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FRM - Aula 5 - Artrite Reumatóide

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Prof. Me.

Felipe Ribeiro 5
Doutorando em Fisioterapia
2022
DEFINIÇÃO

ARTRITE REUMATÓIDE

▪ Doença sistêmica do TECIDO CONJUNTIVO cujas alterações predominantes ocorrem ao nível

das estruturas articulares, periarticulares e tendinosas

▪ Manifesta-se por meio dos sinais cardinais de inflamação, e o substrato anatômico mais

característico desse acometimento é a membrana sinovial


ARTRITE = INFLAMAÇÃO

MEMBRANA SINOVIAL

Dor

Calor

Rubor

Edema

Perda de função
VISÃO GERAL DA ARTRITE REUMATÓIDE

EPIDEMIOLOGIA

▪ Afeta de 0,2 até 1% da população geral – 1,8 a 2 milhões de brasileiros

Acomete ambos os sexos – com predomínio Risco aumentado em 30 x para gêmeos


feminino de 3/4:1 monozigóticos

Faixa dos 15-50 anos (mas pode ocorrer em qualquer idade);


Aumenta com a idade (até a 7ª década de vida);

Aumento da prevalência em parente de 1º grau de portadores de AR


VISÃO GERAL DA ARTRITE REUMATÓIDE

ETIOLOGIA

MULTIFATORIAL:

▪ Herança genética (HLA-DR4)

▪ Desequilíbrio imunológico (doença autoimune)

▪ Alterações neuroendócrinas

▪ Fatores ambientais – mecanismo de gatilho (vírus, bactérias, micoplasmas, etc.)

▪ Fatores comportamentais
VISÃO GERAL DA ARTRITE REUMATÓIDE

FISIOPATOLOGIA

Os comprometimentos articular e periarticular tem início com alterações observadas na

MEMBRANA SINOVIAL:
1. SINOVITE – fase de exsudação
▪ Congestão e edema na superfície interna da membrana sinovial
▪ Derrame articular
2. PANNUS – fase inicial
▪ Inicio da cronicidade das lesões
▪ Fase de infiltração celular por linfócitos
▪ Tecido de granulação (Membrana hiperplasiada e hipertrofiada)
VISÃO GERAL DA ARTRITE REUMATÓIDE

FISIOPATOLOGIA

2. PANNUS – fase crônica


▪ Tecido de granulação (Membrana hiperplasiada e hipertrofiada)
▪ Composto por células que produzem enzimas destrutivas que substitui a cartilagem hialina
▪ Fase de infiltração celular por linfócitos

3. TECIDO CONJUNTIVO DENSO / 4. ANQUILOSE


▪ Cartilagem hialina é substituída por TC fibroso denso
▪ Tecido de granulação sofre aderências e cicatrizações
▪ Resultado final – ANQUILOSE FIBROSA OU OSSEA (rara)
VISÃO GERAL DA ARTRITE REUMATÓIDE

FISIOPATOLOGIA

SINOVITE PANNUS TC ANQUILOSE


FIBROSO DENSO
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

▪ Instala-se de maneira insidiosa e progressiva em cerca de 60-70% dos casos levando de semanas
a meses para se estabelecer completamente
Articulações envolvidas
FASE INICIAL

Punhos Ombros Joelhos Metatarsofalangeanas


Interfalangianas Proximais das Mãos Metacarpofalangeanas

FASE TARDIA

Tornozelos Coxofemorais Cotovelos

Interfalangianas dos Pés Coluna Cervical


MANIFESTAÇÕES ARTICULARES

Sintomas iniciais (antes do inicio das queixas articulares):

▪ Astenia (perda ou diminuição da força física)


▪ Fadiga
▪ Mal-estar
▪ Febre baixa (>38,5ºC – padrão cotidiano de 1-2 picos diários)
▪ Dores musculoesqueléticas vagas

Sintomas articulares:

▪ De poucos dias a algumas semanas


▪ O acometimento articular ocorre de forma aditiva e simétrica
MANIFESTAÇÕES ARTICULARES

DOR Depende de alguns fatores

Fase evolutiva da doença Psiquismo do paciente Deformidades

Instabilidade articular Gravidade do acometimento articular

De modo geral a dor é moderada e permite ao paciente realizar suas atividades de vida diária

