Gir Assol
Gir Assol
Gir Assol
Produção e Utilização de Forragens Conservadas / Editores Clóves Cabreira Jobim, Ulysses Cecato, Júlio César
Damasceno e Geraldo Tadeu dos Santos. – Maringá : UEM/CCA/DZO, 2001. 319P.
Evangelista, A. R. & Lima, J. A. Utilização de silagem de girassol na alimentação animal. P. 177-217.
INTRODUÇÃO
1
Algumas características do girassol
O girassol apresenta sistema radicular com raiz principal pivotante (Castiglioni et al.,
1994), mas baixa capacidade de penetração; contudo, na ausência de obstáculos, pode explorar o solo
em profundidades superiores a um metro, conferindo-lhe maior reciclagem de nutrientes (Castro et al.,
1996) e maior resistência à seca e ao tombamento (Kakida et al., 1981). A inflorescência é do tipo
capítulo (Castiglioni et al., 1994), com diâmetro de 6 a 50 cm, que contém de 100 a 8.000 flores
(Frank e Szabo, 1989 citados por Castiglioni et al., 1994). A inflorescência pode ter formação plana,
convexa ou côncava, com flores que desenvolvem do exterior para o interior do capítulo e dão origem
aos frutos (Castro et al., 1996).
As sementes são do tipo aquênio, constituído pelo pericarpo (casca) e pela semente
propriamente dita (amêndoas), de tamanho, cor e teor de óleo variáveis (30 a 48% de óleo)
dependendo do cultivar (Kakida et al., 1981), e o número mais freqüente de aquênios pode oscilar de
800 a 1.700, por capítulo (Castro et al., 1996 b).
O caule é robusto, ereto, provido ou não de pêlos e geralmente sem ramificações, e as
folhas são alternadas, pecioladas com grande variação de número (8 a 70), forma e tamanho (Frank e
Szabo, 1989 citados por Castiglioni et al., 1994).
Essa espécie apresenta polinização cruzada feita basicamente por entomofilia, por ação
principalmente de abelhas e, em menor escala, por outros insetos (Kakida et al., 1981). Conforme
Castro et al. (1996 b), atualmente alguns cultivares têm alto grau de autocompatibilidade,
reproduzindo-se mesmo na ausência de insetos.
A duração do ciclo de produção do girassol para ensilagem varia de 90 a 130 dias para os
cultivares precoces e tardios, respectivamente.
Rendimento da cultura
2
Greystriep 8,29
Adaptado: Sheaffer (1977).
Segundo Tosi et al. (1975), as produções estimadas de matéria seca dessa espécie variam
de 4,43 a 5,88 t./ha. Esses autores consideram essa uma baixa produção e a atribuem aos baixos teores
de matéria seca da forragem (15 a 23%). Por outro lado, Câmara et al. (1999) observaram produções
do girassol no período da 'safrinha' oscilando entre 12 a 48 t./ha de matéria natural ou,
aproximadamente, 4 a 11 t./ha de matéria seca para colheitas em estádio de completa maturação da
planta. Assim, deve-se considerar que a produção de matéria seca do girassol é influenciada pela
densidade de semeadura, idade de colheita e pelo cultivar (Tabelas 2, 3 e 4).
TABELA 3. Rendimento de matéria seca (t./ha) de alguns cultivares de girassol em duas densidades de
semeadura
Densidade (Plantas/ha)
Cultivares 40.000 60.000 Média
M92007 10,66 11,89 11,27
M 742 8,37 9,55 8,96
V 2000 4,37 5,40 4,88
DK 180 7,72 8,54 8,13
DK 4040 8,90 9,04 8,97
C - 11 8,82 8,92 8,87
Média 8,17 8,87 8,51
Fonte: Rezende (2001).
3
A menor produção do cultivar V 2000 (Tabela 3) em relação aos demais, segundo Rezende
(2001), deveu-se ao menor vigor genético e à mais baixa resistência desse cultivar às principais
doenças que afetam o girassol. O autor observou também menor altura de planta no cultivar V 2000
(1,45 m) em relação à altura média dos demais cultivares (1,83 m), o que pode ter contribuído para
menor produção desse cultivar.
A densidade de semeadura do girassol é decisiva no rendimento da cultura; porém, a idade
de colheita é outro fator que deve ser considerado (Tabela 4). A maior produção de matéria seca na
densidade de 60.000 plantas/ha, colhidas aos 110 dias, pode ser explicada pelo aumento na
participação de caules na composição total da planta.
Quanto ao cultivo do girassol na entressafra, esse tem baixos riscos em conseqüência da
tolerância da espécie à seca e ao frio. Essa prática possibilita obter melhor aproveitamento da terra que
fica ociosa após a colheita de cereais e é uma opção para maximizar a produção de volumoso.
