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Influencia Vegetacao Conforto Termico Urbano

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL

INFLUENCIA DA VEGETAf;AO NO
CONFORTO TERMICO URBANO E NO
AMBIENTE CONSTRUiDO

CAROLINA LOTUFO BUENO BARTHOLOMEI

Campinas - SP
2003
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL

INFLUENCIA DA VEGETA<;AO NO
CONFORTO TERMICO URBANO E NO
AMBIENTE CONSTRUIDO

CAROLINA LOTUFO BUENO BARTHOLOMEI

Orientadora: Prof'! D~ LUCILA CHEBEL lABAKI

Tese de Doutorado apresentada a Comissao de


P6s-gradua~o da Faculdade de Engenharia Civil
da Universidade Estadual de Campinas, como
parte dos requisites para obten~o do titulo de
Doutor em Engenharia Civil, Area de
Concentrac;:ao em Saneamento e Ambiente.

f4.tas:to lJ:.Jt" '""-Q,1.f ;f § vers:io datinlthl!7


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Campinas, SP
2003
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FICHA CATALOGWICA ELABORADA PELA


BIBLIOTECA DA AREA DE ENGENHARIA - BAE - UNICAMP

Bartholomei, Carolina Lotufo Bueno


B283i Influencia da vegetayao no conforto termico urbano e
no ambiente construido I Carolina Lotufo Bueno
Bartholomei. --Campinas, SP: [s.n.), 2003.

Orientador: Lucila Chebel Labaki.


Tese (doutorado)- Universidade Estadual de
Campinas, Faculdade de Engenharia Civil.

I. Conforto termico. 2. Radiayao solar. 3. Vegetayao e


clima 4. Escolas- Edificios. 5. Microclimatologia. I.
Labaki, Lucila Chebel. II. Universidade Estadual de
Campinas. Faculdade de Engenharia Civil. ill. Titulo.
INFLUENCIA DA VEGETA<;AO NO CONFORTO TERMICO URBANO E
NO AMBIENTE CONSTRUfDO

Tese de Doutorado defendida por Carolina Lotufo Bueno Bartholomei e aprovada, em


10 (dez) de julho de 2003, pela banca examinadora constituida pelas professoras:

Prof- D~ Lucila Chebel Labaki


Orientadora (FE~ - UNICAMP)
X ~ -

Prof- D~Ana Maria Liner Pereira Lima


(ESALQ - USP)

,,/ ' .
Prof- D~ Maria Angela Fagnani
(FEAGRI - UNICAMP)

Prof- D~ Doris Catharine Cornelie Knatz Kowaltowski


(FEC- UNICAMP)

~A,/
f/ j

Prof- D~ ~bzely Ferreira dos Santos


0FEC- UNICAMP)
iv

DEDICATORIA

Para meu filho Marcelo.


v

AGRADECIMENTOS

A Prof! Dr" Lucila Chebel Labaki pela dedicada orienta<;;ao e pelo enorme carinho,
compreensao e aten<;;ao dispensados durante todo o desenvolvimento desta tese e de
nossa convivencia.
A Jose Luis Martins, que considero urn grande amigo, por sua paciencia comigo, por sua
disposi<;;ao em ajudar e pela enorme contribui<;;ao nos calculos como software SAS™.
Ao meu amigo Obadias Pereira da Silva Junior, tecnico do Laborat6rio de Conforto, pela
enorme ajuda quanto a montagem dos equipamentos.
A FAPESP pela bolsa de doutorado (processo: 97/12805-9) e pelo financiamento dos
equipamentos.
A minha grande amiga e irma de cora<;;ao Adriana Petito de Almeida Silva Castro pelo
apoio moral, pelo ombro amigo, pelas opinioes quanto a assuntos tecnicos e pessoais e,
principalmente por estar sempre presente.
Ao Marcelo, por seu amor, sua dedica<;;ao e sua presen<;;a sempre constantes em rela<;;ao
a mim e a nosso filho.
Ao meu pai, Helio, por seu interesse e carinho.
E principalmente, ao meu filho Marcelo, por compreender, de certa forma, o quanto este
trabalho foi importante para todos n6s.
vi

SUM.ARIO

LISTA DE FIGURAS................................................................................... ix

LISTA DE TABE LAS................................................................................... xi

LISTA DE QUADROS.. ... ...... .... .... ..... ...... .... ..... .. .. .. .. ... ..... .. .. ... .... .. .. .. .. ... .. .. xiv

RESUMO..................................................................................................... XV

1 INTRODUCAO... ... .. .. .. ... ..... ..... ... .. ... .. ..... .. .. .. .... .... .. .. .. .. ........... .... ... .. 1

2 OBJETIVOS...................................................................................... 5

2.1 Objetivo Geral........ ...... ........ .... ... ........ .... .... .... .. .... .. ... .. .. .... .... .. .. 5

2.2 Objetivos Especificos............................. ... ..... .... ... ... .. .. ...... .. ..... 5

3 CONFORTO TERMICO..... ... ..... .. .. .. .. .. .... ... ... .... .... .. .. ... .. .... .. ..... .. .. .. . 7

3.1 Trocas Termicas entre o Homem eo Ambiente........................ 8

3.1.1 Radiar;ao termica ..... ......................................................... . 9

3.1.2 Convecr;ao......................................................................... 9

3.1.3 Evaporar;ao ...................................................................... . 9

3.2 Fatores que lnfluenciam as Trocas Termicas .......................... . 10

3.2.1 Temperatura do ar........................................................... .. 10

3.2.2 Umidade re/ativa do ar.. .................................................. .. 10

3.2.3 Ve/ocidade do ar.. ............................................................ .. 11

3.2.4 Temperatura radiante media ............................................ . 11

3.2.5 Resistencia termica da vestimenta .................................. .. 13

3.2.6 Taxa de metabolismo.. .................................................... .. 14

3.3 Avaliayao de Conforto Termico: Metodo do Voto Medio Esti-


mado. ... ... ..... .. ... .. .... ... ... ... ... .. .. ... .. ... ...... ... .... .... .. .. ... .. .. ... .. .... ...... 14
3.4 Conforto Termico em Espac;:os Extemos................................... 18

4 INFLUENCIA DA VEGETACAO NO AMBIENTE.............................. 26


vii

5 AMBIENTE CONSTRUiDO .............................................................. . 33

6 AMBIENTE ESCOLAR. ..................................................................... 36

7 ESCALAS DE ABORDAGEM ............................................................ 42

8 METODOLOGIA. ............................................................................... 46

8.1 Escalas ....................................................................................... 47

8.2 Especies Arb6reas .................................................................... 49

8.2.1 Selec;ao das especies.. ..................................................... . 50


8.2.2 Caracterizac;ao geral das especies selecionadas .. .......... . 51
8.2.3 Caracterizac;ao dos individuos arb6reos analisados... ..... . 55
8.2.4 Selec;ao dos locais de medic;ao ..... ................................... . 59
8.2.5 Equipamentos ................................................................... . 61
8.2.6 Representatividade dos dados......................................... . 65
8.2. 7 Metoda de tratamento e analise dos resultados................ 65
8.2.8 Especies ana/isadas anteriormente................................... 69
8.3 Escola........................................................................................ 70
8.3.1 Selec;ao da escola............................................................. 72
8.3.2 Descric;ao do local............................................................. 72
8.3.3 Salas analisadas............................................................... 76
8.3.4 Equipamentos.................................................................... 77
8.3.5 Representatividade dos dados.......................................... 79
8.3.6 Metoda de tratamento e analise dos resultados................ 82
9 RESULTADOS E DISCUSSAO......................................................... 84
9.1 Especies Arb6reas........... ......................................................... 84
9.1.1 Senna spectabilis (Cassia)................................................ 84
9.1.2 Schinus molle (Aroeira)..................................................... 88
9.1.3 Bauhinia variegata (Pata-de-vaca).................................... 92
9.1.4 Cingingium jambolana (Jambolao).................................... 96
9.1.5 C/itoria fairchildiana (Sombreiro)....................................... 100
9.1.6 Cedrela fissilis (Cedro-rosa).............................................. 106
viii

9.1.7 Ficus benjamina (Ficus) ................................................... . 112


9.2 Avaliagao da Escola .................................................................. 117
9. 2.1 Avaliaqao estatistica dos dados...... ................................. . 117
9.2.2 Analise dos resultados..................................................... . 120
10 CONSIDERA<;:OES FINAlS ............................................................ . 131
11 CONCLUSAO................................................................................... 136
12 REFERENCIAS BIBLIOGR.AFICAS................................................. 137
ABSTRACT.................................................................................................. 143

ANEXO......................................................................................................... 144
ix

LISTA DE FIGURAS

01 - Porcentagem estimada de insatisfeitos (PEl) em fungao do Voto


Medio Estimado (VME) ........................................................................................................ 17
02- Croqui da escola analisada (sem escala) ........................................................................... .49
03- Senna spectabilis (Cassia) analisada ..................................................................................56
04- Schinus molle (Aroeira) analisada ........................................................................................56
05 - Bauhinia variegata (Pata-de-vaca) analisada ......................................................................57
06- Ctitoria fairchildiana (Sombreiro) analisada ..........................................................................57
07 - Cedrela fissi/is (Cedro-rosa) analisada ................................................................................58
08- Cingingium jambolana (Jambolao) analisada ......................................................................58
09- Ficus benjamina (Ficus) analisada .......................................................................................59
10 -lntegrador, modelo DL2 da marca DELTA-T Devices..........................................................61
11 - Termometro de globo e psicrometro com ventila<;:ao natural.. ............................................. 62
12- Termoanemometro com sensor de helice ............................................................................63
13- Desenho esquematico de um solarimetro de tubo ...............................................................63
14- Resposta espectral de um solarimetro de tubo ....................................................................64
15- Solarimetro de tubo, modelo TSL, da DELTA-T Devices..................................................... 64
16- PRODECAD .........................................................................................................................73
17- Localizagao do PRODECAD e da FEAGRI.. ........................................................................74
18- Planta do PRODECAD .........................................................................................................75
19 - Sala 05 com as arvores ........................................................................................................76
20- Conjunto fixo na sala ............................................................................................................78
21- Conjunto de equipamentos colocado em cada sala ............................................................. 78
22- Parede extema do atelie antes da colocagao dos exemplares de Ficus............................. 80
23- Parede externa do atelie com os exemplares de Ficus....................................................... 80
24- Parede extema da sala 05 antes da colocagao dos exemplares de Ficus .......................... 81
X

25 - Parede externa da sala 05 com os exemplares de Ficus.....................................................81


26- Radiagao solar (Cassia) 29/abril/1999 .................................................................................85
27- Temperaturas do are de globe (Cassia) 29/abril/1999 ........................................................85
28- Umidade relativa do ar (Cassia) 29/abril/1999.....................................................................86
29 - Radiagao solar (Aroeira salsa) 26{julho/1999 ....................................................................... 91
30- Temperaturas do are de globe (Aroeira salsa) 26/julho/1999..............................................91
31 - Umidade relativa do ar (Aroeira salsa) 26/julho/1999........................................................... 92
32- Radiagao solar (Pata-de-vaca) 12/dezembro/2000.............................................................. 93
33- Temperaturas do are de globe (Pata-de-vaca) 12/dezembro/2000..................................... 94
34- Umidade relativa do ar (Pata-de-vaca) 12/dezembro/2000.................................................. 94
35- Radiagao solar (Jambolao) 28/novembro/2000 ....................................................................97
36- Temperaturas do are de globe (Jambolao) 28/novembro/2000 ........................................... 97
37- Umidade relativa do ar (Jambolao) 28/novembro/2000 ........................................................98
38 - Radiagao solar (Sombreiro) 29{junho/2000........................................................................ 103
39- Temperaturas do are de globe (Sombreiro) 29/junho/2000 ............................................... 104
40- Umidade relativa do ar (Sombreiro) 29/junho/2000 ............................................................ 104
41 - Radiagao solar (Cedro-rosa) 12/abril/2002......................................................................... 11 0
42 - Temperaturas do ar e de globe (Cedro-rosa) 12/abril/2002................................................ 111
43- Umidade relativa do ar (Cedro-rosa) 12/abril/2002............................................................. 111
44 - Radiagao solar (Ficus) 02/maio/2002 .................................................................................114
45- Temperaturas do are de globe (Ficus) 02/maio/2002 ........................................................ 114
46 - Umidade relativa do ar (Ficus) 02/maio/2002 ..................................................................... 115
47 - Variagao relativa da temperatura ambiente para as sete especies analisadas ................. 116
48 - Variagao relativa da temperatura de globe para as sete especies analisadas ................... 116
49 - Temperaturas medias do ar nas sa las e no ambiente externo .......................................... 119
50- Umidades relativas medias do ar nas salas e no ambiente externo .................................. 120
51 -Veto Medic Estimado; Atelie (04/abril e 06/maio) .............................................................. 126
52- Veto Medic Estimado; Sala 05 (04/abril e 06/maio) ............................................................ 127
53 - Veto Medic Estimado; Atelie (08/abril e 30/abril) ................................................................ 127
54- Veto Medic Estimado; Sala 05 (08/abril e 30/abril) ............................................................. 128
xi

LISTA DE TABELAS

01 - Atenua<;:ao da radia<;:ao solar. ...............................................................................................70


02 - Atenua<;:ao da radia<;:ao solar................................................................................................86
03- Veto Medic Estimado ...........................................................................................................87
04- Veto Medic Estimado ............................................................................................................87
05- FreqOencia de ocorrencia da diferen<;:a entre VME ao sol e VME
a sombra para a especie Senna spectabifis.........................................................................88
06 - Atenuayao da radiayao solar. ...............................................................................................89
07 -Veto Medic Estimado ............................................................................................................89
08- Veto Medic Estimado ............................................................................................................90
09 - FreqOencia de ocorrencia da diferenya entre VME ao sol e VME
a sombra para a especie Schinus moffe..............................................................................90
10 - Atenuayao da radiayao solar. ...............................................................................................93
11 -Veto Medic Estimado ............................................................................................................95
12- Veto Medic Estimado ............................................................................................................95
13- FreqOencia de ocorrencia da diferenya entre VME ao sol e VME
a sombra para a especie Bauhinia variegata .......................................................................95
14- Atenua<;:ao da radia<;:ao solar. ...............................................................................................98
15- Veto Medic Estimado ............................................................................................................99
16 - Veto Medic Estimado............................................................................................................99
17- FreqOencia de ocorrencia da diferenya entre VME ao sole VME
a sombra para a especie Cingingium jambofana .... ........................................................... 100
18 - Atenuayao da radia<;:ao solar. ............................................................................................. 101
xii

19- Voto Medic Estimado ..........................................................................................................102


20 - Voto Medic Estimado .......................................................................................................... 102
21 - Voto Medic Estimado ..........................................................................................................102
22- Voto Medic Estimado ..........................................................................................................103
23- Freq0€mcia de ocorr€mcia da diferenga entre VME ao sol e VME
a sombra para a especie C/itoria fairchildiana (sem folhas) ............................................... 105
24 - Frequemcia de ocorrencia da diferen9<0 entre VME ao sol e VME
a sombra para a especie Clitoria fairchildiana (com folhas )............................................... 105
25 - Atenuayao da radiayao solar..............................................................................................107
26 - Voto Medic Estimado ..........................................................................................................107
27- Voto Medic Estimado .......................................................................................................... 108
28 - Voto Medic Estimado .......................................................................................................... 108
29 - Voto Medic Estimado ..........................................................................................................108
30- Frequ€mcia de ocorrencia da diferenya entre VME ao sol e VME
a sombra para a especie Cedrela fissi/is (sem folhas) ....................................................... 109
31- Frequencia de ocorrencia da diferenga entre VME ao sole VME
a sombra para a especie Cedrela fissilis (com folhas) ....................................................... 110
32 - Atenuayao da radiayao solar. ............................................................................................. 112
33- Voto Medic Estimado .......................................................................................................... 112
34- Voto Medic Estimado ..........................................................................................................113
35 - Frequencia de ocorrencia da diferenya entre VME ao sol e VME
a sombra para a especie Ficus benjamina. ........................................................................113
36- Resultado da comparayao de medias da temperatura ambiente (TBS),
pelotestedeTukeya 1% ................................................................................................... 117
37 - Resultado da comparayao de medias da temperatura ambiente (TBS),
pelo teste de Tukey a 5% ................................................................................................... 118
38 - Resultado da comparayao de medias da umidade relativa do ar (UR),
pelo teste de Tukey a 1% ................................................................................................... 118
39- Resultado da comparayao de medias da umidade relativa do ar (UR),
pelo teste de Tukey a 5% ................................................................................................... 119
40 - Voto Medic Estimado ..........................................................................................................122
xiii

41 - Voto Medio Estimado .......................................................................................................... 123


42 - Voto Medio Estimado .......................................................................................................... 124
43 - Voto Medio Estimado.......................................................................................................... 125
44- Freqiiemcia de ocorrencia da diferenc;a entre VME sem arvores e VME
com arvores para o atelie nos do is dias mais quentes...................................................... 128
45- Frequencia de ocorrencia da diferenga entre VME sem arvores e VME
com arvores para a sala 05 nos dois dias mais quentes ................................................... 129
46 - Frequencia de ocorrencia da diferenga entre VME com arvores e VME
sem arvores para o atelie nos do is dias mais frios ............................................................ 129
47 - Freqiiencia de ocorrencia da diferenga entre VME com arvores e VME
sem arvores para a sala 05 nos dois dias mais frios ......................................................... 130
48 - Atenuagao da radiagao solar nas arvores analisadas ........................................................ 131
49- Freqiiemcia de ocorrencia da diferenc;a entre VME ao sol e VME
a sombra maior que 2,00...................................................................................................133
50- Tabela geral da atenuagao da radiagao solar incidente para todas
as arvores analisadas ....................................................................................................... 134
xiv

LISTA DE QUADROS

01 - Categorias taxonomicas da organizavao geografica do clima e suas


articula¢es como "CLIMA URBAN0" ............................................................................... ..43
02- Especies arb6reas mais utilizadas pela Prefeitura Municipal de Campinas ........................ 50
03- Locais das medi9oes ............................................................................................................60
XV

RESUMO

Bueno-Bartholomei, Carolina Lotufo. lnfluemcia da vegetayao no conforto termico urbane e no


ambiente construido. Campinas, Faculdade de Engenharia Civil, Universidade Estadual de
Campinas, 2003. 189 p. Tese (Doutorado).

Este trabalho teve como premissa que diferentes especies arb6reas


apresentam comportamentos distintos quanto a atenuac;:ilo da radiayao solar.
Tambem considerou que o sombreamento por arvores de fachadas de
edificagoes expostas ao sol pode melhorar o desempenho termico da mesma.
Dessa forma, este trabalho avaliou, na primeira parte, a atenuayao da radiayao
solar por di!erentes especies arb6reas e o conforto termico proporcionado pelas
mesmas, por meio de dados experimentais de radiac;:ilo solar incidente,
temperaturas do ar e de globo, assim como valores de umidade relativa. Na
segunda parte, foi avaliada a melhoria do conforto termico em duas salas de
aula depois da colocac;:ilo de algumas arvores na area extema. Os dados foram
coletados sob as copas das arvores estudadas e ao sol simultaneamente.
Foram calculadas as porcentagens de atenuac;:ilo da radiac;:ilo solar para cada
arvore, assim como as variagoes relativas das temperaturas do ar e de globo. A
analise da influencia das diferentes especies arb6reas no conforto termico de
ambientes extemos foi realizada pelo metodo do Voto Medio Estimado, e pelos
valores das atenuag6es da radiagao solar obtidos. As especies analisadas
foram: Senna spectabilis, Schinus molle, Bauhinia variegata, Cingingium
jambolana, Clitoria fairchildiana, Cedrela fissi/is e Ficus benjamina. Os
resuttados mostraram que a Bauhinia variegata teve urn dos melhores
desempenhos quanto a atenuac;:ilo da radiac;:ilo solar e melhoria do conforto
termico. Na segunda parte do trabalho, foi realizada uma quantificac;:ilo das
possfveis melhorias, proporcionadas por uma das especies arb6reas, no
conforto termico de duas salas de aula de uma escola de primeiro grau,
localizada no campus da Universidade Estadual de Campinas. Num primeiro
estagio os parametres de conforto - temperatura, umidade relativa, temperatura
de globo e velocidade do ar - foram medidos nas duas salas de aula com a
situayao "sem vegetayao" ao Iongo de quinze dias. Depois disso, numa
segunda etapa, quatro exemplares de Ficus benjamina (plantadas em grandes
vasos) foram colocadas de modo a proteger as fachadas rnais expostas ao sol
das duas salas de aula analisadas. Novamente foram realizadas medic;:oes dos
parametres ambientais durante mais quinze dias, agora com as salas
sombreadas. Alem disso, parametres climaticos extemos foram coletados em
uma Estac;:ilo Meteorol6gica do campus da UNICAMP proxima a escola. Foi
observado que, em media, as temperaturas na situayao "com arvores" foram
1,5°C menores que aquelas na situayao "sem arvores".

Palavras chave: Conforto termico; Radiayao solar; Vegetayao e clima; Edificayao escolar;
Microclimatologia.
inJIUeJil;ICI UCI Vt:geli:ly<:IU flU \,.>UIIIUI"l.V lt:'IIIII\OU UJUCUIU t:' IIU I"UIIUiellt.t:l' VUI~UUIUU

1 INTRODU<;AO

1 INTRODUCAO

A sensac;:ao de bem-estar dos usuaries de uma edificat;:ao esta relacionada as


condit;:6es estabelecidas pela interac;:ao entre a edificayao e o ambiente ao seu redor. Essa
interac;:ao e, provavelmente, o criteria mais determinante do sucesso de urn projeto e da
valorizayao da qualidade des ambientes internes e extemos de uma edificayao.

Nos ambientes externos, o bem-estar esta ligado, alem dos aspectos psicol6gicos, a
sensayao fisiol6gica do indivfduo num meio ambiente complexo. Dessa forma, o estudo do
conforto fisiol6gico requer o conhecimento das rela<;:6es do organismo humane com os
componentes climaticos. Ja nos ambientes internes tem-se urn maier controle sobre as
variaveis ambientais, o que de certa forma facilita sua analise.

0 conforto ambiental esta ainda relacionado a qualidade de vida das pessoas. A


preocupayao com essa qualidade tern se manifestado fortemente nos ultimos anos, com o
crescimento da consciencia ambiental.

Conforto ambiental significa sensayao de bem-estar, relacionada aos fatores


ambientais (temperatura ambiente, umidade relativa, velocidade do ar, nfveis de iluminayao,
nfveis de rufdo entre outros) e a funcionalidade, levando-se sempre em considera<;:ao que as
sensat;:6es variam de pessoa para pessoa. Assim, as condit;:6es ambientais de conforto sao
aquelas que propiciam bem-estar ao maier numero possfvel de pessoas.

- 1-
.,, .....,.........,. "'""' Y~<;oo,oyav liV ....VIUVI._V 1<;011111\ooU Uluc:tiiV "l' IIV I"UIUJICIIU::: VUI!;;LCUIUU

1 INTRODU<;AO

Este trabalho teve como premissa que diferentes especies arboreas apresentam
comportamentos distintos quanto a atenua<;ao da radia<;ao solar. Uma outra hipotese tambem
considerada foi que o sombreamento, por meio de arvores, de fachadas de edifica<;6es
expostas ao sol pode melhorar o desempenho termico desses ambientes. Assim, deu-se
continuidade ao estudo sobre a atenua<;ao da radia<;ao solar incidente por diferentes especies
arboreas, desenvolvido na disserta<;ao de mestrado da autora (Bueno, 1998), e avaliou-se a
influ€mcia de uma das especies estudadas na melhoria dos parametres de conforto no interior
de uma edifica<;iio, uma escola de primeiro grau de Campinas, SP.

Na disserta<;iio de mestrado, Bueno (1998) propos uma metodologia para o estudo da


atenua<;ao da radia<;ao solar por diferentes especies arboreas, a partir de medi<;6es de radia<;ao
solar, temperaturas de globo e ambiente, e umidade relativa. Foram analisadas cinco especies
(Jatoba, Chuva-de-ouro, Magnolia, lpe Roxo e Sibipiruna) quanto a melhoria do microclima
proporcionado pela sombra das mesmas. Analisando-se os resultados, foi possivel observar
que a Sibipiruna, o Jatoba e a Chuva-de-ouro apresentaram o melhor desempenho, seguidos
da Magnolia e do lpe Roxo respectivamente.

Neste trabalho, foram analisadas mais algumas especies: Cassia (Senna spectabilis),
Aroeira salsa (Schinus mol/e), Pata-de-vaca (Bauhinia variegate), Jambolao (Cingingium
jambolana), Sombreiro (Ciitoria fairchildiana), Cedro-rosa (Cedre/a fissi/is) e Ficus (Ficus
benjamina), de acordo com a metodologia citada acima. Alem disso, com base nos dados
obtidos em campo e por meio de programa de computador, que utiliza o criterio de conforto
termico de Fanger (1970), foi calculado o Voto Medio Estimado (VME) (ISO 7730, 1994) para a
avalia<;ao do conforto termico proporcionado pelos individuos arboreos estudados. Dessa
maneira, foi possivel fomecer indica<;6es sobre qual ou quais especies arboreas melhor
contribuem para o estabelecimento de condi<;Oes adequadas de conforto termico.

A fim de se obter uma comprova<;ao experimental da contribui<;iio das arvores para o


conforto termico de ambientes intemos, foram avaliadas, segundo o metodo do VME, duas
salas de aula de uma escola sem arboriza<;iio e em seguida com arboriza<;iio. Foram realizadas
medi<;6es dos parametres climaticos em uma escola de primeiro grau (localizada dentro do
campus da UNICAMP). Essa escola nao possui arboriza<;iio proxima a edifica<;iio e a proposta
para este estudo foi uma primeira avalia<;iio da escola como se encontrava normalmente e,
depois, a realiza<;iio de novas medi<;6es dos parametres ambientais com a distribui<;ao de

-2-
lnfluencia da Vegeta~o no Conforto Termico Urbano e no Ambiente Construido
1 INTRODU!;AO

exemplares da especie Ficus benjamina em posic;:oes previamente determinadas. A escolha


dessa especie foi devida (mica e exclusivamente a sua disponibilidade nos viveiros em
condic;:oes adequadas a realizac;:ao do experimento na epoca prevista, devendo-se lembrar que
suas rafzes prejudicam instalac;:oes subterraneas e pisos. Dessa forma, a escola foi analisada
em duas situac;:oes: sem arvores e com "arborizac;:ao", a fim de se poder comparar a influencia
da vegetac;:ao em ambientes intemos da edificagao.

Assim, essa parte do estudo ficou dividida da seguinte maneira: quinze dias de
medic;:oes sem arborizagao; colocac;:ao dos exemplares nos locais mais adequados (observando
o levantamento in loco); mais quinze dias de medic;:oes, dessa vez com as arvores em suas
devidas posic;:oes.

Neste trabalho e enfocado o aspecto termico do conforto ambiental. A proposta e


investigar qualitativamente a melhoria do microclima de um determinado ambiente atraves do
estudo do controle da radiagao solar incidente por diferentes especies arb6reas, ou seja, da
observac;:ao experimental das relac;:oes entre a radiagao solar que atravessa as copas das
arvores e a intensidade de calor cedida ao meio. A fim de se obter as porcentagens de radiac;:ao
atenuadas pelo individuo arb6reo analisado, assim como a melhoria do microclima
proporcionada pelo mesmo, os equipamentos (solarimetro de tubo, term6metros de bulbo seco,
bulbo umido e globo) foram colocados a sombra da arvore e em campo aberto
simultaneamente. Com os dados a sombra e ao sol p6de-se fazer uma comparagao entre a
protec;:ao fornecida pela arvore e a exposic;:iio direta a radiac;:iio solar. Para tanto foi utilizada a
metodologia proposta por Bueno (1998).

Com base nos dados obtidos em campo e por meio de programas de computador, foi
feita tambem a avaliac;:ao do conforto termico proporcionado pelo individuo arb6reo estudado.
Assim, foi possivel fornecer indicac;:oes sobre qual ou quais especies arb6reas melhor
contribuem para o estabelecimento de condic;:oes adequadas de conforto termico em
determinada edificac;:ao, sempre tendo em mente a preocupagao em lidar com especies
"comuns", isto e, encontradas pelas ruas dos centros urbanos (neste caso, aquelas mais
utilizadas pela Prefeitura Municipal de Campinas para a arborizac;:iio da cidade), a fim de facilitar
a utilizac;:ao pratica das sugestoes que foram propostas, pois qualquer pessoa teria facil acesso
as especies avaliadas. Alem dessa analise, foi feito urn estudo sobre como a presenc;:a de uma

-3-
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1 INTRODUCAO

das especies arb6reas estudadas neste projeto poderia melhorar as condicoes de conforto
termico de uma edificacao no perfodo quente.

Cabe lembrar que a escolha de uma escola para a avaliacao de conforto se deve ao
fato dessas edificagoes serem locais onde a necessidade de conforto termico e muito grande.
lsso ocorre devido ao tipo de atividade exercida, exigindo concentracao e atencao por parte,
principalmente, dos alunos. E fato conhecido que, sob condicoes adversas, como por exemplo
excesso de rufdo ou calor muito forte, o rendimento dessas pessoas fica reduzido, impedindo
que o aprendizado seja adequado. Alem disso, sao locais onde circula urn grande numero de
pessoas que exercem praticamente as mesmas fungoes, tornando mais objetiva a avaliacao de
sua ocupagao e a comparacao entre eles.

Atraves do estudo da atenuacao da radiacao solar incidente por diferentes especies


arb6reas, pretende-se contribuir para que uma solugao pratica e barata, como o plantio de
arvores, possa ajudar na melhoria do conforto termico no interior e no entorno das edificac6es.
Essa melhoria traria, entre outros beneficios, uma aclimatagao adequada do ambiente interno
sem grandes gastos com reformas ou instalacoes de equipamentos para o resfriamento de
ambientes, principalmente em escolas publicas onde a conten<;:ao de gastos e de grande
importancia.

-4-
lnfluencia da Vegeta.;ao no Conforto Tennico Urbano e no Ambiente Construido
2 OBJETIVOS

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

0 objetivo geral deste trabalho foi comprovar e quantificar, por meio de avaliagoes de
conforto termico, a contribuigao das arvores para a melhoria do microclima no seu entorno e no
interior das edificag6es.

2.2 Objetivos especificos

Como objetivos especificos deste trabalho tem-se:

• Obtengao dos valores das atenuag6es de radiagao solar incidente por diferentes
especies arb6reas.

• Avaliagao do conforto termico proporcionado pelos individuos arb6reos analisados


utilizando-se o metodo do Voto Medic Estimado (VME), preconizado pela norma ISO 7730
(1994).

-5-
.................a uo v'C'~cLG'fCIV uv \..rvtnvnu lt:::rnutou uroanu e no AIT1Diente r..;onstrulao
2 OBJETIVOS

• Obtengao de parametres ambientais para estudo do conforto termico no interior de


um ambiente escolar, em situag6es com e sem sombreamento arb6reo.

• Avaliagao de conforto terrnico em duas salas de aula da escola selecionada,


utilizando-se o metodo do Veto Medic Estimado (VME), preconizado pela norma ISO 7730
(1994), em situag6es come sem sombreamento arb6reo.

-6-
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3 CONFORTO TERMICO

3 CONFORTO TERMICO

0 conforto termico esta diretamente relacionado a sensagao de bem-estar do homem.


0 organismo humano, por meio da evolugao ao Iongo de milhares de anos, desenvolveu alguns
mecanismos que permitem sua adaptagiio ao meio a fim de obter essa sensagao de bem-estar.

Segundo Ruas (1999), a preocupagao cientifica do homem como seu conforto termico
e bastante antiga. Como exemplo, ele cita a obra "History and Art of Warming and Ventilation
Rooms and Buildings", escrita por Walter Beman e publicada em 1845. Nessa obra, Beman
preve "que a criagao e o controle de ambientes climaticos artificiais assumirao a dimensao de
uma ciencia que contribuira para o desenvolvimento da humanidade, para a preservagao da
saude e para a longevidade do ser humano".

Pesquisas realizadas desde o inicio do seculo XX mostram que o conforto termico esta
fortemente relacionado com o equilibria termico do corpo humano e que fatores ambientais e
pessoais podem influenciar esse equilibria.

Para uma melhor definigiio de conforto termico pode-se dizer que ele e a combinagao
satisfat6ria, num determinado ambiente, da temperatura radiante media, temperatura do ar,
velocidade do ar e umidade relativa com as vestimentas usadas pelas pessoas nesse ambiente
e a atividade desenvolvida, resultando em sensagao de bem-estar.

- 7-
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3 CONFORTO TERMICO

Cabe ressaltar que o corpo humane e urn sistema termodinamico que produz calor e
interage termicamente com o meio a seu redor. Dessa forma, pode-se resumir as trocas de
calor entre o corpo e o ambiente utilizando-se a seguinte equagao:

Cmet + Cconv + Crad - Cev =±Q [3.1]

onde
Cmet- Parcela da energia metab61ica transformada em calor ryN!rr?-).
Cconv- Calor trocado por convecgao ryN/m 2 ).
Crad- Calor trocado por radiayao ryN/m 2 ).
Cev- Calor perdido por evaporac;:ao do suor ryN/m 2 ).
Q- Calor total trocado pelo corpo 0Nirr?-).

Quando o calor total trocado pelo organismo (Q) e igual a zero, este esta em equilibria
termico, isto significa que a primeira condiyao para se obter o conforto tenmico esta cumprida.
Porem, segundo Ruas (1999), essa condic;:ao e necessaria, mas nao suficiente, devido ao
desconforto ocorrer mesmo quando o equilibria termico do corpo e mantido pela ac;:ao do
sistema termorregulador.

3.1 Trocas Termicas entre o Homem e o Ambiente

No balanyo termico do organismo, o excedente do calor metab61ico produzido tern que


ser dissipado para o meio a fim de se manter a temperatura intema do corpo constante. Existem
tres mecanismos de trocas termicas entre o homem e o ambiente: radiayao, convecyao e
evaporayiio.

- 8-
lnflu~ncia da Vegetac;io no Conforto Tennico Urbano e no Ambiente Construido
3 CONFORTO TERMICO

3.1.1 Radiat;ao termica

A radiac;:ao e o processo pelo qual a energia radiante e transmitida de uma superffcie


quente para outra fria por meio de ondas eletromagneticas. Essas ondas ao atingirem a
superffcie fria transformam-se em calor. A energia radiante e transmitida constantemente por
todos os corpos que possuem temperatura superior ao zero absolute. Se uma pessoa esta
numa sala e a temperatura de seu corpo e superior a das paredes do ambiente, esse indivfduo
ira transmitir energia radiante para essas superficies. Ja se a maior temperatura for das
paredes, estas transmitirao energia radiante para a pessoa em questao. A quantidade de
energia transmitida por radiac;:ao termica varia conforme a temperatura superficial do corpo e
nao depende do ar ou de qualquer outre meio para se propagar.

3.1.2 Convect;ao

A remoyao do calor por convecyao ocorre quando o ar ambiente possui uma


temperatura inferior a do organismo, dessa forma o corpo transfere calor pelo contato com o ar
frio a seu redor. 0 aquecimento do ar provoca urn movimento de ascensao, assim, o ar quente
sobe e o ar frio ocupa seu Iugar formando urn ciclo de convecyao. No caso da temperatura do
ar ser igual a do corpo, nao ocorrera troca termica por esse processo. Ja quando a temperatura
do organismo e inferior a do ambiente, este ultimo cedera calor para o corpo, invertendo-se o
mecanisme.

3.1.3 Evaporat;ao

Se as condic;:5es do ambiente nao permitem que o corpo humane perca calor por
convecyao ou radiayao de forma suficiente a regular sua temperatura intema, o organismo
aumenta a atividade das glandulas sudorfparas e perde calor pela evaporac;:ao do suer forrnado
na pele. Esse e urn processo endotermico, isto e, para que ocorra e precise calor cedido pelo

-9-
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3 CONFORTO TERMICO

corpo: um lfquido evapora sobre uma superffcie quente extraindo calor dessa superffcie,
resfriando-a.

3.2 Fatores que lnfluenciam as Trocas Termicas

Existem alguns fatores que influenciam os processes de troca de calor entre o corpo
humane e o ambiente, interferindo dessa forma no conforto termico das pessoas.

As variaveis envolvidas no conforto termico podem ser de natureza ambiental ou


pessoal. As ambientais sao: temperatura do ar (Ta), umidade relativa (UR), velocidade do ar (v)
e temperatura radiante media (Trm). E as pessoais: tipo de vestimenta (isolamento termico) e
atividade fisica executada (taxa de metabolismo).

3.2.1 Temperatura do ar

A quantidade de calor removido do corpo por convecgao e inversamente proporcional a


temperatura do ar ambiente, ou seja, quanto menor for a temperatura do ar, maier a remogao.
Ja quando a temperatura do ar for maier que a do organismo, o primeiro cedera calor ao corpo.
Para o case da evaporagao, a influencia da temperatura do ar vai depender da umidade relativa
e da velocidade do ar.

3.2.2 Umidade re/ativa do ar

A umidade relativa do ar, numa determinada temperatura, e a razao entre o numero de


gramas de vapor d'agua existente em 1 m3 de ar e a quantidade maxima de gramas de vapor
d'agua que 1 m3 pede center, quando esta saturado naquela temperatura (RUAS, 1999). A
umidade relativa varia conforme a temperatura do ar. Quando a temperatura do ar aumenta, a

- 10-
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3 CONFORTO TERMICO

quantidade maxima de vapor de agua que 1 m• pode conter tambem aumenta, assim como,
quando a temperatura abaixa a quantidade maxima de vapor tambem diminui. No caso da
remoyao de calor por evaporayao, a baixa umidade do ar permite que este, estando
relativamente seco, absorva a umidade da pele mais rapidamente, resfriando-a num menor
tempo. Quando a umidade relativa e alta esse efeito fica prejudicado.

3.2.3 Velocidade do ar

Para a analise da capacidade de contribuiyao da ventilayao na remoyiio do calor do


corpo humano e preciso conhecer a temperatura e a umidade relativa do ar. Quando a
temperatura do ar e inferior a da pele e o ar nao esta saturado, os processes de evaporayao e
convecyao aumentam diretamente com o aumento da velocidade do ar porque a umidade do
corpo e retirada mais rapidamente (ar nao saturado) e a velocidade da troca dear que rodeia o
corpo e maior (maior ventilayao). Vale lembrar que com a diminuiyiio da ventilayiio os
processes tambem diminuem.

3.2.4 Temperatura radiante media

A temperatura radiante media pode ser definida como a temperatura superficial


uniforme de um ambiente imaginario constituido por superficies negras, com a qual uma
pessoa, tambem admitida como superficie negra, troca a mesma quantidade de calor por
radiayao que aquela trocada com o ambiente real nao uniforme.

Segundo Ruas (1999), a temperatura radiante media de um ambiente em relayiio a


uma pessoa e determinada utilizando-se os valores da temperatura de globo, da velocidade do
ar na altura do globo e da temperatura do ar (temperatura ambiente).

A temperatura de globo pode ser definida como a temperatura de equilibrio medida no


centro de uma esfera oca, pintada extemamente de preto fosco. A mediyiio da temperatura no
interior da esfera e efetuada com um termometro de mercuric com escala minima de 0 a 50 oc,
- 11-
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3 CONFORTO TERMICO

precisao minima de ± 0,1 oc, exatidao de ± 0,5 oc e com tempo de resposta adequado ao
numero de medidas a serem executadas.

A esfera deve ter aproximadamente 1 mm de espessura e teoricamente qualquer


diametro, uma vez que ele e uma das variaveis das equac;:oes de calculo da Trm (Temperatura
Radiante Media). Contudo, quanto menor ele for, maiores serao as influencias da temperatura
ambiente e da velocidade do ar.

0 princfpio do calculo da Trm e que, estando o globo em equilfbrio termico com o


ambiente, o calor trocado por radiac;:ao entre o globo e as superficies circundantes e igual ao
calor trocado por convecc;:iio entre o globo e o ar. Como a espessura do globo e pequena, a
temperatura do ar confinado nele e aproximadamente igual a temperatura da superffcie do
globo. Conhecendo-se a temperatura superficial do globo e possfvel determinar a Trm.

Como pode-se ver, a temperatura de globo esta relacionada com o calor trocado por
convecc;:iio, que por sua vez, depende da velocidade do ar que incide sobre o globo. Essa
dependencia e contabilizada pelo coeficiente de troca de calor por convecc;:ao (he) que
corresponde a:

Convecc;:iio Natural ~ [3.2]

v0,6
Convecc;:ao Forc;:ada ~ he =6,3·()4 [3.3]

onde he q coeficiente de troca de calor por convecc;:ao 0fV/m 2 oq;


1g q temperatura de globo ("C);
ta q temperatura ambiente (°C);
d q diametro do globo (m);
v q velocidade do ar na altura do globo (m/s).

- 12-
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3 CONFORTO TERMICO

Dessa forma, quando v > 0, o calculo da Trm s6 pode iniciar ap6s conhecer-se a real
participagao da velocidade do ar na troca por convec9ao. lsso e feito determinando-se he para a
convecgao natural e para a for9ada. 0 maier valor de he definira se a Tnn deve ser calculada
para a convecgao natural ou para a forvada.

A equagao geral para o calculo da Tnn com convec9ao natural e:

[3.4]

onde Trm q temperatura radiante media (0 C);


tg q temperatura do termometro de globe ("C);
ta q temperatura ambiente (°C);
v q velocidade do ar na altura do globe (m/s);
& q emissividade do globe;
d q diametro do globe (m).

E a equagao geral para o calculo da Tnn com convec9ao for9ada e:

[3.5]

3.2.5 Resistencia termica da vestimenta

Segundo Ruas (1999), a remogao do calor do corpo e dificultada pela roupa, pois esta
diminui as trocas termicas por convecgao, formando um obstaculo entre o ar e a pele. Alem
disso, diminui o processo de evaporagao do suor num grau que varia conforme a

- 13 -
3 CONFORTO TERMICO

permeabilidade da roupa ao vapor d'agua. Roupas mais impermeaveis dificultam o processo.


