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Processo Penal I Aula 1

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AULA 1

• S i s t e m a s
processuais

• P r i n c í p i o s
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
processuais penais

• Aplicação da lei
processual penal
SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS

INQUISITIVO

ACUSATÓRIO

MISTO
JURISPRUDÊNCIA
sobre sistemas
processuais
HABEAS CORPUS. IMPUTAÇÃO DE CRIME DE EXPLOSÃO, FORMA QUALIFICADA DE CRIME DE PERIGO COMUM, EM
CONCURSO FORMAL. IMPUGNAÇÃO DE DETERMINAÇÃO JUDICIAL ORDENANDO A INTIMAÇÃO E CONDUÇÃO, SE
NECESSÁRIO, DAS VÍTIMAS PARA A REALIZAÇÃO DE EXAME DE CORPO DE DELITO COMPLEMENTAR. Writ que questiona,
em apertada síntese, a violação ao sistema acusatório e ao devido processo legal, buscando a cassação do provimento
impugnado. Hipótese que se resolve em desfavor da impetração. Habeas corpus que, em linha de princípio, não se presta
ao exame da pertinência ou não de diligências ordenadas em sede processual penal, na linha da orientação do STJ.
Postulação inicial que, buscando o contraste da determinação judicial frente a dogma de natureza constitucional, viabiliza
a cognição do writ nesses termos estritos, alheio ao detido exame da pertinência concreta da medida impugnada.
Constituição Federal que adotou, no âmbito do processo penal, um sistema acusatório de índole temperada, não
obstando a que o juiz, enquanto diretor das atividades processuais, possa "prover à regularidade do processo e manter a
ordem no curso dos respectivos atos" (CPP, art. 251), para o que exercita poderes de caráter instrutório, regidos pelo signo
da "discricionariedade regrada do julgador" (STJ), podendo inclusive lançar mão, mesmo em caráter ex of icio, do poder
geral de cautela, corolário do princípio da reserva de jurisdição (STF). Ausência de ilegalidade decorrente da impugnada
determinação da intimação e condução, se necessário, das vítimas para a realização de exame de corpo de delito
complementar. Providência judicial legítima e legal, que em nada compromete o atributo da imparcialidade, enquanto
pressuposto de validade da relação processual. Advertência do STJ aduzindo que, "não fora assim, restaria ao juiz, a quem
se outorga o poder soberano de dizer o direito, lavar as mãos e reconhecer sua incapacidade de outorgar, com justeza e
justiça, a tutela jurisdicional postulada, seja para condenar, seja para absolver o acusado. Uma postura de tal jaez ilidiria o
compromisso judicial com a verdade e com a justiça, sujeitando-o, sem qualquer reserva, ao resultado da atividade
instrutória das partes, nem sempre su iciente para esclarecer, satisfatoriamente, os fatos sobre os quais se assenta a
pretensão punitiva" (STJ). Ordem denegada. (TJRJ; HC 0049711-08.2019.8.19.0000; Rio de Janeiro; Terceira Câmara
Criminal; Rel. Des. Carlos Eduardo Roboredo; DORJ 13/09/2019; Pág. 143)