Conforme Gonçalves et al. (1996), o cultivo do girassol, após a retirada da cultura de verão, com
semeadura a partir de fevereiro, é uma opção viável para a produção de forragem nas Regiões Sudeste
e Centro-Oeste do País e Castro et al. (1996) mencionam que nos sistemas já implantados existem
espaços físicos, temporais e, ou agronômicos que podem ser ocupados pelo girassol no
estabelecimento de sistemas mais diversificados. Na Tabela 5 pode-se observar a produção de matéria
seca do girassol em função da densidade de semeadura e da idade de colheita, em plantio de
entressafra.
TABELA 6. Produção de matéria seca e composição morfológica do girassol cv. Argentário 067
Densidade de semeadura (Plantas/ha)
Parâmetros 27.200 44.000 88.000
Produção de matéria seca (t/ha) 8,21 8,73 11,08
Composição morfológica
Folhas (%) 28,90 22,70 21,20
Caule (%) 38,50 47,50 53,50
Capítulos (%) 32,60 30,10 25,30
Adaptado: Arkel (1978).
4
TABELA 7. Percentagens de caule, folhas e capítulo no peso da matéria natural (MN) das plantas
Caule Folhas Capítulo
1
Cultivar (% da MN)
AS 243 40,79 12,77 46,43
AS 603 37,27 16,46 46,26
Cargill 11 42,36 7,92 49,72
Contiflor 3 32,34 19,96 51,71
Contiflor 7 37,87 10,73 51,40
DK 180 41,17 10,48 48,25
M 734 38,55 8,13 53,32
M 737 34,26 12,77 52,96
M 738 40,53 7,53 51,94
M 742 34,12 12,22 53,65
Rumbosol 90 41,97 12,78 45,25
Rumbosol 91 34,61 18,56 46,83
V 2000 42,41 9,50 48,09
Média geral 38,34 11,99 49,68
Fonte: Tomich (1999).
Pelos dados de Tomich (1999), observa-se que em todos os cultivares o capítulo contribuiu
com maior proporção em relação às demais partes da planta, e a média geral foi de 49,68%.
Sintetizando as informações disponíveis na literatura, tem-se que a produção de matéria seca do
girassol é influenciada pela densidade de semeadura, pelo cultivar e pelo estádio de desenvolvimento
fenológico. Em geral, observa-se aumento na produção de matéria seca da cultura do girassol em
densidades mais elevadas.
5
bruta (Figura 3). Os melhores resultados foram observados nos tratamentos que continham 100% de
capítulos.
a)
60
55
50
Teor de FDN (%)
45
40
35
V 2000 Y=53,938 - 0,255X R2 = 0,88
20
0 20 40 60 80 100
Participação de capítulos na silagem (%)
b)
55
50
45
Teor de FDA (%)
40
35
30
V 2000 Y = 49,036 - 0,223X R2 = 0,88
25 DK 80 Y = 51,745 - 0,214X R2 = 0,91
M 734 Y =54,471 - 0,254X R2 = 0,84
20
RUMBOSOL 91 Y = 49,676 - 0,199X R2 = 0,83
15
0 20 40 60 80 100
Participação de capítulos na silagem (%)
FIGURA 1. Teores de fibra em detergente neutro (FDN) (a) e fibra em detergente ácido (FDA) (b) de
silagens de girassol contendo diferentes percentuais de capítulos.
6
Fonte: Nogueira et al. (2001).
5,2
pH
4,7
4,2
3,7
3,2
0 20 40 60 80 100
Participação de capítulos na silagem (%)
16
14
12
Proteína Bruta (%)
10
7
FIGURA 3. Teores proteína bruta (%) de silagens de girassol contendo diferentes percentuais de
capítulos.
Fonte: Nogueira et al. (2001).
Para boa preservação de uma forragem na forma de silagem, suas principais características
devem ser:
Teor ideal de matéria seca
Teor ideal de substrato fermentável na forma de carboidrato solúvel
Baixa capacidade-tampão
Matéria Seca
Vários fatores contribuem para obtenção de silagem de boa qualidade; porém, o teor de
matéria seca desempenha um papel fundamental, quer seja aumentando a concentração de nutrientes,
quer seja contribuindo para o aumento do consumo da silagem realizado pelo animal. Assim, no
tocante à forragem, o teor de matéria seca no momento da ensilagem é um dos fatores mais
importantes que determinará a qualidade da fermentação e, conseqüentemente, da silagem.
O baixo teor de matéria seca (Tabela 8) tem sido apontado como uma das principais
limitações para ensilar o girassol, e deve-se considerar que a elevada umidade da forragem ensilada
resulta na produção excessiva de efluentes, que não apenas dificultam o manejo, mas também
carreiam, em solução, nutrientes de alta digestibilidade e compostos fundamentais para que ocorra boa
fermentação da forragem.
8
maturidade avançada da cultura, quando a planta apresenta uma grande percentagem de senescência
das folhas e os aquênios estão maduros, é responsabilizada pela baixa percentagem de matéria seca
constatada nas silagens de girassol. Tomich (1999) estudando a qualidade das silagens de alguns
cultivares de girassol, observou que quando a colheita é realizada com mais de 90% dos grãos
maduros, determinadas partes da planta, em alguns cultivares, e os receptáculos de todos os cultivares
estudados, ainda apresentavam elevado teor de umidade (Tabela 9). Conforme Castiglioni et al.
