Ufcd 8284 - Preparação E Confeção de Massas Base de Cozinha
Ufcd 8284 - Preparação E Confeção de Massas Base de Cozinha
Ufcd 8284 - Preparação E Confeção de Massas Base de Cozinha
COZINHA
1
Índice
Objetivos 3
Conteúdos 3
Massa de crepes
6
Massa de fartos 7
Massa folhada
8
Massa lêveda
12
Massa quebrada 13
Massa tenra
14
Massa vinhé
14
Tecnologia de matérias-primas 15
Composições
16
Utilizações
16
2
Manuseamento e preparação de utensílios e material 20
Preparação
41
Confeção
41
Produtos finais 41
Objetivos
Conteúdos
Massa de crepes
3
Massa de fartos
Massa folhada
Massa lêveda
Massa quebrada
Massa tenra
Massa vinhé
Tecnologia de matérias-primas
Composições
Utilizações
Preparação
Confeção
Produtos finais
4
Principais massas base de cozinha/pastelaria
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De seguida apresentam-se as principais massas base de cozinha/pastelaria, a sua
tipologia e a elaboração passo a passo de algumas destas:
6
Massa de crepes
Ingredientes:
1 Litro de Leite
8 Ovos
500 gr de Farinha de Trigo
Gordura Vegetal (para untar o sauté)
Bata todos os ingredientes numa tigela até obter um polme bem ligado. Cubra e
deixe descansar durante 30 minutos no frigorífico. O polme deve ter a
consistência das natas.
Leve ao lume tinia frigideira antiaderente ou uma própria para fazer crepes (com
+ ou - 25 cm de diâmetro, mas uma mais pequena também serve). Retire do
lume e deite lá dentro uma concha de polme.
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Incline o recipiente para que o polme deslize de modo a cobrir uniformemente o
fundo. Leve-o a lume moderado. Deixe cozinhar durante 45-60 segundos, ou até
as orlas começarem a afastar-se da frigideira e a ficar com um tom acastanhado.
Solte o crepe e volte-o ao contrário, para o cozer do outro lado. Estando pronto,
coloque-o num prato. Vá empilhando-os enquanto cozinha o resto do Polme.
Massa de fartos
A técnica básica é cozinhar a massa até começar a inchar e então juntar os ovos
fora do lume, lentamente, batendo para incorporar o máximo de ar possível. A massa
deve estar quente o suficiente para cozinhar um pouco os ovos, mas sem endurecer a
mistura
Ingredientes:
500ml de água
8 Ovos
200 gr de Manteiga
400 gr de Farinha de Trigo
1 pau de Canela
1 casca de Limão
Misturar a manteiga, a água, a casca de limão e o pau de canela, deixar levantar fervura.
Juntar a farinha peneirada e misturar muito bem sempre em lume brando, até formar
uma bola.
Colocar a massa numa batedeira e juntar os ovos um por um.
Profiteroles
Estes bolinhos de choux, massa de fartos, são feitos com um saco de pasteleiro, cozidos
e arrefecidos, cortados ao meio e recheados, ou furados ao meio e recheados com um
saco de pasteleiro. Antes de levar ao forno, unte levemente o tabuleiro com gordura
vegetal e leve ao frigorífico para os bolinhos não escorregarem. Coza a 200°C até
dourar; durante 20 minutos.
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Massa de Fartos Frita
De entre as massas fritas estão os churros mexicanos, os beignets de Nova Orleães, e os
cenci italianos. Feitos da mesma maneira, a massa de fartos dá resultados similares.
Sirva polvilhada com açúcar de pasteleiro, ou açúcar e canela.
Aqueça 7,5 cm de óleo a 190°C. Encha com massa de fartos um saco de pasteleiro com
o bico chato e 1,5 cm. Segure o saco sobre óleo quente e esprema uma porção da pasta
de uns 3 cm de comprimento. Corte a massa rente ao bico com uma faca de cozinha.