Para as trocas termicas por radiagao, a interferencia da vestimenta depende principalmente da
emissividade e absortifmcia de radiagao da roupa e do comprimento de onda da radiagiio. Para
as radiagoes de ondas longas, a emissividade e igual a absortancia podendo ser considerada
igual a 1 para a pele e 0,95 para as roupas comuns, independente da cor. Ja para as de ondas
curtas, a absortancia depende da pigmentagao da pele e da cor da roupa, sendo maior para as
tonalidades escuras. Assim, pode-se dizer que em ambientes que predominem as radiagoes de
onda longa, a vestimenta terii pouca influencia nas trocas termicas por radiagao. Jii nos
ambientes onde existam muitas fontes de radiagao de onda curta, as roupas de cor clara
absorverao menor quantidade de radiagao do que as escuras. Por outro lado, a roupa promove
um certo isolamento termico, pois acrescenta resistencia ii transferencia de calor entre o
organismo e o meio.

3.2.6 Taxa de metabolismo

A taxa de metabolismo estii diretamente relacionada a atividade fisica executada. No


processo metab61ico, o homem produz, a partir da transformagao dos alimentos, a energia que
e consumida na manutengao das fungoes vitais e na realizagao de trabalhos mecanicos
externos (atividade muscular). 0 restante dessa produgao de energia e liberado na forma de
calor. Dessa forma, o aumento do esforgo ffsico executado aumenta a taxa de metabolismo e a
consequente liberagao do calor.

3.3 Avaliac;ao de Conforto Termico: Metodo do Voto Medio


Estimado

Fanger (1967) elaborou uma equagao que permite, para determinada combinagao de
variiiveis pessoais, o calculo de todas as combinagoes das variiiveis ambientais que produzem
o conforto termico. Essa relagao foi chamada de equagao de conforto. Contudo, nas aplicagoes

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lnfluencia da Vegetat;ao no Conforto Termico Urbano e no Ambiente Construido
3 CONFORTO TERMICO

praticas, era necessaria conhecer-se o grau de desconforto experimentado pelas pessoas em


ambientes que tem condic;:6es diferentes daquelas de conforto termico.

Fanger (1970) aproximou-se de um indice ambiental universal partindo do principia que


uma pessoa sente sua propria temperatura e nao a do ambiente. Ele estipulou tres requisites
para atingir o conforto termico:

• o corpo deve estar em equilibria termico com o ambiente, isto e, a taxa de calor
perdido para o ambiente deve equilibrar a taxa de calor produzido pelo organismo. lsto implica
em um estado estaciomario dinamico.

• a sensac;:ao termica esta relacionada a temperatura da pele, e portanto a


temperatura media da pele, ts, deve estar em um nivel apropriado. As medidas demonstram que
ts decresce com o aumento da taxa metab61ica.

• deve haver uma taxa de transpirac;:ao adequada, ou seja, pessoas em atividade


sedentaria tendem a nao suar. A taxa de transpirac;:ao aumenta com a taxa metab61ica.

Estes requisites podem ser resumidos pela definic;:iio de conforto termico da ASHRAE:
'aquela condic;:ao da mente que expressa satisfac;:iio com o ambiente termico'.

Fanger (1970) utilizou a equac;:ao de balanc;:o de calor para determinar um valor para os
diferentes graus de sensac;:iio usando, alem de seus pr6prios dados experimentais, outros
dados publicados para diferentes niveis de atividade. 0 indice de sensac;:ao termica adotado por
Fanger e baseado em uma escala psicofisica de sete pontes:

• muito frio: - 3
• frio: - 2
• pouco frio: - 1
• neutro: 0
• pouco quente: + 1
• quente: + 2
• muito quente: + 3

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3 CONFORTO TERMICO

Essa escala e simetrica em relagao ao ponte 0 (zero), que corresponde ao conforto


termico e apresenta valores de 1 a 3 que podem ser positives, correspondendo as sensagoes
de calor, ou negatives, correspondendo as sensagoes de frio.

A relayao entre as sensagoes termicas da escala estabelecida e as variaveis que


influenciam o conforto termico foi encontrada por Fanger (1970) analisando as inforrnagoes de
varias experiencias em que mais de 1300 pessoas foram expostas, de forma controlada, a
diversas combinagoes das variaveis ambientais e pessoais de conforto. Os valores das
variaveis eram mantidos constantes por 3 horas e, a cada 30 minutes, cada pessoa expressava
por meio de veto escrito a sua sensayao termica. Dessa forma, Fanger elaborou uma equayao
que permitia obter a sensagao termica para qualquer combinayao das variaveis ambientais e
pessoais de conforto. Como as sensagoes foram obtidas mediante o veto, Fanger as
denominou Veto Medic Estimado (VME).

0 Veto Medio Estimado (VME) representa a sensayao termica de urn grupo de


pessoas quando expostas a determinada combinayao das variaveis pessoais e ambientais de
conforto.

As experiencias realizadas por Fanger (1970), Rohles (1970) e Nevins et al. (1966),
citados por Ruas (1999), provaram que e impossivel obter em urn ambiente uma combinagao
das variaveis de conforto que satisfaya plenamente todos os integrantes de urn grande grupo;
sempre existirao insatisfeitos.

Assim, na pratica, era necessario relacionar o VME com a porcentagem de insatisfeitos


num determinado ambiente. Foi o que fez Fanger, utilizando as informa¢es das suas
experiencias e as de Rohles (1970) e Nevins et al. (1966). Esta taxa foi chamada de
porcentagem estimada de insatisfeitos (PEl) e e mostrada na Figura 01 e na Equayao [3.6]. A
figura mostra a porcentagem de insatisfeitos para cada valor de VME. Pode-se notar que, para
uma condiyao de neutralidade termica (VME = 0), existem 5% de insatisfeitos e que, em virtude
da simetria da curva em relayao ao ponto de VME = 0, sensagoes equivalentes de calor e de
frio (mesmo VME em valores absolutes), corresponderao a igual porcentagem de insatisfeitos
(RUAS, 1999).

- 16-
lnfluencia da Vegeta~o no Conforto Tennico Urbano e no Ambiente Construido
3 CONFORTO TERMICO

80
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VOTO MEDIC ESTIMADO

FIGURA 01 - Porcentagem estimada de insatisfeitos (PEl) em fun9iio do voto


media estimado (VME)
FONTE -Adaptado de FANGER (1970), p. 131.

A equagao utilizada para o calculo da Porcentagem Estimada de lnsatisfeitos considera


o valor do VME (ISO 7730, 1994) da seguinte forma:

[3.6]

on de VME c:> Voto Media Estimado;


PEl c:> Porcentagem Estimada de lnsatisfeitos (%).

Como foi dito anteriormente, a unanimidade de urn grande grupo com relagao ao
conforto termico e impossfvel, portanto a definigao das variaveis pessoais e ambientais de
conforto e dependente da porcentagem aceitavel de pessoas insatisfeitas. Nesse sentido,
sugere-se o especificado na norma ASHRAE 55 (1992), que considera urn ambiente
termicamente confortavel quando este satisfaz pelo menos 80% dos seus ocupantes, o que
pela Figura 01 corresponde a- 0,82 < VME < + 0,82.

- 17-
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3 CONFORTO TERMICO

3.4 Conforto Termico em Espacos Externos

Nos ultimos anos, inumeras pesquisas tem sido realizadas com o intuito de se
conhecer melhor o conforto termico dos ambientes externos. Pesquisas desse tipo sao mais
complexas se comparadas com aquelas que envolvem os ambientes intemos, devido a fatores
como velocidade do vento e radiaQiilo solar incidente nao poderem ser diretamente controlados.
Dessa forma, o clima de uma dada regiao e determinado pelo padrao das variag5es dos varios
elementos climaticos e suas combinag5es. Dentre esses elementos, os principais a serem
considerados, segundo Givoni (1981) sao: radiaQiilo solar, temperatura do ar, umidade, ventos e
precipitag5es.

De acordo com Mascaro (1996), a informagao climatica deve ser considerada em !res
niveis: macroclima, mesoclima e microclima. "Os dados macroclimaticos sao obtidos nas
estag5es meteorol6gicas e descrevem o clima geral de uma regiao, dando detalhes de
insolagao, nebulosidade, precipitag5es, temperatura, umidade e ventos. Os dados
mesoclimaticos, nem sempre de facil obtengao, informam as modificag5es do macroclima
provocadas pela topografia local como vales, montanhas, grandes massas de agua, vegetaQiilo
ou tipo de coberturas de terrene como, por exemplo, salitreiras. No microclima sao levados em
consideragao os efeitos das ag5es humanas sobre o entorno, assim como a influencia que
estas modificag5es exercem sobre a am bien cia dos edificios".

Segundo Mendonga & Assis (2001), "o estudo sobre o conforto termico urbane e um
importante indicador do impacto da ocupaQiilo humana na alteragao do clima local".

Entre os estudos sobre conforto termico em espagos externos pode-se citar o do centro
hist6rico e comercial de Macei6 (AL) realizado por Fernandes & Barbirato (2001). Nesse estudo,
foram identificados microclimas particulares dessa regiao da cidade, originados devido a pouca
quantidade de areas verdes, grande volume de massa edificada e pavimentaQiilo, alem de
trafego intense e ma disposigao das edificag5es. Os predios, segundo os autores, formam
grandes "pared5es" que prejudicam a circulagao do vente, pois a maioria nao possui recuos
laterais. Para a analise, foram realizadas mediy5es m6veis de temperatura do ar e umidade
relativa durante tres dias no periodo de chuvas (agosto) e tres dias no periodo seco
(novembro). Os dados da estagao meteorol6gica do aeroporto local, referentes a esses dias de

- 18-
IIIIIUt;:II\OICI UC1 li'~t::'I.CI'JrCIV fiV VVIIIVIl.V IC"III11 ... V vo ..... uv C" OIV .,....,..,,.. .,....,. .,...,,..,. ... .,.,... ...,

3 CONFORTO TERMICO

medi<;:oes, tambem foram coletados. Os horarios das medigoes (10:00 h, 12:00 h, 14:00 h e
16:00 h) foram estabelecidos de forma a facilitar o percurso e o mapeamento dos resultados.
Em sua analise final, Fernandes & Barbirato (2001) concluem que o ponte situado em uma
praga bastante arborizada apresenta regularmente, para os dois periodos, os menores valores
de temperatura do ar, enquanto que o ponte localizado numa praga pavimentada
(estacionamento) apresenta os maiores valores em todos os horarios de medigao. Nos outros
pontes, os valores foram intermediaries.

Outre trabalho relevante quanto ao conforto termico em ambientes externos foi


realizado por Ait-Ameur (2000}. A fim de se obter urn maier conhecimento das relagoes do
organismo humane com os componentes climaticos, o autor qualificou o conforto termico de
pessoas em ambientes externos, por meio da determinagao das condigoes ambientais e de
parametres ffsicos favoraveis e desfavoraveis ao seu bem-estar. Pelo calculo do voto medic
estimado (VME) em ambientes externos, foram determinadas as sensagoes termicas individuais
de acordo com cada caracterfstica climatica externa, baseadas nas condi<;:oes de conforto
implementadas por Fanger (1987), citado por Ait-Ameur (2000}, para ambientes internes. Em
suas conclusoes, o autor afirma que o estudo do conforto termico do indivfduo em espa<;:os
externos impoe uma qualificagao das condi<;:oes ambientais externas e o estudo dos
componentes ffsicos climaticos, que atingiriam intimamente ou com grande intensidade a
percep<;:ao do usuario. Esses parametres tern uma fungao de estfmulo, a partir do qual o
indivfduo expressa uma reagao fisiol6gica positiva ou negativa permitindo que seu corpo se
adapte a urn determinado meio ffsico. A experimentagao revelou que cada parametro tern a sua
influencia, mas em variados graus e de acordo com as diferentes condig5es atmosfericas. Eles
podem ser perturbadores ou propfcios ao equilfbrio termico do corpo. Pode-se entao notar que
a fim de se avaliar o conforto fisiol6gico individual externo seria mais significative agir nos
elementos de disturbio do conforto sob condi<;:6es que provocam esses disturbios, que nos
elementos propfcios ao conforto. A a<;:ao sobre os elementos de desequilfbrio estaria
principalmente na protegao da radiagao solar e das altas velocidades do ar, predominantes em
ambientes externos.

Ja os autores Arens & Bosselmann (1989) descreveram urn procedimento para avaliar
o conforto termico das pessoas em ambientes externos e mostraram sua aplicagao na
determinagao dos efeitos da verticalizagao e adensamento urbanos em torno de espagos
publicos no centro de Sao Francisco (EUA). A avalia<;:ao foi baseada num modele de

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3 CONFORTO TERMICO

computador do sistema termorregulador humano, rodado com dados climaticos horarios de um


ano tfpico. Os dados climaticos foram sintetizados para levar em consideragao a influencia da
cidade nos ventos e na luz do sol. As influencias do vento foram estimadas por meio de testes
em um tunel de vento, e a disponibilidade de luz do sol por um dos muitos tipos de analise de
sombreamento. Os autores concluiram que, para a cidade de Sao Francisco, a influencia solar
foi mais importante que a influencia do vento na diminuigao do conforto termico do centro de
Sao Francisco.

Segundo Taha (1997), as areas urbanas do hemisferio norte anualmente tem uma
media de 12% menos radiagao solar, 8% mais nuvens, 14% mais chuvas, 10% mais neves e
15% mais tempestades de raios que suas areas rurais. As concentragoes urbanas de poluentes
podem ser dez vezes maiores que aquelas de uma atmosfera "limpa" e as temperaturas do ar
podem ser em media 2 oc mais altas. 0 autor afirma que as ilhas de calor podem ocorrer em
diversas escalas diferentes, podendo se manifestar ao redor de uma unica edificagao ou em
uma ampla porgao da cidade. Dependendo da localiza<;:ao geografica e das condigoes
climaticas reinantes, as ilhas de calor podem ser beneficas ou prejudiciais aos moradores da
area urbana e usuaries de energia. As causas e efeitos dos climas urbanos e das ilhas de calor
sao diversos e sua intera<;:ao muito complexa.

Ainda com relagao as areas urbanas e rurais, Lombardo & Quevedo Neto (2001)
avaliaram as transformagoes da paisagem em tomo das areas metropolitanas e as
repercussoes dessas transformagoes sobre o clima urbano. A area escolhida para esse estudo
foi a Regiao Metropolitana de Sao Paulo. As mudangas no uso e ocupa<;:iio do solo no entomo
das cidades, a diminui<;:iio da vegeta<;:ao natural e da qualidade da cobertura vegetal, assim
como a proliferagao de atividades urbanas nessas areas, podem acarretar a expansao do
fenomeno ilha de calor para alem das areas urbanas efetivas. 0 aumento da extensao da
chamada ilha de calor diminuiria, segundo os autores, a capacidade do campo, em torno das
cidades, de amenizar as conseqOencias das atividades urbanas sobre o clima das cidades. Na
maioria dos casos, os trabalhos sobre ambientes urbanos sao restritos aos limites politicos-
administrativos ou a area urbana efetiva, "desconsiderando a area de transigao entre o rural e o
urbano que ultrapassa em muito os limites da area das regioes metropolitanas atualmente
estabelecidas". As paisagens da area de transi<;:iio urbano-rural sao consideradas mais criticas,
devido a intensidade e velocidade das transformagoes e a extensao dessas areas. De acordo
com Lombardo & Quevedo Neto (2001), "o clima urbano deve ser avaliado como um modelo da

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lnfluencia da Vegetaeio no Conforto Termico Urbano e no Ambiente Construido
3 CONFORTO TERMICO

interface cidade-campo e a atmosfera local". AIE§m disso, sob o aspecto do planejamento, os


estudos sobre a transformayao da paisagem no entorno das grandes cidades pode levar a
implementagao de pianos de uso e ocupagao do solo que preservem aquelas superficies, cujas
caracteristicas termodinamicas contribuam para a melhoria do ambiente das cidades.

Recentemente, urn projeto de pesquisa que envolve a Uniao Europeia tern rendido
varies artigos onde a preocupayao com o conforto ambiental em espagos externos e o ponto
principal. 0 nome desse projeto e RUROS ("Rediscovering the urban realm and open spaces"),
que em portugues pode ser traduzido como: Redescobrindo a Area Urbana e os Espagos
Abertos, e e uma parte do "Key Action 4"- "City of Tomorrow and Cultural Heritage" (Cidade do
Amanha e Patrim6nio Cultural) no programa "Energy, Environment and Sustainable
Development" (Energia, Ambiente e Desenvolvimento Sustentavel) dentro do quinto programa
de estruturayao da Uniao Europeia. 0 projeto esta sendo realizado em oito cidades europeias
(Atenas - Alimos; Cambridge; Copenhagen; Fribourg; Kassel; Milao; Sheffield e Thessaloniki) a
fim de produzir diretrizes e ferramentas de projeto comuns e validas para toda Europa. Em cada
cidade foram selecionados dois espagos externos onde estao sendo conduzidas pesquisas de
parametres ambientais alem daquelas com os usuaries dos locais. 0 levantamento dos
parametres ambientais inclui o monitoramento das partes terrnicas, visuais e acusticas do meio
atraves das medigoes de temperatura de globo, umidade relativa, temperaturas de bulbo seco e
umido, iluminayao, velocidade do are nivel de pressao sonora. Esses parametres sao medidos
seqOencialmente em cinco pontes fixos dos locais escolhidos tres vezes por dia (pela manha,
ao meio dia e a tarde) durante uma semana em cada estagao por ano. Paralelamente, os
usuaries desses espagos sao convidados a responder urn questionario, descrevendo sua
percepyao das condig5es termicas, visuais e acusticas do ambiente no memento das medigoes.
Adicionalmente, sao incluidas inforrnag5es no questionario sobre a idade, sexo, tipo de
vestimenta, atividade e outras informagoes pessoais, assim como a razao por estar ali, sua
ocupayao e origem (CHRISOMALLIDOU, TSIKALOUDAKI & THEODOSIOU; 2002).

Entre as cidades que fazem parte do projeto esta Thessaloniki, na Grecia. A escolha
dos dois ambientes externos a serem estudados foi baseada, segundo Chrisomallidou,
Tsikaloudaki & Theodosiou (2002), nas diferengas significativas entre as duas areas. A primeira,
a praga Makedonomahon esta localizada no centro da cidade e e cercada por edificagoes de
seis a oito pavimentos. Ao sui localiza-se uma das principais avenidas da cidade, que enche a
praga com ruido e poluiyao. A vegetayao, de acordo com os autores, consiste principalmente de

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3
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CONFORTO TERMICO

gramados, arvores altas e algumas plantas de pequeno porte. Sua utilizac;:ao resume-se a ponto
de encontro de refugiados economicos, mas tambem crianc;:as brincam no parquinho e muitas
pessoas atravessam a prac;:a. Em contraste, o segundo local escolhido, a prac;:a Kritis, esta
localizado numa area com menos ruido na parte leste da cidade. 0 local e basicamente
residencial e com pouco trafego. Alem disso, a maior parte da prac;:a e sombreada por arvores
de folhagem densa. Seus usuaries sao principalmente pessoas de meia-idade, assim como
crianc;:as em idade pre-escolar e seus acompanhantes, que utilizam o local durante o dia. Na
avaliac;:ao da percepc;:ao do conforto Chrisomallidou, Tsikaloudaki & Theodosiou (2002) afirmam
que nas duas prac;:as a maioria dos entrevistados que expressaram sensac;:iio de conforto
descreveram os niveis de temperatura como frios. Embora a temperatura atual no outono nao
tenha excedido os niveis sazonais costumeiros, a maioria das pessoas perceberam-na como
agradavelmente mais baixas. Portanto, pode-se assumir, segundo os autores, que a maioria
das pessoas apreciam sentir leve frio no outono, depois dos meses quentes do verao. Eles
ainda colocam que alem da variac;:ao sazonal dos parametres climaticos, o microclima e
tambem afetado pela forma dos espac;:os externos, pela vegetac;:ao e areas verdes em geral,
pela presenc;:a de espelhos d'agua e pelos materials utilizados. As condic;:Oes microclimaticas
estao tambem diretamente relacionadas a area do espac;:o que esta exposta ao vento, que e o
principal regulador da umidade e do calor sensivel.

Dessi' (2002) trata dos resultados da analise preliminar de uma prac;:a em Milao, na
ltillia, que tambem faz parte do RUROS. Foram realizadas simulac;:oes termicas e avaliac;:oes de
conforto em diferentes locais e horarios na prac;:a "IV Novembre·. Ao mesmo tempo, o
comportamento das pessoas foi observado e foram realizadas entrevistas sabre as sensac;:oes
termicas dessas pessoas. A avaliac;:ao, segundo o criteria de conforto de Fanger, dos locais
mais utilizados, foi comparada com a sensac;:ao termica descrita pelos usuaries nas entrevistas.
A autora descreve a prac;:a como importante area de circulac;:iio de pessoas, pois e adjacente a
duas importantes vias de trafego, possui estac;:iio de metro e pontes de onibus urbanos e
intermunicipais. No entorno da mesma estao edificac;:Oes de cinco a sete andares e sua
pavimentac;:iio e de concreto claro. Alem disso, duas fileiras de arvores e uma fonte com agua
fazem parte do seu desenho, assim como uma grande arvore (Celtis australis) na parte norte.
Como conclusao de seu estudo, Dessi' (2002) afirma que os resultados da simulac;:ao estao em
concordancia com o comportamento das pessoas e a utilizac;:ao do espac;:o. Dessa forma, as
ferramentas de simulac;:iio termica podem ser utilizadas, segundo a autora, para avaliar as
soluc;:oes dos projetos bioclimaticos que visam o aumento do nivel de conforto termico. A

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lnfluencia da Vegeta~o no Conforto Termico Urbano e no Ambiente Construido
3 CONFORTO TERMICO

observagao do comportamento e as demandas expressas pelas pessoas sao indicagoes de


projeto sabre a utilizagao dos espagos urbanos. Nesse caso, a simulagao pode indicar como
obter uma condigao aceitavel de conforto.

Na Alemanha, os pesquisadores Katzschner, Bosch & Rottgen (2002) propoem uma


nova definigao para clima urbano: "o "clima urbano ideal" e uma situagao atmosferica dentro do
UCL ("Urban Canopy Layer") com uma grande variagao no tempo e no espago para
desenvolver condi<;:Oes termicas nao homog€meas para o homem em uma distancia de 150m.
Deve ser livre de poluigao do ar e estresse termico por meio de sombreamento e ventilagao
(areas tropicais) ou protegao dos ventos (climas moderados e frios)". Colocam tambem que
nessa definigao e 6bvio que as diretrizes do planejamento devem ser Mis aos criterios do clima
urbano. Em sua pesquisa sao ainda apresentados os resultados da avaliagao de uma pra<;:a
(Bahnhofplatz) na cidade de Kassel, Alemanha, que se localiza na parte oeste do centro da
cidade. Segundo os autores, a praga e dividida em varias se<;:Oes com diferentes usos (por
estruturas verdes, muros, correntes), dessa forma a impressao global de um grande espago e
perdida. Como nos trabalhos anteriores, foram realizadas entrevistas com os usuaries do local e
avaliagoes de conforto termico segundo o VME. A porcentagem de pessoas sentindo-se
confortavel e bastante elevada como mostram as entrevistas. lsto se deve, de acordo com
Katzschner, Bosch & Rottgen (2002), ao fato que os usuaries de espagos externos buscam, na
medida do possivel, seus locais preferidos, assim como reagem as condigoes terrnicas
utilizando as roupas. Na conclusao final, e colocado que os resultados mostraram que a
sensagao e a percepgao das pessoas sao muito afetadas pelo conforto termico, mas nem
sempre tern uma forte relagao com o VME. As pessoas nos espagos externos procuram por
situag6es com determinadas caracteristicas termicas dependendo de suas necessidades como
descanso, passagem pelo local, espera pelo horario do trem etc. Em geral, as pessoas sao
muito boas na adaptagao as circunstancias terrnicas por meio de atividades e da vestimenta; as
exce<;:Oes, segundo os autores, sao os eventos sociais, como encontros nesses espagos, onde
a extensao do conforto termico requerido tende fortemente a valores positives, ou seja, a
preferencia e por locais mais quentes. Conforrne observado pelos pesquisadores, as pessoas
gostam de ter um certo grau de estresse fisiol6gico. A recomendagao, portanto, para o
planejamento de espagos externos e que a principal prioridade deve ser a criagao de estruturas
heterogeneas, que permitam diferentes usos ao Iongo do dia e das esta<;:Oes do ano.

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3 CONFORTO TERMICO

Outro ambiente externo, mas fora do projeto RUROS, foi estudado por Almeida (2002).
Seu objetivo foi avaliar como o planejamento urbana pode funcionar como ferramenta de
controle do microclima. A praga analisada fica no centro da cidade de Braganga, em Portugal.
Essa cidade localiza-se numa regiao montanhosa no nordeste do pais, sua altitude e de 680 m
e a latitude de 42° N. 0 clima local tern longos invernos e Ires meses com veroes quentes, com
a temperatura do ar chegando a 40 oc e valores de umidade relativa abaixo de 50%. 0 local
estudado (Court Plaza) tern 50 m x 75 m e seu maier eixo de fronte para o Norte. No seu
entorno existem ruas com trafego regular e edificagoes com 10 m de altura nos limites das
partes norte e sui, as areas leste e oeste sao abertas. Existem duas fileiras de grandes arvores
ao Iongo dos dois maiores lades da praga e urn local para sentar proximo a fonte na borda
oeste do espago, muito proximo da rua. De acordo com Almeida (2002), num primeiro olhar, o
local pede ser considerado atralivo para urn passeio ou para sentar nos bancos em urn dia de
verao. A praga, aparentemente, possui todos os ingredientes necessaries para superar o clima
quente e seco do verao: grandes arvores, a agua da fonte e uma consideravel porgao do solo
coberta com grama verde. Entretanto, foi observado pela autora que, apesar de proxima a uma
area comercial, as pessoas nao utilizavam o ambiente. Nem mesmo a fonte, que poderia ser
uma atragao natural em urn dia quente, e capaz de reter por mais de alguns minutes as
pessoas que se aproximam para tocar a agua. A explicagao, segundo Almeida (2002), e que as
sombras das enormes arvores ficam sobre o gramado, onde nao e permitido pisar; os bancos,
que sao fixos, estao localizados na superficie pavimentada da praga e na maier parte do dia
estao expostos ao sol; a fonte, tirando o fato de ser muito proxima ao trafego da rua, tambem
fica exposta ao sol e mesmo que alguem se disponha a usufruir dela para se refrescar, nao
existe bancos ou locais para sentar. Para a comprovagao das condigoes observadas, foram
realizadas medigoes de temperatura superficial, radiagao solar, temperatura do ar e umidade
relativa em tres veroes consecutivos. Essas medigoes mostraram que a media da temperatura
do ar no meio da praga (26,9 oc), a 1,5 m de altura, e aproximadamente 2 oc maier que a
media, na mesma altura acima do gramado (25,0 oc) a sombre das arvores. Ja para as
temperaturas superficiais, a area pavimentada atingiu 50 oc a 14:00 h e apresentou valores
medics de 40 oc entre 10:00 h e 18:00 h, enquanto a media da temperatura superficial da
grama, na sombra, nao ficou acima de 15 oc no mesmo periodo. Considerando que a radiagao
solar possui valor de 900 W/m 2 ao meio-dia e que a velocidade do ar e quase nula, Almeida
(2002) estimou que uma pessoa andando na area pavimentada, no meio do dia, quando a
temperatura do are 30 oc, tern a sensa gao da temperatura estar a 42 °C. A sugestao, proposta
pela autora, foi plantar duas fileiras de arvores deciduas com permeabilidade similar as arvores

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1nt1uenc1a aa vegeta~o no comono 1errmco umano e no AmD1ente constnuao
3 CONFORTO TERMICO

existentes no local, mas com altura maxima de 6 m, sem especificar entretanto a especie
selecionada. Dessa forma, uma grande parte da area pavimentada seria sombreada ao Iongo
do dia. Quanto aos bancos, esses deveriam ser reposicionados em varios locais diferentes de
fonma que o usuario pudesse escolher os diferentes graus de exposi<;ao ao sol a que se
submeter. 0 resultado dessas altera<;6es seria o sombreamento de 75% da praya, ao Iongo de
todo o dia, no periodo de verao e onde os pedestres nao sentiriam temperaturas superiores a
26 °C.

Todos esses trabalhos mostram a importancia de se conhecer os ambientes externos e


de se realizar um planejamento urbano realmente preocupado com as condi<;6es de conforto
dos usuarios, a fim de que a qualidade de vida nas cidades seja mantida ou restabelecida.
Cabe aqui lembrar que a grande maioria dos planejadores ambientais nao considera o conforto
ambiental em seus projetos, tornando-os falhos numa area de suma importancia para o bem-
estar e a melhoria da qualidade de vida da popula<;ao.

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4 INFLUENCIA DA VEGETA«;:AO NO AMBIENTE

4 INFLUENCIA DA VEGETACAO NO AMBIENTE

As arvores, em grupos ou ate mesmo isoladas, atenuam grande parte da radiac;:ao


incidente, impedindo que sua totalidade atinja as construc;:oes. Segundo Furtado (1994), "a
vegetac;:ao propicia resfriamento passive em uma edificac;:ao atraves de dais meios:

1) Atraves do sombreamento lanc;:ado pela vegetac;:ao, que reduz a conversao da


energia radiante em calor sensivel, consequentemente reduzindo as temperaturas de superficie
des objetos sombreados.

2) Atraves da evapotranspirac;:ao na superficie da folha, resfriando a folha e o ar


adjacente devido a troca de calor latente (Mcpherson, 1984)".

Dessa forma, ocorre uma diminuic;:i'io tanto das temperatures intemas quanto externas,
amenizando o clima da cidade.

Sattler (1992) afirma que a vegetac;:ao pode ser utilizada para a interceptac;:ao da
radiac;:ao direta e difusa, como tambem daquela refletida pelo solo ou edificac;:oes pr6ximas.
Porem, o desempenho de cada individuo arb6reo varia conforrne a densidade de sua folhagem
ao Iongo do ano (ciclo fenol6gico de cada especie); as condic;:oes de transpar€mcia do ceu e a
posic;:i'io relativa do Sol. Segundo ele, as alterac;:6es no regime de ventos, produzidas pelos
"agrupamentos de edificac;:6es altas, em particular", produzem condic;:Oes de desconforto tanto
nas vias de circulac;:ao urbana quanta nas areas pr6ximas as edificac;:6es e em seu interior.

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lnflu~ncia da Vegeta~o no Conforto Ttlrmico Urbano e no Ambiente Construido
4 INFLUENCIA DA VEGETAt;:AO NO AMBIENTE

"Embora a vegetat;:ao, tao-somente, nao possa controlar totalmente tais condigoes de


desconforto (e. no caso de pedestres, ate de seguranga), ela pode, eficientemente, abrandar a
sua intensidade".

Segundo Weingartner (1994), o controle da radiagao das trocas de calor, associado ao


aumento da umidade do ar, faz com que a variat;:ao da temperatura do ar seja menor, reduzindo
a amplitude termica sob a vegetagao. Esse efeito e, segundo o autor, maior durante o verao,
pois nessa estagao a densidade foliar e a evapotranspirat;:ao das plantas sao mais intensas. No
inverno, com a redugao da radiagao solar e da temperatura do ar, a alteragao na fenologia das
plantas, principalmente a perda das folhas nas especies deciduas, diminui a diferenga da
amplitude termica entre as areas intemas e externas a vegetat;:ao. De acordo com Weingartner
(1994), esse efeito se verifica tambem no interior das edificagoes. Ja o controle do vento
interfere nas perdas convectivas de calor das areas de protegao de barreiras vegetais. A
sotavento da barreira, com a menor incidencia de vento, a temperatura do ar se estratifica.
Segundo o autor, as maiores temperaturas ocorrem proximo a barreira durante o dia e a noite
situam-se proximo ao solo. Ainda segundo ele, esse efeito pode ser percebido a sotavento dos
parques urbanos, de modo que a alteragao da temperatura e proporcional a extensao das areas
verdes. A melhoria do clima urbano pode ser obtido com a implantagao de areas verdes de 1 ha
a 4 ha situadas em intervalos de 300m, o que corresponde a faixa percentual de 7% a 18% de
area verde no espago urbano.

Na analise do ambiente natural, de acordo com Peixoto, Labaki & Santos (1995), a
primeira consideragao a ser feita e sobre as caracteristicas peculiares as especies usadas na
arborizat;:ao de cidades. Segundo as autoras, em relat;:ao a aspectos da forma, supoe-se que
individuos com copas amplas, com alta densidade de folhas largas e espessas na copa,
perenifolios, e de arquitetura arborea aberta resultem em maior conforto terrnico. Peixoto,
Labaki & Santos (1995) tambem afirrnam que junto a essas caracteristicas de forma, deve-se
tambem considerar caracteristicas peculiares a cada elemento componente da arvore. Assim, a
forma, o tamanho e a espessura das folhas, ou a present;:a de pelos cuticulares e densidade do
mesofio interferem na quantidade e qualidade de luz transmitida. Da mesma maneira pode-se
dizer do caule (como diametro, cor, nugosidade e altura) ou dos elementos de reprodugao
(como cor, tamanho, forma e disposit;:ao de flores, fnutos e sementes). Em suma, os dados
morfo-anatomicos dos elementos que compoem os indivfduos arboreos tem que ser mais
amplamente estudados em relat;:ao ao seu papel termorregulador. Outro aspecto imprescindivel

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4 INFLUENCIA DA VEGETACAO NO AMBIENTE

para esse tipo de estudo, de acordo com as autoras, refere-se aos fen6menos de sazonalidade
e fenologia, que mudam a composic;:ao e estrutura da planta em determinados periodos do ano.
Nas cidades, porem, Peixoto, Labaki & Santos (1995) colocam que os individuos arboreos
costumam ocorrer em formas combinadas e, de acordo como os arranjos no meio urbano, o
resultado relativo ao conforto sera especifico. Uma das primeiras considerac;:6es a ser feita
refere-se ao tipo de composic;:ao, se puras (conjuntos de uma so especie) ou mistas (de duas ou
mais especies), se homog€meas (arvores de mesma idade) ou heterogemeas (arvores de idade
e crescimento diferenciado). Quanto ao ambiente construido urbano, para o planejamento do
conforto termico desse espac;:o importam, segundo as autoras, o clima; as relac;:6es de seus
elementos determinantes; os espac;:os construidos; a composic;:ao das superficies; disposic;:ao de
seus elementos e densidade de atividades/construc;:6es modificando o ambiente natural. Os
espac;:os urbanos apresentam ainda categorias diferentes quanto ao uso, com necessidades de
padr6es de conforto diversos em seus espac;:os de passagem, perman€mcia curta ou
prolongada; e essa relac;:8o entre o periodo e tempo de perman€mcia, usuario e atividade, e que
determina as estrategias para o conforto.

Bueno (1998) realizou um estudo sobre a atenuac;:ao da radiac;:ao solar incidente


proporcionada por diferentes especies arboreas. 0 trabalho propos uma metodologia para esse
estudo a partir de medic;:6es de radiac;:ao solar, temperaturas de globo e ambiente, e umidade
relativa. Para tanto, foram analisadas cinco especies: Hymenaea courbaril (Jatoba), Cassia
fistula (Chuva-de-ouro), Michelia champacca (Magnolia), Tabebuia impetiginosa (lpe Roxo) e
Caesalpinia peltophoroides (Sibipiruna). Os dados de radiac;:8o solar incidente foram obtidos por
meio de solarimetros de tubo, que medem a irradiimcia media (kW/m2 ) em situac;:6es onde a
distribuic;:ao da energia radiante nao e uniforme. A coleta desses dados foi feita com os
equipamentos dispostos simultaneamente ao sol e a sombra dos individuos analisados. Com os
dados obtidos, foram calculadas as porcentagens de atenuac;:ao da radiac;:8o solar para cada
arvore e as variac;:6es relativas das temperaturas de globo e ambiente. Bueno (1998) analisou
os resultados e observou que a Sibipiruna, o Jatoba e a Chuva-de-ouro apresentaram o melhor
desempenho, seguidos da Magnolia e do lpe Roxo respectivamente. Das arvores analisadas a
Sibipiruna foi a que proporcionou os maiores valores de atenuac;:ao da radiac;:8o: 88,5% em
media. Tomando-se por base esses resultados, a autora concluiu que a metodologia proposta e
perfeitamente adequada ao estudo em questao.

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4 INFLUENCIA DA VEGETACAO NO AMBIENTE

Em Bauru (SP), Fontes & Delbin (2001) analisaram e compararam os microclimas de


dois espagos publicos: um caracterizado por uma area verde e outre com pouca arborizagao, a
fim de se verificar a influencia da vegetagao na amenizagao climatica local. Foram realizadas
medigoes de temperatura e umidade durante seis dias, no periodo de verao, das 7:00 h as
18:00 h, utilizando-se o metodo de medidas m6veis. A analise dos dados revelou diferengas
climaticas significativas entre os dois espagos. A temperatura do ar, na area verde, apresentou-
se ate 3 ·c inferior ao outre local analisado. Os autores ainda afirmam que a utilizagao do
potencial da vegetagao, em espagos publicos, alem de contribuir para amenizar condigoes
climaticas, promove uma intensificagao dos seus uses, ou seja, locais arborizados atraem mais
as pessoas que aqueles sem vegetagao.

Um outre enfoque sobre a influencia da vegetagao no ambiente foi dado pelo trabalho
de Canton et al. (2001) que visou avaliar o uso potencial de energia solar em edificagoes
urbanas, quando constantemente restringida pela presenga de arvores ja desenvolvidas no
entorno dos edificios. Foram analisadas situagoes tipicas das relagoes entre arvores e
edificagoes na cidade de Mendoza (Argentina). Essas situagoes foram definidas pela
caracterizacao das configuragiies urbanas, resultado de diferentes combinagoes de morfologias
e dimensoes representativas de predios e arvores da cidade. Como conclusao, os autores
afirmam que a permeabilidade solar das copas das arvores, em ambientes urbanos, nao
depende somente da morfologia propria das especies: forma, dimens6es, saude etc; mas e
tambem fortemente condicionada pela localizagao urbana da arvore, particularmente com
relagao a edificagoes ou outras arvores. Situag6es de fileira ao Iongo das calgadas geralmente
causam sobreposigao das copas, em paralelo ou atravessando a diregao das ruas. Tambem
deve-se considerar que a poda das arvores urbanas altera o desenvolvimento das copas,
reduzindo a densidade da folhagem nas arvores adultas e aumentando nos individuos jovens.
Quante ao potencial solar de meios urbanos densamente arborizados, os autores concluem que
o acesso solar em meios urbanos de baixa densidade e diretamente condicionado pela
presenga de arvores, devido ao fate da maier altura de uma edificagao ser dois andares. No
case de densidades de edificagoes altas, as copas das arvores modificam as condigiies de
insolagao da "base· (tres andares inferiores) e de dois niveis acima desses andares,
particularmente quando arvores adultas "London Plane• estao presentes. Contudo, Canton et al.
(2001) enfatizam que os beneficios significativos da arborizagao urbana durante as estagoes
quentes: redugao da intensidade do efeito da ilha de calor urbana, diminuigao das cargas de

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4 INFLUENCIA DA VEGETACAO NO AMBIENTE

refrigera((8o das edificacoes e a qualidade ambiental do espaco urbano, nao devem ser
esquecidos ou negligenciados.

Ja o objetivo principal de Dimoudi & Nikolopoulou (2000) foi desenvolver, em seu


trabalho, parametres simplificados que descrevessem o microclima e o desempenho ambiental
de diferentes texturas urbanas. 0 efeito da vegetacao no microclima e de grande interesse para
os autores. Os principais pontos enfocados foram os efeitos termicos proporcionados pela
vegetacao, assim como seus efeitos no acesso da radiacao solar e da luz do dia. Esses fatores
afetam o microclima de espacos abertos existentes, assim como o uso da energia nas
edificacoes vizinhas para aquecimento, resfriamento e iluminacao, por meio do sombreamento,
evapotranspiracao etc. Com as analises realizadas, os autores conclufram que a vegetacao
alem de melhorar o clima urbano, reduz os efeitos da ilha de calor, por meio da reducao da
temperatura do ar. Esse efeito e notado nao somente dentro dos limites das areas verdes, mas
estendido para alem dos parques, particularmente afetando o lado de sotavento. Portanto, o
aumento da vegetacao no contexte urbano pode ser uma forma efetiva de atenuar as condicoes
termicas do meio.

Outros dois trabalhos, desenvolvidos por Cantuaria (2000 a, b), demonstram a


importancia da vegeta((8o nos ambientes. No primeiro (Cantuaria, 2000 a), foi realizado um
estudo comparative do desempenho termico da vegeta((8o em relacao as superficies extemas
de duas edificac6es no perfodo de verao. Para esse estudo, desenvolvido na cidade de Londres
(lnglaterra), foram escolhidas duas edificac6es, geometricamente id€mticas e opostas,
localizadas em uma via de eixo norte-sui, sendo que ambas estavam cobertas com vegetacao
("Virginia creeper''), mas uma na face leste e outra na oeste. A vegeta((8o na face oeste deixava
parte da superffcie da parede extema exposta a radiacao solar. As medicoes, realizadas em
tres dias, foram feitas com o dia quente e ceu claro, com o dia com temperaturas amenas e ceu
claro e com o dia nublado. Os sensores de temperatura e umidade foram instalados abaixo da
cobertura vegetal, pr6ximos a fachada oeste com vegetacao; na mesma fachada (oeste), sem a
cobertura vegetal e na fachada leste. No primeiro dia de medicao, foram registrados picos de
temperatura de 41 oc na parte descoberta da fachada oeste, enquanto a porcao coberta
alcancou 34 oc, tambem foi observado 9% a mais de umidade relativa entre a parte coberta e a
exposta a radiacao solar, devido principalmente a evapotranspiracao. No segundo dia, na
fachada desprotegida, foi registrada uma temperatura de 42 oc, enquanto na area com
vegeta((8o dessa mesma fachada foi obtido 25 oc. Os valores encontrados nesse primeiro

-30-
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4 INFLUENCIA DA VEGETACAO NO AMBIENTE

estudo, segundo Cantuaria (2000 a), demonstram a importante contribuicao da vegetagao em


proteger as superficies extemas do ganho solar. Na segunda pesquisa, Cantuaria (2000 b)
analisa as diferengas de temperatura e umidade da copa de uma Mangueira, na cidade de
Brasilia (Brasil), durante as horas mais desconfortaveis do dia numa estayao seca. As medigoes
foram realizadas vertical e horizontalmente em relayao ao !ronco da arvore, a fim de se avaliar o
raio de influencia da arvore nesses dois eixos, nas disti:mcias de 1,5 m, 3,0 m e 5,0 m na
vertical e 0,0 m, 3,0 m e 5,0m na horizontal. Aos 5,0 m de altura (meio da copa da Mangueira)
foram obtidos os menores valores de temperatura, com picos em torno de 30 oc. Aos 3,0 m, os
picos estiveram em torno de 31 ,5 °C, e a 1,5 m em torno de 32,5 oc. Ja em relagao as
medigoes no plano horizontal, sempre realizadas a uma altura de 1,5 m, o autor coloca que
obteve os seguintes resultados: 31 oc junto ao tronco do indivfduo arb6reo analisado (0,0 m),
33 oc a 3,0 m de distancia e 33 oc a 5,0 m. As (micas excegoes foram picos de 34 oc, as 15:00
h, na distancia de 5,0 m. Os sensores expostos ao sol registraram as maiores temperaturas,
com picos de 35 oc. Os dados observados, nesse segundo estudo, indicam que a sombra da
copa da arvore tern urn grande potencial como modificadora do microclima, agindo como urn
condicionador de ar natural; e quanto mais proximo se esta da arvore, mais perceptive! e a
diferen<;:a do microclima em relagao ao campo aberto (CANTUARIA, 2000 b).