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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM HABEAS CORPUS. ESTUPRO DE VULNERÁVEL TENTADO. CONTRADIÇÃO INEXISTENTE.
ABSOLVIÇÃO. ÓBICE AO REVOLVIMENTO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPROPRIEDADE DA VIA ELEITA. EMBARGOS
REJEITADOS. 1. A teor do disposto no art. 619 do Código de Processo Penal, os embargos de declaração, como recurso
de correção, destinam-se a suprir omissão, contradição, ambiguidade ou obscuridade existente no julgado. Não se
prestam, portanto, para a revisão de julgado em caso de mero inconformismo da parte. 2. Se as instâncias ordinárias,
mediante valoração do acervo probatório produzido nos autos, entenderam, de forma fundamentada, ser o réu autor do
delito descrito na denúncia, a análise das alegações concernentes ao pleito de absolvição demandaria exame detido de
provas, inviável em sede de writ. 3. A jurisprudência pátria é assente no sentido de que, nos delitos contra a liberdade
sexual, por frequentemente não deixarem vestígios, a palavra do ofendido tem valor probante diferenciado. 4. No caso,
a vítima a irmou não ter havido a consumação do crime de estupro, mas não negou que o paciente tenha tentado
estuprá-lo. Por certo, ouvida em juízo, a criança teria sido irme ao declarar que o réu o empurrou, tendo determinado
que ele abaixasse a roupa e já estaria desabotoando a sua bermuda quando foi interrompido pelo seu avô. Tais
circunstâncias evidenciam o início dos atos executórios do crime e permitem a condenação do réu na modalidade
tentada CP, art. 217 - A, c/c o art. 14, II). 5. Conforme precedentes desta Corte, "o sistema processual pátrio não adota
o sistema acusatório puro. Daí, não há nulidade quando, diversamente do quanto requerido pelo Ministério Público,
em alegações inais, o magistrado reconhece a responsabilidade do réu, ou o faz por infração penal mais grave do
que aquela que, ao cabo da instrução, entendeu o Parquet por ser a adequada ao comportamento do acusado" (HC
196.421/SP, Sexta Turma, Relª. Minª. Maria Thereza de Assis Moura, DJe 26/2/2014). 6. Não se infere qualquer vício a
ser integrado no acórdão proferido no julgamento do writ, pois, a pretexto de sanar contradição interna do julgado, o
embargante pretende, de fato, rediscutir os fundamentos da condenação do réu, pugnando pela sua absolvição por
insu iciência probatória. 7. Embargos de declaração rejeitados. (STJ; EDcl-HC 324.762; Proc. 2015/0121341-9; AL; Quinta
Turma; Rel. Min. Ribeiro Dantas; Julg. 04/09/2018; DJE 14/09/2018; Pág. 593)
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Princípios processuais penais
e
aplicação da lei processual penal
JUIZ NATURAL

DEVIDO PROCESSO LEGAL

CONTRADITÓRIO

AMPLA DEFESA

PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL
LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO (art. 1º do CPP)
Art. 1º O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados:
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional;
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes
conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes
de responsabilidade.
III - os processos da competência da Justiça Militar;
IV - os processos da competência do tribunal especial;
V - os processos por crimes de imprensa.
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos IV e V, quando as
leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso.

LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO


(CPP) Art. 2º. A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos
realizados sob a vigência da lei anterior.
JURISPRUDÊNCIA
sobre aplicação da lei
processual penal
PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. ART. 261 DO CP. NULIDADE NÃO CONFIGURADA. FEITO ANTERIOR À LEI Nº
11.719/2008. OPORTUNIDADE DE NOVO INTERROGATÓRIO. EXPOSIÇÃO A PERIGO DE EMBARCAÇÃO DO
IBAMA. MATERIALIDADE, AUTORIA E DOLO INCONTESTE. INOCORRÊNCIA DE CAUSA DE EXCLUSÃO DA
ILICITUDE. CONDENAÇÃO MANTIDA. APELAÇÃO CRIMINAL DESPROVIDA. 1. Há que ser afastada a alegação
de nulidade pela ausência de renovação do interrogatório do réu, uma vez que é pací ico na jurisprudência
dos Tribunais Superiores que é válido o interrogatório do réu realizado antes da vigência da Lei n.
11.719/2008, que alterou o art. 400 do CPP, e a falta de renovação do interrogatório como último ato de
instrução processual não implica nulidade do processo, pois houve o cumprimento da legislação anterior, à
luz da regra tempus regit actum (art. 2º do CPP). Ademais, houve intimação da defesa para informar se
existia interesse na repetição do interrogatório, não havendo qualquer manifestação nesse sentido. 2. Os
depoimentos das testemunhas, iscais que participaram da abordagem ao barco de pesca utilizado pelos
acusados, permitem concluir que o réu, para evitar abordagem dos iscais, realizou manobra arriscada a im
de desestabilizar a lancha do IBAMA. 3. Irrelevante que não tenha havido dano efetivo à integridade física
dos iscais ou mesmo ao patrimônio do IBAMA, já que basta a con iguração do perigo, da ameaça aos bens
jurídicos tutelados. 4. Afastada a alegação de legitima defesa como exclusão da ilicitude. Os iscais do
IBAMA usavam coletes de identi icação e, na lancha, havia um adesivo, itens que evidenciavam que se
tratava de atuação do órgão ambiental, de maneira que não seria razoável supor que o réu, pescador
experiente, tenha confundido os agentes públicos com criminosos. 5. Apelação criminal desprovida.
(TRF 2ª R.; ACr 0000961-36.2004.4.02.5002; Segunda Turma Especializada; Relª Desª Fed. Simone
Schreiber; Julg. 17/04/2018; DEJF 10/05/2018)
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I - Esta Corte Superior de Justiça possui entendimento sedimentado de que o agravo regimental deve trazer novos
argumentos capazes de alterar o entendimento anteriormente irmado, sob pena de ser mantida a r. decisão vergastada
pelos próprios fundamentos. II - A atual jurisprudência desta Corte Superior de Justiça é irme no sentido de que é ilegal e
inconstitucional a exigência de recolhimento ao cárcere do réu condenado para poder interpor apelação. (Precedentes). III
- O entendimento outrora esposado por esta Corte Superior restou de initivamente superado com a edição do Enunciado
Sumular n. 347/STJ ("O conhecimento de recurso de apelação do réu independe de sua prisão").IV - In casu, contudo, no
momento da interposição do recurso de apelação, em março de 2005, vigente ainda o art. 594 do Código de Processo
Penal e válido verbete sumular n. 9/STJ ("A exigência da prisão provisória, para apelar, não ofende a garantia constitucional
da presunção de inocência"), de modo que, não tendo o paciente se recolhido à prisão, era juridicamente sustentável a
decisão que não conheceu da insurgência. V - As normas de cunho processual regem-se pelo princípio do tempus regit
actum, não retroagindo para alterar o curso dado ao processo penal à época em que estava em tramitação. Com efeito,
"As normas de direito processual têm aplicação imediata e não possuem efeito retroativo. Incidência do princípio tempus
regit actum (HC n. 203.360/DF, Quinta Turma, Rel. Min. Campos Marques - Desembargador convocado do TJ/PR, DJe de
9/4/2013).VI - A revisão criminal não se presta a modi icar o convencimento que embasou o juízo de condenação à época,
sem a existência de elementos mínimos a demonstrar a ocorrência de qualquer das hipóteses do art. 621 do Código de
Processo Penal. (Precedentes). VII - No presente caso, veri ica-se das razões vertidas na origem que não se enquadram em
nenhuma das hipóteses legais previstas no art. 621 do Código de Processo Penal, em virtude da r. decisão que declarou
deserta a apelação estar em consonância com a legislação vigente à época, conforme o princípio do tempus regit actum e
o art. 2º do Código de Processo Penal ("A Lei Processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos
realizados sob a vigência da Lei anterior").Agravo regimental desprovido. (STJ; AgRg-HC 521.974; Proc. 2019/0208823-0;
CE; Quinta Turma; Rel. Min. Leopoldo de Arruda Raposo; Julg. 15/10/2019; DJE 22/10/2019)

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QUESTÕES
(DELEGADO ES 2019) A referida classi icação do sistema brasileiro como um sistema acusatório,
desvinculador dos papéis dos agentes processuais e das funções no processo judicial, mostra-
se contraditória quando confrontada com uma série de elementos existentes no processo.”
(FERREIRA. Marco Aurélio Gonçalves. A Presunção da Inocência e a Construção da Verdade:
Contrastes e Confrontos em perspectiva comparada (Brasil e Canadá). EDITORA LUMEN JURIS,
Rio de Janeiro, 2013). Leia o caso hipotético descrito a seguir.
O Ministro OMJ, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou o pedido da Procuradoria-Geral da
República (PGR), de arquivamento do inquérito aberto para apurar ofensas a integrantes do STF
e da suspensão dos atos praticados no âmbito dessa investigação, como buscas e apreensões e
a censura a sites. Assinale a alternativa INCORRETA quanto a noção de sistema acusatório.