Frite de 3 a 5 minutos até inflar e dourar, Tire com uma escumadeira e seque com papel
Absorvente. Sirva quente.
Massa folhada
Ingredientes:
1 Litro de Leite
8 Ovos
500 gr de Farinha de Trigo
Gordura Vegetal (para untar o sauté)
Existem três estágios principais na preparação desta massa de manteiga leve e folhada,
usada para tartes doces e salgada. São eles: criar a base, adicionar a manteiga e depois
estender, dobrando e virando a massa. Para melhores resultados, mantenha a massa
gelada.
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Usando uma misturadora, trabalhe a massa de farinha e manteiga até formar
pedaços. Junte mais água se a massa estiver seca.
Faça uma bola. Corte um X em cima para evitar que encolha. Embrulhe- a em
papel-vegetal enfarinhado; leve ao frigorífico durante 30 m.
Acrescentar a Manteiga
Antes de acrescentar a manteiga à massa, estenda um quadrado de 2 cm de
espessura sobre uma folha de papel-vegetal ou película aderente, usando um rolo
da massa.
Numa superfície fria e levemente enfarinhada, deite a base e estenda-a em forma
de cruz, deixando um montinho nomeio.
Ponha o quadrado de manteiga no meio da cruz. Dobre por cima cada lado da
cruz, puxando levemente a massa para cobrir a manteiga.
Polvilhe um pouco de farinha sobre a superfície e passe o rolo sobre a massa
para selar as pontas. Estenda um retângulo.
Virar a Massa
É preciso estender, virar e dobrar a massa seis vezes para ficar fofa e separada em
camadas.
Deixe uma marca na massa a cada "segunda viragem, antes de a pôr no
frigorífico.
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Dobre um quarto do quadrado para que os lados expostos fiquem à sua direita,
como se fosse um livro.
Delicadamente, aperte a massa para selar.
Estenda com o rolo um retângulo de 20 x 45 cm.
Dobre de novo em três partes; sele os lados. Leve ao frigorífico durante 30
minutos.
Estenda novamente, dobre e vire mais duas vezes.
Ingredientes:
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12 Gr de Fermento fresco;
200 ml de água 202C;
600 Gr Farinha;
12 Gr de Flôr de Sal;
75 Gr de Açúcar;
35 Gr Manteiga Amolecida s/ Sal;
15 Gr de Leite em Pó Gordo;
325 Gr Manteiga s/ Sal muito fria.
Para Pincelar:
3 Ovos;
1 Gema;
1 pitada de Sal
Preparação
Dissolva o fermento em dois terços da água.
Peneire a farinha para uma tigela grande.
Junte o sal, o açúcar, a manteiga amolecida, o leite em pó e o fermento
dissolvido.
Amasse tudo rapidamente.
Se a massa estiver um pouco rígida deite o resto da água.
Cubra com película aderente. Deixe descansar à temperatura ambiente de 1h a
1h30.
Quando a massa tiver o dobro do volume, retire-a da tigela, espalme-a e volte a
colocá-la na tigela.
Cubra com película aderente e leve ao frigorífico de 1h a 1h45. Retire a massa
da tigela, volte a baixá-la.
Cubra com película aderente e coloque-a mais 30 minutos do congelador.
Retire a massa do Congelador.
Amasse a manteiga fria enquanto ainda estiver mole.
Numa superfície enfarinhada, estenda a massa num retângulo cujo comprimento
seja o triplo da largura.
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Coloque metade da manteiga sobre a parte inferior da massa. Com a palma da
mão, espalhe a manteiga até ela cobrir dois terços do retângulo da massa.
Dobre o retângulo de massa em três, começando pelo terço que não levou
manteiga em cima.
Embrulhe a massa assim dobrada em película aderente. Deixe descansar no
congelador durante 30 minutos e depois 1 hora no frigorífico.
