Noções de Capelania
Noções de Capelania
Noções de Capelania
1.2 CAPELÃO
2. CAPELANIA NO BRASIL
O grande nome que se destacou na Segunda Guerra Mundial, foi do Pastor João
Filson Soren . Ele foi o primeiro capelão militar evangélico do Exército Brasileiro. Tendo
servido na Força Expedicionária Brasileira (FEB) entre 1944 e 1954, na época com 36
anos.
Leis constitucionais e Lei que ampara a visita de Religiosos, que dispõe sobre a
prestação de assistência religiosa nas entidades hospitalares públicas e privadas, bem
como nos estabelecimentos prisionais civis e militares.
Art. 1o Aos religiosos de todas as confissões assegura-se o acesso aos hospitais da rede
pública ou privada, bem como aos estabelecimentos prisionais civis ou militares, para dar
atendimento religioso aos internados, desde que em comum acordo com estes, ou com
seus familiares no caso de doentes que já não mais estejam no gozo de suas faculdades
mentais.
Parágrafo único. (VETADO)
Art. 3o (VETADO)
José Gregori
José Serra
“É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis
e militares de internação coletiva”.
Em João 5:39-40 temos uma fundamentação bíblica para capelania nas palavras
de Jesus, levar a vida.
- Capelania Militar
- Capelania Hospitalar
- Capelania Cemiterial
- Capelania Prisional
- Capelania Social
- Capelania Pós-desastre
- Capelania Comunitária
- Capelania Infantil
- Capelania Empresarial
- Capelania Universitária
- Capelania Educacional
- Capelania Esportiva
Enfim, onde houver pessoas reunidas haverá sempre demandas para a atuação
do capelão, que levará o amparo, o consolo, a esperança, o amor, o companheirismo, o
otimismo e a fé que produz.
4. Trazer a Palavra de Deus (Bíblia) para dentro de si, meditando diariamente nas
promessas e procurando memorizá-las, pois haverá ocasião em que a Bíblia
não estará ao nosso alcance.
6. CAPELANIA MILITAR
O pastor João Filson Soren faleceu no dia 2 de janeiro de 2002, um dia depois de
comemorar o seu 67º aniversário de ordenação ao sagrado ministério, e um dia antes de
comemorar o início de seu pastorado. O carioca João Filson Soren morreu no Rio de
Janeiro, com 93 anos de idade. Durante seu pastorado, o rev. Soren batizou 3.345 novos
membros, cerca de 67 pessoas por ano.
7. CAPELANIA HOSPITALAR
O hospital é uma instituição que busca uma cura física. É preciso respeitar o
ambiente, a estrutura hospitalar e o trabalho dentro das normas estabelecidas. A
Constituição Brasileira dá ao capelão o direito de atender os doentes, porém não é um
direito absoluto. Deve-se estar atento às normas de cada instituição desenvolvendo o
trabalho numa forma que não atinja os direitos dos outros.
Importante:
• A identificação na portaria
• A permissão da família/acompanhante
a) Capelão
b) Capelães auxiliares
c) Visitadores
É um serviço que deve ser feito com todo coração e competência. Da mesma
forma que um missionário se prepara em várias áreas quando planeja atuar num outro
país, o trabalho que é realizado nos hospitais considera tal preparo. Os hospitais são
campos missionários onde se fala outra linguagem, têm cultura e características que lhe
são próprias.
Com estes requisitos, aquele que deseja fazer parte da equipe de serviço de
capelania hospitalar precisa considerar um período de treinamento teórico e prático
através dos cursos de: Visitador Hospitalar e Capelão.
Muitos que estão no hospital querem ser ouvidos, e nós “emprestamos nossos
ouvidos”. Diferente do evangelismo que conhecemos, nós ouvimos mais e falamos
menos. Dando, assim, importância à pessoa e sua história de vida. E com carinho e o
amor de Cristo, semeamos a Palavra de Deus.
Não podemos abandonar uma prática ensinada e deixada pelo nosso Mestre. A
visitação aos enfermos foi o método de Jesus, devemos seguir o Seu exemplo a fim de
agradar Àquele que nos alistou para esta peleja... Árdua tarefa, mas gloriosa!
• Enquanto as igrejas abrem suas portas duas a três vezes por semana, os
hospitais permanecem com suas portas abertas todos os dias sem
interrupção.
1) Acordar o paciente.
4) Tocar no paciente.
8) Cansar o paciente.
Consolo e Esperança
Rm. 5:1-5 – “Sendo, pois justificados pela fé, temos paz com Deus...”
Rm. 8:28 – “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.”
Grandes Promessas
Mt. 6:33 – “Buscai primeiro o reino de Deus...e todas as demais coisas serão
acrescentadas.”
Mt. 11:28 – “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e Eu vos
aliviarei.”
Rm. 8:32 – “Aquele que nem mesmo o Seu próprio Filho poupou, como não nos
dará também com Ele todas as coisas.”
Hb. 7:25 – “...Ele pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a
Deus.”
Fp. 4:6-7 – “Não estejais inquietos por coisa alguma... e a paz de Deus que
excede todo o entendimento guardará os vossos corações... em Cristo.”