A avaliagao termica do sombreamento de algumas especies arb6reas tambem foi o


objetivo da pesquisa realizada por Silva et al. (2001). Na cidade de Pirassununga- SP, mais
precisamente no campus da USP (Universidade de Sao Paulo), os autores avaliaram o
desempenho de cinco especies arb6reas quanto a redugao da carga termica radiante. As
especies estudadas foram: Pera glabrata (Sapateiro), Platycyamus regnellii (Pau Pereira),
Copaifera langsdorffii (Copaiba), Enterolobium contortisi/iquum (Orelha-de-preto) e
Anadenanthera macrocarpa (Angico). Foram registrados dados de temperatura de bulbo seco e
(Imido, temperaturas de maxima e minima, velocidade do vente, temperatura de globe e
iluminagao durante trinta dias no inverno, de 22 de julho a 30 de agosto de 2000, nos horarios
de 8:00 h, 10:00 h, 12:00 h, 14:00 h, 16:00 he 18:00 h. As medigoes, segundo Silva et al.
(2001), foram realizadas no inverno de modo a avaliar se, na latitude do local (21° 57' 02" S) e
devido a redugao das temperaturas que ocorre sob a copa das arvores, a sombra pode nao
oferecer condi<;:oes de conforto. Por isso, o estudo envolveu especies deciduas (Pau Pereira,
Orelha-de-preto e Angico) e perenes (Sapateiro e Copaiba) de forma a contemplar os dois tipos
mais extremes de comportamento fenol6gico. Os resultados indicaram que o Sapateiro
apresenta maior redu<;:ao da carga termica radiante (19,9%), seguido do Pau Pereira com

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4 INFLUENCIA DA VEGETACAO NO AMBIENTE

14,5%, da Copaiba com 14,4%, da Orelha-de-preto com 13,4%; em ultimo ficou o Angico
(10,0%). Como o intuito do experimento, proposto por Silva et al. (2001), era definir qual
especie proporcionava menor redugao da carga termica radiante no inverno, foi recomendada,
por eles, a arvore Angico para cidades proximas da latitude estudada.

Mascaro & Mascaro (2002) afirmam que na decisao final sobre as especies a serem
adotadas na arborizagao publica, todas as variaveis de projeto devem ser consideradas e
hierarquizadas de acordo com cada caso. Os autores ainda fornecem algumas recomendagoes
sobre o sombreamento urbana como: limitar a incidencia dos raios solares em, pelo menos dois
tergos da area de circulagao de pedestres, pragas e estacionamentos no periodo quente; limitar
a incidencia da radiagao solar no periodo quente em, pelo menos, dois tergos des locais de
recreagao infantil; garantir a insolagao dos locais de recreio infantil, por pelo menos quatro
horas, durante o periodo frio; garantir a insolagao das fachadas norte, leste e oeste pelo menos
durante duas horas no inverno (segundo Mascaro & Mascaro (2002), as normas internacionais
recomendam de tres a quatro horas) nas ultimas horas da manha e primeiras horas da tarde,
que correspondem a maxima intensidade de radiagao solar, em, no minimo, metade dos
compartimentos considerados principals pelos codigos de obras. De acordo com os
pesquisadores, as formas de usc da vegetagao devem variar com o tipo de clima local; o recinto
urbane onde serao plantadas; o seu tipo, porte e idade; a manutengao necessaria para cada
especie; as formas de associagao dos vegetais e tambem com relagao as edificagoes proximas
e ao espa((O urbane onde serao inseridas.

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1nT1uenc1a aa vegetac;ao no \,-QIDOrto 1enmt;o urucmo e nu Nnulttrne vum:iu-u1uu

5 AMBIENTE CONSTRUiDO

5 AMBIENTE CONSTRUfDO

0 conforto termico no ambiente construido tem sido muito estudado devido a


necessidade de se estabelecer condi96es adequadas do conforto tanto para os ambientes de
trabalho como para os de descanso ou lazer. 0 homem tem observado que locais confortaveis
nao sao um luxo desnecessario, mas sim uma necessidade para a manuten9ao da saude fisica
e mental.

Segundo Brager & Dear (1998), uma importante premissa dos modelos adaptados e
que a pessoa nao e somente um receptor passive de dado ambiente termico, mas ao inves
disso e um agente ativo interagindo com o sistema ambiente-pessoa. A adapta9ao termica pode
ser atribuida a tres diferentes processes: ajuste de conduta, aclimata9iflo fisiol6gica e
habitua9iflo ou expectativa psicol6gica. Tanto os climas de camaras como as comprova96es de
campo indicam que os processes de aclimata9iflo mais lentos nao sao tao relevantes na
adapta9iflo termica, sob condi96es relativamente moderadas como as encontradas em
edifica96es, ao passe que o ajuste de conduta e a expectativa tem uma influencia muito maier.
Um outre ponte importante levantado por eles, na revisao das comprova96es de campo, foi a
distin9iflo entre as respostas de conforto termico em edifica96es com ventila9iflo natural versus
edifica96es com condicionamento termico artificial (ar-condicionado). A analise sugere que a
adapta9iflo da conduta, incorporada nos modelos convencionais de balan90 termico, pode
explicar somente parcialmente essas diferen9as e que o conforto foi significantemente
influenciado pela expectativa das pessoas em rela9ao ao ambiente termico. Os ocupantes das
edifica96es naturalmente ventiladas tem expectativas mais flexiveis e sao mais tolerantes com

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5 AMBIENTE CONSTRUiDO

as oscilagoes de temperatura, assim como preferem temperaturas que sigam as tend€mcias


climaticas do ambients externo. Em contrasts, usuaries de edificagoes com condicionamento de
ar tern expectativas muito mais rigidas com relagao a urn ambients termico frio e uniforms, alem
de serem mais sensiveis as condigoes que desviam desses pontes. De acordo com Brager &
Dear (1998), essas diferengas contextuais sao provavelmente resultado de uma combinagao de
hist6ria termica passada das edificagoes e diferenyas em niveis de controls perceptive.

Potvin (2000) apresenta uma metodologia para a avaliagao do microclima de espagos


urbanos de transigao, como patios, quintais, vias, galerias, arcadas e atrios. Essa metodologia
utiliza sensores portateis que sao presos junto as pessoas que percorrem os locais a serem
amostrados, como se fosse urn metodo de medidas m6veis simplificado. Os resultados obtidos
em seu estudo mostraram que esses sensores apresentam uma boa resposta as variagoes
ambientais, sendo portanto adequados ao experimento. Nas avaliagoes finais, o autor concluiu
que, dos tres elementos urbanos pesquisados, a arcada e a que tern melhor desempenho em
relagao a diferenya de temperaturas entre os ambientes externos e internes. A arcada, devido a
sua configurayao espacial e seu grau de abertura para o ambients, favorece uma adaptayao
ambiental subliminar que livra o pedestre de abruptas mudangas ambientais que poderiam levar
ao desconforto. A arcada portanto estimula a diversidade ambiental de modo que nao impede o
conforto do usuario. Entretanto, o autor reforga que a configurayao espacial, a orientayao e o
balango entre as superficies opacas e transparentes sao variaveis que determinam o
comportamento termico da arcada.

Entre os estudos sobre ambientes internes, pode-se destacar o trabalho realizado por
Vergara & Lamberts (2001), onde foram estabelecidas as condigoes de conforto termico,
atraves da aplicagao do VME, de trabalhadores da Unidade de Terapia lntensiva do Hospital
Universitario de Florian6polis. Os resultados desse estudo demonstraram que existem
variagoes entre as taxas metab61icas para o mesmo tipo de atividade, o que sugere que essas
taxas nao dependem somente da atividade desenvolvida por cada individuo em urn
determinado ambients, mas tambem de possiveis influencias de caracteristicas individuals
sobre as sensagoes termicas de conforto das pessoas.

Ambientes de lazer e descontrayao tambem sao alvos de estudos sobre conforto,


como mostra o trabalho de Fernandes Junior et al. (2001). Nesse caso, foram realizadas varias
analises de conforto termico e iluminayao natural numa choperia de Belo Horizonte (MG)

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lntluencta aa vegetac;ao no \..omon:o 1errmco urucmu e nu 1-Uitu•~~:r•t.t:' vu••~'-•u•uv

5 AMBIENTE CONSTRUiDO

localizada na zona sui da cidade, no tope de uma celina no cruzamento de quatro vias, onde a
leste predominam edificac;:oes baixas (com ate tres pavimentos) e a oeste edificac;:oes mais altas
(com ate treze pavimentos). 0 estudo, segundo os autores, constituiu-se do levantamento de
dados referentes a insolagao, ventilac;:ao e iluminac;:ao e da simulac;:ao de seus efeitos na
edificac;:ao, atraves da utilizac;:ao de maquetes. Em sua conclusao, Fernandes Junior et al.
(2001) afirmam que a inexistencia de obstruc;:oes possibilita que a edificac;:ao receba insolac;:ao e
ventos durante todo o ano. Eles colocam ainda que, se por urn lade essas condic;:oes poderiam
ser prejudiciais, por outre, quando aliadas e possivel se obter urn born resultado; principalmente
no verao, quando a grande quantidade de calor adquirido durante o dia tern sua dissipac;:ao
auxiliada pela grande quantidade de vente recebida. Ja no inverno, nao ocorre o mesmo, pois a
quantidade de calor retido na construc;:ao e bern menor que no verao, e o excesso de vente frio
causa, algumas vezes, uma sensac;:ao desagradavel aos usuaries. Foram verificadas tambem
areas atingidas por radiac;:ao direta em determinada epoca e horario do ano, mas esse fate, de
acordo com Fernandes Junior et al. (2001), nao e grave pelo fate do local analisado ser urn
espac;:o de uso predominantemente noturno. Quante a iluminac;:ao, a inadequada utilizac;:ao de
cores escuras nessa choperia, fez com que houvesse a necessidade do uso de iluminac;:ao
artificial mesmo durante o dia.

Ja na cidade de Curitiba (PR), foi analisada a Vila Tecnol6gica, que consiste de 100
moradias habitadas e 20 casas em exposic;:ao para o publico. 0 diferencial, nessa vila, e que as
residencias foram construidas com diferentes materiais e sistemas construtivos. Dezoito
sistemas construtivos foram avaliados, sob a condic;:ao do desempenho termico. Kruger &
Dumke (2001 a) realizaram medic;:6es com "data-loggers" do tipo HOBO no inverno e no verao,
em intervalos de quinze minutes, com as moradias ocupadas por seus habitantes. Os dados
coletados foram entao plotados no diagrama bioclimatico, obtendo-se os graus de conforto. Na
analise final da pesquisa, os autores concluiram que, para a condigao de verao, as
caracteristicas termofisicas da envolt6ria sao fatores determinantes no desempenho termico
das moradias; ja para a condigao de inverno outros fatores, tais como area de ventilagao, ganho
solar atraves das aberturas, material e orientagao das esquadrias, bern como os padr6es de
uso das residencias: ocupagao, operac;:ao de portas e janelas etc, tambem tern sua importancia.

Dessa forma, pode-se notar a variedade de ambientes enfocados pelo estudo do


conforto termico nas ediftcac;:oes.

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6 AMBIENTE ESCOLAR

6 AMBIENTE ESCOLAR

Existem muitos trabalhos relacionados ao conforto termico no ambiente construido,


mas aqueles ligados diretamente ao ambiente escolar nao eram muito enfocados. Porem, nos
ultimos anos, varies trabalhos importantes foram desenvolvidos.

Pesquisas nacionais que avaliam o conforto termico de edificag6es escolares mostram


em seus resultados urn quadro muito parecido, independentemente da regiao e tipologia
construtiva pesquisada. A maioria das escolas e considerada quente no verao e com ventilagao
inadequada. Esse resultado esta intimamente relacionado com a orientagao das aberturas em
salas de aulas e a inadequagao dos elementos de protegao solar, gerando assim insolagao
excessiva. Cabe lembrar aqui, que mesmo com orientag6es inadequadas da edificagao no
terrene, dispositivos de controle solar podem ser introduzidos adequadamente, a fim de se
evitar a incidemcia de insolagao sabre os usuaries das salas de aula, melhorando
expressivamente seu conforto termico (KOWALTOWSKI et al., 2001).

Entre os estudos que visam o bem-estar dos usuaries no ambiente escolar, pode-se
citar o trabalho de Kowaltowski (1980) sobre a humanizagao da arquitetura de edificag6es
escolares. Urn dos pontes abordados e a presenga da natureza nas escolas. A autora afirma
que a natureza nao apenas proporciona o conforto necessaria ao meio ambiente, suprindo as
necessidades de seguranga, territorialidade e orientagao espacial, mas tambem afeta os
sentimentos das pessoas devido a sua variabilidade e cores, atuando dessa maneira como urn
elemento de humanizagao da arquitetura.

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1nnuenc1a aa vegelal!rCIO no vonron:o u:nnn;;u UTUCIIIU t: 110 JoUIIUit:IIU: "-'UII::IiUUIUU

6 AMBIENTE ESCOLAR

Segundo Stine (1997), as areas extemas das escolas sao frequentemente


negligenciadas ou vistas apenas como locais para pausas entre as li<;:oes aprendidas dentro das
salas de aula. A autora coloca que as areas externas deveriam ser parte da experiemcia
educacional. A proposta de seu livro foi contribuir para que projetistas e professores pensassem
sobre a qualidade dos ambientes externos das escolas como locais de aprendizagem. E no
exterior da sala de aula que as atividades mais espontaneas se realizam. Repensar os espagos
externos significa considerar seu potencial para ricas sensagoes, equiparnentos flexiveis e
inumeras possibilidades de exploragao. Os professores sao pressionados a observar os
resultados, os produtos, o que foi aprendido, completado. Os projetistas sao questionados a
criar coisas, gerar formas de edificios, produtos. Ambos profissionais, segundo a autora,
valorizam os processes de criayao e ensino, no entanto, os objetivos sao sempre os resultados.
Para as criangas e o processo de aprendizagem que e maravilhoso, magico e com infinitas
possibilidades, e poderia ser incrementado aproveitando-se as areas extemas das escolas.

Assim, a preocupayao com a humanizagao dos espagos escolares deve ser um fato
tanto para os projetistas das escolas como para os professores que vao orientar as crian<;:as na
utilizayao desses espagos.

Quante ao conforto termico em escolas, Kwok (1998) realizou um estudo que examina
o criterio de conforto da "ANSI/ASHRAE Standard 55-1992" enfocando sua aplicabilidade em
salas de aula tropicais. Um estudo de campo foi realizado no Hawaii usando uma variedade de
metodos de coleta de dados: questionarios de pesquisa, medi<;:oes fisicas, entrevistas e
observa<;:oes comportamentais. Um total de 3544 estudantes preencheu os questionarios em 29
salas de aula naturalmente ventiladas e com condicionamento termico artificial, em seis escolas
durante duas esta<;:oes. Segundo o autor, a maioria das salas de aula (75%) nao se enquadrava
nas especifica<;:6es fisicas da zona de conforto do "Standard 55", mas pessoas em escolas
ventiladas naturalmente estavam confortaveis mesmo em condi<;:oes fora dessa zona. A
neutralidade termica ocorreu a 26,8 oc nos edificios naturalmente ventilados e a 27,4 oc
naqueles com condicionamento de ar. Porem, as temperaturas preferidas foram 2,5 oc mais
frias que a de neutralidade nas salas com ventilayao natural e 4 oc nas salas com
condicionamento de ar. Essa analise, conforme Kwok (1998), sugere que, para estudos
tropicais, a sensa<;:ao de neutralidade termica nao esta relacionada com a ideal para os usuaries
ou com o estado termico preferido. A adapta<;:ao das roupas, um dos poucos mecanismos

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6 AMBIENTE ESCOLAR

passfveis de adaptayao observados junto aos ocupantes, ocorreu em ambas estac;;6es, mas
mais intensivamente ao Iongo do dia. Observou-se, por exemplo, estudantes vestindo
agasalhos em classes com condicionamento de ar e depois retirando-as quando iam para
ambientes externos. 0 desconforto com o excesso de movimentac;;ao do ar nao foi um problema
nessas salas de aula. Porem, a maioria dos usuaries que estavam nas salas com ventilayao
natural expressou o desejo de que houvesse uma maior movimentac;;ao do ar.

Um trabalho de grande importancia para a cidade de Campinas (SP), foi a avaliac;;ao de


conforto ambiental (funcional, termico, acustico e visual) de edificac;;Oes escolares estaduais
realizado por Kowaltowski et al. (2001). Atraves de uma pesquisa de campo, com aplicac;;ao de
questionarios aos usuaries, medic;;6es e observac;;6es, foram investigadas as condic;;6es de
conforto de varios predios escolares existentes na cidade. 0 objetivo especifico dessa
investigayao foi a gerayao de conhecimento dos elementos que interferem no conforto e a
elaborayao de intervenc;;6es simples que podem contribuir para a melhoria do desempenho do
ensino publico e, consequentemente, do aproveitamento escolar. 0 estudo das condic;;6es de
conforto ambiental nas escolas levantou, alem de problemas constatados em medic;;6es e
observac;;6es, a interferencia entre os varios aspectos de conforto e a determinac;;ao daqueles
que devem ser priorizados. Esses aspectos foram avaliados em relayao aos nfveis de
satisfayao dos usuaries com o seu ambiente de estudo e trabalho. Entre as observac;;6es finals
pode-se destacar que o conforto termico foi afetado principalmente pela falta de ventilac;;ao no
verao, pois devido ao ofuscamento, detectado nas lousas de muitas das salas de aula
analisadas, as cortinas desses locais permaneciam fechadas. A orientayao da maioria dos
ediffcios escolares direciona as aberturas das salas de aula para o leste. Esta orientac;;ao
associada ao horario escolar, segundo os autores, faz com que os ambientes e seus usuaries
recebam radiac;;ao direta em grande parte da manha, o que aquece o ambiente e cria
desconforto direto nos ocupantes das salas. Dessa forma, as condic;;6es gerais das escolas
foram consideradas minimamente adequadas. Contudo, a pesquisa de campo demonstrou que
a satisfayao dos usuaries, relativa aos aspectos de conforto, e bastante neutra, ja que, de
acordo com Kowaltowski et al. (2001), "a percepyao do ambiente fisico esta fortemente
influenciada pelos interesses pessoais, sociais, profissionais e pr6ximos aos alunos,
professores e funcionarios de uma escola".

Kruger et al. (2001 b) tambem realizaram uma avaliayao sobre salas de aula, mas com
o objetivo de estudar o tipo de material empregado nas paredes e cobertura e sua influencia no

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mnuenc1a aa vegetat;ao no t,..omorto 1errmco uroano e nQ AITJUitmt.e \,01~u-u1uu

6 AMBIENTE ESCOLAR

grau de temperatura e umidade internas. As medic;:oes foram realizadas no Centro Federal de


Educac;:ao Tecnol6gica do Parana, em Curitiba e em Ponta-Grossa (PR) simultaneamente.
Foram feitas medic;:oes de temperatura com "data-loggers" (HOBO) e posteriormente a analise
dos dados obtidos na carta bioclimatica de Givoni (1976), fornecendo uma avaliac;:ao das salas
em questao. Com os dados coletados, os autores observaram que, principalmente no invemo, o
efeito da transmitancia das paredes no desempenho termico das salas foi acentuado para os
dais casas analisados, o que faz super que a orientac;:ao solar seja mais relevante, ou, no
minimo, que am bas estrategias devam ser consideradas. Entretanto, para a cidade de Curitiba,
a estrategia de usc de inercia termica, para as situac;:oes medidas nao foi de grande valia.

Na cidade de Bauru - SP, foi realizado urn estudo de caracterizac;:ao termica das salas
de aula do campus da UNESP (Universidade Estadual Paulista). Foram realizadas medic;:oes e
analises de temperatura e umidade em quatro des principais predios de salas de aula do
campus, ventilados naturalmente. Para analise foi empregado o metodo de graus-hora de
desconforto termico, cujos valores foram posteriormente convertidos em energia necessaria
para restabelecer a situac;:ao de conforto termico. Os resultados mostraram, segundo Faria &
Kaneko (2001 ), a ocorrencia de desconforto termico durante todo o periodo vespertine de aulas;
em todas as salas. 0 quadro de demanda reprimida de energia de climatizac;:ao gerado nessa
situac;:ao e da ordem de 50 kWh/dia per sala. Lanc;:ando-se os dados das medic;:oes em carta
bioclimatica, os autores verificaram que e possivel melhorar as condic;:oes internas des
ambientes aumentando a velocidade do ar no interior. Em outros cases, sao necessaries
tambem, de acordo com os autores, elementos de sombreamento nas janelas expostas a
radiac;:ao solar direta.

Em Brasilia- DF, Romero et al. (2001) analisaram seis salas de aula do campus da
UnB (Universidade de Brasilia) quanto ao desempenho higrotermico, a fim de investigar que
aspectos comprometem a qualidade ambiental das salas. Para isso, alem de simulac;:oes nos
programas "Arquitrop" e "Luz do Sol", foi feita a caracterizac;:ao climatol6gica da cidade de
Brasilia utilizando dados das Normais Climatol6gicas (periodo 1961 - 1990). As simulac;:oes
para as salas estudadas foram feitas nos dias 27 de maio e 15 de outubro, considerados pelos
autores como dias tipicos de inverno e de verao respectivamente. Foram ainda consideradas as
portas fechadas e as janelas em abertura maxima a partir das 8:00 h ate 18:00 h, com
ocupac;:iio apenas diurna de 30 adultos per sala. Para todas as salas estudadas, os autores
obtiveram resultados semelhantes: apesar das condic;:oes climaticas favoraveis de Brasilia, as

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6 AMBIENTE ESCOLAR

salas apresentaram ambiente desconfortavel, sob varios aspectos e na maior parte do tempo,
devido as definig6es dos projetos arquitetonicos.

Ja o comportamento dos individuos no ambiente escolar foi estudado por Bernardi &
Kowaltowski (2001). Nesse estudo, foram detectadas as reag6es e participag6es dos usuaries
em relagao ao conforto termico, luminoso, acustico e funcional. A metodologia adotada utilizou
medig6es de parametres de conforto ambiental, observagao em campo com o mapeamento das
interferencias dos usuaries e aplicagao de questionarios. Observou-se que a interferencia do
usuario no ambiente ocorre, geralmente, ap6s uma situagao de estimulo. Um outro fator
detectado foi a real necessidade de conscientizagao do usuario sobre seu potencial no controle
das condig6es ambientais.

A Fundagao para o Desenvolvimento da Educagao (FOE), que desenvolve diretrizes


para projetos que visam proporcionar ambientes favoraveis as atividades de ensino-
aprendizagem dos alunos das escolas publicas paulistas, elaborou algumas especificag6es
para edifica¢es escolares de primeiro grau enfocando a vegetagao e o paisagismo. Essas
propostas, segundo Zacharias Filho et al. (1996), dao um tratamento paisagistico para as areas
externas das escolas, valorizam as caracteristicas da vegetagao em harmonia com o predio
escolar, proporcionam locais que estimulam e favorecem a recreagao, as atividades s6cio-
educativas ao ar livre, o respeito a natureza, a formagao de criangas e jovens preocupados
tambem com a preservagao e a valorizagao do meio ambiente.

0 tratamento paisagistico das areas externas das escolas de primeiro grau tern por
objetivo principal a melhoria de sua qualidade visual e ambiental. De acordo com a FOE
(Zacharias Filho et al., 1996), a composigao da vegetagao adotada em cada projeto deve
valorizar e potencializar o uso das areas externas para atividades pedag6gicas e recreativas,
alem de contribuir para a aclimatagao dos espagos internes e externos das escolas. 0
tratamento das areas extemas deve incluir o desenho dos espagos abertos, dos acessos e
fechamentos de divisas. Dessa maneira, areas e espagos especificos devem receber pisos,
bancos e outros componentes que somados a vegetayao possibilitem a ambientagao dos
espagos.

Quanto a influencia da vegetayao no conforto termico, Zacharias Filho et al. (1996)


colocam que a vegetagao pode servir de protegao contra a insolayao e os ventos dominantes.

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IOTIUeOCICI fJC! YegetaljfCIIU JIU VUIIIUf"I.U ltHIIII\iU UIUCUIU 1::: IIV ~UUII:::IIU:: VVI~liUIUV

6 AMBIENTE ESCOLAR

Os projetistas devem explorar as peculiaridades de cada especie como, por exemplo, barreiras
vegetais servindo de prote9ao a fachada oeste; especies deciduas, com perda de folhagem no
inverno, perrnitindo a insola9ao, e sombreando no verao; ou ainda copas mais altas, perrnitindo
visibilidade e espa9os abertos junto ao piso, mas protegendo andares superiores contra a
insola9ao.

Juntamente com as especifica96es de projeto e fornecida, pela FDE, uma rela9ao


basica de especies arb6reas, indicadas para a arboriza9ao das escolas, que foi elaborada
observando-se os seguintes criterios basicos:

• especies cujas caracteristicas botanicas sejam apropriadas as situa96es e


exigencias tipicas das escolas de primeiro grau da rede estadual de ensino, como por exemplo,
crescimento rapido;
• especies que, nativas ou ex6ticas, sejam adequadas as condi96es climaticas
e geol6gicas do Estado de Sao Paulo;
• especies que estejam disponiveis nos principais viveiros e fornecedores de
mudas, ou seja, de facil produ9§o e aquisi9ao;
• potencial ornamental associado a rusticidade e simplicidade na sua
manuten9ao;
• carater simb61ico e pedag6gico de algumas especies nativas (Pau-brasil, por
exemplo).

Deve-se lembrar que, tratando-se de urn ambiente escolar onde a maioria dos usuarios
e crian9a, o paisagista responsavel pelo projeto dos patios e jardins tern que se preocupar, alem
de todos os aspectos ja citados, com os possiveis problemas que determinadas especies
arb6reas podem trazer como por exemplo:

• partes (caule, folhas, frutos) t6xicas;


• queda de frutos;
• excessiva queda de folhas;
• flores e frutos que atraiam muitos insetos ou outros animais;
• propensao a doen93s.

-41-
••• , ....,_,, ..,.,. .,.., '"~::t""'-'!fO"" oov -VIUVIII.V ICIIIU'-V VIUCUIV t:i' IIU 1'\JJIUielU:tl' VOOStruUJO

7 ESCALAS DE ABORDAGEM

7 ESCALAS DE ABORDAGEM

A respeito da escala de abordagem da pesquisa, foi adotada neste trabalho, a


tenninologia "microclima" para definir o clima no entorno dos indivfduos arb6reos estudados,
assim como no entorno da escola a ser analisada.

0 Quadro 01 ("Categorias Taxonomicas da Organiza9ao Geografica do Clima",


Monteiro (1976)) mostra que essa tenninologia e a mais adequada nesse caso, pois e a que
melhor abrange as areas de estudo ("Espa90s urbanos: Grande edifica9i:io; habita9ao; setor da
habita9i:io").

Segundo Cuadrat & Pita (1997), observando-se o planeta como urn todo constata-se
que a configura9i:io climatica tern uma clara componente zonal, onde se distribuem extensos
aneis rodeando a Terra. Esses aneis estao relacionados com a latitude e dominados pelos
grandes fluxos da circula9ao geral da atmosfera. Porem, os fatores geograficos como a altitude,
a distribui9ao de terras e dos mares, topografia, correntes marinhas etc., intervem sobre essa
configura9ao, introduzindo modifica96es azonais e dividindo esses grandes dominies em
unidades menores que requerem, para o seu conhecimento, varias escalas de observa9ao e
analise. Por outro lado, o sistema climatico e urn sistema em equilibria dinamico e portanto
submetido a flutua96es de dura9i:io muito variada. Dessa forma, e importante adotar, nos
estudos climaticos, uma escala de tempo e espa9o, que depende dos objetivos de cada
trabalho.

-42-
1m1Uenc1a oa Vegeta~o no l,;Omon:o 1enmco uroano e no lo\ITIUitl!IIU:t vur~uu•uv
7 ESCALAS DE ABORDAGEM

QUADRO 01
Categorias taxonomicas da organizac<ao geografica do clima e suas articulat;oes com o
"CLIMA URBANO"

Ordens
de Estrategias de abordagem
Unidades Escalas
grandeza Espa~os Espa~os
de cartograticas
{Gailleux climclticos urbanos
superficie de tratamento
&
Tricaht) Meiosde Fatores de Tecnicas de
observacao organizayiio analise

10' Latitude; Caracteriza~o


1:45.000.000 Satelites
II (milh6es
1:10.000.000
Zonal - Nefancilises
centres de a~o geral
deKm) atmosferica comparativa

Sistemas
106
1:5.000.000 Cartas meteorol6gicos Redes
Ill (milh6es Regional
1:2.000.000 sin6ticas; (circula93o transectos
deKm)
Megal6pole; sondagens secundciria)
grande area aerol6gicas;
metropolitan a rede
105 Sub- meteorol6gica Fatores
1:1.000.000 Mapeamento
IV (centenas regional de superficie geograficos
1:500.000 sistematico
deKm) (facies) regionais

Posto
10' Area lntegra9lio
1:250.000 meteorol6gico; Ancilise
v (dezenas
1:100.000
local metropolitana;
rede
geoecol6gica
espacial
deKm) metr6pole a~o antr6pica
complementar

Cidade grande;
102 Registros
1:50.000 bairro ou
VI (centenas Mesoclima m6veis Urbanismo
1:25.000 subUrbio de
dem) (epis6dicos)
metr6pole

Pequena
cidade; facies
Dezenas 1:10.000
- de metros 1:5.000
Topoclima de (Detalhe) Arquitetura Especiais
bairrofsubUrbio
de cidade

Grande
Baterias de
edifica9lio;
- Metros 1:2.000 Microclima
habita~o; setor
instrumentos Habita9lio
especiais
da habita9iio

FONTE- MONTEIRO, 1976. p. 109.

-43-
••••·--·•-•.,.......,. , .. l:l"".....,.~..., ''""' """"''"~'"""' '"''''""""' uoUC:UI~ V OIV l"t,IIIUtviiU:: ""VIt:;:>UUIUV

7 ESCALAS DE ABORDAGEM

Na analise dos climas e comum diferenciar quatro escalas espaciais: macroclimatica,


mesoclimatica, topoclimatica e microclimatica. Gada uma delas tern caracteristicas proprias e
permite diferentes niveis de generaliza<;ao (CUADRAT & PITA, 1997). Cabe descrever aqui
cada uma das escalas:

A) Macroclimas ou climas zonais: representam o campo das grandes areas


geograficas, de milhares de quil6metros quadrados de superficie, controladas pela circulac;:ao
geral atmosferica, como urn continente, os cinturoes zonais que se perfilam ao redor da Terra
ou ainda todo o planeta. Em geral, possuem urn interesse limitado pela abstrac;:ao de resultados
que exigem e porque, na realidade, as zonas estao muito divididas em regioes, o que lorna seu
estudo global muito generalizado.

B) Mesoclimas ou climas regionais: constituem uma face do clima zonal, possuem


dimensoes lineares de duzentos a dois mil qui16metros, onde a circulac;:ao atmosferica e o clima
sao determinados por influ€mcias de grande escala e muitas vezes exteriores a regiao.

C) Topoclimas ou climas locais: sao unidades menores do clima regional, bastante


diferentes entre si, cujas caracteristicas meteorologicas estao muito ligadas as condic;:oes locais,
como sao os casos, por exemplo, de uma cidade, urn vale ou urn bosque. Sua extensao
espacial varia, em sentido horizontal, de cern a dez mil metros e verticalmente cerca de cern
metros.

D) Microclimas: sao OS climas da capa de ar proxima a superficie terrestre e de locais


pequenos, de areas bern delimitadas, as vezes em situa<;ao de acentuado confinamento, tais
como uma rua, urn campo de cultivo, uma pastagem etc., onde a natureza dos elementos
meteorologicos esta condicionada fundamentalmente pelos fatores do entomo imediato muito
mais que pelos fatores locais ou regionais. Seu estudo implica no uso de equipamentos
especificos para registrar as pequenas mudanc;:as ambientais em condic;:Oes muito localizadas
(na maioria dos casos a menos de 2 m de altura), e em periodos de tempo curtos porque,
proximo ao solo, as variac;:oes das condic;:oes atmosfericas sao muito rapidas.

Cuadra! & Pita {1997) afirmam ainda que os climas locais tern dimensoes espaciais
mais reduzidas que os climas regionais e natureza distinta, alem disso, sao tambem os mais
diretamente perceptiveis pelo homem. Em suas caracteristicas gerais, o clima local depende do

-44-
,.,.,...,.,,..,,.. ...... "'"'l::II"'..,..Y""'"' ••v ..,,.,,.,..,,.,,., ,.,.,,,,. ..v v•uo••v ...- ••v ruu""'""''""" .....,.,,,..,.,, ... ,uv
7 ESCALAS DE ABORDAGEM

clima regional, e os mecanismos que intervem na formagao de ambos sao essencialmente os


mesmos. A distingao nasce das diferengas de escala e da especial influ€mcia que as condig6es
locais e os componentes dos balangos de energia exercem sobre os elementos meteorologicos.

A abordagem para o estudo dos climas, conforme Cuadra! & Pita (1997), pode ser feita
tambem sob diferentes escalas temporais de analise. Com frequencia sao contempladas tres:
paleoclimatica, secular e instantanea. A seguir e apresentada a descrigao de cada uma delas:

a) Escala paleoclimatica ou geologica: procura reconstruir as condig6es atmosfericas


do passado e se remonta a epocas distantes de nosso tempo. Para isso e diante da falta de
registros meteorologicos instrumentais, as investigag6es se apoiam em evidencias do tipo
geologico ou paleobiologico, que indiretamente contribuem com dados sobre o clima e
permitem deduzir as caracteristicas mais importantes do mesmo.

b) Escalas secular e instantanea: apoiam-se em fontes diretas procedentes das


estag6es de observagao meteorol6gica existentes na superficie e, recentemente, a uma certa
altura (sensores remotos instalados em satelites ou avi6es). Os dados obtidos dessas estag6es
permitem estudos estatisticos suficientes para definir as caracteristicas basicas do clima. A
escala secular analisa extensas series meteorologicas da ordem de uma centena de anos. Ja a
escala instantanea examina o momento presente, com referencia a um periodo minimo de
tempo que a Organizagao Meteorologica Mundial estabeleceu em trinta anos.

Ainda segundo esses autores, a escala paleoclimatica implica em mudangas de


tendencia no comportamento do clima. Ja as outras duas, em oposigao a primeira, oferecem a
ideia de estabilidade, se bem que a escala secular permite comprovar de maneira adequada as
oscila<;:6es recentes e ainda ajuda a observar a apariyao de fen6menos que sao qualificados
como excepcionais ou raros.

-45-
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8 METODOLOGIA

8 METODOLOGIA

Conforme citado anteriormente, este trabalho da continuidade ao estudo sobre a


atenuagao da radiagao solar incidente por diferentes especies arb6reas, desenvolvido em
pesquisa anterior (Bueno, 1998), e avalia a influ€mcia de uma das especies estudadas na
melhoria dos parametres de conforto no interior de uma edificagao, uma escola de primeiro grau
de Campinas, SP.

Para tanto, foram analisadas sete arvores: Cassia (Senna spectabilis), Aroeira salsa
(Schinus mol/e), Pata-de-vaca (Bauhinia variegata), Jambolao (Cingingium jambolana),
Sombreiro (Ciitoria fairchildiana), Cedro-rosa (Cedre/a fissi/is) e Ficus (Ficus benjamina), de
acordo com a metodologia proposta por Bueno (1998). Alem disso, com base nos dados obtidos
em campo foi feita a avaliagao, utilizando-se o criteria de conforto termico de Fanger, das
especies arb6reas que melhor contribuem para o estabelecimento de condigoes adequadas de
conforto termico.

Com o objetivo de se obter uma comprovagao experimental da contribuigao das


arvores para o conforto terrnico de ambientes internos, foram avaliadas duas salas de aula de
uma escola sem arborizagao e em seguida com arborizagao. Para isso, foram primeiramente
realizadas medigoes de parametres ambientais como entomo da escola sem arvores (condigao

-46-
mnuenc1a aa vegetayao no t,;omono 1enmco uroano e no Amoteme vonsuutao
8 METODOLOGIA

normal). Em seguida, alguns exemplares de arvores foram adquiridos para a realizac;§o das
medi~;oes desses mesmos parametres (temperatura ambiente, umidade relativa, temperatura de
globo e velocidade do ar) com o entorno modificado, ou seja, com a presen~;a das arvores. Para
tanto, foram adquiridos exemplares da especie Ficus benjamina. Essa especie foi utilizada
devido a dificuldade de se encontrar uma outra nas condi~;oes adequadas ao experimento e que
fosse mais indicada para arboriza~;ao proxima a ambientes edificados. Convem enfatizar que
devido a penetra~;ao e distribuic;§o de suas rafzes, a especie Ficus benjamina nao e indicada
para arboriza~;ao de ruas nem de areas pavimentadas ou pr6ximas a constru~;oes.

Nas escolas, foi tambem realizado urn estudo sobre as condit;:oes de conforto temnico.
As salas foram analisadas nas duas situa~;oes: sem os exemplares e com os exemplares de
Ficus, de acordo como VME (Voto Medio Estimado).

8.1 Escalas

No trabalho desenvolvido neste doutorado, as escalas de abordagem adotadas foram


microclimaticas e instantaneas, pois os parametres medidos nos pemnitem avaliar as condi~;oes

do tempo e nao do clima de urn determinado local, no caso, das sombras dos indivfduos
arb6reos analisados e das salas de aula da escola estudada. Pode-se dizer que as escalas
macroclimatica e mesoclimatica influenciaram e influenciam os dados de campo medidos nesse
projeto (radia~;ao solar, temperatura de bulbo seco, umidade relativa e velocidade do vento) da
mesma fomna em qualquer situa~;ao amostrada, pois as arvores e a escola estao localizadas em
urn raio de aproximadamente 1 km. Portanto, se uma frente fria chega a cidade, com certeza,
todas as arvores e a escola sofrerao influemcia da mesma frente, mas no caso das medi~;oes

em questao o ceu estava sempre aberto, sem ou com poucas nuvens. Ja na escala do clima
local, tambem e possfvel afimnar que os pontes de medi~;oes (indivfduos arb6reos e escola)
possufam influemcias semelhantes em suas caracterfsticas meteorol6gicas, pois suas condit;:oes
locais eram praticamente as mesmas: tipos de edifica~;oes, pavimentac;§o, cobertura vegetal, ou
seja, uso e ocupac;§o do solo semelhantes. Com relac;§o a escala microclimatica, esta sim,
poderia sofrer maiores interferencias de fatores do entorno imediato, mas essas influencias
foram minimizadas quando procurou-se entornos semelhantes para todos os indivfduos
arb6reos estudados e quando adotou-se a mesma escola (PRODECAD) para as medit;:oes sem

-47-
•••··--••-•- -- w-~--'!f"""' ''"" ..,.....,,,,._.,~.., o..-ooooo ... v UOUCUIVC OOV "'IIUJ:'C'lll.~ ... VII~tiUIUV

8 METODOLOGIA

e com arvores. Dessa forma, a representatividade dos dados climaticos e ambientais foi
assegurada mesmo alterando-se a dimensao escalar da analise.

No caso dos individuos arb6reos isolados as medi<;:6es dos parametres ambientais, tais
como radia<;:ao solar, temperatura de bulbo seco, umidade relativa e velocidade do ar, foram
pontuais. Assim, nao foi possivel, com base nos dados coletados nessa pesquisa, avaliar a
escala espacial de influencia que uma (mica arvore pode ter, ou ainda, estimar o numero e o
espa<;:amento dos individuos arb6reos a fim de que se obtivesse determinadas condi<;:6es
ambientais. 0 que se procurou com o trabalho foi determinar especies que mais atenuam a
radia<;:ao solar incidente e o quanto e atenuado pela sombra de suas copas. Alem disso, as
medi<;:6es dos parametres ambientais foram sempre realizadas em dias com ceu claro, sem
nuvens ou com muito poucas, de forma que as condi<;:6es do tempo fossem uniformes em todos
os dias de medi<;:6es. Urn outro parametro considerado, e que cabe aqui relembrar, foram as
condi<;:6es do entorno onde cada arvore estava plantada. Para a sele<;:ao do individuo arb6reo
foram observadas as seguintes caracteristicas do meio: tipo de pavimenta<;:ao e/ou cobertura
vegetal semelhantes e distanciamento de edifica<;:Oes e de outras arvores em rela<;:ao a arvore
em estudo, procurando-se dessa forma manter condi<;:Oes uniformes quanto ao entorno de cada
uma delas. Essa uniformidade de condi<;:6es foi necessaria para assegurar que a influencia do
meio nos parametres medidos fosse semelhante em todas as arvores.

