Simulação Eventos Aplicada
Simulação Eventos Aplicada
Simulação Eventos Aplicada
ITUIUTABA
2019
Aline Andrade Lima
Mariana de Freitas Medeiros
ITUIUTABA
2019
Simulação de eventos aplicada em uma indústria de café
The present work consists in the accomplishment of a research to know the available
production capacity installed in a coffee factory, located in Ituiutaba, Minas Gerais.
The research began with the knowledge and mapping of the productive process of
the factory. The mapping of a process consists of the description of the sequencing
of stages of a productive process, whose purpose is to represent the transformation
of inputs into finished products and services. Subsequently the data collection and
analysis of each process operation was performed. This method is often used for the
simulation application. The simulation is an aspect of the operational research whose
purpose is to evaluate the behavior of a system and to make experiments of a future
scenario in order to aid in the decision making. This technique can be used to know
the productive capacity of the processes and the organization. In this way it was
possible to measure the productive capacity as well as identify bottlenecks for which
improvements were proposed. The knowledge of productive capacity can influence
the strategies of the company, as well as of the supply chain that it is inserted.
Figura 4.8 - Gráfico de análise do tempo de ciclo para processo 250 g ................................... 37
Figura 4.9 - Diagrama da simulação da fábrica ............................................................................. 47
LISTA DE TABELAS
Tabela 4.5 - Simulação com os dois moinhos e mesma capacidade para processo 500 g ... 41
Tabela 4.6 - Simulação com Moinho 1 para processo 250 g ...................................................... 41
CB Capacidade do processo
TC Tempo de ciclo
TT Takt time
TO Taxa de ocupação
g grama
kg quilograma
s segundo
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .........................................................................................................................................12
1.1. OBJETIVO ................................................................................................................................ 13
1.2. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO .............................................................................................. 13
1.3. RELEVÂNCIA DA PESQUISA ....................................................................................................... 14
1.4. DELIMITAÇÃO DO TRABALHO ..................................................................................................... 14
1.5. ESTRUTURA DO TRABALHO .................................................................................................................. 15
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................................................................15
2.1. CAPACIDADE PRODUTIVA ......................................................................................................... 15
2.2. MAPEAMENTO DE PROCESSOS.................................................................................................. 17
2.3. SIMULAÇÃO ............................................................................................................................. 20
2.3.1. Simulação de eventos discretos .................................................................................... 21
2.3.2. Simulação de eventos contínuos ........................................................................................... 22
3. METODOLOGIA DE PESQUISA .................................................................................................................22
3.1. CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ............................................................................................... 22
3.2. QUESTÕES DE PESQUISA.......................................................................................................... 23
3.3. TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS .............................................................................................. 24
3.4. TÉCNICAS DE ANÁLISE DE DADOS .............................................................................................. 25
3.5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS – ETAPAS .......................................................................... 25
3.6. PASSO A PASSO DA SIMULAÇÃO .......................................................................................................... 26
4. RESULTADOS ..........................................................................................................................................32
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .........................................................................................................................48
12
1. INTRODUÇÃO
Diante desse contexto houve a identificação de uma indústria para a qual era
desconhecida a capacidade produtiva instalada. Desta forma, desenvolveu-se um
estudo com a pretensão de verificar o potencial de produção da fábrica, que
proporcionará para a organização uma clareza quanto ao sistema de produção e as
alternativas de mudança no sistema tático e operacional.
1.1. Objetivo
eventos discretos e contínuos, assim como ser de fácil acesso e gratuito para fins
acadêmicos.
De acordo com Brito (2011) o software Anylogic© engloba fatores discretos e
contínuos em apenas um modelo e ele tem como base a linguagem em Java para
estabelecer a lógica da simulação. Essa linguagem requer um nível básico de
conhecimento como por exemplo o uso de apenas algumas expressões, visto que o
próprio software consegue manusear parte da programação sem a necessidade da
atuação do programador.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
As empresas têm como objetivo produzir de forma que atenda toda sua
demanda e os gestores de operações são responsáveis por garantir que a linha de
produção tenha capacidade essencial para atender seus clientes. A capacidade é
uma variável que influencia nas tomadas de decisões em curto, médio e longo
prazos (CORRÊA e CORRÊA, 2012).
