiro verbo da combinação, que porta o
significado nocional, permanece no particípio e deve concordar em
número e gênero com o sujeito da frase.
QUESTÃO DE CONCURSO