PB Coeci 2017 2 39
PB Coeci 2017 2 39
PB Coeci 2017 2 39
AUGUSTO MANGANOTTI
PATO BRANCO
2017
AUGUSTO MANGANOTTI
PATO BRANCO
2017
AGRADECIMENTOS
Agradeço à minha família por todo apoio, amor e força dada durante os
anos de curso, aos meus amigos, que se tornaram família em Pato Branco, por todo o
suporte, alegria e momentos vividos.
Muito obrigado à Profª Orientadora, Elizângela Marcelo Siliprandi, pelo
empenho dedicado à elaboração deste trabalho, assim como o apoio e confiança, e à
Profª Eloise Aparecida Langaro e Profª Heloíza Piassa Benetti pelas considerações,
correções e incentivos.
Agradeço também as empresas juniores e seus respectivos diretores e
presidentes que contribuíram com o trabalho: Alcance Engenharia Junior, Engenium
EJ, Parthenon Empresa Júnior de Engenharia Civil, Pórticos Empresa Júnior de
Engenharia Civil, PROJr Empresa Júnior de Engenharia Civil, e TCP Engenharia Civil.
E um muito obrigado à minha namorada que não me deixou desistir e
caminhou comigo em todas as lutas desse último ano da graduação.
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
2 REFERÊNCIAL TEÓRICO
Continua
16
Atributos do Referência
Descrição
indicador
Unidade de
Unidade com as quais se calcula a fórmula.
métrica
Objetivo Neely et al, (2002)
estratégico O objetivo estratégico ao qual o indicador se relaciona Paladini (2002)
relacionado deve ser identificado. Caso o indicador monitore uma
ação, ela deve ser devida de um objetivo estratégico da
mesma forma.
O mais citado dos modelos levantados por Barradas (2011) foi o Balanced
Scorecard (BSC). Este modelo traduz a missão e a visão em medidas de desempenho
de maneira integrada à estratégia, tendo como seus objetivos o esclarecimento da
estratégia da empresa, comunicação entre medidas estratégicas, planejamento,
estabelecimento de metas, alinhamento para criar sinergias corporativas e
aprendizado estratégico (KAPLAN; NORTON, 1992).
Este sistema permite a visualização de forma integrada dos objetivos
estratégicos pelos gerentes a curto, médio e longo prazo (LOBATO, 2003),
procurando responder as seguintes questões para cada perspectiva: ( i ) para
financeira, questiona-se como a empresa deveria ser vista por seus acionistas para
ser financeiramente bem-sucedida, demonstra o resultado de ações tomadas
anteriormente, apontando o desempenho financeiro em relação a estratégia e atuando
como meta para objetivos de outras perspectivas (LOBATO, 2003); ( ii )para a
perspectiva dos clientes, pergunta-se como a organização deveria ser vista pelos
clientes para que a visão fosse alcançada, são expostos os resultados para
segmentos de mercado e seus clientes, sendo seus principais indicadores a
satisfação, retenção e conquista de clientes (KAPLAN; NORTON, 1997, apud NAPPI,
2014); ( iii ) já em relação aos projetos internos, busca-se quais os processos
necessitam de excelência para satisfazer os acionistas e clientes. Nesta perspectiva,
identificam-se os indicadores e objetivos para os processos que deverão se aprimorar
para gerar valor aos stakeholders (KAPLAN; NORTON, 1997, apud NAPPI, 2014).
Lobato (2003) destaca que a diferença de abordagem tradicional de medição da
utilizada pelo BSC: enquanto a tradicional trata a medição com foco em procurar
monitorar e desenvolver processos já existentes na organização, o BSC costuma
resultar na identificação de processos novos para atingir determinado objetivo de
mercado, incorporando assim a) perspectiva de inovação aos processos internos.
E finalmente, levando em conta o aspecto do aprendizado e crescimento
(iv ), discute-se como a instituição sustenta a capacidade de mudar e desenvolver-se.
20
décadas, o grupo despertou interesse acadêmico por ter sido o primeiro grupo a
divulgar relatório sobre o capital intelectual de suas empresas em 1995
(NASCIMENTO, 2008).