a) Inquérito administrativo instaurado no âmbito da administração pública.


b) A determinação de ofício de instauração de inquérito policial pelo juiz.
c) A Instauração de inquérito policial pelo Delegado de Polícia.
d) A requisição de instauração de inquérito policial pelo Ministério Público.
e) Inquérito instaurado por comissões parlamentares.

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(DEFENSOR PÚBLICO MA 2018) “Não bastará ao estudo de inir em que consiste um sistema acusatório e depois sublinhar que a nossa
Constituição o adotou se, confrontada com a estrutura processual ordinária, que resulta das novas e velhas leis, concluímos que na prática
muitas vezes não se observam os elementos essenciais do sistema acusatório”. (PRADO, Geraldo. Sistema acusatório: a conformidade
constitucional das leis processuais penais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006, p. 78).
Na linha da citação acima, é possível a irmar que o Código de Processo Penal apresenta dispositivos legais que remontam ao sistema
processual inquisitivo, dentre eles:
I. Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer
peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao
Procurador-Geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de
arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.
II. Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no
curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.
III. Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a izer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: II - determinar, no curso da instrução, ou
antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.
IV. Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a
resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de outra já respondida.

Está correto o que se a irma APENAS em:


a) I e IV.
b) I, II, III e IV.
c) I e II.
d) II e IV.
e) I, II e III.
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(DEFENSOR PÚBLICO AL 2017) No processo penal, as características do sistema acusatório incluem
I. clara distinção entre as atividades de acusar e julgar, iniciativa probatória exclusiva das partes e o
juiz como terceiro imparcial e passivo na coleta da prova.
II. neutralidade do juiz, igualdade de oportunidades às partes no processo e repúdio à prova
tarifada.
III. predominância da oralidade no processo, imparcialidade do juiz e supremacia da con issão do
réu como meio de prova.
IV. celeridade do processo e busca da verdade real, o que faculta ao juiz determinar de ofício a
produção de prova.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
(DEFENSOR PÚBLICO MA 2015) O modelo processual acusatório tem sido
entendido como o adequado a um Estado Democrático de Direito por ser
o mais garantista. Tem-se como um pressuposto estrutural e lógico do
modelo a
a) possibilidade de emendatio libelli e mutatio libelli.
b) existência de uma investigação prévia por delegado de polícia.
c) possibilidade da prova ser colhida pelo próprio juiz.
d) previsão legal de prisões processuais.
e) separação entre juiz e acusação.
(TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO TCE/RJ 2012) NÃO constitui
característica do sistema processual acusatório:

a) separação de funções de acusar e julgar;