(1994), as condições climáticas e o genótipo determinam o período necessário para que ocorra a perda
de água pelos aquênios, até o ponto correto para a colheita de grãos, e os materiais com receptáculo de
espessura reduzida apresentam maior facilidade para perder água. Assim, o baixo teor de matéria seca
observado nas silagens de girassol pode estar relacionado a colheitas precoces e à utilização de
cultivares que mantêm o alto teor de umidade em determinada porção da planta, mesmo após o período
de maturação fisiológica.
TABELA 9. Teor de matéria seca de caules, folhas, receptáculos, aquênios e capítulos das plantas de
girassol
Teor de matéria Seca (%)
1
Cultivar Caule Folhas Receptáculos Aquênios Capítulo
AS 243 20,48 38,70 11,15 57,88 23,78
AS 603 20,78 29,25 12,18 59,13 23,88
Cargill 11 26,50 79,80 13,15 60,78 31,25
Contiflor 3 23,20 33,85 10,43 65,15 25,63
Contiflor 7 28,13 66,93 12,03 69,93 29,88
DK 180 22,90 54,88 13,93 67,15 24,80
M 734 26,75 73,33 13,70 73,90 28,43
M 737 20,78 28,38 8,03 56,80 21,28
M 738 25,93 80,13 12,38 70,53 32,08
M 742 25,20 38,78 12,85 66,75 25,25
Rumbosol 90 25,53 53,50 10,38 58,58 23,05
Rumbosol 91 29,30 34,95 11,55 53,45 20,28
V 2000 19,10 36,03 12,90 72,08 24,73
Média geral 24,20 49,88 11,82 64,01 25,71
Fonte: Tomich (1999).
Em média, quando a colheita do girassol é realizada com 90% dos grãos maduros, os
diferentes cultivares de girassol têm resultado em silagens cujo teor de matéria seca gira em torno de
25% (Tabela 10).
O teor de matéria seca tem importância fundamental sobre a qualidade da silagem.
Entretanto, recomendações para ensilagem em dias após o plantio ou emergência, como ocorre com o
milho ou o sorgo, não se aplicam ao girassol, uma vez que o teor de matéria seca da planta é variável
conforme o estádio de desenvolvimento da cultura, do cultivar e das condições de cultivo.
9
TABELA 10. Teores de matérias seca dos materiais originais e das silagens de alguns cultivares de
girassol
Teor de MS (%)
Cultivar Material Original Silagem
AS 243 23,13 21,66
AS 603 22,78 21,91
Cargill 11 34,76 32,17
Contiflor 3 24,60 22,98
Contiflor 7 33,83 31,19
DK 180 27,78 26,02
M 734 28,90 26,25
M 737 20,91 19,75
M 738 29,91 27,22
M 742 25,33 23,47
Rumbosol 90 29,71 26,77
Rumbosol 91 26,69 23,53
V 2000 26,41 25,76
Média geral 27,29 25,28
Fonte: Tomich (1999).
Carboidratos solúveis
10
Qualidade da Silagem
400
Matéria Seca (g/kg)
Boa
300
Incerta
200
Pobre
100
1 2 3 4
Relação Carboidratos Solúveis:Capacidade Tampão
FIGURA 4. Relação entre teor de matéria seca e proporção carboidratos solúveis:capacidade tampão e
seus efeitos na qualidade final das silagens.
Fonte: Weissbach et al., citados por Woolford (1984).
11
TABELA 11. Percentagem de carboidratos solúveis (%MS) em materiais originais e em silagens de
alguns cultivares de girassol
Material original Silagem
Cultivar (%MS)
1
AS 243 2,39 0,31
AS 6031 3,28 0,27
1
Cargill 11 1,20 0,12
Contiflor 31 2,37 0,22
1
Contiflor 7 2,31 0,16
DK 1801 3,40 0,27
M 7341 3,69 0,51
1
M 737 4,38 0,28
M 7381 2,36 0,48
M 7421 2,51 0,44
Rumbosol 901 2,11 0,51
Rumbosol 911 6,09 0,29
V 20001 1,03 0,14
2
DK 180 4,60 0,11
M 7342 5,51 0,09
V 20002 1,78 0,10
2
Rumbosol 91 3,02 0,14
Média 3,06 0,26
1 2
Adaptado: Tomich (1999) e Stehling (2001).