O modelo provém da necessidade de identificar o capital intelectual da
organização, com foco em dimensões de capitais mais tangíveis, ou seja, o valor real
do desempenho de uma empresa está em sua habilidade para criar valor sustentável
pela adoção de uma visão empresarial e de sua estratégia resultante (BARRADAS,
2011; EDVINSSON; MALONE, 1998 apud AWAD, 2010).
Edvinsson e Malone (1998, apud AWAD, 2010; BERRI, S/D; BARRADAS,
2011; NASCIMENTO, 2008) propõe então um modelo de medição que é organizado
pelas seguintes dimensões: foco financeiro, foco em clientes, em processos, em
renovação e desenvolvimento, e foco humano. Este é reproduzido na Figura 2.
Então, espera-se que uma empresa que deseja ter sucesso no mercado
atual, deve ter clara as necessidades de seus stakeholders, e assim, definir
estratégias para assegurar que essas sejam atendidas. Entendendo quais os
processos que a organização precisa para entregar seu produto e o que necessário
para se executar tais processos. Ou seja, seus líderes têm muito claramente o que se
24
Fase 1
Quais são Quais são os Estamos Escolhemos Usando
os principais objetivos atingindo indicadores nossos
grupos de estratégicos? nossos objetivos corretos? indicadores
cliente- estratégicos? para
produto? gerenciar o
negócio.
Fase 2
O que Quais são as Como sabemos Escolhemos Usando
podemos ações que essas os nossos
fazer para direcionadoras ações indicadores indicadores
conduzir o de direcionadoras corretos? para
desempenho desempenho estão gerenciar o
na direção mais funcionando? negócio.
dos importantes?
objetivos?
3 METODOLOGIA
Levantamento Bibliográfico
Análise de resultados
3.5 PRÉ-TESTE
4 RESULTADOS
4.1 QUESTIONÁRIO
6
5
4
3
2
1
0
25 Controlar as atividades
operacionais da empresa
22
21
20 Alimentar o sistema de
20 19 incentivos aos funcionários
estratégias competitivas
10
Identificar problemas que
10 necessitem de intervenções
25
22
19
20
16 16
14
15
12
10 8
Conclusão
Empresa A Empresa B Empresa C Empresa D Empresa E Empresa F
Frequência de Não são feitas
análise dos dados Trimestral Trimestral reuniões de análise Trimestral Mensal
de resultados
Indicadores
auxiliam na
tomada de Sim Não Sim Sim Sim
decisão?
Alteração da
Sim, antes entre
receita bruta Sim, antes entre
R$1000 e
quando R$1000 e R$2500,
Não Não Não R$2500, depois
implantados depois entre
entre R$15000 e
indicadores de R$5000 e R$10000
R$20000
desempenho?
Realiza
Benchmarking de Sim Sim Não Sim Sim
seu desempenho?
Fonte: Autoria própria
53
3 para a Empresa A, enquanto a falta de interesse dos diretores foi de nível 1, e baixa
relação custo-benefício não foi considerada uma barreira.
A Empresa B considerou como sua maior barreira a quantidade de
indicadores, seguida da falta de interesse dos diretores com a implementação e a
dificuldade de estabelecer objetivos e metas, com nível 4. No nível 3 de barreiras,
constam o tempo de coleta e a dificuldade de análise dos dados, seguidos pela falta
de motivação por parte dos membros envolvidos, no nível 2. A Empresa B também
não considera a baixa relação custo-benefício como uma barreira para implantação
dos indicadores.
A Empresa C considera a falta de interesse dos diretores para a
implantação como principal barreira, no nível 5, seguida pelo tempo de coleta,
dificuldade para análise dos dados e falta de motivação por parte dos envolvidos como
nível 4. A baixa relação custo-benefício e a dificuldade de estabelecer objetivos e
estratégias estão no nível 2 de barreiras para implementação, enquanto a quantidade
de indicadores está no nível 1.
A Empresa D tem como sua maior dificuldade o tempo de coleta dos
indicadores, no nível 5, enquanto a segunda maior dificuldade está somente no nível
3, com a dificuldade de analisar os dados. No nível 2 está a dificuldade de estabelecer
objetivos e estratégias, e no nível mais baixo, o 1, está a falta de motivação por parte
dos membros envolvidos com o processo e a baixa relação custo-benefício. A
quantidade de indicadores e a falta de interesse por parte da diretoria não são
barreiras para a Empresa D.