Piora pela manhã e à noite com rigidez articular após imobilização prolongada

REGRA DA DOENÇA: QUANTO MAIOR TEMPO DA RIGIDEZ MATINAL MAIOR ATIVIDADE DA DOENÇA
MANIFESTAÇÕES ARTICULARES

Mãos e punhos

▪ “Mãos em dorso de camelo” – edema das articulações MCFs (2ª e 3ª) e punhos associado a
hipotrofia dos músculos interósseos do dorso das mãos
▪ Semiflexão dos punhos, saliência da cabeça da ulna e desvio ulnar dos dedos
▪ Subluxação das MCFs e tendões extensores dos dedos
MANIFESTAÇÕES ARTICULARES

Mãos

▪ Dedos em martelo: flexão das articulações interfalangianas distais


▪ Acometimento dos polegares em posição Z: adução de polegar pela artrite
trapeziometacarpiana devido a luxação para cima e para dentro do 1ª metacarpiano
DEFORMIDADES

▪ Cotovelos – apresentam-se dolorosos e com nódulos


subcutâneos, em rigidez viciosa: semiflexão com semipronação
de antebraço

▪ Ombros - adução e rotação intertna – dificuldade de AVDs

▪ Pés – MTFs e o tarso (inicialmente), pé plano, seguido de


calosidade sob as cabeças metatarsianas luxadas (andando sobre
pedregulhos), halux valgo e calos sob articulações
interfalangianas proximais (hiperflexão)
DEFORMIDADES

▪ Tornozelos – articulação subtalar leva a claudicação da marcha.


Diminui inversão e eversão do pé além da flexo-extensão

▪ Joelhos – semiflexão (posição de repouso e alívio da dor) resulta


de afrouxamento ligamentar e tendinosa e hipotrofia de
quadríceps

▪ Coxofemorais – leva a uma posição de semiflexão e adução


sendo incapacitante para a marcha
DEFORMIDADES

▪ Coluna cervical – pode haver acomentimento da articulação


atlas-axis, com luxação, dores cervicais altas, rigidez e
compressão nervosa

▪ ATM – dor e dificuldade de mastigação


MANIFESTAÇÕES PERIARTICULARES

Efeitos da artrite reumatoide sobre a estrutura e a função das articulações

▪ Cartilagem: erosão da cartilagem


▪ Sinovia: células de revestimento microvascular ativadas para dar início ao processo
inflamatório, formação de pannus
▪ Ligamentos: a erosão os enfraquece
▪ Músculos: a deformidade articular interfere na geração de torque máximo; a imobilidade os
encurta; a miosite os enfraquece; a dor e o derrame provocam a defesa; e a inibição reflexa
resulta em fraqueza
▪ Osso: a erosão resulta em deformidade articular, bloqueio ósseo e dor
MANIFESTAÇÕES PERIARTICULARES

▪ Tenossinovite de extensor curto e abdutor longo do polegar

▪ Tenossinovite de Quervain

▪ Tenossinovite de dedo em gatilho

▪ Síndrome do túnel do carpo e do tarso

▪ Rupturas tendinosas das mãos

▪ Bursites e cistos sinoviais (joelho cisto de Baker)


MANIFESTAÇÕES EXTRA ARTICULARES

▪ Fadiga, anemia, esclerite (olhos)

▪ Pulmões: pleurite e infecções

▪ Coração: pericardite, comprometimento das valvas cardíacas

▪ Ossos: osteoporose

▪ Neuromuscular: fraqueza e contraturas

▪ Manifestações hematológicas

▪ Vasculite e fenômeno de Raynaud

▪ Descamação da pele
EXAMES LABORATORIAIS

▪ Anemia e alterações graves em hemograma

▪ Velocidade de hemossedimentação (VHS) e proteína C reativa (PCR) – avaliam a presença e a

evolução do processo inflamatório

▪ Fator reumatoide: classes de imunoglobulinas (IgM, IgG e IgA)


EXAMES RADIOLÓGICOS

▪ Simetria: importante critério diagnóstico (2 joelhos, 2 punhos...)