O fluxograma é uma das técnicas utilizadas para fazer o mapa dos processos.
Davis et al (2001) dizem que essa técnica permite a visualização de todas as
atividades do processo de forma ampla, existem símbolos que habitualmente são
utilizados na elaboração de um fluxograma.
- Desenvolver um plano a ser implementado que descreva o que deve ser feito
para alcançar seu estado futuro.
processo seguinte até chegar ao cliente final (Elias et al, 2011 apud ROTTER e
SHOOK, 2003).
Para alcançar o fluxo de valor enxuto desde o fornecedor até o cliente final, o
mapa do estado futuro deve ter o ritmo de produção acompanhando a demanda,
alterar o fluxo tornando-o contínuo, quando for viável e a linha de produção estar
apta a produzir todo o mix de produtos a qualquer momento (Elias et al, 2011 apud
QUEIROZ et al, 2004).
2.3. Simulação
De acordo com Corrar et al (2009) a simulação não indica uma solução ótima,
distinguindo-se da programação linear. Contudo, ela permite, através da análise dos
experimentos, compreender o comportamento do sistema tornando-se uma
ferramenta de apoio à tomada de decisão.
21
A aplicação da simulação pode se dar por três motivos básicos. O primeiro diz
respeito sobre as variáveis. Em casos onde a relação entre as variáveis são não-
lineares, a quantidade de variáveis ou restrições forem altas, a simulação é utilizada
como forma de simplificar a análise de um problema. O segundo refere-se ao fato de
que a simulação permite fazer testes em um modelo sem afetar um sistema na
prática. Dessa forma é possível constatar onde realmente deve ou não interferir no
processo. O terceiro relaciona-se a situação em que a simulação consegue gerar um
cenário futuro para alcançar alguma estimativa operacional em um tempo
relativamente muito curto quando comparado a um sistema real (KRAJEWSKI et al,
2009).
3. METODOLOGIA DE PESQUISA
37. Abra as propriedades do bloco Service, troque o nome para Processo1, defina
o tempo de processo, selecione a capacidade máxima da fila, o resource pool
criado, Trabalhador, e o agente caféV500;
38. Abra as propriedades do bloco Sink e selecione o agente caféV500. Troque o
nome do bloco para Vácuo500;
39. Na segunda saída do bloco Split3, adicione um bloco Split e troque nome para
Split4;
40. Na primeira saída do bloco Split4, abra as propriedades do bloco valve, defina
a taxa de saída e troque nome para valve4;
41. Crie um agente e troque o nome para café500;
42. Abra as propriedades do Fluid To Agent, selecione o agente criado café500,
troque o nome do bloco para Agent3 e defina a quantidade de fluido que será
transformado em uma unidade de café 500 g;
43. Crie um resource pool e troque o nome para MáquinaEnvase500g;
44. Abra as propriedades do bloco Service, troque o nome para Envase1, defina o
tempo de processo, selecione a capacidade máxima da fila, o resource pool
criado e o agente café500;
45. Abra as propriedades do bloco delay e insira o tempo de transporte do envase
para as pilhas;
46. Crie um agente e troque o nome para pilhas500;
47. Abra as propriedades do bloco batch, selecione o agente pilhas500 e defina o
tamanho do lote;
48. Crie um resource pool e troque o nome para MáquinaPilhas;
49. Abra as propriedades do bloco Service, troque o nome para Pilhas, defina o
tempo de processo, selecione a capacidade máxima da fila, o resource pool
criado e o agente pilhas500;
50. Abra as propriedades do bloco delay e insira o tempo de transporte das pilhas
para o lacre e troque o nome para delay1;
51. Crie um resource pool e troque o nome para Trabalhador1;
52. Abra as propriedades do bloco Service, troque o nome para Lacre, defina o
tempo de processo, selecione a capacidade máxima da fila, o resource pool
criado e o agente pilhas500;
53. Crie um resource pool e troque o nome para Trabalhador2;
30
54. Abra as propriedades do bloco Service, troque o nome para Pallet, defina o
tempo de processo, selecione a capacidade máxima da fila, o resource pool
criado e o agente pilhas500;
55. Abra as propriedades do bloco Sink e selecione o agente pilhas500. Troque o
nome do bloco para Café500g;