Estenda a massa num retângulo como o anterior. Volte a dobrar em três e a
embrulhar em película aderente. Deixe descansar durante 30 minutos e depois 1
hora no frigorífico.
Cubra com farinha a superfície de trabalho e estenda a massa até ter 3 mm de
espessura. Com uma faca afiada, corte triângulos de 20 cm de altura 12 cm de
base.
Para Moldar
Coloque um triângulo com a base voltada para si, enrole-o, depois encurve as
pontas em forma de meia lua.
Disponha os croissants a 4 cm um dos outros sobre uma placa de ir ao forno
forrada com papel manteiga.
Deixe-os crescer à temperatura ambiente durante 1h30 a 2horas.
Aqueça previamente o forno a 230°C, gás 8.
Deite os ovos, a gema e o sal numa tigela e bata bem.
Pincele os croissants com a mistura depois leve-os ao forno, reduzindo a
temperatura para 190°C, gás 5.
Deixe cozer 20 minutos.
Retire-os do forno e coloque-os sobre uma grade enquanto arrefecem.
Massa lêveda
Chamada massa de pão, este tipo de massa permite a confeção dos bolos mais variados,
desde Brioches e folares da Páscoa a bolos e tartes de frutas. É conhecida pelo seu
sabor, ligeiramente ácido, e pela sua esponjosidade. Estas características são explicadas
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pela reprodução das células do fermento que, ao aumentarem de volume, vão-se
transformando em açúcar, álcool e dióxido de carbono.
Ingredientes:
5 Ovos
10 gr de Sal
15 gr de Fermento Liofilizado
50 gr de Açúcar
300 gr de Manteiga
500 gr de Farinha
15 Gr de Leite em Pó Gordo;
325 Gr Manteiga s/ Sal muito fria
Para Pincelar:
3 Ovos;
1 Gema;
1 pitada de Sal.
Bater a farinha com o açúcar, o sal, os ovos e o fermento até descolar da bacia.
Adicionar se necessário um pouco de água. Bater bem e só no final colocar a
manteiga fria aos pedaços.
Quando a massa estiver bem lisa, coloca-se a repousar à temperatura ambiente
até atingir o dobro do volume.
Bater novamente a massa e colocar no frio.
Massa quebrada
Trata-se da massa preferida para as bases das tartes e tarteletes. Devido ao seu elevado
teor de gordura, é aconselhável não preparar a massa a uma temperatura elevada. Com
efeito, os ingredientes e a mesa de trabalho deverão estar à temperatura ambiente. O
tempo de preparação deve ser curto. A massa tem de ficar lisa e com um tom mate.
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Peneire a farinha, deite-a em monte sobre a mesa e faça uma cova no meio.
Junte a manteiga cortada em pedaços, o açúcar em pó, o ovo e o sal.
Peneire a farinha, deite-a em monte sobre a mesa e faça uma cova no meio.
Junte a manteiga cortada em pedaços, o açúcar em pó, o ovo e o sal.
Com um garfo ou com a ponta dos dedos, vá trabalhando os ingredientes,
misturando-os. Deite um pouco mais de farinha se necessário. Com uma
espátula de metal, vá cobrindo o centro da massa com a farinha, empurrando-a
dos lados.
Amasse tudo com as mãos, desfazendo rapidamente o granulado, até obter uma
massa lisa. Não amasse a massa durante muito tempo, porque a manteiga pode
separar-se tornando assim, a massa quebradiça.
Forme a bola com a massa. Envolva a massa em película aderente e deixe
arrefecer cerca de 1 hora no frio. Para ser trabalhada mais tarde.
Massa tenra
Massa vinhé
Massa Vinhé é uma massa de consistência mole, um pouco líquida, sobre a qual são
envolvidos alguns alimentos para posteriormente fritar.
Ingredientes:
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150 Gr de Farinha de Trigo;
165 ml de Vinho Branco seco (água ou cerveja);
3 Ovos;
10gr de sal;
Numa tijela, misture a farinha com meia colher de café de sal e forme um
vulcão.