▪ Osteopenia: inicio é periarticular e se torna difusa com a evolução

▪ Edema de tecidos moles: precoce

▪ Diminuição do espaço articular: destruição da cartilagem

▪ Erosão das margens articulares: em casos mais avançados

▪ Deformidades e instabilidades: lesões tendinosas como frouxidão ou

ruptura
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS

COLÉGIO AMERICANO DE REUMATOLOGIA

1. Rigidez articular matinal com duração ≥ a 1 hora


2. Edema de 3 ou mais articulações
3. Presença de nódulos subcutâneos
4. Edema simétrico dos tecidos moles periarticulares
5. Fator reumatoide no sangue positivo
6. Erosões articulares e/ou periarticulares com diminuição da densidade óssea, nas mãos ou
punhos (exame radiológico)
7. Edema nas articulações das mãos, interfalangianas e/ou punho e metacarpofalangianas
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS

COLÉGIO AMERICANO DE REUMATOLOGIA

DEVEM ESTAR PRESENTES POR MAIS DE 6 SEMANAS

AR = REQUER 4 DOS 7 CRITÉRIOS PARA POSITIVO

FATOR REUMATÓIDE POSITIVO NÃO PRECISA ESTAR PRESENTE (~20% SÃO


SORONEGATIVOS; 50% NO PRIMEIRO ANO)
TRATAMENTO

MULTIDISCIPLINAR

MEDICAMENTOSO

CIRÚRGICO

FISIOTERAPIA
ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

(médico especialista, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo e nutricionista)

Com objetivo de:


▪ Fazer diagnóstico precoce
▪ Avaliar regularmente a atividade da doença
▪ Fazer reabilitação
▪ Avaliar constantemente o tratamento
▪ Reduzir ao máximo risco de incapacidades funcionais e deformidades
AVALIAÇÃO

ÍNDICES COMPOSTOS DE ATIVIDADE DA DOENÇA

▪ Disease Activity Score 28 points (DAS28) - Utiliza quatro critérios:

1. Número de articulações dolorosas (28 pré-estabelecidas )

2. Número de articulações edemaciadas (28 pré-estabelecidas )

3. Velocidade de hemossedimentação (VHS) ou velocidade de sedimentação globular (VSG) em mm/h

4. Escala visual analógica de saúde global segundo o paciente (EVAp: 0 a 100).


AVALIAÇÃO

ÍNDICES COMPOSTOS DE ATIVIDADE DA DOENÇA – DAS 28

Calculadora para facilitar o cálculo do DAS


site www.das-score.nl
AVALIAÇÃO

ÍNDICES COMPOSTOS DE ATIVIDADE DA DOENÇA – DAS 28

DAS28 (3) – Sem a escala visual

DAS28-CRP (4) – Utiliza a taxa de


sedimentação da proteína reativa C

!
A proteína reativa C desempenha papel
fundamental no processo inflamatório e
atividade do sistema imunológico. A relação
dela com piores prognósticos e quadros clínicos
é muito estudada
AVALIAÇÃO

ÍNDICES COMPOSTOS DE ATIVIDADE DA DOENÇA

▪ Índice simplificado de atividade de doença (SDAI): pontuação varia de (0,1 a 86)

▪ Índice clínico de atividade de doença (CDAI): pontuação (0 a 76)

soma simples de seus componentes


AVALIAÇÃO

PONTOS DE CORTE PARA AS FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO DA AR


AVALIAÇÃO

SINTOMAS

1. Duração da rigidez matinal

2. Intensidade da dor articular (avaliada por escala visual analógica)

3. Intensidade da fadiga (avaliada por escala visual analógica)

4. Avaliação global, realizada pelo paciente, da atividade da doença


AVALIAÇÃO

EXAME FÍSICO

1. Número de articulações edemaciadas


pleuras, pericárdio e camadas
2. Número de articulações dolorosas serosas do organismo com
inflamação
3. Intensidade do edema e da dor articular

4. Presença de manifestações viscerais: nódulos subcutâneos, episclerite, serosite, vasculite,

síndrome de Felty, neuropatia motora (fraqueza) e sensorial, doença intersticial pulmonar

perda de peso, febre constante e inflamação


AVALIAÇÃO

EXAME LABORATORIAL

1. Velocidade de hemossedimentação elevada (VHS)

2. Aumento da proteína C reativa

3. Anemia

4. Leucocitose

5. Trombocitose
AVALIAÇÃO

EXAME DE IMAGEM

1. Osteopenia periarticular na ausência de terapia corticóide


AVALIAÇÃO

QUALIDADE DE VIDA

SF-36: Geral

1. HAQ – modificado: específico para AR

É constituído por 20 questões agrupadas em categorias que avaliam o grau de dificuldade do

paciente em realizar AVD’s e uma EVA de 0 a 100 mm

75 mm
AVALIAÇÃO

QUALIDADE DE VIDA

Vestir-se Levantar-se Alimentar-se Caminhar Higiene Pessoal Alcançar objetos Apreender objetos

