CINESIOLOGIA
CINESIOLOGIA
CINESIOLOGIA
1 SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 5
2 CINESIOLOGIA .......................................................................................... 6
3 ANATOMIA FUNCIONAL............................................................................ 7
3
16.1 Estudo da estrutura e função do quadril e joelho ............................ 46
18 MARCHA ............................................................................................... 54
19 CONCLUSÃO ........................................................................................ 56
20 BIBLIOGRAFIAS ................................................................................... 58
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável -
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão
a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as
perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão
respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da
semana e a hora que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
5
2 CINESIOLOGIA
Fonte: edfcinesio.com.br
6
3 ANATOMIA FUNCIONAL
Fonte: oitavocpa.wordpress.com
7
Em essência, os músculos sinergistas podem ser vistos como os músculos
auxiliares do agonista, visto que a força gerada pelos sinergistas trabalha na mesma
direção que a do agonista.
Músculo antagonista: Os antagonistas resistem ao movimento agonista
relaxando e alongando de maneira gradual para assegurar que o movimento desejado
ocorra e que isso aconteça de maneira coordenada e controlada. Muitos músculos
esqueléticos abarcam apenas uma articulação. Contudo, alguns atravessam duas ou
mais articulações. Um músculo de duas articulações é mais propenso a encurtamento
adaptativo que outro de uma articulação.
Classificação Características
Músculo ou grupo de músculo que
Musculatura agonista
estão envolvidos com o início e a
execução do movimento.
Musculatura antagonista Músculo ou grupo de músculo que
realiza ação oposta à de um agonista.
Musculatura sinergista Músculos que cooperam durante a
execução de um movimento.
8
3.1 Divisão Funcional de Grupos Musculares
10
4 SISTEMA ARTICULAR
Fonte: anatomiaemfoco.com.br
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4.1 Planos e eixos do corpo humano
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4.2 Direção dos movimentos
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4.4 Classificação funcional das articulações
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Articulação selar: Nestas articulações as faces ósseas são reciprocamente
côncavo-convexas. Permitem os mesmos movimentos das articulações condilares.
Exemplo: Carpo metacárpicas do polegar.
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Discos e Meniscos: Em várias articulações sinoviais, interpostas as
superfícies articulares, encontram-se formações fibrocartilagíneas, os discos e
meniscos intra-articulares, de função discutida: serviriam a melhor adaptação das
superfícies que se articulam (tornando-as congruentes) ou seriam estruturas
destinados a receber violentas pressões, agindo como amortecedores. Meniscos, com
sua característica em forma de meia lua, são encontrados na articulação do joelho.
Exemplo de disco intra-articular encontramos nas articulações esternoclavicular e
ATM.
Bainha Sinovial dos Tendões: Facilitam o deslizamento de tendões que
passam através de túneis fibrosos e ósseos (retináculo dos flexores de punho).
Bolsas Sinoviais (Bursas): São fendas no tecido conjuntivo entre os
músculos, tendões, ligamentos e ossos. São constituídas por sacos fechados de
revestimento sinovial. Facilitam o deslizamento de músculos ou de tendões sobre
proeminências ósseas ou ligamentosas.
Nem todas as articulações são móveis; nas que são móveis, o movimento
ocorre em torno de um ou mais eixos, ou simplesmente em um plano entre
os ossos. (SILVA, 1998, apud, MACIEL, 2001).
17
Fonte: anatomiafisio.com
18
Articulações do Quadril: As articulações do quadril são responsáveis por
diversos movimentos
As articulações do quadril são: Sacroilíaca e Coxofemoral. A articulação
sacroilíaca só realiza o movimento de deslizamento.
Os movimentos realizados pela coxofemoral são abdução e adução, flexão e
extensão, rotação e circundação.
Fonte: fisiologiahumana.com.br
19
Fonte: fisiologiahumana.com.br
20
Leis de Newton:
1° - Inércia: Todo corpo se mantém em velocidade constante, caso não seja
empregada sobre este nenhuma força.
2° - Aceleração: Toda força aplicada em um corpo em inércia, gera
aceleração proporcional a essa força, seguindo a mesma direção desta.
3° - Ação e Reação: Para cada ação existe uma outra igual e oposta.
Elementos Características
Ponto de Aplicação É o local do corpo no qual há atuação
direta da força.
