Avaliação de Ruído
Avaliação de Ruído
Avaliação de Ruído
Para além do exposto nos “riscos físicos”, o ruído está na base de grande parte das
alterações fisiológicas ou traumas auditivos (de acordo com DL 182/2006, de 6 de
setembro e DL 9/2007, de 17 de janeiro). Para além disso, leva à redução da
concentração, falta de compreensão de instruções e avisos e deteção de anomalias;
provocando perda de bem-estar e produtividade. Primariamente, o RSCC preocupa-se
com a eliminação deste parâmetro através da caracterização da exposição, durante o
exercício de uma atividade profissional. Após este processo, é feito o controlo
através de medidas preventivas e corretivas.
Nas medições efetuadas num estudo modelo podem-se ler resultados do estudo do
ruído sob a forma de LAeq, T e MaxLpico, por locais de trabalho / máquinas com base
nos diferentes tipos de laboração de cada sector.
Como exemplo, os resultados obtidos, podem mostrar que, as seguintes situações
estudadas:
Postos de trabalho que apresentam níveis de LAeq, T superiores a 87 dB (A),
Postos de trabalho que apresentam níveis de LAeq, T situados entre 85 dB (A)
e 87 dB (A),
Postos de trabalho que apresentam níveis inferiores de 85 dB (A).
Podemos encontrar situações em que os valores de MáxLpico sejam superiores a 140
dB(A) ou a 137 dB (A).
Efetuam-se igualmente e apresentam-se resultados, em dB, e por frequência central
de oitava (estudo espectral do ruído por bandas de oitava), para os locais de trabalho
em que o valor de LAeq, T encontrado foi superior a 85 dB (A).
Estes estudos, além de nos dar a ideia da qualidade dos ruídos em causa, ajuda
também na eventual adoção de um programa de redução coletiva do ruído, e serve
para proceder ou verificar a escolha de protetores de ouvidos quanto à atenuação
adequada, tendo em conta os resultados da exposição pessoal diária.
Assim pode-se proceder à avaliação individual dos trabalhadores, em que se
determina o Nível de Exposição Pessoal diária (LEP,d) de um trabalhador ao ruído,
durante o trabalho, apresentando os resultados em quadro, para todos os
trabalhadores cobertos por este estudo, também figuram os valores respetivos de
MáxLpico.
Prevenção no ruído
Neste âmbito, a entidade empregadora deve:
Informar e formar adequadamente sobre os riscos potenciais da exposição ao
ruído, sensibilizando ao uso de protetores auriculares adequados.
Reduzir a exposição de um trabalhador, através da rotatividade.
Aumentar a vigilância médica e a realização de exames audiométricos.
Avaliar a exposição diária de um colaborador, para deteção de valores
significativamente aumentados.
Se possível, reestruturar o layout de modo a que seja possível uma redução do
nível sonoro.
Implementar medidas técnicas, nomeadamente:
o Redução na fonte, com seleção dos equipamentos; redução do choque
entre peças; colocação de silenciadores; manutenção e substituição.
o Redução da propagação, através de barreiras acústicas, isolamento
das máquinas e reforço das estruturas.
o Medidas acústicas, com a utilização de materiais absorventes e
aumento da distância do trabalhador e da fonte.