Vestir-se, Levantar-se de uma Cortar um pedaço de Caminhar em Lavar sua cabeça e Levantar os braços e pegar Abrir potes ou vidros
inclusive amarrar maneira ereta de carne? lugares planos? os seus cabelos? um objeto de mais ou menos de conserva que
os cordões dos uma cadeira e 2,5 quilos, que está tenham sido
seus sapatos, encosto reto e sem posicionado um pouco acima previamente
abotoar suas braços? da sua cabeça? abertos?
roupas?

Deitar-se e levantar- Levar à boca um Subir cinco Lavar seu corpo Curvar-se para pegar suas Abrir e fechar
se da cama? copo ou uma xícara degraus? inteiro e secá-lo roupas no chão? torneiras?
de café, leite ou após o banho?
água?

Sentar-se e levantar- Abrir um saco de Fazer compras na Tomar um banho de Segurar em pé no


se de um vaso leite comum? redondeza onde chuveiro? metrô?
sanitário? mora?

Entrar e sair de Usar a vassoura para


um ônibus? varrer e o rodo para
passar pano?
AVALIAÇÃO

QUALIDADE DE VIDA

Escores de 0 a 3

0- sem dificuldade 2- com muita dificuldade

1- com alguma dificuldade 3- Incapaz de fazer

Avaliação dos Escores do HAQ: média aritmética dos maiores escores de cada componente
FISIOTERAPIA

João (biscoiteiro)
FISIOTERPIA!

AVALIAÇÃO ESPECÍFICA

▪ Rigidez articular

▪ Sensibilidade superficial e profunda

▪ ADM = Goniometria
FISIOTERPIA!

AVALIAÇÃO ESPECÍFICA

▪ Força muscular – subjetiva

Graduação Classificação
0 Ausência de contração muscular (paralisia)
1 Presença de contração muscular sem deslocamento de segmento
(a contração é perceptível apenas à palpação)
2 Contração muscular com deslocamento de segmento, desde que
eliminada a ação da gravidade
3 Movimento ativo contra a ação da gravidade
4 Movimento com capacidade para vencer uma resistência
5 Movimento ativo normal
FISIOTERPIA!

AVALIAÇÃO ESPECÍFICA

▪ Força muscular – objetiva


FISIOTERPIA!

AVALIAÇÃO ESPECÍFICA

▪ Avaliação do equilíbrio: diversos protocolos

1. Alcance Funcional (15 cm)

2. TUG (3 m): [<10 seg, >10 seg, >14 seg]

3. Escala Berg (14 tarefas)

4. TINETT (11 tarefas)

5. ROMBERG e Fukuda
FISIOTERPIA!

AVALIAÇÃO ESPECÍFICA

▪ Teste de função das mãos de O’Neill: 8 tarefas cronometradas


1. Pegar moedas
2. Pegar alfinetes
3. Levantar pratos
4. Pegar e virar tubos
5. Pegar uma bola de tênis
6. Levantar blocos e hastes O teste do aperto (Squeeze test) é um
teste com elevada sensibilidade para
7. Levar a mãos à boca
avaliar a dor de maneira mais objetiva
8. Utilizar o teclado
FISIOTERPIA!

AVALIAÇÃO ESPECÍFICA

▪ Avaliação da deformidade
❑ 0 – sem deformidades das articulações
❑ 1 – Instabilidade dos ligamentos, encurtamento da banda lateral ou dos músculos intrínsecos
❑ 2 – Deformidade que pode ser ativamente reduzida
X
❑ 3 – Deformidade fixa ou que só pode ser reduzida passivamente
FISIOTERPIA!

