Direito Processual Penal TJDFT
Direito Processual Penal TJDFT
Direito Processual Penal TJDFT
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
1. Devido Processo Legal (Art. 5º, LIV): Ninguém será privado da liberdade ou
de seus bens sem o devido processo legal.
É um superprincípio do Processo Penal / Respeito às garantias fundamentais do
cidadão.
a) Devido Processo Legal Substancial (Material): É a busca pela justiça. O resultado
tem que trazer justiça, ou seja, alcançar a justiça.
b) Devido Processo Legal Procedimental (Formal): Obediência às regras e aos ritos
do processo penal.
AULA 04 - PRINCÍPIOS
4. Princípio da Ampla Defesa (Art. 5º, LV, CF): Aos litigantes, em processo
judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e
ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
Aspectos:
a) Utilização de todos os meios de prova admitidos em lei;
* É possível que uma prova ilícita possa beneficiar o réu.
b) Defesa pode ser positiva ou negativa (interrogatório e o direito de ficar em silêncio);
c) Defesa deve ser técnica,
Súmula 523, STF:
No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência
só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.
5. Princípio da Vedação das Provas Ilícitas (Art. 5.º, LVI, CF): São
inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos,
AULA 05 - PRINCÍPIOS
7. Presunção de Inocência ou Não Culpabilidade (Art. 5º, LVII, CF): Ninguém
será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
Declaração Universal dos Direitos Humanos, Art. 11, § 1º. Toda pessoa acusada de
um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade
tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido
asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.
CADH, Art. 8º, § 2º. Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma
sua inocência, enquanto não for legalmente comprovada a sua culpa.
Consequências:
a) Estado de Inocência;
b) Impossibilidade de prisão condenatória (execução provisória da pena) antes do
trânsito em julgado da sentença penal condenatória;
c) A acusação (MP) é quem tem o ônus de demonstrar a materialidade e autoria do fato.
Não é o acusado quem deve provar sua inocência. O MP deve comprovar apenas o Fato
Típico.
8. Favor Rei (favor inocentiae e favor libertatis) e In Dubio pro Reo: Decorre do
princípio da presunção de inocência e elenca, por sua vez, princípios que buscam
garantir ao réu segurança jurídica e predominância do seu direito de liberdade contra o
jus puniendi. Esse princípio acaba por mitigar a isonomia processual.
Espécies: in dubio pro reo, vedação da reformatio in pejus, non bis in idem.
- O in dubio pro reo SOMENTE é aplicado na sentença. No recebimento da
denúncia, caso haja dúvida o in dubio é pro societate.
- Em sede de recurso não pode reformar decisão para prejudicar o réu, em caso de
recurso exclusivo da defesa. (Reformatio in pejus)
- Ninguém pode ser condenado novamente pelo mesmo fato. Não pode ser
processado e condenado novamente pelo mesmo fato.
AULA 05 - PRINCÍPIOS
Art. 5º, LVIII, CF. O preso será informado de seus direitos, entre os quais o de
permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
- É direito fundamental do cidadão e, portanto, considerado cláusula pétrea (Art. 60,
§4º, IV, CF);
- O exercício desse direito não pode ser utilizado em desfavor do suspeito, indiciado,
acusado ou condenado,
ASPECTOS DO PRINCÍPIO DO NEMO TENETUR SE DETEGERE
Há duas limitações:
a) Não pode se recusar a participar de atos investigatórios que exijam uma participação
negativa (Inação);
b) Não permite a prática de infração penal sob o pretexto de se defender,
Exemplos:
- Calúnia (Art. 138, CP). Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido
como crime: Pena - detenção, de seis meses a dois anos e multa,
- Denunciação Caluniosa (Art. 339, CP). Dar causa à instauração de investigação
policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil
ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o
sabe inocente: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
- Coação no curso do processo (Art. 344, CP). Usar de violência ou grave ameaça,
com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou
qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial,
policial ou administrativo, ou em juízo arbitral: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e
multa, além da pena correspondente à violência.
- Fraude Processual (Art. 347, CP). Inovar artificiosamente, na pendência de processo
civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a
erro o juiz ou o perito: Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa. Parágrafo
único - Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda que não
iniciado, as penas aplicam-se em dobro.
- Tem previsão no Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (Art. 14.3 “g”) e na
Convenção Americana sobre Direitos Humanos - Pacto de San Jose da Costa Rica (Art.
8º, §2º, “g”);
- Aviso de Miranda (Miranda Rights e Miranda Warnings) rt. 5º, LVIII, CF “O preso
será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado”.
AULA 06 - Princípios
Art. 93, IX, CF. todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a
presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a
estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo
não prejudique o interesse público à informação;
Art. 5, LX, CF. a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a
defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
* Exceção:
- Segredo de justiça:Determinado em TODO o processo para preservar a intimidade
pessoal.
- Sigilo: Se refere a atos específicos, seja do inquérito policial ou da ação penal.
11. Princípio do Juiz Natural
Art. 5, XI, CF. a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar
sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.
Art. 1º, CPP. O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este
Código, ressalvados: (Princípio da Territorialidade). O local rege o ato!
ATENÇÃO!
SISTEMA PROCESSUAL
AULA 11 - Artigo 3º
Art. 3º, CPP. A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação
analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito.
1. Considerações iniciais
1.1. O direito processual penal regula a persecução penal. Sendo esta a perseguição do
crime.
a) Etapa preliminar que é a investigação, por meio do inquérito,
b) Segunda etapa é o processo.
3. Natureza Jurídica do IP
Natureza jurídica é a essência daquele instituto. Classificação daquele instituto.
- O IP é enquadrado como um procedimento administrativo preliminar de caráter
informativo.
4. Características do IP
1. Procedimento Inquisitivo
O IP é caracterizado com concentração de poder em autoridade única usualmente não
comportando o contraditório e a ampla defesa.
Obs. 1: Atentar para o artigo 7º XXI, da Lei 8.906/94 (Estatuto da OAB), é direito do
advogado acompanhar o cliente perante qualquer autoridade investigante.
- O advogado pode formular razões e quesitos.
- Se o suspeito comparecer sozinho, será ouvido normalmente
- Se o advogado for impedido de acompanhar o investigado, o ato é nulo, assim como
todos que dele decorrem. (Princípio da Consequalidade)
- Na fase processual a realização do interrogatório sem advogado é fato gerador de
nulidade absoluta por ausência de defesa técnica. (Art. 185, caput, CPP, c/c Súmula
523, STF.)
- Inovação: Pacote Anticrime. insere os artigos 14-A, CPP e 16-A, CPPM, exigindo
que o investigado seja convocado a nomear advogado e a omissão da instituição
correspondente será convocada.
* O investigado tem o prazo de 48 horas a partir da “citação” (o correto seria
notificação ou intimação).
