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338 - Gestão Da Qualidade - Tema 3

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Lição 3 - Importância das Normas nas

Organizações

A Organização Internacional de Normalização – ISO é a maior e mais im-


portante entidade responsável por desenvolver e editar normas em âmbito
mundial. Como organização não governamental, ela é responsável pelo con-
ceito de qualidade, trazendo grandes benefícios não apenas para a empresa
e para o cliente final, mas também para o governo, que, a partir de suas fer-
ramentas de classificação e avaliação de conformidades, elas oferecem uma
base sólida para a regulamentação da saúde e da segurança como um todo.

Ao término desta lição, você deverá ser capaz de:


• Entender a concorrência do mercado
• Entender os benefícios conquistados com a normatização das empresas
1. Normas Técnicas do Processo Industrial
A normalização1 é a organização sistemática das atividades pela aplicação de
regras comuns. Começou na época da Revolução Industrial, no século XVIII,
quando aumentou a utilização de normas que permitissem a produção de pe-
ças intercambiáveis, pois a produção artesanal deu espaço para grandes lotes.

Assim, a normalização é uma das bases das modernas sociedades industriais


e vem se desenvolvendo desde o final do século XIX e início do século XX.
Como atividade sistematizada, teve início na indústria mecânica, elétrica e
da construção civil, abrangendo progressivamente os demais setores da eco-
nomia.

A importância da normalização para as empresas estava centrada nos diver-


sos mercados nacionais, em que cada país desenvolvia o seu conjunto de nor-
mas para orientar o seu mercado interno. O desenvolvimento acompanhava
o crescimento das nações, sendo percebida como uma atividade dos países
desenvolvidos.

Nos países menos desenvolvidos, a normalização era considerada uma ativi-


dade de importância secundária. Atualmente, com a globalização, a maioria
dos países busca a normalização. Além das organizações, os consumidores
também estão conscientes da melhoria de produtos e serviços, o que estimula
o desenvolvimento de normas técnicas por parte das empresas.

1. Normalização ou Normatização
Normatizar é criar e estabelecer normas, já normalizar é cumprir ou regular-se pelas normas.

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Saiba Mais
As máquinas foram inventadas com o propósito de poupar o tempo do trabalho humano.
Uma delas era a máquina a vapor que foi construída na Inglaterra durante o século XVIII.
Graças a essas máquinas, a produção de mercadorias ficou maior e os lucros também
cresceram.

Se não existissem normas...

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avanço da tecnologia comercialização entre países

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da maioria das atividades

Figura 1 – Ilustração da inexistência de normas nas organizações

2. Normatização Industrial
É a maneira de organizar as atividades pela criação e pela utilização de nor-
mas para contribuir com o desenvolvimento econômico e social. Para as
regras serem bem aplicadas, é importante que os interessados participem
voluntariamente na sua criação, como: organizações, consumidor, governo,
institutos de pesquisa etc.

A tecnologia é uma aliada no estabelecimento e organização das regras. A


normalização ajuda para que os produtos e serviços atendam às finalidades a
que se destinam e sejam seguros para sua utilização e consumo.

3. Benefícios da Normatização Industrial


3.1 Facilitar a Comunicação

Estabelecer as características e os resultados esperados para um produto,


processo ou serviço, utilizando a tecnologia de maneira objetiva e estabele-

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cendo uma linguagem comum entre quem fornece e quem compra. Há pro-
dutos com especificações próprias para facilitar o uso.

3.2 Simplificação

Reduzir as variedades de produtos e procedimentos, além de impedir o au-


mento crescente de variedades. Quando o consumidor ou uma empresa pro-
cura um tipo específico de produto ou serviço, se houver muita variedade,
pode deixar de fabricar o que eles precisavam, a princípio.

3.3 Proteção ao Consumidor

Os requisitos mínimos esperados para um produto, processo ou serviço asse-


guram que a sua colocação no mercado considera as expectativas dos consu-
midores e que eles terão à disposição produtos, processos ou serviços com o
desempenho que a sociedade estabeleceu como o mínimo legítimo necessá-
rio, o qual pode ser verificado de forma independente.

3.4 Segurança

O processo de normalização é um dos momentos mais adequados para se


estabelecer os requisitos destinados a assegurar a proteção da vida humana,
da saúde e do meio ambiente. No início da normalização, consideram-se os
possíveis riscos que um produto ou serviço podem gerar.