TABELA 12. Percentagem de carboidratos solúveis na matéria seca do material original e das silagens
oriundas de cinco cultivares de girassol avaliados em diferentes intervalos durante o
processo fermentativo
Cultivar
Tempo de fermentação (dias) Contiflor 3 M 742 AS 243 AS 603 M 737 Média
*
0 2,37 Ca 2,52 Ca 2,39 Ca 3,28 Ba 4,39 Aa 2,99 a
1 1,53 Bb 1,05 Cb 1,11 Cb 1,44 Bb 2,01 Ab 1,43 b
3 0,31 Bc 0,33 Bc 0,43 Bc 0,33 Bc 0,74 Ac 0,43 c
5 0,26 Ac 0,19 Ac 0,15 Ac 0,19 Ac 0,21 Ad 0,20 d
7 0,23 Ac 0,15 Ac 0,16 Ac 0,18 Ac 0,17 Ad 0,18 d
14 0,13 Ac 0,12 Ac 0,12 Ac 0,16 Ac 0,15 Ad 0,13 d
28 0,13 Ac 0,15 Ac 0,16 Ac 0,18 Ac 0,15 Ad 0,15 d
56 0,22 Ac 0,42 Ac 0,20 Ac 0,16 Ac 0,19 Ad 0,23 d
Média:Cultivar 0,65 C 0,61 C 0,59 C 0,74 B 1,00 A 0,72
*
Material original - não foi submetido a tratamento.
Médias com letras maiúsculas repetidas em uma mesma linha não diferem entre si.
Médias com letras minúsculas repetidas em uma mesma coluna não diferem entre si.
Fonte: Freire (2001).
12
Capacidade-tampão
Valores de pH
13
teores proteícos, resultando em redução na relação carboidratos:proteína que, conforme Van Soest
(1994), é importante influenciadora do pH da silagem.
TABELA 13. Valores de pH das silagens oriundas de cinco cultivares de girassol em diferentes
intervalos durante o processo fermentativo
Cultivar
Período de fermentação (dias) Contiflor 3 M 742 AS 243 AS 603 M 737 Média
1 5,70Da 6,25Ba 6,00Ca 6,45Aa 5,70Da 6,02a
3 4,80Ab 4,70Abc 4,80Ab 4,70Abb 4,60Bb 4,72b
5 4,60Ac 4,60Ac 4,70Abc 4,60Ab 4,30Bc 4,56d
7 4,60Bc 4,85Ab 4,70Bbc 4,60Bb 4,35Cc 4,62c
14 4,40Bd 4,35Bd 4,75Abc 4,40Bc 4,10Cd 4,40e
28 4,40Ad 4,35Ad 4,50Ad 4,40Ac 3,95Be 4,32f
56 4,50ABcd 4,40Bd 4,60Acd 4,40Bc 4,10Cd 4,40e
Média:Cultivar 4,71C 4,79B 4,86A 4,79B 4,44D 4,72
Médias com letras maiúsculas repetidas em uma mesma linha não diferem entre si.
Médias com letras minúsculas repetidas em uma mesma coluna não diferem entre si.
Fonte: Freire (2001).
Alguns dados referentes aos valores de pH das silagens de girassol encontrados na
literatura (Tabela 14) permitem concluir que o valor é variável com o cultivar e certamente depende,
entre outros fatores, da idade de colheita e prática de ensilagem.
14
Rumbosol 914 4,23 5,53 48,96 7,45 3,53 0,54
1 2 3 4
Fonte: Tomich (1999), Rezende (2001), Freire (2001), Stehling (2001).
Nitrogênio amoniacal
15
Ácido orgânicos
Os ácidos orgânicos mais comumente determinados são os ácidos lático, acético, butírico,
isobutírico, propiônico, valérico, isovalérico, succínico e fórmico, sendo os três primeiros de
determinação mais importante. Apesar de todos os ácidos formados contribuírem para a redução do
pH, o ácido lático, por apresentar uma maior constante de dissociação, possui papel fundamental nesse
processo, enquanto o aumento dos níveis de ácido acético e butírico está relacionado a menores taxas
de decréscimo e maiores valores de pH (Moisio e Heikomen, 1994).
A quantidade de ácido lático necessária para reduzir rapidamente o pH, inibindo a
atividade proteolítica e evitando a fermentação indesejável, altera-se com a capacidade de
tamponamento e com o teor de umidade da forragem. Apesar de o ácido lático ser o principal ácido da
fermentação presente em silagens de boa qualidade, pequenas quantidades de ácido acético podem
aparecer, resultando, principalmente, da ação de bactérias láticas heterofermentativas e enterobactérias
sobre os acúcares, podendo, algumas vezes, ser formado pela degradação do citrato, malato e
aminoácidos.
Os teores de ácido lático observados nas silagens de alguns cultivares de girassol podem
ser considerados adequados para boa preservação da silagem, e o menor e o maior valores observados,
em condições experimentais, foram de 2,77% e 12,34% na matéria seca, respectivamente, havendo
uma associação desses valores com o pH das silagens, que foi de 5,3 e 4,1, respectivamente (Tabela
14). Os teores de ácido acético e butírico não são comprometedores da perspectiva de se conseguir boa
conservação da forragem de girassol na forma de silagem.