A última empresa a ser citada que usa os indicadores, Empresa E, relata
que suas maiores dificuldades estão somente no nível 2, com o tempo de coleta e a
dificuldade de estabelecer objetivos e estratégias, e no nível 1, a dificuldade para
analisar os dados, falta de motivação por parte dos membros envolvidos e da diretoria
e a baixa relação custo-benefício. A quantidade de indicadores não é uma barreira
enfrentada pela Empresa E.
A Empresa F relata que ainda não usa indicadores de desempenho, e que
suas maiores barreiras são, no nível 4, o tempo de coleta para os indicadores, a falta
de motivação por parte dos membros envolvidos, a falta de interesse da diretoria e
considera uma baixa relação custo-benefício. Como barreira nível 3, encontram as
56
4.2.1 Empresa A
4.2.2 Empresa B
4.2.3 Empresa C
4.2.4 Empresa D
4.2.5 Empresa E
4.2.6 Empresa F
Optou por não enviar seus documentos para a análise dos indicadores de
desempenho.
60
perceber a melhora em relação ao período anterior aos indicadores, este dado não foi
refletido quando comparados os dois períodos semestrais. Esta não alteração
comparando os períodos pode ser resultado do período entre implantação dos
indicadores, de 2014 à atual gestão, 2017, já que o Brasil tem enfrentado recessão na
economia nos últimos anos, afetando diretamente o setor da construção civil. Já os
indicadores implantados nas empresas D e E são muito recentes, com menos de 1
ano de sua formulação, e ocasionaram mudanças significativas em suas receitas. Isso
pode ser resultado do alinhamento estratégico necessário para implantação dos
indicadores, já que, primeiramente são formulados os planejamentos estratégicos e
somente depois são formulados os indicadores. Outro dado importante, é que a
Empresa E revisa seus indicadores mensalmente, a maior frequência dentre as
empresas juniores do estudo, facilitando assim o controle, a melhoria contínua e a
tomada de decisão rápida.
Na seção 5 do questionário, foram elencadas motivações para empresas
implantarem o sistema de indicadores de desempenho, utilizando a escala numérica
para entender o nível de importância que as motivações tinham em cada empresa.
O Gráfico 8 apresentou que as maiores motivações para implantação dos
indicadores nas EJs de engenharia civil paranaenses foram: a verificação do
atingimento da visão, o controle do planejamento das ações e o controle das
atividades operacionais das empresas. Criar, implementar e conduzir estratégias
competitivas também recebeu pontuação alta, com 19 pontos. O que demonstra que
que os motivos estão alinhados quanto a finalidade dos indicadores apresentada por
Kaydos (1991) apud Kyian (2001), que diz que os indicadores têm a finalidade de
comunicar a estratégia e clarear valores, melhorar o controle e planejamento e
identificar onde e quando a ação é necessária.
Ainda analisando o resultado obtido com o Gráfico 8, vê-se que criar um
instrumento de comparação para benchmarking não foi uma motivação para
implementação dos indicadores, possivelmente ocasionando uma escassa troca de
informações entre empresas juniores de uma mesma rede. Apesar de não ser
motivação, é importante que as empresas façam uso da ferramenta para comparação,
tanto para análise histórica de seus resultados, como para comparação com empresas
do mesmo setor.
63
5.2.1 Empresa A
Resultados positivos em
Perspective financeira receitas para reinvestimento Demonstrações Financeiras
nos membros
Tipo de cliente, duração do
Parcerias e prospecção efetiva
Perspectiva de clientes relacionamento, sucesso, papel
de clientes
e suporte ao cliente
Fonte: Autoria Própria.
67
5.2.2 Empresa C
Empresa C BSC
Clientes Indicadores de Pergunta-se como a
satisfação dos clientes organização gostaria
e aparecimento em de ser vista pelos
meio de comunicação clientes. Indicadores
e eventos de satisfação,
retenção e conquista
de clientes
5.2.3 Empresa E
Sua estratégia enxuta não pode ser enquadrada nos modelos de medição
de desempenho apresentados neste trabalho, porém pode ser percebida relação entre
o modelo utilizado pela Empresa E com o modelo proposto por Neely, Adams e
Kennerley (2002), o Modelo Prisma de Desempenho, por conta do foco nas partes
interessadas da organização.