* Diante da omissão a instituição correspondente será intimada e dispõe do prazo de 48
horas.
* Para o policial é necessário o emprego de força letal no desempenho da função.
* Para os membros das forças armadas é necessário emprego de força letal em operação
GLO (Garantia da Lei e Ordem).
Obs. 2: Atentar para o artigo 7º XIV, da Lei 8.906/94 possibilita a qualquer advogado
contrapor-se aos elementos informativos.
Obs. 3: Quando se tratar de inquérito para extradição exige-se a observância dos
princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório.
Obs. 4: Situações Especiais.
- Havendo desejo político, podemos regular inquéritos com contraditório e ampla
defesa, à exemplo do inquérito para expulsão do estrangeiro regulado na Lei de
Migração. (Art. 58, Lei 13.445/17).
Obs. 5: Processualização dos Procedimentos Investigativos: Segundo Miguel
Calmon e Fredie Didier Jr. devemos aplicar o princípio do devido processo legal aos
procedimentos investigativos e com isso teremos o contraditório e o exercício da defesa
na dosagem adequada para preservação dos direitos e garantias fundamentais.
Aula 15
Inquérito Policial
2. Procedimento Discricionário
Conceito: O Delegado atua com margem de conveniência e oportunidade, adequando o
inquérito ao crime investigado.
Obs. 3: Diligências requeridas pela vítima ou pelo suspeito. Podem ser negadas (Art.
14, CPP), salvo o exame de corpo de delito quando a infração deixar vestígios (Art. 158
c/c 184, CPP).
Obs. 5: O inquérito policial não possui rito, por ser um ato discricionário.
II. Sigilo x Presunção de Inocência: Art. 20, p.u., CPP. As informações do IP não
serão consignadas na Certidão de Improcedentes, de maneira a prestigiar a presunção
de inocência.
b) Sigilo Interno: É aquele aplicado aos atores da persecução penal, É um sigilo frágil.
a) a intimidade
b) vida privada
c) honra
d) imagem.
O art. 7º, XIV da Lei 8.906/94 possibilita a qualquer advogado, mesmo sem
procuração, o acesso a qualquer IP, desde que não esteja em segredo de justiça.
Obs. 1: O sigilo de segredo do IP não pode ser posto contra membro do MP, da
magistratura, da defensoria ou advogado constituído nos autos.
Obs. 2: O art. 7º, XIV da Lei 8.906/94 possibilita a qualquer advogado, mesmo sem
procuração, o acesso a qualquer IP, desde que não esteja em segredo de justiça.
Obs. 3: O STJ no RMS 49920/SP, decidiu recentemente que o estuprador não pode ser
beneficiado com o sigilo dos seus dados, pois seria um contra senso para com a vítima.
4. Procedimento Escrito
5. Temporário
O IP tem prazo certo para ser concluído quando o investigado estiver recolhido ao
cárcere, isto é, 10 dias, porém se estiver solto, o prazo será de 30 dias.
Obs. 1: O STJ decidiu que em caso de investigado solto o prazo poderá ser mais
dilatado, contudo de forma razoável.
8. Dispensável
I. Conceito: A deflagração do processo independe da prévia elaboração do IP. Não é
essencial.
O IP é totalmente prescindível para a ação penal, porque se o titular da ação dispuser de
elementos quanto a autoria e materialidade ele poderá oferecer a peça acusatória.
II. Atuação na fase processual. Súmula 234. Para o STF e o STJ, o promotor que
investiga não é suspeito ou impedido de atuar na fase processual.
III. Críticas à investigação do MP. Para Luiz Flávio Borges D’urso as críticas
repousam na ausência de Lei Federal regulando a matéria e no temor de acúmulo de
funções do MP.
Aula 19
4. Valor Probatório.
1. Conceito: Para Tourinho Filho o IP tem valor probatório relativo, servindo de base
para o ajuizamento da ação ou para a adoção de medidas cautelares, mas não prestando
sozinho a sustentar uma condenação. Art. 155, CPP.
Aula 20
5. Vícios ou Irregularidades do IP
A) Suspeito Preso. 15 dias, prorrogável por igual período uma vez. Art. 66, lei
5.010/66).
B) Suspeito Solto. 30 dias, prorrogáveis, pelo tempo e pela quantidade de vezes
pertinentes.
A) Suspeito Preso: Prazo único 10 dias, sendo indiferente se o sujeito está preso ou
solto. Improrrogáveis. Art. 10, §1º, Lei 1.521/51.
B) Suspeito Solto: Prazo único 10 dias, sendo indiferente se o sujeito está preso ou
solto. Improrrogáveis. Art. 10, §1º, Lei 1.521/51.
A) Suspeito Solto. Art. 798, CPP. O prazo é contado na forma do artigo 798, CPP,
tendo natureza processual.
B.1. Primeira Posição. Para Auty Lopes Jr. o prazo é contado de acordo com o artigo
10, CP., de forma que, o primeiro dia é incluído.
Tal posição é ratificada pelo Art. 2º, §8º, da Lei 7960/84 que regula o
prazo da prisão temporária.
B.2. Segunda Posição. Para Mirabete, o prazo é processual, sendo contado de acordo
com o artigo 798, CPP. Corrente minoritária.
Obs.: Se em uma mesma comarca temos mais de uma circunscrição estão dispensadas
as precatórias entre delegados, assim como acontece no DF. Art. 22, CPP.
Aula 23 - Inquérito (Vou pular para a parte de Ação Penal, caso precise, pode voltar
nesta aula. Importante ler os PDF’s viu? Você consegue!)
Aula 35 - Ação Penal
Prof. Nestor Távora
a) Conceito: Aquele que exerce a Ação Penal Pública é um Órgão Oficial do Estado.
I. Conceito. Art. 100, CP. É aquela onde a persecução penal será deflagrada ex officio,
independente do desejo da vítima ou de terceiros.
Obs. Na Ação Penal Pública Incondicionada o IP será iniciado ex officio. Art. 5º, I, CPP.
A) Representação.
I. Conceito. É um pedido e ao mesmo tempo uma autorização que condiciona o início
da persecução penal. Sem ela inexiste ação, inquérito ou lavratura de flagrante.
II. Natureza Jurídica. Condição de Procedibilidade. Uma condição para a adoção de
providências penais.
III. Prazo. 6 meses contados do conhecimento da autoria da infração. Art. 38, CPP. É
um prazo decadencial. O primeiro dia é computado.
Obs. Forma de Contagem: O prazo tem natureza penal, sendo contado de acordo
com o artigo 10 do CP, de forma que, o dia do conhecimento da autoria é computado.
Obs. Natureza: Decadencial. É um prazo fatal, não tolerando suspensão, interrupção
ou prorrogação.
IV. Forma. Para os Tribunais Superiores e para a Doutrina, a forma é livre, já que a
vítima pode representar oralmente, ou por escrito a qualquer dos destinatários.