É a orientação da força, no que concerne
Sentido sua direção, para direita ou para esquerda,
para cima, para baixo, para o centro, entre
outros.
Direção É a linha de ação da força, que pode ser
horizontal, vertical ou diagonal.
Intensidade É a magnitude da força aplicada.
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5.3 Torque ou momento de força
Quando temos mais de uma força atuando sobre um corpo, podemos ter
respostas diferentes, essas respostas irão depender da direção de cada força e da
magnitude delas, portanto, essa resposta é chamada dentro da terminologia da
biomecânica de resultante. Desta forma podemos citar duas condições:
Quando existem forças de direção e sentidos iguais, neste caso, a intensidade
da força resultante é equivalente à adição das intensidades das forças que compõem
esse sistema, assim, permanecendo a mesma direção e sentido; quando existem
forças de mesma direção e sentido opostos, neste caso a força resultante é igual à
diferença entre as magnitudes das forças que compõem o vetor, sendo a direção e o
sentido iguais a da maior força componente.
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magnitude deles e das características inerentes de cada superfície. Sendo assim, elas
podem gerar forças de pressão e forças de tração.
As forças de pressão são definidas como forças em direções iguais, entretanto,
com sentidos diferentes (opostos), aproximando-se do ponto onde a força foi aplicada,
também conhecido como colinear. Também, podem ser geradas forças de tração, que
são definidas como forças aplicadas em direções opostas, distanciando-se do sentido
do ponto de onde a força foi aplicada.
Os vetores geralmente estão apresentados por setas, neste caso o
comprimento da seta indica a magnitude da força, e a unidade de medida adotada o
Newton.
5.6 Alavancas
O conceito de alavanca pode ser definido como um sistema que contém uma
estrutura firme/rígida que pode ser girada ao redor de um ponto/eixo, na qual duas
forças são aplicadas em dois pontos. Existem variados exemplos de alavanca, sendo
que, no nosso corpo, temos o sistema musculoesquelético como principal
demonstrador. Assim, o ponto de apoio, onde a alavanca gira ao redor, no nosso
corpo, é realizado pela articulação. Dessa forma, utilizamos alavancas tanto no gesto
esportivo quanto nos movimentos simples e complexos da dança, por exemplo,
sempre com o objetivo de aumentar a força e a velocidade do movimento, produzindo
um ganho mecânico.
O esqueleto humano é caracterizado como uma armadura móvel, através dos
quais ocorrem as alavancas. E, para que a alavanca seja movimentada, uma força
precisa ser maior do que a resistência, ou seja, a força precisa vencer a resistência,
no caso do corpo humano, representado pelos músculos, que são responsáveis por
gerar a força e o torque necessários para movimentar as articulações. Dentro da
biomecânica, esse componente é denominado de força motriz, que é proporcional à
variação do movimento. A força motriz pode ser dividida em três partes básicas.
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6 MECANISMO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
Fonte: anatomiafuncional.com
Fonte: evidenciasaude.com.br
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7.1 Músculos
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Principais músculos do corpo humano:
Músculos da Cabeça Músculos Músculos dos Músculos dos
e do Pescoço do tórax e abdômen Membros Superiores Membros Inferiores
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e no mesmo tempo. Esse movimento pode ser retilíneo ou curvilíneo. Como exemplo
temos a análise da velocidade de uma bola de futebol após um chute.
Enquanto isso, os movimentos angulares envolvem movimentos que utilizam o
eixo de rotação (linha imaginária). São definidos como movimentos rotatórios ou de
rotação, ao redor do eixo que pode ocorrer dentro ou fora do corpo humano. Neste
caso podemos exemplificar como o balançar em uma barra na ginástica olímpica, ou
o salto mortal realizado por esses atletas.
É muito comum na biomecânica realizar a análise dos dois tipos de
movimento, geralmente, analisa-se o movimento linear e depois minuciosamente
os movimentos angulares de cada articulação.
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diferentes: miosina ATPase, enzima oxidativa, enzima glicolítica. Note as diferenças
na curva de fadiga: fadiga rápida (FR); rápido, resistente à fadiga (RRF); lento,
resistente à fadiga.
