Fluxo de Caixa Operacional (Econômico) e Fluxo de Caixa Do Capital Próprio (Financeiro)
Fluxo de Caixa Operacional (Econômico) e Fluxo de Caixa Do Capital Próprio (Financeiro)
Fluxo de Caixa Operacional (Econômico) e Fluxo de Caixa Do Capital Próprio (Financeiro)
RECEITA
(-) CUSTOS OPERACIONAIS FIXOS
(-) CUSTOS OPERACIONAIS VARIÁVEIS
(=) LUCRO OPERACIONAL
(-) DEPRECIAÇÃO .
Fluxo de Caixa é uma representação gráfica das entradas e saídas de caixa de uma
alternativa de investimento.
Investimento : R$ 50.000,00
Capital de Giro : R$ 10.000,00
Vida Útil : 5 anos (contados a partir do término dos investimentos)
Valor Residual : R$ 15.000,00
Imposto de Renda : 30%
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Receitas : 25.000 (no primeiro ano)
: 40.000 (nos segundo e terceiro anos)
: 50.000 (nos quarto e quinto anos)
Solução:
Cálculo da Depreciação:
ANO 0 1 2 3 4 5
(-) INVESTIMENTO -50.000
(-) CAPITAL DE GIRO -10.000
RECEITAS 25.000 40.000 40.000 50.000 50.000
(-) CUSTOS TOTAIS 15.000 22.000 22.000 20.000 20.000
(=) LUCRO OPERAC. 10.000 18.000 18.000 30.000 30.000
(-) DEPRECIAÇÃO 7.000 7.000 7.000 7.000 7.000
(=) LUCRO TRIBUT. 3.000 11.000 11.000 23.000 23.000
(-) IR (30%) 900 3.300 3.300 6.900 6.900
(=) LUCRO LÍQUIDO 2.100 7.700 7.700 16.100 16.100
(+) DEPRECIAÇÃO 7.000 7.000 7.000 7.000 7.000
(+) VALOR RESIDUAL 15.000
(+) CAPITAL DE GIRO 10.000
(=) FL DE CAIXA OPER. (60.000) 9.100 14.700 14.700 23.100 48.100
OBS: O Capital de Giro, que é disponibilizado no início do projeto (saída de caixa), deve
retornar ao final do mesmo (como entrada de caixa), para efeito de análise de investimento.
O valor residual também deve ser considerado como entrada de caixa no final do projeto,
para efeito de análise de investimento.
Vimos até agora como é feita a montagem do Fluxo de Caixa de um Projeto sem considerar
os ingressos dos recursos via financiamentos, bem como os pagamentos de juros e
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amortizações. A viabilidade deste Fluxo de Caixa é determinada pela Taxa Mínima de
Atratividade.
Entretanto, se for incluído no estudo não só o Fluxo de Caixa do Projeto, mas também o
Fluxo de Caixa dos Financiamentos, passamos a ter a “Análise Externa do Projeto”, ou
“Análise Financeira”. A Análise Financeira do Projeto é a realizada sob a perspectiva do
acionista. Este fluxo representa quanto efetivamente a empresa irá desembolsar de Recursos
Próprios (Recursos do Acionista) e quanto irá “sobrar” no caixa da empresa após o
pagamento dos financiamentos.
RECEITA
(-) CUSTOS OPERACIONAIS FIXOS
(-) CUSTOS OPERACIONAIS VARIÁVEIS .
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✓ Investimento = R$ 1.600,00
✓ Vida útil = 6 anos
Financiamento do Projeto:
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Considerando que as Despesas Financeiras de Capital (Juros do Financiamento) são
dedutíveis para efeito do Lucro Tributável, temos de avaliar a economia de Imposto de
Renda gerada por estas Despesas Financeiras.
Considerando que os Recursos Próprios da empresa custam 16% aa pode-se calcular a Taxa
Mínima de Atratividade (TMA):
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Quadro Resumo
Como a Taxa Interna de Retorno é maior que a Taxa Mínima de Atratividade podemos
concluir que o Projeto é “Viável Economicamente”, pois 18,52% > 12,25%
Comparando agora a Taxa de Retorno do Capital Próprio com o Custo dos Recursos
Próprios concluímos que o projeto é “Viável Financeiramente”, pois 38,42% > 16,00%
No exemplo mostrado acima observamos que a Rentabilidade do Projeto medida pela Taxa
Interna de Retorno (“Avaliação Econômica”) é inferior à Taxa de Retorno do Capital
Próprio (“Avaliação Financeira”). Isto sempre acontece quando o Projeto é financiado a um
custo inferior à sua rentabilidade intrínseca (“Avaliação Econômica”). Este efeito
observado se chama “Alavancagem Financeira”. É de se esperar, portanto, que quanto
maior a parcela de financiamento em relação ao investimento total, maior será a
Rentabilidade do capital Próprio (Return on Equity). Entretanto, à medida que aumenta a
parcela de financiamento de um projeto, aumenta também o risco financeiro, ou seja, a
possibilidade de, em uma eventualidade, o projeto não dispor de fundos suficientes para
liquidar os compromissos do financiamento.
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Quanto maior esta relação, maior a rentabilidade do Capital Próprio, mas também maior o
Risco envolvido no Projeto.
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BIBLIOGRAFIA
BERTUCCI, Luiz Alberto. Administração Financeira. Apostila. Belo Horizonte: PUC
Minas 2001.
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FDC, 2003, 101 pg.
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Vânia Barroso de. Matemática Financeira para cursos em EAD. Belo Horizonte: Apostila
PUC Minas, 2014, 212 pg.
SAMANEZ, Carlos Patrício. Matemática Financeira – Aplicações à Análise de
Investimentos. 2 ed. São Paulo: Makron Books, 1999.
VIEIRA SOBRINHO, José Dutra. Matemática Financeira. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2000
WESTON, J.F. e BRIGHAM, E. F. Fundamentos da Administração Financeira. 10ª
Edição. São Paulo: Makron Books, 2000.
ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de Caixa - uma decisão de planejamento e controle
financeiro. Rio Grande do Sul: D. C. Luzzatto, 1986.