Aula 04
Aula 04
Aula 04
Autor:
Equipe Direito Constitucional
Estratégia Concursos
08 de Março de 2023
Índice
1) Direitos Sociais dos Trabalhadores (art. 7º - art. 11, CF/88)
..............................................................................................................................................................................................3
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem
à melhoria de sua condição social:
Note que a Constituição, no caput do art. 7º, equipara os direitos do trabalhador rural aos do
trabalhador urbano.
Esse dispositivo é típica norma de eficácia limitada, exigindo lei complementar que proteja a
relação de emprego contra despedida arbitrária ou sem justa causa. Trata-se do direito à
segurança no emprego.
Segundo o art. 10 do ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias), até a promulgação
da mencionada lei complementar, a indenização contra a despedida arbitrária ou sem justa causa
ficará restrita a 40% sobre os depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS),
realizados em favor do empregado.
Cabe destacar que a proteção conferida pela Constituição somente alcança a despedida
arbitrária ou sem justa causa. Não haverá indenização, portanto, diante da despedida por justa
causa.
A CF/88 extinguiu a antiga “estabilidade decenal”, que, apesar de estar prevista na CLT, não foi
recepcionada pela nova ordem constitucional. Pela regra da estabilidade decenal, o empregado
que tivesse mais de 10 anos de empresa não poderia ser demitido, salvo em caso de falta grave
ou circunstância de força maior.
Hoje, nem mesmo a despedida arbitrária ou sem justa causa são proibidas. Elas poderão ocorrer,
cabendo, todavia, indenização. Destaque-se que o art. 10 do ADCT estabelece 2 (dois) casos de
vedação absoluta à dispensa arbitrária ou sem justa causa:
a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de
acidentes (CIPA), desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu
mandato;
b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o
parto.
O salário mínimo deve ser fixado em lei formal: verifica-se, aqui, hipótese de reserva legal. Em
torno desse tema, houve relevante controvérsia apreciada pelo STF. A Lei Federal nº 12.382/2011
estabeleceu que o valor do salário mínimo seria de R$ 545,00, mas que decreto presidencial seria
responsável pelos reajustes e aumentos salariais, segundo determinados índices.
Segundo o STF, a Lei nº 12.382/2011 é constitucional, não havendo óbice a que um decreto
presidencial estabeleça os reajustes, cuja fórmula e índices estão previstos na própria lei. O
decreto presidencial não estaria, assim, fixando o valor do salário mínimo; ele seria um mero ato
declaratório do valor reajustado segundo a política de valorização prevista na lei.1
O salário mínimo é único para todo o território nacional, o que impede a existência de salários
mínimos regionais. Destaque-se que existem os chamados “pisos salariais”, que não se
confundem com salário mínimo, e são resultantes de negociações coletivas de trabalho.
O salário mínimo não pode sofrer vinculação, ou seja, servir como indexador, para qualquer fim.
É relevante destacar que esse impedimento à vinculação do salário mínimo tem como objetivo
evitar que aumentos do seu valor se propaguem para toda a economia, prejudicando o poder
aquisitivo. Acerca disso, vale transcrever a Súmula Vinculante nº 4:
1
STF. ADI 4568/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia. 03.11.2011.
2
STF. ADPF 53 Ref-MC/PI, ADPF 149 Ref-MC/DF e ADPF 171 Ref-MC/MA, Rel. Min. Rosa Weber, j. 18.02.2022.
No RE 842.157, contrariando essa regra geral, o STF admitiu a fixação de pensão alimentícia com
base no salário mínimo.3
Já na ADI 4.726, o STF entende ser constitucional a referência ao salário mínimo em normas de
benefícios assistenciais para fixar valor unitário na data de edição da lei. O STF veda, como se
sabe, a vinculação futura como mecanismo de indexação.4
É importante que você saiba que o STF permite que os conscritos recebam remuneração inferior
ao salário mínimo. Veja o que dispõe a Súmula Vinculante nº 06, que poderá ser cobrada em sua
prova:
A justificativa para essa exceção é que a Constituição Federal não estendeu aos militares a
garantia de remuneração não inferior ao salário mínimo, como fez para outras categorias de
trabalhadores. O regime a que se submetem os militares não se confunde com aquele aplicável
aos servidores civis, visto que têm direitos, garantias, prerrogativas e impedimentos próprios. Isso
porque os cidadãos que prestam serviço militar obrigatório exercem um múnus público
relacionado com a defesa da soberania da pátria. Por isso mesmo, a obrigação do Estado quanto
aos conscritos limita-se a fornecer-lhes as condições materiais para a adequada prestação do
serviço militar obrigatório nas Forças Armadas.
3
STF. ARE 842.157, Rel. Min. Dias Toffoli, 25.11.2015.
4
STF. ADI 4.726/AP, Rel. Min. Marco Aurélio, 30.11.2020.
5
STF. Rcl 8436 e Rcl 6266, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 11.04.2018.
Além disso, os presos também podem receber remuneração inferior a um salário mínimo. O STF
considerou constitucional trecho da Lei de Execução Penal que fixa o valor de 3/4 (três quartos)
do salário mínimo como remuneração mínima para o trabalho do preso.6
Por fim, servidores públicos não podem receber remuneração inferior a um salário mínimo, ainda
que trabalhem em jornada reduzida.7
(PGE-RR – 2023) A Constituição Federal de 1988 prevê que o salário dos empregados é
intangível, não possibilitando redução salarial.
Comentários:
É possível a redução salarial por meio de convenção ou acordo coletivo. Portanto, a
irredutibilidade salarial não é absoluta. Questão errada.
6
STF. ADPF 336, Rel. Min. Luiz Fux, j. 1º.03.2021.
7
STF. RE 964.659, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 08.08.2022, Tema 900 (Repercussão Geral).
Esse dispositivo garante aos trabalhadores a percepção de adicional noturno. Destaque-se que o
valor do adicional noturno não é definido pela Constituição Federal, mas sim pela legislação
infraconstitucional.
É importante que você saiba que a previsão de remuneração do trabalho noturno superior à do
diurno é devida inclusive para os empregados que trabalham em regime de revezamento. É o
que dispõe a Súmula nº 213 do STF, segundo a qual:
A maior parte da população brasileira não possui poupança, dependendo do salário para
sobreviver. O salário é, portanto, uma verba de natureza alimentar; em razão disso é que constitui
crime sua retenção dolosa por parte do empregador.
Trata-se de norma de eficácia limitada, dependente de lei para produzir todos os seus efeitos. A
participação nos lucros é desvinculada da remuneração e é uma forma de estimular a
produtividade do trabalhador.
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e
quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada,
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
A regra é a prestação de trabalho por até 8 horas diárias e 44 horas semanais. Normalmente, isso
é feito mediante jornadas de 8 horas de segunda-feira a sexta-feira e de 4 horas no sábado. É
possível a compensação de horários: um trabalhador que tenha um contrato de trabalho de 44
horas semanais e 8 horas diárias poderá, por exemplo, trabalhar 2 horas a menos em um
determinado dia, compensando-as posteriormente.
Cabe destacar que, excepcionalmente, é possível haver redução da jornada de trabalho,
mediante acordo ou convenção coletiva.
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do
que o salário normal;
Esse dispositivo trata do adicional de férias. O trabalhador faz jus a férias, recebendo, durante
esse período, sua remuneração acrescida de, no mínimo, 1/3 do salário normal. Assim, o
trabalhador poderá receber um adicional de férias superior a 1/3 do salário.
Segundo o STF, o adicional de 1/3 deve incidir sobre a remuneração relativa a todo o período de
férias (RE 1.400.787/CE, Tema 1.241). Por exemplo, se algum ente federativo instituir férias de 45
dias, o adicional de férias deve corresponder a 45 dias, e não ser limitado a 30 dias.
Note que a Constituição não dispôs sobre a duração das férias, deixando essa tarefa para a
legislação infraconstitucional.
A licença à gestante tem duração de 120 dias, conforme definido pela Constituição. Durante
esse período, a gestante fica licenciada sem que perca seu emprego e sua remuneração. Assim,
ela mantém seu vínculo de emprego com a empresa e continua a receber sua remuneração.
Cabe destacar que a licença à gestante é também um direito outorgado às servidoras públicas.