Na cavidade central, coloque um ovo inteiro juntamente com mais uma gema
batendo com a batedeira antes de juntar a farinha.
Depois dissolva o composto com vinho branco e mexa bem para que a massa
fique homogénea e sem grumos.
Então bata as duas claras em castelo bem firme e junte-as à massa misturando
muito delicada e cuidadosamente.
Se desejar uma massa ainda mais ligeira, aconselha-se substituir o vinho branco
por cerveja em igual quantidade.
DICA: se esta massa for para utilizar para pastelaria pode levar menos sal e compensar
com baunilha; se for para fazer "pataniscas" ou frituras com peixe ou marisco, deve
levar cebola picada na proporção de 50 gr por receita e salsa/coentros picados.
Tecnologia de matérias-primas
16
Para a confeção de todas as massas existem elementos essenciais, matérias-primas, que
se apresentam no parâmetro da Composição na tabela seguinte.
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Composições e Utilizações
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Receitas e fichas técnicas
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Operações de quantificação de produtos, ingredientes, proporções e pesagens
Açúcar …………………………………………...…………………………………
10 g
Água/leite………………………………………………………...
………………….15 g
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Cacau/chocolate em pó
……………………………………………………………… 8 g
Farinha
……………………………………………………………………………… 7 g
Fécula de batata/maisena
…………………………………………………………… 7 g
Margarina Vaqueiro
………………………………………………………………… 15 g
Óleo/Azeite ………………………………………………………………………...
12 g
Passas/Corintos ……………………………………………………………….…...
10 g
A Amassadura
A amassadura consiste em ligar todos os ingredientes de uma massa panar, de modo a
obter uma pasta cujas propriedades plásticas e fermentativas sejam as adequadas para
que se obtenha uma massa de qualidade.
Finalidade da amassadura:
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Distribuir, de forma homogénea, todos os ingredientes.
Desenvolver o glúten formando a massa.
Permitir uma boa absorção de água.
Insuflação de ar na massa.
Desenvolvimento da amassadura:
A massa forma-se através da absorção da água pela farinha, sendo o amido e o glúten os
principais responsáveis pela quantidade de água absorvida. O glúten absorve duas a três
vezes o seu peso em água e o amido absorve até 1/3 do seu peso em água.
O desenvolvimento do glúten confere à massa a plasticidade necessária, formando uma
rede de alvéolos que se estende uniformemente por toda a massa.
Ao aproximar-se do ponto ideal de amassadura, a massa deve estar lisa e enxuta,
desprendendo-se facilmente das paredes da amassadeira. Quando a massa se considerar
amassada, deve permitir que se faça um “véu”, devendo poder esticar-se sem rasgar, até
criar uma película fina e translúcida.
A cozedura
É o processo durante o qual a massa se transforma em massa cozida. Nessa
transformação ocorrem muitos fenómenos físico-químicos que se manifestam em três
grandes etapas:
1.ª Etapa: No forno a massa aumenta rapidamente até aos 50ºC, os açúcares são
transformados, pelas enzimas, em gás carbónico (CO2). A partir desse ponto, a maioria
das enzimas são destruídas e a produção de gás carbónico cessa. Durante esse período a
massa aumenta de volume.
2.ª Etapa: Dos 50ºC aos 80ºC, sob o efeito do calor, o gás carbónico presente na massa
dilata- -se acentuando o desenvolvimento da massa e permitindo a formação de alvéolos
no seu seio. Em simultâneo, as enzimas amílases transformam o amido em dextrinas e
maltose, promovendo desta forma a cor da côdea. Aos 70ºC o glúten coagula cessando o
desenvolvimento da massa.