V. Retratação.
- Regra Geral. A vítima poderá se retratar até antes do oferecimento da denúncia.
Art. 25, CPP.
Obs. Para a doutrina majoritária a vítima poderá se arrepender da retratação,
reapresentando a representação, desde que dentro do prazo de 6 meses.
Conclusão. Cabe retratação da retratação da representação. Forma do CESPE
perguntar.
Obs. Para Tourinho Filho a retratação é similar a uma renúncia, não tolerando
arrependimento (posição minoritária).
III. Legitimidade
- Destinatário: O ato é endereçado ao MP na figura de seu procurador geral,
- Legitimidade ativa. É do Ministro da Justiça.
IV. Prazo. NÃO há prazo decadencial. O MJ pode requisitar a qualquer tempo, desde
que não extinta a punibilidade pela prescrição ou por qualquer outra causa, Art. 107,
CP).
V. Retratação.
a) 1ª Posição. Para Guilherme Nucci e Luiz Flávio Gomes, a retratação é possível até
antes do oferecimento da denúncia, por analogia ao artigo 25, CPP.
b) 2ª Posição. Para Tourinho Filho o ato é irretratável em virtude da ausência de
previsão legal (argumento jurídico) como também, para não comprometer a imagem
do país (argumento político).
Conceito: É aquela titularizada pela vítima ou por seu representante legal na condição
de substituição processual, pois ela atua em nome próprio pleiteando a punição que
será exercida pelo Estado.
1. Vítima: Querelante
2. Réu: Querelado
3. Inicial Acusatória: Queixa-Crime. Art. 41, CPP.
Obs.: Crítica: Para Aury Lopes Jr. não há propriamente relação de substituição
processual, pois não podemos confundir o exercício da demanda com o patrocínio da
punição. Posição Minoritária.
Obs.: Tendência: Para Eugênio Paccelli a vítima não tem equilíbrio para o manejo da
ação penal. Consequentemente, os crimes de ação privada migrariam para o bojo da
ação penal pública condicionada.
Princípios
- Princípio da Oportunidade
II.1. Decadência:
- Conceito: É a perda da faculdade de ingressar com a ação privada em razão do
decurso do tempo, qual seja 6 meses contados do conhecimento da autoria da
infração. Art. 38, CPP. É um prazo fatal, não se suspende, não se interrompe e não se
prorroga.
Obs.: A tendência de investigação criminal NÃO interfere no prazo para ajuizar a
ação privada.
Conclusão: A vítima pode ingressar com a ação SEM a investigação, já que o
inquérito é dispensável.
- Consequência: Ela provoca a extinção da punibilidade. Art. 107, IV, CP.
II.2. Renúncia:
- Conceito: Ela ocorre com a declaração expressa da vítima de que não pretende
ingressar com ação ou com a prática de ato incompatível com essa vontade.
Conclusão: Percebe-se que a renúncia pode ser expressa ou tácita, admitindo todo
meio de prova válida para a sua demonstração. Arts. 50 e 57, CPP.
Conclusão 2: As regras de boa educação e tratamento por si só NÃO caracteriza
renúncia.
- Consequência: Ela provoca a extinção da punibilidade. Art. 107, V, CP.
- Irretratabilidade: Inexistindo vício na formação da vontade o ato é irretratável.
- Princípio da Disponibilidade
II.1. Perdão:
- Conceito: Ele ocorre quando a vítima declara expressamente que não pretende
continuar com a demanda ou quando ela pratica ato incompatível com essa
vontade. Art. 58, CPP.
- Conclusão. Percebe-se que o perdão pode ser ofertado de forma expressa ou
tácita.
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á
perempta a ação penal:
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato
do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas
alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.
- Princípio da Indivisibilidade
a) Conceito: Se a vítima optar por ajuizar a ação, deverá fazer contra todos os
infratores conhecidos.
b) Fiscalização: Cabe ao MP fiscalizar se o princípio da indivisibilidade foi
respeitado.
c) Consequências Jurídicas:
I. Se a vítima dolosamente ajuizar ação contra parte dos infratores, ela estará
renunciando ao direito em favor dos não processados, o que leva a extinção da
punibilidade em benefício de todos.
II. Se a omissão da vítima é involuntária NÃO houve renúncia.
III. O perdão ofertado a parte dos infratores é aplicável a todos que queiram ser
perdoados. Art. 51, CPP.
RESOLUÇÕES DE QUESTÕES
Resumo:
"Regra: O Tribunal do foro competente fará a cisão das Investigações para ficar apenas com
a parte relativa ao Agente que possui o Foro por Prerrogativa de Função."
"Exceção: O Tribunal NÃO poderá fazer a cisão das Investigações quando a cisão
implique em prejuízo para o esclarecimento dos fatos."
"A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu ser possível
autorizar quebra de sigilo de dados informáticos estáticos relativos a dados pessoais e
registros de conexão ou acesso a servidores, navegadores ou aplicativos de internet,
delimitada por parâmetros de pesquisa em determinada região e por período de tempo,
desde que, presentes circunstâncias que denotem a existência de interesse público
relevante, a decisão seja proferida por autoridade judicial competente, com
fundamentação suficiente."
fonte:
https://canalcienciascriminais.com.br/stj-juiz-pode-autorizar-quebra-de-sigilo-de-dados
-informaticos-estaticos/
Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a
prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o
Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para
reprovação e prevenção do crime ...
V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público,
desde que proporcional e compatível com a infração penal imputada.
§ 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que se refere o caput deste
artigo, serão consideradas as causas de aumento e diminuição aplicáveis ao caso concreto.
I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais Criminais, nos
termos da lei;
II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios que indiquem
conduta criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as infrações
penais pretéritas;
III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da
infração, em acordo de não persecução penal, transação penal ou suspensão condicional do
processo; e
§ 3º O acordo de não persecução penal será formalizado por escrito e será firmado pelo
membro do Ministério Público, pelo investigado e por seu defensor.
A questão pede que o aluno identifique a única assertiva correta, para tanto é necessário
sabermos que o crime de calúnia é de ação penal privada e, portanto, o autor PODERÁ
preferir o foro de domicílio do réu, conforme preceitua o artigo 73 do Código de Processo
Penal, vejamos:
‘’Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de
domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.’’
Assim sendo, resta claro que a única assertiva correta é a letra E.
Para solucionar a questão e todas as alternativas, bastaria o candidato conhecer o art. 15 da lei
11.340/06. Vejamos:
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata
esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência
especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o
Ministério Público.
III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem
como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade,
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.
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A decisão de arquivamento não gera coisa julgada material, se houver novas provas,
pode ser revista, nesse sentido, súmula 524 do STF "arquivado o inquérito policial, por
despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser
iniciada, sem novas provas".
Segundo STF, se o arquivamento ocorre por atipicidade do fato, há coisa julgada
material, não sendo possível o desarquivamento.