No RE nº 778.889/PE, o STF fixou a tese de que os prazos da licença-gestante não podem ser
superiores aos prazos da licença-adotante, inclusive no que diz respeito às prorrogações. Assim,
se uma lei concede 120 dias de licença à gestante, deverão ser concedidos também 120 dias de
licença à adotante.8
A licença-paternidade, por sua vez, é benefício que depende de regulamentação por lei (norma
constitucional de eficácia limitada). Segundo o art. 10, § 1º, do ADCT, "até que lei venha a
disciplinar o disposto no art. 7º, XIX da Constituição, o prazo da licença-paternidade a que se
refere o inciso é de cinco dias". A Lei Federal nº 13.257/16, ao alterar a Lei Federal nº 11.770/08,
8
STF. RE 788.889/PE, Rel. Min. Luiz Roberto Barroso. Julgamento: 10.03.2016. Nesse julgado, o STF
considerou que o art. 210 da Lei nº 8.112/90, ao conceder apenas 90 dias de licença à adotante, é
inconstitucional.
que trata do Programa Empresa Cidadã, concedeu mais 15 dias à licença-paternidade, que agora
pode chegar ao total de 20 dias.
A mesma lei federal que trata do Programa Empresa Cidadã prevê também a prorrogação da
licença-maternidade por mais 60 dias, o que viabiliza a possibilidade de que ela tenha duração
total de 180 dias. Apesar disso, lembre-se do seguinte: do ponto de vista constitucional, a
duração da licença-maternidade é de 120 dias.
A proteção ao mercado de trabalho da mulher tem como objetivo alcançar a igualdade material.
Nesse caso, almeja-se estabelecer a igualdade de gêneros. Trata-se de mais uma norma de
eficácia limitada.
O aviso prévio aplica-se aos contratos de trabalho por tempo indeterminado. É um instituto que
tem como objetivo permitir que o trabalhador tenha um tempo para buscar um novo emprego
após tomar conhecimento da intenção do empregador de demiti-lo.
O aviso prévio deve ser proporcional ao tempo de serviço: quanto maior o tempo de serviço,
maior será o prazo do aviso prévio. Deve-se observar, contudo, que o prazo mínimo do aviso
prévio é de 30 dias.
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;
XXIV - aposentadoria;
Trata-se de dispositivo que visa evitar que as inovações tecnológicas substituam o papel
desempenhado pelos trabalhadores, buscando garantir que não haja diminuição do número de
postos de trabalho. É uma típica norma de eficácia limitada, cuja concretização depende de lei
regulamentadora.
O seguro contra acidentes de trabalho é um encargo do empregador, mas que não o exime de
indenizar o empregado quando tiver incorrido em dolo ou culpa. Em outras palavras, mesmo
pagando seguro contra acidentes de trabalho, o empregador continua sujeito à indenização caso
eles ocorram. Entretanto, é necessário que haja dolo ou culpa.
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de
dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
Esse inciso precisa ser analisado com atenção. Inicialmente, verifique que, tanto para o
trabalhador urbano quanto para o rural, há possibilidade de se requererem créditos relativos aos
últimos cinco anos do contrato de trabalho. É a chamada prescrição quinquenal.
Entretanto, desfeito o vínculo laboral, o trabalhador terá apenas dois anos para reclamar tais
créditos na Justiça. Nesse caso, entretanto, a cada dia de inércia, perderá um dia de direito. Se
entrar com uma ação trabalhista no último dia do prazo de dois anos, só poderá reaver os
créditos referentes aos três últimos anos do contrato de trabalho, por exemplo.
Esses três dispositivos traduzem obrigações de não discriminação, de isonomia. O inciso XXX
proíbe que sejam estabelecidas diferenças de salários, de exercício de funções e de critério de
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. O inciso XXXI impede que haja
discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador com deficiência. Por
último, o inciso XXXII veda a distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os
profissionais respectivos.
(TJ-SP – 2023) A Constituição já assegura a assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o
nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas.
Comentários:
O art. 5º, XXV, da CF/88 assegura a assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o
nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas. Questão correta.
(FUNPRESP-EXE – 2022) O pagamento, pelo empregador, do seguro de acidente de trabalho
exclui a sua responsabilidade civil em face de eventual indenização a que o empregado faça jus
em razão de acidente laboral.
Comentários:
Mesmo que o empregador pague o seguro de acidentes de trabalho, isso não exclui sua
responsabilidade civil de indenização em caso de acidente de trabalho, nos termos do art. 7º,
inciso XXVIII, da CF/88. Questão errada.
(TRT 2a Região – 2015) O trabalhador faz jus a seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do
empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, apenas quando for resultado de
dolo ou culpa.
Comentários:
É isso mesmo. O trabalhador faz jus a seguro contra acidentes de trabalho. Ademais, a
indenização somente será devida ao trabalhador quando o empregador incorrer em dolo ou
culpa. Questão correta.
(FUB – 2015) A realização de trabalho noturno, perigoso ou insalubre por menor de dezoito anos
de idade é permitida desde que o empregador pague a esse trabalhador adicional pecuniário.
Comentários:
Os menores de 18 anos não podem, em qualquer situação, realizar trabalho noturno, perigoso ou
insalubre. Questão errada.
(TJ-MG – 2015) É prevista ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com
prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos
após a extinção do contrato de trabalho.
Comentários:
É exatamente o que prevê a literalidade do art. 7º, XXIX, da CF/88. Questão correta.
O trabalhador avulso é aquele que presta serviços a várias empresas, mas que é contratado por
um órgão gestor de mão de obra (OGMO). É o caso, por exemplo, dos estivadores e
carregadores que trabalham nos portos.
A Constituição Federal de 1988 reconhece a igualdade de direitos entre o trabalhador avulso e o
trabalhador com vínculo empregatício permanente.
Obviamente, alguns desses direitos não foram previstos para o doméstico pelas próprias
características do trabalho. Não faria sentido, por exemplo, prever uma “participação nos lucros”,
já que não trabalham em uma pessoa jurídica.
Apesar dessa aparente falta de isonomia, é importante que você atente para um detalhe: a
Constituição Federal prevê, sim, a igualdade de direitos entre domésticos e demais
trabalhadores, urbanos e rurais. Nos termos da PEC nº 72/2013, diz-se que esta “altera a redação
do parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal para estabelecer a igualdade de direitos
trabalhistas entre os trabalhadores domésticos e os demais trabalhadores urbanos e rurais”.
A fundação de sindicato independe de autorização estatal (nem mesmo a lei poderá fazer tal
exigência). Todavia, a fundação de sindicato necessita de registro em órgão competente, ou seja,
registro no Ministério do Trabalho e Previdência. Destaque-se que é vedada a interferência do
poder público nos sindicatos (princípio da autonomia sindical).
Segundo o STF9, "a liberdade de associação sindical, em sua dimensão coletiva, assegura aos
trabalhadores em geral o direito à criação de entidades sindicais, bem assim, em sua dimensão
individual, consagra a liberdade dos interessados em aderirem ou não ao sindicato ou desfiliar-se
conforme suas vontades".
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau,
representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial,
9
STF. ADI 3890. Rel. Min. Rosa Weber. Julgamento em 08.06.2021.
(TRT-17 – 2022) Para a fundação de um sindicato, a lei exigirá autorização do Estado, vedadas ao
Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical, cabendo ao sindicato a
defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, exceto em questões
judiciais ou administrativas.
Comentários:
Diferentemente do que afirma a questão, o art. 8º, inciso I, da CF/88 estipula que a lei não
exigirá autorização do Estado para a fundação de sindicato. Questão errada.
(TCE-PE – 2017) Por imposição de lei, se um órgão estadual for criado, os servidores ocupantes
de cargo efetivo desse órgão poderão, desde que com prévia autorização do órgão estatal
competente, fundar sindicato.
Comentários:
A criação de sindicato independe de autorização do poder público. Segundo o art. 8º, I, da
CF/88, “a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o
registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na
organização sindical”. Questão errada.
(Manausprev – 2015) O princípio da unicidade sindical garante a existência de uma única
organização sindical representativa de um mesmo grupo de trabalhadores ou de empresários
numa mesma base territorial.
Comentários:
De fato, o princípio da unicidade sindical, previsto no inciso II do art. 8º da Constituição,
determina que não pode coexistir mais de um sindicato da mesma categoria profissional
(trabalhadores) ou econômica (empregadores) dentro de uma idêntica base territorial, que não
poderá ser inferior à área de um município. Questão correta.
(Manausprev – 2015) A fundação de sindicato depende de autorização estatal, cabendo ao Poder
Público definir a abrangência territorial de determinada organização sindical.
Comentários:
A fundação de sindicato independe de autorização estatal. A abrangência territorial da
organização sindical é definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados. Questão
errada.
Destaca-se que o STF, com base no inciso acima, entende que o sindicato pode atuar na defesa
de todos os direitos individuais e coletivos dos integrantes da categoria que representa.