3.ª Etapa: Aos 170ºC, em conjunto com a reação de outro tipo de açúcares juntamente
com proteínas (reação Maillard), os açúcares transformam-se em caramelo, dando-se
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início à coloração da massa. Na derradeira fase da cozedura, uma grande parte de água e
o gás carbónico evaporam, permitindo que a massa enxugue.
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que desliza sobre o enfornador através de rolamentos, sendo utilizado para pães de
maior dimensão.
Balança – Instrumento destinado a indicar o peso dos produtos sólidos ou líquidos,
existe em vários tipos, desde as antigas balanças de pratos e balanças analógicas (de
disco e mostrador), até às recentes balanças digitais.
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Estancador – Utensílio em inox onde se colocam as massas
panares e outras para a fermentação inicial. Este tempo de
fermentação também se pode designar por “estanca”. A sua
composição é feita por um suporte e um meio cilindro que
encaixa no suporte, formando uma espécie de cuba.
Estufa – Câmara onde se pode elevar, artificialmente, a temperatura e a humidade, por
forma a acelerar a fermentação de massas. Existem três tipos diferentes de estufas:
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Gás: Este tipo de forno foi, em tempos, muito utilizado nesta atividade
profissional, mas hoje, o seu uso encontra-se reduzido.
Elétrico: É o tipo de forno mais utilizado em pastelaria e panificação. Possui
câmaras sobrepostas, podendo a câmara ter uma capacidade para dois ou três
tabuleiros. As câmaras destes fornos dividem-se em quatro tipos:
Baixa (16 cm)
Alta (21 cm)
Super alta (26 cm)
Super-super alta (31 cm)
O calor tem origem em resistências elétricas que podem aquecer todo o conjunto ou em
separado, o teto, a porta e o “lar”. Estas resistências não são visíveis no interior das
câmaras pois funcionam por fora das suas estruturas, mas no interior da estrutura geral
do forno.
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remoção da sujidade das mãos. O seu dispositivo de funcionamento está adaptado de
forma a que o utilizador o possa usar sem que necessite de utilizar as mãos para o
acionar, possuindo para isso um pedal ou sensores. Desta forma, mantém-se a higiene
do utilizador e do próprio equipamento.
Mesa de trabalho – É sobre esta que o profissional de pastelaria e panificação realiza
grande parte dos seus trabalhos, como amassar, tender e dar acabamento às várias
massas.
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Salamandra – Equipamento elétrico ou a gás, regulável em altura, que permite gratinar e
tostar, sendo o seu calor projetado pela parte superior.
Salva-vidas – Objeto metálico utilizado na panificação para retirar o pão de forma mais
rápida do forno. Associado a esta estrutura metálica está um cabo, também metálico.
Vácuo – Máquina de embalar géneros alimentares, que utiliza sacos próprios, retirando
o oxigénio do seu interior.
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Utensílios
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1 – Sifão; 2 – Rolo para Croissants; 3 – Raspadeira (cula); 4 – Rolo
Rendilhador; 5– Espátula; 6 – Descaroçadores; 7 – Tesouras; 8 – Pincéis; 9 –
Colher em Polietileno:
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Inevitavelmente, qualquer profissional de pastelaria deve possuir conhecimentos sobre
as características, aplicação e utilidade de cada ingrediente que utiliza no seu dia-a-dia
de trabalho.
É oportuno salientar, que o acondicionamento e manipulação dos géneros requer
particular atenção, tendo os profissionais desta área o dever de implementar medidas de
segurança que garantam a inocuidade dos géneros e do produto final.
O Açúcar
O açúcar faz parte da família dos glícidos solúveis (também chamados hidratos de
carbono), ditos açúcares de rápida absorção, por oposição aos amidos, de assimilação
lenta. O termo açúcar, no singular, está legalmente reservado ao açúcar de cana ou de
beterraba.
As suas duas principais fontes são a cana-de- açúcar, nas regiões tropicais, e a beterraba
sacarina, nas regiões temperadas.