No estudo dos individuos arb6reos procurou-se manter o conjunto de equipamentos


utilizados no centro da sombra produzida pela arvore em analise. Dessa forma, a distancia
entre o tronco da arvore e os equipamentos nao era constante, mas pode-se afirmar que sua
localiza<;:ao ficava no maximo a 3 m de distancia do tronco. Para a realiza<;:ao da avalia<;:iio do
raio de influencia (escala espacial) de urn determinado individuo arb6reo nos parametres
ambientais de seu entorno seriam necessarias medi<;:Oes desses mesmos parametres em
diferentes dire<;:6es e distancias do "centro• da arvore, todas realizadas simultaneamente.
Realmente esse tipo de estudo seria de grande valor para a determina<;:ao da escala de
influencia das arvores no microclima de seu entomo, mas essa avalia<;:ao nao fazia parte da
proposta do projeto. Ah§m disso, nao seria possivel a realiza<;:ao de tais medi<;:6es devido a
restri<;:iio no numero de equipamentos.

Ja no caso da escola avaliada, para se ter uma estimativa da escala de influencia da


vegeta<;:ao no ambiente seria necessaria a medi<;:iio de urn outro parametro: a temperatura

-48-
IIIIIUto:li\,ICII UCII Vltl'l:fC\G.'!fGU IIV VUIUUI\V I._,IIIII"'U u•wuo•u w ''""' .. _._.,,..,.,..,.,,.._.
r><,,.,.,~,,.,

8 METODOLOGIA

superficial das paredes internas (a mais proxima das arvores e a mais afastada) antes e depois
da coloca<:ao dos exemplares. E, talvez, as medi96es das temperaturas superficiais das
paredes paralelas a essas nas salas subseqiientes. Observando-se a Figura 02 e possivel
avaliar os pontos onde poderiam ser realizadas medi96es da temperatura superficial das

....
paredes.

II
Sala 05
1111

II

Ate lie
~
••••
1111 Ponto para medi9ao da temperatura superficial da parede
• Muda de arvore (Ficus benjamina)

FIGURA 02- Croqui da escola analisada (sem escala).

8.2 Especies Arb6reas

Para o estudo da vegeta9ao como atenuadora da radia9ao solar e necessario


considerar-se as rela96es entre os individuos arb6reos, o meio e a radia9ao incidente, com
especial aten9ao as caracteristicas de cada especie (LABAKI & SANTOS, 1996).

Para o desenvolvimento deste trabalho foram cumpridas as seguintes etapas


presentes na metodologia de Bueno (1998):

-49-
OIIIOU"'''"''CI ua. "~I.Cl':\(QV IIV .... V1UUI\.V IVIIIU\..V VIUCIIIIV V IIV 1'\IIIUit:IILC! VVII~~fUIUU

8 METODOLOGIA

• levantamento e selec;:ao das especies arb6reas a serem amostradas;


• selec;:ao dos locais de medic;:ao;
• medic;:oes de campo;

8.2.1 Sele~ao das especies

A setec;:ao das especies analisadas nesta pesquisa foi baseada nos dados obtidos junto
a Prefeitura Municipal de Campinas para o desenvolvimento da dissertac;:ao de mestrado de
Bueno (1998).

Por meio de entrevistas com funcionarios do viveiro municipal, chegou-se a uma lista
das especies fornecidas para a arborizac;:ao urbana (Quadro 02).

QUADR002
Especies arboreas mais utilizadas pela Prefeitura Municipal de Campinas
Nome Cientifico Nome Cientifico
Schinus molle Hymenaea courbaril
Tibouchina granulosa Caesalpinia ferrea
Cassia fistula Jacaranda cuspidifolia
Sapindus saponaria Peltophomm dubium
Eugenia uniflora Pferocarpus vio/aceus
Lafoensiva glyptocarpa Cassia grandis
Pachira aquatica Triplaris brasiliana
Tabebuia sp. Tamarindus indica
Senna multijuga Thuia orienta/is
Caesalpinia peltophoroides Michelia champacca
Senna macranthera Myrciaria tenel/a
Bauhinia variegata Dalbergia villosa

Devido a dificuldade de se encontrar especies isoladas e em condic;:oes ideais para as


medic;:oes optou-se pelo estudo de outras cinco especies que nao constam do Quadro 09,

-50-
lilllln:II... ICI UCI 111'~C'I.CiyclV IIV .... VIIIVI1.V '-... ' ' " " " ' vo uu,,.., ~ ,,.., .,. .. .,..,._,,~.,. ..,..,,,.,no .. ,~..,..

8 METODOLOGIA

porem frequentemente encontradas na arborizac;:ao urbana de Campinas, alem de duas acima


relacionadas.

Aspectos como idade biol6gica (serem consideradas arvores adultas); caracteristicas


fisicas das mesmas (representatividade em relac;:ao a especie) e estarem situadas em locais de
medic;:iio de acordo com os criterios adotados (item 8.2.4) tambem foram observados.

Levando-se em considerac;:ao todos esses requisites, foram selecionadas as seguintes


especies: Aroeira salsa (Schinus mol/e), Pata-de-vaca (Bauhinia variegata), Cassia (Senna
spectabilis), Jambolao (Cingingium jambolana), Sombreiro (Ciitoria fairchildiana), Cedro-rosa
(Cedrela fissilis) e Ficus (Ficus benjamina).

8.2.2 Caracteriza~ao gera/ das especies selecionadas

Como caracteristicas gerais de quatro das sete especies selecionadas {lembrando-se


que essas quatro sao nativas do Brasil), Lorenzi (1992) fornece as seguintes informac;:oes:

A) CASSIA (Senna spectabilis)

Quante as caracteristicas morfol6gicas da Cassia tem-se que sua altura varia de 6-9 m
e o diametro do tronco de 30-40 em. As folhas sao compostas pinadas, de 2-4 em de
comprimento e com 10-20 pares de foliolos. Esta arvore e decidua, heli6frta, seletiva xer6fita,
pioneira, caracteristica do nordeste semi-arido (caatinga). Ocorre preferencialmente em solos
mais profundos, bern drenados e de razoavel fertilidade. Floresce durante os meses de
dezembro a abril. Os frutos amadurecem nos meses de agosto-setembro. A madeira e
moderadamente pesada, mole, pouco compacta e moderadamente duravel quando protegida
da umidade. Devido as limitac;:Oes de tamanho, a madeira e aproveitada apenas para a
confecc;:ao de objetos leves, caixotaria e como lenha e carvao. A arvore e extremamente
ornamental durante o Iongo periodo que permanece em flor, podendo ser empregada com
sucesso no paisagismo em geral. Pelo porte pequeno e beleza de sua florada, e ideal para

-51 -
·····--··-·- -- . -~--y-- ••- __ ,,,_., ..... ,_.,,,,,...... ..,,,_,.,,..,.,. ,,.., ~,,.,....,,, ..... VVOI~I.IUIUV

8 METODOLOGIA

arboriza9ao de ruas, o que ja vern sendo feito em muitas cidades do Estado de Sao Paulo.
Pede tambem ser utilizada para plantios mistos destinados a recomposi9ao da vegeta9ao de
areas degradadas de preserva9iio permanente. A area de ocorrencia dessa especie e o
Nordeste do pais, na caatinga.

B) AROEIRA SALSA (Schinus mol/e)

A altura da Aroeira salsa varia de 4-8 m com diametro do tronco entre 25-30 em. As
folhas sao compostas com 4-12 jugos e foliolos subcoriaceos, glabros, de 3-8 em de
comprimento. Esta arvore e perenif61ia, heli6fita, suportando, contudo, sombreamento mediano
promovido por outras arvores. Ocorre principalmente em solos secos e arenosos, adaptando-se
com facilidade a terrenos de baixa fertilidade e pedregosos. E altamente tolerante a seca e
resiste a geada. E encontrada em beira de c6rregos e matas e, predominantemente em areas
de campo, porem sua frequencia em todos os locais e baixa. Floresce abundantemente durante
os meses de agosto a novembro. A matura9iio dos frutos verifica-se nos meses de dezembro a
janeiro, porem, perrnanecem na arvore ate fevereiro e mar9o. A madeira e dura, pouco elastica,
com albumo escuro, de boa durabilidade sob condi96es naturais e pode ser utilizada para
confec9iio de moir6es, esteios e trabalhos de tomo. A casca e empregada para curtir couro, e o
cortex produz uma resina impregnada de terebintina. A arvore e muito ornamental, sendo
amplamente empregada na arboriza9ao de ruas e no paisagismo em geral. Pode tambem ser
empregada em reflorestamentos heterogeneos com fins ecol6gicos. Suas flores sao meliferas.
Esta especie tern sido relatada como ocorrente desde Minas Gerais ate o Rio Grande do Sui,
mas tern side encontrada apenas nos tres estados da Regiao Sui, principalmente em campos
de altitude.

C) SOMBREIRO (Ciitoria fairchildiana)

0 Sombreiro possui altura variavel entre 6-12 m, com !ronco curto revestido por casca
fina e lisa. Suas folhas sao compostas trifolioladas, estipuladas, deciduas, longo-pecioladas
com foliolos coriaceos, na face superior glabros e na inferior sericeo-pubescentes, de 14-20 em

-52-
1nnuenc1a aa vegeta~o no l,;Omorto 1errmco uroano e no AmDienre von:::;;uutuu
8 METODOLOGIA

de comprimento por 5-7 em de largura. Os frutos sao vagens deiscentes. A arvore e decidua,
heli6fita, seletiva higr6fita, caracteristica de formagoes secundarias da floresta pluvial
amazonica. Apresenta preferencia por solos ferteis e umidos. Floresce durante o verao,
prolongando-se ate abril ou maio em certas regioes. A maturagao dos frutos ocorre durante os
meses de maio a julho quando se inicia a queda das folhas. A madeira pede ser empregada na
construgao civil como divis6rias internas, forros e para a confecgao de brinquedos e caixotaria,
pois e moderadamente pesada, mole, medianamente resistente e facil de trabalhar, mas possui
baixa durabilidade sob condigoes naturais. A arvore proporciona 6tima sombra, alem de
apresentar caracteristicas ornamentais. E 6tima para arborizagao urbana e rural. Como planta
rustica e de rapido crescimento, e presenga indispensavel nos reflorestamentos heterogeneos
destinados a reconstituigao da vegetagiio de areas degradadas de preservagao permanente.
Pede ser encontrada no Amazonas, Para, Maranhao e Tocantins na floresta pluvial amazonica.

D) CEDRO-ROSA (Cedrela fissilis)

A altura do Cedro-rosa varia de 25 a 30 m com diametro do !ronco entre 60-90 em. As


folhas sao compostas de 60-100 em de comprimento e foliolos de 8-14 em de comprimento. E
uma arvore decidua, heli6fita ou esci6fita, caracterfstica das florestas semideciduas e menos
frequente na floresta ombr6fila densa como a pluvial da costa atlantica. Ocorre
preferencialmente em solos umidos e profundos como os encontrados nos vales e planicies
aluviais. Desenvolve-se no interior de florestas primarias, podendo tambem ser igualmente
encontrada como especie pioneira na vegetagiio secundaria. Floresce durante os meses de
agosto a setembro. Seus frutos amadurecem com a arvore totalmente desfolhada nos meses de
junho a agosto. A madeira e leve a moderadamente pesada, macia ao corte e notavelmente
duravel em ambiente seco. Quando enterrada ou submersa apodrece rapidamente. 0 alburno e
branco ou rosado distinto do ceme. A madeira e largamente empregada em compensados,
contraplacados, esculturas e obras de talha, modelos e molduras, esquadrias, m6veis em geral,
marcenaria, na construgao civil, naval e aeronautica, na confecgao de pequenas caixas, lapis,
instrumentos musicais etc. A arvore e tambem largamente empregada no paisagismo de
parques e grandes jardins. Nao deve faltar na composigiio de reflorestamentos heterogeneos
de areas degradadas de preservagao permanente. E encontrada desde o Rio Grande do Sui ate

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........................... ....... ............................................. _.....,....... "' ..... .,. ................ ""'""''..,.... ""..... .
~ ~

8 METODOLOGIA

Minas Gerais, principalmente nas florestas semidecidua e pluvial atlantica. Ocorre, porem em
menor intensidade em todo o pais.

E) PATA-DE-VACA (Bauhinia variegata)

A Pata-de-vaca e uma planta exotica, ou seja, foi trazida de outro pais para o Brasil.
Originaria da Asia tropical com altura de 5-9 m, tronco tortuoso de 30-40 em de diametro e
ramos jovens com espinhos. Possui folhas glabras ou levemente pubescentes na face dorsal,
divididas ate acima do meio, de 8-12 em de comprimento. Aculeos quase sempre gemeos, que
lembram o casco de boi. E uma arvore decidua ou semidecidua. Adapta-se bern em qualquer
tipo de solo, desde que seja bern drenado. Floresce a partir do fim de outubro, prolongando-se
ate janeiro. Suas flores em forma de orquidea podem ser de cor rosa ou, como no caso da
arvore analisada, branca. Os frutos sao vagens alongadas com ate 20 em de comprimento e 2
em de largura, que se abrem e liberam de 10 a 20 sementes de cor marrom claro. A maturayao
dos frutos ocorre durante os meses de julho e agosto. A madeira e moderadamente pesada,
mole, de baixa durabilidade quando exposta ao tempo podendo ser empregada para caixotaria
e obras leves. E uma planta bastante ornamental e recomendada para o paisagismo,
principalmente para arborizayao e ruas estreitas e sob rede eletrica. Suas folhas sao reputadas
como medicinais. Como planta pioneira e de rapido crescimento, e recomendada para plantios
mistos em areas degradadas destinadas a recomposiyao da vegetac;:ao arb6rea (ZACHARIAS
FILHO et al., 1996; LILLO & CACERES, 2001}.

F) JAMBOLAO (Cingingium jambolana)

0 Jambolao tambem e uma arvore nao nativa do BrasiL Como caracteristicas gerais da
especie Cingingium jambolana pode-se citar: arvore de clima tropical, originaria da India, atinge
em media 8 m de altura e 6 m de diametro de copa. Necessita de luz e insolayao diretas, o solo
deve ser arenoso, silico-argiloso, profunda e bern drenado. 0 tronco e semitortuoso, marrom e
rugoso, as folhas sao verde escuro e os frutos pequenos, na forma de bagas. Com relac;:ao ao

-54-
HIIIUt::ll\;ld Ud Vt::yt::Ld\jdiU IIV \.oUIIIUil.U I t::IIIU\..V VI UGIIU C' IIV -IIUIII:OII~'G' ._.VII~~~ UIUU

8 METODOLOGIA

paisagismo, a especie e indicada para bosques e pomares em climas quentes (ZACHARIAS


FILHO et al., 1996).

G) FICUS (Ficus benjamina)

0 Ficus, outra especie exotica, e originana da India, possui altura entre 4 m e 6 m,


copa densa e e muito ornamental. A casca do !ronco e lisa e cinza. Os brotos terminais sao de
cor verde intensa. Possui folhas alternas, de 10-12 em de comprimento, com forma ovado-
elfptica e a superffcie verde brilhante; o apice e bastante acuminado, a base e arredondada e
sua textura e urn pouco coriacea. Os pecfolos sao compridos (2,5 em de comprimento), glabros,
urn pouco acanalados na parte de cima. Os frutos sao arredondados e, quando maduros,
avermelhados. Esses frutos tern aproximadamente 1 em de diametro e contrastam com o verde
da folhagem. Sua multiplicac;:ao e feita por estacas ou mudas (LILLO & CACERES, 2001).

8.2.3 Caracterizat;ao dos individuos arb6reos analisados

Atraves das observac;:oes realizadas em campo, chegou-se a algumas caracterfsticas


dos indivfduos arb6reos analisados. Essas caracteristicas sao meramente ilustrativas, pois foi
realizada uma avaliac;:ao aproximada de suas dimensoes que e apresentada a seguir:

-55-
lnfluencia da Vegeta~o no Conforto rermico Urbano e no Ambiente Construido
8 METODOLOGIA

A) CASSIA (Senna spectabilis)

• Altura aproximada da arvore: 8,50 m


• Altura do fuste: 0,80 m
• Diametro do tronco: 26,4 em
• Cor do tronco: marrom escuro
• Rugosidade do !ronco: muito rugosa
• Diametro da copa: 9,00 m
• Densidade da copa: densa
• Comprimento da folha: 5,0 em
• Largura da folha: 2,5 em
• Cor da folha: verde escuro

FIGURA 03- Senna spectabilis (Cassia) analisada.

B) AROEIRA SALSA (Schinus mol/e)

·Altura aproximada da arvore: 4,30 m


• Altura do fuste: 1,10 m
• Diametro do tronco: 20,7 em
• Cor do tronco: marrom escuro
• Rugosidade do tronco: muito rugose
• Diametro da copa: 6,10 m
• Densidade da copa: media
• Comprimento da folha: 3,5 em
• Largura da folha: 0,2 em
• Cor da folha: verde clare

FIGURA 04- Schinus molle (Aroeira salsa) analisado.

-56-
1nnuenc1a aa vegewyau nu vurnunu lttflln\.Ou v1ucu1v ~ 11v """'u''"''"·"" ........ ,~~···"'......
8 METODOLOGIA

C) PATA-DE-VACA (Bauhinia variegata)

• Altura aproximada da arvore: 8,00 m


• Altura do fuste: 1,20 m
• Diametro do tronco: 29,6 em
• Cor do tronco: marrom clare
• Rugosidade do tronco: rugose
• Diametro da copa: 8, 10 m
• Densidade da copa: media
• Comprimento da folha: 10,0 em
• Largura da folha: 12,0 em
• Cor da folha: verde medic
FIGURA 05- Bauhinia variegate (Pata-de-vaca) analisada.

D) SOMBREIRO (C/itoria fairchildiana)

• Altura aproximada da arvore: 12,00 m


• Altura do fuste: 1,1 0 m
• Diametro do tronco: 111 ,4 em
• Cor do tronco: cinza medic
• Rugosidade do tronco: pouco rugose
• Diametro da copa: 16,80 m
• Densidade da copa: media
• Comprimento da folha: 17,0 em
• Largura da folha: 5,0 em
• Cor da folha: verde medic
FIGURA 06- Clitoria fairchildiana (Sombreiro) analisada.

-57-
IIUOUO"OI .. Ict Uct Y""tfO:Ou:l'!!fClV !IV VUIIIVILV 11;:111111\.oV UlUdiiU 1::1 IIV l"liiiUI1:111L'= .... UII~\1-UIUU

8 METODOLOGIA

E) CEDRO-ROSA (Cedrela fissi/is)

• Altura aproximada da arvore: 7,60 m


• Altura do fuste: 1,60 m
• Diametro do tronco: 24,8 em
• Cor do tronco: marrom media
• Rugosidade do tronco: muito rugosa
• Diametro da copa: 7,80 m
• Densidade da copa: rala
• Comprimento da folha: 3,5 em
• Largura da folha: 1, 0 em
• Corda folha: verde clara

FIGURA 07- Cedrela fissilis (Cedro-rosa) analisada.

F) JAMBOLAO (Cingingiumjambolana)

• Altura aproximada da arvore: 10,00 m


• Altura do fuste: 1,60 m
• Diametro do trance: 43,0 em
• Cor do trance: marrom clara
• Rugosidade do trance: rugosa
• Diametro da copa: 12,20 m
• Densidade da copa: densa
• Comprimento da folha: 15,0 em
• Largura da folha: 6,0 em
• Corda folha: verde escuro

FIGURA 08- Cingingium jambolana (Jambolao) analisada.

-58 -
1nnuenc1a aa vegetat;ao no vonTon:u 1enru"'u ut~n~11u II'; ••v l"\\liuJV•u.v "v''"'"'"''"""'
8 METOOOLOGIA

G) FICUS (Ficus benjamina)

• Altura aproximada da arvore: 3,10 m


• Altura do fuste: 0,60 m
• Diametro do tronco: 11,1 em
• Cor do !ronco: cinza clare
• Rugosidade do tronco: pouco rugose
• Diametro da copa: 2, 10 m
• Densidade da copa: media
• Comprimento da folha: 2,5 em
• Largura da folha: 1,5 em
• Cor da folha: verde medic

FIGURA 09- Ficus benjamina (Ficus) analisada.

8.2.4 Seler;ao dos locais de medir;ao

A escolha dos sitios de medigao ficou estritamente ligada as especies utilizadas pela
Prefeitura e a fatores ffsicos relacionados ao meio. Esses dois aspectos foram considerados
quase que simultaneamente, ou seja, ao mesmo tempo em que uma especie da lista era
procurada, o local onde ela se localizava tambem era analisado quanto a sua adequagao ao
experimento.

Cabe ressaltar aqui a enorme dificuldade de se encontrar indivfduos em condigoes


consideradas ideais para a realizagao das medigoes dos parametres ambientais (radiagao solar,
temperatura do ar, temperatura de bulbo umido, temperatura de globe e velocidade do vente).

Nessa procura, foram observados os seguintes pontes:

-59-
mnuenc1a aa vegetac;ao no \#onron:o 1emuco umano e no AmDtente t,;onstruldo
8 METODOLOGIA

• disposil;:ao desses indivfduos em relagiio ao entorno que permitisse a correta


realizagao das medi96es: ausencia de sombra de edifica96es ou outras arvores, topografia do
terrene ao redor da arvore etc.

• local acessfvel, que ao mesmo tempo restringisse a interferencia de terceiros


nos equipamentos;

• uniformidade das condi96es em tomo das arvores, relacionada a ausencia


de pavimenta9iio e constru96es pr6ximas.

Devido a essas restri¢es, a escolha dos individuos arb6reos e consequentemente dos


locais de medi9iio ficou bastante limitada.

Foram escolhidas duas especies (Schinus mo/le e Senna spectabilis) que se localizam
em ruas do distrito de Barao Geraldo e outras quatro (Cingingium jambolana, Clitoria
fairchildiana, Cedrella fissilis e Bauhinia variegata) que ficam dentro do campus da UNICAMP.
Quante aos exemplares de Ficus benjamina, pelos motives ja expostos, a analise foi feita nas
arvores plantadas em vases, que foram levados ao campus.

No Quadro 03 estao listadas as especies arb6reas selecionadas e os respectivos


locais de medi9iio.

QUADR003
Locais das medh;oes

lndivfduo Local
Schinus molle (Aroeira salsa) Rua - Barao Geraldo
Senna spectabilis (Cassia) Pra9a - Barao Geraldo
Cingingium jambolana (Jambolao) Campus da UNICAMP
Clitoria fairchildiana (Sombreiro) Campus da UNICAMP
Cedrella fissilis (Cedro-rosa) Campus da UNICAMP
Bauhinia variegata (Pata-de-vaca) Campus da UNICAMP
Ficus benjamina (Ficus) Campus da UNICAMP

-60-
10TIU80Cia Qa Vegeta~;taQ flU VUIUUfLU I ~11111'-V \,II UCII!V G' IIV ,...,,,.,n.,.oo"" .,..,..,,..,~, .,.,.,..,.

8 METODOLOGIA

8.2.5 Equipamentos

As medi!f(ies da radiagao solar foram realizadas com dois solarimetros de tubo, modele
TSL, da DELTA-T Devices. Os sensores desses equipamentos foram conectados a um
integrador da mesma marca (Figura 10), modele DL2, para a coleta automatica dos dados.

Tambem foram utilizados dois termometros de globe e dois psicrometros com


ventilagao natural para as medi!f(ies de temperatura e umidade relativa, e um termoanemometro
digital portatil com sensor de helice para as medigoes de velocidade do vente.

FIGURA 10 - lntegrador, modele DL2 da marca DELTA-T Devices.

a) Termometros

Para as medigoes de temperatura ambiente foram utilizados dois termometros de bulbo


seco, com escalas de 0 °C a 50 °C e a menor divisao correspondendo a 1 °C.

Esses dois termometros, e mais os termometros de bulbo umido, fazem parte dos dois
psicrometros com ventilagao natural utilizados para o calculo, a partir de suas leituras, da
umidade relativa.
- 61 -
,,,,,_.,.,, ..,.,. ...,.,. •v~ .. ....._yuv otv '""VIUUILU tVliiU'-V VIUGIILI t:;: IIUI"UIIUit:=:tiU:: VUII:;:jlCUIUU

8 METODOLOGIA

Os termometros de bulbo umido tambem possuem uma variagao de 0 °C a 50 °C e a


me nor divisao da escala correspondendo a 1 °C (Figura 11 ).

Foram utilizados ainda dais termometros de globe, com diametro de 11,7 em cada um.
Sua escala varia de -10 •c a 110 °C, com menor divisao de 1 °C (Figura 11).

FIGURA 11 - Termometro de globe e psicrometro com ventilagao naturaL

b) Anemometro

Para a medigao da velocidade do vente foi utilizado um termoanemometro digital


portatil com sensor de helice, modele AM-4202 da marca Lutron, alimentado com uma bateria
de 9 V e com display LCD de 3,5 digitos. 0 equipamento possui escala de velocidade de 0,2 a
30,0 m/s, com resolugao de 0,1 m/s. 0 sensor de Mlice possui 72 mm de diametro. Ja a escala
de medigoes de temperatura e de 0 a 60 ·c com resolugao de 0,1 ·c e precisao de ± 2% mais
um digito. A temperatura de operagao do equipamento e de 0 a 50 •c e a umidade de operagao
ate 90% HR (Figura 12).

-62-
lnfluencia da Vegetat;ao no Conforto T &rmico Urbano e no Ambiente Construido
8 METODOLOGIA

FIGURA 12- Termoanemometro com sensor de helice.

c) Solarimetros

Os solarimetros de tubo foram desenvolvidos para medir a irradiancia media (em


kW/m1 em situac;:oes onde a distribuic;:iio de energia radiante niio e uniforme, isto e, sob
folhagens, em estufas etc. Seu desenho tubular proporciona a media espacial necessaria para
minimizar a movimentac;:iio das folhagens das plantas (DELTA-T, 1993). Na Figura 13, pode-se
observar urn esquema do solarimetro de tubo.

elementci sensor

---resistor de calibra~
""==-~~-..,. tennina~o do fio
---- desencapada

FIGURA 13 - Desenho esquematico de urn solarimetro de tubo


FONTE- DELTA-T, 1993. p. 4.

- 63-
,,.,,.,.,..,,,,,.. wg_ .. ~vo,u.yg_v OOU .... VfUVI ~V I<OIIIU ... V ... IUC:UIV"' I I V I"\\IIVIIIO'II~IIO' VUI~UUIUV

8 METODOLOGIA

A fim de se obter dados sobre a radia9ao solar incidente, na faixa de 350 nm a 2500
nm, foram utilizados dois solarirnetros de tubo (urn ao sol e outre a sombra dos indivfduos
arb6reos analisados). Sua resposta espectral abrange a regiao do visfvel e do infravermelho de
onda curta (Figura 14). A calibra9ao desses solarirnetros de tubo e feita na fabrica, sob
condi96es de luz difusa, e tern urna regulagern de saida ("output") de 15 rnV por kW/rn 2 , ou seja:

I rra d .. . (kW/m 2 )
1anc1a = _v_:_col..:.:ta~g:.::.e..:.:m..:.:m..:.:e~d..:.:id~a_;_(m..:.:V:..L.) [8.1]
15

0 elemento sensor de cada aparelho e protegido por urn tubo de vidro Pyrex. Os
solarirnetros sao supridos de ar seco e selados (Figura 15).

Rosposla Idt)at
I1 j __ l I i
i I
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I

I
I

I

0 ' ' ' !

0 500 1000 1500 2000 2500 3000


COMPRIMENTO DB ONDA (mn)

FIGURA 14- Resposta espectral de urn solarirnetro de tubo. Adaptado de


DELTA-T, 1993. p. 5.

FIGURA 15- Solarfrnetro de tubo, modele TSL, da DELTA-T Devices.

-64-
lffiluem;;;Ja Ua vegeta~O no t..OOTURO I ennn;o UH.JCiliO t:: 110 1\HIUit:IILt: VUU:SUUIUU

8 METODOLOGIA

0 funcionamento do equipamento se baseia na pequena diferen<;:a de temperatura


entre as areas brancas e pretas, resultante do fluxo de energia incidente, que e transformada
em voltagem por um sensor de cobre. As areas brancas e pretas sao altemadas para que
quando a radia<;:iio niio incidir uniformemente sobre todo o tubo, a diferen<;:a media da
temperatura entre essas areas nao seja afetada.

8.2.6 Representatividade dos dados

As condi<;:oes iniciais do ambiente no estudo sobre os individuos arb6reos foram


determinadas da seguinte maneira: as medi<;:oes foram realizadas simultaneamente a sombra
da arvore e em campo aberto. Os dois conjuntos de equipamentos localizaram-se a uma
dist<lmcia maxima entre si de 10 m. Assim, foram preservadas todas as condi<;:oes climaticas
para ambas medidas, devido a simultaneidade das medi<;:oes. Pode-se com isso comparar os
dados obtidos a sombra com aqueles dos conjuntos expostos ao sol.

8.2. 7 Metodo de tratamento e analise dos resultados

Para melhor visualiza<;:iio e analise dos dados obtidos foram elaborados varies graficos
com os resultados das medi<;:oes de temperatura e radia<;:iio solar, alem daqueles com os
valores de umidade relativa. Os valores de umidade relativa do ar foram calculados atraves de
expressoes matematicas que consideram as medidas dos termometros de bulbo seco e bulbo
umido {psicrometro com ventila<;:iio natural).

Neste trabalho, a avalia<;:iio de conforto termico proporcionado pelos individuos


arb6reos analisados foi feita por meio do software Conforto 2.0 {Ruas, 2002) que, a partir dos
dados obtidos em campo, calcula os valores do Voto Media Estimado {VME) e da Porcentagem
Estimada de lnsatisfeitos {PEl) {ISO 7730, 1994).

Analisando-se os valores de VME e PEl, assim como as porcentagens de atenua<;:oes


da radia<;:iio solar incidente proporcionadas por cada arvore, foram feitas indica<;:oes das
-65-
·····--··-·- -- . -~--y-- ,,., --•••-• •-•••••-- _,,_,,,.., . .
~- oov _,., ..,..,,..,, ... ""'"''""'U un.1....
8 METODOLOGIA

especies mais adequadas para a atenuagao da radiagao solar e conseqOente melhoria do


microclima do seu entomo, visando o conforto termico.

a) Temperaturas

A analise des valores obtidos com os termometros de globe e bulbo seco (temperatura
do ar) foi baseada, principalmente, em graficos. A partir dos dados de campo foram tragados os
graficos, urn para cada dia de medigao, onde constam os valores de temperatura ambiente e
temperatura de globe, ao sol e a sombra. Cada urn deles, portanto, e composto de quatro
curvas.

Como as medigoes dos diferentes individuos arb6reos foram realizadas em dias


diferentes, adotou-se como parametro de normalizagao a temperatura ao sol, pois o objetivo e
justamente quantificar o efeito da sombra de cada individuo.

Para essa normalizagao, utilizou-se o calculo das variagoes relativas da temperatura


ambiente pela expressao proposta per Bueno (1998):

TA -TA
VRr = sol sombra • 1OO [8.2]
A TAsol

on de
VRTA c:> variagao relativa da temperatura ambiente (%);
TAsoJ c:> temperatura ambiente ao sol ("C);
TAsombra c:> temperatura ambiente a sombra do individuo arb6reo
analisado ("C).

Com os valores das variagoes relativas de temperatura ambiente foi calculada a media
horaria dessas variag6es para cada arvore analisada.

-66-
tnnuenc1a oa vegetac;ao no t;Onrorto 1enmco uroano e no AITIDterne t,onstrutao
8 METODOLOGIA

Dessa forma, foi elaborado um grafico que apresenta a variagao relativa das
temperaturas do ar proporcionada pelos sete individuos arb6reos analisados.

b) Umidade Relativa

Os valores de umidade relativa foram calculados a partir das temperaturas de bulbo


seco CTsl e bulbo umido CTu) dos psicrometros com ventilagao natural, apresentados em Bueno
(1998).

c) Radia~ao Solar

A partir dos graficos de radiagao solar, foram calculadas as porcentagens diarias de


atenuagao da radiagao solar de cada individuo arb6reo analisado, de acordo com a expressao:

At = Ssol - Ssombra . 1OO [8.3)


Ssol

on de
At c:> atenuagao da radiagao solar(%);
Ssol c:> area do grafico, que fomece a energia total incidente
(kW.h/m 2 ), coletada pelo solarimetro ao sol, no intervale de
tempo considerado (o dia todo);
Ssombra ¢ area do grafico, que fornece a energia total incidente
(kW.h/m 2 ), coletada pelo solarimetro a sombra, no intervale
de tempo considerado (o dia todo).

-67-
..............-ocz uo:o .-~c..a\-CIU nu \.#UUJun:u tennu;:o uroano e no AmDiente t,;onstruidO

8 METOOOLOGIA

Para se obter uma analise mais adequada das atenuagoes da radia<;ao solar, foram
calculados os erros padroes das medias dessas atenuagoes. Assim, para cada arvore foi
calculada a media das atenuagoes, correspondente ao periodo de medigoes (cinco dias), e o
seu respective erro padrao (TOPPING, 1972):

a= [8.4]

on de
a c:> erro padrao da media;
o c:> desvio padrao;
n c:> numero de elementos.

Dessa forma, foi possivel comparar as especies e observar qual oferece melhores
condigoes de conforto termico devido a maier atenuagao da radiagao solar.

d) Avaliacao de Conforto Termico

A avaliagao de conforto termico proporcionado pelas arvores analisadas foi feita


utilizando-se o metoda do Veto Medic Estimado (VME) de acordo com a ISO 7730, 1994.
Foram calculados os valores do VME e da Porcentagem Estimada de lnsatisfeitos (PEl) para
todos os individuos arb6reos deste estudo inclusive para as situagoes em que as especies
Clitoria fairchildiana (31/05/2000; 2910612000; 14/08/2001; 18/08/2001; 01/09/2001) e Cedre/a
fissi/is (2710512000; 2910612000; 10/06/2001; 15/06/2001; 16/06/2001) estavam sem folhas. Os
horarios analisados foram as 7:15 he as 14:15 h, periodos mais criticos durante as medig5es.
No horario das 7:00 h, as temperaturas foram as mais baixas ao Iongo do periodo analisado
(entre 7:00 he 17:30 h). Ja as 14:15 h, as temperaturas foram as mais elevadas ao Iongo do
mesmo periodo.

Alem dos parametres ambientais como temperatura do ar, temperatura de globe,


umidade relativa e velocidade do ar, os parametres individuals, tambem considerados neste
-68-
lnfluEmcia da Vegeta~o no Conforto Termico Urbano e no Ambiente Construido
8 METODOLOGIA

trabalho, foram o tipo de vestimenta utilizada pela maioria das pessoas que transitam pelas
areas em estudo e a atividade exercida (taxa de metabolismo) no ambiente analisado.

As peyas de roupa consideradas nos calculos, de acordo com a ISO 9920 (1995),
foram: cueca de algodao (0,04 clo), calgas folgadas (0,22 clo), meia esportiva (0,03 clo), tenis
de lona com sola leve (0,02 clo) e camiseta de algodao de mangas curtas (0,08 clo).
Contabilizando-se cada item, a resistencia termica total desta vestimenta adotada como padrao
foi de 0,39 clo. Para efeito comparative, uma segunda possibilidade de vestimenta tambem foi
avaliada, no caso a inclusao de um casaco tipo jaqueta (0,55 clo), aumentando o valor da
resistencia termica da vestimenta padrao para 0,94 clo.

Ja as atividades consideradas exercidas em espagos externos foram: uma pessoa


parada, sentada (1 ,0 met) ou uma pessoa andando em local plano a uma velocidade de 2 km/h
(1,9 met) (ISO 8996, 1990). Essa velocidade adotada corresponde a uma caminhada tranquila.

Assim, tem-se quatro situag6es distintas observadas para os parametres pessoais:

• pessoa sentada (1 ,0 met) com vestimenta de 0,39 clo;


• pessoa andando (1,9 met) com vestimenta de 0,39 clo;
• pessoa sentada (1 ,0 met) com vestimenta de 0,94 clo;
• pessoa andando (1,9 met) com vestimenta de 0,94 clo.

Todas essas considerag6es foram feitas de modo a simular as situag6es que ocorrem
no entorno das arvores analisadas.

8.2.8 Especies analisadas anteriormente

Na dissertagao de mestrado da autora (Bueno, 1998) foram analisadas outras cinco


especies arb6reas quanto a atenuagao da radiagao solar: Jatobii (Hymenaea courbar;n, Chuva-
de-ouro (Cassia fistula), Magnolia (Miche/ia champacca), lpe Roxo (Tabebuia impetiginosa) e
Sibipiruna (Caesa/pinia peltophoroides) (Tabela 01).

-69-
8 METODOLOGIA

TABELA 01 - Atenua~rao da radia~rao solar.


Arvores Atenuagao da
Erro padrao da
analisadas no radiar;ao solar
media (a}
Mestrado (%)
Jatoba 87,2 ± 1,6
Chuva-de-ouro 87,3 ± 0,7
Magnolia 82,4 ±3,4
lpe Roxo 75,6 ± 2,3
Sibipiruna 88,5 ± 1,2

A tabela com os valores das atenuar;oes das especies acima e aquelas analisadas
neste trabalho sao apresentadas no item 9 a fim de se obter urn panorama geral de todas as
arvores ja analisadas.

8.3 Escola

Com o objetivo de se obter uma comprovar;ao experimental da contribuir;ao das


arvores para o conforto termico de ambientes internes, foram avaliados os parametres de
conforto em uma edificar;ao escolar sem arborizar;ao e em seguida com arborizar;i!io.

Os parametres ambientais (temperatura do ar, umidade relativa, velocidade do ar e


temperatura de globo) foram medidos atraves de sensores automaticos ligados a pequenos
"data loggers", das marcas Testo e lnstrutherm. As medir;Oes foram realizadas a cada 10
minutes durante 24 horas por dia, ao Iongo de 15 dias, no periodo entre 21 de marr;o de 2002 e
11 de abril de 2002 (mais precisamente nos dias 21, 22, 23, 24, 26 e 27 de marr;o e 01, 02, 03,
04, 05, 08, 09, 10 e 11 de abril). Neste primeiro periodo, duas salas de aula da escola foram
avaliadas da forma em que se encontravam: sem arborizar;i!io.

Cabe ressaltar que foram realizadas medir;oes de todos os parametres ambientais


necessaries para a avaliar;ao da edificar;ao (temperatura ambiente, umidade relativa, velocidade
do ar, temperatura de globo) de acordo com a ISO 7730 (1994). Nao foi de interesse deste

-70-
tnnuenCia IIJCI VegelA:I~U JIU VUIIIUJlU I~IIIII,V VIUCIIIIV ~ IIV f"UIU,,OI'"'IU,.,.. ...,VII"'I,I'.uuu

8 METODOLOGIA

trabalho a realizagao de um estudo de desempenho termico da edificac;:ao em questao, por isso


nao foram realizadas medic;:oes de temperaturas superficiais (parede e cobertura).

Numa segunda etapa, foram adquiridos exemplares da especie Ficus benjamina, em


condic;:Oes consideradas adequadas ao experimento. Para isso foi realizado um grande
levantamento junto a viveiros de mudas em toda a regiao de Campinas e ate mesmo na cidade
de Sao Paulo. Houve uma dificuldade enorme de se encontrar exemplares em tais condic;:oes. A
(mica especie que satisfazia a todos os requisites necessaries (idade biol6gica; caracteristicas
fisicas das mesmas e adaptac;:ao em vasos) foi o Ficus. Como essa especie nao fazia parte do
estudo sobre a atenuac;:ao da radiac;:ao solar proporcionada pelos individuos arb6reos, optou-se
pela aquisigao de dez exemplares, sendo que oito foram colocadas na escola e outras duas
serviram para a analise da atenuagao da radiagao e melhoria das condic;:oes de conforto
proporcionadas por esses exemplares. Com os oito individuos dentro de grandes vases foi feita
uma "arborizac;:ao provis6ria" visando o adequado posicionamento dessas arvores no lote da
escola. Por meio de um estudo detalhado da planta da edificac;:ao e de sua implantac;:ao no
terrene, as duas salas de aula analisadas anteriormente foram sombreadas: a Sala 5, que
recebe a incidencia direta do sol da manha, e o Atelie, que recebe a incidencia direta do sol da
tarde. Cabe acrescentar que as fachadas sombreadas estao voltadas para nordeste (Sala 5) e
sudoeste (Atelie), e foram escolhidas para que os efeitos da arborizagao em fachadas opostas
fossem comparados. Assim, mais 15 dias de medic;:oes dos parametres ambientais (temperatura
ambiente, umidade relativa, velocidade do ar, temperatura de globo) foram realizados, agora
com as fachadas mais criticas das salas escolhidas sombreadas com os exemplares de Ficus.
Os dias de medic;:oes foram: 26, 27, 28, 29, 30 de abril de 2002 e 01, 02, 06, 07, 08, 09, 10, 11,
12 e 13 de maio de 2002.

Os parametres ambientais relacionados ao meio extemo a edificac;:ao foram obtidos


junto ao Centro de Pesquisas Agricolas, CEPAGRI- UNICAMP. Esses dados sao coletados no
posto meteorol6gico da Faculdade de Engenharia Agricola da UNICAMP (FEAGRI). Os dados
extemos compreendem todo o periodo durante o qual foram realizadas as medic;:oes no
PRODECAD (Projeto de lntegragao e Desenvolvimento da Crianc;:a).

Foram feitas analises estatisticas utilizando-se o software SAS ~ (Statistical Analysis


System) com os dados de temperatura do ar e umidade relativa da escola, antes e depois da
arborizac;:ao, e com os mesmos dados fomecidos pelo CEPAGRI, para detectar se havia

- 71 -
~ ...
- --,.-- --- --------- ·-·····-- -·-··-- ......._,................................... ....
~

8 METODOLOGIA

diferenc;as estatisticamente significativas entre os dias de mediyoes sob as duas condiyoes -


com e sem arborizayao. 0 delineamento adotado foi o de blocos casualizados. 0 metoda usado
foi o Teste de Tukey com 1% e 5% de probabilidade. A analise estatistica constou de 6 (seis)
tratamentos, referentes as salas analisadas e a area externa sem e com arborizayao, e 15
(quinze) blocos, representados pelos dias de avaliayiio.