Tabela 11- Empresa E e o Modelo Prisma de Desempenho.
Modelo Prisma de
Empresa E
Desempenho
Satisfação dos Mais clientes Quem são e o que
stakeholders satisfeitos, mais precisam?
membros satisfeitos
Contribuição dos Mais projetos, Mais O que a empresa
stakeholders faturamento espera dos
stakeholders?
Capacidades Membros satisfeitos Capacidades internas
internas para operar processos
com eficiência
Fonte: Autoria Própria.
Selecionar indicadores
Sim Auditoria
Manutenção periódica
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
*Obrigatório
0 a 10 membros
10 a 20 membros
20 a 30 membros
30 a 40 membros
40 ou mais membros
Sim
Não
Sim
Não
9. Se sim, qual?
12. Como foi o procedimento de elaboração dos indicadores usados na sua EJ? *
13. Houve vinculação dos indicadores com a estratégia? *
Marcar apenas uma oval.
Sim
Não
Sim
Não
A diretoria
Os gerentes
Membros efetivos
Conselho
Trainees
Ex-membros interessados
17. Com que frequência são coletados os dados fornecidos pelos indicadores? (Caso a
frequência dependa de qual indicador vocês estão coletando, selecione a opção que
abranja maior parte dos seus indicadores) *
Marcar apenas uma oval.
Semanalmente
Quinzenalmente
Mensalmente
Bimestralmente
Trimestralmente
Não há frequência definida
18. A empresa tem uma pessoa ou um grupo responsável pela coleta dos dados dos
indicadores? *
Marcar apenas uma oval.
Não
19. Se há um responsável pela coleta, qual o
cargo dele?
A diretoria
Os gerentes
Membros efetivos
Conselho
Trainees
Ex-membros interessados
22. Com que frequência são feitas reuniões para discutir os resultados gerados pelos
indicadores? *
Marcar apenas uma oval.
Semanalmente
Quinzenalmente
Mensalmente
Bimestralmente
Trimestralmente
Não são feitas reuniões para discutir os resultados
Sim
Não
24. Os dados resultantes dos indicadores de desempenho, assim como sua análise, são
armazenados para uso no futuro? Como por exemplo um relatório de lições
aprendidas, histórico, etc. *
Marcar apenas uma oval.
Sim
Não
25. Se são armazenados, como são? Estes dados estão disponíveis facilmente para quem
toma as decisões da EJ?
Sim
Não
27. Qual foi a receita bruta semestral do período anterior à implantação do sistema? (Caso
possua apenas dados anuais, considere a média do período)
Marcar apenas uma oval.
Até R$500,00
Entre R$500,00 e R$1.000,00
28. Qual foi a receita bruta semestral do período maisrecente, depois da implantação do
sistema, ou seja, do último semestre?
Marcar apenas uma oval.
Até R$500,00
Entre R$500,00 e R$1.000,00
Sim
Não
0 1 2 3 4 5
Ponto de muita
relevância para
Não é uma motivação para
termos
o uso de indicadores
implantado o
sistema
0 1 2 3 4 5
Ponto de muita
relevância para
Não é uma motivação para
termos
o uso de indicadores
implantado o
sistema
0 1 2 3 4 5
Ponto de muita
relevância para
Não é uma motivação para
termos
o uso de indicadores
implantado o
sistema
0 1 2 3 4 5
Ponto de muita
relevância para
Não é uma motivação para
termos
o uso de indicadores
implantado o
sistema
34. Identificar problemas que necessitem de intervenções *
Marcar apenas uma oval.
0 1 2 3 4 5
Ponto de muita
relevância para
Não é uma motivação para
termos
o uso de indicadores
implantado o
sistema
0 1 2 3 4 5
Ponto de muita
relevância para
Não é uma motivação para
termos
o uso de indicadores
implantado o
sistema
0 1 2 3 4 5
Ponto de muita
relevância para
Não é uma motivação para
termos
o uso de indicadores
implantado o
sistema
0 1 2 3 4 5
0 1 2 3 4 5
0 1 2 3 4 5
0 1 2 3 4 5
0 1 2 3 4 5
0 1 2 3 4 5
0 1 2 3 4 5