Seletividade Diferenciais
Seletividade Diferenciais
Seletividade Diferenciais
b) o dispositivo diferencial deve poder suportar, sem danos, as solicitações térmicas e mecânicas(25)
susceptíveis de ocorrerem em caso de curto-circuito a jusante do local em que estiver instalado;
c) o dispositivo diferencial não deve ser danificado nas condições de curto-circuito, ainda que
dispare em consequência de um desequilíbrio de correntes ou do escoamento de uma corrente para a
terra.
Quando uma instalação tiver dispositivos diferenciais colocados em série, pode ser necessário, por
motivos de exploração e de segurança, garantir selectividade entre esses dispositivos, por forma a
manter a alimentação às partes da instalação não afectadas pelo eventual defeito.
Esta selectividade pode ser obtida por selecção e por instalação dos dispositivos diferenciais, os
quais, garantindo a protecção requerida às diferentes partes da instalação, desligam, apenas, a
alimentação das partes da instalação a jusante do dispositivo colocado a montante do defeito e nas
suas imediações.
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(25) - Estas solicitações dependem da corrente de curto-circuito presumida no local da instalação do dispositivo
diferencial e das características de funcionamento do dispositivo que garante a protecção contra os
curtos-circuitos.
Para que seja garantida a selectividade entre dois dispositivos diferenciais colocados em série,
devem ser satisfeitas, simultaneamente, as condições seguintes:
Para os dispositivos diferenciais que satisfaçam às regras indicadas nas Normas EN 61008 e
EN 61009, a corrente diferencial-residual de funcionamento estipulada do dispositivo colocado a
montante não deve ser inferior a três vezes a do dispositivo colocado a jusante.
Nota: De acordo coma Norma EN 61008-1, os valores normalizados dos tempos de funcionamento máximo e de
não funcionamento em interruptores diferenciais são os indicados no quadro seguinte:
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PARTE 5 / Secção 51
Nos esquemas das figuras 53GF, 53GH, 53GJ e 53GK indicam-se as diferentes possibilidades de
coordenação entre dispositivos diferenciais, com as vantagens e inconvenientes de cada um. Nestes
esquemas, não se encontram indicados os dispositivos de protecção contra as sobreintensidades, nem os
dispositivos de comando, nem os de seccionamento.
Quando, numa instalação, existir mais do que um dispositivo diferencial, a sua colocação deve satisfazer a
uma das situações seguintes:
os dispositivos devem ser colocados na origem de cada parte da instalação, sendo as instalações divididas
em tantas partes quantas as julgadas convenientes ;
os dispositivos devem ser colocados em série, devendo ser garantida a selectividade entre eles.
Na selecção dos circuitos (antigamente designada por "selectividade horizontal") não deve ser colocado
qualquer dispositivo diferencial na origem da instalação, devendo, no entanto, todas as saídas serem
protegidas (individualmente ou por grupos) por dispositivos diferenciais, de média ou de alta sensibilidade, de
acordo com os riscos considerados. Em caso de defeito, apenas deve funcionar o dispositivo de protecção do
circuito correspondente.
Esta regra apenas é admissível se, na parte da instalação compreendida entre o disjuntor de corte geral e os
dispositivos diferenciais, forem tomadas as medidas adequadas contra os defeitos à massa, tais como, o
emprego de equipamentos da classe II ou a aplicação da medida de protecção contra os contactos indirectos
"por isolamento suplementar" (veja-se 413.2). Por exemplo, uma canalização realizada com cabos do tipo VV
(0,6/1 kV) ou com condutores H07V protegidos por condutas isolantes satisfaz esta condição. Se a
canalização for dotada de condutor de protecção, este deve ter o mesmo isolamento que os condutores
activos.
x x x
º DR º DR º DR
A selectividade é total quando as condições de funcionamento forem respeitadas para qualquer valor da
corrente de defeito, disparando apenas o dispositivo colocado mais próximo do defeito.
A selectividade total pode ser realizada utilizando, por exemplo, um dispositivo retardado em relação ao
colocado a jusante.
É necessário garantir que o tempo de corte máximo de cada dispositivo satisfaz às condições de protecção
indicadas na secção 413.1.