Trancamento de IP
b - Requisitos
→ Não se admite, em regra, HC para 'trancar' IP, uma vez que o Judiciário não pode paralisar
o exercício regular da atividade policial e tampouco subtrair do MP, titular da ação pública, a
opinio delicti.
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a.1) Conceito: É aquela titularizada pela vítima ou por seu representante legal.
a.2) Sucessão Processual: Diante da morte ou da declaração de ausência o direito de
ação se transfere ao CADI (Cônjuge ou companheira, ascendente, descendente ou
irmão). Art. 31, CPP.
a.3) Prazo: Decadencial. 6 meses contados do conhecimento da autoria da infração
penal.
b) Ação Privada Personalíssima
a.1) Conceito: É aquela que possui um único titular, quem seja, a vítima.
* Conclusão: Inexiste intervenção do representante legal ou sucessão.
b.1) Aplicação: O único crime de Ação Personalíssima é o induzimento a erro ou
ocultação de impedimento ao casamento. Art. 236, CP.
b.2.) Prazo: 6 meses do trânsito em julgado da sentença cível que invalidar o
casamento.
c.1.) Conceito: Ela é positivada no artigo 5º, LIX, CF/88, como cláusula pétrea,
permitindo que a vítima ingresse com ação de delito da esfera pública, já que o MP
não cumpriu seu papel nos prazos legais.
* Conclusão: Se o MP ofereceu denúncia, requisitou diligências ou promoveu o
arquivamento do IP, não caberá ação privada subsidiária.
* Art. 46, CPP: O MP tem 5 dias (preso) ou 15 dias (solto) para cumprir seu papel.
c.2.) Enquadramento Normativo: Art. 29, CPP, Art. 5º, LIX, CF/88, Art. 100, §3º,
Código Penal.
c.3.) Prazo: 6 meses contados do esgotamento do prazo que o MP dispunha para agir,
qual seja, 5 dias se o sujeito está preso, ou 15 dias se está em liberdade. Art. 46, CPP.
c.4.) Poderes do MP: O promotor atuará como interveniente adesivo obrigatório, ou
assistente litisconsorcial, sob pena de nulidade. Art. 564, III, “d”, CPP.
i. propor provas;
ii. apresentar recursos;
iii. aditar a inicial, até mesmo para incluir mais réus;
iv. uma vez ofertada a queixa-crime substitutiva, cabe ao juiz abrir vistas ao MP. Se o
promotor entender que a queixa-crime é inepta, ou que a desídia está justificada, cabe
a ela repudiar a petição oferecendo denúncia substitutiva.
5. Questões Complementares
5.1. Ação de Prevenção Penal. É aquela que objetiva impor medidas de segurança ao
absolutamente inimputáveis. (Absolvição Imprópria).
Obs.: Percebe-se que em toda denúncia teremos o pedido de imposição de sanção penal.
Obs.: Sanção Penal é o gênero, do qual teremos as penas e as medidas de segurança.
De acordo com a Súmula 714, STF, o funcionário público vítima na sua honra “propter
officium" terá as seguintes alternativas:
a) Conceito: De acordo com o art. 101, CP, se um dos crimes autônomos para formação do
crime complexo é ação pública, o delito complexo também o será por extensão.
Lei 14.155.
1. Conceito.
II.2. Justiça Comum Federal. A sua competência é expressa na CF. Art. 108 (TRF’s)
Art, 109, IV e ss, CF/88 (Juízes Federais de 1º grau)
a) Justiça Eleitoral
a.1, Conceito: Lhe cabe julgar as infrações eleitorais e as infrações comuns
correlacionadas por conexão, ou continência, pouco importa se a infração comum é
estadual ou federal.
OBS.: Vale lembrar que o Código Eleitoral foi recepcionado pela CF com status de lei
complementar.
b.3) Estrutura:
I. Justiça Militar Estadual: Lhe cabe julgar apenas os policiais militares e
bombeiros militares.
II) Justiça Militar Federal: Os membros das forças armadas e as pessoas comuns
que pratiquem crimes militares federais.
c) Competência pela natureza da infração.
c.1) Conceito: O legislador pode estabelecer o órgão competente para julgar um tipo
de crime em razão de sua natureza.
I. Primeira Hipótese:
II. Segunda Hipótese. De acordo com o artigo 98, I, CF, as infrações de menor
potencial ofensivo por sua natureza vão ao Juizado Especial.
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a.2) Competência “ratione loci" em razão do lugar.
C) Ubiquidade: Estamos diante de uma teoria híbrida. É a junção das duas primeiras.
Crimes à distância. Por ela a competência é fixada pelo local da ação ou do resultado.
(Art. 70, §§ 1º e 2º, CPP).
Obs.: Aplicação. Ela é aplicada aos crimes à distância.
Conclusão: Crime à distância é aquele cuja ação nasce no Brasil e o resultado ocorre
no estrangeiro ou vice-versa. Em tal hipótese a competência brasileira é fixada pelo
local no Brasil em que ocorrer a ação ou o resultado, tanto faz.
II.3. Prevenção (Antecipação). Juiz prevento é que chega primeiro, que se antecipa.
É aquele que primeiro pratica um ato do processo (recebimento da inicial) ou aquele
que no IP adota medidas cautelares. Art. 83, CPP.
Artigo 84 e ss do CPP.
Regras de Interpretação
Súmula Vinculante 45
A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o
foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela
Constituição Estadual.
Súmula 704
Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido
processo legal a atração por continência ou conexão do processo do
corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados.
Enquadramento da Prerrogativa
a) Previsão infraconstitucional
b) Interesse das partes prepondera
c) Passível de preclusão.
De acordo com a súmula 33, STJ, a incidência relativa não pode ser declarada
de ofício. Tal Enunciado foi idealizado para o processo civil e é amplamente criticado
pela doutrina penal.
6.2. Enquadramento
a) Competência Material
a.1) Ratione Materiae (Absoluta)
a.2) Ratione Loci (Relativa)
6.3. Consequência
De acordo com o artigo 567, CPP, uma vez reconhecida a incompetência os atos decisoes sao
declarados nulos e os atos instrutórios (provas) podem ser aproveitados pelo juizo
competente.
7. Conexão e Continência
7.1. Conceito: São institutos que permitem reunir no mesmo processo crimes e/ou sujeitos
que poderiam ser julgados separadamente.
Conclusão: almejamos a economia de atos e evitar decisões contraditórias.
7.2. Conexão
Conceito: É a interligação entre duas ou mais infrações (pressuposto objetivo) e que por isso,
serão julgadas no mesmo processo.
