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BACHARELADO EM BIOMEDICINA
Várzea Grande
2017
AVALIAÇÃO DA CONFIABILIDADE DAS METODOLOGIAS DE
ESTIMAÇÃO DA PARASITEMIA DO PLASMODIUM SP
RESUMO
A malária é uma das principais doenças infecciosas do mundo e é causada por protozoários do
gênero Plasmodium e transmitida pela picada do mosquito fêmea do gênero Anopheles
(FORATTINI et al., 1986). O gênero Plasmodium está dividido em cinco espécies que podem
parasitar o homem, o Plasmodium vivax, P. falciparum, P. malariae, P. ovale e P. knowlesi.
sendo está última espécie, originalmente de primatas, tem infectado cada vez mais humanos
no continente Asiático, causando doença grave e letal (GLOBAL MALARIA PROGRAME,
2012; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013; WHITE, 2008). A estimação da densidade
parasitária por microscopia é prática rotineira no diagnóstico da malária, ela auxilia na
definição da gravidade da doença e na avaliação da resposta terapêutica dos pacientes. Além
disso, ela ainda representa ferramenta de muita importância no monitoramento da eficácia de
velhas e novas drogas antimaláricas, seja em ensaios in vivo, ex vivo e in vitro (FONTES,
2008; GILLES, 1993; MINISTERIO DA SAÚDE, 2009; ROSS E THOMSON, 1910). A
microscopia é a metodologia mais utilizada para diagnóstico da malária em todo o mundo, por
ser rápida, barata e sensível, porém, a precisão dessa estimativa de parasitemia varia com o
método microscópico empregado (WHO, 2013). O proposito deste estudo é avaliar a
concordância das metodologias de determinação da parasitemia por microscopia ótica, tendo
por referencia a determinação obtida pela microscopia de fluorescência utilizando um
reagente fluorescente em câmara de Neubauer (bis – benzimida da Hoechs); Essa
padronização tem como objetivo principal mostrar um diagnostico mais confiável para
quantificar o Plasmodium sp. Os valores das médias de parasito na metodologia por campo foi
de 11781/µL, metodologia por leucócitos foram 20.749/µL; e metodologia por hemácias
31.490 parasitos/µL, metodologia padronizada por fluorescência 19.000 parasitos/µL. O
método padronizado de quantificação da parasitemia em câmara de Neubauer mostrou maior
semelhança com o método de quantificação por leucócitos. Após aumento do número de
amostras, poderemos inferir com análise estatística sobre a concordância entre as
metodologias preconizadas pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde.
A densidade parasitária pode ser estimada por três metodologias principais que
utilizam esfregaços sanguíneos em lâmina de acordo com a Organização Mundial de Saúde.
Duas destas três metodologias são realizadas por meio do esfregaço espesso de sangue
chamado popularmente de gota espessa a outra metodologia é realizada por meio do esfregaço
fino de sangue conhecido como distendido delgado (WORLD HEALTH ORGANIZATION,
2010).
Para as metodologias de estimação da parasitemia que utilizam o esfregaço espesso,
uma se baseia no volume de sangue contado por meio do número de campos observados, este
método é chamado método de estimação da parasitemia por campo microscópico. O outro
método que utiliza o esfregaço espesso para estimação da densidade parasitária se baseia na
relação entre a contagem de parasitos e leucócitos, chamado método de estimação da
parasitemia em relação a contagem de leucócitos.
2. METODOLOGIA DA PESQUISA
O estudo foi realizado com parceria entre a UNIVAG e o Hospital Universitário Júlio
Müller/UFMT, onde funciona o atendimento de referência da região metropolitana de Cuiabá
para diagnóstico e tratamento da malária.
A pesquisa dos parasitos foi realizada pelo exame microscópico da lâmina, com
aumento de 1000 X, em óleo de imersão, a preparação da lâmina acontece imediatamente
após a coleta do sangue.
A estimação da parasitemia por este método foi feita pela relação entre o número de
parasitos contados em 200 leucócitos (World Health Organization, 2010).
Este número é relacionado com a quantidade de leucócitos/µL obtido automaticamente
pelo hemograma. Neste método a formula para estimar a parasitemia / µL foi:
4- Após incubação foi realizada a lavagem 3X com solução PBS salino, deixando na
última lavem apenas as células sanguíneas, retirando ao máximo o PBS sem encostar a
ponteira nas células;
5- Foi adicionado então 990 µL de PBS para preparar uma diluição 1/100 com as células
que ficaram no fundo do tubo;
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
dos parasitos no sangue e, em geral, são motivados pela técnica de mensuração, pela
estudo, as seguintes fontes de erros sistemáticos devem ser destacadas como explicação para
durante o tempo de armazenamento das lâminas; iii) baixa acurácia dos recursos de
As técnicas de leitura das laminas foram realizadas por dois microscopistas de modo
cego, não houve discrepância maior que 20% na comparação dos dados. Por isso não foi
necessário a leitura de um terceiro microscopista.
Os três métodos clássicos demonstraram baixa concordância entre eles, o que já foi
descrito por outros autores (ALVES-JUNIOR, E. R. et al.).
Figura 1.1 – Gráfico de barras com a comparação das contagens entre os métodos com a referência.
campo. Isto já foi observado em outros estudos e tem sido explicado por problemas técnicos
Londhey, V. A. & Nabar). Ainda assim, é pouco provável que tal falha esteja contribuindo em
grande escala para a subestimação observada neste estudo, haja vista a experiência e
qualificação dos profissionais envolvidos com a técnica. Assim por haver variabilidade entre
sangue, pode também ser uma explicação para a discrepância registrada com esse método.
resultados de comparação com esta técnica que apesar de preconizada pelo Ministério da
4. CONCLUSÃO
mostrou maior semelhança com o método de quantificação por leucócitos. Após aumento do
número de amostras, poderemos inferir com análise estatística sobre a concordância entre as
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