COMPROMETIMENTOS NA AR

▪ Sensibilidade e calor sobre as articulações envolvidas, com edema articular


▪ Defesa muscular e dor ao movimento
▪ Rigidez articular e mobilidade limitada
▪ Fraqueza e atrofia muscular
▪ Deformidade e anquilose potencial decorrente do processo degenerativo e tração muscular
assimétrica
▪ Fadiga, mal-estar e distúrbios do sono
▪ Restrições nas AVD e Atividades Instrumentais da Vida Diária
OBJETIVOS DE TRATAMENTO

1. Diminuir atrofia e fraqueza muscular

2. Promover alongamento muscular e do tecido conjuntivo

3. Manter ou aumentar a ADM

4. Reduzir edema

5. Aumentar resistência aeróbia

6. Promover condicionamento cardiopulmonar

7. Evitar posições viciosas


DIRETRIZES DE TRATAMENTO

Orientação ao paciente

Alívio de dor, da defesa muscular e promover relaxamento

Redução de rigidez articular e manutenção da mobilidade disponível

Redução da atrofia muscular

Prevenção de deformidade e proteção de estruturas articulares


TRATAMENTO

1. ORIENTAR O PACIENTE

a) Informar sobre a importância do repouso: não absoluto

✓ Equilibrar o trabalho com o repouso para evitar fadiga muscular e corporal completa

✓ Aumentar o repouso durante exacerbações da doença


TRATAMENTO

1. ORIENTAR O PACIENTE

b) Informar sobre a importância da proteção articular:

✓ Monitorar as atividades e interrompê-las na presença de desconforto ou fadiga

✓ Evitar atividades que provocam dor articular que persiste por mais de 1 hora após a atividade

✓ Evitar posicionamento deformante e estático prolongado (mudar de posição a cada 20 a 30 min)

✓ Usar equipamentos adaptativos apropriados


TRATAMENTO

1. ORIENTAR O PACIENTE

c) Informar sobre a importância da conservação de energia:

✓ O paciente precisa aprender a respeitar a fadiga

✓ Quando estiver cansado, descansar para evitar sobrecargas indevidas sobre todos os

sistemas do corpo
TRATAMENTO

1. ORIENTAR O PACIENTE

d) Informar sobre a importância da realização de exercícios para manutenção da ADM:

✓ Manter um nível funcional de ADM articular e força e resistência muscular

✓ Usar músculos e articulações mais fortes e maiores durante as atividades, sempre que possível
TRATAMENTO

2. ALÍVIO DA DOR, DA DEFESA MUSUCULAR E PROMOVER RELAXAMENTO

▪ Crioterapia: indicada nas fases agudas e contraindicada em pacientes que apresentem vasculite

ou fenômeno de Raynaud

▪ Turbilhão: pode ser usado em casos crônicos e contraindicado em inflamações agudas. É ideal

no tratamento de articulações pequenas como mãos e pés

▪ Laser: útil no controle da dor e na melhora das funções das mãos

▪ TENS: alívio da dor


TRATAMENTO

3. REDUÇÃO DE RIGIDEZ ARTICULAR E MANUTENÇÃO DA MOBILIDADE DISPONÍVEL

▪ Exercícios de ADM passiva ou ativo-assistida dentro dos limites da dor com progressão gradual

conforme a tolerância

CONTRA-INDICAÇÃO: Alongamento de articulações edemaciadas e manipulação pois causa


sobrecarga articular
TRATAMENTO

3. REDUÇÃO DE RIGIDEZ ARTICULAR E MANUTENÇÃO DA MOBILIDADE DISPONÍVEL

Mobilidade ativa de punho e Mobilidade passiva de articulação


dedos na escada dígita interfalangiana

Utilização de técnica suaves de tração e deslizamento para inibir dor e


minimizar a estagnação do líquido
TRATAMENTO

4. REDUÇÃO DA ATROFIA MUSCULAR - CINESIOTERAPIA

▪ Exercícios isométricos em posições indolores com progressão para exercícios isotônicos (fase
aguda)
▪ O tipo e a intensidade do exercício variam dependendo dos sintomas

DOR INATIVIDADE FRAQUEZA MUSCULAR PERDA NA ADM

▪ O exercício deve ser direcionado para melhora da flexibilidade, do desempenho muscular e da


resistência cardiopulmonar (fase subaguda e crônica)
TRATAMENTO

4. REDUÇÃO DA ATROFIA MUSCULAR - CINESIOTERAPIA

Cuidado na aplicação da resistência para evitar dano ligamentar!


