Aula 1 Legis
Aula 1 Legis
Aula 1 Legis
LEGISLAÇÃO EM SAÚDE
DO TRABALHADOR
2
1.1 O direito: um breve conceito
Crédito: r.classen/Shutterstock.
3
TEMA 2 – DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO
Pois bem, trata-se de uma regra imposta a todos, é um direito objetivo (lei),
porém, em caso de violação a esse direito, cabe à pessoa que teve o direito
violado invocar ou não essa lei em seu favor, ou seja, cabe à pessoa exercitar seu
direito subjetivo.
4
TEMA 3 – O QUE SÃO DIREITOS HUMANOS?
Crédito: JooFotia/Shutterstock.
5
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos:
[...]
III - a dignidade da pessoa humana. (Brasil, 1988)
Crédito: rafapress/Shutterstock.
6
III – de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da
Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de
seus membros
Parágrafo 1º. A Constituição não poderá ser emendada na vigência de
intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
Parágrafo 2º. A proposta será discutida e votada em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se
obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
(Brasil, 1988)
A Constituição Federal de 1988 possui 250 arts., que são a base de todo o
ordenamento jurídico. O que estiver abaixo da Carta Magna chama-se de
infraconstitucional e deve manter harmonia com esta.
Com base na Constituição Federal, observa-se como um direito humano
fundamental a dignidade da pessoa – art. 1º, inciso III. Além de ser um direito
humano, é também um direito público e subjetivo, pois, da mesma forma que o
Estado tem o dever de promovê-la, nós temos o poder de exigir que isso se
cumpra.
Crédito: rafapress/Shutterstock.
alguma coisa, senão em virtude de lei” (Brasil, 1988, grifo nosso), ou seja,
todos devem obediência às leis. Um fato interessante é que a
administração pública deve fazer apenas aquilo que a lei permite, deve
7
seguir a lei em seus estritos termos; já na esfera privada, todos podem fazer
tudo aquilo que a lei não proíbe.
• Princípio da igualdade ou isonomia: “Todos são iguais perante a lei”
Crédito: banderlog/Shutterstock.
está expresso na Constituição Federal, no art. 5º, inciso LV: “aos litigantes,
em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a
ela inerentes” (Brasil, 1988, grifo nosso). Esse é o princípio que garante a
justiça, a efetiva chance de provar a verdade e o real exercício do direito.
O juiz deve proporcionar esses meios às partes e participar da preparação
do julgamento a ser feito, exercendo ele próprio o contraditório.
• Princípio da dignidade da pessoa humana: a dignidade da pessoa
8
parâmetro de controle da constitucionalidade das regras restritivas de
direitos fundamentais.
Crédito: Arthimedes/Shutterstock.
9
Assim, o ser humano deve ser considerado muito além de simples objeto
ou mesmo um número, pois tem-se a fórmula (-) digno (+) pessoa, em que um
trabalhador deve ser visto não somente como mais uma peça de uma engrenagem
para fazer girar a economia, mas como um ser humano.
Lembremos que foi a partir da Constituição Federal de 1988 que os direitos
fundamentais tiveram um avanço expressivo, pois consta expressamente em seu
texto. De outro vértice, respeitar a dignidade da pessoa humana tornou-se uma
meta da todos.
Enfim, o princípio da dignidade da pessoa humana, o qual possui um
conteúdo democrático, como um dos fundamentos do Estado de Direito
Democrático, torna-se o elemento referencial para a interpretação e a aplicação
das normas jurídicas.
Créditos: Vectorfair.com/Shutterstock.
Agora que temos maior conhecimento do que vem a ser o direito e também
da importância da Constituição Federal, conseguimos entender que se distingue
de outras formas de controle social, a exemplo da moral ou mesmo da ética.
Sua principal característica é a coercibilidade/imperatividade, que é um
atributo do direito, mas não da moral, ou seja, o direito tem a imperatividade das
normas jurídicas e, se descumprido, prevê sanções, inclusive, quando necessário
e dentro dos limites legais, o uso da força física.
A moral é incompatível com o uso da força física, mesmo que legalmente
prevista e possível. Para melhor entender a moral, foram criadas teorias para
explicar as relações entre esses dois tipos de controle social – o direito e a moral.
A primeira é a teoria dos círculos, na qual a relação entre direito e moral
pode ser representada por:
10
• Círculos concêntricos, em que o campo de abrangência da moral é maior
que o do direito, inscrevendo-se este naquela, ou a ela se subordinando (a
teoria é defendida, dentre outros, por J. Bentham).
• Círculos secantes, pelo qual os campos do direito e da moral possuiriam
uma área de interseção (a teoria é defendida, dentre outros, por C.
Pasquier).
• Círculos independentes, em que direito e moral não se misturam, ou seja,
o direito não busca seu fundamento na moral (a teoria é defendida, dentre
outros, por H. Kelsen).
11
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 out. 1988.