Globalização - Entre Conceito Sociológico e o Processo Histórico
Globalização - Entre Conceito Sociológico e o Processo Histórico
Globalização - Entre Conceito Sociológico e o Processo Histórico
HISTÓRICO.
(...) os EUA, que tinham sido em grande parte auto-suficientes antes da Segunda
Guerra Mundial, quadruplicaram suas exportações para o resto do mundo entre
1950 e 1970, mas também se tornaram um maciço importador de bens de consumo
a partir do final da década de 1950. Em fins da década de 1960, começaram até a
importar automóveis. Contudo, embora as economias industriais comprassem e
vendessem cada vez mais suas respectivas produções, o grosso de suas atividades
econômicas continuou centrado no mercado interno. No auge da Era de Ouro, os
EUA exportaram apenas pouco menos de 8% de seu PIB, e, mais
surpreendentemente, o Japão, tão voltado para a exportação, só um pouco mais."
(HOBSBAWM, 2003, p. 271-2)
Essa globalização econômica, que pode ser constatada por qualquer um que
verifique as origens nacionais de produtos vendidos num centro comercial
norte-americano, desenvolveu-se lentamente na década de 1960 e se acelerou de
modo impressionante durante as décadas de perturbações econômicas mundiais
após 1973. A rapidez com que avançou pode ser ilustrada mais uma vez pela
Coréia do Sul, que no fim da década de 1950 ainda tinha quase 80% de sua
população trabalhadora na agricultura, da qual extraía quase três quartos da renda
nacional. Inaugurou o primeiro de seus planos qüinqüenais de desenvolvimento em
1962. Em fins da década de 1980, extraía apenas 10% de seu PIB da agricultura e
tornara-se a oitava economia industrial do mundo não comunista. (HOBSBAWM,
2003, p. 354)
A nova divisão internacional do trabalho, contribui para o esforço desde poder, eis
que o processo de produção sendo realizado em vários países, em certa medida,
torna obsoletas as fronteiras dos Estados, mitigando cada vez mais o poder dos
mesmos e consolidando de forma crescente o poder das empresas transnacionais,
[...]. (LIMA, 2002, p. 151-152).
A política agora é feita no mercado. Só que esse mercado global não existe como
ator, mas como uma ideologia, um símbolo. Os atores são as empresas globais, que
não têm preocupações éticas, nem finalísticas. Dir-se-á que, no mundo da
competitividade, ou se é cada vez mais individualista, ou se desaparece. Então, a
própria lógica de sobrevivência da empresa global sugere que funcione sem
nenhum altruísmo. Mas, se o Estado não pode ser solidário e a empresa não pode
ser altruísta, a sociedade como um todo não tem quem a valha. Agora se fala muito
num terceiro setor, em que as empresas privadas assumiriam um trabalho de
assistência social antes deferido ao poder público. Caber-lhes-ia, desse modo,
escolher quais os beneficiários, privilegiando uma parcela da sociedade e deixando
a maior parte de fora. Haveria frações do território e da sociedade a serem deixadas
por conta, desde que não convenham ao cálculo das firmas. Essa "política" das
empresas equivale à decretação de morte da Política. (SANTOS, Milton, 2006,p.67)
Tudo isso gera o que Milton Santos denomina de esquizofrenia do espaço, que não
é mais representativo da organização social, mas perde-se em relação a forma de
organização social. "Os lugares são, pois, o mundo, que eles reproduzem de modos
específicos, individuais, diversos. Eles são singulares, mas são também globais,
manifestações da totalidade-mundo, da qual são formas particulares." (SANTOS,
Milton, 2006,p. 112)
Por fim, o desemprego e as crises econômicas, por vezes, também tem motivado o
surgimento de sectarismos nacionalistas bem como segregação de minorias. As
reações locais ao desemprego ou as crises que a economia global coloca
manifesta-se como sectarismos raciais, religiosos e outros. (VIEIRA, 2002, p.91-2).
Os principais problemas ambientais enfrentados no mundo atual não podem ser combatidos
apenas localmente. O aquecimento global devido à emissão de gases poluentes (em
especial CO2) e o buraco na camada de ozônio não podem ser combatidos sem uma ação
global efetiva. A frustração maior está na falta de acordos internacionais como o tratado de
Kyoto (1997) e/ou o fracasso da conferência sobre o clima em Copenhagem em 2009.
Nós não vemos a realidade como ela é mas como são nossas linguagens. E
nossas linguagens são os nossos meios de comunicação. Nossos meios de
comunicação são nossas metáforas. E nossas metáforas criam nossa cultura.
(POSTMAN, 1985 apud CASTELLS, 2005, 414).
Uma dessas fabulações é a tão repetida idéia de aldeia global (Octávio Ianni,
Teorias da globalização, 1996). O fato de que a comunicação se tornou possível à
escala do planeta, deixando saber instantaneamente o que se passa em qualquer
lugar, permitiu que fosse cunhada essa expressão, quando, na verdade, ao contrário
do que se dá nas verdadeiras aldeias, é freqüentemente mais fácil comunicar com
quem está longe do que com o vizinho. (SANTOS, Milton, 2006, p.40-1).
Características
. Aculturação
A aproximação entre diferentes países do mundo possibilita a aculturação dessas
nações.
3. Expansão do capitalismo
4. Presença de multinacionais
Além disso, com o boom da Internet, os países passaram a ter uma integração
dinâmica e a sociedade passou a adquirir dados e informações quase que de forma
instantânea.
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