Exemplo: o Sindicato dos Auditores da Receita Federal poderá atuar na defesa judicial ou
administrativa de um único membro acusado de acesso imotivado aos sistemas do órgão.
(TCE-GO – 2022) Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses exclusivamente coletivos
da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas.
Comentários:
Conforme o art. 8º, III, ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou
individuais da categoria. Não se trata, portanto, apenas de interesses coletivos. Questão errada.
O STF considera, ainda, que o art. 8º, inciso III, assegura ampla legitimidade ativa aos sindicatos
para atuarem como substitutos processuais das categorias que representam, na defesa de
direitos e interesses coletivos ou individuais de seus integrantes. Conforme já se sabe, quando se
trata de substituição processual, não há necessidade de prévia autorização dos trabalhadores.10
10
STF. RE nº 193.503/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa. 12.06.2006.
A contribuição confederativa tem fundamento no art. 8º, inciso IV, da CF/88. Possui caráter
facultativo, sendo cobrada apenas dos filiados do sindicato. Sabe-se que ninguém é obrigado a
filiar-se ou manter-se filiado, mas aqueles que o fizerem deverão pagar a contribuição
confederativa. Não possui natureza jurídica tributária, sendo seu valor fixado pela assembleia
geral.
Sobre a contribuição confederativa, o STF editou a Súmula Vinculante nº 40:
Súmula Vinculante nº 40: A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV,
da Constituição Federal, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo.
A contribuição sindical, por sua vez, tem fundamento no art. 149, CF/88, sendo seu valor fixado
por lei. Até a Reforma Trabalhista, a contribuição sindical tinha que ser obrigatoriamente
recolhida, o que fazia com que a doutrina entendesse que possuía natureza jurídica tributária.
Com a Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467/2017), a contribuição sindical passou a ser
obrigatoriamente recolhida pelos empregadores apenas daqueles empregados que assim
autorizarem.11 Na prática, portanto, o seu recolhimento passou a ser facultativo, o que nos
permite afirmar que a contribuição sindical não possui mais natureza jurídica tributária.
Segundo o STF, a Lei nº 13.467/2017 retirou a natureza tributária da contribuição sindical, não
existindo nenhum comando na Constituição Federal que estabeleça a sua compulsoriedade. A
Corte entendeu, ainda, que a supressão do caráter compulsório da contribuição sindical não viola
a autonomia sindical nem caracteriza retrocesso social e violação aos direitos básicos do
trabalhador.12
Para melhor fixação das duas possíveis contribuições a serem fixadas por sindicato, veja o quadro
abaixo:
11
Art. 582, CLT.
12
STF. ADI 5794/DF. Rel. Min. Edson Fachin. Red. para o acórdão: Min. Luiz Fux. 29.06.2018.
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações
sindicais;
Trata-se da estabilidade sindical, que consiste em proteção especial dispensada aos dirigentes
eleitos dos trabalhadores. O empregado que se candidatar a cargo de direção ou representação
sindical não poderá ser dispensado a partir do registro de sua candidatura. Se eleito (mesmo
suplente), não poderá ser dispensado até um ano depois de findo o mandato, exceto se cometer
falta grave, nos termos da lei.
Perceba que, mesmo após ter sido eleito dirigente ou representante sindical, o empregado
poderá ser dispensado. No entanto, a dispensa somente poderá ocorrer caso ele cometa falta
grave.
A estabilidade sindical é relativa, sendo possível a dispensa do empregado em virtude da
extinção da empresa na qual ele exercia suas atividades. Segundo o STF, “a
garantia constitucional assegurada ao empregado enquanto no cumprimento de
mandato sindical (CF, art. 8º, VIII) não se destina a ele propriamente dito, ex intuitu personae,
mas sim à representação sindical de que se investe, que deixa de existir, entretanto, se extinta a
empresa empregadora”.13
(INSS – 2022) A participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho pode ser
dispensada mediante manifestação da maioria dos filiados.
Comentários:
É obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho, nos termos do
art. 8º, inciso VI. Questão errada.
(Manausprev – 2015) A garantia constitucional assegurada ao empregado enquanto no
cumprimento de mandato sindical se destina à pessoa do empregado e tem intuitu personae.
Comentários:
A jurisprudência do STF é no sentido contrário. Segundo a Corte, a garantia da estabilidade
sindical não se destina à pessoa do empregado, mas sim à representação sindical de que ele se
investe. Questão errada.
A Constituição Federal, para não deixar qualquer margem de dúvida, dispôs que as regras do art.
8º também se aplicam aos sindicatos rurais e de colônias de pescadores.
O art. 9º da CF assegura aos trabalhadores o direito de greve. Não se trata de direito absoluto,
uma vez que as necessidades inadiáveis da comunidade deverão ser atendidas, e aqueles que
abusarem do direito ficarão sujeitos a penas fixadas em lei.
A doutrina majoritária considera que o direito de greve dos trabalhadores da iniciativa privada
(regidos pela CLT) é norma de eficácia contida, pois poderá ser restringido por lei. Recorde-se de
13
STF. RE 222.334. Rel. Min. Maurício Corrêa. DJ: 08.03.2002.
que o direito de greve dos servidores públicos é norma de eficácia limitada, dependendo, para
seu exercício, da edição de lei regulamentadora.
Segundo o STF, “não constitui falta grave a entrada do empregado em greve, desde que não se
trate de movimento condenado pela Justiça do Trabalho e desde que o comportamento seja
pacífico no pertinente.”14 Com efeito, a adesão ao movimento grevista não pode ser considerada
falta grave, mas sim um direito do trabalhador.
Observe que, apesar de o direito de greve ser considerado um direito social, ele não envolve
qualquer prestação positiva por parte do Estado. Ao contrário, deverá o Estado abster-se de
atuar, permitindo que os trabalhadores defendam seus interesses por meio de movimento
grevista.
Os serviços ou atividades essenciais mencionados pelo § 1º do art. 9º estão elencados no art. 10
da Lei Federal nº 7.783/89 (Lei de Greve). A título informativo, veja a lista dessas atividades
essenciais:
⮚ Funerários;
⮚ Transporte coletivo;
⮚ Telecomunicações;
⮚ Compensação bancária;
14
STF. RE nº 51.301. Rel. Min. Cunha Melo.
(TCE-GO – 2022) É assegurado o direito de greve, competindo aos empregadores decidir sobre
a oportunidade de exercê-lo e aos trabalhadores sobre os interesses que devam por meio dele
defender..
Comentários:
Cabe aos trabalhadores (e não aos empregadores) a decisão sobre a oportunidade de exercer o
direito de greve. Questão errada.
Esse dispositivo é, normalmente, cobrado em sua literalidade. Basta saber que os trabalhadores
e empregadores têm direito a participar no colegiado de órgãos públicos em que seus interesses
profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação. Apenas para ilustrar
com um exemplo, o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) é um órgão colegiado do
qual participam representantes do governo, dos trabalhadores em atividade, dos empregadores
e dos aposentados.
(Polícia Rodoviária Federal – 2014) Nas empresas com mais de cem empregados, é assegurada a
eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover o entendimento
direto com os empregadores.
Comentários:
A questão foi no detalhe! Essa regra somente se aplica às empresas com mais de 200
empregados. Questão errada.
DIREITOS SOCIAIS
Introdução
Ao estudarmos os direitos de 1ª geração, percebemos que estes buscam restringir a ação do
Estado sobre os indivíduos, limitando o poder estatal. São, por isso, direitos que têm como
valor-fonte a liberdade, impondo ao Estado uma obrigação de não fazer, de não intervir na órbita
privada. Em razão disso, a doutrina denomina-os liberdades negativas.
A natureza jurídica dos direitos sociais é diversa. Trata-se de direitos fundamentais de 2ª geração,
que impõem ao Estado uma “obrigação de fazer”, uma obrigação de ofertar prestações positivas
em favor dos indivíduos, visando concretizar a igualdade material. São, portanto, direitos que têm
como valor-fonte a igualdade; eles buscam possibilitar melhores condições de vida aos indivíduos
e, assim, realizar a justiça social.
Pode-se dizer que os direitos sociais são prestações positivas (ações) realizadas pelo Estado para
melhorar a qualidade de vida dos hipossuficientes, ou seja, dos mais necessitados. Em razão
disso, o Estado deve garantir que todos tenham acesso à educação, à saúde, à alimentação, ao
trabalho, entre outros. Segundo Alexandre de Moraes, os direitos sociais constituem normas de
ordem pública, com a característica de serem imperativas.