Analises baseadas no criteria de conforto termico preconizado pela ISO 7730 (1994)
tambem foram feitas para avaliar o quanta a utilizayiio das arvores amenizou as temperaturas e
melhorou o conferta termico no interior das salas. Nessa avaliayao foram considerados as dais
dias mais frios (08/04/2002 e 30/04/2002) e os dais dias mais quentes (04/04/2002 e
06/05/2002) do periodo estudado, verificados par meio do calculo da entalpia de cada um deles.

8.3.1 Selet;ao da escola

A escola escolhida para as mediy(ies foi o PRODECAD (Projeto de lntegrayao e


Desenvolvimento da Crianc;a) da UNICAMP, que atende a crianc;as, filhos de funcionarios e
professores da Universidade, em tres subprograrnas: pre-escola, apoio a escolaridade I (da 1~ a
4~ serie) e apoio a escolaridade II (da 5~ a a~ serie). 0 PRODECAD esta localizado na Rua

Carlos Chagas, rf! 351 - dentro do campus da UNICAMP, em Barao Geraldo. Optou-se pela
analise dessa escola devido as suas caracteristicas fisicas e pela necessidade de se manter a
integridade dos equiparnentos durante as mediy(ies. A escola e pequena e possui algumas
arvores distribuidas pelo late, mas nenhuma proxima a edificayiio analisada. Possui tambem
cozinha, refeit6rio, parquinho e duas quadras para a realizayao de atividades esportivas.

8.3.2 Descrit;ao do local

A escola e formada por tres edificayCies terreas separadas por dais corredores
cobertos de 1,80 m de largura cada urn. No prirneiro bloco tem-se cinco salas de aulas e dais
sanitarios para alunos, um feminine e outro masculine. No segundo tern-se uma cozinha, urn
refeit6rio, uma sala de aula, um pequeno patio descoberto, uma diretoria e uma secretaria. No

-72-
1nt1uenc1a aa vegeta~o no t.,;onrorto 1enmco uroano e no Amo1eme von5tou;uu
8 METODOLOGIA

terceiro e ultimo predio tem-se quatro salas de aula e mais dois sanitarios para alunos
(masculine e feminine). Cabe comentar que as salas de aula niio possuem ferro, ou seja, o teto
de cada sala e a propria laje da edificagiio o que aumenta a transmissiio de calor da cobertura
para o ambiente interne. Alem disso niio existem aberturas pr6ximas a laje para a retirada
desse calor. Na escola ha tambem urn parquinho com balan<;:o, escorregador e outros
equipamentos numa area descoberta com piso de areia e alguma grama. Na area do parquinho
tambem existem tres arvores, mas somente uma delas tern porte suficiente para fornecer
sombra em parte dos brinquedos. A escola possui tambem duas quadras de cimento
descobertas para recreagiio e praticas esportivas dos alunos. Quante ao restante do ambiente
interne do lote, niio ha paisagismo, existem apenas algumas arvores distribufdas pelo terrene,
sendo que a maior parte do piso e de concreto (Figuras 16 e 18).

No entorno do lote tem-se a direita o barraciio do Almoxarifado Central; a esquerda


uma creche para criangas entre urn e quatro anos, que tambem atende a filhos de funcionarios
e professores; ao fundo a escola de ensino fundamental Sergio Porto e em frente, o predio do
Gastrocentro do Hospital das Clfnicas da UNICAMP (Figura 17). Todas as ruas do campus sao
pavimentadas inclusive aquelas pr6ximas ao PRODECAD. Existem algumas lanchonetes e
tambem pontes de 6nibus proximo a escola devido a pequena distancia entre a mesma e o
Hospital das Clfnicas da Universidade.

FIGURA 16- PRODECAD.

- 73-
mnuenc1a aa vegeta!!fao no ~,;omon::o terrmco uroano e no AmDieme von5u-u1ao
8 METODOLOGIA

ii!

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5ala de Aula 5ala de Aula 5ala de Aula 5ala de Aula

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AdmlnllltrattAo 0 I 2

"""'""'"{""
• PLANTA rl"' a
0
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5
FIGURA 18- Planta do PRODECAD (sem escala). ~
uutuo;ouvoa ua Y~<:>I.Ciyau tiV ..,VIII VI tV I t:IIUI\.V UIUCUIU t: IIU RIIIUit:IIU: VUII5UUIIJQ

8 METODOLOGIA

8.3.3 Salas analisadas

As salas de aula escolhidas para analise foram aquelas que ofereciam a situagao
menos favoravel quanto a incidencia direta da radiagao solar. A escolha das fachadas a serem
sombreadas foi feita pelo seu posicionamento em relagao a movimentagao aparente do sol
(fachadas opostas) e pela adequagao do entorno a colocagao dos vases com os exemplares de
Ficus. Analisando-se a carta solar para a cidade de Campinas (SP) pode-se observar que
durante o perfodo de medigoes, de 21 de margo a 13 de maio de 2002, a fachada analisada
(NE) da Sala 5 recebeu radiagao solar desde o amanhecer ate aproximadamente 14:00 horas.
Ja no Atelie, a fachada analisada (SO) recebeu insolagao, em media, a partir das 14:00 horas
ate o por-do-sot

A sala 05 possui uma fachada de alvenaria sem aberturas, mas com uma pequena
parte de vidro no alto da parede, voltada para nordeste e outra, tambem de alvenaria, mas com
janelas de vidro, voltada para sudeste. Os outros dois fechamentos laterais da sala nao
recebem incidencia direta de radiagao solar, pois uma das paredes faz divisa com o corrector e
a outra com a sala de aula ao lado (Figura 19).

FIGURA 19 - Sala 05 com as arvores.

-76-
IIIIIUCII\Oid Ud Y~C1.dljdV IIV '-'VIIIVIl.V ICIIIU"V UIVCIII'-1' IC' 11'1 1"\IIIUIIC'IUIC' .... 'lli~UUIUU

8 METODOLOGIA

0 atelie, por sua vez, possui as mesmas caracterfsticas construtivas da sala 05. A
unica diferen<;:a e o posicionamento das paredes. 0 fechamento lateral com vidro no alto esta
voltado para sudoeste e aquele onde estiio as janelas de vidro esta voltado para noroeste.

Um dado muito importante e que nas fachadas analisadas a area de alvenaria


corresponde a aproximadamente 13 m2 e a envidra<;:ada a um valor proximo a 6 m2 Com a
coloca<;:iio dos exemplares arb6reos 40% (quarenta por cento) da area de alvenaria foi
sombreada pelas folhas das arvores. Na area de vidro, cerca de 25% da mesma tambem ficou
protegida da radia<;:iio solar devido a sombra dos Ficus.

Nenhuma sala de aula possui forro no teto, a laje e inclinada na forma do telhado e as
telhas fixadas diretamente na mesma.

8.3.4 Equipamentos

As medi<;:oes de temperatura do ar e umidade relativa foram feitas com dais


termohigrometros automaticos (um em cada sala) da marca Testa. Esses equipamentos
armazenam ate 6000 dados no seu integrador, o que tornou possfvel a coleta de um numero
maior de dados com poucas interrup<;:oes devido apenas aos outros equipamentos utilizados.

Dais termometros de globo e dais anemometros de fio quente foram utilizados para as
medi<;:oes dos outros parametres: temperatura de globo e velocidade do ar. Esses
equipamentos foram conectados a integradores automaticos de dados a fim de que as
medi<;:6es pudessem ser realizadas ao Iongo de todo perfodo determinado. Algumas
interrup<;:oes foram feitas para que se pudesse dar a devida manuten<;:iio nos anernometros,
pais estes necessitavam de troca das pilhas em media a cada !res dias.

Dessa forma, foram montados, dentro de gaiolas, dais conjuntos de equipamentos com
um termohigrometro automatico, um anemometro de fio quente e urn termometro de globo
ambos conectados a integradores automaticos. Esses conjuntos foram fixados no centro de
cada uma das salas analisadas (Figuras 20 e 21) a uma altura de 1,75 m, de forma que
impedisse a interferencia das crian<;:as nos equipamentos e que fosse mantida

-77-
nutui;JI '"'tea ue1 vt:yt:LCtycsu nu t....onrono 1errmco uroano e no AmDtente '-'OnstrUIOO

8 METODOLOGIA

aproximadamente a mesma distancia entre o tapa da laje e a equipamenta e a equipamenta e a


pisa da sala.

FIGURA 20- Canjunta fixa na sala.

FIGURA 21 - Canjunta de equipamentas calacada em cada sala.

a) Termohigrometro e termometro de globo

Para as medigoes de temperatura ambiente e umidade relativa faram utilizadas dais


termahigrometras autamaticas da marca Testa, com escalade -10 oc a 50 °C, resalugaa de 0,1
-78-
IIIIIU='II... ICI UCI 'V='VVI.CI\'CIV IIV W<"VIIIVI I.V <'<>ltlii ... V VI ucuov .,.- oov '"''''""'""'u~ ""'""''""~' .. ,.,....,

8 METODOLOGIA

°C e precisao ± 0,5 °C para a temperatura e, em rela9ao a umidade relativa, escala de 2% a


98%, resolu9ao de 0,1 o/o e precisao de± 3%.

Foram utilizados ainda dois term6metros de globo, com diametro de 11,7 em cad a urn.
A escala dos sensores utilizados nos globos varia de -35 °C a 120 °C, com resolu9ao de 0,1 °C
e precisao de 0,5 °C.

b) Anemometro

Para a medi9ao da velocidade do vento foi utilizado urn termoanem6metro digital


portatil com sensor de fio quente e display LCD, modelo AM-4204 da marca Lutron, alimentado
com pilhas de 1,5 V. 0 equipamento possui temperatura operacional de 0 °C a 50 °C e umidade
relativa de opera9ao menor que 80%.

A escala do anem6metro e de 0,2 m/s a 20,0 m/s, com resolu9ao de 0,1 m/s e precisao
de ± 5% mais urn digito. Ja a escala de medi96es de temperatura e de 0 °C a 50 °C, com
resolu9ao de 0,1 °C e precisao de 0,8 °C.

8.3.5 Representatividade dos dados

Quanto a representatividade dos dados climaticos, cabe aqui urn a coloca9ao a respeito
dos dados obtidos na escola. Foram colhidos, junto ao CEPAGRI da UNICAMP, dados de
temperatura de bulbo seco e umidade relativa ao Iongo de todos os dias de medi96es na
escola, sem as arvores e depois com as mesmas em seus lugares. Esses dados externos,
provenientes do posto meteorol6gico da FEAGRI localizado a, aproximadamente, 1 km da
escola, foram avaliados estatisticamente pelo programa SAS m e concluiu-se que eles nao
apresentavam, pelo Teste de Tukey a 1% e a 5%, diferen9as estatisticamente significativas.
Dessa forma, pode-se afirmar que foram observadas as mesmas condi96es de temperatura
ambiente e umidade relativa ao Iongo dos trinta dias de medi96es: quinze dias com a escola

-79-
UUIUO:::IIIWIG. UCI Vt:Vti'I.Ciy.:IU IIU VUIIIUILU lt:HUU.;U UI"UCUIU t: JIU IUIIDieJJW \JOJI5trUI00

8 METODOLOGIA

sem arvores e mais quinze dias com as arvores dispostas de acordo com a Figura 02. Deve-se
lembrar tambem que o objeto de estudo era o mesmo, ou seja, a mesma escola, e onde a unica
alteracao no ambiente foi exatamente a colocacao dos exemplares para a realizacao da
segunda etapa do experimento. Assim, se as condicoes ambientais e climaticas externas eram
as mesmas nas duas situacoes analisadas (sem e com arvores) e o unico elemento modificador
das condicoes iniciais do ambiente analisado foram as arvores dispostas de acordo com a
Figura 02, pode-se garantir a representatividade dos dados medidos internamente na sala 05 e
no atelie da escola. A seguir (Figuras 22, 23, 24 e 25) sao apresentadas algumas fotos do local
(PRODECAD).

FIGURA 22- Parede externa do atelie antes da colocacao dos exemplares de Ficus.

FIGURA 23- Parede externa do atelie com os exemplares de Ficus.

- 80-
IIIIIUtfii\OICI Ud Vt;f!::ft;ft.c:IIYCIU IIV .... V1UUI\U ICIIIIII,U VIUCIIIV ._ llV l"UIIU'"''""' ..,VII.;;>uuo.,.v

8 METODOLOGIA

FIGURA 24- Parede externa da sala 05 antes da coloca<;;ao dos exemplares de Ficus.

FIGURA 25- Parede externa da sala 05 com os exernplares de Ficus.

- 81 -
mnuenc1a oa vegeta~o no t;ontono Termico Urbano e no Ambiente Construido
8 METODOLOGIA

8.3.6 Metoda de tratamento e analise dos resultados

A fim de se verificar se havia diferenc;:as estatisticamente significativas entre os valores


de temperatura ambiente e umidade relativa obtidos com a escola sem arborizac;:ao e depois
com os exemplares de Ficus, esses dados foram avaliados estatisticamente pelo programa
SAS~ de hora em hora, no perfodo das 8:00 has 17:00 h (Tabelas 36, 37, 38 e 39), e concluiu-
se que eles nao apresentavam, pelo Teste de Tukey a 1% e a 5%, diferenc;:as estatisticamente
significativas.

A avaliac;:ao de conforto termico nas salas de aula analisadas foi feita utilizando-se o
metoda do Voto Media Estimado (VME) (ISO 7730, 1994). Foram calculados os valores do VME
e da Porcentagem Estimada de lnsatisfeitos (PEl) de hora em hora, no perfodo das 7:20 h as
19:20 h, horario de funcionamento da escola.

Alem dos parametres ambientais como temperatura do ar, temperatura de globe,


umidade relativa e velocidade do ar, as parametres individuais, tambem considerados nesta
parte do trabalho, foram o tipo de vestimenta utilizada pela maioria dos alunos que frequentam
o PRODECAD e a atividade exercida (taxa de metabolismo) no ambiente analisado.

As pec;:as de roupa consideradas nos calculos, de acordo com a ISO 9920 (1995),
foram: cueca de algodao (0,04 clo), calc;:as folgadas (0,22 clo), meia esportiva (0,03 clo), tenis
de lona com sola leve (0,02 clo) e camiseta de algodao de mangas curtas (0,08 clo).
Contabilizando-se cada item, a resistencia termica total desta vestimenta adotada como padrao
foi de 0,39 clo. Para efeito comparative, uma segunda possibilidade de vestimenta tambem foi
avaliada, no caso a inclusao de urn casaco tipo jaqueta (0,55 clo), aumentando o valor da
resistencia termica da vestimenta padrao para 0,94 clo.

Ja as atividades exercidas consideradas na escola foram: uma pessoa parada, sentada


(1,0 met), simulando a mesma assistindo a aula; au uma pessoa andando em local plano a uma
velocidade de 2 km/h (1,9 met), pois as alunos realizam algumas brincadeiras coordenadas pela
professora dentro da sala de aula (ISO 8996, 1990).

Assim, tem-se quatro situac;:oes distintas observadas para as parametres pessoais:

- 82-
ifii!IU~II'!.Otd Ulell Y~t::l.CII'!fCIV liV ........ , ...... , ..... ,.,,,,,, ........ '-"' ,_..,,..., ... ''"' .-,..,,..,., .. ,,..._ ..,....,.,..,.~,.,. • .,..,.

8 METODOLOGIA

• pessoa sentada (1 ,0 met) com vestimenta de 0,39 clo;


• pessoa andando (1,9 met) com vestimenta de 0,39 clo;
• pessoa sentada (1 ,0 met) com vestimenta de 0,94 clo;
• pessoa andando (1,9 mel) com vestimenta de 0,94 clo.

Todas essas considerac<oes foram feitas de modo a simular o que realmente ocorre na
escola avaliada.

- 83-
•••••--••-...•.,......,. ~"":::ti.,.""'Y"""" ,,..., ....,.~,,. ..., ..... ,..,,,,,,....., VIUC>IIIV 'I;> IIV MlliUn;:'IIU:: '""UIRJ>UUIUU

9 RESULTADOS E DISCUSSAO

RESULIADDS£DJScussAo

A analise dos dados obtidos em campo foi feita de acordo com a metodologia citada
anteriormente (item 8). Os resultados sao apresentados a seguir e todos os graficos referentes
as especies arb6reas analisadas estao em anexo no final deste trabalho.

9.1 Especies Arb6reas

9.1.1 Senna spectabilis (Cassia)

Na Cassia, as medic;:5es de radiac;:ao solar, temperaturas de bulbo seco, bulbo umido e


de globo, ah§m das medic;:5es de velocidade do ar, foram realizadas nos dias 25, 29 e 30 de
abril de 1999, 17 e 30 de agosto de 2001.

Os equipamentos, dispostos a sombra, foram movidos apenas uma vez durante o dia
de medic;:ao. Essa unica mudanc;:a foi suficiente para manter as condic;:Oes pre-estabelecidas
para o experimento.

-84-
1nnuenc1a aa vegeta~o no >.,..oruun.u lt:llln"v UIUC~~iiu ~ 11v ....,.,..,• ..,,,..,.. ....................~...,

9 RESULTADOS E DISCUSSAO

Os dados obtidos em campo no dia 29 de abril sao apresentados, como exemplo, sob
a forma de graficos de radia9ao solar, temperaturas (ambiente e globe) e umidade relativa
(Figuras 26, 27 e 28).

RADIA<;AO SOLAR~ 29/04/1999


Senna spectabllis

1,40000 ~-----------------,

1,20000 t -&-Sol --Senna spectabilis

1,00000

l @~ruiDOCLt········--······=~~~~~~~···--····--··············j···········.................................................... .

I~ I
0,60000
I

0,40000

0,20000

0,00000 ~.~:::;:::=::::=;J.:::::;::::::::::;::::::.:=~~=::::::::;=:::,,J
7:25 8:25 9:25 10:25 11:25 12:25 13:25 14:25 15:25 16:25
Hora

FIGURA 26- Radia9iio solar {Cassia) 29/abril/1999.

TEMPERATURAS • 29/0411999
Senna spectabilis
45,0

40,0

35,0

30,0
~
e 25,o
"
~
ID
~ 20,0
ID
>-
15,0 -8-Temp. Globo (Sol)
t
- · •- ·Temp. Globo (Sombra}
10,0
- h : - Temp. Amb. (Sol)

5,0 --*--Temp. Amb. (Sombra)

0,0 +.-~--+---+--+--~-+--__, _ __,_ __,__


7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13;15 14:15 15:15 16:15 17:15
Hora

FIGURA 27- Temperaturas do are de globe (Cassia) 29/abril/1999.

- 85-
·····--··-·- -- v -::J--Y-...- ,,_. ._..,.,,.,..., ...., ,.,.,,,,,..,.._. ...,,,_..,,..., .,- ''""' f"UIIUI..,IOU:O "-"'•ofli;:)~IUIUU

9 RESULTADOS E DISCUSSAO

UMIDADE RELATIVA- 29/0411999


Senna spectabilis
100,0

90,0
--B-So! • • 1111 • ·Senna spectabilis
80,0
? Ill
<:0 70,0 II
"0 Ill :•
~
<6
60,0

"' 50,0

40,0

30,0

20,0 +--i--__,i--_--+--+---~-~--___j
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Hora

FIGURA 28- Umidade relativa do ar (Cassia) 29/abril/1999.

A Tabela 02 apresenta os valores de energia total incidente, atenuac;:ao da radiac;:ao


solar e do erro padrao da media das atenuac;:oes (a).

- d a ra 1ac;:ao so ar
TABElA02 - Atenuac;:ao
Atenua(i3o
Energia Energia
da
Senna Total lncidente Totallncidente
2 Radiayao
spectabi/is (kW.hlm2) (kW.h/m )
Solar
(Sombra) (Sol) (%)
25/04/1999 0,02189 0,22309 90,2
29/04/1999 0,01967 0,21188 90,7
30/04/1999 0,01894 0,19518 90,3
17/08/2001 0,02272 0,18250 87,6
30/08/2001 0,03092 0,19362 84,0
Media 88,6
a + 1,3

-86-
lnfluencia da Vegeta~o no Conforto TE!rmico Urbano e no Ambiente Construido
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

As Tabelas 03 e 04 apresentam os valores dos Votes Medics Estimados obtidos na


analise de conforto termico. Observando esses valores conclui-se que em 42% dos casos, onde
o valor do VME a sombra era menor do que aquele ao sol, a diferem;;a entre os VME ao sol e a
sombra variou de 0 a 1,00. Outros intervalos de diferenc;:as e suas respectivas frequencias de
ocorrencia estao na Tabela 05.

14:15

TABELA 04 - Voto Medic Estimado

-87-
-...-----,.~- --- --------- "- ····-- -----·-- ··- ·-··-·-··~- --··-~·-·- ...
9 RESULTADOS E DISCUSSJi.O

TABELA 05- Frequemcia de ocorrencia da diferenga entre VME ao sole VME a


sombra para a especie Senna spectabilis

(VME ao sol) - (VME a sombra) Freqiiencia de Ocorrencia (%)

0-1,00 42,0
1,01-2,00 25,0
2,01-3,00 19,0
3,01-4,00 5,5
4,01-5,00 5,5
-- ··-·-------·-- -- - - - ---------····---··
5,01-6,00 --
6,01-7,00 3,0
7,01-8,00 ---
8,01-9,00 --
9,01 -10,00 ---
Acima de 10,00 ---
Total 100,0

E importante salientar que em 10,0% dos casos, os valores de VME a sombra


estiveram maiores que aqueles obtidos nas situagoes ao sol, mas, em geral, pode-se dizer que
a Cassia contribui de forma significativa na redugao do VME e, em alguns casos (16,7%) sua
sombra restabelece as condigoes de conforto terrnico (-1 ,:; VME,:; +1).

9.1.2 Schinus mol/e (Aroeira salsa)

Na Aroeira salsa, as medigoes dos parametres ambientais foram feitas nos dias 12, 24
e 26 de julho de 1999, 08 de abril e 16 de agosto de 2001.

Os equipamentos, dispostos sob a copa da arvore, foram deslocados duas vezes ao


Iongo do dia, as 11:30 he 14:30 h, a fim de mante-los sombreados.

- 88-
lilltut:II\.OICII YCII V~~I,.Gy<:lU !IVV'•.oi'"VoQ.V '""''''"..,"' ._. • ......,.,,...,"" ,,..,. .....,,,...,,.,.,,...,_ ....,....,,, ..... , ... , ... ..,

9 RESULTADOS E DISCUSSAO

Os graficos apresentados a seguir (Figuras 29, 30 e 31) sao referentes ao dia 26 de


julho de 1999. Na Tabela 06 estao os valores de energia total incidente e atenuagao da
radiagao solar, assim como o erro padrao da media das atenuagoes (a).

Os dados obtidos com a avaliagao do conforto termico sao apresentados nas Tabelas
07 e 08. Pode-se observar que em 19,4% dos casas a Aroeira salsa proporciona condigiies de
conforto termico pr6ximas da ideal (-1 s; VME s; +1), amenizando aquelas encontradas ao sol.
Tambem e possivel observar que as maiores freqOencias (28%) ocorrem para os intervalos
entre 0-1,00 e entre 1,01 -2,00 das diferengas dos VME ao sole a sombra (Tabela 09).

No caso da Aroeira salsa tambem se tern que em 10% dos cases, os valores de VME a
sombra estiveram maiores que aqueles obtidos nas situagiies ao sol.

TABELA 06 - Atenuagao da radiagao solar


Atenuac;ao
Energia Energia
da
Schinus Total lncidente Totallncidente
Radiac;lio
(kW.h/m 2) (kW.hlm 2)
molle Solar
(Sombra) (Sol)
{%)
12/07/1999 0,05865 0,20211 71,0
24/07/1999 0,03318 0,13671 75,7
26/07/1999 0,04219 0,18652 77,4
08/04/2001 0,05520 0,19207 71,3
16/08/2001 0,04745 0,17443 72,8
Media 73,6
a + 1,3

TABELA 07- Voto Medic Estimado


VME - Schinus molle Com jaqueta - 0,94 clo
Hora Condi!<iiO Situa~<ao 12/07/99 24/07/99 26/07/99 08/04/01 16/08/01
Sentado Sombra -3,64 -1,12 -1,34 -0,23 -1,73
7:15
Sol -1,21 0,41 2,79 1,01 -1,59
Andando Sombra -0,75 0,56 0,43 1,04 0,21
(2 km/h) Sol 0,51 1,35 2,60 1,70 0,29
Sentado Sombra 1,43 1,68 1,39 2,26 1,81
14:15
Sol 3,85 0,58 5,21 3,19 5,31
Andando Sombra 1,88 2,02 1,89 2,33 2,05
(2 km/h) Sol 3,12 1,44 3,87 2,81 3,89

- 89-
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

TABELA 08- Voto Mectio Estimado


VME- Schinus molle Sem jaqueta - 0,39 clo
Hora Condic;ao Situac;ao 12107/99 24/07199 26/07/99 08104/01 16108/01
Sentado Sombra -7,74 -3,29 -3,48 -1,91 -3,84
7:15
Sol -3,79 -0,94 2,70 -0,13 -3,63
Andando Sombra -2,69 -0,43 -0,55 0,69 -0,76
(2 km/h) Sol -0,65 0,79 2,68 1,24 -0,65
Sentado Sombra 0,76 1,09 0,52 1,93 1,42
14:15
Sol 4,47 -0,52 6,70 3,23 6,52
Andando Sombra 1,65 1,82 1,59 2,25 1,94
(2 km/h) Sol 3,57 0,98 4,80 2,93 4,61

TABELA 09- Frequ€mcia de ocorrencia da diferenga entre VME ao sole VME a


sombra para a especie Schinus molle

(VME ao sol) - (VME a sombra) Frequencia de Ocorrencia (%)

0-1,00 28,0
1,01-2,00 28,0
2,01-3,00 16,7
3,01-4,00 16,7
4,01-5,00 2,5
5,01-6,00 2,5
6,01-7,00 5,6
7,01-8,00 --
8,01-9,00 -
9,01-10,00 -
Acima de 10,00 -
Total 100,0

-90-
lOTIUeOClCli Qal Vegela'!fCIO 110 \...UI!IUJLU itlfiiiii..U UIIJ<IIIU 1::: liV l"!.llllll.il";"'0."" ...,....,,,.,. .. , ... ,,.....,

9 RESULTADOS E DISCUSSAO

RADIACAO SOLAR- 26107199

I
Schinus molle
-<>-Sol
0,80000
! --Schinus moUe

~:::::: j
~0,50000

i
-" I
0,40000
.!!! 0,30000
J
&0,20000
0,100001
~··~~~~~~~~-~~~~~--~~

0,00000 <lti!'J--+---+----~--+---+--------'

7:23 8:23 9:23 10:23 11:23 12:23 13:23 14:23 15:23 16:23
Hma

FIGURA 29- Radia~;:ao solar (Aroeira salsa) 26/julho/1999.

TEMPERATURAS - 2610711999
Schinus moUe
w.o,-------------------------------------,
45,0

40,0

3s.om--""
6'-- 30,0
~
~
~ 25,0
i!l
~ 20,0 ]-&-Temp. Globo(Sol)
1-
I
15,0 1· · •-- Temp. Globo
i (Sombra)
10,0 ;--tr-Temp. Amb. (Sol)
'
5,0 1-- *··Temp. Amb.
L (Sombra)
0,0 --+--+--+---+--+--+---+---4----+--'
+-.

7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Hera

FIGURA 30- Temperaturas do are de globo (Aroeira salsa) 26{julho/1999.

- 91 -
.,.,,...,,..,,,.,.,,.. .,..,. """~'"'....,.'1""'"' ••v ._.._.,,. ....,.,..,. '"""'"'""'V VJ...,C:UIV V iiiU I'UIIUI't:llv:::' VUIJ:SU-UIUU

9 RESULTADOS E DISCUSSAO

UMIDADE RELATIVA- 26/07/1999


Schinus mol!e
100,0

90,0
-8-Sol - - II - - Schinus mo!le
80,0 ~--~--
£ ill.
<0
70,0
~
m
-~
;;

.-···
o;
0:
m
~
m
:!1
E
::>

30,0
•·······.
20,0 +-__,--+--+--~~-~--+-----...J
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Hora

FIGURA 31- Umidade relativa do ar (Aroeira salsa) 26/julho/1999.

9.1.3 Bauhinia variegata (Pata-de-vaca)

Os dias escolhidos para as medic;Oes na Pata-de-vaca foram: 06, 11 e 12 de abril e 07


e 12 de dezembro de 2000.

Os equipamentos, que estavam a sombra da arvore, foram deslocados duas vezes ao


Iongo do dia, uma as 11:30 h e outra as 14:30 h. Dessa forma, permaneceram sombreados o
dia todo. Ja aqueles que ficaram ao sol, permaneciam fixes durante todo o dia.

Os graficos de radiagao solar, temperaturas (ambiente e globe) e umidade relativa, do


dia 12 de dezembro, sao apresentados nas Figuras 32, 33, 34.

Na Tabela 10, pode-se observar os valores de energia total incidente, atenua<;:ao da


radiagao solar e do erro padrao da media das atenua<;:oes (a) para a Pata-de-vaca.

-92-
lnfluencia da Vegetat;ao no Conforto rermico Urbano e no Ambiente Construido
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

TABELA 10 - Atenuacao
- da ra tacao soar
Atenuac;ao
Energia Energia
da
Bauhinia total incidente total incidente
2 radiac;ao
variegata {kW.hlm 2) {kW.h/m )
solar
(Sombra) (Sol)
(%)
06/04/2000 0,03248 0,22980 85,9
11/04/2000 0,03535 0,21642 83,7
12/04/2000 0,03123 0,20412 84,7
07/12/2000 0,06580 0,31751 79,3
12/12/2000 0,07412 0,29733 75,1
Media 81,7
a ± 2,0

Os valores dos VME calculados na analise de conforto termico realizada sao


apresentados nas Tabelas 11 e 12. Observa-se que a maior freqOencia da diferenya entre VME
ao sole a sombra (45,0%) ocorre no intervalo de 1,01- 2,00, seguida daquela correspondente
ao intervalo de 2,01 - 3,00 (25,0%), o que indica que a sombra da arvore produz uma reduc;:ao
significativa nos valores do VME obtidos ao sol (verTabela 13).

RADIAc;:AO SOLAR -12/12/2000


Bauhinia forficata
1,40000 , - - - - - - , - - - - - - - - - - - - - - , - - . . . . . . . ,
-9-Sol - Bauhinia forficata

1,20000

'f 1,00000
~::- 0,80000
~
(f)

,g
.."'
'5
0,60000

:. 0,40000

0,20000

0,00000 .L_---;--~--+--~--4----~-+-----_j

7:23 8:23 9:23 10:23 11:23 12:23 13:23 14:23 15:23 16:23
Hora

FIGURA 32- Radiac;:iio solar (Pata-de-vaca) 12/dezembro/2000.

-93-
--·- -- - -... --,..-- --- --··---~- . -·····-- -·--··-- ··- ·-··-·-··..... .__.._.~ .............
9 RESULTADOS E DISCUSS.i\0

TEMPERATURAS- 12/1212000
Bauhinia forficata
60,0 , - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ,

7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Hora

FIGURA 33- Temperaturas do are de globo (Pata-de-vaca) 12/dezembro/2000.

UMIDADE RELATIVA- 12/12/2000


Bauhinia forficata
100,0

-a-Sol • • • • - Bauhinia forficata


90,0

80,0

"';;:
"-
70,0
0

"~ •••
i 60,0

"'"
~

m 50,0
• I
"E ·.............. --•1
:::>
40,0 'It '
I
30,0 I
I

20.0 +.-~--+--+-~--+--+--+--+---_j
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
H<lnl

FIGURA 34- Umidade relativa (Pata-de-vaca) 12/dezembro/2000.

-94-
influencia da Vegeta~o no Conforto Tennico Urbano e no Ambiente Construido
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

TABELA 11 - Voto Medio Estimado


VME- Bauhinia varie~ ata (Com ja ueta - 0,94 clo)
Hora Condi«lio Sitllal<liO 06/04100 11104/00 12/04100 07/12/00 12/12/00
Sentado Sombra -2,54 -0,35 -0,62 -1,45 2,70
7:15
Sol 0,37 1,08 1,31 2,21 4,67
Andando Sombra -0,12 0,96 0,79 0,41 1,98
(2 kmlh) Sol 1,38 1,72 1,81 2,33 3,63
Sentado Sombra 2,15 3,41 2,15 3,68 4,56
14:15
Sol 4,14 4,46 5,12 6,85 7,00
Andando Sombra 2,29 2,94 2,29 3,11 3,59
(2 km/h) Sol 3,34 3,47 3,86 4,76 4,82

· · ---- - -------- +,l>,B~LA ~ 2\4lto Medio Estimado... ~~~"-

VME- Bauhinia vari~ ata (Sem jaqueta- 0,39 clol


Hora Condi«lio I Situa«lio 06/04100 11/04100 12/04/00 07112/00 12/12100
Sentado Sombra -6,95 -1,92 -2,21 -4,22 2,55
7:15
Sol -1,52 0,10 0,63 1,70 5,47
Andando Sombra -2,17 0,26 0,09 -0,85 1,73
(2 kmlh) Sol 0,61 1,34 1,55 2,22 4,18
Sentado Sombra 1,68 3,70 1,72 4,17 5,77
14:15
Sol 4,84 5,30 6,54 9,11 8,85
Andando Sombra 2,19 3,25 2,25 3,55 4,43
(2 km/h) Sol 3,87 4,03 4,77 6,08 5.89

TABELA 13- Frequ€mcia de ocorrencia da diferenya entre VME ao sole VME a


som bra para a espec1e Bauhinia variegata

(VME ao sol)- (VME a sombra) Freqiiimcia de Ocorrencia (%)

0-1,00 7,5
1,01 -2,00 45,0
2,01-3,00 25,0
3,01-4,00 12,5
4,01-5,00 5,0
5,01-6,00 5,0
6,01-7,00 --
7,01-8,00 --
8,01-9,00 -
9,01 -10,00 --
Acima de 10,00 --
Total 100,0

-95-
·-·- -- --;:>--::r-- ··- --···-·~- ·-·····-- -·-··-- ··- ................................................. . .
9 RESULTADOS E DISCUSSJiO

Ainda de acordo com as Tabelas 11 e 12 observa-se que, em nenhuma das situagoes


analisadas, os valores dos VME ao sol estiveram inferiores aqueles dos VME a sombra da
Pata-de-vaca. Pode-se avaliar tambem que em 22,5% dos cases esse individuo arb6reo
proporcionou condigoes de conforto termico (-1 :s; VME :s: +1), amenizando aquelas de
desconforto encontradas ao sol. Dessa forma, conclui-se que, no case deste indivfduo arb6reo
analisado, as condi<;:6es de conforto foram sempre amenizadas, proporcionando ate sensagao
de frio, a sua sombra.

As medigoes no Jambolao foram realizadas nos dias 27 e 31 de maio, 29 de junho, 21


e 28 de novembro de 2000.

Os equipamentos dispostos a sombra ficaram fixes ao Iongo do dia durante todo o


periodo de medi<;:6es devido ao tamanho da sombra, proporcionada pela arvore, ser suficiente
para manter as condi<;:6es pre-estabelecidas para o experimento.

Como ilustragao sao apresentados neste item os graficos de radiagao solar,


temperaturas {ambiente e globe) e umidade relativa do dia 28 de novembro {Figuras 35, 36 e
37).

Conforme descrito no item 8.2.7, a atenuagao da radiagao solar foi calculada atraves
da equagao [8.3], para cada dia de medigao. Os valores de energia total incidente, atenuagao
da radiagao solar e erro padrao da media das atenuag6es {a) estao na Tabela 14.

Nas Tabelas 15 e 16 sao apresentados os valores do VME para cada situagao


analisada. De acordo com a Tabela 17, em 47,5 % dos cases as diferengas entre os VME ao
sole a sombra nao sao significativas, ou seja, estao entre 0-1,00. Entretanto, em 27,5% essas
diferengas sao maiores que 2,01, redugoes muito significativas para esse indice de conforto
termico.

-96-
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

RADIAyAO SOlAR- 28111/2000


Cingingium jambolana
1,40000 ..------------,·--:::;;S:::;:S:::o;-1------- ------- ---;

1,20000 ~ - - Cingingium jambo!ana

I
f 1,00000 1
~ 0,80000

~
~
m
0,60000 t
~ 0,40000

0,00000 .r=~:=:=:=:::::::::::;:=::::::;:::::y~~~::::==~~==:::,d
7:29 8:29 9:29 10:29 11:29 12:29 13:29 14:29 15:29 16:29
Hora

FIGURA 35- Radiagiio solar (Jamboliio) 28/novembro/2000.

TEMPERATURAS - 28/11/2000
Cingingium jambolana
50,0 . , - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ,

45,0

40,0

35,0

6
"-- 30,0
l:!
~

125,0

~ 20,0
t-
-e- Temp. Globo (Sol)
15,0
• - •-- Temp. Globo (Sombra)

10,0 ~Temp. Amb. (Sol)

-- •-- Temp. Amb. (Sombra)


5,0

0,0 L - - + - - + - - i - - - - f - - - - i - - - i - - - + - - + - - + - _ j
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Hora

FIGURA 36- Temperaturas do are de globo (Jamboliio) 28/novembro/2000.

-97-
- - .... --,.-- --- ------·-- ·-·····-- -·--··-- ··- ..................... .....-........... . .
._

9 RESULTADOS E DISCUSSAO

UMIDADE RELATIVA- 28/1112000


Cingingium jambolana
100,0-.------------------------------------.

90,0

80,0

~.g 70,0 1!

i 60,0
81

-e-Sol • • • • · Cingingium jambolana


30,0

20,0 -!-.---+----+----+---+---+------+--_,_---+___j
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Horn

FIGURA 37- Umidade relativa do ar {Jambolao) 28/novembro/2000.

- da ra 1ayao soar
TABELA 14 - Atenua<;:ao
Atenuacao
-Energia Energia
da
Cingingium total incidente total incidente
radia~ao
jambolana (kW.hlm2) (kW.hlm2 )
solar
(Sombra) (Sol)
(%)
27/05/2000 0,00848 0,10725 92,1
31/05/2000 0,00984 0,16782 94,1
29/06/2000 0,01124 0,14191 92,1
21/11/2000 0,01717 0,24384 92,9
28/11/2000 0,02094 0,28748 92,7
Media 92,8
(l +0,4

Na avaliayao de conforto termico, proporcionado pela sombra do Jambolao, tambem e


possivel observar que em todas as situa<;:iies analisadas, os valores dos VME a sombra da
arvore sempre foram inferiores aqueles obtidos ao sol. Alem disso, em 25,0% dos casos, a
sombra da arvore reduziu os valores dos VME a niveis considerados confortaveis para a
maioria das pessoas {-1 :;; VME:;; +1), amenizando aqueles encontrados ao sol. Dessa forma,

-98-
infh.Jfmcia da Vegeta<;ao no Confort:o Termico Urbano e no Ambiente constnnao
9 RESULTADOS E DISCUSSi\.0

conclui-se que, no caso do Jambolao analisado, as condig5es de conforto foram sempre


amenizadas, proporcionando em alguns casos sensagao de frio a sua sombra.

TABELA 15- Voto Medio Estimado


VME - Cingingium jambo/ana (Com jaqueta - 0,94 clo)
Hora Condic;ao Situac;ao 27/05100 i 31105100 29106100 21111100 28111100
7:15
Sentado Sombra
Sol
-1,98
-1,56
i -2,95
-2,60
-2,21
-1,76
I' 0,01
1,03
-0,28
1,66
Andando Sombra 0,08 -0,43 -0,05 1,16 1,05
(2 km/h) Sol 0,31 -0,25 0,19 1,68 2,01
14:15
Sentado Somlira ''::o,33 :O:UT - ·r;38 ····· - '1"$'' ,, ..v
Sol 0,84 4,60 2,92 3,79 6,67
Andando Sombra 0,96 1,16 1,89 2,22 2,48
(2 km/h) Sol 1,56 3,55 2,68 3,17 4,67

TABELA 16- Voto Medio Estimado


VME - Cin ingium jambo1ana (Sem jaqueta - 0,39 clo}
Hora Condic;lio Situac;ao 27105100 31105100 29106100 21111100 28111100
Sentado Sombra -4,18 -5,56 -4,51 -1,57 -2,65
7:15
Sol -3,62 -5,07 -3,84 0,05 1,01
Andando Sombra -0,94 -1,67 -1,12 0,47 0,02
(2 km/h) Sol -0,64 -1,41 -0,78 1,30 1,78
Sentado Sombra -1,81 -1,74 0,47 1'11 2,03
14:15
Sol 0,00 5,66 3,03 4,35 8,93
Andando Sombra 0,30 0,41 1,58 1,99 2,45
(2 km/h) Sol 1,22 4.25 2,91 3,66 5,99

-99-
-~- ---~--- --- --------- -- ------ ----------- -------·-- ----~-·- ....
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

TABELA 17- Frequencia de ocorrencia da diferenc;:a entre VME ao sole VME a


sombra para a especie Cingingium jambolana

(VME ao sol)- (VME a sombra) Freqiiencia de Ocorrencia (%)

0-1,00 47,5
1,01-2,00 25,0
2,01-3,00 7,5
3,01-4,00 10,0
4,01-5,00 5,0
5,01-6,00 --
6,01-7,00 2,5
7,01-8,00 2,5
8,01-9,00 -
9,01 -10,00 -
Acima de 10,00 --
Total 100,0

9.1.5 Clitoria fairchildiana (Sombreiro)

Para a avaliayao do Sombreiro, as medic;:Oes dos parametres ambientais e da radiac;:ao


solar incidente foram realizadas em duas etapas distintas. A divisao ocorreu devido a proposta
de se analisar a arvore, que e decidua, nas suas duas condic;:6es mais significativas: com folhas
e sem folhas.
Os dias escolhidos para as medic;:Oes no Sombreiro foram: 17, 19 e 20 de janeiro, 21 e
28 de novembro de 2000, para a condiyao com folhas. Ja para a condiyao sem folhas os dias
foram: 31 de maio e 29 de junho de 2000, 14 e 18 de agosto de 2001, alem do dia 01 de
setembro de 2001.