Apresentações do açúcar:
Açúcar amarelo – Açúcar refinado também classificado de claro e escuro.
Açúcar aromatizado – Açúcar adicionado de extratos, como baunilha, por exemplo.
Açúcar cristalizado – Trata-se de açúcar granulado, apresentando-se em cristais mais
finos e utiliza-se sobretudo em compotas, pastas de frutos e na decoração de bolos.
Açúcar de melaço – É um açúcar escuro não refinado, com elevada percentagem de
melaço.
Açúcar demerara – Originalmente proveniente da Guiana, possui enormes cristais e é
ligeiramente pegajoso.
Açúcar granulado – É o açúcar mais utilizado em pastelaria. É, também, utilizado para
fazer açúcares aromatizados.
Açúcar mascavado – Pode ser claro ou escuro. Tem um sabor menos forte que o açúcar
de melaço.
Açúcar em pó – Açúcar granulado, muito bem triturado, reduzido a um pó impalpável,
adicionado a 3% de amido para evitar a formação de pedras, serve para polvilhar,
decorar e envolver doces. É, muito utilizado em confeitaria.
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Outos:
Frutose – Também conhecido como açúcar da fruta, é um tipo de produto purificado e
cristalizado, mais doce do que a sacarose.
Glucose – Apresenta-se sobre a forma de xarope viscoso transparente ou em pó branco.
É utilizado com o fim de limitar a cristalização dos açúcares e tornar suave as misturas
onde é adicionado.
Isomalte – Substância adoçante inodora, incolor e cristalina. Possui poder calórico
inferior à sacarose, sendo normalmente obtido de beterraba.
Maltitol – Produto edulcorante que resulta da hidrogenação da fécula do malte.
Mel – Substância adoçante e natural, elaborada pelas abelhas com o néctar das flores
(alfazema, pinheiro, acácia, etc.). É composto por 76% de açúcar e a restante parte por
vitaminas e água. Possui um poder adoçante superior às restantes sacaroses, tendo a
vantagem de ter cor e sabor perfumado.
Sorbitol – Produto adoçante proveniente da glucose ou dextrose. O seu poder adoçante é
inferior ao da sacarose, o que o torna muito utilizado em alimentos para diabéticos.
Xarope de glucose – Composto aquoso purificado e concentrado de sacarídeos
alimentícios.
Stevia – É um adoçante natural que não faz mal para a saúde, podendo ser utilizado para
substituir o açúcar. É produzida a partir da planta Stevia Rebaudiana Bertoni, e é
também feita a partir do glicosídeo de esteviol, que não tem calorias e que tem um
poder de adoçar até 300 vezes mais do que o açúcar comum.
Pontos de açúcar
Aos diferentes estados de adição de açúcar com água, pela ação da fervura, dá-se o
nome de calda de açúcar. Continuando o processo de fervura, obtêm-se os pontos de
açúcar.
Na generalidade, as proporções de água e açúcar são de 1 kg de açúcar para 0,5 l de
água.
Para determinar os diferentes pontos de açúcar, usa-se o processo baseado no aspeto
físico da calda, avaliando a sua consistência.
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Também se pode utilizar um termómetro ou um pesa-xaropes. O pesa xaropes é o
instrumento normalmente utilizado para se conhecer o ponto exato do açúcar, no
entanto os pontos de açúcar podem ser reconhecidos pela perceção sensorial, neste caso
o tato.
33
Precauções:
A obtenção de um ponto de açúcar implica uma série de precauções. Uma vez que as
diferentes etapas se sucedem muito rapidamente, deve-se ter atenção ao seguinte:
A Farinha
A farinha é um produto obtido da moagem de grãos sãos de diversos cereais. O trigo, o
centeio e o milho são os mais utilizados para a produção de farinha para panificação. A
forma como se obtém a farinha tem variado ao longo dos anos e dos conhecimentos
técnicos de cada época. Primeiro à mão, depois com recurso ao vento, à água ou aos
animais e, mais tarde, através de meios mecânicos.