A origem dos direitos sociais remonta à crise do Estado liberal, ocasionada pelo forte avanço da
industrialização. Nas fábricas, os trabalhadores viviam em condições precárias. Movimentos
reivindicatórios passaram, então, a exigir uma postura mais ativa do Estado, que não devia se
limitar a não intervir, mas também atuar positivamente, garantindo condições mínimas aos
trabalhadores.
Os direitos sociais aparecem, portanto, em um contexto histórico marcado por reivindicações
trabalhistas e pelo surgimento de doutrinas socialistas. Constatava-se que a mera consagração da
igualdade formal não era suficiente para realizar a igualdade material. Como grande marco dos
direitos sociais, citamos a Constituição de Weimar de 1919 (Constituição do Império Alemão).
Na Constituição Federal de 1988, os direitos sociais estão relacionados nos art. 6º ao art. 11. Há,
também, outros dispositivos do texto constitucional que versam sobre os direitos sociais. É o
caso, por exemplo, do art. 194 (que trata da seguridade social), do art. 196 (direito à saúde) e do
art. 205 (direito à educação).
(CESPE - TRE/RJ - 2012) As normas que tratam de direitos sociais são de eficácia
limitada, ou seja, de aplicabilidade mediata, já que, para que se efetivem de
maneira adequada, se devem cumprir exigências como prestações positivas por
parte do Estado, gastos orçamentários e mediação do legislador.
Gabarito oficial: CERTO.
1
STF. ADI nº 639, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 02.06.2005.
2
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2021, p. 1336.
3
STF,. HC 172.136. Rel. Min. Nunes Marques. DJe 01.12.2020.
poderá determinar, por exemplo, que o Estado conceda tratamento de câncer a um indivíduo.
Vejamos trecho de julgado do STF:
A atuação do Poder Judiciário na concretização dos direitos sociais não é ilimitada; ao contrário,
encontra limites na cláusula da reserva do possível. Assim, a cláusula da reserva do possível afasta
a aptidão do Poder Judiciário para intervir na efetivação de direitos sociais. No entanto, para que
esse limite à ação do Judiciário seja válido, é necessário que se comprove objetivamente a
ausência de recursos orçamentários suficientes para a implementação da ação estatal. Nesse
sentido, entende a Corte que:
Por fim, vale destacar que os direitos sociais, por estarem sujeitos à reserva do possível, possuem
uma carga de eficácia menor do que os direitos de primeira geração. Isso porque os direitos
sociais somente podem ser concretizados com a execução eficiente de políticas públicas; por
outro lado, a concretização dos direitos de defesa (direitos de 1ª geração) depende,
essencialmente, de “obrigações de não fazer” do Estado.
4
STF. RE 436.996 – AgR. Rel. Min. Celso de Mello. 22.11.2005.
5
STF. ADPF 45 MC/DF, Rel. Min. Celso de Mello, j. 29.04.2004, DJ 04.05.2004.
6
STF. RE 639.637. AgR. Rel. Min. Celso de Mello. 15.09.2011.
O Poder Judiciário, com vistas à concretização dos direitos sociais e à garantia do mínimo
existencial, tem adotado inúmeras decisões relacionadas ao direito à saúde. Nesse sentido,
destacamos o seguinte:
a) Segundo o STF, o direito à saúde (art. 196) é um direito público subjetivo, assegurado à
generalidade das pessoas, que conduz o indivíduo e o Estado a uma relação jurídica
obrigacional.
Apesar de o art. 196 da CF/88 ser uma norma programática, ele impõe aos entes
federativos um dever de atuação positiva. Assim, para que se garanta a força normativa da
Constituição, o poder público deve atuar na concretização do direito à saúde. Com base
nesse entendimento, são várias as decisões do Poder Judiciário determinando que a
Administração Pública forneça medicamentos e tratamento médico a indivíduos
portadores de doenças.
No RE 657.718, o STF deixou consignado que o Estado não pode ser obrigado a
fornecer medicamentos experimentais. Assim, a ausência de registro na Anvisa
impede, como regra geral, o fornecimento de medicamento por decisão judicial.7
Em casos excepcionais, havendo mora irrazoável da Anvisa em apreciar o pedido
de registro, é possível que decisão judicial determine o fornecimento de
medicamento, observados certos parâmetros fixados pelo STF.8
As ações que demandem fornecimento de medicamento sem registro na Anvisa
devem ser propostas em face da União.
7
STF. RE 657.718, Rel. Min. Marco Aurélio. Red. p/ o acórdão. Min. Roberto Barroso. 22.05.2019.
8
Segundo o STF, o fornecimento de medicamento não registrado na Anvisa será possível quando forem
preenchidos 3 requisitos: (i) a existência de pedido de registro do medicamento no Brasil (salvo no caso de
medicamentos órfãos para doenças raras e ultrarraras); (ii) a existência de registro do medicamento em
renomadas agências de regulação no exterior; e (iii) a inexistência de substituto terapêutico com registro no
Brasil.
b) O STF decidiu que a Administração Pública pode ser obrigada, por decisão do Poder
Judiciário, a manter estoque mínimo de medicamento utilizado no combate a doença
grave.9 A manutenção de estoque mínimo de medicamento é importante para que se
possa garantir a continuidade dos tratamentos, evitando prejuízos aos pacientes.
c) O STJ considera que o juiz pode determinar o bloqueio e o sequestro de verbas
públicas como forma de garantir o fornecimento de medicamentos pelo poder público.10
Assim, caso a Administração Pública se negue a cumprir decisão judicial que determinou o
fornecimento de medicamentos, o juiz poderá determinar o bloqueio e o sequestro de
verbas públicas.
O bloqueio e o sequestro de verbas públicas devem ser encarados, todavia, como uma
medida de caráter excepcional, aplicável somente quando ficar configurado que o Estado
não está cumprindo sua obrigação de fornecer os medicamentos e que essa demora está
trazendo riscos à saúde e à vida do doente.
É notório que a atuação do Poder Judiciário na implementação de políticas públicas com vistas a
concretizar direitos fundamentais tem se intensificado nos últimos anos. Essa atuação tem
ocorrido até mesmo em matéria de política penitenciária e de segurança pública.
Conforme decidiu o STF, o Poder Judiciário pode determinar à Administração Pública que
execute obras emergenciais em estabelecimentos prisionais (presídios) a fim de proteger os
direitos fundamentais dos detentos, assegurando-lhes o respeito à sua integridade física e moral.
Não se pode invocar, para contestar tal decisão, o princípio da separação de Poderes ou mesmo
a cláusula da reserva do possível.11
A vedação ao retrocesso
O princípio da vedação ao retrocesso busca evitar que as conquistas sociais já alcançadas pelo
cidadão sejam desconstituídas. Segundo Canotilho, com base no princípio do não retrocesso
social, os direitos sociais, uma vez tendo sido previstos, passam a constituir tanto uma garantia
institucional quanto um direito subjetivo. Isso limita o legislador e exige a realização de uma
política condizente com esses direitos, sendo inconstitucionais quaisquer medidas estatais que,
sem a criação de outros esquemas alternativos ou compensatórios, anulem, revoguem ou
aniquilem o seu núcleo essencial.
O STF considera que a “cláusula que veda o retrocesso em matéria de direitos a prestações
positivas do Estado (como o direito à educação, o direito à saúde ou o direito à segurança
pública, v.g.) traduz, no processo de efetivação desses direitos fundamentais individuais ou
coletivos, obstáculo a que os níveis de concretização de tais prerrogativas, uma vez atingidos,
venham a ser ulteriormente reduzidos ou suprimidos pelo Estado”.12
9
STF. RE 429.903/RJ. Rel. Min. Ricardo Lewandowski. 25.06.2014.
10
STJ. REsp 1.069.810/RS. Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho. 23.10.2013.
11
STF. RE 592.581/RS. Rel. Min. Ricardo Lewandowski. 13.08.2015.
12
STF. RE 436.996 – AgR. Rel. Min. Celso de Mello. 22.11.2005.
(FUB – 2022) Direitos fundamentais como a proteção à maternidade e à infância são direitos
sociais tratados como matérias irrevogáveis na CF, conhecidas como cláusulas pétreas, não
podendo ser alvo de diminuição ou revogação por emenda constitucional.
Comentários:
As cláusulas pétreas são limitações de aspecto material à possibilidade de reforma constitucional,
ou seja, dispositivos que vedam alterações, por meio de emendas, tendentes a abolir as normas
constitucionais relativas às matérias por elas definidas, conforme estabelece o art. 60, § 4º, da
CF/88, o que inclui os direitos fundamentais. Entre eles, estão os direitos sociais à proteção à
maternidade e à infância. Questão correta.
(PGE-RJ – 2022) O lazer é um direito social garantido expressamente na CF.
