Aços Inox
Aços Inox
Aços Inox
AÇOS INOXIDÁVEIS
MANAUS AM
2019
JEFFERSON DE SOUZA PAIVA
14382563
AÇOS INOXIDÁVEIS
Prof(a).
MANAUS AM
2019
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AÇOS INOXIDÁVEIS
Resumo
Os Aços Inoxidáveis
Os aços inoxidáveis são ligas de ferro (Fe), carbono (C) e cromo (Cr) com um
mínimo de 10,50% de Cr. Outros elementos metálicos também integram estas ligas,
mas o Cr é considerado o elemento mais importante porque é o que dá aos aços
inoxidáveis uma elevada resistência à corrosão. Em atmosferas rurais, com baixos
índices de contaminação, observa-se uma grande diminuição da velocidade de
oxidação destas ligas na medida em que aumenta a quantidade de Cr presente nas
mesmas (ver figura 1). Com 10,50 % de Cr constata-se que a liga não sofre corrosão
atmosférica nessas condições e este é o critério utilizado para sustentar a definição
dada no início deste texto para os aços inoxidáveis.
Os aços inoxidáveis surgiram de estudos realizados em 1912, tanto na
Inglaterra como na Alemanha. O aço estudado na Inglaterra era uma liga Fe-Cr, com
cerca de 13% de Cr. Na Alemanha, tratou-se de uma liga que, além de Fe e Cr,
continha também níquel (Ni). No primeiro caso, era um aço inoxidável muito próximo
ao que hoje chamamos de 420, no segundo, outro aço inoxidável bastante parecido
com o que hoje conhecemos como 302.
Anteriormente, na primeira metade do século XIX, foram feitas ligas Fe-Cr.
Nessa época, o conceito predominante considerava que um material era resistente à
corrosão se resistia ao mais popular e conhecido dos ácidos inorgânicos: o ácido
sulfúrico.
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Fig. 1
De forma geral, todos os metais (salvo raras exceções) tem uma grande
tendência a reagir em presença do meio ambiente, formando óxidos, hidróxidos e
outros compostos químicos. As reações químicas ocorrem quando a variação de
energia livre das mesmas é negativa. Por exemplo, consideremos a reação de
alguns metais com o oxigênio do ar e a água (seja das chuvas ou da umidade), para
formar hidróxidos:
2 Au + 3/2 O2 + 3 H2O = 2 Au (OH)3 ∆G = + 15.700 cal
Mg + 1/2 O2 + H2O = Mg(OH)2 ∆G = -142.600 cal
No primeiro caso, a variação de energia livre é positiva e o ouro (Au) não
reage com o oxigênio e com a água para formar o hidróxido. A reação ocorre com o
magnésio (Mg), pois a variação de energia livre é negativa.
Se comparamos com a física, podemos pensar em um corpo de massa m a
uma determinada altura h (ver figura 2). Na posição (1), sua energia potencial é
Ep(1) = m.g.h. Se o empurramos, o corpo cai. Na nova posição (2), sua energia
potencial é Ep(2) = 0 (porque h=0). A variação de energia é a diferença entre a
energia na posição final e na posição inicial, ∆G = Ep(2)-Ep(1), que neste caso é um
valor negativo. O movimento é espontâneo porque a variação de energia é negativa.
O movimento contrário, que leva esse corpo da posição (2) à posição(1), terá
uma variação de energia positiva, ∆G = Ep(1)-Ep(2) = Ep(1)-0 = Ep(1), e não será
espontâneo (será necessário gastar energia para realizar este movimento). Na
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Fig. 2
Fig. 3
ácido nítrico concentrado até que ficasse com a mesma concentração do ácido
nítrico diluído do primeiro bécher, o aço-carbono continuava sem ser atacado.
A única diferença que existia entre a primeira amostra (que foi atacada pelo
ácido nítrico diluído) e esta última (que não foi), era que a última havia permanecido
durante um certo tempo em ácido nítrico concentrado. Assim, chegou-se à
conclusão que, provavelmente, o ácido nítrico concentrado havia formado um filme
sobre a superfície do aço e que este o protegia de um ataque posterior com ácido
nítrico diluído.
Para demonstrar que era um filme, a amostra foi riscada e imediatamente o
desprendimento de vapores nitrosos provenientes da parte riscada mostrou
novamente a existência do ataque com ácido nítrico diluído. A passividade, como
pode ser notada através desta experiência, não é um fenômeno exclusivo dos aços
inoxidáveis.
A maioria dos metais forma filmes passivos e, de uma maneira geral,
podemos dizer que quanto mais oxidável é um metal, tanto maior é a tendência do
mesmo para formar tais filmes. Até poucos anos atrás, predominou a idéia de que
estes filmes eram óxidos dos metais (ou óxidos hidratados), sendo que, no caso dos
aços inoxidáveis, o filme era constituído por um óxido (ou óxido hidratado) de Cr, o
elemento mais facilmente oxidável das ligas Fe-Cr. O filme passivo poderia se
formar inclusive, para muitos estudiosos deste assunto, pela reação espontânea
entre o Cr e o oxigênio do ar.
Mas existem objeções a este ponto de vista. Uma barra de aço-carbono,
colocada em um deserto, em uma atmosfera sem umidade e com temperaturas
elevadas, não se oxida. No entanto, a mesma barra, submersa em água
previamente desoxigenada por adição de nitrogênio (N), se oxida.