Fibras musculares com características morfológicas e fisiológicas similares são
agrupadas em unidades motoras. A unidade motora é composta por um neurônio
motor e fibras musculares inervadas. Quando um neurônio motor é ativado, todas as
fibras musculares da unidade motora se contraem.
Entretanto, os três tipos básicos de fibras musculares da unidade motora
diferem com referência à velocidade e força de contração, características metabólicas
e fadiga. Diferenças nas propriedades contráteis entre unidades motoras são devidas
a diferenças nos neurônios motores que estão inervados nas fibras musculares bem
como diferenças contráteis dentro dessas fibras musculares.
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8 CICLO ALONGAMENTO-ENCURTAMENTO (CAE)
Fonte: fisiologiadoexercicio.com
9 RELAÇÃO FORÇA-COMPRIMENTO
10 RELAÇÃO FORÇA-VELOCIDADE
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11 PROPRIOCEPÇÃO, MOVIMENTOS REFLEXOS E TIPOS DE
ALONGAMENTOS
Fonte: fisiostore.com.br
11.1 Propriocepção
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A propriocepção, também é chamada de cinestesia, e pode ser classificada
como: Propriocepção consciente: acontece através de proprioceptores, que
permitem andar sobre uma corda bamba, sem cair;
Propriocepção inconsciente: são atividades involuntárias executadas pelo
sistema nervoso autônomo para regular as batidas do coração, por exemplo.
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11.3 Alongamento
Fonte: posturaanatomia.com.br
O simples ato de se manter em equilíbrio estático requer que, pelo menos, três
condições devam ser atendidas:
As forças verticais que incidem no corpo possuem resultante nula.
As forças horizontais que incidem no corpo possuem resultante nula.
A somatória dos torques tem que ser nula.
Note que em todas as condições a força resultante é zero, pois caso contrário
o corpo estaria acelerando. Assim, se um corpo for deslocado, ele irá retornar à sua
posição original.
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13 CINESIOLOGIA DOS COMPLEXOS ARTICULARES: OMBRO
Fonte: resumofisioterapia.com.br
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na característica de movimentos que requerem habilidades de manipulação, destreza
e coordenação motora fina.
O complexo do ombro (cintura escapular) é formado por várias articulações:
Articulação esternoclavicular; Articulação Glenoumeral; Articulação escapulotorácica;
Articulação acromioclavicular.
Desta forma, observamos que o modelo anatômico da cintura escapular é
propício para que haja mobilidade no membro superior, permitindo que a mão tenha
abrangência dentro de uma esfera de movimento, limitada apenas pelo comprimento
do braço e do espaço tomado pelo corpo. Sua mecânica é determinada pela
combinação de suas articulações e músculos que controlam e exercem essa
mobilidade.
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No movimento de extensão a amplitude de movimento vai de 0° a 45°, com
ação dos músculos deltoide posterior, redondo maior, redondo menor, grande
dorsal e tríceps braquial (MARQUES, 1997, SILVA, 2013).
Fonte:cinesiologiapratica.com.br
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ligamentos radiocárpicos. Enquanto que a ulna se articula com o cuneiforme. E a
articulação radioulnar distal, onde temos o rádio e a ulna conectados por uma
membrana interóssea.
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Já a extensão do punho é realizada pelos músculos extensor radial longo do carpo,
extensor radial curto do carpo e extensor ulnar do carpo, com amplitude de
movimento que varia de 0° a 70°.
Outro movimento que ocorre no punho é o desvio radial, com pequena
amplitude de movimento variando de 0° a 20°, é executado pelos músculos flexor
radial do carpo, extensor radial longo do carpo, extensor radial curto do carpo.
Enquanto que o desvio ulnar, possui amplitude de movimento de 0° a 30°, realizados
pelos músculos flexor ulnar do carpo e extensor ulnar do carpo.
Nos dedos temos o movimento de flexão que é realizado pelos músculos
interósseo dorsal, interósseos palmares, lumbricais, flexor curto do dedo mínimo,
flexor superficial dos dedos e flexor profundo dos dedos. Já a extensão dos dedos é
realizada pelos músculos interósseo, lumbricais e extensor dos dedos.
Outro movimento realizado pelos dedos é o de adução que é executado pelos
músculos interósseos palmares. Enquanto que a abdução é realizada pelos músculos
interósseos dorsais e o abdutor do dedo mínimo.