Comentários:
Os direitos sociais em espécie fazem parte do art. 6º da CF/88, sendo relacionados à educação, à
saúde, à alimentação, ao trabalho, à moradia, ao transporte, ao lazer, à segurança, à previdência
social, à proteção à maternidade e à infância, assim como à assistência aos desamparados.
Questão correta.
(FUB – 2015) Os direitos sociais impõem deveres ao Estado que assegurem ao cidadão
condições mínimas para uma vida digna, independentemente da existência de recursos públicos
para custeio; assim, autoriza-se a livre invasão da atividade administrativa pelo Poder Judiciário
para efetivação daqueles direitos, fenômeno conhecido como judicialização de políticas públicas.
Comentários:
A existência de recursos públicos deve ser levada em consideração na efetivação dos direitos
sociais, apesar de o Estado ter a obrigação de assegurar ao cidadão condições mínimas para uma
vida digna. Questão errada.
(PGE-PR – 2015) No que toca à realização dos direitos sociais constitucionalmente garantidos, há
que se atentar para a vedação do retrocesso social, que se coloca apenas às políticas públicas
executivas, posto que não se pode ferir a liberdade do legislador.
Comentários:
A vedação ao retrocesso social é um princípio que deve ser observado pelo legislador (e não
apenas pelas políticas públicas executivas). Questão errada.
(PGE-PR – 2015) A teoria de efetivação dos direitos sociais na dependência de recursos
econômicos (“reserva do possível”) é a adaptação de entendimento fixado pela jurisprudência
constitucional alemã e integralmente aceita pelo Supremo Tribunal Federal.
Comentários:
Não se pode dizer que a “reserva do possível” é integralmente aceita pelo STF. Isso porque, na
visão da Corte, há que se observar, também, o “mínimo existencial”. Questão errada.
(MPE-BA – 2015) A implementação das prestações materiais e jurídicas exigíveis para a redução
das desigualdades no plano fático, por dependerem em grande medida da disponibilidade
orçamentária do Estado, faz com que estes direitos tenham o seu campo de efetividade mais
dificultado que os direitos de primeira geração.
Comentários:
De fato, a concretização (efetivação) dos direitos sociais é mais complexa do que a dos direitos
de liberdade (de primeira geração). Isso porque a efetivação dos direitos sociais depende da
execução de políticas públicas, as quais, para serem realizadas, exigem recursos econômicos.
Questão correta.
(DPE-PE – 2015) De acordo com o entendimento do STF, é inadmissível que o Poder Judiciário
disponha sobre políticas públicas de segurança, mesmo em caso de persistente omissão do
Estado, haja vista a indevida ingerência em questão, que envolve a discricionariedade do Poder
Executivo.
Comentários:
A segurança é um direito social que deve ser garantido mediante políticas públicas do Estado.
Porém, havendo persistente omissão do Estado, poderá, sim, o Poder Judiciário intervir. Questão
errada.
Na tabela abaixo, relaciono todos os direitos dos domésticos e destaco, em negrito, tudo aquilo
que resulta de previsão da EC nº 72/2013:
D Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos
O da lei.
D Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
O segurança (direito assegurado após a EC nº 72/2013).
M Aposentadoria.
É Reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho (direito assegurado após
S a EC nº 72/2013).
T
I Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil (direito assegurado após a EC nº 72/2013).
C
O Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência (direito assegurado após a EC nº 72/2013).
Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze
anos (direito assegurado após a EC nº 72/2013).
Integração à previdência social.
Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos
de lei complementar, que preverá indenização compensatória, entre outros direitos (direito
assegurado após a EC nº 72/2013).
Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário (direito assegurado após a EC
nº 72/2013).
Fundo de garantia do tempo de serviço (direito assegurado após a EC nº 72/2013).
Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno (direito assegurado após a EC nº
72/2013).
Salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da
lei (direito assegurado após a EC nº 72/2013).
Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de
idade em creches e pré-escolas (direito assegurado após a EC nº 72/2013).
Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a
que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa (direito assegurado após a EC nº
72/2013).
Outro ponto importante é que alguns dos direitos previstos pela EC nº 72/2013 precisam de
regulamentação para que possam ser usufruídos. Em outras palavras, eles não puderam ser
usufruídos de imediato, assim que foi promulgada a EC nº 72/2013. Foi necessária a
regulamentação, que só ocorreu por meio da Lei Complementar nº 150/ 2015. São eles:
o Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos
de lei complementar, que preverá indenização compensatória, entre outros direitos;
o Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
o Fundo de garantia do tempo de serviço;
o Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
● Aviso ●
prévio Salário-família pago em razão do dependente do
proporcional ao tempo de trabalhador de baixa renda nos termos da lei.
serviço, sendo no mínimo de ● Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o
trinta dias, nos termos da lei.
nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e
● Aposentadoria. pré-escolas.
● Integração ●à Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do
previdência social. empregador, sem excluir a indenização a que este está
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
Como poucos direitos listados nos incisos do art. 7º da Constituição ficaram “de fora”, ou seja,
poucos não foram atribuídos aos domésticos, acho interessante listá-los abaixo, para que você
não caia em eventuais “pegadinhas” de prova:
● Piso salarial proporcional à extensão e à
complexidade do trabalho.
● Participação nos lucros, ou resultados, desvinculada
da remuneração e, excepcionalmente, participação na
gestão da empresa, conforme definido em lei.
● Jornada de seis horas para o trabalho realizado em
turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva.
● Proteção do mercado de trabalho da mulher,
mediante incentivos específicos, nos termos da lei.
Direitos que não foram atribuídos
● Adicional de remuneração para as atividades penosas,
pela CF/88 aos domésticos
insalubres ou perigosas, na forma da lei.
● Proteção em face da automação, na forma da lei.
● Ação, quanto aos créditos resultantes das relações de
trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para
os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois
anos após a extinção do contrato de trabalho.
● Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico
e intelectual ou entre os profissionais respectivos.
● Igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo
empregatício permanente e o trabalhador avulso.
Obviamente, alguns desses direitos não foram previstos para o doméstico pelas próprias
características do trabalho. Não faria sentido, por exemplo, prever uma “participação nos lucros”,
já que não trabalham em uma pessoa jurídica.
Apesar dessa aparente falta de isonomia, é importante que você atente para um detalhe: a
Constituição Federal prevê, sim, a igualdade de direitos entre domésticos e demais
trabalhadores, urbanos e rurais. Nos termos da PEC nº 72/2013, diz-se que esta “altera a redação
do parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal para estabelecer a igualdade de direitos
trabalhistas entre os trabalhadores domésticos e os demais trabalhadores urbanos e rurais”.
(TST – 2023) O parágrafo único do Art. 7° da Constituição da República de 1988, com a redação
dada pela Emenda Constitucional n° 72/2013, assegura à categoria dos trabalhadores
domésticos os direitos a adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou
perigosas e a jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento.
Comentários:
Ambos os direitos mencionados (jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos
ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva – art. 7º, XIV e o adicional de
remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas – art. 7º, XXIII) não foram
estendidos aos trabalhadores domésticos. Questão errada.
QUESTÕES COMENTADAS
Direitos Sociais
1. (FGV/PC-RJ - 2021) A União editou diploma normativo dispondo sobre o alicerce de sustentação e
os objetivos gerais a serem alcançados com a implementação de uma série de direitos ofertados aos
distintos segmentos da sociedade, a exemplo da seguridade social, da educação, da cultura e do desporto.
De acordo com esse diploma normativo, o conjunto desses direitos (1) tem por base a preeminência do
lazer e, por objetivos, (2) a plena realização da personalidade individual, que deveria ser analisada de
modo separado da coletividade, e (3) a preservação da livre iniciativa e o aumento do lucro. À luz da
sistemática constitucional afeta à base e aos objetivos da ordem social, é correto afirmar que:
Comentários:
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-
estar e a justiça sociais.
"(1) tem por base a preeminência do lazer e, por objetivos, (2) a plena realização da personalidade individual,
que deveria ser analisada de modo separado da coletividade, (3) a preservação da livre iniciativa e o aumento
do lucro”.
Não há na CF/88 a preeminência (acima, superior) do lazer. Outra afirmação a ser analisada é que a plena
realização individual não se faz sem pensar na coletividade. Por fim, a ordem econômica, prevista na CF/88
é fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, mas não há previsão de aumento no lucro.
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
2. (FGV / DPE-RJ – 2019) Antônio, pessoa hipossuficiente no plano econômico e morador de uma área
carente do Estado, procurou a Defensoria Pública e solicitou que fosse ajuizada uma ação judicial para
obrigar o Poder Público a lhe fornecer certo medicamento indispensável à sua sobrevivência.