No sentido de contribuir para o conhecimento da qualidade da silagem de girassol,
elaborou-se uma tabela com valores de pH, nitrogênio amoniacal, digestibilidade in vitro da matéria
seca e ácidos orgânicos, na qual associam-se alguns dados médios das silagens de girassol disponíveis
na literatura, com padrões pré-estabelecidos para outras espécies forrageiras (Tabela 15). As silagens
de girassol recebem a classificação muito boa, com base nos teores de ácido lático e nitrogênio
amoniacal. Porém, quanto ao pH, ácido acético, ácido butírico e digestibilidade in vitro da matéria
seca, recebem a classificação entre boa e média qualidade. Vale ressaltar que a tabela utilizada como
padrão de qualidade de silagens foi desenvolvida para silagens de milho e sorgo, devendo, portanto,
essa mesma classificação ser desenvolvida para silagem de girassol, para que essa possa expressar seu
verdadeiro potencial.
TABELA 15. Classificação das silagens de girassol
Classificação da silagem
Parâmetro Muito boa Boa Média Ruim
pH1 3,6 - 3,8 3,8 - 4,2 4,2 - 4,6 > 4,6
Média das silagens de girassol 4,59
Ácido lático (%MS)1 > 5,0 5,0 - 3,0 3,0 - 2,0 < 2,0
Média das silagens de girassol 8,0
Ácido acético (%MS)3 < 2,0 2,0 - 2,5 > 2,5 > 2,5
Média das silagens de girassol 2,17
Ácido butírico (%MS)1 ⊆ 0,1 0,1 - 0,2 0,2 - 0,4 > 0,4
Média das silagens de girassol 0,19
Nitrogênio amoniacal (%NT)2 < 10,0 10,0 - 15,0 15,0 - 20,0 > 20,0
Média das silagens de girassol 8,18
DIVMS (%)4 > 63,0 63,0 - 52,0 52,0 - 38,0 < 38,0
Média das silagens de girassol 50,4
16
1
Paiva (1976), 2 Benachio (1965) citado por Borges (1995), 3 Nogueira (1995), 4 Paiva (1976), modificado por Nogueira
(1995).
TABELA 16. Teores de proteína bruta dos materiais originais e das silagens de alguns cultivares de
girassol
Material original Silagem
Cultivar (%MS)
AS 243 9,50 8,63
AS 603 8,87 9,25
Cargill 11 10,24 9,24
Contiflor 3 8,41 8,00
Contiflor 7 8,89 7,89
DK 180 8,61 8,11
M 734 9,31 9,81
M 737 8,89 9,51
M 738 9,33 9,79
M 742 9,36 9,42
Rumbosol 90 9,42 8,73
Rumbosol 91 7,52 7,23
V 2000 10,30 9,38
Média 9,13 8,85
Adaptado: Tomich (1999).
Segundo Van Soest (1994), os níveis de nitrogênio total da silagem em relação aos da
forragem fresca não se modificam, embora a fermentação possa alterar as proporções das frações
nitrogenadas. Entretanto, quando ocorre redução significativa nos teores de proteína bruta das silagens,
em relação ao material original, isso pode ser devido à perda de nitrogênio contido em substâncias
produzidas durante a ensilagem e volatilizadas durante o processo de pré-secagem das amostras.
Na Tabela 17 podem ser observadas as características nutritivas das silagens de alguns
cultivares de girassol que apresentaram valores médios de 9,50%, 47,99%, 35,56%, 13,91% e 50,42%,
respectivamente para proteína bruta, fibra em detergente neutro, fibra em detergente ácido, extrato
etéreo e digestibilidade in vitro da matéria seca.
Quando a composição química da silagem de girassol é comparada à silagem de milho, ou
de sorgo (Tabela 18), normalmente constata-se maior teor de proteína bruta e de extrato etéreo para a
silagem de girassol, que, geralmente, também apresenta diferenças significativas nas proporções dos
componentes da parede celular.
17
TABELA 17. Percentuais de proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em
detergente ácido (FDA), extrato etéreo (EE) e digestibilidade in vitro de matéria seca
(DIVMS) das silagens de alguns cultivares de girassol
PB FDN FDA EE DIVMS
Cultivares (%MS)
AS 2431 8,63 43,44 33,88 18,01 47,09
AS 6031 9,25 40,68 31,45 17,04 51,13
Cargill 111 9,24 41,13 33,08 19,23 48,96
Contiflor 31 8,00 46,66 36,11 13,54 48,90
Contiflor 71 7,89 46,77 36,11 10,56 46,91
DK 1801 8,11 43,23 34,40 15,48 49,66
M 7341 9,81 50,59 39,43 6,43 51,43
M 7371 9,51 37,75 28,94 18,06 56,68
M 7381 9,79 52,76 40,06 13,71 49,38
M 7421 9,42 51,51 39,72 6,87 51,45
Rumbosol 901 8,73 49,32 38,38 12,57 48,59
Rumbosol 911 7,23 47,67 37,35 11,24 47,89
V 20001 9,38 44,04 35,05 14,83 48,86
M 920072 10,73 57,51 - 13,89 48,18
M 7422 12,01 53,63 - 14,42 53,64
V 20002 12,30 52,45 - 15,10 49,72
DK 1802 11,71 54,19 - 14,46 52,77
DK 40402 12,27 54,80 - 14,97 55,32
C-112 11,87 56,46 - 13,68 53,23
Contiflor 33 7,91 48,83 37,46 15,31 48,84
M 7423 9,59 51,60 39,68 17,14 51,63
AS 2433 9,01 47,44 34,02 17,87 47,44
AS 6033 9,19 41,28 27,61 16,46 51,07
M 7373 9,46 38,11 29,28 17,71 56,03
DK 1804 8,82 48,57 38,63 11,91 47,92
M 7344 8,77 46,11 34,54 13,09 51,04
V 20004 9,80 44,56 35,82 12,86 49,16
Rumbosol 914 7,60 52,68 41,82 6,11 48,96
Média 9,50 47,99 35,56 13,91 50,42
Fonte: 1Tomich (1999), 2Rezende (2001), 3Freire (2001), 4Stehling (2001).