I. Conexão Intersubjetiva. Temos duas ou mais infrações praticadas por duas ou mais
pessoas. Tal critério possui a seguinte tripartição:
a) Conexão intersubjetiva por simultaneidade: Os crimes ocorreram nas mesmas
circunstâncias de tempo e espaço. Identidade temporal e espacial.
b) Conexão intersubjetiva concursal: Nela existe o prévio acordo.
c) Conexão intersubjetiva por reciprocidade: Nela os sujeitos atuam uns contra os
outros. Ex.: lesões corporais recíprocas.
II. Conexão Lógica / Teleológica / Finalista. Nela um crime é praticado para ocultar, levar
vantagem, ou criar impunidade em face de outro delito. Art. 76, II, CPP.
7.3. Continência
7.3.1. Conceito: Nela prepondera o fator unidade, seja porque temos um só crime praticado
por duas ou mais pessoas, ou porque temos uma só conduta que provoca dois ou mais
resultados lesivos. Art. 77, CPP.
Conclusão: Percebe-se que temos uma situação de concurso formal. Artigos 70, 73 e 74, CP.
Conclusão: Podemos constatar que na conexão o que existe é o concurso material de
infrações.
b) Competência Funcional.
b.1) Competência funcional pelas fases do processo. (Absoluta)
b.2) Competência funcional pelo objeto do juízo. (Absoluta)
b.3) Competência funcional pelos graus de jurisdição. (Absoluta)
Aula 01 - Prisões
Prof. Nestor Távora
1) Considerações Iniciais
Conceito de Prisão: É a ferramenta positivada no art. 5º, LXI, CF, que autoriza a
restrição à liberdade de locomoção, em decorrência do flagrante, da transgressão
disciplinar militar ou de ordem judicial motivada, comprimento o nosso direito de ir e
vir ou ficar.
1.2. Enquadramento:
Obs.: Modalidades
A) Prisão em Flagrante
B) Prisão Preventiva
C) Prisão Temporária
Obs.: Filtro
Atualmente os maus antecedentes ou a reincidência não justificam a prisao no
momento da pronúncia ou da sentença. Logo, o juiz deve assumir o seguinte
comportamento:
I. Se o réu estava solto, só será preso por meio da prisão preventiva (Art. 312 CPP).
Desde que não sejam mais adequadas as medidas cautelares pessoais não prisionais. É
a última ratio.
II. Se o réu estava preso, o juiz deve indicar a razão da manutenção da prisão.
III. Se o réu estava preso, deve o juiz indicar a razão do não cabimento da liberdade
provisória.
Obs 1. Pressupostos:
I. Confirmação da condenação por um Tribunal.
II. Esgotamento das vias ordinárias de impugnação, leia-se, a decisão, quando
muito, só poderá ser impugnada por recurso especial ou extraordinário.
Obs. 2. Fundamentos:
I) O princípio da presunção de inocência não é absoluto.
II. O recurso especial e o extraordinário não gozam de efeito suspensivo.
2.1. Conceito:
a) Conceito etimológico: O flagrante deriva de “flagare”, que é uma decorrência de
“Flagrans”, significando arder ou queixar. Em verdade, o flagrante é a qualidade de
algo que está ocorrendo naquele momento.
c.2) O sujeito capturado ao acabar de cometer o delito (Art. 302, II, CPP)
Conclusão: a prisão realizada é ilegal, devendo ser relaxada (art. 310, I, CPP).
Obs. Hipóteses
c) 3º Passo: Formalização da prisão por meio da lavratura do auto (Art. 304, CPP).
Obs.: Outras autoridades podem presidir a lavratura, desde que o crime seja praticado
contra a autoridade ou na sua presença, durante o desempenho da função (art. 307,
CPP). Ex.: Presidente da CPI.
Obs.2. Os dois primeiros passos são também aplicados nas infrações de menor
potencial ofensivo. Todavia, a lavratura do auto é substituída pelo TCO (Termo
Circunstanciado de Ocorrência) e o sujeito é liberado independente de fiança, desde
que seja imediatamente encaminhado ao juizado ou assuma esse compromisso (art.
69, Lei 9099/95).
d) Autoridade
e) Escrivão: Diante da inexistência ou impedimento do escrivão, será nomeado
escrivão “ad hoc”.
2.4.2.2. Estrutura
a) Oitiva do condutor.
c.5) Videoconferência. O §1º do art. 3º-B, CPP, proíbe a audiência de custódia por
videoconferência.
Advertência: O Ministro Nunes Marques, de forma monocrática,
autorizou a videoconferência durante a pandemia a fim de evitar o risco de
contaminação.
Obs.3. Filtro: Se as medidas cautelares pessoais não prisionais forem suficientes (art.
318, CPP), a preventiva não será decretada.
ii) 2ª Hipótese. O juiz pode entender, após homologar o auto, que a prisão não é
necessária, em tal hipótese, será concedida liberdade provisória, com ou sem o
pagamento de fiança (art. 310, III, CPP).
3.1) Conceito:
c) decretada pelo Juiz mediante provocação, não podendo ser decretada de ofício.
d) SEM PRAZO
e) Desde que presentes os requisitos de admissibilidade.
a.1) 1ª Posição. Para Rômulo Moreira e Aury Lopes Jr o fundamento não tem
respaldo constitucional, em razão de sua abstração (Posição Minoritária).
a.2) 2ª Posição. Para Nucci a ordem pública pode ser assim analisada:
3.1 - Regra Geral: A preventiva é admitida nos crimes dolosos com pena máxima
superior a 4 anos.
4) Questões Complementares
Obs.2. O §2º do art. 315 do CPP adota postura similar ao §1º do art. 489, CPC,
indicando quando a decisão judicial não está motivada.
Conclusão 1. Tal previsão é adotada para reger toda e qualquer decisão judicial,
independente do tema.
4.3. Execução provisória da pena: Não cabe a decretação da preventiva pela mera
instauração do IP, pelo oferecimento ou recebimento da denúncia, assim como para
antecipar os efeitos de uma eventual condenação (§2º, art. 313, CPP)
Obs.3. Direito ao não esquecimento: De acordo com o parágrafo único, 316, CPP, o
juiz deve remotivar a prisão a cada 90 dias, explicitando as razões da manutenção do
cárcere.
4.5. Substituição da preventiva por prisão domiciliar: De acordo com o art. 318,
CPP, por critérios essencialmente humanitários, a preventiva pode ser substituída por
prisão domiciliar.
Obs.1. A substituição pode ser cumulada com outras medidas cautelares pessoais, a
exemplo da tornozeleira eletrônica (Art. 318-C, CPP).
1. Conceito:
a) É uma prisão cautelar
b) Cabível exclusivamente na investigação
Conclusão 2. De acordo com Marcellus Polastri Lima, em que pese a lei falar em
IP, a temporária pode ser decretada no curso das demais investigações criminais.
2. Requisitos
- Fumus Comissi Delicti. Está prevista no Inciso III
- Periculum Libertatis. Está simbolizado no Inciso I e/ou II.