Comentários:
A ação judicial solicitada por Diogo tem como objetivo tutelar seu direito à saúde, que é um direito social
(art. 6º, CF). O gabarito é a letra A.
3. (FGV / TJ-SC – 2018) Maria, pessoa que vive nas ruas por não ter moradia ou mesmo renda própria,
foi informada de que a ordem constitucional brasileira considerava a habitação um direito social.
Esperançosa, Maria requereu à Secretaria Municipal de Habitação que lhe fornecesse uma casa para
morar. O requerimento, no entanto, foi indeferido sob os argumentos de que a lei municipal não
regulamentara a forma pela qual o referido direito social seria fruído, bem como por inexistirem recursos
para oferecê-lo. Acresça-se que essas duas informações eram verdadeiras.
Comentários:
À luz da presente narrativa, assinale a opção que se harmoniza com as construções teóricas em torno da
igualdade.
a) Os conceitos de igualdade formal e de igualdade material apresentam uma relação de sobreposição, de
modo que a ideia do Prefeito não seria harmônica com a Constituição.
b) O conceito de igualdade, tal qual consagrado na Constituição, não se projeta sobre as políticas públicas a
cargo do Poder Executivo.
c) As ações afirmativas excepcionam a igualdade formal em prol da construção da igualdade material, sendo
incorreto afirmar que sempre serão incompatíveis com a Constituição
d) O conceito constitucionalmente adequado de igualdade é somente aquele de ordem formal, de modo que
qualquer tratamento diferenciado entre as camadas da população é inconstitucional.
e) As ações afirmativas jamais acarretam o surgimento da denominada “discriminação reversa”, logo, a ideia
do Prefeito não se mostra incompatível com a Constituição.
Comentários:
Letra A: errada. Os conceitos de “igualdade formal” e “igualdade material” são distintos. Eles não se
sobrepõem.
Letra B: errada. As políticas públicas a cargo do Poder Executivo também devem observar o princípio da
igualdade.
Letra C: correta. A igualdade material ampara a realização de ações afirmativas pelo Poder Público. Assim, a
concessão de direitos sociais a camadas menos favorecidas da população é compatível com a Constituição
Federal de 1988.
Letra D: errada. Não se pode dizer que todo tratamento diferenciado entre as camadas da população seja
inconstitucional. Tratamentos diferenciados são legítimos, desde que tendentes a realizar a igualdade
material.
Letra E: errada. As ações afirmativas têm como objetivo promover uma discriminação positiva
(“discriminação reversa”), dando um tratamento mais benéfico para camadas menos favorecidas da
população.
O gabarito é a letra C.
5. (FGV / PGE-RO – 2015) Inácio procurou um advogado e decidiu inteirar-se a respeito da sistemática
constitucional afeta aos direitos e garantias fundamentais. À luz da Constituição da República Federativa
do Brasil, é correto afirmar que:
a) tanto os direitos individuais como os direitos sociais estão incluídos na categoria mais ampla dos “direitos
de defesa";
b) a justiciabilidade dos direitos sociais, pelo Poder Judiciário, não apresenta nenhuma distinção substancial
em relação aos direitos individuais;
c) os direitos sociais costumam ter sua exigibilidade condicionada à prévia integração pela legislação
infraconstitucional;
d) a denominada “reserva do possível" é aplicada, indistintamente, com igual intensidade, aos direitos
individuais e aos sociais;
e) os direitos sociais, pelas suas próprias características existenciais, não podem ser fruídos por uma única
pessoa.
Comentários:
Letra A: errada. Apenas os direitos individuais são considerados “direitos de defesa”, isto é, protegem os
indivíduos contra a ingerência indevida por parte do Estado. Os direitos sociais implicam em atuação positiva
do Estado, ofertando bens e serviços aos cidadãos por meio das chamadas políticas públicas.
Letra B: errada. O Poder Judiciário, ao analisar casos concretos envolvendo a concretização dos direitos
sociais, deve observar a cláusula da reserva do possível. A concretização dos direitos sociais, afinal, depende
da existência de recursos financeiros.
Letra C: correta. É isso mesmo. A concretização dos direitos sociais depende da integração legislativa e, ainda,
da execução de políticas públicas.
Letra D: errada. A cláusula da reserva do possível se aplica à concretização dos direitos sociais.
Letra E: errada. Os direitos sociais podem, sim, ser usufruídos por uma pessoa, isoladamente considerada.
Por exemplo, uma pessoa, ao se aposentar, usufrui do direito à previdência social.
O gabarito é a letra C.
6. (FGV / PGE-RO – 2015) Irineu informou ao seu amigo Edson que pretendia ingressar com uma ação
em face do Estado para que lhe fosse oferecido um direito social previsto na Constituição da República
Federativa do Brasil. É correto afirmar que os direitos sociais:
a) podem exigir, para a sua efetividade, o oferecimento de certas prestações por parte do Estado;
b) não podem beneficiar uma única pessoa, já que são destinados à sociedade;
c) são emanações diretas da cidadania, a qual permite a integração do indivíduo à sociedade;
d) asseguram a liberdade do indivíduo perante os poderes constituídos;
e) somente estão ao alcance dos brasileiros natos, os quais estão integrados à sociedade brasileira.
Comentários:
Letra A: correta. Os direitos sociais são direitos de 2a geração, que têm como valor-fonte a igualdade. Para
concretizá-los, o Estado deverá adotar uma postura ativa, ofertando bens e serviços aos indivíduos por meio
da execução de políticas públicas.
Letra B: errada. Os direitos sociais podem, sim, beneficiar uma única pessoa, isoladamente considerada. Por
exemplo, quando uma pessoa faz um tratamento de saúde pelo SUS, ela está usufruindo do direito à saúde.
Letra C: errada. A cidadania é um atributo daqueles que estão no pleno gozo dos direitos políticos (podem
votar e ser votados).
Letra E: errada. Os brasileiros naturalizados, assim como os estrangeiros, também são titulares de direitos
sociais.
O gabarito é a letra A.
7. (FGV / TJ-BA – 2015) A respeito dos direitos sociais, é correto afirmar que:
a) sempre exigirão uma omissão por parte dos poderes constituídos;
b) podem ser vistos como a primeira dimensão ou geração dos direitos fundamentais;
c) nunca dependem da disponibilidade de recursos financeiros para a sua implementação;
d) podem exigir o oferecimento de prestações específicas;
e) somente devem ser atribuídos às pessoas naturais, jurídica e economicamente classificadas como
necessitadas.
Comentários:
Letra A: errada. Os direitos sociais envolvem uma atuação positiva do Estado em favor dos indivíduos. Por
isso é que são chamados de “liberdades positivas”.
Letra C: errada. A efetivação dos direitos sociais depende, sim, da disponibilidade de recursos financeiros.
Letra D: correta. Os direitos sociais envolvem o oferecimento de prestações específicas pelo Estado. Por
exemplo, o Estado irá ofertar saúde e educação às pessoas.
Letra E: errada. Os direitos sociais não são atribuídos apenas às pessoas necessitadas. Todas as pessoas são
titulares de direitos sociais.
O gabarito é a letra D.
Comentários:
Letra A: errada. Os direitos sociais do art. 6º, CF/88, são normas de eficácia limitada, uma vez que sua
concretização depende de regulamentação legislativa e, ainda, da execução de políticas públicas.
Letra B: errada. Os direitos individuais são “direitos de liberdade”, que implicam em uma abstenção do
Estado. Portanto, sua concretização independe de recursos financeiros voltados para a execução de políticas
públicas. A situação é diferente para os direitos sociais, que demandam recursos financeiros do Estado para
serem concretizados.
Letra C: correta. De fato, os direitos sociais dependem de integração legislativa para sua máxima
concretização.
Letra D: errada. Há vários direitos individuais que são normas de eficácia plena e, portanto, independem de
qualquer integração legislativa para produzirem seus efeitos.
Letra E: errada. A concretização dos direitos sociais está sujeita à cláusula da reserva do possível. Em outras
palavras, os direitos sociais dependem da existência de recursos financeiros estatais, os quais são usados na
execução de políticas públicas.
O gabarito é a letra C.
Comentários:
Letra A: errada. Os direitos sociais do art. 6º, CF/88, são normas de eficácia limitada, uma vez que sua
concretização depende de regulamentação legislativa e, ainda, da execução de políticas públicas.
Letra B: errada. Os direitos individuais são “direitos de liberdade”, que implicam em uma abstenção do
Estado. Portanto, sua concretização independe de recursos financeiros voltados para a execução de políticas
públicas. A situação é diferente para os direitos sociais, que demandam recursos financeiros do Estado para
serem concretizados.