TABELA 18. Composição bromatológica média das silagens de girassol, milho e sorgo
Silagem
Girassol Milho Sorgo
Parâmetro (%MS)
Proteína bruta 11,6 8,6 8,2
Fibra em detergente neutro 46,6 57,2 50,2
Fibra em detergente ácido 35,5 31,0 27,3
Hemicelulose 7,1 24,1 22,9
Lignina 9,0 6,1 -
Relação lignina:FDN 21,0 10,5 -
Extrato etéreo 11,8 2,6 1,4
Matéria mineral 12,4 5,2 -
18
Cálcio 1,39 0,52 -
Fósforo 0,26 0,15 -
Adaptado: McGuffey e Schingoethe (1980), Valdez et al. (1988a), Valdez et al. (1988b), Almeida et
al. (1995) e Henrique et al. (1998).
Quanto ao teor protéico, para Church (1988), uma fermentação microbiana efetiva no
rúmen requer um mínimo de 7% de proteína bruta na dieta. Segundo Vilela (1998), o baixo teor de
nitrogênio da silagem de milho constitui uma limitação do uso dessa forragem, principalmente para
animais de mais alta exigência nutricional. Vários estudos que compararam silagens de milho à de
girassol constataram teores de proteína bruta superiores para a silagem de girassol (Thomas et al.,
1982 a, Thomas et al., 1982 b, Valdez et al., 1988 a, Valdez et al., 1988 b, Henrique et al., 1998 a,
Bueno et al., 2001) e, geralmente, os valores observados para proteína bruta encontram-se acima do
limite mínimo de 7%, mencionado por Church (1988), para o bom funcionamento do rúmen. Esse fato
é evidenciado na Tabela 17, na qual constata-se valor médio para a proteína bruta de 9,5%. Depreende-
se, portanto, que, considerando o teor protéico, a cultura do girassol é uma opção para ser associada à
gramíneas para produção de silagem, ou ainda, a silagem de girassol pode ser associada a silagens de
gramíneas no momento do fornecimento aos animais.
Quanto aos constituintes da parede celular, a lignina, em termos percentuais da fibra em
detergente neutro, representa o dobro do valor observado na silagem de milho (Tabela 18). Bueno et
al. (2001), comparando a silagem de girassol com a silagem de milho, também observaram que o teor
de fibra em detergente neutro da silagem de girassol é inferior, e o teor de fibra em detergente ácido,
superior à silagem de milho. Esses mesmos autores também mencionam que esse fato é devido ao
maior teor de celulose e lignina e menor teor de hemicelulose da silagem de girassol, em relação à
silagem de milho (Tabela 19).
TABELA 19. Composição bromatológica de silagens de milho e girassol
Silagem
Girassol Milho
Parâmetro (%MS)
Matéria seca 21,98 34,62
Proteína bruta 11,61 9,40
Fibra bruta 26,12 24,99
Extrato etéreo 10,07 3,16
Matéria orgânica 85,36 94,19
Matéria mineral 14,64 5,81
Extrato não-nitrogenado 37,56 56,63
Fibra em detergente neutro 44,26 62,61
Fibra em detergente ácido 42,72 31,96
Celulose 31,99 27,05
Hemicelulose 1,53 30,29
Lignina 9,40 3,77
Fonte: Bueno et al. (2001).
Assim, o mais elevado teor de lignina em silagens de girassol, além do extrato etéreo, é
considerado um fator de restrição à digestibilidade da matéria seca e da fibra em detergente neutro
(Tabela 20). Valdez et al. (1988 a), demonstraram que a elevada concentração de extrato etéreo das
silagens de girassol produzidas a partir de aquênios oleosos afetou negativamente a digestibilidade in
vitro da matéria seca e da fibra em detergente neutro (Tabela 21).
19
TABELA 20. Digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) e da fibra em detergente neutro
(DIVFDN) das silagens de milho, girassol e milho + girassol
Silagens
Milho Girassol Milho + Girassol
DIVMS (%) 52,40 47,90 51,50
DIVFDN (%) 80,20 54,00 73,90
Adaptado: Valdez et al. (1988 b).