Observação: A mão possui grande destaque, sendo que qualquer lesão
neste segmento terá como consequência grande impacto na funcionalidade. Parte
desta funcionalidade se deve ao polegar, devido ao seu movimento de oposição
que permite que objetos sejam apanhados de forma delicada e precisa
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15 CINESIOLOGIA DOS COMPLEXOS ARTICULARES: COLUNA VERTEBRAL
Fonte: treinoemfoco.com.br
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Processos Articulares: são saliências que se destinam à articulação das
vértebras entre si, duas projeções superiores e duas projeções inferiores, tendo como
função a obstrução.
Lâminas: liga o processo espinhoso ao processo transverso, tendo a função
de proteção.
Pedículos: são partes mais estreitadas, responsáveis por ligar o processo
transverso ao corpo vertebral, atua junto às lâminas na função de proteção.
Forame Vertebral: situado posteriormente ao corpo, limitado lateral e
posteriormente pelo arco ósseo, atua na função de proteção.
Quando se trata de conhecer as vértebras e suas particularidades, faz-se
necessário entender que além das características gerais pode-se estudá-las sobre
outros dois aspectos: características regionais e individuais, essas características ser-
vem como meio de diferenciação destas com os demais ossos do esqueleto.
Vértebras Cervicais: Diferenciam das demais vértebras por possuírem um
forame no processo transverso. Sua posição anatômica é facilmente identificada pelo
processo espinho- so que é posterior e inferior.
Vértebras Torácicas: Possuem um processo espinhoso não bifurcado,
conectam-se ás costelas formando uma parte da parede do tórax, sendo que as
superfícies articulares são chamadas de fóveas e hemifóveas. Em número de 12,
abreviadas T1-T12. Essa parte da coluna possui discos intervertebrais finos e
estreitos, sendo assim a coluna torácica possui um limite no volume de movimentos
se comparados ás porções lombar e cervical. Além disso, o espaço do canal vertebral
é menor, isso tudo contribui para essa região ser mais acometida por lesões.
Fonte: anatomiahumana.com
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é um importante componente de junção do esqueleto axial com o esqueleto
apendicular.
O fornecimento da junção entre os membros inferiores e o esqueleto axial
serve para transmissão de forças do solo para o tronco.
Essa junção é crucial para a execução de atividades esportivas, uma vez
que é frequentemente exposta a grandes forças axiais e torcionais, por possuir
características únicas, anatômica e fisiologicamente.
Os movimentos que ocorrem no quadril são realizados pela articulação do
quadril (coxofemoral), que possui grande mobilidade e é muito estável. Ela possui
quatro características de uma articulação sinovial ou diartrodial:
Cavidade articular; cobertas por cartilagem articular; Membrana sinovial com
produção de líquido sinovial; Ligamentos capsulares.
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Existe também um lábio glenoidal, que circunda o acetábulo terminando
inferiormente onde o ligamento acetabular transverso circunda a fossa acetabular.
A cabeça do fêmur é articulada ao colo do fêmur, que varia em comprimento
dependendo do tamanho corporal. Seus ângulos permitem uma classificação que vai
desde a coxa valga até a coxa vara. O ângulo do colo do fêmur é geralmente em torno
de 125°, passando de 130° na coxa valga e menor que 120° na coxa vara. Além disto,
a rotação anterior do colo do fêmur no plano coronal é referida como anteversão
femoral, cuja angulação varia de 15° a 20°.
A cápsula articular fornece grande estabilidade conjuntamente com os
ligamentos capsulares. O ligamento iliofemoral pode ser visto anteriormente no
quadril e possui a forma de “Y” invertido, ligando o ílio com a linha intertroncatérica
do fêmur. Este é um ligamento extremamente forte e suporta força tensionais de
até 350 N. Temos ainda o ligamento pubofemoral, localizado inferior e
posteriormente ao ligamento iliofemoral, contribuindo para a força da porção
anteroinferior da cápsula. Posteriormente, o ligamento isquiofemoral, que é
extremamente forte. Em resumo, anteriormente, temos os ligamentos iliofemoral e
pubofemoral e, posteriormente, os ligamentos iliofemoral e isquiofemoral.
Cinesiologia do quadril: Como mencionado anteriormente, a articulação
do quadril possui uma ampla mobilidade, em movimentos considerados simples
dentro do contexto cinesiológico. Temos os movimentos de flexão, extensão,
abdução, adução, rotação interna (medial) e rotação externa (lateral), todos
descritos a seguir.