O caminho da salvação:
O pecador está perdido: Rm. 6:23; Ez. 18:4; Jo . 8:24; Jo. 3:18
O pecador não pode salvar-se a si mesmo: Rm. 3:10-12; Ef. 2:8-9; I Pe. 1:18-19
Cristo morreu pelos nossos pecados: Rm. 5:8; Is. 53:-5-6; Jo. 1:29
Somos salvos pela fé em Jesus: Ef. 2:8-9; At. 16:31; Jo. 5:24; Jo. 3:16
Por mais que tentemos imaginar como será o contato com o paciente, só o
saberemos de fato quando tivermos que fazê-lo. Parece algo simples, mas na prática,
para se iniciar uma conversação com alguém que não o conhece e não o convidou não é
tão fácil. E, no hospital, constantemente, vamos ter contato com quem não nos conhece.
Para o paciente não é muito fácil entender o motivo de nossa visita e do nosso
interesse por ele. Por isso, é muito importante que no primeiro contato venhamos a
aproveitar bem os minutos iniciais para explicarmos qual é o nosso trabalho e nossa
responsabilidade junto ao hospital.
Muito mais do que uma simples apresentação, estes primeiros instantes servem
para que o capelão explique ao enfermo o que é o serviço de capelania do hospital, como
ele funciona e qual a sua própria função. Faça um breve relato do seu trabalho. Isto
deverá motivar o paciente a desejar receber o acompanhamento do capelão. O foco
central da conversa deve ser sempre o paciente, mas algum tipo de estruturação pode ser
necessária para começarmos o trabalho. Algum objeto percebido em sua cabeceira, por
exemplo, pode nos dar subsídio para iniciar a conversação com pessoas muito fechadas.
Podemos perguntar como anda a sua vida espiritual, de que maneira ele tem se
comunicado com Deus.
O capelão acolhe, e para tal precisa desenvolver a arte de escutar, para fazê-lo
com qualidade e com respeito, mesmo que não tenha como resolver o problema do outro.
Deve estar pronto para, a partir da escuta bem feita, lançar uma palavra de conforto e
esperança, que sempre cai bem.
Escutar é uma arte que pode ser desenvolvida. E, alguns princípios, se postos em
prática, nos ajudarão a crescer na arte de escutar e, consequentemente, na habilidade de
ajudar as pessoas. Precisamos nos empenhar em aperfeiçoar nossas atitudes a cada
encontro.
• Qual é a sua atitude em relação à pessoa com quem está conversando? Você
tem preconceito dela? Tem medo dela?
• Existe qualquer hostilidade entre vocês? Você realmente se importa com esta
pessoa?
• Tudo isto vai afetar o significado do que você ouvirá dela. As palavras perdem
seu sentido, quando nossas atitudes não permitem que escutemos com
objetividade.
• Repare a voz do paciente, que estado emocional ele revela? Uma voz baixa
ou uma voz monótona pode indicar nervosismo. Um falar depressa e em voz
alta pode indicar um espírito agressivo, e pode ser que ele não queira deixar
você falar muito. Você poderá dizer: “pela sua voz, tenho a impressão de que
está muito...”
• O que a palavra espiritual significa para você? E cura? Não devemos avaliar o
outro segundo os nossos conceitos.
• Não queira forçar o doente a se sentir alegre nem o desanime. Aja sempre com
naturalidade.
• Não dê a impressão de estar com pressa, nem se demore até cansar o doente.
• O capelão precisa ajudar o paciente a reconhecer a importância do hospital e
das pessoas imbuídas na sua recuperação. Precisa demonstrar interesse na
recuperação do paciente e na sua necessidade de ser ouvido. Aquele que se
sente esquecido e desprovido de sorte será “socorrido” pelo capelão.
5) EVITAR AGRESSIVIDADE
• Jamais julgue ou debata com o paciente algo pessoal de sua vida. Busque
exercer a misericórdia sendo firme para apoiá-lo no que necessita. Respeite a
sua crença e o seu ponto de vista. Devemos trazer o paciente a pensar no
Deus de amor.
• Não precisamos concordar com tudo que o paciente diz. É mais importante
entender o que ela diz, do que criar uma impressão favorável.
• Alguns problemas podem não nos parece sérios, mas devemos reconhecer
que ele é sério para a pessoa que está sofrendo com ele.
• Se o paciente lhe apresentar um problema que lhe parece insolúvel, aceite seu
estado de confusão e ajude-o observar os diferentes aspectos do problema:
sua origem, quem esta envolvida nele, possível soluções, etc.
“Se ao paciente é suficiente uma palavra não ofereça discursos; Se lhe for necessário
apenas um gesto, esqueça as palavras; Se ele só lhe pedir um olhar, omita o gesto. E se
lhe basta o silêncio ore com ele e por ele”. O evangelho é pregado em meio a tudo isso.