Aparentemente, nos aços inoxidáveis, o filme passivo se forma pela reação
entre a água e o metal base, e está constituído por um oxihidróxido dos metais Cr e
Fe. Duas regiões poderiam ser consideradas dentro deste filme passivo: uma, mais
próxima ao metal, onde predominam os óxidos, e outra, mais próxima do meio
ambiente, onde predominam os hidróxidos. Este filme não seria estático: com a
passagem do tempo, existiria uma tendência ao crescimento dos óxidos (não dos
hidróxidos) e também um enriquecimento de Cr.
O filme passivo dos aços inoxidáveis é muito fino e aderente. Os filmes
formados em meios oxidantes (como é o caso do ácido nítrico, frequentemente
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Fig. 4
Fig. 5
Já foi comentado que os aços inoxidáveis são ligas Fe-Cr com um mínimo de
10,50% de Cr. A adição de outros elementos permite formar um extenso conjunto de
materiais. Nos aços inoxidáveis, dois elementos se destacam: o cromo, sempre
presente, por seu importante papel na resistência à corrosão, e o níquel, por sua
contribuição na melhoria das propriedades mecânicas.
Mesmo existindo diferentes classificações, algumas mais completas da que
aqui será apresentada, podemos, em princípio, dividir os aços inoxidáveis em dois
grandes grupos: a série 400 e a série 300.
A série 400 é a dos aços inoxidáveis ferríticos, aços magnéticos com estrutura
cúbica de corpo centrado, basicamente ligas Fe-Cr.
A série 300 é a dos aços inoxidáveis austeníticos, aços não magnéticos com
estrutura cúbica de faces centradas, basicamente ligas Fe-Cr-Ni.
Em todos os aços inoxidáveis, estão também sempre presentes o carbono e
outros elementos que se encontram em todos os aços, como o silício (Si), manganês
(Mn), fósforo (P) e enxofre(S).
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Os martensíticos
Fig. 6
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Os ferríticos
Todos eles podem ser soldados pelo fato de serem aços inoxidáveis ferríticos
estabilizados. O aço 439 também apresenta um melhor comportamento que o 430
na estampagem e uma melhor resistência à corrosão (devido ao Ti, o enxofre
precipita como sulfeto de titânio e não como sulfeto de manganês, inclusões estas
últimas que são preferencialmente atacadas na corrosão por pites).
O aço 444 possui uma excelente resistência à corrosão graças à presença de
2% de molibdênio na liga. O 441, semelhante ao 439, possui uma melhor resistência
à fluência em altas temperaturas devido à maior quantidade de nióbio.
O aço 409, com somente 11% de cromo (no limite, portanto, do que é definido
como aço inoxidável) é o ferrítico estabilizado mais popular e é muito utilizado no
sistema de escapamento de automóveis.
Os aços inoxidáveis ferríticos podem também conter alumínio, um
estabilizador da ferrita. O aço 405 tem aproximadamente 0,20% de alumínio e é
utilizado na fabricação de estruturas que não podem ser recozidas depois da
operação de soldagem. A resistência à corrosão (o material tem 12% de cromo) é
semelhante à do 409.
O aço 434 é um 430 com 1% de molibdênio, para melhorar a resistência à
corrosão. O aço 436 é a versão estabilizada do 434. Com 26% de cromo, o aço 446
é um material com boas características para aplicações em altas temperaturas. A
fragilidade do material, no entanto, é maior, devido ao alto conteúdo de cromo. No
aço 430F, fabricado em algumas empresas siderúrgicas somente como produto não
plano, o conteúdo mais alto de enxofre melhora a usinagem do mesmo.
Fig. 7
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Os austeníticos
Fig. 8 aço 304 corrosão por pites Fig. 9 Corrosão por Frestas Fig. 10 Corrosão por autoclave
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Fig. 11 Corrosão sob tensão nas ligas Fe-Cr-Ni em cloreto de magnésio 42% em ebulição
Fig. 12 - Eliminação de problemas de corrosão nas regiões afetadas pelo calor em uma soldagem com a utilização do
304 L
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acabamento Nº 4 tem uma rugosidade que varia entre 1,00 e 1,20 microns Ra, e o
Nº 3 tem entre 1,20 e 1,50 microns Ra.
O valor de rugosidade no acabamento 2D é de aproximadamente 0,27
microns Ra. No 2B, a rugosidade é normalmente inferior a 0,17 microns Ra. As
rugosidades podem ser muito mais baixas nesses dois últimos acabamentos, mas
devemos lembrar que dependem também da espessura do material.
De maneira bastante esquemática, os processos para a obtenção dos
acabamentos ST e BB (da ArcelorMittal Inox Brasil) podem ser vistos nas figuras 13
e 14.
Fig. 13
Fig. 14
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Conclusão
Conclui que ao contrario do que se pensa sobre o aço inox ser apenas um
simples e único tipo de aço que não oxida, o aço inox tem como elemento principal o
Crômo, sendo muito variado e cada variação é adequada a uma nescessidade.
Mesmo tendo seu desenvolvimento com o proposito de resistir a corrosão natural da
atimosfera e essa sendo sua caracteristica mais marcante, outras nescessidade
surgiram e assim as variações do aço inox foram surgindo e hoje temos os aços
inoxidáveis em grande variedade seja uma faca ou talher, máquinas industriais,
industrias quimicas e petroliferas, em intrumentos médicos e tantos outros.