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corpo, respectivamente. Estes movimentos ocorrem no plano frontal e eixo
anteroposterior (sagital).
Outro movimento que ocorre na articulação do quadril é o de rotação, que
pode ser lateral, quando o membro inferior gira em torno do seu próprio eixo com
sentido externo, e pode ser medial, que ocorre quando o membro inferior gira em
torno do seu próprio eixo com sentido interno.
E há outro movimento que ocorre na articulação coxofemoral, que ocorre
quando todos esses movimentos descritos acima se combinam, temos o
movimento de circundução, fazendo com que o membro inferior realize uma
trajetória combinada circular.
A articulação fibrosa tem uma fina camada de periósteo fibroso entre os dois
ossos, destas existem três tipos: sinartrose, sindesmose e gonfose.
(LIPPERT, 2008, apud PETERMANN, 2017).
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Cinesiologia do joelho: Na articulação do joelho observaremos,
principalmente, dois movimentos, flexão e extensão, porém outros movimentos
ocorrem dependendo da posição do que são rotações da tíbia durante esses
movimentos descritos anteriormente. Essas rotações ocorrem de forma acessória
apenas quando o joelho está em flexão.
Em uma análise mais detalhada dos movimentos do joelho, observam-se os
movimentos translacionais (anteroposteriores, mediolateral e compressão- distração)
e os movimentos rotacionais (flexão-extensão, varo-valgo, rotação interna-rotação
externa. No plano sagital, temos os movimentos de flexão e extensão, envolvendo
os movimentos de rolamento (no início da flexão) e deslizamento (no final da
extensão). Já durante a extensão, a tíbia rola anteriormente sobre o fêmur,
enquanto que durante a flexão a tíbia rola posteriormente sobre o fêmur. Entre 0°
de extensão e 20° de flexão temos a relativa rotação interna da tíbia, já em 90° de
flexão temos uma rotação externa do joelho (0-45°) e rotação interna (0-30°). Vários
músculos atuam no movimento de flexão do joelho, são eles o músculo bíceps
femoral, semitendinoso, semimembranoso, grácil, sartório, gastrocnêmio, poplíteo
e plantar. Já durante o movimento de extensão, os músculos que executam são, na
verdade, um complexo de quatro músculos, o quadríceps, formado pelo
retofemoral, vasto lateral, vasto medial e vasto intermédio.
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abdução e adução passiva e, em amplitudes maiores que 30°, a mobilidade diminui
devido à restrição tecidual.,
A articulação do joelho está localizada entre o fêmur e a tíbia, portanto, em uma
análise dos vetores de força, ela encontra-se entre dois importantes braços de
alavanca, e possui função de sustentação e de mobilidade do membro inferior. A
articulação do joelho é importante para a manutenção da postura ortostática (em pé),
fornece grande estabilidade durante a caminhada e é um complexo importantíssimo
do movimento dos membros inferiores. Ela carrega e transmite as forças compressivas
que atuam nas superfícies articulares (estabilidade estática), as forças tensivas nos
ligamentos e músculos (estabilidade dinâmica).
A estabilidade é fornecida pela cápsula articular e ligamentos (estabilidade
estática), além e dos próprios músculos (estabilidade dinâmica), tendo maior
estabilidade durante a extensão devido à maior congruência da articulação e
complementada pela força da gravidade.
Desta forma, podemos definir várias funções para o menisco:
Suporte de peso; Estabilidade; Absorção do impacto; Atua como uma polia
alterando a direção da força aplicada pelo quadríceps; ajuda a suportar o trabalho do
quadríceps durante sua contração na extensão, e até durante a flexão; aumentar o
momento de força do joelho; proteger a superfície articular do joelho; distribuir
pressão; ajustar a força articular.
Outra estrutura importante nas características mecânicas do joelho é a patela,
que tem como função a proteção da face anterior da articulação, e atua como polia,
alterando o ângulo de fixação do ligamento da patela na tuberosidade da tíbia,
proporcionando maior vantagem mecânica ao quadríceps. Isto ocorre pelo aumento
da distância do braço de força. Na patela, temos várias forças agindo:
Lateralmente: retináculo lateral, vasto lateral e trato iliotibial; Medialmente:
retináculo medial, vasto medial; Superiormente: quadríceps; Inferiormente: ligamento
patelar.