A farinha de trigo
A farinha de trigo tem sido o alimento mais universal e constante na alimentação
humana, sendo o grão de trigo constituído por 3 partes principais:
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Trigo mole (Triticum cestiver) – utilizado para a produção de farinhas para a indústria
da panificação e pastelaria.
Trigo rijo (Triticum durum) – destinado para a produção de sêmola e essencial para a
indústria de massas alimentares.
A diferença entre as várias farinhas está na sua granulometria, cor e teor de cinzas e
glúten. Após a moagem, as farinhas podem ser corrigidas adicionando-se componentes,
como fermento, cálcio, ferro e vitaminas. As farinhas de trigo classificam-se da seguinte
forma:
A Farinha de milho
O milho é originário da América, sendo nesta parte do mundo onde é mais consumido.
O grão de milho é composto por:
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Amido de milho – Disponível no mercado em embalagens de vários pesos, o amido de
milho é um glícido extraído dos grãos de milho. É isento de glúten e não tem sabor, nem
cheiro. Apresenta-se como um pó fino, suave e de cor branca, utilizando--se em
pastelaria como espessante em cremes, bolos, pudins e outros.
A farinha de centeio
O centeio é oriundo da Ásia Central. A sua farinha pode ser encontrada em variedade
clara, média ou escura, e a sua cor depende de como o farelo foi removido.
Comparativamente ao trigo, esta farinha contém glúten em menor quantidade e as
massas obtidas são mais difíceis de manusear pelo facto de serem menos elásticas e
extensíveis. Estas razões dificultam a manutenção das formas que são conferidas às
massas.
O grão de centeio é composto por:
Gorduras
A gordura é uma substância que facilita a preparação dos alimentos ao nível da
confeção, textura e sabor, sendo normalmente classificada segundo a sua origem, grau
de saturação e temperatura de degradação.
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Origem Animal
Manteiga – Trata-se da nata de leite fresco batida até se desestabilizar a emulsão. Esta
agitação faz com que a matéria gorda se una dando origem à manteiga, à qual se pode
incorporar sal. Encontra-se no mercado em diversas variedades e apresentações, mas
basicamente pode dividir-se em manteiga com sal, meio sal e sem sal, acondicionada
em embalagens com pesos entre as 10 g e 1 kg. Gordura pouco resistente ao calor, que
queima com relativa facilidade, é rica em gorduras saturadas e deve ser consumida em
doses moderadas. Para utilização em folhados, utiliza-se igualmente a manteiga extra
seca e a manteiga clarificada.
Banha – Elemento utilizado em muitas receitas da doçaria tradicional portuguesa tem
como origem a gordura subcutânea do porco, o toucinho, cuja gordura quando derretida
passa a denominar-se banha. Pelo facto de ser uma gordura saturada, a sua utilização
tem vindo a diminuir pelos riscos que apresenta para a saúde.
Origem Vegetal
Azeite – Gordura produzida a partir da azeitona, trata-se de um ingrediente de uso
ancestral e clássico da culinária. Regular na dieta mediterrânica é presentemente muito
utilizado. Possuidor de várias substâncias benéficas para a saúde, tem ainda a
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particularidade de conferir à comida um sabor e aroma peculiares. O azeite deve ser
produzido apenas a partir de azeitonas e não deve ter qualquer mistura com outro tipo
de óleos, sendo a sua qualidade, sobretudo, determinada pelos fatores da acidez, cor,
sabor e cheiro. No mercado estão disponíveis vários tipos de azeite que se distinguem
pela percentagem de acidez, sendo denominados segundo a seguinte classificação:
As Leveduras
Microrganismo, da família dos fungos, pertencente à espécie Saccharomyces cerevisiae
de raça minor. Em meio nutritivo propício e em condições especiais, uma célula de
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levedura divide-se em novas células segundo leis bem determinadas. Graças ao grande
progresso das indústrias bioquímicas, em escala industrial, podem obter-se células de
leveduras, de características rigorosamente iguais às da célula mãe, a partir de uma
levedura selecionada, bacteriologicamente pura. Encontra-se no mercado em dois tipos:
levedura fresca e levedura seca. A utilização conveniente da levedura permite:
Fermento químico em pó
Baking powder – Composto por um alcalino (bicarbonato de sódio), um ácido (cremor
tártaro) e uma matéria complementar (amido, fécula ou farinha de arroz). O primeiro,
pela ação do calor e da humidade, liberta gás carbónico que faz aumentar de volume a
massa; o segundo, acelera o processo; e o terceiro, impede uma reação prematura com a
humidade do ar. É, em ambiente húmido e temperado, que a sua ação se inicia,
acentuando- se no forno.