56. Na segunda saída do bloco Split4, abra as propriedades do bloco valve,
defina a taxa de saída e troque o nome para valve5;
57. Crie um agente e troque o nome para café250;
58. Abra as propriedades do Fluid To Agent, selecione o agente criado café250,
troque o nome do bloco para Agent4 e defina a quantidade de fluido que será
transformado em uma unidade de café 250 g;
59. Crie um resource pool e troque o nome para MáquinaEnvase250g;
60. Abra as propriedades do bloco Service, troque o nome para Envase2, defina o
tempo de processo, selecione a capacidade máxima da fila, o resource pool
criado e o agente café250;
61. Abra as propriedades do bloco delay, insira o tempo de transporte do envase
para as pilhas e troque o nome para delay2;
62. Crie um agente e troque o nome para pilhas250;
63. Abra as propriedades do bloco batch, selecione o agente pilhas250, defina o
tamanho do lote e troque o nome para batch2;
64. Crie um resource pool e troque o nome para MáquinasPilhas1;
65. Abra as propriedades do bloco Service, troque o nome para Pilhas1, defina o
tempo de processo, selecione a capacidade máxima da fila, o resource pool
criado e o agente pilhas250;
66. Abra as propriedades do bloco delay, insira o tempo de transporte das pilhas
para o lacre e troque o nome para delay3;
67. Abra as propriedades do bloco Service, troque o nome para Lacre1, defina o
tempo de processo, selecione a capacidade máxima da fila, o resource pool
criado, Trabalhador1, e o agente pilhas250;
68. Abra as propriedades do bloco Service, troque o nome para Pallet1, defina o
tempo de processo, selecione a capacidade máxima da fila, o resource pool
criado, Trabalhador2, e o agente pilhas250;
69. Abra as propriedades do bloco Sink e selecione o agente pilhas250. Troque o
nome do bloco para Café250g;
31
70. Em uma linha de produção separada, crie um bloco Fluid Source, abra suas
propriedades e insira o valor da taxa de chegada e defina a unidade como
quilogramas por segundo, troque o nome do bloco para GrãoMoca;
71. Abra as propriedades do bloco Tank, defina a capacidade do estoque, a
quantidade inicial e a taxa de saída. Troque o nome do bloco para tank;
72. Crie um agente e troque o nome para caféCru;
73. Abra as propriedades do Fluid To Agent, selecione o agente criado caféCru,
troque o nome do bloco para Agent5 e defina a quantidade de fluido que será
transformado em uma unidade de café cru;
74. Abra as propriedades do bloco Service, troque o nome para Envase3, defina o
tempo de processo, selecione a capacidade máxima da fila, o resource pool
criado, MáquinaEnvase, e o agente caféCru;
75. Abra as propriedades do bloco Sink e selecione o agente caféCru. Troque o
nome do bloco para CaféCru.
4. RESULTADOS
O processo de café cru tem sua linha de produção desvinculada das demais,
dessa forma, realizou-se o mapeamento do mesmo.
Atualmente a fábrica produz em média 25 lotes por dia com uma jornada
líquida de trabalho diário de 23.580 segundos (seis horas e trinta e três minutos).
Sua demanda média diária do processo de 500 g é 5.487,43 quilogramas e para o
processo de 250 g é 1.977,097 quilogramas. A Figura 4.5 e Figura 4.6 exibem os
mapas de fluxo de valor que evidenciam de forma específica cada etapa dos
processos. Eles demonstram algumas informações que serão analisadas
posteriormente: o tempo de ciclo do processo - TC, capacidade do processo - CB,
takt time – TT e taxa de ocupação – TO.
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Tabela 4.5 - Simulação com os dois moinhos e mesma capacidade para processo 500 g
Tabela 4.9 - Simulação com os dois moinhos e mesma capacidade para processo 250 g
Tabela 4.12 - Simulação com os dois moinhos para processo 500 g a vácuo
Tabela 4.16 - Simulação com os dois moinhos para processo 250 g a vácuo
Foi realizada a simulação para o processo de café cru, que é uma linha de
produto criada para atender um público específico, que já é fidelizado da empresa.
Sua capacidade de produção foi de 62.864 sacos, e apresenta um processo sem
gargalo e sua demanda é relativamente baixa.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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