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17 CINESIOLOGIA DOS COMPLEXOS ARTICULARES: TORNOZELO E PÉ
Fonte: cinesiobiomecanica.com.br
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Já quando observamos a combinação da eversão com a dorsiflexão e inversão
com a plantiflexão, vemos que 49° ocorrem no tornozelo e 30° na articulação subtalar.
Porém, nesta articulação, os movimentos não ocorrem de maneira simples,
é comum ocorrerem movimentos triplanares que combinam dorsiflexão, abdução
e eversão, e na outra direção ocorrem os movimentos de flexão plantar, adução e
inversão. Esses movimentos ocorrem no eixo oblíquo e são descritos
historicamente da seguinte forma:
Pronação: dorsiflexão, abdução e eversão;
Supinação: flexão plantar, adução e inversão.
Além disto, o pé pode estar em outras posições, que ocorre através da
fixação resultante de uma compensação por uma deformidade estrutural:
Valgo: posição medializada do calcâneo, em decorrência da supinação.
Varo: posição lateralizado do calcâneo, em decorrência da pronação.
Pé plano: caracterizado por uma pronação da articulação subtalar ou
articulação tarsal transversa. Frequentemente descrita como pé pronado.
Pé cavo: caracterizado por uma supinação da articulação subtalar ou
articulação tarsal transversa. Frequentemente descrita como pé supinado.
18 MARCHA
Fonte: portaldoenvelhecimento.com.br
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O caminhar é a maneira utilizada para locomover-se com os pés. A marcha é
considerada o processo de caminhada. Cada pessoa apresenta o seu estilo individual
de caminhada. A literatura apresenta que o estilo de caminhado pode ser diretamente
influenciada pelo humor do indivíduo. Por exemplo, quando se está feliz os passos
são mais leves e pode haver mais vitalidade ao caminhar. Do contrário quando se está
triste ou deprimido, os passos podem ser mais arrastados. Um ponto interessante que
o padrão de caminhada ou marcha de algumas pessoas é tão singular que é possível
identifica-las de longe, mesmo sem que se posso identificar de forma nítida o rosto.
A caminhada requer equilíbrio sobre um membro inferior enquanto o outro
move-se para frente. Também é necessário além do moimento dos membros
inferiores, movimentos do tronco e membros superiores. O ciclo da marcha pode ser
dividido em duas fases: fase de apoio e fase do balanço.
55
minuto. Por outro lado, em uma caminhada rápida o indivíduo poderá alcançar um
número de 130 passos por minuto.
19 CONCLUSÃO
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locomotoras do corpo humano são capazes de suportar. Isto assume especial
importância na prescrição do exercício físico para as diferentes populações, tanto para
a melhoria das capacidades físicas, quanto para a elucidação dos mecanismos que
acarretam lesões no sistema muscular e esquelético humano.
57
20 BIBLIOGRAFIAS
58
KROEMER, K. H. E., Fisiologia da Engenharia: Bases de Fatores Humanos /
Ergonomia. 2ª edição, New York: Van Nostrand Reinhold-Wiley, 1990.
NUNES, L.E., SOUZA, R.A., MACEDO, A.B., A eficácia da associação das técnicas
de alongamento, facilitação neuromuscular proprioceptiva e controle postural
em adolescente com hemiparesia, estudo de caso, 2010.
59
RASCH PJ. Cinesiologia e Anatomia Aplicada. 7ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan; 2008.
SANDRES, E., ELIAKIM, A., CONSTANTINI, N., LIDOR, R., FALK, B., O efeito do
treinamento de resistência a longo prazo nas medidas antropométricas, força
muscular e autoconceito em meninos pré-púberes, 2001.
SILVA, J.F. DA, SILVESTRE, T.F., SILVA, G.R. DA, TERRA, G. D.S.V., TAVARES,
M.R., NEIVA, MERUSSI, C., VILAS BOAS, Y.F., RODRIGUES, C.A.C., Análise
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adolescentes praticantes e não praticantes de Taekwondo, 2017.
TRICOLI, V., Papel das ações musculares excêntricas nos ganhos de força e de
massa muscular, 2018.
60
21 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS
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