Obs. Pertinência:
3.1. Estrutura:
a) 1º Passo. Provocação emanado do MP ou do Delegado.
b) 2º Passo. Cabe ao juiz decidir em 24 horas.
b) Prazo:
c) Postura do juiz: Para fiscalizar o bom andamento da prisão, o juiz poderá adotar
as seguintes medidas:
d) Separação do preso. Atualmente o art. 300 do CPP tem redação similar ao art. 3º
da Lei 7960/89, de forma que o preso cautelar DEVE ficar separado do preso
definitivo.
6) LIBERDADE PROVISÓRIA
1. Considerações Iniciais:
a) Prisão em flagrante:
a.1) Prisão Ilegal: Relaxamento (art. 310, I, CPP)
a.2.) Prisão legal: Liberdade provisória (Art. 310, III, CPP).
b) Prisão Preventiva:
b.1) Prisão ilegal: Relaxamento.
b.2) Prisão legal: Revogação (art. 316, CPP).
c) Prisão Temporária:
c.1) Prisão ilegal: Relaxamento.
c.2) Prisão legal: Ela se auto revoga pelo decurso do tempo, sendo que a libertação
independe de alvará de soltura.
Conclusão: Nada impede que o defensor requeira a revogação antes do decurso
do prazo.
1.3. Modalidades de liberdade provisória. De acordo com o Art. 5º, LXVI, CF, o
instituto da liberdade provisória é o gênero, de onde encontramos as seguintes
espécies:
a) Liberdade provisória sem fiança;
b) Liberdade provisória mediante fiança.
2.3. Crimes Graves. A CF no artigo 5º, incisos XLII, XLII e XLIV promoveu a
vedação da FIANÇA aos seguintes crimes:
a) Racismo.
i. Reincidente;
ii. Integrante de organização criminosa armada e milícia;
iii. Portador de arma de fogo de uso restrito.
3.2. Legitimidade:
i. Delegado: Ele é legitimado nos crimes com pena máxima de até 4 anos (art. 322,
CPP).
ii. Juiz: Ele é legitimado nas hipóteses do delegado e é o único responsável quando a
pena máxima é superior a 4 anos.
Advertência: O juiz tem 48 horas para deliberar.
Advertência: Vale lembrar que o §2º do art. 310 do CPP promoveu uma
vedação peremptória ao instituto da liberdade provisória, o que engloba a LP
mediante fiança nas seguintes hipóteses:
i. Reincidente;
ii. Integrante de organização criminosa armada ou milícia;
iii. Portador de arma de fogo de uso restrito.
II. Consequências:
a) Decretação da preventiva;
b) Naquela mesma persecução não caberá fiança novamente.
c) 50% do valor será destinado ao Fundo Federal.
I. Conceito: Ela ocorre quando o sujeito empreende fuga após o trânsito em julgado
da condenação, frustrando a início do cumprimento da pena.
II. Consequência: 100% do valor remanescente será destinado ao Fundo Federal.
III. Sistema Recursal: A decisão é desafiada pelo RESE (art. 581, VII, CPP).
Conclusão: Tal recurso tem efeito suspensivo limitado, obstando a imediata
remessa do valor ao Fundo Federal.
III. Consequências:
a) Decretação da preventiva (mediante provocação);
b) Devolução do valor caucionado,
IV. Sistema Recursal: A decisão da cassação é desafiada por meio de RESE (Art.
581, V, CPP).
3.10. Reforço.
Conceito: Significa a necessidade do incremento do valor caucionado, para que
corresponda ao quantitativo de fiança correspondente.
3.13. Sistema Recursal. A decisão da cassação é desafiada por meio de RESE (Art.
581, V, CPP).
Resumo
- Disposições Gerais
- Sujeitos
- Ação Penal
- Penas
- Sanções
Art. 1º Esta Lei define os crimes de abuso de autoridade, cometidos por agente público,
servidor ou não, que, no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do
poder que lhe tenha sido atribuído.
Art. 2º É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer agente público, servidor ou
não, da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de Território, compreendendo, mas não se
limitando a:
I - servidores públicos e militares ou pessoas a eles equiparadas;
II - membros do Poder Legislativo;
III - membros do Poder Executivo;
IV - membros do Poder Judiciário;
V - membros do Ministério Público;
VI - membros dos tribunais ou conselhos de contas.
Parágrafo único. Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou
função em órgão ou entidade abrangidos pelo caput deste artigo. Conceito de agente
público.
Aula 07 - Abuso de Autoridade (13.869/19)
Prof. Geilza Diniz
Servidor aposentado -> Prevalece o entendimento de que não pode cometer crime de abuso
de autoridade.
Particular -> Responde em caráter excepcional, quando houver concurso de agentes e ele
souber da condição.
Art. 30, CP. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo
quando elementares do crime.
Da Ação Penal
Art. 3º Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada.
§ 1º Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo legal,
cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva,
intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a
todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
Não cabe em caso de arquivamento, ou pedido de novas diligências.
§ 2º A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da data em
que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia. Prazo decadencial impróprio.
Consequências
- IP pode ser instaurado de ofício, requisição do Juiz ou MP ou a requerimento da
vítima.
- Não depende de manifestação da vítima
- Titular: MP
- Peça: Denúncia
Art. 6º As penas previstas nesta Lei serão aplicadas independentemente das sanções de
natureza civil ou administrativa cabíveis.
Parágrafo único. As notícias de crimes previstos nesta Lei que descreverem falta funcional
serão informadas à autoridade competente com vistas à apuração.
Art. 13. Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de
sua capacidade de resistência, a:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, sem prejuízo da pena cominada à
violência.
Art. 15. Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de função,
ministério, ofício ou profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo: Ex.: Padre
proibido de depor (207, CPP) Exceção: Desobrigado pela parte interessada e Se quiser.
Art. 16. Deixar de identificar-se ou identificar-se falsamente ao preso por ocasião de sua
captura ou quando deva fazê-lo durante sua detenção ou prisão:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, como responsável por interrogatório em
sede de procedimento investigatório de infração penal, deixa de identificar-se ao preso ou
atribui a si mesmo falsa identidade, cargo ou função.
Art. 18. Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso noturno,
salvo se capturado em flagrante delito ou se ele, devidamente assistido, consentir em prestar
declarações:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Art. 20. Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com seu
advogado:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem impede o preso, o réu solto ou o investigado
de entrevistar-se pessoal e reservadamente com seu advogado ou defensor, por prazo
razoável, antes de audiência judicial, e de sentar-se ao seu lado e com ele comunicar-se
durante a audiência, salvo no curso de interrogatório ou no caso de audiência realizada por
videoconferência.
Art. 21. Manter presos de ambos os sexos na mesma cela ou espaço de confinamento:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem mantém, na mesma cela, criança ou
adolescente na companhia de maior de idade ou em ambiente inadequado, observado o
disposto na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Busca e Apreensão
Art. 5º, XI, CF
Regra Geral: Mandado Judicial. DEvendo acontecer das 5h às 21h
Exceção: Flagrante, Desastre ou Socorro. Se o dono do imóvel autorizar (Consentimento).