Letra C: correta. De fato, os direitos sociais dependem de integração legislativa para sua máxima
concretização.
Letra D: errada. Há vários direitos individuais que são normas de eficácia plena e, portanto, independem de
qualquer integração legislativa para produzirem seus efeitos.
Letra E: errada. A concretização dos direitos sociais está sujeita à cláusula da reserva do possível. Em outras
palavras, os direitos sociais dependem da existência de recursos financeiros estatais, os quais são usados na
execução de políticas públicas.
O gabarito é a letra C.
10. (FGV / Prefeitura de Paulínia – 2015) Paulo perguntou ao seu amigo João o que diferencia os
“direitos sociais" dos “direitos e garantias individuais e coletivos". Como a única resposta que João poderia
ter dado, corretamente, é:
Comentários:
O gabarito é a letra A.
11. (FGV / TJ-SC – 2015) Os denominados direitos sociais apresentam algumas distinções em relação
aos direitos individuais, daí decorrendo variações quanto ao seu delineamento e à sua projeção na
realidade. A partir dessas distinções, analise as afirmativas a seguir:
I – Os direitos individuais transmudam-se em sociais sempre que analisados sob a ótica coletiva, alcançando
a sociedade como um todo.
II – O direito de greve é um direito social, não dependendo de uma prestação estatal específica para o seu
exercício.
III – As liberdades clássicas são incluídas na categoria dos direitos individuais e atuam como limitadores à
ação estatal sobre a esfera jurídica individual.
Está correto o que se afirma em:
a) somente I;
b) somente III;
c) somente I e II;
d) somente II e III;
e) I, II e III.
Comentários:
A primeira assertiva está errada. Não se pode dizer que os direitos individuais se transmudam em direitos
sociais. São duas espécies diferentes de direitos fundamentais.
A segunda assertiva está correta. O direito de greve é um direito social. Apesar disso, não implica em
prestação estatal específica. O Estado não precisa formular uma política pública específica para garantir o
direito de greve. Perceba que essa é uma situação diversa daquela que ocorre para outros direitos sociais,
como a educação e saúde, que são direitos sociais dependentes de prestações estatais.
A terceira assertiva está correta. As liberdades clássicas são os direitos de 1a geração, que buscam limitar a
ação estatal sobre a esfera individual. São direitos que têm como valor-fonte a “liberdade”.
O gabarito é a letra D.
12. (FGV / PROCEMPA – 2014) Acerca dos Direitos Sociais Constitucionais, analise as afirmativas a
seguir.
I. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, e a assistência aos desamparados.
II. É assegurado à categoria dos trabalhadores domésticos o direito à duração do trabalho normal não
superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução
da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.
III. É direito dos trabalhadores urbanos e rurais a ação, quanto aos créditos resultantes das relações de
trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de um
ano após a extinção do contrato de trabalho.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
Comentários:
A segunda assertiva está correta. Trata-se de direito assegurado aos domésticos pelo art. 7o, XIII, c/c
parágrafo único, da CF/88.
A terceira assertiva está errada. O art. 7o, XXIX, da CF, garante aos trabalhadores rurais e urbanos o direito
à ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para
os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.
O gabarito é a letra D.
13. (FGV / Prefeitura de Recife – 2014) No que tange à liberdade de associação profissional ou sindical,
assinale a afirmativa correta.
Comentários:
Letra A: errada. A Constituição veda, em seu art. 8o, II, a criação de mais de uma organização sindical, em
qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial.
Letra B: errada. O inciso VII do art. 8o da CF/88 garante ao aposentado filiado o direito a votar e ser votado
nas organizações sindicais.
Letra D: errada. A Carta Magna garante a liberdade de inscrição, permitindo que os trabalhadores filiem-se
ou não a sindicato, e, uma vez filiados, decidam sobre a conveniência de manterem ou não esse vínculo.
O gabarito é a letra E.
14. (FGV / TJ-AM – 2013) Com relação aos direitos dos trabalhadores, segundo o art. 7º da Constituição
Federal/88, analise as afirmativas a seguir.
I. Garantia de salário‐mínimo, fixado em lei, definido por regiões geoeconômicas, capaz de atender suas
necessidades vitais básicas.
II. Garantia de remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do
normal.
III. Garantia de salários e de critérios de admissão iguais, sendo vedada a discriminação por sexo, cor ou
estado civil.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
Comentários:
A primeira assertiva está errada. O inciso IV do art. 7º da Constituição prevê como direitos dos trabalhadores
o “salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte
e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim”.
A segunda assertiva está correta. É o que prevê o inciso XVI do art. 7º da CF/88.
A terceira assertiva está correta. O inciso XXX do art. 7º da Constituição garante aos trabalhadores a
“proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo,
idade, cor ou estado civil”.
O gabarito é a letra D.
15. (FGV / TJ-AM – 2013) Dentre os direitos sociais dos trabalhadores, previstos na Constituição, não
se inclui:
a) a participação nos lucros ou resultados, desvinculada da remuneração.
b) duração do trabalho não superior a 40 horas semanais.
c) a proibição de diferença de salários por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.
d) a proibição de trabalho noturno a menores de 18 anos.
e) a extensão do fundo de garantia do tempo de serviço ao empregado rural.
Comentários:
Letra A: correta. É direito dos trabalhadores participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da
remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei (art. 7º,
XI, CF).
Letra B: errada. A Carta Magna prevê que a duração do trabalho normal não será a oito horas diárias e
quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho (art. 7º, XIII, CF).
Letra C: correta. É direito dos trabalhadores a proibição de diferença de salários, de exercício de funções e
de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil (art. 7º, XXX, CF).
Letra D: correta. No inciso XXXIII do art. 7º da Constituição, esta proíbe o trabalho noturno, perigoso ou
insalubre a menores de dezoito e qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de
aprendiz, a partir de quatorze anos.
Letra E: correta. O fundo de garantia do tempo de serviço é direito dos trabalhadores urbanos e rurais (art.
7º, III, CF).
O gabarito é a letra B.
16. (FGV / TJ-AM – 2013) Em relação ao disposto na Constituição da República Federativa do Brasil
acerca dos direitos sociais dos trabalhadores, assinale a afirmativa incorreta.
a) É vedada a dispensa do empregado sindicalizado eleito para cargo de representação ou direção sindical,
ainda que como suplente, até um ano após o final do mandato, salvo nos casos de redução justificada do
número de empregados.
b) A lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão
competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical.
c) É obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho.
==70a0b==
d) É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-
lo e sobre os interesses que devam, por meio dele, defender.
e) Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria.
Comentários:
Letra A: errada. Segundo o art. 8º, VIII, CF/88, é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do
registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um
ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
Letra B: correta. É isso mesmo! A lei não pode exigir autorização estatal para que seja fundado o sindicato,
ressalvado o registro no órgão competente. O Poder Público não pode interferir/intervir na organização
sindical.
Letra C: correta. De fato, é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho
(art.8º, VI).
Letra D: correta. A CF/88 garante o direito de greve aos trabalhadores, atribuindo-lhes o poder de decidir
sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam, por meio dele, defender.
Letra E: correta. Segundo o art. 8º, III, ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou
individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas.
O gabarito é a letra A.
17. (FGV / PC-RJ – 2008) As alternativas a seguir apresentam alguns direitos dos trabalhadores urbanos
e rurais, previstos na Constituição de 1988, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Estabilidade.
b) Licença paternidade.
c) Irredutibilidade de salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.
Comentários:
LISTA DE QUESTÕES
Direitos Sociais
1. (FGV/PC-RJ - 2021) A União editou diploma normativo dispondo sobre o alicerce de sustentação e
os objetivos gerais a serem alcançados com a implementação de uma série de direitos ofertados aos
distintos segmentos da sociedade, a exemplo da seguridade social, da educação, da cultura e do desporto.
De acordo com esse diploma normativo, o conjunto desses direitos (1) tem por base a preeminência do
lazer e, por objetivos, (2) a plena realização da personalidade individual, que deveria ser analisada de
modo separado da coletividade, e (3) a preservação da livre iniciativa e o aumento do lucro. À luz da
sistemática constitucional afeta à base e aos objetivos da ordem social, é correto afirmar que:
2. (FGV / DPE-RJ – 2019) Antônio, pessoa hipossuficiente no plano econômico e morador de uma área
carente do Estado, procurou a Defensoria Pública e solicitou que fosse ajuizada uma ação judicial para
obrigar o Poder Público a lhe fornecer certo medicamento indispensável à sua sobrevivência.