Levedura biológica desidratada – Possui todas as características da levedura biológica.
A sua utilização requer 30 minutos de preparação, devendo fazer-se com água tépida e
farinha, por forma a que as células empreendam a sua atividade. Este fermento deve ser
conservado em local seco e fresco.
Os Ovos
Os ovos desempenham um papel relevante na pastelaria, assim como na panificação. No
centro de classificação, os ovos são inspecionados (ovoscópio) e desde que garantam,
para o consumidor, condições de salubridade e integridade, são classificados por
categorias e classes de peso.
Classificação dos ovos
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Categoria A – Os ovos pertencentes a esta categoria devem apresentar-se com casca e
cutícula normais, limpas e intactas. Não devem ser lavados, nem limpos, antes ou
depois da classificação, nem submetidos a qualquer tratamento ou refrigeração abaixo
de 5ºC. Os ovos da categoria A são classificados de acordo com as seguintes classes de
peso:
Categoria B – São considerados ovos de categoria B, todos os ovos que não reúnam as
condições de exigência relativas aos ovos de categoria A. Os ovos desta categoria
apenas podem ser encaminhados para a indústria.
Produtos Lácteos
O Leite é uma secreção nutritiva de cor branca produzida pelas glândulas mamárias das
fêmeas dos mamíferos. Sendo que, quando se fala de leite, se trata sempre de leite de
vaca, quando o não é, tal é referido em destaque, uma vez que o termo também
caracteriza o suco de determinadas plantas ou frutos. É comercializado nas seguintes
apresentações:
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Esterilizado – Submetido a aquecimento a uma temperatura de 120 ºC/130 °C,
por um período alongado.
Condensado – Produzido a partir da evaporação parcial da água do leite,
adicionando-se açúcar.
Pó – Produto obtido pela evaporação da água do leite.
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De acordo com a sua confeção as diferentes massas de cozinha e/ou pastelaria podem
ter diferentes fins e aplicações, sejam estes em pratos doces ou salgados.
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Controlo de qualidade do processo de fabrico
Preparação e Confeção
Produtos finais
Farinhas fortes em glúten originam produtos mais presos. Deve utilizar-se, por
isso, farinhas com pouco glúten.
O açúcar de granulação grossa não é totalmente diluído nestas massas que são
muito pouco hidratadas. A utilização de açúcar de granulação grossa causa a
caramelização durante a cozedura e origina produtos com a superfície rachada
ou com pigmentos negros. Deve utilizar-se açúcar de granulação fina ou em pó.
A cozedura destas massas tem que ser feita a uma temperatura alta e durante
pouco tempo, caso contrário os produtos ficam muito secos e rijos.
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Acondicionamento e conservação dos produtos confecionados
Cada indivíduo deve estabelecer para si um plano de higiene, tanto na parte física como
nos objetos e superfícies com que diariamente se contacta. O vestuário limpo, a limpeza
da pele, dos cabelos, das mãos, das unhas, do local de trabalho são coisas que, ligadas
umas às outras nos trazem o asseio do qual sobrevive a saúde.
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