TABELA 21. Digestibilidade in vitro da matéria seca (MS) e fibra em detergente neutro (FDN) de
silagens, antes e após a remoção da fração lipídica (EE)
Silagem
Milho Milho + Girassol Girassol
(%)
MS 52,40 51,50 47,90
MS sem EE 54,70 55,20 54,10
FDN 80,20 73,90 54,00
FDN sem EE 84,20 81,40 79,70
Adaptado: Valdez et al. (1988 a).
Das Tabelas 18, 19, 20 e 21 depreende-se que o elevado teor de lignina e extrato etéreo
representam um fator de restrição ao valor nutritivo da silagem de girassol.
20
35,00
32,00
29,00
Matéria Seca (%)
Y= 17,51 + 0,1532X
26,00 R2 =80
23,00
20,00
17,00
0 25 50 75 100
Nível de Girassol (%)
FIGURA 5. Teor de matéria seca (%) das silagens mistas de capim-elefante e girassol.
Fonte: Rezende (2001).
5,10
4,80
4,50
Y = 3,40 + 0,015X
2
R =79
pH
4,20
3,90
3,60
3,30
0 25 50 75 100
Nível de Girassol (%)
21
16,00
14,00
Proteína Bruta (%)
12,00
Y =7,63 + 0,0599X
2
R =97
10,00
8,00
6,00
0 25 50 75 100
Nível de Girassol (%)
FIGURA 7. Teores de proteína bruta (%) das silagens mistas de capim-elefante e girassol.
Fonte: Rezende (2001).
62,00
61,00
60,00
59,00
FDN (%)
58,00
Y =61,494 - 0,0618X
57,00
R2 = 98
56,00
55,00
0 25 50 75 100
Nível de Girassol (%)
FIGURA 8. Teores de fibra em detergente neutro (FDN) das silagens mistas de capim-elefante e
girassol.
Fonte: Rezende (2001).
22
14
12
10
Estrato Etéreo (%)
8 Y = 2,04 + 0,1053X
R2 = 97
2
0 25 50 75 100
Nível do Girassol (%)
FIGURA 9. Teores de extrato etéreo (%) das silagens mistas de capim-elefante e girassol.
Fonte: Rezende (2001).
63,00
61,00
59,00
57,00
DIVMS (%)
55,00
Y = 58,877 + 0,0911X - 0,002X2
53,00 R2 = 89
51,00
49,00
47,00
0 25 50 75 100
Nível de Girassol (%)
FIGURA 10. Digestibilidade in vitro da matéria seca (%) das silagens mistas de capim-elefante e
girassol.
Fonte: Rezende (2001).
23
Em função do aumento nos teores de proteína e de extrato etéreo, a participação de até
50% de girassol, associado ao capim-elefante no momento de ensilar, constitui-se em mais uma
opção de uso desta espécie forrageira.
Silagens mistas de milho ou sorgo com girassol (Tabela 22), foram avaliadas por Henrique
et al. (1998 a, b), que observaram, para as silagens mistas oriundas de consórcio das culturas na
mesma linha, valores de pH dentro da faixa considerada adequada para boa fermentação, teor de
extrato etéreo e de nutrientes digestíveis totais superiores e teores de fibra em detergente neutro, fibra
em detergente ácido e hemicelulose inferiores às silagens de milho ou sorgo puras. Não foram
observadas diferenças para o consumo de nutrientes digestíveis totais e de matéria seca. Os autores
consideraram bastante elevados os coeficientes de digestibilidade da matéria seca, extrato etéreo e
extrativo não-nitrogenado. O coeficiente de digestibilidade da proteína bruta foi considerado baixo,
porém revelaram maiores valores para as silagens resultantes do consórcio e o coeficiente de
digestibilidade da fibra em detergente neutro não foi beneficiado pelo consórcio, em relação às
culturas exclusivas. Já Valdez et al. (1988) recomendam a consorciação de milho com girassol em
função do aumento dos coeficientes de digestibilidade. Henrique et al. (1998 a, b) mencionam que a
consorciação do milho ou sorgo com girassol não se mostrou favorável, dificultando as práticas de
plantio e não evidenciando melhoras significativas quanto aos parâmetros avaliados nas silagens.
24
CONSUMO, DIGESTIBILIDADE E PERFORMANCE DE ANIMAIS ALIMENTADOS COM
SILAGEM DE GIRASSOL
TABELA 23. Consumo de matéria seca (g/dia e %PV), digestibilidade aparente da matéria seca, proteína bruta,
extrato etéreo, extrato não-nitrogenado, fibra bruta, fibra em detergente neutro, fibra em
detergente ácido e amido, percentual de nutrientes digestíveis totais e retenção nitrogenada (g de
N/dia e em percentagem do N absorvido/dia) obtidos com silagens de girassol acrescidas ou não
com inoculante
Silagem de girassol
Parâmetro Não-inoculada Inoculada Média
Consumo
Matéria seca (g/dia) 775,69 737,42 756,55
Matéria seca (%PV) 2,54 2,49 2,52
Digestibilidade (%)
Matéria seca 57,83 57,04 57,44
Proteína bruta 55,11 54,64 54,87
Extrato etéreo 65,30 63,60 64,45
Extrativo não-nitrogenado 58,89 b 61,94 a 60,41
Fibra bruta 54,89 a 48,11 b 51,50
Fibra em detergente neutro 44,27 43,68 43,97
Fibra em detergente ácido 50,20 a 45,92 b 48,06
Amido 74,12 78,66 76,69
Nutrientes degestíveis totais (%) 53,00 52,46 52,73
Retenção de nitrogênio (g) - 0,65 - 0,93 - 0,79
Retenção de nitrogênio (%) - 13,60 - 14,18 - 13,89
Médias, na mesma linha, com letras diferentes diferem entre si.