3. (FGV / TJ-SC – 2018) Maria, pessoa que vive nas ruas por não ter moradia ou mesmo renda própria,
foi informada de que a ordem constitucional brasileira considerava a habitação um direito social.
Esperançosa, Maria requereu à Secretaria Municipal de Habitação que lhe fornecesse uma casa para
morar. O requerimento, no entanto, foi indeferido sob os argumentos de que a lei municipal não
regulamentara a forma pela qual o referido direito social seria fruído, bem como por inexistirem recursos
para oferecê-lo. Acresça-se que essas duas informações eram verdadeiras.
À luz da presente narrativa, assinale a opção que se harmoniza com as construções teóricas em torno da
igualdade.
a) Os conceitos de igualdade formal e de igualdade material apresentam uma relação de sobreposição, de
modo que a ideia do Prefeito não seria harmônica com a Constituição.
b) O conceito de igualdade, tal qual consagrado na Constituição, não se projeta sobre as políticas públicas a
cargo do Poder Executivo.
c) As ações afirmativas excepcionam a igualdade formal em prol da construção da igualdade material, sendo
incorreto afirmar que sempre serão incompatíveis com a Constituição
d) O conceito constitucionalmente adequado de igualdade é somente aquele de ordem formal, de modo que
qualquer tratamento diferenciado entre as camadas da população é inconstitucional.
e) As ações afirmativas jamais acarretam o surgimento da denominada “discriminação reversa”, logo, a ideia
do Prefeito não se mostra incompatível com a Constituição.
5. (FGV / PGE-RO – 2015) Inácio procurou um advogado e decidiu inteirar-se a respeito da sistemática
constitucional afeta aos direitos e garantias fundamentais. À luz da Constituição da República Federativa
do Brasil, é correto afirmar que:
a) tanto os direitos individuais como os direitos sociais estão incluídos na categoria mais ampla dos “direitos
de defesa";
b) a justiciabilidade dos direitos sociais, pelo Poder Judiciário, não apresenta nenhuma distinção substancial
em relação aos direitos individuais;
c) os direitos sociais costumam ter sua exigibilidade condicionada à prévia integração pela legislação
infraconstitucional;
d) a denominada “reserva do possível" é aplicada, indistintamente, com igual intensidade, aos direitos
individuais e aos sociais;
e) os direitos sociais, pelas suas próprias características existenciais, não podem ser fruídos por uma única
pessoa.
6. (FGV / PGE-RO – 2015) Irineu informou ao seu amigo Edson que pretendia ingressar com uma ação
em face do Estado para que lhe fosse oferecido um direito social previsto na Constituição da República
Federativa do Brasil. É correto afirmar que os direitos sociais:
a) podem exigir, para a sua efetividade, o oferecimento de certas prestações por parte do Estado;
b) não podem beneficiar uma única pessoa, já que são destinados à sociedade;
c) são emanações diretas da cidadania, a qual permite a integração do indivíduo à sociedade;
d) asseguram a liberdade do indivíduo perante os poderes constituídos;
e) somente estão ao alcance dos brasileiros natos, os quais estão integrados à sociedade brasileira.
7. (FGV / TJ-BA – 2015) A respeito dos direitos sociais, é correto afirmar que:
a) sempre exigirão uma omissão por parte dos poderes constituídos;
b) podem ser vistos como a primeira dimensão ou geração dos direitos fundamentais;
c) nunca dependem da disponibilidade de recursos financeiros para a sua implementação;
d) podem exigir o oferecimento de prestações específicas;
e) somente devem ser atribuídos às pessoas naturais, jurídica e economicamente classificadas como
necessitadas.
b) direitos individuais sempre dependem de previsão orçamentária para que tenham eficácia;
c) direitos sociais normalmente dependem de integração pela legislação infraconstitucional para que tenham
eficácia;
d) direitos individuais sempre dependem de integração pela legislação infraconstitucional para que
produzam efeitos;
e) direitos sociais, por serem inerentes à sociedade, devem ser efetivados independentemente dos recursos
disponíveis.
10. (FGV / Prefeitura de Paulínia – 2015) Paulo perguntou ao seu amigo João o que diferencia os
“direitos sociais" dos “direitos e garantias individuais e coletivos". Como a única resposta que João poderia
ter dado, corretamente, é:
a) a liberdade de ir e vir é um dos principais direitos individuais;
b) o direito social é da sociedade, não do indivíduo;
c) a educação é uma liberdade, logo, um direito individual;
d) o direito de propriedade é um dos principais direitos sociais;
e) a proteção da saúde não está prevista entre os direitos sociais.
11. (FGV / TJ-SC – 2015) Os denominados direitos sociais apresentam algumas distinções em relação
aos direitos individuais, daí decorrendo variações quanto ao seu delineamento e à sua projeção na
realidade. A partir dessas distinções, analise as afirmativas a seguir:
I – Os direitos individuais transmudam-se em sociais sempre que analisados sob a ótica coletiva, alcançando
a sociedade como um todo.
II – O direito de greve é um direito social, não dependendo de uma prestação estatal específica para o seu
exercício.
III – As liberdades clássicas são incluídas na categoria dos direitos individuais e atuam como limitadores à
ação estatal sobre a esfera jurídica individual.
Está correto o que se afirma em:
a) somente I;
b) somente III;
c) somente I e II;
d) somente II e III;
e) I, II e III.
12. (FGV / PROCEMPA – 2014) Acerca dos Direitos Sociais Constitucionais, analise as afirmativas a
seguir.
I. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, e a assistência aos desamparados.
II. É assegurado à categoria dos trabalhadores domésticos o direito à duração do trabalho normal não
superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução
da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.
III. É direito dos trabalhadores urbanos e rurais a ação, quanto aos créditos resultantes das relações de
trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de um
ano após a extinção do contrato de trabalho.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
==70a0b==
13. (FGV / Prefeitura de Recife – 2014) No que tange à liberdade de associação profissional ou sindical,
assinale a afirmativa correta.
a) É livre a criação de mais de uma organização sindical representativa de categoria profissional ou
econômica na mesma base territorial.
b) Uma vez aposentado, o indivíduo, ainda que filiado, não tem direito a votar e ser votado nas organizações
sindicais.
c) É vedada a dispensa do empregado sindicalizado somente a partir da posse no cargo de direção ou
representação sindical.
d) Ninguém pode ser obrigado a filiar-se a sindicato, mas, uma vez filiado, será obrigado a manter-se filiado
até a aposentadoria.
e) A lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão
competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical.
14. (FGV / TJ-AM – 2013) Com relação aos direitos dos trabalhadores, segundo o art. 7º da Constituição
Federal/88, analise as afirmativas a seguir.
I. Garantia de salário‐mínimo, fixado em lei, definido por regiões geoeconômicas, capaz de atender suas
necessidades vitais básicas.
II. Garantia de remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do
normal.
III. Garantia de salários e de critérios de admissão iguais, sendo vedada a discriminação por sexo, cor ou
estado civil.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
15. (FGV / TJ-AM – 2013) Dentre os direitos sociais dos trabalhadores, previstos na Constituição, não
se inclui:
a) a participação nos lucros ou resultados, desvinculada da remuneração.
b) duração do trabalho não superior a 40 horas semanais.
c) a proibição de diferença de salários por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.
d) a proibição de trabalho noturno a menores de 18 anos.
e) a extensão do fundo de garantia do tempo de serviço ao empregado rural.
16. (FGV / TJ-AM – 2013) Em relação ao disposto na Constituição da República Federativa do Brasil
acerca dos direitos sociais dos trabalhadores, assinale a afirmativa incorreta.
a) É vedada a dispensa do empregado sindicalizado eleito para cargo de representação ou direção sindical,
ainda que como suplente, até um ano após o final do mandato, salvo nos casos de redução justificada do
número de empregados.
b) A lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão
competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical.
c) É obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho.
d) É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-
lo e sobre os interesses que devam, por meio dele, defender.
e) Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria.
17. (FGV / PC-RJ – 2008) As alternativas a seguir apresentam alguns direitos dos trabalhadores urbanos
e rurais, previstos na Constituição de 1988, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Estabilidade.
b) Licença paternidade.
c) Irredutibilidade de salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.
d) Participação nos lucros.
e) Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches
e pré- escolas.
GABARITO
1. LETRA A 7. LETRA D 13. LETRA E
2. LETRA A 8. LETRA C 14. LETRA D
3. LETRA E 9. LETRA C 15. LETRA B
4. LETRA C 10. LETRA A 16. LETRA A
5. LETRA C 11. LETRA D 17. LETRA A
6. LETRA A 12. LETRA D