3.5 Economia

A redução do custo de produtos e serviços pela sistematização dos processos


e das atividades produtivas leva à economia para clientes e fornecedores. A
normalização é uma atividade tecnológica com finalidades econômicas.

4. Eliminação das Barreiras Comerciais


Com a adoção de normas internacionais e a harmonização delas, evita-se a
diversidade de normas, o que poderia ser conflitante para a elaboração dos
produtos e serviços pelos diferentes países. Elimina-se assim os obstáculos
para o comércio nacional e internacional.

Analisando a aplicação da normalização na economia, na produção e no con-


sumo, é possível ressaltar alguns pontos sobre os quais os impactos da nor-
malização podem ser percebidos.

Os benefícios da normalização são alcançados na medida em que ela passa a


atender às expectativas da sociedade. Para isso, as empresas precisam se en-
volver neste processo. Quanto mais elas participarem, mais a normalização
beneficiará as empresas e a sociedade.

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5. Comitês Brasileiros de Normalização
O representante do Brasil nos organismos regionais e internacionais de nor-
malização é a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

São funções dos envolvidos na elaboração de normas na ABNT:


• Discutir os textos em estudo no Brasil
• Participar da formulação dos votos brasileiros
• Participar das delegações nas reuniões
Se não houver uma norma responsável pelo tema, a ABNT promoverá a cons-
tituição de um grupo para possibilitar a participação e a articulação da parti-
cipação brasileira. A ABNT possui, atualmente, 48 Comitês Brasileiros e dois
Organismos de Normalização Setorial nas seguintes áreas:
Tabela 2 – Relação dos comitês brasileiros e as normas da ABNT

Comitês brasileiros
ABNT/CB-01 Mineração e Metalúrgica
ABNT/CB-02 Construção Civil
ABNT/CB-03 Eletricidade
ABNT/CB-04 Máquinas e Equipamentos Mecânicos
Automóveis, Caminhões, Tratores, Veículos Similiares e
ABNT/CB-05
Autopeças
ABNT/CB-06 Metrô-Ferroviário
ABNT/CB-07 Navios, Embarcações e Tecnologia Marítima
ABNT/CB-08 Aeronáutica e Espaço
ABNT/CB-09 Combustíveis (exclusive nucleares)
ABNT/CB-10 Química, Petroquímica e Farmácia
ABNT/CB-11 Couro e Calçados
ABNT/CB-12 Agricultura e Pecuária
ABNT/CB-13 Bebidas
ABNT/CB-14 Finanças, Bancos, Seguros, Comércio e Documentação
ABNT/CB-15 Mobiliário
ABNT/CB-16 Transportes e Tráfego
ABNT/CB-17 Têxteis
ABNT/CB-18 Cimento, Concreto e Agregados
ABNT/CB-19 Refratários
ABNT/CB-20 Energia Nuclear
ABNT/CB-21 Computadores e Processamento de Dados

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Comitês brasileiros
ABNT/CB-22 Isolação Térmica e Impermeabilização
ABNT/CB-23 Embalagem e Acondicionamento
ABNT/CB-24 Segurança Contra Incêndio
ABNT/CB-25 Qualidade
ABNT/CB-26 Odonto-Médico-Hospitalar
ABNT/CB-28 Siderurgia
ABNT/CB-29 Celulose e Papel
ABNT/CB-30 Tecnologia Alimentar
ABNT/CB-31 Madeiras
ABNT/CB-32 Equipamentos de Proteção Individual
ABNT/CB-33 Joalheria, Gemas, Metais Preciosos e Bijuteria
ABNT/CB-35 Alumínio
ABNT/CB-36 Análises Clínicas e Diagnóstico in citro
ABNT/CB-37 Vidros Planos
ABNT/CB-38 Meio Ambiente
ABNT/CB-39 Implementos Rodoviários
ABNT/CB-40 Acessibilidade
ABNT/CB-41 Minérios de Ferro
ABNT/CB-42 Soldagem
ABNT/CB-43 Corrosão
ABNT/CB-44 Cobre
ABNT/CB-45 Pneus e Aros
ABNT/CB-46 Áreas Limpas e Controladas
ABNT/CB-47 Amianto Crisotila
ABNT/CB-48 Máquinas Rodoviárias
ABNT/CB-49 Óptica e Instrumentos Ópticos
Materiais, Equipamentos e Estruturas Offshore -
ABNT/CB-50
Petróleo e Gás Natural
Organismo de Normatização Setorial
ABNT/ONS-27 Tecnologia Gráfica
ABNT/ONS-34 Petróleo

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