TRATAMENTO

4. REDUÇÃO DA ATROFIA MUSCULAR - CINESIOTERAPIA

Coluna – Joelhos – Pés (Cinesioterapia)

✓ Coluna: estimular posição prona para corrigir as contraturas em flexão, além de exercícios

para glúteos, mobilização passiva oscilatória e sobrecarga limitada de peso

✓ Joelhos: fortalecimento da musculatura do quadril e uso de talas

✓ Pés: suporte para o arco plantar, uso adequado de sapatos, contração da musculatura

intrínseca
TRATAMENTO

4. REDUÇÃO DA ATROFIA MUSCULAR - CINESIOTERAPIA

Motricidade fina
TRATAMENTO

4. REDUÇÃO DA ATROFIA MUSCULAR - CINESIOTERAPIA

Transferência de peso, exercícios de marcha,


equilíbrio e propriocepção
TRATAMENTO

4. REDUÇÃO DA ATROFIA MUSCULAR - HIDRO CINESIOTERAPIA

▪ Diminui descarga de peso

▪ Temperatura (36ºC) relaxa espasmos musculares

▪ Utilizada em estágios crônicos

ALONGAMENTO RELAXAMENTO

AQUECIMENTO FORTALECIMENTO
TRATAMENTO

BENEFÍCIOS DOS EXERCÍCIOS:

✓ Redução de dores articulares, inflamação e rigidez matinal


✓ Aumento da densidade óssea
✓ Retardo da progressão da destruição articular, por melhora na nutrição da cartilagem, tornando-a
mais espessa
✓ Fortalecimento dos ligamentos e tendões
✓ Aumento da capacidade de desempenhar as atividades da vida diária
✓ Bem-estar físico e mental, e sentir-se motivado a participar mais ativamente do programa de
reabilitação!
TRATAMENTO

5. PREVENÇÃO DE DEFORMIDADE E PROTEÇÃO DE ESTRUTURAS ARTICULARES

Proteção por órtese

✓ Respeito a dor

✓ Equilíbrio entre a atividade e o repouso

✓ Evita posições deformantes

✓ Evita atividades repetitivas

✓ Mantém um bom posicionamento articular


OSTEOARTRITE X AR
OSTEOARTROSE X AR
EVIDÊNCIAS

▪ Pacientes com AR também se beneficiam da terapia física e ocupacional

▪ Recomenda-se que eles realizem exercícios regularmente para manter a mobilidade articular e

fortalecer os músculos ao redor das articulações

▪ Exercícios de movimento menos traumáticos para as articulações, mas bons para a força

muscular incluem natação, yoga e tai chi


EVIDÊNCIAS

▪ O benefício da atividade física e o exercício é que ele pode


melhorar simultaneamente diferentes mecanismos
fisiológicos: sintomas relacionados à doença e
manifestações sistêmicas
▪ Diminui inflamação, fadiga e problemas cardiovasculares

▪ Barreiras para reabilitação: falta de tempo e custo


▪ Barreiras específicas de doenças: dor, fadiga e incapacidade funcional, todas as quais podem ser
significativamente melhoradas quando os pacientes começam a se exercitar
▪ A implementação da atividade física na prática clínica permanece extremamente limitada
EVIDÊNCIAS

▪ Principais desfechos (atividades de vida diária,

capacidade, dor, fadiga, depressão, autoeficácia,

sintomas da doença)

▪ Fortes evidências apoiam o uso de exercícios

aeróbicos, exercícios de resistiva e terapia aquática

▪ Entre as intervenções psicoeducativas, fortes evidências apoiam o uso da formação do paciente,

autogestão, abordagens cognitivo-comportamentais, abordagens multidisciplinares e proteção

conjunta
EVIDÊNCIAS

▪ Os resultados mostraram que o exercício de resistência diminuiu significativamente o escore de

atividade da doença em 28 escores de articulações (DAS-28), redução da taxa de sedimentação

eritrócito (ESR) e encurtou o tempo de caminhada de 50 pés

▪ Não foi observada diferença significativa nos escores de escala analógica visual (e no

questionário de avaliação de saúde (HAQ)


Prof. Me. Felipe Ribeiro 4
felipe.ribeiro1@unesp.br

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