Os equipamentos, que estavam a sombra da arvore, foram deslocados duas vezes ao


Iongo do dia, uma as 11:30 he outra as 14:30 h. Dessa forma, perrnaneceram sombreados o
dia todo. Ja aqueles que ficaram ao sol perrnaneceram fixes durante todo o dia.

- 100-
lnfluencia da Vegeta~o no Conforto Tennico Urbano e no Ambiente constNIOO
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

Os graficos de radia<;ao solar, temperaturas (ambiente e globo) e umidade relativa, do


dia 29 de junho de 2000, sao apresentados nas Figuras 38, 39,40.

Na Tabela 18, pode-se observar os valores de energia total incidente, atenua<;ao da


radia<;ao solar e do erro padrao da media das atenua<;oes (a).

T ABELA 18 - Atenua<;ao da radia<;ao solar


Atenuac;ao
Energia Energia
da
total incidente ,---totaHnci<lente. · ····rn:a.a~ao·
Clitoria fairchildiana (kW.hlm") (kW.h/m 2)
solar
(Sombra) (Sol)
(%)
17/01/2000 0,04976 0,26185 81,0
19/01/2000 0,05496 0,25697 78,6
Com folhas 2010112000 0,05419 0,23232 76,7
21/11/2000 0,04953 0,24384 79,7
28/11/2000 0,06588 0,28748 77,1
Media (c/ folhas) 78,6
a ± 0,8
31/05/2000 0,05227 0,16782 68,5
2910612000 0,05543 0,14191 60,9
Sem folhas 14/08/2001 0,04523 0,18552 75,6
18/08/2001 0,05580 0,19859 71,9
01/09/2001 0,05096 0,19793 74,3
Media (s/ folhas) 70,2
a ±2,6

Nas Tabelas 19, 20, 21 e 22 estao os valores dos VME para todas as condi<;oes
analisadas. Observando-se esses dados, pode-se afirrnar que, na condi<;ao sem folhas, apenas
7,5% dos casos indicam que a sombra da arvore reduziu os valores dos VME a niveis
considerados confortaveis para a maioria das pessoas (-1 :<: VME,.;; +1 ). Ja para a condi<;ao com
folhas essa porcentagem sobe para 37,5%.

- 101 -
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

No caso do Sombreiro tambem nao se tern nenhum valor dos VME a sombra da arvore
superior aqueles obtidos ao sol, o que significa que a sombra, neste caso, proporcionou a
melhoria do conforto em rela<;ao a situa9ao ao sol.

TABELA 19- Voto Medio Estimado


VME - C/itoria fairchildiana sem folhas (C/ jaqueta -
0,94 clo)
Hora Condi~;ao Situa~;ao 31/05/00 29/06/00 14/08/01 18/08/01 01/09/01
Sentado Sombra -3,21 -2,34 -2,23 -1,85 -1,08
7:15
Sol -2,60 -1,76 -1,82 -1,69 -0,69
Andando Sombra -0,57 -0,12 -0,06 0,14 0,56
(2kmfht "Sot ----- f-----0;2o--- ~-mg---- -u;T5--- -- u;za- - U,ff
Sentado Sombra 0,84 1,73 1,74 2,53 3,01
14:15
Sol 4,60 2,92 5,57 4,59 6,50
Andando Sombra 1,61 2,07 2,04 2,43 2,70
(2 km/h) Sol 3,55 2,68 4,04 3,52 4,53

TABELA 20- Voto Medio Estimado


VME - Clitoria fairchildiana sem folhas (S/ jaqueta -
0,39 clo)
Hora Condi~;ao Situa~;ao 31/05/00 29/06/00 14/08/01 18/08/01 01/09/01
Sentado Sombra -5,95 -4,72 -4,52 -3,97 -2,89
7:15
Sol -5,07 -3,84 -3,86 -3,73 -2,32
Andando Sombra -1,87 -1,23 -1,13 -0,84 -0,26
(2 km/h) Sol -1,41 -0,78 -0,79 -0,71 0,04
Sentado Sombra -0,61 1,01 1,23 2,43 3,06
14:15
Sol 5,66 3,03 6,86 5,34 8,00
And an do Sombra 1,06 1,90 1,87 2,47 2,81
(2 km/h) Sol 4,25 2,91 4,82 3,99 5,40

TABELA 21- Voto Medio Estimado


VME - C/itoria fairchildiana com folhas (C/ jaqueta -
0,94 clo}
Hora Condi!;iio Situa~;ao 17/01/00 19/01/00 20/01/00 21/11/00 28/11/00
Sentado Sombra 0,20 0,94 -0,38 -0,08 -0,46
7:15
Sol 2,24 3,11 1,37 1,03 1,66
Andando Sombra 1,28 1,67 0,99 1,09 0,94
(2 km/h) Sol 2,35 2,82 1,91 1,68 2,01
Sentado Sombra 2,77 1,85 2,11 2,40 2,90
14:15
Sol 7,83 7,58 5,59 3,79 6,67
Andando Sombra 2,62 2,17 2,25 2,43 2,69
(2 km/h) Sol 5,26 5,14 4,06 3,17 4,67

- 102-
............................ ,. . ~--':f""- ··- --···--~- ·-·---·-- --~----- ---
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

TABELA 22- Voto Medio Estimado


VME- Clitoria fairchild/ana com folhas (S/ jaqueta -
0,39 clo)
Hora Condi~ao Situa~ao 17/01100 19101100 20101100 21111100 28111100
Sentado Sombra -1,45 -0,37 -2,76 -1,00 -2,57
7:15
Sol 1,72 3,05 0,16 0,05 1,01
Andando Sombra 0,57 1,16 -0,04 0,49 0,00
(2 km/h) Sol 2,22 2,95 1,48 1,30 1,78
Sentado Sombra 2,59 0,97 1,72 2,06 2,88
14:15
Sol 10,29 11,05 6,99 4,35 8,93
Andando Sombra 2,65 1,92 2,17 2,40 2,83
(2 kmlh) Sol 6,65 7,14 4,91 3,66 5,99

Analisa~do-asTabelas19 e2o, observa-se que, para a cond19~odoSombrelrosem


folhas, as diferen!(aS entre os VME ao sol e a sombra nao sao significativas, pois a maioria das
ocorn§ncias esta entre 0 - 1,00 (52,5%). Ja para a situa!(iio com folhas ocorre o inverse, em
55,0% dos casos as diferen!(as estao acima de 2,00. Portanto conclui-se que a arvore com
folhas proporciona maior diminui!(ao nos valores dos VME do que sem folhas.

RADIA<;i\0 SOLAR - 29/0612000


Clitoria fairchildiana

-e-Sol -Ciitoria fairchildiana


0,90000

0,75000
~
~ 0,60000

i0,4~0
~ 0,30000
\

0,15000

0,00000 +--->----+----+----+------+------;---;--=
7:28 8:28 9:28 10:28 11:28 12:28 13:28 14:28 15:28 16:28
Hora

FIGURA 38- Radiac;:ao solar (Sombreiro) 29/junho/2000.

- 103-
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

TEMPERATURAS- 29106/2000
Clitoria fairchi!diana
45,0 , - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ,

40,0

35,0

p
30,0
..---.to::··:_!·-·_.£----·----·---:
; 25,0
... .&:
~
~ 20,0 -_ . - .....
~ -s- Temp. Globe (Sol)
15,0

10,0
-o- Temp. Amb. (Sol)
5,0 · · • ··Temp. Amb. (Sombra)

0,0 +-.--+---+----+---+--~--+---+--~-+---'
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Hora

FIGURA 39- Temperaturas do are de globe (Sombreiro) 29~unho/2000.

UMIDADE RELATIVA- 29/06/2000


Clitoria fairchildiana
100,0

90,0
-8-Sol - - • · · Clitofia fairchildiana

80,0
l.
<0
70,0
""'>
E
"'
0::

""'"'
60,0

"E
::::>
50,0
••
40,0
··- ··-·-· .....
~-....., ·

30,0

20,0 +.--+--+---+---+---+---+--+---+--+-__j
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Hora

FIGURA 40- Umidade relativa do ar (Sombreiro) 29~unho/2000.

- 104-
IUIJUefi\Oid Uc:l Y~l.G\(Q~ II~ .....ViUVI~V '"''''""''-' ..,.,......,.,,..., ..- ,,.,. ...,.,,, .... ,,.,.,,...,. ..,.,..,...,.., .. ,,.....,.

9 RESULTADOS E DISCUSSAO

TABELA 23- Freq0€mcia de ocorrencia da diferenga entre VME ao sole VME a


sombra para a especie Clitoria fairchildiana (sem folhas)

(VME ao sol)- {VME a sombra) Freqiiencia de Ocorrencia (%)

0-1,00 52,5
1,01 -2,00 17,5
2,01-3,00 12,5
3,01 -4,00 10,0
4,01 -5,00 2,5
5,01-6,00 2,5
6,01-7,00 2,5
7,01-8,00 --
8,01-9,00 -
9,01 -10,00 --
Acima de 10,00 -
Total 100,0

TABELA 24- Frequencia de ocorrencia da diferenga entre VME ao sole VME a


sombra para a especie Clitoria fairchildiana (com folhas)

(VME ao sol)- (VME asombra) Freqiiencia de Ocorrencia (%)

0-1,00 10,0
1,01-2,00 35,0
2,01-3,00 20,0
3,01-4,00 17,5
4,01-5,00 ---
5,01-6,00 10,0
6,01-7,00 2,5
7,01-8,00 2,5
8,01-9,00 --
9,01 -10,00 --
Acima de 10,0 2,5
Total 100,0

- 105-
-- --- - - ... ~-~,.-~ --~ ~ ~ --~- -- --------- ----·--- ---- ----·-··~- --··---·-
.....
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

9.1.6 Cedrela fissilis (Cedro-rosa)

As medic;oes dos parametres ambientais e da radiac;ao solar incidente, no Cedro-rosa,


tambem ocorreram em duas etapas distintas pelo mesmo motive daquelas realizadas no
Sombreiro, au seja, como a arvore e uma especie decidua, optou-se par avaliar suas duas
condic;oes mais significativas: com folhas e sem folhas. A coleta dos dados foi realizada nos
dias 21 e 28 de novembro de 2000, 12, 16 e 17 de abril de 2002, para a condi<;ao com folhas; e
nos dias 27 de maio e 29 de junho de 2000, 10, 15 e 16 de junho de 2001, para a condigao sem
folhas.

Os equipamentos, que estavam a sombra da arvore, foram deslocados tres vezes ao


Iongo do dia, as 10:30 h, as 13:30 he as 15:30 h, a tim de que as condigees pre-estabelecidas
para o experimento fossem mantidas. Ja aqueles que ficaram ao sol permaneceram fixos
durante todo o dia.

Nas Figuras 41, 42 e 43 sao apresentados as graficos de radiagao solar, temperaturas


(ambiente e globo} e umidade relativa referentes ao dia 12 de abril de 2002.

Os valores de energia total incidente, atenua<;ao da radiagao solar e do erro padrao da


media das atenuagoes (a) estao na Tabela 25.

- 106-
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

- - da rad'1ac;;ao
TABELA25 A tenuac;;ao - so ar
Atenua9ilo
Energia Energia
da
total incidente total incidenta
2 radia9ao
Cedrela fissilis (kW.hlm 2) (kW.hlm )
solar
(Sombra) (Sol)
(%)
21/11/2000 0,05314 0,24384 78,2
28/11/2000 0,06339 0,28748 77,9
Comfoihas 12/04/2002 0,05430 0,23236 76,6
16/04/2002 0,05907 0,21894 73,0
17/04/2002 0,06225 0,22499 72,3

Media (c/ folhas) 75,6

a .!.. . , ..

27/05/2000 0,07486 0,10725 30,2


29/06/2000 0,10062 0,14191 29,1
Sem folhas 10/06/2001 0,11244 0,14962 24,8
15/06/2001 0,09181 0,14412 36,3
16/06/2001 0,08270 0,11651 29,0
Media (sf folhas) 29,9

a ± 1,9

TABELA 26- Voto Medio Estimado


VME - Cedrela fissilis sem folhas (Com jaqueta - 0,94
clo)
Hora Condi~;ao Situa!;ilo 27/05/00 29/06/00 10/06/01 15/06/01 16/06/01
Sentado Sombra -1,97 -0,02 -2,30 -2,64 -1,95
7:15
Sol -1,56 -1,76 -2,02 -2,86 -2,24
Andando Sombra 0,10 1,09 -0,09 -0,26 0,11
(2 km/h) Sol 0,31 0,19 0,06 -0,36 -0,03
Sentado Sombra 0,09 2,46 2,67 1,73 3,35
14:15
Sol 0,84 2,92 2,53 3,02 4,05
Andando Sombra 1,20 2,45 2,52 2,04 2,88
(2 km/h) Sol 1,56 2,68 2,43 2,73 3,25

- 107-
·····--·--·- -- ·~;::.~~--,.-- ··- --···-· .._. ·-·••.,,.,....... ,.....,,,.,...,. ,,...,.,....,,,;v,,..,w•• ...,...,.,,.,.... ...,,..,v
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

TABELA 27- Voto Medio Estimado


VME - Cedrela fissilis sem folhas (Sem jaqueta - 0,39
clo)
Hora Condi!;ao Situa!;lio 27105100 29106100 10106101 15/06101 16106101
Sentado Sombra -4,22 -1,30 -4,66 -5,17 -4,18
7:15
Sol -3,62 -3,84 -4,25 -5,74 -4,83
And an do Sombra -0,95 0,54 -1,19 -1,45 -0,94
(2 km/h) Sol -0,84 -0,78 -0,97 -1,73 -1,25
Sentado Sombra -1,36 2,25 2,59 1,16 3,72
14:15
Sol 0,00 3,03 2,43 3,16 4,84
Andando
(2 km/h)
I Sombra 0,57 2,55 2,58 1,89 3,20
Sol 1,22 2,91 2,46 2,95 3,81

TABELA 28- Voto Medio Estimado


VME- Cedrela fissilis com folhas (Com jaqueta - 0,94
clo)
Hora Condi!;lio Situa!;lio 21/11/00 28/11/00 12/04/02 16/04/02 17/04/02
Sentado Sombra 0,66 0,69 -0,72 -0,25 -0,24
7:15
Sol 1,03 1,66 -0,29 -0,19 -0,03
Andando Sombra 1,50 1,55 0,74 1,00 1,01
(2 km/h) Sol 1,68 2,01 0,98 1,04 1'11
Sentado Sombra 2,54 3,30 3,39 2,85 3,02
14:15
Sol 3,79 6,67 6,30 4,96 6,53
Andando Sombra 2,51 2,90 2,90 2,69 2,73
(2 km/h) Sol 3,17 4,67 4,43 3,78 4,56

TABELA 29- Voto Medio Estimado


VME- Cedrela fissilis com folhas (Sem jaqueta - 0,39
clo)
Hora Condi!;lio Situa!;lio 21/11/00 28/11/00 12/04/02 16/04/02 17/04/02
Sentado Sombra -0,75 -0,83 -2,36 -1,68 -1,62
7:15
Sol 0,05 1,01 -1,68 -1,59 -1,36
Andando Sombra 0,94 0,93 0,01 0,38 0,41
(2 km/h) Sol 1,30 1,78 0,38 0,43 0,54
Sentado Sombra 2,25 3,48 3,62 2,68 3,03
14:15
Sol 4,35 8,93 7,91 6,26 8,04
Andando Sombra 2,53 3,13 3,10 2,80 2,84
(2 km/h) Sol 3,66 5,99 5,37 4,63 5,42

Os valores dos VME para todas as condic;:oes analisadas estao nas Tabelas 26, 27, 28
e 29. Observando-se esses dados, pode-se afirmar que, na condic;:ao com folhas, apenas 15,0%
dos casos indicam que a sombra da arvore reduziu os valores dos VME a niveis considerados
confortaveis para a maioria das pessoas (-1 s VME s +1). Ja para a condic;:ilio sem folhas as

- 108-
influencia da Vegeta~o no Conforto Tennico Urbano e no Ambiente Construido
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

diferen9as entre os VME sao insignificantes, pais em 79,2% dos casas onde os valores a
sombra sao menores que ao sol, essa diferen9a esta entre 0- 1,00.

E importante observar que, no case do Cedro-rosa na situayao com folhas, nao se tem
nenhum valor dos VME a sombra da arvore superior aqueles obtidos ao sol, o que significa que
a sombra, neste case, proporcionou a diminuiyao dos indices de conferta obtidos ao sol. Em
contrapartida, na situayao sem folhas, em 40% dos casas, os valores dos VME obtidos a
sombra foram superiores aqueles obtidos ao sol (Tabela 30).

conferta termico, segundo o metodo do VME, nao apresentam diferenyas significativas quando
os transeuntes estao expostos ao sol ou a sombra da arvore. Entretanto, para a condiQao com
folhas (Tabela 31), as diferenyas entre os VME ao sol e a sombra sao superiores a 2,00 em
30% dos casas, representando assim uma diferen9a bastante significativa.

TABELA 30- Frequ€mcia de ocorrencia da diferenya entre VME ao sol e VME a


sombra para a especie Cedrela fissi/is (sem folhas)

(VME ao sol) - (VME a sombra) Frequencia de Ocorrencia (%)

0-1,00 79,2
1,01 -2,00 20,8
2,01-3,00 --
3,01 -4,00 -
4,01 -5,00 -
5,01 -6,00 -
6,01 -7,00 -
7,01-8,00 --
8,01 -9,00 ---
9,01 -10,00 -
Acima de 10,00 -
Total 100,00

- 109-
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

TABELA 31- Freqiiencia de ocorrencia da diferenya entre VME ao sole VME a


sombra para a especie Cedrela fissilis (com folhas)

(VIVIE ao sol) - (VIVIE a sombra) Frequencia de Ocorrencia (%)

0-1,00 50,0
1,01-2,00 20,0
2,01 -3,00 15,0
3,01 -4,00 7,5
4,01-5,00 2,5
5,01 -6,00 5,0
6,01 7,00
7,01 -8,00 -
8,01-9,00 --
9,01 -10,00 --
Acima de 10,00 --
Total 100,0

RAOIACAO SOLAR - 12/04/2002


Cedrela fiSSilis
1,40000 . - - - - - - - - - - , - - - - - - - - - , - - - - - ,
-&-Sol
1,20000
- Cedrela fissilis

i 1,00000

..
';:' 0,80000
0
"'
,g 0,60000
..
<.>
'0
il. 0,40000

0,20000

0,00000 +---+---+---+---+---+---+--~--+---+-:._j
7:28 8:28 9:28 10:28 11:28 12:28 13:28 14:28 15:28 16:28
Hora

FIGURA 41- Radiagao solar (Cedro-rosa) 12/abril/2002.

- llO-
lnfluencia da Vegetat;ao no Conforto Termico Urbano e no Ambiente Construido
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

TEMPERATURAS- 12104/2002
Cedrela fissilis
60,0 , - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ,

··j
40,o I
E
~
~ 30,0
1l.
E
I!
20,0 - a - Temp. Globo (Sol)
--:--:--.-:--:-temp:--GIObO"(SOITI"bffi)

I
-----------------------------------------------------------------~

10,0 l --A-Temp. Amb. (Sol)

I -- • ··Temp. Amb. (Sombra) I


0,0 +-._ __,._ __,._ ____,_ ___,_ _ ,___~ _ _ __,__ _ ___,

7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Hora

FIGURA 42- Temperaturas do are de globo (Cedro-rosa) 12/abril/2002.

UMIDADE RElATIVA- 12104/2002


Cedrela fissilis
100,0

90,0

~
80,0

••
4: 70,0
•••
0
'0
~ ··-·
...........
iii 60,0
o;
0:
w
'0

...
m 50,0
'0
E
::>
40,0 I
-a-Sol · · • - - Cedrela fissilis
30,0

20,0 +----+---+--~-~--+---i--r----+---'
I
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Hora

FIGURA 43- Umidade relativa (Cedro-rosa) 12/abril/2002.

- 111 -
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

9.1.7 Ficus benjamina (Ficus)

As medic;:oes no Ficus foram realizadas nos dias 02, 07, 10, 14 e 15 de maio de 2002.
Os equipamentos, dispostos a sombra da arvore, foram deslocados duas vezes ao Iongo do dia
de modo a se manter as condic;:oes pre-estabelecidas para o experimento.

Como ilustrac;:ao sao apresentados os graficos de radiac;:iio solar, temperaturas


(ambiente e globo) e umidade relativa do ar do dia 02 de maio de 2002 (Figuras 44, 45 e

Na Tabela 32 estao os valores de energia total incidente, atenuac;:iio da radiac;:ao solar


e erro padrao da media (a) para todos os dias de medic;:iio no Ficus.

-- da rad"1acao
TABELA32 Atenuacao - soar
Atenua\<lio
Energia Energia
da
Ficus total incidente total incidente
2 radia\<lio
benjamina (kW.h/m 2) (kW.hlm )
solar
(Sombra) (Sol)
{%)
02/05/2002 0,02428 0,20979 88,4
07/05/2002 0,03767 0,20126 81,3
10/05/2002 0,02540 0,19902 87,2
14/05/2002 0,02554 0,20363 87,5
15/05/2002 0,02406 0,18807 87,2
Media 86,3
a ± 1,3

TABELA 33- Veto Medic Estimado


VME- Ficus benjamina (Com jaqueta - 0,94 clo)
Hora Condi~;ao Situa!;iio 02/05/02 07/05/02 10/05/02 14/05/02 15/05/02
Sentado Sombra -0,91 -0,68 -3,30 -1,51 -1,98
7:15
Sol 0,26 -0,03 -3,29 -1,51 -1,70
Andando Sombra 0,65 0,76 -0,52 0,33 0,09
(2 km/h) Sol 1,26 1'11 -0,51 0,32 0,23
Sentado Sombra 2,37 1,98 1,98 2,40 2,26
14:15
Sol 5,28 2,72 5,45 5,44 5,07
Andando Sombra 2,40 2,19 2,20 2,44 2,34
(2 km/h) Sol 3,91 2,58 4,01 4,01 3,80

- 112-
.......................u "'~"'"""'Y"""" ........................... ·-·····-- -·--··-- ··-- ---·------- - -----· -·--
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

TABELA 34- Voto Media Estimado


VME - Ficus benjamina (Sem jaqueta - 0,39 clo)
Hera Condic;ao Situac;ao 02105102 07105102 10/05102 14105102 15105102
Sentado Sombra -2,60 -2,22 -8,55 -3,49 -4,24
7:15
Sol -0,96 -1,39 -8,49 -3,48 -3,77
Andando Sombra -0,11 0,08 -2,98 -0,58 -0,96
(2 kmlh) Sol 0,74 0,52 -2,95 -0,57 -0,73
Sentado Sombra 2,10 1,47 1,43 ' 2,05 1,91
14:15
Sol 6,86 2,58 7,11 7,36 6,63
Andando Sombra 2,41 2,05 2,07 2,46 2,33
(2 kmlh) Sol 4,89 2,65 4,94 5,21 4,78

TABELA 35- Frequencia de ocorrencia da diferenga entre VME ao sole VME a


sombra para a especie Ficus benjamina

(VME ao sol)- (VME a sombra) Freqiiencia de Ocorrencia (%)

0-1,00 50,0
1,01 -2,00 18,3
2,01-3,00 15,8
3,01 -4,00 5,3
4,01-5,00 5,3
5,01-6,00 5,3
6,01-7,00 --
7,01-8,00 -
8,01-9,00 -
9,01 -10,00 -
Acima de 10,00 --
Total 100,0

Analisando-se as Tabelas 33 e 34 e possivel observer que apenas 5% dos valores dos


VME ao sol sao iguais ou inferiores aqueles obtidos a sombra. Nos outros 95% das ocorrencias,
os valores dos VME a sombre sempre estiveram inferiores aqueles ao sol.

De acordo com a Tabela 35, em 50,0% dos casos as diferenc;as entre os VME ao sole
a sombra nao sao significativas, ou seja, estao entre 0- 1,00. Entretanto, em 31,6% essas

- 113-
- ------~-~ -~ . -..,-~,.-- ··- ~~-----~- -----.--- -·--··-- ··- ·····-·-··- --··---·-.....
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

diferenc;:as sao maiores que 2,01, reduc;:oes bastante significativas para o VME. Dessa forma,
conclui-se que o Ficus analisado oferece melhoria consideravel nas condig6es de conforto em
relac;:ao as observadas ao sol.

RADIA<;:AO SOLAR - 02105/02


Ficus benjamina -9-Sol
0,80000 ,------------~
--Ficus benjam ina
0,70000

0,00000 +--~-_,__-~--+---+---+---+---+---i-_j
7:28 8:28 9:28 10:28 11:28 12:28 13:28 14:28 15:28 16:28
Hora

FIGURA 44- Radiac;:iio solar {Ficus) 02/maio/2002.

TEMPERATURAS - 02/05/2002
Ficus benjamina
~.0,------------------------------------,

40.0

35,0

30,0

~
~ 25,0

~
~ 20,0
E
~
15,0 - B - Temp. Globo (Sol)
·- •-- Temp. Globe (Sombra)
10,0
---.!>-Temp. Amb. (Sol)

5,0 • · • ·-Temp. Amb. (Sombra)

0,0 -1---t----i---+----+----+----+----+----~---+--i
7;15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Hora

FIGURA 45- Temperaturas do are de globo (Ficus) 02/maio/2002.

- 114-
IOT!Uencla aa vegemyao no vornunu lt:tllll'-V vtucuiv.., ,,.., ....,,, ...,,..,,~... .............n .... , .........

9 RESULTADOS E OISCUSSAO

UMIDADE RELATIVA- 02/05/2002


Ficus benjamina

l -13-Sol -· a · -Ficus benjamina

80,0

"'e...... 70,0
0
'0

60,0
•---
"
-o 50,0.
"E
:2
:::>
40,0

30,0
-.
20,0 --i
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Hora

FIGURA 46- Umidade relativa do ar (Ficus) 02/maio/2002.

A seguir, sao apresentados os graficos de Variac;;ao Relativa da Temperatura Ambiente


e de Variac;;ao Relativa da temperatura de Globe para as sete especies analisadas (Figuras 47 e
48).

- 115-
intluencta aa vegeta~o no Conforto T8rmico Urbano e no Ambiente Construido
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

VARIACAD RELATIVA DA TEMPERATURA:='-"A,M,B,IE:::N,:T:_:E,_,_,~------,


1 --Senna spectabifis
--------"·-~-~--- ---- --------~-. -~ - - ------~--~·-·-------- --~~j - ~ ~ Schinus mol!e
Bauhinla forticata
I - §}---- Cingingium jambo!ana
' -·--+---- C!itoria fairchildiana (Com folhas)

I ~C!itoria

~Cedre!a
fairchildiana (Sem fo!has)
fiss!lis (Com folhas)
1
' -l!!r- Cedrela fissilis (Sem folhas)
1
, ',
L ~Ficus b:ce,:,nlc:,•c.mc.ln,:,a_ _ _ __
J~-.,.

Hora

FIGURA 47- VariaQao Relativa da Temperatura Ambiente para as sete especies analisadas,

VARIACAO RELATIVA DA TEMPERATURA DE GLOBO


Senna spectabilis
35,0
~ ~ • Schinus moUe

30,0

-M----- Cingingium jambo!ana

""..
~
25,0
- •- Clitoria fairchildiana (Com
~
.
.!!
0::
20,0 fo!has)
-+- Clitoria fairchildiana (Sem
folhas)

....
0 15,0 -?E- Cedreta fissms (Com folhas)

"'
'l: 10,0
--t\--Cedrela fissilis (Sem folhas)
;:
.. ~Ficus benjamina

""'6. 5,0

...::;; 0,0 --+--------+------+- -+- ---l


8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
~5,0
Hora

-10,0

FIGURA 48- VariaQao Relativa da Temperatura de Globo para as sete especies analisadas,

- 116-
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

9.2 Avalia~ao da Escola

9.2.1 Avaliat;iio estatistica dos dados

As Tabelas 36, 37, 38 e 39 mostram os resultados obtidos com a avaliagao estatfstica


dos dados extemos e das duas salas de aula analisadas. Esses dados, como apresentado no
nema·.3.o;foram avaliados estatisticalllellte pelo programa-BA&~~e nora ef!"I-Mfa,..flG.pefi949....

das 8:00 has 17:00 h, e concluiu-se que eles nao apresentavam, pelo Teste de Tukey a 1% e a
5%, diferengas estatisticas significativas.

TABElA 36- Resultado da comparagao de medias da temperatura ambiente (TBS), pelo


Teste de Tukey a 10Yo
Horario (h)
Situagao
8:00 9:00 10:00 11:00 12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00

Atelie sem
24,70cb 25,60ba 25,70ba 26,34ba 27,08ba 28,12ba 28,70ba 29,20a 29,78a 29,27a
sombreamento

Atelie com 23,82c 24,07bc 24,31b 24,60b 25,25b 26,23b 27,12b 27,69a 28,23a 28,09a
sombreamento

Sala05sem 27,19a 27,31a 27,74a 28,42a 29,99a


27,58a 28,88a 29,18a 29,50a 29,15a
sombreamento

Sala05com 25,82b 26,29a 25,72ba 26,19ba 26,86ba 27,49ba 27,77ba 28,07a 28,50a 28,09a
sombreamento

Exterior 20,73d 23,13c 26,20ba 27,20ba 27,82ba 28,58ba 28,57a 28,1Da 26,84a
25.08b
(primeira parte)

Exterior
20,01d 22,43c 24,41b 26,21ba 27,56a 28,34a 29,07ba 28,82a 28,45a 27,58a
(segunda parte)
As med1as segUidas de letras 1gua1s na mesma coluna nllo apresentaram d1ferengas estat!sllcas (p.
0.01) pelo Teste de Tukey.

-117-
- --- --... ---,-- --- ------- ·- --------- ----··-- ·--. q·--·-··~- ____... ___.,.
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

TABELA 37- Resultado da comparagao de medias da temperatura ambiente (TBS), pelo


T este dT
e ukey a 5"A0
Horario (h)
Situagiio
8:00 9:00 10:00 11:00 12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00

Alelie sem
24,70cb 25,60bc 25,70b 26,34ba 27,08a 28,12a 28,70ba 29,20ba 129,78a 29,27a
sombreamento

Atelieccm
23,82c 24,07dc 24,31b 24,60c 25,25b 26,23b 27,12b 27,69b 28,23a 28,09ba
sombreamento
I
Sala 05 sem
27,58a 27,19a 27,31a 27,74a 28,42a 28,88a 29,18a 29,50a 29,99a 29,15a
sombreamento
- -- - -
-saTim5com··· ~~ ~~ ~

-~~- ~~ ~-

25,82b 26,29ba 25,72b 26,19b 26,86ba 27,49ba 27,77ba 28,07ba 28,50a 28,09ba
sombreamento

Exterior
20,73d 23,13de 25,08b 26,20b 27,20a 27,82ba 28,58ba 28,57ba 28,10a 26,84b
(primeira parte)

Exterior
20,01d 22,43e 24,41b 26,21b 27,58a 28,34a 29,07a 28,82ba 28,45a 27,58ba
(segunda parte)
As med1as segUidas de letras 1gua1s na mesma coluna nao apresentaram d1feren9<Js estat1sticas (p.
0.05) pelo Teste de Tukey.

T ABELA 38 - Resultado da comparagao de medias da umidade relativa do ar (UR), pelo


T este d e T u k eya 1"A0
Horario (h)
Situ a gao
8:00 9:00 10:00 11:00 12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00
Atelie sem
68,21b 68,73bc 67,20a 65,87a 63,24a 62,93a 58,38a 55,08a 53,17a 53,52ba
sombreamen.

Atelieccm
66,30b 67,65bc 67,91a 67,20a 65,51a 62,57a 58,89a 54,46a 51,65a 51,32b
sombreamen.

Sala 05 sem
61,00b 64,60c 64,81a 63,31a 61,47a 57,83a 55,03a 54,53a 52,79a 54,23ba
sombreamen.

Sala05ccm
61,34b 60,91c 64,49a 62,91a 61 ,81a 57,41a 54,23a 53,65a 50,65a 51,55b
sombreamen.

Exterior
86,83a 80,06a 73,91a 70,87a 67,75a 65,07a 59,39a 57,97a 60,66a 67,39a
(primeira parte)

Exterior
85,79a 77,84ba 70,23a 61,99a 57,61a 52,07a 46,92a 46,78a 48,37a 52,02b
(segunda parte)
.. - apresentaram d1feren9<Js estat1st1cas (p.
As med1as segu1das de letras 1gua1s na mesma coluna nao
0.01) pelo Teste de Tukey.

- 118-
IIIIIUUII\o-1<1 UCl Y~tofLd'Y"ClV IIV '"'VIUVI ..U '"''"""""' ""'"""'''""'"" ''""' .,,,,_,.,. .. _ --··---·--

9 RESULTADOS E DISCUSSAO

TABELA 39- Resultado da comparagao de medias da umidade relativa do ar (UR), pelo


e u ey a 5°/c0
T este dTk
Horario (h)
I Situagao
8:00 9:00 10:00 11:00 12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00

Atelie sem 68,21b 68,73b 67,20a 65,87a 63,24a 62,93ba 58,38a 55,08a 53,17ba 53,52b
sombreamento
I
Ateli<'l com 66,30b 67,65b 67,91a 67,20a 65,51a 62,57ba 58,89a 54,46a 51,65ba 51,32b
sombreamento

Sala 05 sem
sombreamento
61,00b 64,60b 64,81a 63,31a 61,47a 57,83ba 55,03a 54,53a 52,79ba 54,23b I
Sala 05 com 61,34b 60,91b 64,49a 62,91a 61 ,81a 57,41ba 54,23a 53,65a 50,65ba 51,55b
sombreamento

I Exterior 86,83a 80,05a 73,91a 70,87a 67,75a 65,07a 59,39a 57,97a 60,66a 67,39a
I (primeira parte)
Exterior 85,79a 77,84a 70,23a 61 ,99a 57,61a 52,07b 48,92a 46,78a 48,37b 52,02b
(segunda parte)
'
As med1as
'
segwdas de letras 1gua1s na mesma coluna n1\o apresentaram diferenc;:as estatiSllcas (p.
0.05) pelo Teste de Tukey.

As medias em cada horario das temperaturas do ar nas salas de aula, obtidas pelo
SASm, foram tambem plotadas num grafico. Analisando-se a Figura 49, pode-se notar que com
as mudas das arvores, a temperatura do ar nas duas salas foi reduzida, em media de 1,5 °C. 0
grafico com as medias das umidades relativas tambem sao apresentados (Figura 50).

Temperatura do Ar

32,50

-fr-Ateli€! sem sombreamento


-.~r- Ateli19 com sombreamento

'""0- Sala 05 sem sombreamento


--- Sala OS com sombreamento

17,50 --e- Exterior ( 1a parte)


--+-Exterior (2a parte)

15,00 +----+----+--t---+---+---1--+---i----J
8:00 9:00 10:00 11:00 12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00
Hora

FIGURA 49- Temperaturas medias do ar nas salas e no ambiente externo.

- 119-
•••••--•·-·- - - • - ... - - ... - - ••- --•••-•w- • -•••••-- - · - - • • - - ••- • ••••-•-••w- - - - - - - - · - -

9 RESULTADOS E DISCUSSAO

Umidade Relativa do Ar
90,00
----a- Ate!i9 sem sombreamento
85,00 ___. Ate!i9 com sombreamento
lao,oo
~
Sala 05 sem sombreamento
<( ~~ Sala 05 com sombreamento
.g 75,00 --8-- Exterior ( 1a parte)

,ij 70,00 L -o- Exterior (2a parte)

; ~~~~~~~
!: 65,00
il
1ii 60,00
~

-855,00
.g
·e 5o.oo
:::> 45,00 1
40,00 +l--c---+--41--+1---;--+1----4--f----il
8:00 9:00 10:00 11:00 12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00
Hora

FIGURA 50- Umidades relativas medias do ar nas salas e no ambiente externo.

9.2.2 Analise dos resultados

Analisando-se os dados obtidos na escola, verificou-se que ocorreu uma reduc;:ao, em


media, de 1,5 oc entre as temperaturas medidas antes da colocac;:ao dos exemplares arb6reos
e depois da colocac;:ao dos mesmos (ver Figura 49). Os dados de temperatura de bulbo seco e
de umidade relativa do interior das salas onde se realizaram as medic;:oes tambem foram
analisados estatisticamente (ver Tabelas 36, 37, 38 e 39). Alguns horarios apresentaram
diferenc;:as estatisticamente significativas ao nfvel de 1% e 5% e outros nao. E possfvel que
devido ao tamanho dos exemplares (plantas ainda jovens) a reduc;:ao das temperaturas de
bulbo seco nao tenha sido tao significativa estatisticamente, mas par meio da Figura 49 pode-se
observar uma reduc;:ao simetrica, em media 1,5 oc, em todos os horarios.

Nas Tabelas 40, 41, 42 e 43 estao os valores obtidos na avaliac;:ao de conferta termico
das duas salas de aula analisadas. Baseando-se nesses valores, pode-se dizer que, para os
dias com temperaturas mais elevadas (04 de abril - sem os exemplares de Ficus e 06 de maio
-com os exemplares de Ficus), somente as 8:20 he com a condic;:ao de 0,39 clo (sem jaqueta)
os valores dos VME, obtidos no atelie, estiveram mais altos com a escola "arborizada" do que

- 120-
IIUIUt::'ll\oiG UG Y~t;:\.Q~V IOV "'VIUVo ..v ,,..,,,.,.,...., ..,.,.......,,, ... .,. ••~ ,...,,,..,.,.. ,, _ _ ..,.,, ... .,,.,.,....,..,.

9 RESULTADOS E OISCUSSAO

aqueles coletados antes da coloca~o das arvores. Esses valores somam apenas 3,8% do total
de dados coletados naquela sala nos dois dias mais quentes. Nos demais horarios e condi96es
estabelecidas para a avalia9ao, a presenya da arborizayao reduziu os valores dos VME em
rela~o aqueles obtidos sem as arvores. Dessa forma, conclui-se que a presenya dos
exemplares, mesmo ainda jovens, contribuiu para reduyao dos valores dos VME na sala 05 e
no atelie do PRODECAD, e a conseqOente melhoria do conforto termico.

No atelie (dias 04 de abril e 06 de maio de 2002), outre ponto que deve ser
mencionado e que na analise das diferenyas entre os VME sem as arvores e com a presen9a
das mesmas, 98% desses valores estao entre 0 - 1,00, o que faz com que a reduyao
proporcionada pelo sombreamento nao seja tao significativa em termos de conforto.
Provavelmente se as arvores fossem maiores essa reduyao tambem seria incrementada. Ja na
analise da sala 05 tem-se que em 42,4% dos cases as diferenyas estao entre 1,01 - 2,00 e
23,0% sao superiores a 2,01 (ver Figuras 51, 52, 53, 54 e Tabelas 40, 41, 42, 43). Assim, a
redu~o dos VME na sala 05 demonstra maior influencia dos exemplares de Ficus no conforto
termico dessa sala.