Tradução livre de um poema do Pe. Martin Puerto, Argentina
8. CAPELANIA PRISIONAL
O Senhor Jesus em Hebreus 13:3 nos diz: "lembrai-vos dos encarcerados, como
se presos com eles; dos que sofrem mal tratos, como se, com efeito, vós mesmos em
pessoa fôsseis os mal tratados ".
8.1 OBJETIVO
O presídio é um lugar onde ninguém gostaria de estar, muito menos de saber que
existem pessoas que estão lá por motivos variados, todos tipificados no Código Penal
Brasileiro, e de acordo com a sentença recebida pelos seus atos, podem cumprir a pena
em regime fechado, semiaberto e aberto. Sem dúvida alguma, é um lugar onde as
lágrimas rolam todos os dias, pessoas têm sentimentos variados, é um local onde o
inferno implanta o seu reino de terror com todo tipo de opressão, depressão, espíritos
malignos que rondam as mentes, muitas vezes levando ao suicídio, mortes, fugas e tudo
o que tem de ruim por conta da atuação do mal. É um lugar triste de dor e sofrimento
onde o ser humano está privado do maior bem que tem – a liberdade. Quando esta lhe é
retirada, retira-se também o tempo de vida e este não volta, não há como reverter o
tempo perdido, o que se passou em sua vida estará para sempre marcado em seu
coração. Restando tão somente que a atuação do Senhor em sua vida possa consolá-lo
em Deus.
Não se tem muito tempo dentro de um presídio para dedicar a essa prática, por
isso o capelão precisa estar afiado na Palavra de Deus, para de imediato aplicá-la. Os
aconselhamentos são feitos pelas grades, sem contato pessoal com o detento, por esta
razão deve-se fazer o melhor que puder, pois aquela oportunidade pode ser a única e
última para ele.
Na Palavra do Senhor está escrito com todas as letras de forma muito clara. “não
julgueis segundo a aparência, mas julgais segundo a reta justiça” (João 7 :24). A falta de
perdão traz tormenta 24h por dia dentro de um presídio. Mas, como ministrar perdão se
não o vivenciarmos? Devemos exercer o perdão incondicionalmente. Presídio é lugar de
perdão.
9. CAPELANIA SOCIAL
Há uma importância imensa para Deus, no relativo a dar assistência aos que
estão com fome, sede, nus, conforme escrito em Mateus 25:35-36. É ordem do Senhor
Jesus. Aprenderemos que a fé e as obras devem caminhar juntas. Deus, em sua Palavra,
deu ênfase especial ao amor. Desde o Velho Testamento Ele deixou leis e mandamentos
sobre a prática do amor destacando alguns segmentos marginalizados como: pobre,
necessitado, viúva, órfão e o estrangeiro. Na Bíblia encontramos inúmeras referências às
boas obras e a prática do bem. Vejamos alguns versículos bíblicos:
* Êxodo 22:22 – “A nenhuma viúva nem órfão afligireis”; 23:6 – “Não perverterás o direito
do teu pobre na sua demanda.”
* Levítico 19:15 – “Não farás injustiça no juízo; não farás acepção da pessoa do pobre,
nem honrarás o poderoso; mas com justiça julgarás o teu próximo”; 23:22 – “Quando
fizeres a sega da tua terra, não segarás totalmente os cantos do teu campo, nem
colherás as espigas caídas da tua sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixará. Eu
sou o Senhor vosso Deus.”
* Mateus 5:16 – "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as
vossas boas obras e glorifiquem ao Vosso Pai, que esta nos céus".
Esta é a visão e o objetivo da capelania social. A ação social deve estar associada
à apresentação do Evangelho como meio para mostrar às pessoas o cuidado e o amor de
Deus, ao conhecer e suprir-lhe as necessidades materiais através do seu povo.
O CONFORTO DE DEUS
O fazer diz respeito à competência e eficiência que todo profissional deve possuir
bem em exercício de seu ofício. O agir se refere à conduta do profissional, sendo ele
capelão ou não, ao conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho de seu ofício.
Quando essas questões éticas são colocadas pelo capelão e respondidas apenas
por sua consciência (individual), surgem as normas morais. Por outro lado, se colocadas
pela sociedade e respondidas pelo Estado, surgem as normas jurídicas.
NORMAS MORAIS
São regras éticas que tem como base a consciência moral das pessoas ou de um
grupo social. Sua transgressão não acarreta sanção do Estado.
NORMAS JURÍDICAS
Regra social de conduta que tem como base o poder social do Estado sobre a
população que habita seu território.
Atribuir valor a alguma coisa é não fica indiferente a ela. Valorizar é dar valor. Os
valores resultam da experiência vivida pelo homem ao se relacionar com o outro. O que
significa que os valores são em parte herdados da cultura. Em tese, tais valores existem
para que a sociedade subsista, mantenha a integridade e possa se desenvolver. O
homem precisa de regras para sobreviver.
Toda instituição seja ela religiosa, civil ou militar tem uma imagem perante a
sociedade, assim sendo, a postura do capelão é importante, pois, é a sua instituição
exposta diariamente, ou seja, é um representante da capelania evangélica em meio a
uma sociedade sofrida. E a postura adequada é aquela que demonstra confiabilidade.