Art. 245, CPP. As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o morador consentir
que se realizem à noite, e, antes de penetrarem na casa, os executores mostrarão e lerão o
mandado ao morador, ou a quem o represente, intimando-o, em seguida, a abrir a porta.
COM MANDADO.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem pratica a conduta com o intuito de:
I - eximir-se de responsabilidade civil ou administrativa por excesso praticado no curso de
diligência;
II - omitir dados ou informações ou divulgar dados ou informações incompletos para desviar
o curso da investigação, da diligência ou do processo.
Provas no CPP
Art. 28. Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda
produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do
investigado ou acusado:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 29. Prestar informação falsa sobre procedimento judicial, policial, fiscal ou
administrativo com o fim de prejudicar interesse de investigado:
Art. 30. Dar início ou proceder à persecução penal, civil ou administrativa sem justa causa
fundamentada ou contra quem sabe inocente:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, inexistindo prazo para execução ou
conclusão de procedimento, o estende de forma imotivada, procrastinando-o em prejuízo do
investigado ou do fiscalizado.
Art. 32. Negar ao interessado, seu defensor ou advogado acesso aos autos de investigação
preliminar, ao termo circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer outro procedimento
investigatório de infração penal, civil ou administrativa, assim como impedir a obtenção de
cópias, ressalvado o acesso a peças relativas a diligências em curso, ou que indiquem a
realização de diligências futuras, cujo sigilo seja imprescindível:
SV 14
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se utiliza de cargo ou função pública ou
invoca a condição de agente público para se eximir de obrigação legal ou para obter
vantagem ou privilégio indevido.
Art. 38. Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive
rede social, atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação:
(Promulgação partes vetadas)
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
PENAS
Detenção e Multa
6 meses a 2 anos e multa.
1 a 4 anos e multa.
Processo Penal ÁGUIMON / CEISC 26/02/2019
Inquérito Policial
O IP tem prazo certo para ser concluído quando o investigado estiver recolhido ao
cárcere, isto é, 10 dias, porém se estiver solto, o prazo será de 30 dias.
Obs. 1: O STJ decidiu que em caso de investigado solto o prazo poderá ser mais
dilatado, contudo de forma razoável.
Obs. 1: O sigilo de segredo do IP não pode ser posto contra membro do MP, da
magistratura, da defensoria ou advogado constituído nos autos.
Obs. 2: O art. 7º, XIV da Lei 8.906/94 possibilita a qualquer advogado, mesmo sem
procuração, o acesso a qualquer IP, desde que não esteja em segredo de justiça.
Obs. 3: O STJ no RMS 49920/SP, decidiu recentemente que o estuprador não pode
ser beneficiado com o sigilo dos seus dados, pois seria um contra senso para com a
vítima.
h) Legal: Significa dizer que a autoridade policial deve atuar com observância dos
direitos e garantias constitucionais previstos na lei fundamental, pois do contrário ele
poderá ser responsabilizado pelo crime de abuso de autoridade.
Obs. 1: Atentar para o artigo 7º XIV, da Lei 8.906/94 possibilita a qualquer advogado
contrapor-se aos elementos informativos.
Obs. 2: Quando se tratar de inquérito para extradição exige-se a observância dos
princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório.
Obs. 1: Segundo o STF o delegado de polícia não possui competência para promover
o indiciamento de autoridade com prerrogativa de foro.
3. Ação Penal
É o direito que assiste o MP, a vítima, ou seu sucessor ou seu representante legal de
buscar a prestação jurisdicional por meio da aplicação do direito material ao caso
concreto.
No D.P as condições da ação podem ser genéricas e específicas.
Condições genéricas:
Condições Específicas:
4. Espécies de Ação
Divide-se em: Ação Penal Privada e Ação Penal Pública, nos termos do art. 100,
CP e 24, CPP.
II. Condicionada
É aquela que também é proposta pelo MP, todavia exige uma manifestação prévia do
Ministro da Justiça ou da vítima ou sucessor ou seu representante legal:
Se o ofendido for morto: CADI (Art. 24, §1º, CPP)
Art. 147, CP. (Ameaça)
Obs.: Representação
- É manifestação de vontade. É o suprimento legal realizado pela vítima ou por seu
sucessor ou representante legal para legitimar a atuação do MP, conforme art. 100, 2º,
CP, 24, CPP, 102, 103, CP, 31, 32, 33, 34, 38 e 39, CPP.
Natureza Jurídica:
É condição de procedibilidade, isto significa que o MP não poderá atuar sem o
preenchimento deste requisito.
Formalismo:
Segundo os Tribunais Superiores a representação não é um ato eminentemente formal,
ou seja, basta a vítima demonstrar que tem interesse na punição do agente que já é
suficiente.
III. Retratação
É possível a retratação do ofendido desde que o faça antes do oferecimento da
denúncia, conforme art. 102, CP e 25, CPP.
Retratação da Retratação
Segundo o STJ é possível a retratação da retratação da representação desde que a
vítima atente-se para o prazo decadencial de 6 meses previsto no art. 103, CP e art.
38, CPP.
5. Princípios
a) Obrigatoriedade
Se o MP dispuser de indício suficientes de autoria ou participação e materialidade e
estiverem presentes as condições da ação, os pressupostos processuais e existir justa
causa, o oferecimento da denúncia é obrigatório. Art. 395, CPP.
b) Indisponibilidade
Significa dizer que o MP não pode dispor da ação penal e nem do recurso que haja
interposto por expressa vedações dos artigos 42 e 576, CPP.
O MP poderá pedir absolvição.
c) Divisibilidade
A denúncia, nos crimes com concurso de agentes ou de delitos admite ser partilhada,
pois o STF firmou entendimento pela sua divisibilidade.
d) Oficialidade
Quer dizer que quando se tratar de A.P.Pública, o MP é o único órgão oficial para
oferecer denúncia. Art. 129, I, CF
24, CPP
46, CPP
257, CPP
6. Forma de Deflagração
A ação penal é deflagrada por meio de uma peça acusatória chamada denúncia, que se
o réu estiver preso deverá ser ofertada no prazo de 05 dias e, caso esteja solto, o prazo
será de 15 dias, nos termos do artigo 46, CPP e art. 1º da Lei 8038/90.
a) Fundamento
Arts. 30, CP, 24, 29, 30, 31, 32, 36, 37, 38, 39, 44, 48/60, CPP.
Espécies:
a) Propriamente dita
É a espécie de ação penal que poderá ser proposta pela vítima, por seus representante
legal ou seu sucessor, nos crimes definidos pela própria norma penal.
Ex.: 138, 139, 140, 145, 163 e 167, CP.