- 121 -
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

TABELA 40- Voto Media Estimado

VME -ATELIE
Dia mais quente sem arboriza~o Dia mais quente com arboriza~o
(04 I abrill 2002) (06 I maio I 2002)
Com jaqueta Sem jaqueta Comjaqueta Sem jaqueta
Hora Condigao (0,94 clo) (0,39 clo) (0,94 clo) (0,39 clo)
Sentado (1 ,0 met) 0,18 -1,40 -0,24 -1,64
7:20
Andando (1 ,9 met) 1,26 0,59 1,00 0,39
Sentado (1 ,0 met) -0,08 -2,11 -0,18 -1,48
8:20
Andando (1 ,9 met) 1,14 0,27 1,03 0,47
Sentado (1 ,0 met) 0,60 -0,37 0,17 -1,05
9:20
Andando (1 ,9 met) 1,44 1,03 1,22 0,70
Sentado (1 ,0 met) 0,46 -0,81 0,10 -1,16
10:20
Andando (1 ,9 met) 1,39 0,86 1'18 0,64
Sentado (1 ,0 met) 0,66 -0,60 0,21 -1,00
11:20
Andando (1 ,9 met) 1,51 0,99 1,24 0,72
Sentado (1 ,0 met) 0,87 -0,53 0,56 -0,51
12:20
Andando (1 ,9 met) 1,64 1,09 1,43 0,98
Sentado (1 ,0 met) 1,36 0,59 0,80 -0,16
13:20
Andando (1 ,9 met) 1,86 1,57 1,56 1,16
Sentado (1 ,0 met) 1,45 0,85 1,05 0,20
14:20
Andando (1 ,9 met) 1,89 1,67 1,69 1,35
Sentado (1 ,0 met) 1,46 0,68 0,90 0,01
15:20
Andando (1 ,9 met) 1,92 1,64 1,60 1,24
Sentado (1 ,0 met) 1,62 0,87 0,84 -0,07
16:20
Andando (1 ,9 met) 2,01 1,77 1,57 1,20
Sentado (1 ,0 met) 1,71 1,07 0,88 -0,01
17:20
Andando (1 ,9 met) 2,05 1,84 1,59 1,23
Sentado (1 ,0 met) 1,27 0,22 0,71 -0,25
18:20
Andando (1 ,9 met) 1,84 1,46 1,50 1'11
Sentado (1 ,0 met) 1,20 0,15 0,67 -0,31
19:20
Andando (1 ,9 met) 1,80 1,41 1,48 1,08

- 122-
........"''' .............. '"~»""-..,- ........................... ·-·· ............. _____ - .........·-·-··-- --··---·--
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

TABELA 41- Voto Medio Estimado

VME -ATELIE
Dia mais frio sem arborizag§o Dia mais frio com arborizac;iio
(08 I abrill 2002) (30 I abrill 2002)
Comjaqueta Sem jaqueta Comjaqueta Semjaqueta
Hora Condic;ao (0,94 clo) (0,39 clo) (0,94 clo) (0,39 clo)
Sentado (1 ,0 met) -1,28 -3,74 0,24 -0,91
7:20
Andando (1 ,9 met) 0,49 -0,63 1,25 0,76
Sentado (1,0 met) -0,23 -1,83 0,45 -0,59
8:20
Andando (1,9 met) 1,03 0,32 1,35 0,92
Sentado (1 ,0 met) -0,48 -2,50 0,57 -0,41
9:20
Andando (1 ,9 met) 0,91 0,02 1,42 1,01
Sentado (1 ,0 met) -0,52 -2,56 0,61 -0,35
10:20
Andando (1 ,9 met) 0,89 -0,01 1,44 1,04
Sentado (1 ,0 met) -0,45 -2,57 0,84 -0,04
11:20
Andando (1 ,9 met) 0,94 O,Q1 1,56 1,21
Sentado (1 ,0 met) 0,22 -1,17 1,24 0,53
12:20
Andando (1 ,9 met) 1,26 0,67 1,77 1,51
Sentado (1 ,0 met) 0,70 -0,46 1,45 0,83
13:20
Andando (1 ,9 met) 1,52 1,04 1,89 1,66
Sentado (1 ,0 met) 0,88 -0,18 1,63 1'11
14:20
Andando (1 ,9 met) 1,62 1,19 1,98 1,80
Sentado (1 ,0 met) 1,07 0,13 1,79 1,34
15:20
Andando (1 ,9 met) 1,72 1,35 2,06 1,92
Sentado (1 ,0 met) 1'10 0,26 1,91 1,51
16:20
Andando (1 ,9 met) 1,72 1,39 2,12 2,00
Sentado (1 ,0 met) 1,60 0,94 1,76 1,30
17:20
Andando (1 ,9 met) 1,98 1,77 2,04 1,90
Sentado (1 ,0 met) 0,91 -0,24 1,67 1,17
18:20
Andando (1 ,9 met) 1,64 1,19 1,99 1,83
Sentado (1 ,0 met) 0,82 -0,34 1,51 0,93
19:20
Andando (1,9 met) 1,58 1,12 1,92 1,71

- 123-
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

TABELA 42- Vote Medic Estimado

VME -SALA05
Dia mais quente sem arboriza<;ao Dia mais quente com arborizac;ao
(04 I abril I 2002) (06 I maio I 2002)

Comjaqueta Semjaqueta Comjaqueta Semjaqueta


Hora Condi~o
(0,94 clo) (0,39 clo) (0,94 clo) (0,39 clo)
Sentado (1 ,0 met) 1,72 1,18 -0,97 -3,31
7:20
Andando (1 ,9 met) 2,03 1,85 0,67 -0,39
Sentado (1 ,0 met) 3,04 3,07 -0,77 -3,20
8:20
Andando (1,9 mel) 2,72 2,83 0,78 -0,30
Sentado (1 ,0 met) 1,21 0,46 -0,33 -2,12
9:20
Andando (1 ,9 met) 1,76 1,47 0,99 0,20
Sentado (1 ,0 met) 1,52 0,91 0,37 -0,88
10:20
Andando (1 ,9 met) 1,93 1,71 1,35 0,81
Sentado (1 ,0 met) 1,63 1,07 0,29 -1,56
11:20
Andando (1 ,9 met) 1,99 1,79 1,34 0,57
Sentado (1 ,0 met) 1,84 1,37 0,37 -1,29
12:20
Andando (1 ,9 met) 2,10 1,94 1,38 0,68
Sentado (1 ,0 met) 1,72 1,22 0,62 -0,61
13:20
Andando (1 ,9 met) 2,04 1,86 1,49 0,97
Sentado (1 ,0 met) 1,77 1,29 0,87 -0,14
14:20
Andando (1 ,9 met) 2,06 1,90 1,61 1,19
Sentado (1 ,0 met) 1,92 1,51 0,59 -0,85
15:20
Andando (1 ,9 met) 2,13 2,01 1,49 0,89
Sentado (1 ,0 met) 2,05 1,70 0,90 0,05
16:20
Andando (1 ,9 met) 2,20 2,10 1,61 1,26
Sentado (1 ,0 met) 1,89 1,46 0,96 0,12
17:20
Andando (1 ,9 met) 2,13 1,99 1,63 1,29
Sentado (1 ,0 met) 1,81 1,34 0,40 -1,30
18:20
Andando (1 ,9 met) 2,08 1,93 1,39 0,69
Sentado (1 ,0 met) 1,72 1,22 0,25 -1,64
19:20
Andando (1 ,9 met) 2,03 1,86 1,32 0,53

- 124-
lnflu~ncia da Vegetac;ao no Conforto T&nnico Urbano e no Ambiente Construido
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

TABELA 43- Voto Media Estimado

VME-SALA05
Dia mais frio sem arboriza<;ao Dia mais frio com arborizac;ao
(08 I abrill 2002) (30 I abrill 2002)
Comjaqueta Sem jaquela Comjaqueta Semjaqueta
Hera Condi<;:ao (0,94 clo) (0,39 clo) (0,94 clo) (0,39 clo)
Sentado (1,0 met) -0,53 -2,06 -0,35 -2,28
7:20
Andando (1,9 met) 0,85 0,17 0,98 0,14
Sentado (1 ,0 met) 3,10 3,24 0,08 -1,74
8:20
Andando {1 ,9 met) 2,77 3,01 1,22 0,45
Sentado (1 ,0 met) 0,66 -0,31 0,65 -0,26
9:20
Andando (1 ,9 met) 1,47 1,07 1,46 1,08
Sentado {1 ,0 met) 0,17 -1,32 0,57 -0,62
10:20
Andando (1 ,9 met) 1,25 0,61 1,45 0,95
Sentado {1 ,0 met) 0,57 -0,62 1,27 0,60
11:20
Andando (1 ,9 met) 1,45 0,95 1,79 1,53
Sentado (1 ,0 met) 0,71 -0,41 1,29 0,27
12:20
Andando (1 ,9 met) 1,53 1,06 1,85 1,48
Sentado (1 ,0 met) 0,94 -0,05 1,67 1'17
13:20
Andando (1 ,9 met) 1,64 1,25 2,00 1,83
Sentado (1 ,0 met) 1,30 0,64 1,59 0,86
14:20
Andando (1 ,9 met) 1,80 1,55 1,99 1,76
Sentado (1 ,0 met) 1,50 0,92 1,71 1'12
15:20
Andando (1 ,9 met) 1,91 1,70 2,04 1,86
Sentado (1,0 met) 1,29 0,47 1,77 1,24
16:20
Andando (1 ,9 met) 1,83 1,52 2,06 1,90
Sentado (1 ,0 met) 1,32 0,57 1,53 0,66
17:20
Andando {1 ,9 met) 1,84 1,56 1,97 1,69
Sentado (1 ,0 met) 1,33 0,66 1,65 1,06
18:20
Andando (1 ,9 met) 1,82 1,57 2,01 1,81
Sentado {1 ,0 met) 1,24 0,53 1,42 0,48
19:20
Andando (1 ,9 met) 1,78 1,51 1,91 1,59

- 125-
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

Nos dias 08 e 30 de abril de 2002 (dias mais frios), as duas salas de aula avaliadas
apresentaram aumento dos valores dos VME obtidos a sombra em relagao aqueles obtidos ao
sol. As unicas exce<;:oes ocorreram na sala 05 as 7:20 h para a condi<;:ao sem jaqueta (0,39 clo),
as 8:20 h em ambas condi<;:oes (0,94 clo e 0,39 clo), as 9:20 h para a condi<;:ao com jaqueta
(0,94 clo) e as 19:20 h para a condi<;:ao sem jaqueta (0,39 clo) e pessoa sentada (1 ,0 met),
representando 17,3% do total da sala 05. Dessa forma, tem-se que, nessa sala, 95,3% dos
valores da diferen<;:a entre as situagoes da escola com arvores e sem arvores estao entre 0 -
1,00, fazendo com que essa diferen<;:a nao seja tao significativa em termos de conforto. Em
rela<;:ao ao atelie, nos dois dias mais frios, em 100% dos casos os valores dos VME foram
maiores com os exemplares colocados do que aqueles obtidos sem a presen<;:a das arvores. A
ocorrencia de diferen<;:as entre 0- 1,00 foi de 61 ,5%, entre 1,01 - 2,00 de 30,8% e entre 2,01 -
3,00 de 7,7%, indicando que as diferen<;:as foram mais acentuadas nessa sala (ver Figuras 51,
52, 53, 54 e Tabelas 44, 45, 46 e 47).

VME- Atelie (Dois dias mais quentes)


04/abril - Sem arvores ; 06/maio - Com arvores
2,50

2,00

1,50
0
.,
"'C
1,00
E
;
fll 0,50
w
.2 0,00 +-7'--+-~-+--~~.~·..c~+-c.~"::=:::f
"'C 7: 16:20 17:20 1'8:20 19 20
'<II -0,50

-
::i5

>
0
0
-1,00

-1,50
/ - - 04/abril/2002 (0,39 do - 1,0 met)
I
I
--*-04/abril/2002 (0,94 do -1,0 met)
---A-- 04/abril/2002 (0,39 clo- 1,9 met)
-EJ-04/abril/2002 (0,94 clo -1,9 met)
-2,00 . · · 06/maio/2002 (0,39 clo -1,0 met)
-B- 06/maio/2002 (0,94 clo -1,0 met)
-2,50 ---i~r-06/maio/2002 (0,39 clo -1,9 met) I
Hora - 8 - 06/maio/2002 (0,94 clo- 1,9 met) .J
FIGURA 51 - Voto Medic Estimado; Atelie (04/abril e 06/maio).

-126-
lfUlUt::Uit,;;ld Uct VtJY1:U.CIIYCi.V IIU VUUIU.\U ,,_,,.,,._,.... ..,, ....,,...,,.. ,,.,. ..,.., ..., _ , , _ - - · · - - - · - -

9 RESULTADOS E DISCUSSAO

VME - Sala 05 (Dois dias mais quentes)


041abril - Sem arvores ; 061maio - Com arvores
4,00

3,00

,0 2,00

.
w
cG
E
Ul
1,00

0 0,00
:0
'G)
7. 11:20 12:20 13;20' 14:20 .15:20. 16:20 17:20·. 18:20 19 20

-
:!iE I :
-1,00
04/abnll2oo2 {0,39 clo- 1,o met) i
0
--04/abril/2002 (0,94 clo -1.0 met) i ·
0 -2,00
> ' -ft- 04/abril/2002 (0,39 clo- 1,9 met) '1·

-B-04/abril/2002 (0,94 clo -1,9 met)


-3,00 06/maio/2002 (0,39 clo -1,0 met) 1

--e--06/maio/2002 (0,94 clo -1,0 met) I


i
-4,00 ---- 06/maio/2002 (0,39 clo- 1,9 met) I
Hora ---lli!--06/maio/2002 (0,94clo- 1,9 met)

FIGURA 52- Veto Media Estimado; Sala 05 (04/abril e 06/maio).

VME- Atelie (Dois dias mais frios)


081abril - Sem arvores ; 301abril - Com arvores
3,00

2,00.

,0 1,00 - 0

.
w
cG
E
Ul
0,00 .

,
.2
'GI
-1,00
---- 08/abril/2002 (0,39 clo- 1,0 met)
--08/abril/2002 (0,94 clo -1,0 met)

-
:!iE -2,00
0 -tr--08/abril/2002 (0,39 clo -1,9 met)
0 -3,00 -8-08/abrtl/2002 (0,94 clo -1,9 met)
> · · · · 30/abril/2002 (0,39 clo - 1,0 met)

-4,00 --e-- 30/abril/2002 (0,94 clo- 1,0 met)


---- 30/abril/2002 (0,39 clo- 1,9 met)
-5,00 ----lil--- 30/abril/2002 (0,94 clo_-1 ,9 met) •
Hora

FIGURA 53- Veto MEidio Estimado; Atelie (08/abril e 30/abril).

- 127-
IOIIIU<>o lt..Oa u:a Y~C'tci.\I'CI.V IIV VVIIIVI LU I t:'IUII\,;V VrUCIIUU tt flO Ariii:HenUli ¥005trUI00

9 RESULTADOS E DISCUSSAO

VME- Sala 05 (Dois dias mais frios)


08fabril - Sem arvores ; 30fabril - Com arvores
4,00.

3,00

0
"C 2,00
I'll
E
+=Ul
1,00
w
0
:a
•Q) 0,00.

u
::i 7' 16:20 17:20 18:20 19 20
.s0 -1,00
- - 08/abril/2002 (0,39 clo- 1,0 met)
- - 08/abril/2002 (0,94 clo- 1,0 met)
> - t r - 08/abril/2002 (0 ,39 clo - 1 ,9 met)
-2,00 -B-08/abril/2002 (0,94 clo- 1,9 met)
... - 30/abril/2002 (0,39 clo- 1,0 met) 1

----&-- 30/abril/2002 (0,94 clo- 1,0 met) I


-3,00
Hora -A-- 30/abril/2002 (0,39 clo- 1,9 met) I
\ - - 30/abril/2002 (0,94 clo- 1,9 met)

FIGURA 54- Voto Media Estimado; Sala 05 (08/abril e 30/abril).

TABELA 44- Frequencia de ocorrencia da diferenc;:a entre VME sem arvores e VME
com arvores para o atelie nos dais dias mais ouentes
(VME sem arvores)- (VME com
Freqiiencia de Ocorrencia (%)
arvores)
0-1,00 98,0
1,01 -2,00 2,0
2,01-3,00 ---
3,01 -4,00 ----
4,01-5,00 ----
Acima de 5,00 ---
Total 100,0

- 128-
1nnuenc1a aa vegetac;ao no \..onrono 1ernucu utUdllv ~~:: ••v ~-Unu•or;;•"or;; .....v••;:ou u1uv
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

TABELA 45- Frequencia de ocorrencia da diferenga entre VME sem arvores e VME
com arvores para a sala 05 nos dois dias mais quentes
(VME sem arvores)- (VME com
Frequencia de Ocorrencia (%)
arvores)

0-1,00 34,6
1,01-2,00 42,4
2,01-3,00 15,4
3,01-4,00 3,8
4,01-5,00 1,9
Acima de 5,00 1,9
Total 100,0

TABELA 46- Frequencia de ocorrencia da diferenga entre VME com arvores e VME
sem arvores para o atelie nos dois dias mais frios
(VME com arvores) - (VME sem
Frequencia de Ocorrencia (%)
arvores)

0-1,00 61,5
1,01-2,00 30,8
2,01-3,00 7,7
3,01-4,00 -
4,01-5,00 -
Acima de 5,00 ---
Total 100,0

- 129-
- ·-···..-- ....
--------·-·-- . -;:,--.,.-- ··- --···-· .. --.. ................. ~''""""'' ...........,._............ .
9 RESULTADOS E DISCUSSAO

TABELA 47- Frequencia de ocorrencia da diferen9a entre VME com arvores e VME
sem arvores para a sala 05 nos dois dias mais frios
(VME com arvores)- (VME sem
Freqiiencia de Ocorrencia (%)
arvores)

0-1,00 95,3
1,01-2,00 4,7
2,01 -3,00 ---
3,01-4,00 --
4,01-5,00 --
Acima de 5,00 -
Total 100,0

- 130-
IIIIIUt:'ll\ild Ud V~l.d~V IIV """VIIIVIII.V IO::IUII ... V ... IUQIIV 0:: IIV roiiiUIO::IILIC' ........ ,.,.LIO.IIUV

10 CONSIDERAc;:OES FINAlS

10 CONSIDERACOES FINAlS

0 Analisando-se os dados obtidos e especialmente a Tabela 48, observa-se que entre

as especies estudadas, as tres que apresentam melhor desempenho quanto a atenuac;:ao da


radiayao solar sao o Jambolao (92,8% de atenuagao), a Cassia (88,6%) eo Ficus (86,3%).

- so ar nas arvores anar1sad as


- da ra d'1ayao
TABELA48 - Atenuac;:ao
Atenua~oda

Radiac;:ao Solar a (Erro Padrao da


Especie Analisada
Media)
(%)
Senna spectabilis 88,6 ± 1,3
Schinus molle 73,6 ± 1,3
Bauhinia variegata 81,7 ± 2,0
Cingingium jambo/ana 92,8 ± 0,4
C/itoria fairchildiana (sem folhas) 70,2 ± 2,6
C/itoria fairchildiana (com folhas) 78,6 ± 0,8
Cedrela fissi/is (sem folhas) 29,9 ± 1,9
Cedrela fissi/is (com folhas) 75,6 ± 1,2
Ficus benjamina 86,3 ± 1,3

- 131 -
10 CONSIDERA<;:OES FINAlS

0 As iuvores com pior desempenho quanto a atenuac;:ao da radia<;:iio solar foram


exatamente aquelas analisadas na condi<;:ao sem folhas, ou seja, o Sombreiro (sem folhas) com
70,2% de atenuac;:ao e o Cedro-rosa (sem folhas) com 29,9%. Convem observar que mesmo
sem as folhas a atenuayiio proporcionada pelo Sombreiro ainda e bastante significativa. A
atenuayiio, nesse caso, seria proporcionada pelos galhos da arvore.

0 Comparando as Tabelas 48 e 49, nota-se que nao existe uma rela<;:iio direta entre a
atenuayiio da radiayao solar e as frequemcias de ocorrencia das diferenc;:as entre os VME ao sol
e a sombra das arvores. Urn exemplo e o Jambolao, que mesmo apresentando o maior valor de
atenuac;:ao da radiac;:iio solar (92,8%), possui uma das menores frequencias de reduyao dos
valores dos VME a sua sombra (27,5%). A explicayiio esta no fate do indice de conforto terrnico
de Fanger considerar todos os parametres ambientais e pessoais (temperatura do ar, umidade
relativa, velocidade do vento, temperatura radiante media, tipo de vestimenta e taxa de
metabolismo) na avaliac;:ao, enquanto a atenuayiio esta estritamente relacionada a radiac;:ao
solar incidente. Dessa forma, conclui-se que mesmo atenuando grande parte da radiayao solar
outros fatores como velocidade do ar interferem nos niveis de conforto terrnico proporcionados
pela sombra da arvore. Conforrne alguns estudos (Silva et al., 1996 e Ghelfi Filho et al., 1996),
individuos arb6reos de copa densa e baixa e folhas largas nao sao recomendados sob o ponte
de vista do conforto terrnico, devido a estrutura da copa dificultar a ventila<;:iio em fun<;:ao da
ascensao do ar quente, tomando mais dificil sua dissipayiio.

0 A recomenda<;:iio para a utiliza<;:ao de deterrninada especie esta relacionada ao uso


do local em que a vegeta<;:ao sera implantada. Se o local e urn estacionamento, a implanta<;:ao
de especies que propiciem maier atenua<;:ao da radiayiio solar e a escolha mais correta, pois
nao seria necessario proporcionar condic;:Oes adequadas de conforto terrnico, mas sim bloquear
a radia<;:ao solar incidente impedindo o efeito estufa dentro dos veiculos, e tamrem a queima de
suas pinturas. Entretanto, se o local e uma prac;:a com parquinho para crianc;:as, a implantayao
devera observar quais especies oferecem melhores condic;:6es de conforto terrnico aliadas a
maier atenuac;:ao da radia<;:iio solar devido a presenc;:a de pessoas no local. Dois bons exemplos
seriam a Pata-de-vaca e o Sombreiro, que atenuam respectivamente 81,7% e 78,6% da
radiayao solar e proporcionam as maiores frequencias de ocorrencia da diferenc;:a entre VME ao
sol e a sombra maier que 2,00, ou seja, mais contribuem para a melhoria dos indices de
conforto terrnico.

- 132-
..........., . . '-KO . . . . . . . . . . ~ ........ Y"'..,. ••- --•••-•~- •-•••••-- - · - - · · - - · · - • ····-·--·-- .

10 CONSIDERA<;:OES FINAlS

TABELA 49- FreqOencia de ocorrencia da diferenga entre VME ao sole VME a


sombra maior que 2 ' 00
Freqiiencia de Ocorrencia(%)
Especie Analisada
(VME ao sol)- (VME asombra) > 2,00
Senna spectabi/is 33,0
Schinus molle 44,0
Bauhinia variegata 47,5
Cingingium jambolana 27,5
Clitoria fairchi/diana (sem folhas) 30,0
Clitoria fairchildiana (com folhas) 55,0
Cedrela fissilis (sem folhas) 0,0
Cedrela fissilis (com folhas) 30,0
Ficus benjamina 31,7

0 E importante ressaltar que ah~m de considerar as recomendag5es, acima citadas,


quanto a atenuagao da radiagao solar e melhoria dos niveis de conforto termico, deve-se
observar tambem as recomendag6es relativas as caracteristicas morfologicas de cada especie,
ou seja, evitar arvores com raizes superficiais em calgadas, avaliar a presenga ou nao de fiagao
no local da implantagao etc. Essas recomendag6es podem ser encontradas, por exemplo, em
Mascaro & Mascaro (2002) e CESP (1997).

0 Na Tabela 50 estao todos os valores das atenuag6es da radiagao solar incidente


proporcionadas pelas especies arboreas estudadas.

0 A utilizagao da vegetagao na melhoria do conforto termico das salas de aula

analisadas, nos dois dias mais quentes, p6de ser comprovada por meio da redugao dos valores
dos Votos Medios Estimados em 98,1% dos casos.

0 A redugao dos valores dos VME, proporcionada pelos exemplares de Ficus nos dias

04 de abril e 06 de maio de 2002, e mais significativa na sala 05, onde 23,0% delas estao acima
de 2,00. Ja no caso do atelie, nao existem valores maiores que 2,00.

- 133-
·····--··-·- -- . -~--y-- ··- ~-···-· ~- . -·····-- .... -··- - ...... ,._ ............................................
10 CONSIDERA~OES FINAlS

T ABELA 50 - Tabela geral da atenuac;:ao da radia<;:ao solar incidente para todas


as arvores analisadas.

Atenuagao da
Erro Padrao da
Arvores Analisadas Radiagao Solar
Media (a)
(%)

Hymenaea courbaril (Jatoba} 87,2 ± 1,6

Cassia fistula (Chuva-de-ouro) 87,3 ± 0,7


0
'1j

-...
IV
I ll
Cll
:::i
Michelia champacca (Magnolia) 82,4 ±3,4

Tabebuia impetiginosa (lpe roxo) 75,6 ± 2,3

Caesalpinia peltophoroides
88,5 ± 1,2
(Sibipiruna)

Senna spectabilis (Cassia) 88,6 ± 1,3

Schinus molle (Aroeira salsa) 73,6 ± 1,3

Bauhinia variegata (Pata-de-vaca) 81,7 ± 2,0

Cingingium jambo/ana (Jambolao) 92,8 ± 0,4

0
'1j Clitoria fairchildiana
I! 70,2 ± 2,6

-
0
:::s
0
0
(Sombreiro)- sem folhas

C/itoria fairchildiana
78,6 ± 0,8
(Sombreiro)- com folhas

Cedrela fissi/is
29,9 ± 1,9
(Cedro-rosa) - sem folhas

Cedre/a fissi/is
75,6 ± 1,2
(Cedro-rosa) - com folhas

Ficus benjamina (Ficus) 86,3 ± 1,3

- 134-
lnnuenctcs uct v~t.c~ycrv uv ..,..,... v.'"v '""'"" ..."' ..... ,....,.,,..,.. .......... .--...··-·-··- - - · · - - - · - -

10 CONSIDERACOES FINAlS

0 Nos dois dias mais frios, tem-se uma situacao inversa aquela colocada
anteriormente. Tanto para o atelie quanto para a sala 05, predominam valores de VME maiores
para a condicao da escola "arborizada", mais precisamente em 100,0% dos casos do atelie e
82,7% dos casos da sala 05. Uma possivel interpretacao desse resultado seria que, a
temperaturas mais baixas, as arvores funcionam como uma barreira as perdas de calor para o
ambiente externo e consequentemente mantendo os valores dos VME mais elevados dentro
das salas.

0 No caso de temperaturas externas mais elevadas que as temperaturas do ambiente


interne (dias mais quentes), as arvores atenuam a incid€mcia direta da radiac;ao solar nas
fachadas onde se encontram, diminuindo assim o ganho de calor do ambiente interne atraves
da mesma.

0 Assim, baseando-se em todos os dados obtidos neste estudo, pode-se dizer que,
de uma forma geral, a arborizac;iio contribui de forma significativa na melhoria do conforto
termico tanto de ambientes externos quanto internos a edificac;ao. Cabe ao projetista ou
paisagista saber adequar a especie arb6rea as suas necessidades de projeto.

0 Estudos como este devem ter seus resultados divulgados de modo a contribuir para
a melhoria da qualidade de vida da populac;ao e influenciar no planejamento de areas verdes e
da arborizac;ao dos centres urbanos.

0 Algumas sugest6es para trabalhos futures sao:

• Pesquisa e levantamento de dados em campo para avaliar a escala espacial


de influencia que uma (mica arvore pode ter;

• Pesquisa e levantamento de dados em campo para estimar o numero e o


espac;amento dos indivfduos arb6reos a fim de que seja possivel se obter determinadas
condic;6es ambientais;

• Em relac;iio a edificac;iio, tambem atraves da coleta de dados, estimar a


escala de influencia da vegetac;iio no ambiente interne.

- 135-
11 CONCLUSAO

11 CONCLUSAO

A partir de todos os dados coletados, das anlillises dos mesmos e das considerac;:oes
finais tem-se a indicac;:ao que a arborizac;:iio contribui de forma significativa na melhoria do
conforto termico de ambientes extemos e intemos.

Nos ambientes extemos, a atenuac;:iio da radiac;:ao solar incidente tern papel


fundamental na reduc;:ao das temperaturas. No que tange o conforto termico, deve-se sempre
observar a arquitetura das arvores, pois copas densas e baixas dificultam a circulac;:ao do vento
sob as mesmas e fazem com que o calor fique retido nesses locais, podendo nao permitir que
niveis ideais de conforto sejam alcanc;:ados.

Nos ambientes internes, os resultados obtidos na analise da escola mostram que,


mesmo com a presenc;:a de individuos arb6reos jovens, a reduc;:ao na temperatura do ar ja pode
ser notada. Alem disso, os valores de VME obtidos tambem fomecem indicac;:oes de que o
sombreamento contribui para a melhoria do conforto termico.

Dessa forma, este trabalho comprova, por meio dos dados obtidos em campo, o que o
ser humano sente, quase que instintivamente, a respeito das arvores e da vegetac;:iio em geral:
o verde traz conforto.

- 136-
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lflTIUeOCia Oa Vegela~Q IIU \.o-UIIIUltU t1::JIIIII,.V UIUGOIV 'Ci . . v ..........., ... .,..., """""""'... .._,.,...,..

ABSTRACT

ABSTRACT

Bueno-Bartholomei, Carolina Lotufo. Influence of vegetation in urban thermal comfort and in the
built environment. Campinas, School of Civil Engineering, State University of Campinas, 2003.
189 p. Thesis (Doctorate).

This work is based on the premise that different tree species present
distinct behaviours as regards reduction of solar radiation. It also
considers that tree shading of building fat;:ades exposed to sun can
increase its thermal performance. This work evaluated, at first, the
reduction of solar radiation by different tree species and thermal comfort
provided by them, through experimental data of incident solar radiation,
air and globe temperatures, as well as relative humidity. In a second
stage, it evaluated the improvement of thermal comfort in two classrooms
after placing some trees outdoor. In the first stage, data were collected
beneath crowns of studied trees and in the open simultaneously.
Percentage of reduction of solar radiation by each tree was calculated,
as well as relative difference of air and globe temperatures. The analysis
of the influence of different tree species on thermal comfort in outdoor
spaces was carried out by means of the Predicted Mean Vote, and
values of reduction of solar radiation. The observed species were: Senna
spectabilis, Schinus molle, Bauhinia variegata, Cingingium jambolana,
Clitoria fairchildiana, Cedrela fissi/is and Ficus benjamina. Results show
that Bauhinia variegata had one of the best performance as regards
reduction of solar radiation and increase of thermal comfort. In the
second stage, a quantification of the possible improvement on indoor
thermal comfort, provided by one of the tree species studied, two
classrooms of an elementary school building, located at the campus of
the Campinas State University, in Brazil, were selected for the
experiment. Thermal comfort parameters - temperature, relative
humidity, globe temperature and air velocity- were measured in the two
classrooms, in a situation where there was no nearby vegetation outdoor
in a period of fifteen days. After that, four young specimens of Ficus
benjamina, planted in big pots, were placed protecting the fat;:ades with
most intense incident solar radiation of each classroom. The
measurement of environmental parameters was performed again, this
time in the situation of shaded walls, for another fifteen days. External
climatic parameters were collected at the Meteorological Station of the
University Campus, at a small distance from the school. It was observed
that on the average the indoor temperatures for the situation with trees
were 1.5°C smaller than that for the situation without trees.

Key words: Thenmal comfort; Solar radiation; Vegetation and climate; School Building;
Microclimatology.

- 143-
,,.,,.,._,,_,... _.... ""'~"""'!!rU"' IIV .,.....,,,...,, ....., I""''''"'"" UIUGIIV""' IIV 1"\IIIUI~IIU:: ._.VII;::,UUIUU

ANEXO

ANEXO

- 144-
!IIIIU~IIl;l~ \.11~ "~~\CI.,.,..V IIV ""'VIIIVIO.V ''""''""'V Vl.....,iO"" ... ,,.., ,...,,,.,.,.,.,,,..,. """""''-~' .. '""""

ANEXO

RADIAC;AO SOLAR- 25/abril/1999


Senna spectabilis
1.40000 ~---

-B-Sol
1,20000 + Senna spectabi!is
i
f 1,00000 i
~

i 1
'

0,80000

,g
~
0,60000 +'

~ OAOOOO ~
0.2~t
o.~ 'i'tf£'1!~=>==::;:::::__;::==-_~_,_::_'-:;-=::---::-_~.:;:-:~:_'"':::;::==~
7:23 8:23 9:23 10:23 11:23 12:23 13:23 14:23 15:23 16:23
Ho"'

TEMPERAlURAS. 251abril/1999
Senna spectabilis
50.0~----

45,0

----Temp. Globo (Sol)


-e- Temp. Globo (Sombra)
.,...Temp. Amb. (Sol)
10,0 Temp. Amb. (Sombra)

5,0

0,0 +--+--~-~-~--~-+--~-~-~-~
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

"""

UMIOADE RELATIVA • 2Siabrill1999


Selma spectabllis
100,_--------------------
90

~
~

I soi
~ ..,I
~
~
~j -e- Llmidade • Sol

201 - Umidade • 5oml:Jm

10 t
-
0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

- 145-
ANEXO

RADlA{:AO SOLAR • 29/abril/1999


Senna spectabilis

1.40000 I
1,20000 t -9-Sol
- Senna spectabllis
i

0,00000 k==d-::::::::::::::=;:::::::'::;::::::._,_:::::::;:::::==~.::
7:25 8:25 9:25 10:25 11:25 12:25 13:25 14:25 15:25 16:25
Hon>

TEMPERAlURAS · 291abrllf1999
Senna speetabilis

....... Temp. G!obo (Sol)

15,0 -a- Temp. Globo (Sombra)


I ....,_Temp. Amb. (Sol)
10,0! -Temp. Amb. (Sombra)

::: .1--~-----+---~-~--+--~--+--~---o
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15

-
12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

UMIDADE REL.ATIVA • 29/abril/1999


SenM-

-e- Umidade - SOl


- Umidade - 5ombra

·~--+---+---+---+---+---+---+---+-----~
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15

-
12:15

-146-
13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
IOTIUeOCia Ga Vegeta~U liU YUIIIUJl.V l!;:iiiii... V UIUQIIV v IIV ....,,,,.,...,..,,..'- ..,...,,,..,.., ... ,.,...,

ANEXO

RADIACAO SOLAR- 30/abril/1999


Senna spectabilis

1,20000 _;_ -e-Scl


'----Sennas~~~~

i 1,00000

-=• 0,80000
0
w
,g 0,60000
~
~


0:::: 0,40000

0,20000

7:23 8:23 9:23 10:23 11:23 12:23 13:23 14:23 15:23 16:23
H~

TEMPERATURA$- 30labrilf1999
Senna spectabilis
so.o I
45.0 +
40,0 j
o 35.o
I
T
~ +30,0

i 25,0 +
t
...
20,0 •. ~""';:;;:::;:9-:' __.,__Temp. Globo (Sol)

15,0 -e- Temp. G!obo (Sombra)


~Temp. Amb. (Sol)
10,0
-Temp. Amb. (Sombra}

0,0 +--~-~-~--~-~-~-~-~--~~
7:15 8:15 9:15

-
10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

UMIDADE RB..ATIVA- 30/abnl/1999


Smna spectZfbir.s
100

90 -&- Umidade - Sol

80 - Umic!ade- Sombra

70
~
~ 60

"
;i]
-!1
50

~
40

~ 30

20

10

-
0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 1~15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

- 147-
ANEXO

RAOIAc;AO SOLAR - 17/agosto/2001


Senns spectabilis
1,40000 ,---~----------------------

1.20000 t' -Senna spectabilis


-<>-&<
I

F=t
~
0 0,60000 "i

~
~ 0,40000 t '

0,20000

0,00000 b~=~:::::::::::::;::=:::::::::::::::::::::=:::~-i::::::::::::::::~~~~
7:29 8:29 9:29 10:29 11:29 12:29 13:29 14:29 15:29 16:29

"""

TEMPERATURA$ -17/agosto/2001
Senna spectabill$

::t40,0!
~:::i
t 25,0 "r'-._ _lL'

i 20,0 ~====~ -.-Temp. Globo (Sol)


15,0
-e- Temp. Globe (Sombm)
10,0 -+Temp. Am b. (Sol)

s.o -Temp. Amb. (Sombra)

o.o +--~-~-+--+--+--~-~-~-~-_,
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15

-
12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

UMIDADE REI..ATIVA -17/agostol2001


Senna spectabllis
100

90 -e- Umidade - Sol


so I - Umidade - Sombr:a

70
l
~ 60

~ 50
"ii• 40
"•
~ 30

20

10

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

"""
- 148-
lnt1uenc1a aa vegeta~o no ~omon;u ~~r11n"v uluc:tllv 'c. 11v ,..,.,, ... ,,..,,..,.. ......... ~ .......... ...

ANEXO

RAI>tACAO SOLAR· 30Jagostof2001


Senna spectabilis

-Senna spectabiriS
·~- --e- Sol__·~--~

0.00000 b::::::;:'-'::::;:::-=:,_::'_;:~:_---~:::::::-=-.'::::::':~
7:26 8:26 9:26 10:26 11:26

-
12:26 13:26 14:26 15:26 16:26

TEMPERAllJRAS- 30Jagostol2001
Senna spectabilis
~.0~---~~----------------~

45,0 t
40,0 t
35.0'""

15.0
i .,....... Temp. Globo (Sol}

10.0
1
T
-e-- Temp. Globe {Sombra)
! "*Temp. Amb. (Sol}
-Temp. Ami>. (Sombrn)
5,0 t
0,0 +--~-~-~--~-~-+--~-~---~
7:15 8:15 9:15

-
10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

UMIDADE RELATIVA • 301agostol2001


Semla spec1.abilis
100

90 -e- Umidade - Sol


80 -Umidade- Sombra

70
l
~ 60

~ ~
~•
~ 40
E
~ 30

20

10

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Horn

- 149-
ANEXO

RADIAt;AO SOLAR· 12/julho/1999


Schinus mol/e
1,40000 ,------------~-----

I
1,20000 T ! -&-Sol
-Schinus mo!le
I
::-- 1,00000 +
~ !

i 0,80000 t
0 '
"' 060000 j_
0 '

l. I
;;, 0,40000 t
0,20000

0,00000 )::::::::::;::::::::-+--e---r-+-~-~::__+-~_I;P
7:23 8:23 9:23 10:23 11:23

-
12:23 13:23 14:23 15:23 16:23

TEMPERATURAS ·121julhol1999
Schimn mo11e
50,0,_-------------------
45.0 t
40,0 t
35,0 +
6
;; 30,0 +'
125,0!
~ 20,0
...._Temp_ Globe (So!)
15,0
-e-- Temp. Globo {Sombra)
10,0 '*""Temp. Amb. (Sol)
-Temp. Amb. (Sombra)
5,0

0,0 +--~--+----~--~---~--+----~
7:15 8.:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
H~

UMIDADE RELATIVA. 12fjUiho/1999


Schinus moDe
100

90 -e- Umidade • Sol


80 - Umidade - Sombra

~
~
• so-l-
~
:t I

I'E 40t

:f
~

10 t
I

-
0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

- 150-
lflllut:II\O'Id Ud V~C\CI'!f<'V UV ~V111VI '"V lt:111111 ... V UILIQIIV"' t!V ...,...,..,,..,.,...,.. ,...._.,...,.uun.ov

ANEXO

RADIACAO SOLAR· 24/julho/1999


Schinus molle
1,40000!
'
i
1,20000! -&-Sol
-Schinus molle

=-- 1,00000
-" I

i1£ o.soooo I 1

.,~ 0,60000 t
0 '
'


tI
;;
;;_
0,40000

vlt~~~~~~
2

o. ooool1
0,00000~
7:23 8:23 9:23 10:23 11:23 12:23 13:23 14:23 15:23 16:23
Ho"

TEMPERA11JRAS- 24/julho/1999
SdtiliUS mooe
45,01

40,0 t
35,0 l

....._Temp. Globe (Sol)


-e- Temp. Globe (Sombra)
10,0 --'*-Temp. Amb. (Sol)
-Temp. Amb. (Sombra)
5,0

0,0 +---+---+--~-~--~-~-~--+-----
7:15 8:15 9:15
.....
10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

UMIDADE RELATIVA- 24Jjulhol1999


SChiiiU$ molle
100

90

80

g 70

~ 60
'ii
~ 50
~
~
E
~
"'
30
-e- Umidade - SOl

I -Umidade- 5ombra
20

10

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

"'"
- 151 -
ANEXO

RADIACAO SOLAR* 26/julho/1999


Schinus molle
1,40000,---------------------

1200001 -<>-Sol

~ 1:00XD t
-Schinus moUe

ji I
:;; 0,80000 t
Jo.~~'
;;_ 0,40000

0.20000

0,00000 ~!!~--+---+---+---+---+---+--~--+----""'
7:23 8:23 9:23 10:23 11:23 12:23 13:23 14:23 15:23 16:23
Hom

--
TEMPERATURAS * 26J}ulhol1999

-11- Temp. Globo (Sol}


-e- Temp. Globo {Sombrn)
..,._Temp. Amb. {Sol)
1o.o I -Temp. AA!b. (Sombra)
5,0

o.o+--~-~~-~-~--+---+---+---+--
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15
....
12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

UMIDADE RElAllVA *26o'julhof1999


SC-mollo
100

90 -e- Umidade - Sol


eo -l.lmidade • Sombra

70
~
~ 60

J•
~
50

• "'
l!
~ 30

2<l

10

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
......
- 152-
lnJIUenCia Qa Vegeta'ifCIU IIU \,oUIIIUrLU lt::IIIII"U VIUCIIIIV <;:; o•v '"'IIIUIGIILG '""VO-UUOUV

ANEXO

RADIAc;Ao SOLAR- 08/abril/2001


Schinus molte

----B-So! . - - - -
1,20000- ~-~~~

i 1,00000

~ 0,80000
ji
,g 0,60000
:;r
i
a:: 0,40000

0,20000

0,00000 C---~-~-~-~--,__.::::;__ _;:__ __


7:26 8;26 9:26 10:26 11:26 12:26 13:26 14:26 15:26 16:26
Horn

TEMPERATURAS - 08/abril/2001
Schinus mo11e

45,0 1'
40,0

35,0
0 '
i, 30,0

!25,0

1
• 20.0 ~' ......._Temp. Globo (Sol)
{!
15,0 -a- Temp. Globo {Sombra)
"""*"""Temp. Am b. (So!)
10,0 -Temp. Amb. (Sombra)
5,0

0,0 +--~-~-~--~-~-~-~----~-
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Horn

UMIOADE RELATlVA- 081abrill2001


SchiiJU$ molle
100

"
80 -1-
'
§: 70
t'
eo-l-
I 50+
~
40+'
~
e 30~
~

! -e- Umidade - Sol


20 t - Umidade - Sombra
10 4
0 ''
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Horn

- 153-
ANEXO

RADlAt;AO SOLAR~ 16/agosto/2001


Schinus molle
1,40000 , - - - - - - - - - - - - - - - - · - - - - -

-&-Sol
- Schinus moUe

0,20000

0,00000 ~~---;-~--+--,_::::::=======::P
7:25 8:25 9:25 10:25 11:25
.....
12:25 13:25 14:25 15:25 16:25

TEMPERATURA$ -161agostol2001
S<hinus moll&

...... Temp. Globo {Sol)

15.0 I -B- Temp. Globo (Sombra)


i "*"Temp. Amb. {So!}
10,0 ' -Temp. Amb. (Sombra)

5,0

o.o+---~-~----~-~-~-~---
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

UMIOADE RElATtVA-16/agostol2001
SChinus mo11e
100

90
-e- Umidade - Sol
80
- Umidade - Sombra
70
£
so
j. 50

~E ...
~ 30

20

10

-
0
7:15 8:15 lUS 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

- 154-
i0T1Uent;ICI Uii Y~ldl,idV IIV .... UIIIVI!,.V I~IIIII ....V VIIUGOIV.., IIV ....,.,,,...,,..,,,,.., ...,.~,,.,.. ...... ,..,...,

ANEXO

RADIACAO SOLAR • 06Jabrilf2000


Bauhinia va!Wgata
1,40000
1 ~-~-~~~~~~.~~~~-·-~~~--;,==~=-=-:::c========;
i -&-Sol -Bahiniavariegata
1,20000

i 1,00000

i" 0,80000
ll
~ 0,60000

!
II! 0,40000

0,20000

0,00000 l==;::::::::::::::=:::::=~:::::::::::::::::.~:::::_ _ _-::2


7:25 8:25 9:25 10:25 11:25 12:25 13:25 14:25 15:25 16:25

"""'

TEMPERATURAS.Q61abrlll2000
&uhinia torficatll
50,01
45,01
400 t
35,0

~30,0~~~
~ 25,0

~20,0
0 ..... Temp. Globo (Sol)
1-'- 15,0+ -6- Temp. Globo (Sombra)

1:: i
0,0 +--~-~-~--+---+--~--+-~-~-~
""*'""Temp. Amb. (Sol)
-Temp_ Amb. (Sombra}

7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

"""'

UMIOADE REl.ATIVA • 061abrill2000


Bauhinia forliCI1t1J
100
.,
""
~
~
li
~ 50
~•
~ 40

~• 30 -e- Umidade • Sol


- Umidade - Sombra
2J)

10

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

"""'
- 155-
ANEXO

RADlA!;AO SOLAR -11/abril/2000


Bauhinia variegata
1.40000 I

+i
-<>-Sol
1,20000 - Bauhinia variegata
'
f1cxxmj
3: '
'i 0,80000 1'
~

i t
0 '

0,60000

! 0,40000
I
t

0,20000

0.00000 1::=:::;:::::::::::::,.=::~-==::::::~~:::_~-~-===
726 8:25 9:26 10:26 11:26 12:26 13:26 14:26 15:26 16:26
H~

TEMPERAllJRAS - 11/abril/2000
Bauhinia vari&gata

-fl- Temp. Giobo {Sot)


-B- Temp. G!obo {Sombra)
....._Temp. Amb. (Sol)
-Temp. Amb. {Sombm)

-
0,0 +--~-~-~-~-~----~-~-~-4
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

UMlOAOE RELAnYA -11/abril/2000


Blluhlllilfl varlegata

90

80

70
~
~

"~• :r '

:t
~

~
e
" j -Umldade- Sol
20t j -e- Urnidade - Sombra
10·
'
0 i
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
H~

-!56-
uutu,..•n,.ta ... a '0'"'1:J""""Y"""" ......, ....,...,.,..,. .....,. ·-·····-- - · - - · · - - · · - . -··-·-··-- __

ANEXO

RADIACAO SOLAR -12/abril/2000


Bauhinia variegata
1,40000
_,_~

!- Bauhinia variegat~__,
120000 1
1i' 1,00000'
~
-;::: 0,80000 +i
to~f
~ '
a: 0,40000 t

0,20000

0,00000 +---+---+-~--~-~-~--+----~-
7:24 8:24 9:24 10.'24 11:24 12:24 13:24 14:24 15:24 16:24

"""'

TEMPERAiURAS -12/abril/2000
Baubini8 llllriegata
50,0,--------------------
45,0 t
40,0 +

...... Temp. Giobo (Sol}


-6- Temp. Globo (Sombra)
, ...._Temp. (Sol)
1

Amb.