Fonte: Rodrigues et al. (2001).
25
muito marcante, indicando que o girassol tem ampla faixa de colheita. Observa-se também que o
acréscimo no nível de soja à forragem de girassol revelou baixa influência sobre a degradabilidade
efetiva da proteína.
TABELA 24. Teores de matéria seca (%) e de proteína bruta (%) e degradabilidade efetiva in situ (%)
da matéria seca e da proteína bruta de silagens de girassol, colhido em dois estádios
vegetativos, com e sem adição de casca de soja
Maturidade fisiológica 13 dias após a maturidade fisiológica
Níveis de casca de soja (%) Matéria Seca
MS (%)1 DE (%)2 MS (%)1 DE (%)2
0 18,06 48,46 b 26,82 47,55 a
10 27,06 54,73 a 31,47 51,34 a
20 35,06 52,86 ab 34,84 48,49 a
30 44,22 54,35 a 35,81 49,11 a
Proteína Bruta
PB (%)1 DE (%)2 PB (%)1 DE (%)2
0 8,59 60,52 a 9,52 64,79
10 11,07 62,20 a 9,84 64,21
20 10,81 56,77 a 10,24 60,22
30 11,80 58,26 a 10,45 58,41
Médias com letras iguais na coluna não diferem entre si.
1
Ramos et al. (2001 a).
2
Ramos et al. (2001 b).
Em alguns estudos com vacas em lactação, nos quais comparam-se a silagem de girassol
com silagem de outras espécies forrageiras, observaram-se, na maioria das vezes, produções
semelhantes para os grupos de vacas alimentadas com silagem de girassol, silagem de milho ou
silagem de alfafa (Tabela 25). Estudos realizados com bovinos de corte também evidenciaram que a
silagem de girassol é semelhante à silagem de alfafa (Tabela 26).
TABELA 25. Produção e composição do leite de vacas alimentadas com silagem de girassol e com
silagem de outras espécies forrageiras
Produção de leite Teor de gordura do Teor de proteína do
(kg/dia) leite (%) leite (%)
1
Silagem de alfafa 17,5 3,6 A 3,0
Silagem de girassol1 17,7 3,2 B 2,9
Silagem de milho2 13,6 4,5 -
2
Silagem de girassol 15,8 4,4 -
Silagem de milho3 29,3 B 3,4 A 3,0
Silagem de girassol3 30,0 AB 3,0 B 3,0
Silagem de milho+girassol3 30,1 A 3,3 A 3,0
Médias de um mesmo experimento, com letras diferentes, na mesma coluna, diferem entre si.
Adaptado: 1 Thomas et al. (1982 a), 2 Hubbel et al. (1985), 3 Valdez et al. (1988 b).
26
TABELA 26. Desempenho de novilhos alimentados com dietas baseadas em silagens de alfafa ou
girassol
Silagem
Alfafa Girassol
Número de novilhos 12 12
Peso inicial (kg) 276,8 278,9
Peso final (kg) 347,2 351,2
Ganho diário (kg) 1,16 1,20
Consumo de matéria seca (kg/dia) 6,60 7,07
KgMS/kg ganho 5,72 5,84
Adaptado: Thomas et al. (1982 b).
TABELA 28. Médias de peso ao abate, peso de carcaça e percentagem dos componentes do peso vivo
para ovelhas confinadas recebendo silagens de girassol, sorgo ou milho
Silagem
Parâmetros Girassol Sorgo Milho
Peso abate (kg) 59,44 a 49,28 b 53,46 ab
Carcaça quente (kg) 31,56 a 23,70 b 24,76 b
Carcaça quente (%) 53,14 a 48,13 b 46,36 b
Pele (%0 5,96 a 5,85 a 5,80 a
Cabeça (%) 4,45 a 4,96 b 5,06 b
Canela-patas (%) 1,65 a 1,92 b 1,99 b
Aparelho digestivo (%) 6,68 a 7,75 a 7,70 a
Gordura cavitária (%) 6,09 a 4,64 a 4,97 a
Rins (%) 0,24 a 0,23 a 0,59 a
Coração (%) 0,38 a 0,38 a 0,44 a
Pulmão-traquéia (%) 1,21 a 1,15 a 1,39 b
Fígado (%) 1,87 a 1,46 b 1,47 b
Baço (%) 0,18 a 0,15 a 0,26 b
Médias com letras diferentes, na mesma linha, diferem entre si.
Fonte: Ribeiro et al. (2001).
28
CONSIDERAÇÕES FINAIS
29
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