(Calúnia, injúria (salvo quando resulta lesão corporal), difamação)
b) Personalíssima
É a modalidade de ação penal que a titularidade é tão somente (exclusiva) da própria
vítima, no caso do crime do artigo 236, CP. (Erro essencial)
c) Subsidiária da Pública
É a espécie de ação penal cabível em qualquer crime de ação penal pública quando o
MP não oferecer denúncia contra o infrator da norma no prazo legal, com fulcro nos
artigos 29, CPP e 5º, LXVII, CF.
Obs.: Segundo o STJ, o pedido de arquivamento do inquérito, NÃO caracteriza
inércia do MP.
PRINCÍPIOS
a) Conveniência ou oportunidade
Significa dizer que é facultado a vítima ou seu representante legal ou seu sucessor a
propositura ou não da ação penal privada.
b) Indivisibilidade
A ação penal privada quando houver concurso de agentes deve ser proposta contra
todos os acusados, pois do contrário ocorrerá a divisibilidade o que é vedado pelo
artigo 48, CPP.
c) Disponibilidade
Significa dizer que a vítima ou seus legitimados podem dispor da ação penal por meio
da renúncia, do perdão ou até se omitindo na prática de algum ato judicial (perempção
-art. 107, IV e 61, CPP) Artigos 49/60, CPP. O ofendido poderá perdoar o ofensor.
Formas de Deflagração
A A.P.Privada é iniciada por meio de uma peça jurídica denominada queixa-crime,
que deve ser confeccionada com base nos requisitos legais, inclusive quanto a
gratuidade de justiça. Artigos 41, 44, 395, 17, 32, CPP. 98/98, CPC. 1060/50.
Prazo
Também é de 6 meses a contar da ciência da autoria do fato. Art. 38, CPP e 103, CP.
9. Competência
a) Conceito: A competência não se confunde com a jurisdição segundo interpretação
do próprio Supremo, motivo porque se pode definir a competência como sendo o
limite do exercício da própria jurisdição.
b) Espécies: A competência divide-se em absoluta e relativa;
A Justiça pode ser Especial: Militar / Eleitoral
Comum: Federal/ Estadual
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL
- Crimes Político é competência da Justiça Federal.
- Crime em detrimento de interesse, serviço, ou bens da União, Autarquias,
Empresas Públicas ou Fundação Pública, são de competência da Justiça Federal.
Já no caso de SEM, esta será julgado na justiça estadual. Súmula 42, STJ.
- Súmula 122, STJ
- Contravenção Penal é da Justiça Estadual, ainda que envolva interesse, serviço
ou bens da União, Autarquias, Empresas Públicas ou Fundação Pública. Súmula
38, STJ, Art. 109, IV, CF/88!
- Se praticado por funcionário público? Se este praticou delito ou se foi vítima, será
da JF se o crime estiver relacionado em razão da função que ele exerce. Súmula 147,
STJ.
- Todo crime que envolve crimes internacionais, tudo pertence a Justiça Federal.
Art. 109, V, CF.
Via de regra o juiz não pode buscar decisão somente com elementos informativos
colhidos na investigação.
II. Confissão: É o meio pelo qual o próprio acusado relata ao delegado ou ao juiz a sua
efetiva participação na infração penal, e, quando entregar outros có-réus, este ato será
nominado de delação ou colaboração premiada. Art. 197/200, CPP.
Obs.: Conforme artigo 200 do CPP, a confissão é divisível e retratável e quando
utilizada pelo juiz deverá atenuar a pena. Art. 65, III, “d”, CP.
III. Ofendido: É a pessoa que sofreu diretamente o dano ou foi exposta a perigo em razão
da conduta criminosa do agente, que é nominado no direito penal de sujeito passivo
material; Art. 201, CPP.
IV. Testemunhas (Art. 202/225, CPP): São as pessoas que presenciaram a conduta
criminosa e que em juízo fará suas percepções sensitivas ou então aquelas que nada
sabem do fato mas que vão falar acerca do acusado (testemunha de beatificação /
canonização)
- O sistema de inquirição das testemunhas é o da pergunta direta e cruzada pelas
partes. Art. 212, CPP.
- A testemunha poderá conduzida coercitivamente e em caso de não comparecimento
injustificado, sofrer sanção pecuniária (multa).
V. Acareação: Acarear é o ato de confrontar entre si as pessoas participantes da ação
penal - vitima, testemunha e réu, quando houver divergências em seus depoimentos.
Art. 229 e 230, CPP.
VI. Descoberta inevitável ou fonte independente: Significa dizer que a colheita da
prova que seguiu os trâmites regulares e de praxe não será contaminada por eventual
prova ilícita e por tal razão será considerada válida para o processo penal.Art. 157,
§2º, CPP.
VII. Objeto da Prova: No processo penal busca-se provar fatos que tenham relação direta
com a infração penal, contudo há alguns que independem de provas, são eles:
a) Fatos axiomáticos ou intuitivos: São aqueles que podem ser concluídos por mera
intuição do espectador, dispensando provas mais minuciosas.
b) Fatos Notórios: São aqueles de conhecimento amplo de toda a sociedade, motivo
porque não necessitam de serem provados nos autos.
c) Fatos inúteis: São aqueles considerados irrelevantes para a decisão da causa, logo
são totalmente dispensáveis.
d) Fatos incontroversos: No Processo Penal não é possível a confissão por revelia ou
por ausência de impugnação direta dos fatos alegados pela acusação. como ocorre no
processo civil, (Arts. 374, III, CPC), porque é ônus exclusivo da acusação a
produção da prova acerca da materialidade e da autoria da infração penal. Mesmo
com a confissão do acusado é imprescindível a produção de outros provas. Arts. 156,
194, 200 e 367, CPP.
XI. Prova Ilícita: É aquela que viola a constituição ou Lei infraconstitucional, razão
porque é inadmissível no PP, cuja consequência é o desentranhamento dos autos,
porquanto inservíveis. Art. 5º, LVI, CF, 157, CPP.
Obs.: A prova ilícita poderá ser utilizada exclusivamente em favor do réu nos limites
do exercício do direito de defesa, conforme interpretação do STF.
Obs.: Teoria dos frutos da árvore envenenada: é uma teoria americana adotada no
Brasil segundo a qual havendo veneno no tronco isto se transmitirá para todos os seus
frutos, o que denota que são inadmissíveis para o processo.
a) Prova ilícita por derivação: É aquela decorrente de uma prova colhida com
inobservância das garantias constitucionais e legais, e por isso Não são admissíveis no
CPP, porque a prova original fora contaminada. Ex.: Art. 5º, XI, CF e 150, CP.
b) Prova ilegítima: Segundo a doutrina processual é aquela prova que fora colhida com
afronta a norma infraconstitucional de conteúdo processual, sem qualquer reflexo na
CF. Art. 159, CPP, Dois peritos, mas só teve um;