b) contraditório na atividade das partes;
c) publicidade dos atos processuais, como regra;
d) poderes investigatórios iniciais do juiz;
e) liberdade probatória.
(OAB EXAME XXII 2017) Em 23 de novembro de 2015 (segunda feira), sendo o dia seguinte
dia útil em todo o país, Técio, advogado de defesa de réu em ação penal de natureza
condenatória, é intimado da sentença condenatória de seu cliente. No curso do prazo
recursal, porém, entrou em vigor nova lei de natureza puramente processual, que alterava
o Código de Processo Penal e passava a prever que o prazo para apresentação de recurso
de apelação seria de 03 dias e não mais de 05 dias. No dia 30 de novembro de 2015, dia
útil, Técio apresenta recurso de apelação acompanhado das respectivas
razões. Considerando a hipótese narrada, o recurso do advogado é
a) intempestivo, aplicando-se o princípio do tempus regit actum (o tempo rege o ato), e o
novo prazo recursal deve ser observado.
b) tempestivo, aplicando-se o princípio do tempus regit actum (o tempo rege o ato), e o
antigo prazo recursal deve ser observado.
c) intempestivo, aplicando-se o princípio do tempus regit actum (o tempo rege o ato), e o
antigo prazo recursal deve ser observado.
d) tempestivo, aplicando-se o princípio constitucional da irretroatividade da lei mais
gravosa, e o antigo prazo recursal deve ser observado.
(OAB EXAME XIX 2016) João, no dia 2 de janeiro de 2015, praticou um crime de apropriação
indébita majorada. Foi, então, denunciado como incurso nas sanções penais do Art. 168, §1º,
inciso III, do Código Penal. No curso do processo, mas antes de ser proferida sentença
condenatória, dispositivos do Código de Processo Penal de natureza exclusivamente
processual sofrem uma reforma legislativa, de modo que o rito a ser seguido no recurso de
apelação é modi icado. O advogado de João entende que a mudança foi prejudicial, pois é
possível que haja uma demora no julgamento dos recursos.
Nesse caso, após a sentença condenatória, é correto a irmar que o advogado de João
a) deverá respeitar o novo rito do recurso de apelação, pois se aplica ao caso o princípio da
imediata aplicação da nova lei.
b) não deverá respeitar o novo rito do recurso de apelação, em razão do princípio da
irretroatividade da lei prejudicial e de o fato ter sido praticado antes da inovação.
c) não deverá respeitar o novo rito do recurso de apelação, em razão do princípio da
ultratividade da lei.
d) deverá respeitar o novo rito do recurso de apelação, pois se aplica ao caso o princípio da
extratividade.
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(OAB EXAME XI 2013) Em um processo em que se apura a prática dos delitos de supressão de tributo e
evasão de divisas, o Juiz Federal da 4ª Vara Federal Criminal de Arroizinho determina a expedição de
carta rogatória para os Estados Unidos da América, a im de que seja interrogado o réu Mário. Em
cumprimento à carta, o tribunal americano realiza o interrogatório do réu e devolve o procedimento à
Justiça Brasileira, a 4ª Vara Federal Criminal. O advogado de defesa de Mário, ao se deparar com o teor
do ato praticado, requer que o mesmo seja declarado nulo, tendo em vista que não foram obedecidas
as garantias processuais brasileiras para o réu.

Exclusivamente sobre o ponto de vista da Lei Processual no Espaço, a alegação do advogado está
correta?
a) Sim, pois no processo penal vigora o princípio da extraterritorialidade, já que as normas processuais
brasileiras podem ser aplicadas fora do território nacional.
b) Não, pois no processo penal vigora o princípio da territorialidade, já que as normas processuais
brasileiras só se aplicam no território nacional.
c) Sim, pois no processo penal vigora o princípio da territorialidade, já que as normas processuais
brasileiras podem ser aplicadas em qualquer território.
d) Não, pois no processo penal vigora o princípio da extraterritorialidade, já que as normas processuais
brasileiras podem ser aplicas fora no território nacional.
(DELEGADO SP 2018) Tício está sendo processado pela prática de crime de roubo. Durante o trâmite do
inquérito policial, entra em vigor determinada lei, reduzindo o número de testemunhas possíveis de
serem arroladas pelas partes no procedimento ordinário.
A respeito do caso descrito, é correto que

a) não se aplica a lei nova ao processo de Tício em razão do princípio da anterioridade.

b) a lei que irá reger o processo é a lei do momento em que foi praticado o crime, à vista do princípio
tempus regit actum.

c) em razão do sistema da unidade processual, pelo qual uma única lei deve reger todo o processo, a lei
velha continua ultra-ativa e, por isso, não se aplica a nova lei, mormente por ser esta prejudicial em
relação aos interesses do acusado.

d) não se aplica a lei revogada ao processo de Tício em razão do princípio da reserva legal.

e) não se aplica a lei revogada porque a instrução ainda não se iniciara quando da entrada em vigor da
nova lei.

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