Na figura 53GG as condições indicadas nas alíneas a) e b) são verificadas pois nunca há intersecção entre as
características do dispositivo B (a montante) e as do dispositivo A (a jusante) e a corrente I n do dispositivo B
é superior à do dispositivo A.
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PARTE 5 / Secção 51
Nas figuras 53GH, 53GJ e 53GK são indicados exemplos que satisfazem às regras da selectividade total,
desde que a resistência do eléctrodo de terra seja adequada ao dispositivo diferencial de maior valor de
corrente diferencial estipulada ou seja, na prática, o do dispositivo colocado na origem da instalação (caso
dos exemplos 1 e 2).
Na figura 53GH o dispositivo colocado a jusante é um disjuntor diferencial de corrente diferencial estipulada
igual a 30 mA, enquanto que o dispositivo colocado a montante é um disjuntor diferencial de 300 mA do tipo
"S".
x
Disjuntor diferencial
DR I n = 300 mA
º
Tipo S
x Disjuntor diferencial
º DR I n = 30 mA
Na figura 53GJ o dispositivo colocado no nível mais a jusante é um disjuntor diferencial instantâneo, de 30 mA
de corrente diferencial estipulada. No nível intermédio, o dispositivo é um disjuntor diferencial de 300 mA de
corrente diferencial estipulada e com um atraso de 50 ms, enquanto que no nível mais a montante, o
dispositivo é um disjuntor diferencial de 1 A de corrente diferencial estipulada e com um atraso de 200 ms.
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PARTE 5 / Secção 51
x
DR Disjuntor diferencial
º I n=1A
t = 200 ms
x
Disjuntor diferencial
º DR I n = 300 mA
t = 50 ms
x
Disjuntor diferencial
DR I n = 30 mA
º
Na figura 53GK, estão previstos quatro níveis de selectividade, em que no nível mais a montante foi colocado
um dispositivo de protecção que satisfaz a uma das condições seguintes:
- o dispositivo é não diferencial, satisfazendo às regras da selecção de circuitos, indicadas na secção 539.3.2;
- o dispositivo é diferencial com um atraso de valor não superior a 1 s satisfazendo às regras indicadas na
secção 413.1.4.2.
x
Disjuntor diferencial
º DR I n = 300 mA
t = 200 ms
x
º DR Disjuntor diferencial
I n = 100 mA
t = 50 ms
x
º DR Disjuntor diferencial
I n = 30 mA
A selectividade é parcial se uma das condições indicadas para a selectividade total não for satisfeita.
A selectividade é parcial quando as condições de funcionamento forem verificadas apenas para alguns
valores da corrente de defeito, podendo disparar, simultaneamente, mais do que um dispositivo diferencial.
Na figura 53GL, a instalação é protegida por um dispositivo de média sensibilidade (MS), sendo previstos
dispositivos de alta sensibilidade (AS) na alimentação de grupos de circuitos ou na origem de circuitos
individuais para equipamentos ou para locais de risco elevado (equipamentos utilizados em condições muito
húmidas, tais como, as máquinas de lavar ou locais de pavimento condutor, como por exemplo, as casas de
banho).
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PARTE 5 / Secção 51
Em caso de defeito, apenas dispara o dispositivo de alta sensibilidade se a corrente de defeito for inferior a
metade da corrente diferencial estipulada do dispositivo de média sensibilidade colocado a montante. Para
correntes de defeito mais elevadas, o dispositivo colocado a montante pode também funcionar.
O
x
º DR
MS
x x
DR
º AS
º DR
AS
Figura 53GL - Selectividade parcial (coordenação entre dispositivos de média e de alta sensibilidade)
Na figura 53GM, as condições de funcionamento são idênticas às indicadas para o esquema da figura 53GL,
sendo um dos dispositivos diferenciais de alta sensibilidade substituído por um de média sensibilidade de
corrente diferencial estipulada inferior a metade da do dispositivo colocado a montante (por exemplo, 100 mA
se o dispositivo a montante for de, pelo menos, 300 mA de corrente diferencial estipulada).
O
x
º DR
MS
(300 mA)
x x
º DR
AS º DR
MS
(100 mA)
Figura 53GM - Selectividade parcial (coordenação entre dispositivos de média/média e de média/alta sensibilidade)
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