I -Temp. Amb. (Sombra)

Hon

UMIOADE RElATtVA ·12/abrill2000


Biwhinis nriegatt

100
90 T
r-----------------~===============--
-e- umJdade - Sol
- Umidade - SOmbra

~
~ 60

~ 50

i "'
e
~

"'
20

10

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 15:15 17:15
H•~

- 157-
ANEXO

RAOIA«;:AO SOLAR 07/dezembro/2000


k

Bauhinia variegata

1,40000 r·~~~~~~~·-==========,
1 --&- Sol - Bauhinia vartegata !

0,20000

0,00000 +.-~-~-~-~-~----------
7:25 8:25 9:25 10:25 11:25 12:25 13:25 14:25 15:25 16:25

"""'

TEMPERATURA$~ 07/deZembro12000
Bauhinia vadegata
50,0 -,~--------------------

45,0 t'
400!
0~.0 ~

J:::~t 15,0
.. Temp Giobo(S<;)
-B- Temp. Globo (Sombla)
-..Temp. Amb. (Sol)
10,0 -Temp. Amb. (Sombra)

s.o T
0,0 +-----+--~----~-~-~--4---~
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Ho"

UMIDAOE RELAllVA • 07/de:J:ernbf012000


Bauhlnia forlklrta
100

90

80

@!: 70 +
I

~
~
~

:f
{I
E
" :j
2Ql
-€1-Umidade- Sol
-Umidade- Sombra

10

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Ho"

- 158-
lnfluencia da Vegeta~o no Conforto Tennico Urbano e no Ambiente Construido
ANEXO

RADlACAO SOLAR ~ 12/dezembro/2000


Bauhinia variegata

-B-Scl-----~,

1,2.0000 ..:::::::: Bau~!lia varieg~;

i 1,00000

i 0,80000
;g
,g 0,60000
i;i"
'g
0::: 0,40000

020000 1
0,00000 1--+---+--~--+--~--+-~--~--~
7:23 8:23 9:23 10:23 11:23 12.:23 13:23 14:23 15:23 16:23
Horn

TEMPERAlURAS ·12fdezembrot'2GOO
Bavhinia variegata

40,0

j-a-Temp.Globo(Sol)
! -e- Temp. Globo (Sombra)
"'"*"'Temp_ Amb. (Sol)
Temp. Amb. (Sombra}

"""

UMIOADE RELATIVA -1~mb1'>312000


Bauhinkl variegf1ta
100,-------------------
90~
ao+
i
~ 70

~ 60 t
~ 50 l
i 40 l
g 30 t ! -e- Umidade - Sol
20f - Umidade - Sombra

10 f
0~-+--+--~-+--~-~-r---~-~
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

-!59-
ANEXO

RADIAc;AO SOLAR ~ 31/maiol2000


Clitoria fairchildiana (sem folhas)
1,40000 T - - - - - - - -
1

1.20000 Ii -B-Sol
- C!itoria fairchildiana
'f 1,00000 t
~
'::' 0,80000 +I
~. o=oo j
0:: 0,40000 t.
I
0,20000

0,00000 ~=.~--+----~---~-~-~---'~""
7:27 8:27 9:27 10:27 11:27 12:27 13:27 14:27 15:27 16:27

"""'

TEMPERATURAS ~ 31/malol2000
ClitOria fairchildiana (sem folhas)
~.o~---------------~~-----

45.0 +
40,0'
i
35,0 t
t 30ot
125:0 t
~ 20,0 t ..,._Temp. Gtobo (Sol)
15,0 IF-::~~
-8-Temp. Globo(Sombra)
10,0 ...,_Temp. Amb. (Sol)
-Temp. Amb. (Sombra}
5,0

0,0 '--~-~--+---+--~---~--+--+-~
7:15 8:15 9:15
....
10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

UMIOADE RELA11VA ~31hnaiol2000


ClitDritl htlrchildhlrlll {sem folhas)
100

oo1
ao
;;:
~
i
~
• SOT
=t
~ 40+
~ 3{)+!
~
! -e- Umidade - Sol
20t -Umidade- Sor'l'lbrn

10

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Horn

- 160-
1nnuenc1a aa vegetayao no vontun.u 1t:rtut"'u "'' uc:u '"' ,.. ••v " ......,,.. ••..,.. ........ ••n• ..........
ANEXO

RAOtA9AO SOLAR • 29/'JUnho/2000


Clit.oria fairehildiana (sem folhas)

1,40000 I
1,20000 t --e-Sol
- Clitoria fairchildiana
"' 1,00000 1
i
; 0,80000 t
I

;g :
! 0,00000 t
~ 0,40000 +
0,20000

0,00000 :E::==-~--r----~-~--4---+---_::"""'
7:28 8:28 9:28 10:28 11:28 12:28 13:28 14:28 15:28 16:28
Hor.>

TEMPERATURAS • 29ljunhoi2000
Clif.oria fairehildiana {sem folhas)

....... Temp. Globo (Sol)


-a- Temp. Globo (Sombra)
10.0 ...,.._Temp. Amb. (Sol)
-Temp. Amb. (Sombra) i
5,0

0,0 +--~--+-~--~-~-~--+--~-~-
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Ho..

UMIOADE RElATIVA • 29fJQnhof2000


Clitoria tsirchildhma (sem folhas.)

'"".,
-e- Umidade • SOl
60 - Umidade • Sombrn

70
l
~
60

~ 50
~
~ 40
E
~

"'
20

10

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
HoB

- 161 -
ANEXO

RADIAI';Ao SOLAR -141agosto12001


Clitoria fairchild/ana (sem folhas)
1«DD0,-------------·-----------------------

1 20000 t -B-Sol
Clitoria fairchlldiana
~
!

I
f 1J)()(l()() i
~
i
.:l
0,80000 1'
!

i 0,60000
j,j
a: 0,40000

0,20000

0,00000 ~""'.:;_':::::__;=__:.___~------~--c.-~-----"'
7:27 8:27 9:27 10:27 11:27 12:27 13:27 14:27 15:27 16:27

"""'

TEMPERATURAS -141agosto12001
Clitoria faircbildiaM (sem folhas)
50,0 , - - - - - - - · - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

45,0

40,0
t
+
0 35,0 t
i
'
30,0 t
125,0

! 20,0 ..._.,_.,

15,0 ......,.. Temp. Globo {Sol)


-8- Temp. Globo {Sombra)
10,0
-JE- Temp. Amb. (Sol}

50
0,0
t+----.,..___,___ ,___~~~--~---+--~--~--~
-Temp. Amb. (Sombra}

7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Hon

-e- UJnidade - Sol


- Umidade- Somb!a

50~

.. 1 !

=~10t !

-
0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

- 162-
IIUIUtlll\ild Ud V~u:l~V oov vv•n...-,.,..., ,._..,,,.,"'.,. ..,.,_..... - ...... •···-·-··w- --·-------
ANEXO

RADIA(fAO SOLAR -18/agosto/2001


C/itoria tairchildiana {sem folhas)
1,40000 ,.-~~~-

! I -B-Sol
+
1,20000
I
L- C!itoria fairchildiana

i'_,t
~
..
::- 0,80000

w
~ 0.60000
~
'i
a:: 0,40000

0,20000

0,00000 ~'::.::;-==~::--.~~-~~--+--:=:=::::::=
7:25 8:25 9:25 10:25 11:25 12:25 13:25 14:25 15:25 16:25

"""'

TEMPERAlURAS -18/agosto/2001
CJitol'ia fairchildiana {sem folhas)

45,0 +

~mp. Globo (Sol)


I -e- Temp. Globe (Sombra) :
' ~Temp. Am b. {Sol)
10,0
; -Temp_ Amb. (Sombra)
5,0

0,0 +--~~~~~-+~~~~~~~~~~-+~-~~
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Hor.>

UMIOADE REL.AllVA -181agost012001


Clttoria fairchilditma (sem folttas)
100

90
-e- Umidade - Sol
so - Umidade - Sombra ;

10
l
~ 60
'i
&! 50

1i
~
40
E
~
30

20

10

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Horn

- 163-
••••·--··-·- -- ~-:::r--~..,.. ,,..,. _.,..,.,..,., •., , .. ,,..,.,..., ..,.,.,_.,,..,.,. '''"' ruoo ........ ._.. '-"UIIo;,.UUIUU

ANEXO

RADIAC;AO SOLAR· 01/setembro/2001


C1itoria tairchildiana (sem folhas}

1,40000 I
C!itoria fairchi!diana
1,20000 +I
-&-Sol
'
f 1,00000 t
~ i
-080000 +
.! ' l
tS
t
r

i 0,6COOJ

~
.. 0.40000 r
i

0,20000.

0,00000 +=--+--+-----+---+---+---+--+--_cc
7:29 8:29 9:29 10:29 11:29 12:29 13:29 14:29 15:29 16:29

"""'

TEMPERATURAS • 011setembro12001
Clitoda tait'Childiana (sem fothas)
50~,----------------------

45,0

40,0

35,0
0
~ 300
~ '
'! 25,0
l!.
~ 20,0 ~Temp.Gkmo(Sm)

15,0 -e- Temp. Globo (Sombra)


_..,.Temp. Amb. (Sol)
10,0
-Temp. Amb. (Sornbra}
5,0

0,0 +--~-~~--+--+--+--+--+---+--4
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

·~

UMIDADE REl.AllVA • 01/setembro/2001


ClltDria tain::hildktntl (sem folhas)
100

90
-e.- Umidade • Sol
80 -Umidade · Sombra

70
l
~ 60

~ 50
!• ..,
~ 30

20

10

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

·~
- 164-
llli!Ut:II\;IC;I Ud Yt:yt:l.d.'lfdV IIV ._.UIIIUl '-V ''"''''"""" ..,,.....,..,,..,"" oov ru,,.,.,~,,....,. .,.. ..... ,...,.,...,..,... ..,
ANEXO

RADtA<;:AO SOLAR -171janeirof2000


Clitoria fairchildiana {com folhas)

- Cllloria fairchlldiana

0,20000

0,00000 +--~-~-~---~---~-~---
7:22 8:22 9:22 10:22 11:22 12:22 13:22 14:22 15:22 16:22

"""'

TEMPERATURAS ~ 17Jjaneirol2000
Clitotta tailchildiana (com folhas}

-11- Temp. Globo (Sol)


-e- Temp. Globo (Sombr:a)
-..Temp. Amb. (Sol)
1 -Temp. Amb. (Sombr:a)

0,0 +--~-~-~-~-~-~-~---~--4
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
H~

UMIDADE RELA1lVA -17(janeirol2000

100
, ______ Clitoris fairehlfditUJB (com folhas)

90

~
.
•••
>

~ 40+
• 30.:.'
~

~ -e- Umidade • Sol


i
20 + -Umidade- Sombra

10 -f

0
!
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
H~

- 165-
ANEXO

RADW;A.o SOLAR- 19f,taneirol2000


CJilmia fairchildiana (com folhas)
1,400JO ,~~~~~~~-~----========­
-e-s~
- Clitoria fairdli!diana
1,20000

!
!''~I
'i 0,80000 '

L.~JI
!
1i
0:: 0,40000

0)10000

0,00000 '---~--+---+---+---+---+---+-----'-c-
7:22 8:22 9:22 10:22 11:22
....
12:22 13:22 14:22 15:22 16:22

TEMPERAllJRAS. 19/janeifol2000
CJiroria fairr:hildiana (com folhas)
~,o,--------------------

45,0

40,0

-w- Temp. Globo (Sol)


15,0 -e- Temp. Globo (Sombra)
--.-Temp. Amb. (Sol)
10,0
-Temp. Amb. (Sombra)
5,0

-
0,0 '------+--~-~-~--~--+---+-------<
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

UMIOADE RELAllVA -19f,Janeiroi2000


Clitoris fairr:hildifma (com folhas}
100

90+
""
l 70t
i• ~t
~
SOT
~

~
e
~
:r
zol
-e- Umidade - Sol
-Umidade- Sombra

10
a'
t
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

"""'
- 166-
1nnuencta aa vegeta~o no '"'oruun.u 1t::1uu"'v v•ucu"" .. ....... '"''"'""'""''""" .......................... ....
ANEXO

RADIACA-0 SOLAR · 20/janeiro/2000


Clitoris fai'rchildiana (com folhas)
1,40000 , - - - -

-&-Sol
+
1,20000 l_=- Clitoria fairchildiana

i' 1,000001
i<~ I
i o,80000 I'
0
"'~ 0,60000 + '


~ 0,40000 t'
0,20000
i

0,00000 t::::::~-~-0-~-~~--+--::::::::==
7:22 8:22 9:22 10:22 11:22 12:22 13:22 14:22 15:22 16:22

"""'

TEMPERAlURAS ~ 20/janeiro/2000
Clitolia fairchildiana (com folhas)

..... Temp. Globo (Sol)


-e- Temp. Globo (Sombra)
10,0
'""*""Temp. Amb. (Sol)
5,0 -Temp. Amb. {Sombra)

0,0 +--~-~-~-~--~-~-~-~---~
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Hom

UMIOADE RELATIVA. 20/}anefro/2000


Clitorilt tairohlldiiMts {com folhas)
100

90

70
l

ij 60

50

<()

"• 3()

-e- UmK!ade • Sal


20
- Umidade- Somlml
10

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Hom

- 167-
-----~-----~ -- --07--,.-- --- --···-·-- ·-·····-- -·-··- ........ ""''""''...................................,
ANEXO

RADIAt;Ao SOLAR - 21/novembro/2000


Clitoria fairchildiana (com fmhas)

1.40000 I
-<>-Sol
1,20000 t - C!itoria fairchildiana

i
~ 1,00000 .'
~ 1

7:27 8:27 9:27 10;27 11:27


.....
12:27 13:27 14:27 15:27 16:27

TEMPERAlURAS- 211novembro12000
ctitoria fairehiklitma (com folhas)

....... Temp. Globo (Sol)


-a- Temp. Globo (Somt:>ra)
""*"Temp. Amb. {Sol)
-Temp.Amb. (Sombfa)

UMIDADE RELATIVA • 21/novembror/2000


Clltoritl fflin:hllditmB (com folhas)
100

"'ti
so+

70
l

Ii
60

sol

~~
<0+

:t
10
--e-- Umidade - Sol
- Urnidade - Sornbra

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Hom

- 168-
lnfluencia da Vegeta«;ao no Conforto Tennico Urbano e no Ambiente Construido
ANEXO

RADIAQAO SOLAR· 28/novembro/2000


Clitoria fain:hildiana (com folhas)

-&-Sol
'----:- C!ito~ fairchi~dian~

0,00000 +---~-~------~-~-~-~----
7:29 8:29 9:29 10:29 11:29 12:29 13:29 14:29 15:29 16:29

"""'

TEMPERATURA$ -~2000
CJitoria fairchildiatla (com folhas)

---Temp. Globe (Sol)


-8-Temp_ Globo (Sombrn)
..... Temp_ Am b. (Sol)
-Temp. Amb. {Sombra)
5,0

oo+----~-~-~~--~--~--+-----~--~
7:15 8:15 9:15

-
10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

UMIDADE RELA TIVA - 28fnovernbrol2000


Ctit.orla flfirr:hlldiaM (cornfolhas)

~
~
.~ ..,)
~ so+ I

E '
"
:i -e- Umidade • Sol
- Umidade - Sombra

10
0
t
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Ho~

- 169-
ANEXO

RADIA~O SOLAR· 27/maio/2000


Cedrela fissilis (sem folhas)

1,20000
- Coclrela fissi!is

i 1,00000

i 0,80000
;g
i 0,60000

jj
a:: 0,41Xl00

0,20000

0,00000 '!'-"'-+---+-----~__,_ __,_~-----""=


7:21 8:21 9:21 10:21 11:21 12:21 13:21 14:21 15:21 16:21

"""'

TEMPERATURAS • 27/malo/2000
Cedrela tissilis (sem folhas)

45,0!
40,0;

0 35,0 t
' ; 30,0 t
~ 25,0 +
~ i
~ 20,0'
-.remp. Globo (Sol)
15,0 -e-- Temp. G!obo (Sombra)
10,0 .....-Temp. Amb. (Sol)
-Temp_ Amb. (Sombra)
5,0

0,0 ~-+---+------~-__,--+--+--+----'
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Hon

UMIDAOE RELAnYA- 27/maio/2000


Cedn!Ja fi$$JJis (sem folhu}
100 :

90

ao
w,
l
•• :i
~

~
~ <Ot
• "'!
~
: -e-umidade-SOJ
!
"tt
i -Umidade- SOmbra

10
0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Hom

- 170-
UIIIUt;:'llt,;ICI Ud Yt:'9t:td'!fCIIV IIV '-'VliiVI'V ovooou ... v ...,,.....,..,,..., -w ,,.., ,.....,,..,,,..,,.,.. .,....,,..,..,,.,., .... ..,

ANEXO

RADIAt;AO SOLAR - 29fJtmltol2000


Cedrela fissilis (sem folhas)
1.40000 r
'
1,20000 +i -e-Sol
- Cedre!a fissilis
i
~ 1,00000 t

~ :
i" 0,80000:

i" t
060000

~ 040000 l
' !

0,20000 +
0,00000 ';":-~-~-~-~--'--+--+--+--+=
7:28 8:.28 9:28 10:28 11:28 12:28 13:28 14:28 15:28 16:28
H~

l'EMPERATURAS- 291junhQI2000
cedr&la t1s$ills {sem fothas}

<05,0

40,0

.,..._Temp. Globe (Sol)


-e- Temp. Globo (Sombfa)
10,0 ""*-Temp. Amb. {Sol}
Temp. Amb. (Sombra}
5,0

!---+-+-_,-~-~-_,-+-~-_,_

-
0,0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

UM10AOE RELATNA- 29f"pmhof2000


CedteJa tissilis (sem folhas)
100

.. t
80
-e- Urnidade - Sol
- Umidacle - Sombra

~ 10 T
~ 60

~ 50

~

~ "'
" 30

20

10

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Ho~

- 171 -
ANEXO

RADIA~O SOlAR· 10/junho/2001


CedreJa fissilis (sem folhas)

1,20000
- Cedrela fissllis

i 1,00000

7:: 0,80000
~
w
,g 0,60000

~
~ 0,40000

0,20000

0,00000 '!'--~-+--~-~-~-+------+--
7:29 8:29 9:29 10:29 11:29

-
12:29 13:29 14:29 15:29 16:29

TEMPERAT\JRAS • 10/junho/2001
Cedrvla fissilis (sem folhas)

450 t
40,0 t
35,0 +i
.~ t+
0
!.,.. 300
'

25,0
'

~
~
l
... 20,0 i

15.0 j ---Temp_ G!obo (Sol)


10,0 1 -6-Temp. G!obo(Sombm)!
5,0 1,; I """'*""Temp. Amb. (Sol)

0,0 +~----+----r---~--~----+--=j~=T=omp==~·Am==b=·=(S~ombrn==~)~i--~
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

"""

UMIOADE RELAllVA • 10Jjunhol2001


Cedrela li$:sili$ (semfolhas)
100

90

80

70
!!:
~ 60
i
• 50
"'•
~
{! 40
~
" 30

21J

10

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

"""
- 172-
lnfluencia da Vegetat;ao no Conforto Termico umano e no Amolente vonsuutoo
ANEXO

RADfACAO SOlAR • 15/junho/2001


Cedrela fissilis (sem folhas)
1.40000,·

1,20000 + -<>-Sol

~ j
- Cedrela fissilis

1 oro>)
;: !
£ 0800001
.! . I
,g !
~ 0,60000 +
~ I
ii. 0,40000 ~

0,20000
I
t

7:23 8:23 9:23 10:23 11:23 12:23 13:23 14:23 15:23 16:23

"""'

TEMPERATURAS -1SfJUnho/2001
C«keea tissilis (sem folhas)
50,0 -,------·~~~~~~~~~~--~~~~~-

45.0 t'
40,0 t
u 35,0 i~
;- 30,0

~ 25,0
~ I
~ 200
{!. '
+
.... Temp. Globo (Sol)
1M
-6-Temp. Globo (Sombfa)
10,0 i -*-Temp. Amb. (Sol)
I -Temp. Amb. (Sombfa)
5,0

0,0 +-~~~~--+~~--~-~-~-~--+----.,
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

"""'

UMIDADE REl.AllVA -15fjuntml2001


Cedrela fissilis {sem folhas}
100

90
-e- Umid:ade - Sol
80 -Umitlade- Sombrn
70
~
~ 60
j
~ 50
~
:1!
E
~
"'30
20

10

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

"""'
- 173-
ANEXO

RADIAc;AO SOLAR~ 161junho/2001


Cedmla fissilis (sem folhas)

~ Cedre!a fissi!is

0,20000 +
I
o,oooooJ.a.£--+-~~---.-~~~2~so
7:29 8:29 9:29 10:29 11:29
....
12:29 13:29 14:29 15:29 16:29

TEMPERAltiRAS -16/junho/2001
Cedrela fis:sl11s (sem folhas}

I ---Temp. Globo {Sol}


i -e- Temp. Globo {Sombra)
100 t 1 -*-Temp. Amb. (So!)
! -Temp. Amb. (Sombra)
s.o I
0,0 +--~-~-~-~--~---~-~-~-~
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
H~

UMIOADE RELAltVA ·161junho/2001


Cedrela fissDis (sem folhas)
100

90
-e- Umidade - Sol
80 -Umidade- Sombra
70
§:
• 60
~ 50
"'• ..,
~

'il
" 30

21)

10

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15

- 174-
-
12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
illllut:JII,;ICI Ud Yt:yt:Ld~V IIV \,;VIIIVIt.V I~IIIII .. V '-#OUC:IIOOV.,. liV _,,..,,....,, ...,. ""'"'''"".,..,.'""""

ANEXO

RADIACAO SOLAR- 21fnovembro/2000


Cedrela fissilis (com folhas)
1,40)00 y - - - -

i'
1,20000 +
~ 1,00)00 t
~os=t
"',g 0,60000
~
il
a:: 0,40000

0,00000 +----+-----~~~-~----+-~---'
7:27 8:27 9:27 10:27 11:27 12:27 13:27 14:27 15:27 16:27

"""'

TEMPERATURAS- 21fnovembrol2000
Cedtela tissilis (com folhas)

45,0

40,0

35,0

E30oj._.~~~ji;;;;i:~"*=o==~~--~~~~----~~::~
~ .
; 25,0

!~

20,0
-11- Temp. G!obo (So!)
15.0
-&Temp. Globo {Sombra)
10,0 ~Temp. Amb. (Sol)
-Temp. Amb. {Sombra)
5,0

0,0 +----+-·-,--~~-~--+-~-~----
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Ho"

UMIOAOE RELATIVA- 21tnovembl'ol2000


Cedrels tissilis (com folhu)
100

.,j
aoi '

70
£
~ sof
!
~
~
• "t
~
:t ~ Umidade- SOl

20+ - Umidade - Sombra

10 l
i

-
0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

- 175-
--------·-·- --. -;:::,--~- ··- --···-· .. - ·-·····- .......................... .,. .........................................
ANEXO

RAOIACAO SOLAR • 28/novembro/2000


Cedrela flssilis (com folhas)

i -&-Sol
! - Cedre!a fissi!is

0,20000

0,00000 +--+--+--~-~~---~-~---
7:29 8:29 9:29 10:29 11:29 12:29 13:29 14:29 15:29 16:29

"""'

TEMPERATURA$· 28/novembro/'2000
CeciTela tissilis (com folhas)

i
45,0 t
40,o+
6'
+I
35,0

;;;- 30,0
~
125,0
! 20,0
, ..._Temp. Globe (Sol)
15,0 i -B-Temp. Globo (Sombra)
10,0 -*"Temp. Amb. (So!)
-Temp. Amb. (Sombra)
5,0

0,0 +--~-~--+--~-~-~-~----~-
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

"""'

UMIOADE RELAnYA ·28fnovembrol2000


~ flt1siiJtr; (COIIIfolha&)
100

90 '

§::t
j
~
~
~
:t.. f

~
3<1f'
20t
10 t
-
0
7:15 6:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

- 176-
lnfluencia da Vegetac;;ao no Conforto Tennico Urbano e no Ambiente Construido
ANEXO

RADIACA.O SOLAR -12/abrit/2002


Cedrela fissilis (com folhas)

'~l
1,20000 i F~-~,
! ! -Cedrela fissi!is
:- 1.00000 +
;;E I'
~ 0,80000 +
i i
r 60000

0::: 0,40000 I
1
I
o2oooo I

0,00000 'f---~-+--->----~-~--+-~-~----
7:28 8:28 9:28 10:28 11:28 12:28 13:28 14:28 15:28 16:28

"""'

TEMPERAlURAS- 12/abril/2002
Cedre/a tisslUs (com folhas)

::tt
40,0

35,0 +
-
~.
~
3001
'
!

l 25,0 '"'""'-"-
! 20,0 / .,.._Temp. Globo (Sol)
15,0 -8-Temp_ Globo {Sombra)

10.0 ....-Temp. Amb. (Sol)

5,0
L Temp. Amb. (Sombra) !'

-
0,0 ~-+--+--~-~----+---+-__,--c-~
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

UMIDADE RELATIVA -12/abr'll/2002


cedrala ffssills {com folhas}

70
§:
~
B "'
~ 50
~

• "'
:E
~ 30
-B- Umidade • Sol
20 - Umidade - SOrnbra

10

-
0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

- 177-
"-..,---,-- --- --···-·--
ANEXO

RAOIAyAO SOLAR· 16/abril/2002


CedreJa fissilis (com folhas)
1,40000 , . - - - - - - - - - - - - - - -

: -&-Sol
!- Cedre!a fissi!is

0,000001'--~-~-~-~--+-~-~--~---
7:27 8'.27 9".27 10:27 11:27 12:27 13:27 14:27 15:27 16:27

"""'

TEMPERATURAS - 16/abril/2002
Cedtela fissilis (com folhas)
~-0~--------------------

45,0 t
40,0 t
35,0 t
~ 30.o-l-
~ !
l 25,0 ..+..?"':::ll"

~ 20,0
...... Temp. Globo (Sol}
15,0 -8- Temp. G!obo (Sombra)

10,0 _._Temp. Amb. (Sol)


-Temp. Amb. (Sombra}
5,0

0.0+--+--~-~----+--+---~-~-~
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15

-
12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

UMIDADE RELATIVA -16/abriJ/2002


01drela fi:Jsilis {com folhas)
100

90

80

;;; 70

~ 60

!
~
50

:!1! 40

"• 30
-e- Umidade • SOl
2{) - Umidade • Sombra

10

-
0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16;15 17:15

- 178-
JnfiLJenCia aa Vegetac;ta.O nO t,.;Offi0rt0 I errnn;;Q UHJCUIU t: IIU ~IIUit:IU.'tl' '"'VII:::OU UIUV

ANEXO

RAOIA<;Ao SOLAR· 17/abril/2002


Cedrela fiSSI1is (com folhas)
1.40000

1,20000 : -0-Sol

i
- Cedrela fissilis

1,00000

-:- 0,80000

~
~ 0,60000
:;:-
"'•
0:: 0,40000

0,20000

0.00000 'i'=-~--b-~-~-~--~-~-_.::..-~~
7:22 8:22 9:22 10:22 11:22 12:22 13:22 14:22 15:22 16:22
Ho,.

TEMPERATURAS ·171abrilf2002
Q1dlela tissiliS (com folhas}

45.0!
40.0

35.0

i0 30,0

J::j~
10,0
...... Temp. Globo (Sol)
-e- Temp. Globo (Sombra)
""*-Temp. Amb. (Sol}
-Temp. Amb_ (~bra) _
5.0

o.o +--~--+-~--~-~-~--+-~----
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Ho..

UMIDAOE RELATIVA • 17/abril/2002


CedreQ fi11silis (e1>m folhas)
100

90

80

70
~

i
60

50
~
~ 40
e
~ 30
-e- Umidade • Sol
20 - Umidade + Soi'Tlbr.l

10

-
0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

- 179-
ANEXO

RADIACAO SOLAR· 27/maio/2000


Cingingium jambolana
1.40000 .,--~~~~~-~~~~~-

1.20000 ~ - Cingingium jambolana


i
~ 1,00000 t
~ i
i 0,80000 -T
;g I
,£ 0,60000 +
t40000 t
0.20000 t
I

0.00000 ~::;,='-'.=cp~==="-::::::::O'='=';=<"=f=~~.:::ii'b
7:21 8:21 9:21 10:21 11:21 12:21 13:21 14:21 15:21 16:21
Ho<a

TEMPERATURA$- 27/maio/2000
Cingingium jambolana

35,0 T
i
~ot
~25,0!
,
'!! 20,0-

! 15,0 -a-Temp. GIOOO (Sol)


-e- Temp. Globo (Sombra)
10,0
-r Temp. Amb. (So!)
-Temp. Amb. (Sombra)
5.0

o.o '--~-~-~--c---~-~-~-~--c---
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15

-
12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

--
UMlDAD£ RELATIVA- 27/maiol2000

-e- umidade - Sol


- Umidade - Sombra

10

7:15 8:15 9:15 10:15 11:15

-
12:15

- 180-
13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
nnn.ov• ...., ........._ '"'"'~'"'-Y""-""' ''""" ........ ,..... , .................. -·--··- ....... -··-·-··- --··---·--
ANEXO

RADIAc;AO SOLAR· 31/maio/2000


Cingingium }ambo/ana

1400IDI -&-Sol
1.20000 T
-Cingingium jambolana'

'f 1,00000 -t
ili: OSOOO<H
' i

~ i
~ 0,60000 +

!

7:27 8:27 9:27 10:27 11:27 12:27 13:27 14:27 15:27 16:27
Ho<a

TEMPERATURAS • 31/malo/2000
Cingingium jambolana

...._ Temp. G!obo (Sol)


--a- Temp. Globo (Sombra)
I -+-Temp. Amb. (Sol)
5,0 ! -Temp. Amb. (Sombra)

0,0 J--~---;--;-~-~-~-~---~
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Ho"

UMIOAOE RELAnYA. 31/maio/2000


Cingil1gium }.atnbolanB
100 I
ao

~
~
'li
l so+
~
~
e
~

:1
10 t
-e- Umidade - SOl
- Umidade - SOrnbra

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
H~

- 181 -
ANEXO

RADIA<;AO SOLAR ~ 29{junhol2000


Cingingium jambo/ana

1.4Cro01
1,20000 t
-Cingingium jambo!ana

~ 1,00000 t
~
::- 0,80000 t
!! i
: :
t 0,60000 r·
"' 040000
. !

0,20000

0.00000~~===;::::::::========~~
7:28 8:28 9:28 10:28 11:28 12.28 13'.28 1428 15:28 16:28

"""'

45.0

40,0

+
---
TEMPERATURA.S ~ 29Jjunhol2000

0 35,0 t
!

~ 30,0 t
i~
25,0 t
~ 20.o L"":::::-- ---Temp. Globo (Sol)
15.0 --&-Temp. Globo {Sombra)
I '"*""Temp. Amb. (Sol)
10,0 + -Temp. Amb. (Sombra)
s.o
o.o+--~-~-~~-~-~-~----+-~
7:15 8:15 9:15

-
10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

""
90
-e- Umidade - SOl
BO
- Uflldade - SOmbrn
70
!':
• so
I
~
50

~ 40
E
~ 30

20

10

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15
.....
12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

- 182-
IRnuenCJa Oil Yegt:I.CI~U IIU \oo"VIIIVILV 11;"11111'-V ..,,.....,.,,...,"' oov ...,,,..,.,..,.,, ........ --··~--·--

ANEXO

RADIA<;AO SOLAR- 21/novembro/2000


Cingmgiumjambolana

1,40000 ~-- ----~---=======

1.20000 t : -9--Sol

~.=- Cingi~gium jambo!ana '

~ 1 00000 ~ If\
~~
020000t ~
t::::=~:::;::::"=:;::::::::::::::::::::::::;:::::::::::::===:::=~~

-
0,00000
7:27 8:27 9:27 10:27 11:27 12:27 13:27 14:27 15:27 16:27

TEMPERAlURAS - 21fnovembro12DOO
Cioglngium jambolaml.

Temp. Ambiente (Sombra)


-*"Temp. Ambiente (Sol)
--e- Temp. Globo (Sombra)
_.,.Temp. Globo (Sol)

0,0 +--~-+--+--+--+--~--~-+--+-
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Hon

UMlDADE RELA.TIVA- 21/novembro/2000


CingJngJum jtlmbolane
100
I

:t
70
£
~

j sot
~
~


..
SOT
[
30+
I

" --e- Umidade - Sol


"t
I

! - Umidade - Sombra
10

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Hon

- 183-
ANEXO

RADIAc;AO SOLAR · 28/novembro/2000


Cingingium jambolana

1,40000 ~-------~~--;======~
i i -9-Sol

1,20000 + I -Cingingium jambolana

i ,,OOO>J f
~ i
i 0,80000 t
~ 060000 l
~' i

~
a:: 0,40000

020000 t
0,00000
7:29 8:29 9;29 10:29 11:29 12:29 13:29 14:29 15:29 16:29
H~

~.0,---------------------~------------------c

45,0

40,0

..... Temp. Globo (Sol)


-a- Temp. Globe (Sombra)
....-Temp. Amb. (Sol)
i -Temp. Amb. (Sombra)

-
0.0+---~-~-,_--~-~-~-~-~-~
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

UMIOADE RELATIVA- 281nowmbrol2000


Cingingium ]ambo'-
100
I
,.I
I

§: :teo+
i sof
~
I

~
~
:{
20,
-e- Umidade - Sol
-Umidade- Sombra

10 t
-
0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

- 184-
lnfluencia da Vegeta~o no Conforto Ttlnnico Urbano e no Ambiente construido
ANEXO

RADtACAO SOLAR • 02/rnalo/2002


Ficus txmjamina
1,40000 r - - - - -

120COO t ,·~-e-~""~---­

- Ficus benjamina !

-::"' 1,00000 ~
E '
3' I
~ I
-;::: 0,80000 t
" I
al i

r60000!
a:: 0,40000
I
0,20000

0,00000 l:=:::;::::=:::::::::::::::;:::::::::::;:::::::::==:::===:===~
7:28 8:28 9:28 10:28 11:28 12:28 13:28 14:28 15:28 16:28

"""'

TEMPERATURAS • 02/maio/2002
Reus benjamina

45,0 t
i

40,0 t
+ 35,0

E30o 1
"' ' !
;, i
f 25,0
~
~ 20,0 ......-Temp. Globo {Sol) i

15,0 ,I -e- Temp_ Globo {Sombra)


_i ...,... Temp. Amb. {Sol)
to.o T I -Temp. Amb. (Sombra)
5,0 t
I
0,0+--~-~-~-~-~---~-----~
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
H~

UMtoADE RELAnvA. 02/maiol2002


Ficus benjiJmina
100

90 -e- Umidade • Sol


80 -Umidade. Sombra

70
l
~ 60

!• 50
~ 40
~
"
20

10

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Ho~

- 185-
ANEXO

RAIJIACAO SOLAR· 07/maio/2002


Ficus benjamina
,,40000 I

1,20000 t
I -<>-Sol
-Ficus benjamina

f 1.txrol t
i1"':'" 0,80000 TI
~ I

",g 0,60000 +
t t 40000

!
0,20000 +
o.ooooo l::~=======:::.~--~_...::==:::::===~
7:23 8:23 9:23 10:23 11:23 12:23 13:23 14:23 15:.23 16:23
H~

TEMPERATURA$~ 07/maio/2002
Reus benjamina
oo.o,-~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~--

45,0 f
40.0 t\
35.0

"l
~ 30.0 .
~::::~~::::!E~~~:::;~::~~::~:::s~::~;
25,0 . , . - - - - /

! 20,0 ..._Temp. Globo (So!)

15.0 t -a-Temp. Globo (Sombra)


-¥-Temp. Amb. (Sol)
10,0 + -Temp. Amb. (Sombra)

s.o
o.o +--+--~-~-~-~--+---+--~-~--'
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

UMIOADE REt.A11VA • 07Jmaiol2002


FicO$ boojamfns
100

90 -e- Umidade • Sol


80 -Umidade • Sombra

70
l
~ 60
~
;ji 00

IE
40

" 30

20

10

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 15:15 17:15
Ho~

- 186-
lnfluencia da Vegeta~o no Conforto Tennico Urbano e no AmbJente t.,;onstruaao
ANEXO

RADlA<;AO SOLAR -10/maio/2002


Ficus benjamina
1.40000 ~---~
-e-Sol
1z=Qr i -Ficus benjamina !
~ 1,00000 -r

~ ;
-;:: 0,80000 t
.,:a I
f 0,60000 -L1;

~ 0,40000 '

0.20000

0.00000 't~::::::::~:::::;::::::::::::::::::::::=:::;::::::=;=:::;:::::::;::::=:~
7:23 8:23 9:23 10:23 11:23 12:23 13:23 14:23 15:23 16:23

"""'

TEMPERATURA$ -10Jmalol2002
Reus benjamina
so.or--
45.0 +
4001'
_ 35,0 I

~ 30,0 +
i~ t25,0
i

~ 20,0 + ~----Temp. G!obo (Sol)


15,0 -8- Temp. Globo (Sombrn)
""'*-Temp. Amb. (Sol)
10,0 -Temp_ Amb. (Sombra)

s.o
o.o +--~~~~~-~-~~~-~-~-~~
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15
....
12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

UMIDADE RELA11VA -10/maU:l/2002


Ficus ben}amillll
100

90 -€1- Umidade - Sol

80 -Umidade- Sombrn

70
l
• 60
i
~ 50

~
40

~

e
~ 30

20

10

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Hon

- 187-
ANEXO

RADIAc;AO SOLAR~ 14/maio/2002


Ficus benjamina

-<>-Sol
-Ficus benjamina :

0,00000 r:__:;::_.=:;=:=:::::::::::::==::::::=:::;:::::==:::::::::====~
7:25 8:25 9:25 10:25 11:25
....
12:25 13:25 14:25 15:25 16:25

l'EMPERAlURAS -141maloi2002
Ficus benjamina
50,01
45.0

40,0 t!
u 35,0 t
; 30,0 t
~ 25,0 l
~ 20,0 -fl- Temp, Globo {Sol)
I! -e- Temp. G!obo (Sombra)
15,0
""*"Temp. Amb. (Sol)
10,0 '
1 -Temp. Amb. (Sombfa)

5,0

-
0,0 +--~-~-~-~--~---~--;-----
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15

UMIDAOE RELAllVA -141maiol2002


Reus benjftmiM
100

90 -e- Umidade - Sot


ao -Umidade- Sombta

70
~
! ""50
~

I
~
E
40

"'
20

10

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Hom

- 188-
lnfluencia da Vegeta~o no Conforto Tennico Urbano e no Ambiente Construido
ANEXO

RADIACAO SOLAR -151maiol2002


Ficus benjamina
1 ,4000) -r--~-·~·
i

1,20000 t'
:'
i
-&-Sol
-Ficus benjamina ~

~ 1,Gamt
~
.!
+i
0,80000

.ll I
g 0,60000 +
i 1
~ l
0,40000

o.ooooo L_::...:::::;:::::::=::=::::::::::::::==:::==:::;====d
7:27 8:27 9:27 10:27 11:27 12:27 13:27 14:27 15:27 16:27
H~

TEMPERATURAS -151maic:ll2002
Ficus berljamina
50,0 .,.~-~-~·~-~-~-

45,0

40,0 t
E:::tt
$
'iii 25,0'
z.
~ 20,0 I ....... Temp. Globo {Sol) ,

15,0
i -a- Temp_ Globo (Sombfa} '

I
~ "*""Temp.Amb.{Sol) :
10,0 -Temp. Amb. (Sombra) i

5,0

0,0 +--~-~-~----~~~-~-~-~-~
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Hon

UMIDAOE RElATlVA ·151maiol2002


Reus benjamlna
100

90 -e- Umidade - Sol


1- Umidade - Sombr.l ,;
""
70
~
~ eo
•"' 50

~
40
~
s:> 30

2()

10

0
7:15 8:15 9:15 10:15 11:15 12:15 13:15 14:15 15:15 16:15 17:15
Ho~

- 189-

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